ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da
Lição 1 - Revista Betel
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O chamado de um profeta
2 de abril de 2017
Texto Áureo
“Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta”. Jr 1.5
Verdade Aplicada
É preciso que primeiro reconheçamos avocação que nos é dada por Deus e, assim, cumprirmos a missão.
Textos de Referência.
Jeremias 1.4-8
4 Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei às nações te dei por profeta.
6 Então, disse eu: Ah! Senhor Jeová! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.
7 Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.
Introdução
Neste trimestre, estudaremos o livro do profeta Jeremias, cuja mensagem foi direcionada, inicialmente, ao reino de Judá, para que o povo se arrependesse dos seus pecados e voltasse a sua adoração ao Senhor.
1. Um profeta eleito por Deus.
Para eleger líderes, Deus se fundamenta na Sua soberania. A eleição de Jeremias como profeta é descrita por um chamamento do próprio Deus (Jr 1.5) A Bíblia corrobora que Deus levantou profetas para executar os Seus planos para a nação de Judá. Ele escolhe Jeremias, que a princípio tenta recusar o chamado.
1.1. A autoria do livro.
A atuação do ministério profético de Jeremias foi no Reino do Sul, Judá, durante os últimos quarenta anos de sua história (627-586 a.C). O livro de Jeremias estende-se desde o ano 13 do reinado do rei Josias (Jr 1.2), até a primeira parte do cativeiro da Babilônia, tendo o próprio Jeremias como principal personagem deste contexto. O autor do livro é Jeremias (Jr1.1) Ele mesmo registrou parte de suas profecias (Jr 36.1,3). Depois de profetizar durante anos em Judá, Jeremias foi comissionado por Deus a deixar a sua mensagem por escrito (Jr 36.2) Mais tarde, vai se valer do seu escriba, Baruque, para redigir suas palavras (Jr 36.4). Assim sendo, a autoria do livro de Jeremias é fato comprovado. A Bíblia nos informa que outras pessoas atribuem a autoria do livro de Jeremias: Daniel e Esdras (Dn 9.2; Ed 1.1).
1.2. As origens do profeta.
Jeremias era de uma linhagem sacerdotal. Era membro da família de Hilquias (Jr 1.1). Pela sua linhagem sacerdotal, ele poderia ter desempenhado sua ocupação sacerdotal, o que lhe traria diversos privilégios, além de segurança. Jeremias entendeu sua chamada, trocou todo o conforto do sacerdócio para deixar Deus usá-lo em sua missão. Sua cidade natal era Anatote, perto de Jerusalém e estava situada na terra de Benjamim, que foi dada aos filhos de Arão. Era uma aldeia a 5 km a nordeste de Jerusalém, na mesma região onde o sacerdote Abiatar foi exilado por Salomão.
1.3. O profeta não foge à luta.
A fidelidade de Jeremias nos ensina que devemos ser audaciosos no cumprimento de nossa missão no mundo. Este livro é muito prazeroso de se ler. Não se pode apreciar a História Antiga sem compreender a História do povo de Israel neste período. É neste contexto que Deus iria levantar um dos maiores profetas que a História teria conhecimento. É provável que Jeremias tenha dado início ao seu ministério profético em Anatote. Contudo, foi perseguido, almejaram mata-lo em sua própria terra, segundo Jeremias 12.6. Jeremias dará ênfase a um quesito indispensável qualquer povo: a de jamais abandonar os princípios de Deus. Ele profetizou durante cinco reinados distintos. Foram os seguintes monarcas: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.
2. Um profeta comprometido com Deus.
O profeta Jeremias viveu em um período que tinha como cenário político disputas por um território muito importante, conhecido como Crescente Fértil. Diante destas disputas, Jeremias se manteve fiel ao Deus de Israel, diferentemente dos líderes da nação, que estavam envolvidos em um grau de depravação moral sem fim (Jr 2.11).
2.1. O profeta da esperança.
Jeremias exerceu seu ministério profético em um dos momentos mais críticos da história do povo de Deus. Entretanto, Deus sabia que podia contar com ele. Deus tinha certeza que Jeremias enfrentaria a elite governante e os desejos pervertidos do povo de Judá sem se contaminar. Deus fez Jeremias saber que sua vida seria de sofrimentos e dor, mas era para ele não desanimar diante das adversidades (Jr 26.12-13).
2.2. Chamado em tempos de crise.
Como é difícil ser chamado por Deus quando a situação não está de acordo com a sua vontade. Crise após crise ia aproximando Judá a passos largos da destruição (Jr 2.5). As agitações políticas e religiosas se faziam presentes neste contexto histórico. O profeta Jeremias, em meio a toda esta turbulência, não se acovardou. O povo de Israel cometeu dois pecados (Jr 2.13). O primeiro, foi o abandono do Senhor. Segundo, foi cavar cisternas rotas, isto é cisternas que não retêm água.
2.3. Desafios da chamada no mundo contemporâneo.
Vivemos em um momento onde muito se é dito e escrito de ruim sobre esta geração de cristãos. Os líderes têm que ensinar nos púlpitos a esta geração de adoradores que a religião cristã hoje nos dá a liberdade de nos aproximarmos de Cristo sem intermediário (1Tm 2.5). Esta geração tem que ter consciência de que a sua busca pela verdade só terá fim quando aprenderem a desejar o Senhor de todo coração (Sl 37.4). É ter a certeza de que somente a sede por Deus nos satisfaz de verdade (Sl 42.2).
3. O profeta e a vontade de Deus.
Ao estudar o livro de Jeremias, notamos que Deus apresenta um determinado propósito para ele: ser profeta (Jr 1.5). Isto é, ser porta-voz de Deus para a nação de Israel.
3.1. Escutando a voz de Deus.
Tem momentos que precisamos nos calar para ouvirmos a voz de Deus. Ser profeta não é fácil. É escutar de Deus e transmitirão povo. Quando somos convocados e escolhidos por Deus, é necessário estarmos atentos à voz dEle. Deus fala de múltiplos modos (Jó 33.14). Pode ser durante um culto; através de uma criança; na meditação de um versículo. Não importa o meio, o importante é que Ele fale conosco. Quando Deus fala com alguém, é porque tem um propósito (Jr 1.5). Será que você está preparado para ouvir a voz de Deus?
3.2. Jeremias e seu encanto pela voz de Deus.
A maior prova de que conhecemos a voz de Deus é quando nos tornamos dependente dEle. As Escrituras afirmam que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Existem momentos que as lutas são tantas que pensamos em nos calar. Com Jeremias não foi diferente. Ele pensou seriamente em se calar. Então, disse ele: “Não me lembrarei dele e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fadigado de sofrer e não posso”. (Jr 20.9). No entanto, ele não conseguiu, pois já havia provado do amor do Mestre. Ele já havia descoberto que “a voz do Senhor faz tremer o deserto” (Sl 29.8).
3.3. Uma história de fé e perseverança.
O Senhor nunca se cansa de convidar pessoas ao Seu Reino (Mt 11.28). Em Sua casa sempre há lugar para mais um. Aquele que houve a voz do Senhor, nem que seja uma única vez, necessita alimentar esta chama interior. Paulo e Silas, por exemplo, mesmo na prisão, não deixaram de louvar ao Senhor (At 16.25). Seus corpos estavam presos, mas as suas almas estavam livres. Não deixe que outras vozes ocupem o lugar da voz do Eterno na sua vida. Jeremias perseverou na vocação que foi chamado, se tornando um grande homem de Deus. Jeremias foi dotado de uma mensagem profética e clara, seguiu o caminho traçado por Deus, perseverando até o fim de sua jornada.
Conclusão.
O profeta Jeremias foi levantado por Deus e anunciou o castigo que viria sobre o reino de Judá, caso o povo não se arrependesse. Jeremias foi açoitado, torturado, preso e até denunciado pelos próprios amigos. Entretanto, nada disso o fez desistir de sua chamada.
Questionário.
1. As profecias de Jeremias foram conduzidas a qual reino?
2. Quando Deus chamou a Jeremias, o rei Josias tinha quantos anos de reinado?
3. Quem é o autor do livro de Jeremias?
4. Quais foram os reis de Judá que presenciaram as profecias de Jeremias?
5. O que são cisternas rotas?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2 - Revista Betel
A intensidade das profecias de Jeremias
9 de abril de 2017
Texto Áureo
“Assim diz o Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?” Jr 2.5
Verdade Aplicada
Mesmo que os pecados estejam escondidos, trazem o castigo sobre si.
Textos de Referência.
Jeremias 2.1-4
1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e do amor dos teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra que se não semeava.
3 Então, Israel era santidade para o Senhor, e as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor.
4 Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, e todas as famílias da casa de Israel.
Introdução
Nesta lição, veremos a atuação e a intensidade do profeta Jeremias em suas profecias. Ele é um exemplo ao mostrar para nós que não devemos nos calar diante do pecado.
1. Um profeta para pregar contra o pecado.
Deus convocou Jeremias num momento muito complicado da história de Judá. Usou-o para desafiar o povo a ser fiel à aliança do Senhor (Jr 2.19). Sua mensagem era clara e concisa para um povo rebelde, que insistiu em marchar rumo à punição divina, não ouvindo a voz do Senhor (Jr 26.11).
1.1. Israel no altar da idolatria.
Jeremias percebeu que os castigos que sobrevieram a Judá não estavam atrelados apenas aos resultados das loucuras políticas dos líderes de Judá. Os seus pecados de idolatria estavam em evidência o tempo todo, principalmente o culto à “rainha do céu”. Esta “divindade” possivelmente é uma referência a deusa Ishtar (Astarte), adorada na Mesopotâmia, deusa mãe da fertilidade, do amor e da guerra, que teve seu culto difundido em Judá (Jr 7.18).
1.2. As advertências do profeta.
A Bíblia relata que, em vez de haver comoção e remorso e voltar-se para Deus, os reis, sacerdotes e o povo endureceram o coração coma as palavras de Jeremias (2Cr 36.11, 13). Deus estava cumprindo Suas palavras, profetizadas séculos atrás, de castigar a nação, caso ela insistisse na rebeldia, principalmente no pecado de idolatria (1Sm 15.23). Jeremias é um exemplo pela coragem no enfrentamento das situações mais críticas do povo de Israel. Ele rompeu com as principais instituições judaicas ao denunciar seus representantes.
1.3. Obediência: valor para a vida.
O povo de Judá estava esquecendo as ordenanças do Senhor. Eles estavam mais preocupados com seus negócios pessoais do que com o seu Deus. As pregações de Jeremias foram rejeitadas por um povo amotinado, que persistiu em marchar para a punição divina: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disto?” (Jr 5.30-31).
2. Um homem à frente das profecias.
Em seu livro, Jeremias se refere diversas vezes a uma série de eventos que aconteceria caso o povo não voltasse seu coração para Deus (Jr 14.12-15). O povo se ajuntava no templo e pensava que sua segurança estava na religiosidade e não em Deus.
2.1. Maldita entre as nações.
As profecias de Jeremias falam da urgência de Juízos que sobreviriam sobre Judá (Jr 25.3, 5). Sofonias, outro profeta, também repreendeu o povo, chamando ao arrependimento, mas não foi atendido (Sf 1.4). Jeremias proferiu o juízo de Deus contra eles, dizendo que aquela casa se tornaria como Siló e que aquela cidade seria maldita entre todas as nações da Terra (Jr 26.6). Jeremias narrou assim: “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas. É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor.” (Jr 7.4, 8, 11).
2.2. Deus cuida de nós o tempo todo.
Para Jeremias, o pior pecado era abandonar o Senhor (Jr 2.13). Quando nós nos entregamos de coração ao Senhor, nos sentimos leves. Ainda que não possamos entender exatamente o que Ele está realizando, podemos confiar que Ele está agindo a nosso favor (Is 64.4). Jeremias vivia na presença do Senhor. Ele dizia: “Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o meu coração para contigo.” (Jr 12.3). Jeremias nos ensina que, se estivermos acordados ou dormindo, se somos ricos ou pobres, se estamos rindo ou chorando, Ele, o Senhor está sempre conosco.
2.3. Deus se importa conosco.
A preocupação de Deus pelo Seu povo não tem limites. A missão profética do Antigo Testamento tinha como finalidade principal fazer com que o povo de Israel se arrependesse e, através dele, toda a humanidade se achegasse a Cristo (Gn 3.15; 17.19; 18.18; 28.14; 49.10; Is 9.7; Mq 5.2; Dn 9.25; Jr 33.15). Os livros do Antigo Testamento estão cheios de profecias sobre o Messias. A função das profecias do Antigo Testamento era aprontar os judeus, e, através deles, toda a humanidade para a vinda do Salvador do mundo, para que, no tempo de Sua vinda, fosse reconhecido e aceito por eles.
3. Deus quer restaurar o Seu povo.
A Bíblia no Antigo Testamento nos apresenta um total de 17 livros dos profetas para 16 autores, sendo que Jeremias registrou dois, o livro que apresenta o seu nome e Lamentações. A mensagem a respeito da restauração do povo de Deus foi uma tônica dos profetas (Is 61.1-4). Deus sempre almejou um futuro glorioso para os Seus.
3.1. Mensagem do pacto violado.
Nos capítulos 11 e 12 de Jeremias, assistimos a aliança sendo rompida. Esta violação da aliança mosaica condenou Judá à maior de todas as maldições: o exílio babilônico. A aliança é um acordo solene entre duas ou mais partes. A Bíblia registra várias alianças estabelecidas por Deus: com Noé (Gn 9.16-17); com Abraão, o pai de Israel (Gn 17.1, 21); depois, com o povo de Israel no Sinai (Êx 19.3, 6); depois, com Davi (2Sm 7.12, 16). O Senhor Jesus Cristo é o mediador da Nova Aliança (Hb 7.22). Assim, a maldição de Deus recaiu sobre Judá por causa da violação do pacto mosaico (Êx 19.3, 6).
3.2. A podridão dos pecados do povo.
A mensagem de Deus para a nação de Israel foi transmitida através da simbologia de um cinto de linho. Deus escolheu o profeta Jeremias para anunciar a queda de um povo contaminado pelo pecado. Deus usa esta ação simbólica no capítulo 13 do Livro de Jeremias para mostrar o estado de altivez em que se encontravam as pessoas da época. O linho era o tecido usado pelos sacerdotes (Êx 28.39). Deus exige e o enterre numa fenda do rio Eufrates. Mais tarde, Deus solicita que desenterre o cinto e o mesmo está apodrecido. Seu estado de apodrecimento simboliza a decomposição do povo. O orgulho fez separação entre a nação e o Senhor. Eles não estavam mais em condições apropriadas para se relacionar com o Senhor (Jr 13.7-9). Para Deus, eles estavam tão podres quanto o cinto, que não prestava para mais nada (Jr 13.10).
3.3. Deus castiga o Seu povo.
O capítulo 14 de Jeremias declara que o povo de Judá se encontra de tal modo contaminado em seus pecados que Deus se recusou a responder até mesmo a súplica de Jeremias para que o povo fosse livrado da seca (Jr 14.11). A iniquidade de Israel é tão grave neste momento que o próprio Deus diz: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam”. (Jr 15.1). Deus chega ao ponto de pedir a Jeremias que não orasse pelo povo, tamanha sua situação crítica.
Conclusão.
Quando Deus faz uso de um profeta para advertir Seu povo, não quer dizer que Ele não ama esse povo. A exortação de Deus é para que o homem se converta e abandone a prática do pecado. O profeta tem a finalidade de revelar o amor de Deus, a misericórdia, o juízo e o chamado ao arrependimento.
Questionário.
1. Qual “deusa” o povo de Judá cultuava?
2. Onde ela era adorada?
3. Qual era o pior pecado para Jeremias?
4. Qual foi a tônica das mensagens dos profetas?
5. Onde Jeremias enterrou o cinto de linho?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 3 - Revista da Betel
A postura profética de Jeremias
16 de abril de 2017
Texto Áureo
“E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”. Jr 1.12
Verdade Aplicada
As palavras que Jeremias proferia não eram palavras mal faladas, lançadas ao sabor do sentimento, mas, sim, frutos da revelação direta ao Senhor.
Textos de Referência.
Jeremias 1.11-14
11 Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.
12 E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
13 E veio a mim a palavra do Senhor, segunda vez, dizendo: Que é que, vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte.
14 E disse-me o Senhor: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra.
Introdução
O verdadeiro profeta vive para Deus e procura fazer a Sua vontade, ainda que para isso tenha que sofrer dores e perseguições. Jeremias lutou pelas causas do Senhor sem receio do que os homens pudessem lhe fazer.
1. A postura profética de Jeremias.
A postura profética de Jeremias nos chama atenção por sua disposição em ouvir a voz do Mestre. Quando Deus chama e separa para Sua obra, Ele capacita aquele a quem chamou. Embora Jeremias não se achasse preparado para tal missão (Jr 1.6), aprendemos que, quando somos separados por Deus, nossa postura tem que ser outra perante o mundo. Deus não nos chama para um trabalho sem que nos capacite e nos ajude na execução dele (Rm 12.2).
1.1. Próximo passo: amar o próximo.
O profeta Jeremias sabia muito bem o que significava amar o próximo. Ele doou a sua vida ao seu povo. Toda essa dedicação e entrega fez dele um profeta inesquecível para a nação de Israel. Para Jeremias, Deus é o Senhor. Jeremias atribuía a Deus, a quem servia, as mais altas características (Jr 32.17), 25), e o considerava Senhor não somente de Judá, mas também de todas as nações (Jr 5.15; 18.7, 10).
1.2. É Deus quem capacita o homem.
O Senhor chama homens e mulheres para transmitir Sua mensagem. Ele optou por atuar desta forma devido às nossas limitações. Ele sabia que não estaríamos preparados para ouvir diretamente Sua voz. Todavia pensamos que Deus só utiliza pessoas importantes em Sua Obra, ledo engano, pois Ele usa pessoas comuns, inclusive infiéis (Jr 27.6). Jeremias não era conhecido por ninguém a não ser pelo Rei dos reis, que o convocou para Sua missão. O Eterno Deus quer que realizemos a Sua obra. O apóstolo Paulo nos diz; “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são”. (1Co 1.27-28).
1.3. O próximo escolhido pode ser você.
Temos dezenas de exemplos de homens e mulheres que foram escolhidos sem que ninguém acreditasse neles. Cito o exemplo de Davi. Ele jamais esperava ser escolhido como rei de Israel. Na sua casa, ele, aparentemente, era o candidato menos indicado. Quando o profeta Samuel foi a Belém, a mando de Deus, para ungir o novo rei, Davi não estava presente entre seus irmãos, pois se achava no campo, com o rebanho do seu pai, pois era o mais jovem da família, o menos experiente. No entanto, foi precisamente ele o escolhido (1Sm 16.12).
2. A visão da amendoeira.
“Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vez, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”. (Jr 1.11-12). A amendoeira é a árvore que mais cedo floresce. Deus está revelando que a mensagem profética anunciada por Jeremias frutificará (se cumprirá), pois Ele mesmo cuida e vigia para que assim seja.
2.1. A sentinela do povo de Deus.
A amendoeira é vista como a “despertadora” no ditado hebraico, visto que entre todas as árvores ela é a que floresce primeiro, estando sempre alerta à oportunidade de florir. As amendoeiras também possuem uma grande capacidade de regeneração, não necessitando de podas. Elas transmitem uma importante lição de restauração e superação. Assim como a amendoeira, que está vigilante a cada oportunidade para florir, o Senhor está em sentinela para, no momento certo, cumprir a Sua Palavra.
2.2. A necessidade de estar vigilante.
Na linguagem Bíblica, a palavra “vara” simboliza “pessoa”, Jesus disse: “Eu sou a videira; vós, as varas” (Jo 15.5). Portanto vara de amendoeira simboliza “pessoas vigilantes”. Graças a Deus temos um Deus que nunca dorme. Quando a sentinela está dormindo em seu posto, o povo passa graves ameaças, o inimigo entra desapercebido e faz uma grande arruaça no lugar onde adentrou (Sl 121.4).
2.3. A necessidade de o povo acordar.
O profeta Jeremias, como uma grande sentinela, proclamava ao povo que era preciso acordar! Ele dizia que era preciso abrir os olhos e abandonar o pecado. Ele denunciava o que estava errado e apontava os responsáveis: o rei Joaquim (Jr 22.13, 19), a casa real de Judá (Jr 22.11, 14), os escribas (Jr 8.8-9), os pastores (Jr 10.21), os sacerdotes (Jr 8.10; 23.11) e os profetas (Jr 14.13, 16; 23.9, 40). Ele também indicava todos os crimes (Jr 7.9): idolatria (Jr 7.18; 9.13), exploração (Jr 9.2, 4), não pagar salário (Jr 22.13), desprezo pelos órfãos e viúvas (Jr 7.6; 22.3) mentira (Jr 8.10), assassinato de gente inocente (Jr 22.17), sacrifícios de crianças a falsos deuses (Jr 19.4; 7.31; 22.3), etc.
3. A visão da panela a ferver.
O profeta Jeremias tem uma visão apavorante de uma panela (Jr 1.13). Na visão, a panela estava no fogo e isso significa que o que há no seu interior está quente. A boca virada para o Norte significa o amplo domínio que decorrerá sobre aquela cidade, pois o povo estava entregue à perversão, queimando incenso a deuses estranhos (Jr 7.18).
3.1. O perigo vem do Norte.
A panela a ferver, inclinada para o norte, simbolizava que todas as invasões que Israel sofreria viriam do lado norte. Como já vimos, a nação de Judá estava submergida em muitos pecados comportamentais de mentira (Jr 8.10), assassinatos (2.34) e exploração (Jr 9.2, 4). O profeta Jeremias avistava a panela, mas observava a Babilônia dominando a cidade de Judá e despejando sua fúria sobre Jerusalém (Jr 1.13-14).
3.2. O inimigo se aproxima.
Jeremias tinha duas paixões: Deus e o povo. Mais uma vez, o profeta estava alertando que Israel teria problemas com os seus vizinhos. Estes inimigos ao norte eram os babilônios. A Bíblia narra que nos dias de Jeremias, os caldeus, ou babilônios, estavam expandindo seus territórios, conquistando tudo ao redor. A história nos diz que os caldeus tinham invadido a capital dos assírios no ano 612 a.C. Nínive havia sido conquistada e estava sob o governo de outro monarca. Sete anos mais tarde, na famosa batalha de Carquemis, os Egípcios e os remanescentes assírios foram destruídos pelos babilônios.
3.3. O Senhor é Soberano entre as nações.
O Senhor é Soberano nos céus e na terra. Foi Ele que criou o mundo com o Seu poder. O Senhor é aquele que sustenta o mundo e tudo o que nele há. O Senhor Deus não é apenas o Deus de Israel, mas de todas as nações. Ele é aquele que soberanamente governa todas as nações. O rei Nabucodonosor foi um instrumento que Deus usou para reprimir e reeducar o Seu povo (Jr 32.28). Todos os reis, pagãos ou não, estão sujeitos à Sua vontade. Deus merece adoração de todos os povos da terra porque Ele é o Senhor do mundo inteiro. Ele governa sobre todos e julga o mundo de acordo com a Sua justiça.
Conclusão.
A Palavra de Deus nos mostra que era preciso haver um arrependimento por parte do povo de Judá. O profeta Jeremias alertava que o perigo de suas ações estava vindo do Norte. Todavia, seus corações estavam endurecidos, pois deixaram de ouvir a Palavra de Deus há muito tempo.
Questionário.
1. Cite um exemplo de pessoa que foi escolhida sem que ninguém acreditasse nela.
2. Na simbologia bíblica, o que significa a palavra “vara”?
3. O que acontece quando a sentinela dorme em seu posto?
4. O que simbolizava a panela a ferver, inclinada para o norte?
5. Qual foi o rei que Deus usou para reprimir e reeducar o Seu povo?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 4 - Revista Betel
Jeremias: suas crises e solidão
23 de abril de 2017
Texto Áureo
“Porque eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra”. Jeremias 1.18
Verdade Aplicada
Os escritos de Jeremias nos mostram que os servos de Deus também passam por momentos de angustia e solidão.
Textos de Referência.
Jeremias 12.1-3
1 Justo serias, ó Senhor, ainda que eu entrasse contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?
2 Plantaste-os, e eles arraigaram-se; avançam, dão também fruto; chegado estás à sua boca, mas longe do seu coração. Obs: alterei a edição conforme a RC (revista “mas longe dos seus rins”)
3 Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o meu coração para contigo; impele-os como a ovelhas para o matadouro e prepara-os para o dia da matança.
Introdução
Nesta lição estudaremos as crises do profeta Jeremias. Observaremos que em todas as ocasiões, ele corajosamente sustentou a sua fé e convicção no Eterno Deus de Israel.
1. Vocação: um convite para servir.
Deus chamou Jeremias, ainda bem jovem, para uma missão especial e de grande importância, e deu a ele os recursos necessários dos quais careceria para combater os sórdidos ataques dos inimigos. A missão de Jeremias não seria nada fácil. O apóstolo Paulo deixou bem claro como deve agir um servo de Deus: negar-se a si mesmo, perdoar erros, aceitar opinião a ser visionário (Rm 15.1, 6). Servir a Deus é servir aos outros (Gl 5.13). Verdadeiros servos de Deus são prestativos e não egoístas.
1.1. O perigo de ser mal compreendido.
O profeta Jeremias foi impetuoso na mensagem que o Senhor lhe transmitiu: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retém águas”. (Jr 2.13). As palavras e Jeremias foram pesadas. Ele sabia que Deus o havia blindado dos seus inimigos. Na nossa jornada, seremos mal interpretados, mal compreendidos, mas, quando isso acontecer, deixe que Deus seja o seu defensor, não existe outro. Ninguém jamais possuiu ou possuirá as Suas qualidades (1Jo 2.1).
1.2. Vivendo entre inimigos.
A palavra audaciosa do Senhor por intermédio de jeremias deixou muita gente irritada. Elas não queriam que seus pecados fossem revelados e combatidos (Jr 11.21). A pregação da Palavra de Deus raramente acarreta amizade. Os indivíduos que são alcançados pela mensagem de repreensão do Senhor, na maioria das vezes, apelam a medidas extremas para calar o mensageiro ou para acabar com ele. Os “doutores da lei” entregaram Jesus a Pilatos pelo simples fato de falar a verdade (Jo 19.11). Não foi diferente com Jeremias. O Senhor mostrou para Jeremias que os homens estavam maquinando matá-lo, inclusive pessoas da própria cidade natal dele, Anatote (Jr 11.21). Ao líder não há muito o que fazer quando existe a falta de compreensão de suas mensagens. Jeremias optou por ficar do lado do Senhor, mesmo custando a sua própria vida.
1.3. Amigos inimigos.
Não foi apenas Jeremias que sofreu rejeição da família por fazer a obra do Senhor. O próprio Jesus também sofreu este mal. Seus irmãos diziam que “estava fora de si” (Mc 3.21). Davi era rejeitado pelos próprios de sua casa, seu pai e seus irmãos. Jesse fala de Davi com descaso (1Sm 16.11). O outro exemplo é José, que passa a ser odiado por seus irmãos por Deus ter um chamado especial na vida dele (Gn 37.20).
2. Jeremias lamenta sua condição.
O livro de Jeremias nos mostra que, enquanto os outros profetas procuravam esconder suas fragilidades, Jeremias deixa bem claro seu estado de sofrimento pelo povo. Ele escreveu seu livro com a alma e o coração, nos dando relatos comoventes de sua vida e de suas crises interiores. A fidelidade a Deus muitas vezes gera perseguição e morte (2 Tm 3.12).
2.1. Pare de reclamar e comece a viver.
Jeremias não entendia a razão pela qual o Senhor havia deixado o caminho dos ímpios prosperarem (Jr 12.1). Somente pessoas que tiveram uma real experiência de conversão a Jesus Cristo e estão firmadas na Palavra de Deus terão a força necessária para prosseguir até o fim desta caminhada. A resposta de Deus ao tormento de Jeremias foi profunda. Deus exortou o profeta Jeremias por ter se afligido por tão pouca coisa: “se fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com cavalos? Se tão somente numa terra de paz estás confiado, que farás na enchente do Jordão?” (Jr 12.5). O apóstolo Paulo, um exemplo de persistência, foi um líder que jamais desistiu ou reclamou de sua missão. Ele foi até o fim de seu objetivo, deixando sua marca por onde passava.
2.2. Como evitar conflitos existenciais.
Jeremias, como qualquer indivíduo, não se sentiu confortável em ser excluído de todo o contexto social (Jr 15.17). O fato de estar sempre sozinho fez com que Jeremias se voltasse contra o Senhor, dizendo: “Porque dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói e não admite cura? Seria tu para mim como ilusório ribeiro e como águas inconstantes?” (Jr 15.18). Antes, Jeremias havia dito que Deus era “manancial de águas vivas” (Jr 2.13), mas agora o chamou de riacho seco. Um dos grandes testes em atender ao chamado de Deus em tempos difíceis é como você lida com seus conflitos.
2.3. Uma questão de confiança.
Deus nunca chamou alguém para ser um fracassado. Quando chama, Ele arca com todas as necessidades de quem chamou: “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fara.” (Sl 37.5). Jeremias sabia que precisava colocar sua confiança em Deus: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto as águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto.” (Jr 17.7-8).
3. Vale a pena confiar em Deus.
O profeta Jeremias nos inspira a confiar somente no Senhor e nos orienta a desenvolver um relacionamento íntimo com Deus, que requer de nós uma adoração perfeita (Jr 17.7).
3.1. O legado de Jeremias.
Quando buscamos nas escrituras alguma pessoa que se encaixe em uma vida de lealdade ao Senhor, nossos olhos incidem sobre a vida do profeta Jeremias. Os Heróis da fé tiveram algum pecado narrado em sua biografia: Abraão mentiu; Isaque cometeu o mesmo pecado do pai, Abraão; Jacó enganou; Moisés matou, Davi adulterou e Pedro blasfemou. Diferentemente destes homens, Jeremias teve a sua trajetória marcada por chorar pelo povo. Mesmo observando várias vezes seu íntimo sendo tomado por intensa agonia, Jeremias nunca se afastou do caminho desenhado para ele por Deus.
3.2. Crescimento na mudança.
Jeremias talvez fosse um pouco infantil, sem maldade, pois confiava demais nos outros e não notava que eles maquinavam contra ele (Jr 11.19). Talvez seja esta a razão porque apanhava e sofria (Jr 15.10). O próprio Deus advertiu, dizendo: “Não te fies neles, ainda que te digam coisas boas.” (Jr 12.6). Com este alerta, Jeremias aprendeu que não poderia confiar nos seus irmãos e na casa do seu pai. Para obter o sucesso na sua chamada, ele aprendeu que sua vitória estava em obedecer a voz do de Deus: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor.” (Jr 17.5).
3.3. Um profeta dependente de Deus.
O profeta Jeremias mostrou um espírito de inteira dependência ao Senhor. Ao receber a missão profética, sabia que precisaria viver conforme a vontade divina. Uma maneira exemplar de dependência total ao Senhor foi a compra de um terreno de seu primo em Jerusalém, mesmo quando já havia profetizado a destruição daquela cidade (Jr 32.6-9). Com este ato, Jeremias demonstra sua absoluta confiança em Deus. O profeta tinha convicção de que o Senhor restabeleceria aquela nação. A confiança de estar nas mãos de Deus é uma das características de uma pessoa que atende ao chamado do Senhor.
Conclusão.
O relacionamento do profeta Jeremias com Deus vinha em primeiro lugar. Depois vinha o árduo compromisso de anunciar a Palavra de Deus ao seu povo. Porém, tal atitude não o tornava muito popular entre o povo de Israel.
Questionário.
1. Segundo o apóstolo Paulo, como deve agir um servo de Deus?
2. Como se chamava a cidade natal de Jeremias?
3. O que a fidelidade a Deus muitas vezes gera?
4. O fato de estar sempre sozinho fez com que Jeremias se voltasse contra quem?
5. De quem Jeremias comprou um terreno em Jerusalém?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5 - Revista Betel
Atributos indispensáveis de um profeta
30 de abril de 2017
Texto Áureo
“Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar”. Jr 16.2
Verdade Aplicada
O cerco de Jerusalém causou uma carnificina, eliminando famílias inteiras. Jeremias foi poupado da dor de perder a esposa e os filhos.
Textos de Referência.
Jeremias 16.3, 5, 8, 14
2 Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.
5 Porque assim diz o Senhor: Não entres na casa do luto, nem vás a lamentar, nem te compadeças deles; porque deste povo, diz o Senhor, retirei a minha paz, benignidade e misericórdia.
8 Nem entres na casa do banquete, para te assentares com eles a comer e a beber.
14 Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.
Introdução
Nesta lição, veremos que o profeta Jeremias só teve uma opção: falar a verdade! Seja qual for a palavra pronunciada por Deus, ela jamais cairá por terra e se cumprirá fielmente (Nm 23.19).
1. Coragem atributo indispensável.
Jeremias foi preso covardemente após se recusar a profetizar o que o Senhor não lhe havia mandado. Após ser solto pelo rei, e posto em uma cisterna, onde não havia água, senão lama e Jeremias se atolou na lama (Jr 38.6). Para cumprir bem a missão transmitida por Deus, é necessário passar alguns sofrimentos e aflições.
1.1. Vai e fale aos ouvidos de Jerusalém.
As ordens de Deus, num primeiro momento, parecem descabidas de amor ao povo de Judá. No entanto, se formos observar cada juízo que Deus transmitiu a Jeremias, percebemos que tinham como objetivo fazer com que o povo obedecesse e voltasse seu coração a Ele. Deus é justo e o povo sofreu as consequências dos seus atos. A rebeldia, ingratidão e autossuficiência do povo levou-o a passos largos para a destruição. Jeremias não teve prazer nestas mensagens. Ele é conhecido como o profeta que chorava, pois sofria profundamente ao ver a angústia do povo, mesmo sabendo que o castigo era merecido. Obedecer a Deus é a melhor coisa que podemos fazer na nossa vida. Somente um profeta obediente à vontade de Deus, em meio à intensidade de tamanha desgraça, poderia anunciar a salvação e graça no juízo divino (Jr 29.4, 7).
1.2. Uma genuína submissão.
As narrativas históricas indicam que jeremias foi submisso à vontade de Deus em tudo. O Senhor deu algumas ordens árduas ao profeta, como: não casar (Jr 16.1-4); não entrar em funeral (Jr 16,5, 7); não entrar em numa festa (Jr 16.8-9); pregar no portão da cidade (Jr 17.19, 21); ir a casa de um oleiro para vê-lo trabalhando (Jr 18.1, 6); comprar uma botija e fazer uma representação (Jr 19.1, 3). Jeremias sabia que para se ter comunhão autêntica com Deus ele precisaria se submeter à Sua vontade. O aspecto importante que aprendemos com o profeta é que quando seguimos a Deus os resultados são duradouros e eficazes.
1.3. Assumindo a responsabilidade.
Jamais desista de sua chamada. Jeremias em certo momento pensou em gerenciar uma pousada no deserto em vez de cumprir sua chamada (Jr 9.2). Jeremias havia se esquecido que o Senhor o separou para ser um valioso profeta perante as nações. Entretanto, Deus explicou a Jeremias o que Ele queria que fosse feito: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não te esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).
2. Uma única missão: falar a verdade.
Quando o Senhor escolheu a Jeremias, era para que ele alertasse aos que estavam em pecados a abandonarem e se converterem ao Senhor de todo o coração, que deixassem de ser apenas religiosos. Esta é a verdadeira missão de um profeta: falar a verdade (Jr 26.3).
2.1. Abandonado pelos próprios amigos.
Nos dias de hoje, assim como nos dias de Jeremias, existe uma geração cruel, que não sabe ouvir a voz do Senhor. Os profetas são alvos de escárnio por confrontarem a mentira com a verdade. Os negócios pessoais estão acima da fé cristã, Jeremias foi desprezado pelos amigos (Jr 20.10. Jeremias era um homem solitário e abandonado, mas isso não impediu que o seu ministério tivesse êxito. Ele foi um dos mais ousados e destemidos profetas do Antigo Testamento.
2.2. Como Jeremias levava a vida.
Querendo ou não, um homem como Jeremias incomodava muita gente. A atitude de muitos era dar risadas do profeta (Jr 20.7). Outros o perseguiam (Jr 11.21; 18.18). Outros, ainda o amaldiçoaram (Jr 15.10). Por causa da sua missão, ele não casou, não ia a festas e nem a velórios (Jr 16.5, 7-8). Ele realizou várias ações simbólicas, como: comprar um cinto e escondê-lo até apodrecer (Jr 13.1, 11); comprar um pote e quebrá-lo logo em seguida (Jr 19.1, 15). Andar com uma canga nas costas pelas ruas de Jerusalém (Jr 27.2; 28.10, 14). Vivia como um estranho (Jr 23.9).
2.3. Contaminados pelo adultério.
A imaginação do povo de Judá estava pautada em adultérios generalizados. A fantasia sexual afastava o reino de Judá do Senhor com seus pensamentos lascivos (Jr 5.7-8; 13.27; 23.10, 14; 29.23). Com estas práticas, o caminho da destruição era questão de dias, haja vista que a miséria espiritual estava intensa neste momento. Judá descia cada vez mais a ladeira da perversão, esquecendo-se do Senhor, buscando um prazer desenfreado no sexo, que os afastava do verdadeiro Deus. Jeremias, ao pregar contra esta prática insana, foi rejeitado por todo o povo, que preferiu continuar em suas desordens espirituais.
3. Assumindo riscos.
Jeremias foi um profeta admirável, prova disso foi que Deus notou nele alguém que seria leal à Sua missão (Jr 1.7-8). Por quarenta anos, Jeremias teve a responsabilidade de profetizar como porta-voz do Senhor. Em um tempo de idolatria, impureza e luxuria sem comparação, o profeta deveria servir de exemplo na vida e no caráter, adorando ao verdadeiro Deus de Israel.
3.1. Deus está no controle.
Quando os sacerdotes, profetas e a população ouviram a mensagem a respeito da ruina do templo e a destruição de Jerusalém, eles ficaram furiosos e levaram o profeta na presença dos príncipes para ser morto (Jr 26.8). Jeremias repetiu novamente suas palavras aos príncipes (Jr 26.12-14), que não viram mal algum nelas (Jr 26.16). O Senhor quer apenas que confiemos nEle e o mais Ele fará. Ele sempre envia alguém para nos socorrer. Não duvidemos. Creiamos somente Êx 23.20).
3.2. O valor de um sábio conselho.
Jeremias em meio ao abandono de todos, continua a falar com firmeza que toda aquela destruição era culpa do próprio povo de Judá e de seus líderes, que deveriam admitir suas responsabilidades pelos seus pecados. Assim como o reino do Norte que havia sido derrotado pelos assírios em 722 a.C., o povo de Judá sofreria uma derrota esmagadora, se tentasse afrontar a Babilônia. Neste momento Jeremias aconselha a se render a esta potência para não sofrer um dano maior (Jr 27.11-12). O povo, obstinado por seus pecados, não ouviu seus conselhos. A situação da liderança era tão grave que Deus disse que nenhum dos filhos diretos de Joaquim, rei de Judá, se assentaria no trono de Davi (Jr 22.30).
3.3. A destruição de Judá era uma questão de tempo.
Jeremias faz uma análise da realidade, criticando em sua totalidade o povo por seus pecados (Jr 9.14; 17.19; 27; 22.1). Jeremias enumera uma série de atos cometidos pelo povo de Judá: desonestidade, assassinatos, injustiças com os pobres, transgressão do sábado, perseguições aos verdadeiros profetas, etc. Pecados deste tipo eram vistos com bons olhos pela população da época, mas decididamente não eram normais aos olhos do Senhor. Se eles pudessem antevir o que estava para acontece, as coisas seriam diferentes. A destruição deste povo para Deus era uma questão de tempo.
Conclusão.
A mensagem do profeta Jeremias é impregnada de palavras árduas ao povo de Judá. Percebemos ainda que suas pregações foram rejeitadas por um povo rebelde, que insistiu em caminhar para o castigo divino: a destruição pelas mãos dos babilônios.
Questionário.
1. O que tinha na cisterna que Jeremias foi lançado?
2. Cite duas ordens árduas que o Senhor deu a Jeremias?
3. Qual é a verdadeira missão de um profeta?
4. Cite uma ação simbólica realizada por Jeremias?
5. Qual a nação que Jeremias aconselhou que Judá tinha que se render para não sofrer um dano maior?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6 - Revista Betel
O Senhor, Justiça Nossa
7 de maio de 2017
Texto Áureo
“Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça Nossa. Jr 23.6
Verdade Aplicada
Em Jesus somos perdoados e recebemos justificação por intermédio de Seu sangue.
Textos de Referência.
Jeremias 23.1-2, 5
1 Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2 Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e,sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Introdução
Nesta lição estudaremos, dentro do livro do profeta Jeremias, sobre a grandiosa e magnífica justiça do Eterno Deus, isto é, o Seu modo de agir. Em outras palavras, o Seu proceder em favor dos homens.
1. Deus é a nossa justiça.
Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Não há justo, nem um sequer (Rm 3.23). Fomos declarados justos por causa da obra de Cristo em nosso lugar e em nosso benefício. Agora, estamos quites com a justiça divina e nenhuma condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1).
1.1. Quem ainda não sofreu uma injustiça?
Injustiça é a prática de violar padrões do que é justo. Sofrer injustiça é uma das coisas mais doloridas de lidar. Quando isso acontece, a revolta toma conta de quem é alvo de injustiças. Na Bíblia, há muitos relatos de pessoas que sofreram injustiças. Jeremias, por exemplo, foi posto em um calabouço (Jr 37.16), jogado na lama (Jr 38.6), desprezado pelos amigos e familiares, apenas por ser justo diante de Deus. Jeremias nos adverte que “ai daquele que edifica a sua casa com injustiça” (Jr 22.13). Por isso Jeremias vivia na presença de Deus (Jr 12.3).
1.2. Os líderes destruíam o povo.
Jeremias conhecia muito bem o sacerdócio, pois nasceu neste ambiente religioso. Ele lamenta que os falsos líderes tenham feito a cabeça do povo (Jr 5.30-31). Jeremias descreve os falsos líderes assim: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” (Jr 23.1). Esta passagem mostra a conduta errada dos líderes de Judá. Eles não amavam o povo como o Senhor os ama! O interesse deles era o dinheiro (Jr 5.31; 6.13). Para eles, ser profeta era uma posição de destaque e honra. Eram sábios para o mal e não para o bem (Jr 4.22). Deus não aprova líderes assim. Ele chama homens que amem e para que guiem Suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
1.3. Encher o povo de falsas esperanças.
Os sacerdotes e profetas contemporâneos a Jeremias viviam uma situação não muito confortável diante de Deus: “Cometem adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.” (Jr 23.14). Esta situação perversa deixava o Senhor indignado: “Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber águas de fel.” (Jr 23.15). Os falsos profetas enchiam o povo de falsas esperanças, prometendo recompensas sem mudança de vida. Deus nos chama sempre ao arrependimento (2Co 5.17, 20).
2. O Senhor é Justo Juiz.
A justiça é um dos valores mais desejados pelas pessoas de bem. O salmista Davi sabia muito bem disso (Sl 28.7). Deus em toda a história sempre deixou provas que devemos confiar nEle incondicionalmente.
2.1. Chorar era preciso.
O profeta Jeremias é um dos profetas de Judá que não se cansava de chorar pelo povo. Isso aconteceu numa época em que o juízo de Deus já havia sido comunicado ao povo através do próprio Jeremias. Diante de tamanha destruição que estava por vir, o desprezo do povo pela verdade fez Jeremias se ver em prantos diversas vezes em decorrência de amar a sua nação. São elas: quando o povo abandona o Senhor (Jr 2.3) e foi enganado com palavras falsas (Jr 7.4); quando os falsos profetas profetizaram palavras fingidas (Jr 28.11); quando as mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos e lhes serviram de alimento na destruição (Lm 4.10); quando viu a aflição por causa dos juízos do Senhor sobre o povo (Lm 3.1). Jeremias deu a resposta de tanto choro: “Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo”. (Lm 1.16).
2.2. O Senhor que nos encoraja.
Jeremias não encontrou o Senhor mostrando-se valente. Deus o fez valente. A força verdadeira não vem de quem o Senhor chama e sim do Senhor (Sl 28.7)! Paulo disse: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Fp 4.13). Grande parte das nossas vidas passamos por lutas e provações, mas não podemos admitir que o Diabo entre na brecha e nos afaste de Deus (Ef 4,27, 32). Deus encorajou Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).
2.3. O profeta não pode desanimar em meio às adversidades.
Jesus disse que um profeta não é honrado na sua própria terra (Jo 4.44). Isso aconteceu com Jeremias (Jr 26.8-9). O profeta Jeremias tinha expectativas que muitos poderiam acordar do sono espiritual que estavam e ainda poder usufruir das bênçãos de Deus em meio àquela conjuntura tão humilhante (Jr 13.9-10). O profeta não desiste da palavra de esperança e aconselha o povo: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”; “Ó Senhor, Esperança de Israel!” (Jr 17.7, 13ª).
3. Deus protege os injustiçados.
Podemos confiar na justiça de Deus sempre! Ele está atento a todo mal que possa vir sobre nós (Is 41.10). Seu amor não tem fim. Que estejamos seguros quanto ao cuidado do nosso Senhor (Sl 55.22). No momento oportuno, o Senhor nos livrará, pois não se agrada de injustiça praticada contra Seus filhos.
3.1. Sua missão era maior que sua dor.
Jeremias ocupou posição de grande destaque como profeta. Os reis se sucediam no trono, o ambiente era de intrigas e apostasia. Durante quarenta anos, o profeta passou por diversos tormentos em Judá: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Com todo sofrimento, com toda a sua dor, com toda angústia, ele não desistiu. Ele sabia que sua missão era maior do que sua dor.
3.2. As tentativas de calar Jeremias.
A deportação do povo Judeu para a Babilônia estava às portas e Jeremias sentiu muito o peso da responsabilidade de ser o último mensageiro de Deus para chamar este povo ao arrependimento. Pelo fato de sua mensagem ser muito pessimista, ele foi chamado de falso profeta por todos. Um dos fatores que mais agravaram esta situação foi que os falsos profetas anunciavam paz e prosperidade a todos (Jr 14.11-16). Embora acusado por todos, Jeremias não se calou. A Bíblia diz que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).
3.3. Jesus Cristo é o preço pago para nossa justiça.
É impossível nos apresentarmos diante de Deus sem que seja por intermédio do Senhor Jesus (1Tm 2.5). Apenas pela justiça do Pai em Cristo, o pecador pode ser considerado inocente. No tribunal celestial, Jesus é o Advogado que comparece diante do Juiz (Deus), com o intuito de inocentar o réu de sua merecida culpa (1Jo 2.1). A justiça redentora de Deus é testemunhada na obra do Mestre na cruz do Calvário, mostrando Seu imenso amor pela humanidade.
Conclusão.
Nós temos um advogado! Não porque aspiremos pecar sucessivamente, mas porque sabemos que somos fracos e que, por isso, o Senhor colocou um Salvador sobre nós. Jesus Cristo, o advogado fiel, nos livra do peso e das decorrências do pecado.
Questionário.
1. O que Deus exige dos líderes?
2. Quais eram os pecados dos profetas e sacerdotes contemporâneos de Jeremias?
3. Quem disse que um profeta não é honrado em sua terra?
4. O que a Bíblia diz sobre a obediência?
5. Onde está escrito que Cristo é o mediador entre Deus e os homens?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7 - Revista Betel
A coragem de um profeta levantado por Deus
14 de maio de 2017
Texto Áureo
“Toma o rolo de um livro, e escreve nele todas as palavras que te tenho falado de Israel, e de Judá, e de todas as nações, desde o dia em que eu te falei a ti, desde os dias de Josias até hoje”. Jr 36.2
Verdade Aplicada
Poucas pessoas nas Sagradas Escrituras exibiram fé, coragem e resiliência como Jeremias.
Textos de Referência.
Jeremias 36.1-3
1 Sucedeu, pois, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, que veio esta palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
2 Toma o rolo de um livro e escreve nele todas as palavras que te tenho falado sobre Israel, e de Judá, e de todas as nações, desde o dia em que eu te falei a ti, desde os dias de Josias até hoje.
3 Ouvirão, talvez, os da casa de Judá todo o mal que eu intento fazer-lhes, para que cada qual se converta do seu mau caminho, e eu perdoe a sua maldade e o seu pecado.
Introdução
A lição a ser ministrada hoje fala que o profeta Jeremias amava ao Senhor de Israel. Para ele, Deus era a realidade suprema. Jeremias imputa a Deus, a quem servia, as mais altas honrarias (Jr 32.17, 25).
1. Coragem para decidir qual lado ficar.
Estudando o livro de Jeremias, percebemos que ele tinha convicção do seu chamado (Jr 1.4). Um fogo ardia dentro dele, misturado com entusiasmo e desejo de querer fazer a vontade de Deus até o fim (Jr 20.9).
1.1. A loucura do rei Jeoaquim.
Deus chamou o profeta Jeremias e lhe orientou a escrever um livro sobre todas as palavras que o Senhor havia dito sobre Israel, Judá e todas as nações (Jr 36.2). Como estava proibido de ir ao templo (Jr 36.5), ordenou ao seu escrivão que fosse e lesse os escritos em voz alta, de modo que eles escutassem tudo o que o Senhor Deus havia dito (Jr 36.8). Estas palavras chegaram ao conhecimento do rei Jeoaquim. A Bíblia relata que era tempo de friagem e o rei estava no seu palácio de inverno, sentado perto do fogo. Depois de ouvir a leitura de três ou quatro folhas, o rei ficou muito irritado, pegou um canivete, cortou o rolo em pedaços e jogou no fogo (Jr 36.23). Que triste para um povo ter um rei insano. Nem o rei e nenhum de seus servos que ouviram todas aquelas coisas ficaram com medo ou mostraram qualquer sinal de arrependimento (Jr 36.24).
1.2. Jeremias se esconde do rei.
Em vez de obedecer à voz de Deus, o rei ordenou que prendessem Jeremias e o seu escriba. Mas o Senhor já os tinha escondido (Jr 36.26). Esconderijo é o lugar onde alguém ou algo se esconde. Uma espécie de abrigo, um refúgio. Em algumas situações, a fuga é a melhor decisão a ser tomada. José fugiu da mulher de Potifar (Gn 39.7, 12). O anjo do Senhor aconselhou a José e Maria a fugirem com o menino para o Egito (Mt 2.13). Elias fugiu para o deserto (1Rs 19.3-4). No momento de perseguição, necessitamos ir ao ambiente da intimidade, o esconderijo de Deus. É para lá que o Soberano quer nos conduzir para palestrar conosco.
1.3. Resiliência.
Resiliência é a capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas vencer obstáculos e não ceder à pressão, seja qual for a situação. A resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou não funcionar bem sob pressão. Depois que o rei queimou o rolo, Jeremias se saiu bem sob pressão. Ele pegou outro rolo e escreveu tudo o que estava escrito naquele que o rei havia queimado e mandou pronunciar o seguinte: “Tu queimaste este rolo, dizendo: Por que escreveste nele anunciando: Certamente virá o rei da Babilônia, e destruirá esta terra, e fará cessar nela homens e animais?” (Jr 36.29). O rei pensava que, queimando o rolo, fosse calar a Palavra de Deus. O que ele não sabia é que o profeta Jeremias não se calaria diante das adversidades.
2. A importância da cooperação.
Deus e o povo eram como noivo e noiva, como marido e esposa (Jr 2.2). Mas a aliança entre os dois havia falhado e eles se separaram (Jr 3.8) A esposa (povo) largou o marido (Deus) e foi atrás de outros amantes (deuses) (Jr 2.25; 4.30) e adulterou (Jr 2.20; 3.20; 5.7). Por isso, Deus, o marido, não queria, mais saber da esposa (Jr 2.22; 5.7).
2.1. O sucesso de Jeremias estava na sua atitude.
A atitude é o critério para o sucesso. Quando procuramos nas Escrituras Sagradas alguém que se encaixe neste perfil, nossos olhos sobrevêm sobre a vida do profeta Jeremias. Mesmo com o casamento rompido entre Deus e o povo, Jeremias decide ficar do melhor lado: o lado de Deus. Poderíamos citar muitos outros, no entanto, enxergamos na vida desse homem um exemplo de quem tomou a atitude correta em se tornar um profeta é extremamente mais do que pregar sobre as coisas que sobrevirão. Profetizar é ver o Senhor convocando Seu povo de volta para Si (1Pe 2.9).
2.2. Deus sempre coloca pessoas para nos ajudar.
Deus sempre coloca pessoas em nossos caminhos para nos ajudar. Com Jeremias não foi diferente. O Senhor havia dado ordem a Jeremias “para arrancar, despedaçar, arruinar e destruir”, mas também “para edificar e plantar” (Jr 1.10). Mesmo estando encarcerado (Jr 36.5), ele não poderia se calar. Por isso, pede que seu escriba, Baruque, leia a mensagem de Deus ao povo, a fim de encorajá-lo a abandonar os seus pecados (Jr 36.6). Baruque sem dúvida, estava a par dos riscos envolvidos nessa missão. Mesmo assim, ele se dispôs a escrever todas as palavras do Senhor pronunciadas por Jeremias e a lê-las na casa do Senhor para todo o povo (Jr 36.5-8).
2.3. Baruque: um amigo na alegria e na dor.
Ainda que seja mencionado em apenas quatro capítulos em toda a Bíblia, Baruque é bem conhecido doa amantes da Escrituras Sagradas como secretário, escriba, porta-voz, companheiro e amigo de Jeremias. Notamos que depois de ter escrito o livro, Baruque teve um conflito e desabafou: “Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza à minha dor! Estou cansado do meu gemido e não acho descanso”. (Jr 45.3). No caso de Baruque, este conflito o levou à oração e a oração ao desabafo. O desabafo era o ralo por onde fluíam suas lágrimas. O Senhor Deus estava atento à aflição de Baruque e prometeu preservá-lo (Jr 54.5).
3. Cumprindo a missão em tempos difíceis.
Em nenhum momento, Deus deixou o profeta Jeremias iludido. Quando chamou o profeta para anunciar a Sua Palavra, declarou que o mesmo sofreria oposição e perseguição, mas não temesse: “...porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar” (Jr 1.17-19).
3.1. Convicção da chamada de Deus.
Um aspecto muito importante no cumprimento da missão dada por Deus é ter convicção quanto ao chamado divino. Muito contribui para resistir diante das oposições, rejeições e aparentes fracassos. Vide o exemplo de Amós: “Eu não era profeta...mas o Senhor me tirou...e me disse...” (Am 7.14-15). O profeta Amós sabia que tinha sido comissionado por Deus.
3.2. Crer na Palavra de Deus.
A certeza de que a Palavra de Deus é a verdade, sustentou Jeremias, mesmo quando estava preso, ou enfrentando os falsos profetas, ou sendo conduzido ao Egito contra a sua vontade (Jr 43.5, 8). Ele não se calou! O apóstolo Paulo assim escreveu: “Cri, por isso falei” (2Co 4.13).
3.3. Perseverança.
O profeta Jeremias é um exemplo de perseverança. O povo não atendeu ao chamado de Deus, os líderes o rejeitaram, o rei destruiu o rolo contendo os escritos da Palavra de Deus e, no final, ainda foi levado ao Egito pelos rebeldes judeus. Todavia, ele não se calou. Continuou profetizando. Foi perseverante. No Novo Testamento, os discípulos de Jesus Cristo “foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria”, mas, por onde andaram, mesmo espalhados, “iam por toda a parte anunciando a palavra” (At 8.1, 4). É preciso perseverança no cumprimento da missão.
Conclusão.
O profeta Jeremias foi grandemente usado por Deus num momento crucial da história de Israel. Deus ainda hoje quer usar a mim e a você. Precisamos ter a mesma atitude do profeta Jeremias, isto é, escolher ficar ao lado de Deus, abandonando os prazeres do mundo.
Questionário.
1. O que percebemos ao estudar o livro de Jeremias?
2. O que o rei Jeoaquim fez com o rolo após escutar o que estava escrito?
3. Cite um personagem da Bíblia que fugiu?
4. O que é profetizar?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8 - Revista Betel
O perigo de ser enganado por falsos profetas
21 de maio de 2017
Texto Áureo
“E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Jr 28.15
Verdade Aplicada
Deus é quem dá a vida e é a fonte da verdade; o diabo destrói a vida e é o pai da mentira.
Textos de Referência.
Jeremias 28.14-17
14 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Jugo de ferro pus sobre o pescoço de todas estas nações, para servirem a Nabucodonosor, rei da Babilônia; e servi-lo-ão, e até os animais do campo lhe dei.
15 E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve, agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras.
16 Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em rebeldia contra o Senhor.
17 E morreu Hananias, o profeta, no mesmo ano, no sétimo mês.
Introdução
A mentira é filha do diabo! Para vencê-la, devemos nos despir do velho homem, da velha maneira de viver. Este estudo mostra a necessidade de renovarmos a nossa mente pela Palavra de Deus.
1. O perigo do falso profeta.
Desde Moisés o Senhor Deus já alertava Seu povo sobre o perigo de ser enganado por falsos profetas (Dt 13.1-4). Também encontramos o apóstolo Paulo instruindo a igreja em Corinto acerca da necessidade de julgar as profecias (1Co 14.29). Jeremias tinha como função principal ser profeta do Senhor, mas este cargo lhe trouxe muito desgaste, pois o profeta do Senhor fala o povo precisava ouvir e o falso profeta fala o que o povo quer ouvir.
1.1. Guardai-vos dos falsos profetas.
Um falso profeta é uma pessoa que assegura falar em nome de Deus, sem, contudo, representar a Deus ou mesmo pertencer a Ele. Vejamos o que Jesus falou sobre eles: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”. (Mt 7.15). Falsos profetas são todos aqueles que se levantam contra a verdade. Entretanto, o verdadeiro profeta é alguém que tem um relacionamento íntimo com o Senhor (Am 3.7). Um profeta de verdade não está preocupado em agradar aos homens, mas, sim, em agradar a Deus (Ef 6.6).
1.2. O confronto de Hananias.
No princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, filho de Josias, (Jr 28.1) se elevou Hananias, falso profeta de Gibeão, que falou a Jeremias, confrontando-o. Este confronto se deu no tocante à questão da destruição final de Jerusalém. Hananias fala em nome do “Senhor” que Ele, Deus, despedaçaria o jugo da Babilônia e que, em um período de dois anos, Deus iria reconduzir o povo para Jerusalém, assim também como os utensílios do templo levados junto com o povo de Deus (Jr 28.3). Ele foi ao contrário dos setenta anos anunciados pelo profeta Jeremias (Jr 25.11-12). Com estas mentiras, Hananias assinou sua sentença de morte: “Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em rebeldia contra o Senhor”. (Jr 28.16). Pois a lei era bem clara em relação aos falsos profetas (Dt 18.20).
1.3. Dois profetas: dois exemplos.
Neste confronto entre Jeremias e Hananias, encontramos duas situações completamente diferentes. Enquanto um profeta é escolhido por Deus, o outro, por ser muito popular, se promove diante do povo. O pecado principal de Hananias foi usar o nome do Senhor em vão (Êx 20.7). Hananias fez, em nome do Senhor, promessas inconsistentes (Jr 28.3), que o levaram a morte no mesmo ano de suas profecias que, como já era de se esperar, não foram cumpridas (Jr 28.17).
2. A Palavra de Deus permanece.
O apóstolo Paulo nos adverte: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o homem semear, isso também ceifará”. (Gl 6.7). Infelizmente, os falsos profetas pregam que as bênçãos de Deus são alcançadas incondicionalmente e que não carecem de um arrependimento sincero, nem de um viver puro. Hananias esqueceu de dizer ao povo que um viver puro diante do Senhor é sinônimo de uma vida abençoada. Jeremias era diferente. Ele dizia que não estava só ouvir a voz de Deus, mas que tinha que haver mudança de atitude. Por esses valores Jeremias lutava.
2.1. Um povo vulnerável em sua fé.
O profeta Jeremias, muito mais do que todos nós, possuía todas as causas possíveis para deixar de sonhar com a melhora da vida religiosa no dia a dia de seu povo. Para onde quer que ele olhasse, a situação era completamente incontrolável. Jeremias expõe a fragilidade espiritual do povo de várias maneiras: infidelidade e meretrício (Jr 5.7-8); descrença (Jr 5.12); abandono da Palavra (Jr 5.12); idolatria (Jr 5.19); e falta de discernimento espiritual (Jr 5.21).
2.2. Devemos tomar cuidado com os profetas mentirosos.
O livro de Romanos nos adverte: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes: desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre: e, com suaves palavras e lisonjas, enganam os corações dos símplices”. (Rm 16.17-18). Comparativamente falando, outro texto diz: “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo”. (Mc 13.22-23). Portanto, mediante estes versículos mencionados, sejamos guiados pelo Espírito de Deus, exercendo Sua vontade com sabedoria, para discernirmos estes profetas mentirosos na Casa do Senhor.
2.3. Cristo o maior profeta.
A promessa de Deus feita por intermédio de Moisés, quanto ao profeta “semelhante a Moisés”, se cumpriu em Cristo (Dt 18.18). Os discípulos de Jesus afirmaram: “Jesus, o nazareno, que foi varão profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo” (Lc 24.19). Ao entrar em Jerusalém, a multidão testificou que Jesus Cristo era o “Profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21.10-11).
3. Nada podemos contra a verdade.
Sempre existirão dois caminhos a serem trilhados: o da verdade e o da mentira. Ocasionando sua morte. A Palavra de Deus nos recomenda a irmos sempre pelo caminho da verdade, como fez o profeta Jeremias. O Senhor abomina a mentira e por isso não suporta a presença dos mentirosos (Ap 22.15). Vigiemos no que falamos, para que o diabo não encontre brecha em nós (Tg 4.7).
3.1. O pai da mentira.
O inimigo de Deus é descrito na Bíblia como o pai da mentira: “Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. (Jo 8.44). O conjunto das constatações acima confirma que o diabo é o pai da mentira e, assim sendo a mentira é um aparelho diabólico que o homem usa para a sua própria condenação. Nesta conjuntura, o mais triste disso tudo é que o homem ama a mentira, não ama a verdade, pois é mau por natureza (Rm 1.25).
3.2. A primeira mentira do mundo.
Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, o pecado entrou no ser humano e, consequentemente, a morte. Contudo, o diabo disse para Eva: “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis”. (Gn 3.4). Notemos que a mentira é pela primeira vez citada pelo próprio diabo, pois Deus havia dito: “...Dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Qual voz você prefere escutar? A de Deus ou a do diabo?
3.3. O cinto da verdade.
O apóstolo Paulo, ao detalhar a armadura de Deus que o cristão deve estar revestido, inicia pelo cinto da verdade (Ef 6.14). Tanto na caminhada do discípulo de Cristo como no serviço cristão é imprescindível a sinceridade ou integridade. Este é o sentido que muitos comentaristas atribuem à palavra verdade neste texto. Assim, não haverá embaraço. É aquela “verdade no íntimo” que encontramos no Salmo 51.6.
Conclusão.
Temos que falar sempre a verdade, custe o que custar, sempre com honestidade! Por isso, devemos ter muito cuidado com o que falamos! Pois, um dia, cada um de nós prestará conta de cada termo que saiu de nossa boca.
Questionário.
1. O que é falso profeta?
2. Os falsos profetas se levantam contra o que?
3. Qual o principal pecado de Hananias?
4. O que o Senhor não suporta?
5. Quem é o pai da mentira?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 9 - Revista Betel
O Senhor é soberano entre as nações
28 de maio de 2017
Texto Áureo
“E agora eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam”. Jr 27.6
Verdade Aplicada
O plano de Deus é que todas as nações sejam abençoadas por intermédio de Jesus Cristo.
Textos de Referência.
Jeremias 27.2-5
2 Assim me disse o Senhor: Faze umas prisões e jugos e pô-los-ás sobre o teu pescoço.
3 E envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe, e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro, e ao rei de Sidom, pelas mãos dos mensageiros que vêm a Jerusalém ter com Zedequias, rei de Judá.
4 E lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores:
5 Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder e com o meu braço estendido, e a dou a quem me agrada aos meus olhos.
Introdução
Nesta lição veremos que o Senhor Deus é imponente para realizar os Seus propósitos. Estudaremos que não há poder neste mundo capaz de frustrar os Seus projetos.
1. A aflição de um profeta.
Jerusalém estava semelhante à Sodoma e Gomorra. Não se encontrava nela sequer uma única pessoa que praticasse a justiça e buscasse a verdade (Jr 5.1). A situação estava tão pervertida que Deus advertiu o povo (Jr 5.26). O estado de desgraça era notório entre os habitantes de Judá. Para Jeremias, era lamentável o fato de não haver mais velhos sentados nas praças e os jovens para cantarem (Lm 5.13-15).
1.1. O alerta de Jeremias.
O anseio do profeta Jeremias era que o povo de Judá se voltasse para Deus. Ele sabia que o grande ato de amor realizado por Deus em favor do Seu povo havia sido a libertação do Egito. Por isso, é constante a lembrança do êxodo e do deserto em suas pregações (Jr 2.2, 6; 7.22, 25; 11.4, 7; 16.14). Preocupado com a possibilidade de o povo voltar a ser cativo em terra estrangeira, ele convoca o povo ao arrependimento: “Se voltares, ó Israel, diz o Senhor, para mim voltarás; e, se tirares as tuas abominações de diante de mim, não andarás mais vagueando, e jurarás: Vive o Senhor na verdade, no juízo e na justiça; e nele se gloriarão”. (Jr 4.1-2). O resultado esperado pelo profeta era que o povo se arrependesse dos seus erros. Por isso, suas profecias eram tão intensas. Entre tantas profecias, encontramos a promessa que Deus daria uma nova aliança e que ofereceria aos homens o perdão dos pecados (Jr 31.31, 34).
1.2. Deus usa líderes pagãos para realizar Seu propósito.
Que grande ironia nos é narrada pelo profeta Jeremias. Ele nos apresenta o Eterno Deus usando um líder pagão para punir as nações. Ele recebe do Senhor uma mensagem para os reis do Ocidente. Nesta mensagem, o Senhor diz ser o Criador de todas as coisas existentes e que é por Seu gosto que Ele está entregando tudo ao rei da Babilônia, Nabucodonosor (Jr 27.5-6). Ele diz que as nações que não se submeterem às ordens de Nabucodonosor serão destruídas (Jr 27.8), entretanto, a nação que assim o fizer será recompensada (Jr 27.11).
1.3. O perigo da contaminação.
As nações vizinhas de Israel sempre foram motivo de preocupação pelo simples fato de Israel de contínuo se envolver com suas práticas pagãs e esquecer-se do seu Libertador (Ed 9.1). O requisito essencial para o povo de Deus é ser santo. É permanecer separado dos padrões e costumes de outros povos para não perder a essência de Deus e das bênçãos que Ele reservou para nós (1Co 1.2). Seguindo os costumes da religião de outros povos, o povo de Israel chegou a sacrificar os próprios filhos (Jr 7.31; 19.5; 32.35). Jeremias usou a expressão “arrepender-se” cerca de onze vezes no decorrer de suas pregações. Mas as influências eram tantas que o povo não se arrependeu. Diante de tanta influência negativa, entendemos o choro de Jeremias por sua nação (Jr 9.1; 13.17; 14.17; 25.17-18; Lm 1.2; 2.11, 18). A razão final pela qual Judá foi levado cativo para a Babilônia tem a ver com as influências recebidas destes povos vizinhos, que fez por diversas vezes com que Israel se desviasse do verdadeiro Deus. Com tantas práticas pagãs no meio do povo de Deus, a aliança com o Senhor havia sido quebrada (Jr 22.9).
2. Deus adverte o povo.
Desde o início, Jeremias seguira um caminho sólido em advertir sujeição aos babilônios. Esta sugestão foi dada não somente a Judá, mas também aos mensageiros de muitas nações que estavam em Jerusalém (Jr 27.3-4).
2.1. O profeta das nações.
O motivo das pregações de Jeremias sempre foi levar o povo de Judá ao arrependimento, visto que ele via a Babilônia erguer-se, pela providência divina, para castigar uma nação desobediente, como era Judá. Ele orienta a submissão a Babilônia por parte de Judá e das outras nações. Jeremias, afinal de contas, era “profeta às nações” (Jr 1.5).
2.2. O Senhor da criação.
O Eterno Deus criou tudo para que Sua glória seja vista e Ele eternamente adorado (Ef 1.6). Deus não criou um mundo tão esplêndido somente para pôr em um quadro e ao mesmo tempo não ter ninguém para admirar tudo de belo que Ele fez. Por isso, o salmista diz: “Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos”. (Sl 19.1). Utilizando a posse de Sua criação, o Senhor assume Seus direitos sobre todas as nações (Dn 2.38). Ele mesmo entrega a Nabucodonosor, rei da Babilônia, Seu “servo”, todas as terras e os animais do campo para que o sirvam (Jr 27.6).
2.3. O pecado das nações contemporâneas.
As nações do mundo contemporâneo discorrem que são donos do seu próprio destino devido ao seu poderio militar. Elas vivem uma luta constante em busca da paz. Não entendem que a paz verdadeira só existe em Cristo (Jo 14.27). O pecado tem causado a degradação de nosso planeta. Às vezes, Deus permite que as catástrofes aconteçam para trazer as nações aos Seus pés. O desejo do Senhor é que cada nação e cada indivíduo se arrependa e se achegue a ele.
3. Deus convoca ao arrependimento.
Disse Jesus: “Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento” (Lc 5.32). Embora o pecado dificulte o caminho até Deus, o arrependimento abre as portas do céu novamente (Tg 4.8). Oremos pela nossa nação! Pois feliz é a nação cujo Deus é o Senhor (Sl 33.12).
3.1. Deus é soberano sobre as nações.
O rei Davi mencionou a superioridade de Deus sobre as nações da terra: “Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações” (Sl 22.28). O Senhor não precisa ser sujeitado a ninguém. Ele faz o que lhe agrada, ninguém pode detê-Lo.
3.2. Como alcançar as nações para o Senhor?
É fato que nem todos podem partir para outras nações. Entretanto, todos os discípulos de Cristo devem estar comprometidos com a proclamação da salvação em Jesus Cristo até os confins da terra (At 1.8): orando, indo, enviando e contribuindo. O Senhor nos delegou uma responsabilidade muito grande: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Que o Senhor desperte em cada um de nós o desejo missionário em busca das almas perdidas.
3.3. Toda chamada tem um preço a ser pago.
Jeremias teve um chamado para as nações porque esse foi o propósito de Deus (Jr 1.5). Em sua jornada como profeta, houve um preço a ser pago por ele. Ele chegou a amaldiçoar o dia em que nasceu (Jr 20.14). Ele sabia que não foi homem algum que o havia chamado, mas o próprio Deus de Israel (Jr 1.7). Jeremias não buscou ser bajulador de reis corruptos para ter benefícios, nem se assentou na roda dos zombadores (Jr 15.17). Ele seguiu seu chamado totalmente. A única preocupação de Jeremias era com a sua missão, que era inegociável.
Conclusão.
Deus é grandioso. Ele é Senhor absoluto na história dos homens e das nações. Ele é soberano para dirigir o coração de reis e nobres. Ele é divino para realizar a Sua vontade. Ele é soberano sobre tudo e sobre todos. Glória a Deus pela Sua eterna soberania.
Questionário.
1. O que era lamentável para Jeremias?
2. O Senhor entregou as nações na mão de qual monarca?
3. Somente onde existe a paz verdadeira?
4. O que traz a felicidade para uma nação?
5. O que Jeremias chegou a amaldiçoar?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 10 - Revista Betel
O profeta desce a casa do Oleiro
4 de Junho de 2017
Texto Áureo
“Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras”. Jr 18.2
Verdade Aplicada
Não era somente Jeremias que deveria descer até a casa do oleiro. O povo precisava aprender sobre quem era Deus e os planos que tinha para a nação.
Textos de Referência.
Jeremias 18.2-6.
2 Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3 E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
4 Como o vaso, que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer.
5 Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
Introdução
Somos vasos feitos pelos oleiro (Deus). Ainda que a nossa vida tenha sido quebrada por desilusões, frustrações, temores e aflições, Deus está disposto a nos restaurar e fazer de cada um de nós um vaso novo.
1. O grande Oleiro está aperfeiçoando o Seu povo.
O Senhor Deus utiliza uma parábola para ilustrar o Seu agir em relação ao Seu povo. Assim como o oleiro é capaz de continuar trabalhando com o material, mesmo que o vaso tenha se quebrado, também o Grande Oleiro poderia restaurar a nação de Israel, caso se arrependesse (Jr 18.6-8).
1.1. Jeremias desce à casa do oleiro.
Deus deu duas ordens ao profeta Jeremias: “Levanta-te e desce” (Jr 18.2). Levantar-se é tomar uma posição é se colocar na maneira correta que o Senhor quer. Para fazer a Sua obra não pode ser de qualquer jeito (Jr 48.10). Existem muitos irmãos que até querem fazer a vontade de Deus, mas não querem se colocar na posição que o Senhor orienta. A obra de Deus deve ser feita como Ele quer! Alguns até ficam abatidos e põem-se a chorar e lamentar como Jeremias (Lm 3.49). Mas a ordem de Deus para ele foi: “Levanta-te e desce”! Quer ser abençoado? Levante a cabeça e desça na presença do Senhor.
1.2. O povo de Deus tem que ser paciente.
Um dos aprendizados do profeta Jeremias na casa do oleiro foi o exercício da paciência. Nos dias atuais, a paciência é um artigo de luxo, uma vez que é pouco utilizada. O vaso quebrou na mão do oleiro. Ele não reclamou, mas tornou a fazer outro vaso com a mesma alegria (Jr 18.4). Enquanto o povo de Deus estiver na terra, ele está sendo aperfeiçoado continuamente. Este aperfeiçoamento passa, às vezes, pela disciplina, quebrantamento e provação (1Pe 5.10; Fp 1.6).
1.3. Deus pode contar conosco?
O Senhor está nos observando! É na submissão a Ele que está a nossa vitória. Necessitamos fazer a vontade do Senhor, mesmo que não a compreendamos, assim como fez o profeta Jeremias. Ele poderia ter discutido sobre o que iria aprender com o oleiro, mas não fez isso. Pelo contrário, ele atendeu à ordem do Senhor sem interpelar e lá pôde ouvir a voz do Eterno Deus (Jr 18.5). Se Deus nos deu uma missão, não tardemos em cumpri-la e, assim assistiremos o agir de Deus em nossas vidas!
2. É preciso descer na presença de Deus.
A segunda ordem do Senhor ao profeta Jeremias foi: “desce” (Jr 18.2). Descer significa se humilhar diante do Senhor, reconhecer que nada somos e que Deus é tudo. É estar sensível à voz de Deus. Essa é a parte mais complicada, porque, para o cristão subir, ele tem que descer. É na humildade que está a vitória. Podemos descer na presença do Senhor de várias maneiras, tais como jejum, adoração e oração (Sl 145.18-19). O Senhor humilha os exaltados, mas exalta os humilhados (Tg 4.6).
2.1. José teve que descer para subir.
José, o filho mais novo de Jacó, foi lançado por seus irmãos em um poço, porque eles invejavam o carinho que seu pai apresentava por ele (Gn 37.24). Depois de ser atirado neste poço, ele é vendido como escravo e lançado em uma prisão, até ser exaltado por Deus como o segundo homem mais poderoso do Egito, a grande potência da época (Gn 41.38, 45).
2.2. Paulo, o homem que caiu para esse mundo e suas tolas convicções.
Paulo precisou cair em terra para ouvir a voz do Senhor. Todavia, sua visão se abriu para ver o mundo sob nova perspectiva. O que é mais marcante nesta narrativa é que o próprio Jesus, a quem ele tanto perseguia, lhe diz: “Saulo Saulo, por que me persegues”? (At 9.4). Neste momento, este homem tem a sua vida transformada de uma maneira tão intensa que o grande perseguidor de cristãos se torna perseguido devido a intensidade de suas pregações.
2.3. Zaqueu, o homem que não foi mais o mesmo.
Descer é colocar-se dependente e submisso a Jesus, isto é, aprender com o Mestre, que, sendo de condição divina, se fez um de nós (1Co 5.21). Os impostos cobrados por Zaqueu eram direcionados para o imperador romano. Os judeus tinham que pagar pesados tributos por intermédio destes cobradores, que eram odiados por fazerem este tipo de serviço, considerado sujo, para Roma. Entretanto, Jesus levanta o olhar e diz: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. (LC 19.5). Jesus, embora fosse judeu como os demais, apresentava algo a mais, como amor, compaixão, piedade, etc. Este encontro mudou a vida de Zaqueu. Ele nunca mais foi o mesmo depois deste momento.
3. É preciso levantar e despertar.
O profeta Jeremias precisou tomar uma atitude, isto é, se preparar, sair de um estado de acomodação, colocar-se na posição que Deus queria, para fazer a Sua vontade. Não devemos estar apenas na igreja, é preciso estar nas mãos do oleiro. O eterno Deus quer ser o oleiro que modelará nossas vidas. Por isso Ele falou: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro”? (Jr 18.6). Imediatamente, o profeta Jeremias se levanta, sai da posição de inércia, desce à casa do oleiro e lá o Senhor palestra com ele. Deus está requerendo de nós que marchemos em Sua obra para Ele palestrar com cada um de nós.
3.1. A casa do oleiro.
Como o barro estava na mão do oleiro, assim estava o povo de Israel na mão de Deus (Jr 18.6). A casa do oleiro é um lugar de aprendizado. O Senhor nos transmite duas lindas lições importantíssimas na casa do oleiro. A primeira é que na casa do oleiro é lugar de ouvir a voz de Deus. Ao escutarmos a Palavra do Senhor, nosso caráter é moldado e transformado, aproximando-nos mais de Deus. A segunda lição que aprendemos é que a casa do oleiro é um local onde aprendemos ser humildes. Lá aprendemos a abandonar o nosso egoísmo, pois afinal, somos todos irmãos. É o lugar onde, ao chegarmos, nos ajoelhamos em sinal de humilhação. Então, que possamos descer todos os dias à casa do oleiro para o Senhor falar conosco e moldar nosso caráter.
3.2. Um vaso na mão do oleiro.
A definição da palavra oleiro nada mais é do que aquele que produz objetos de barro, entre eles, o vaso. A quebra do vaso tinha o intuito de alertar o povo de Israel de seus graves pecados (Jr 18.4). Representava o julgamento da nação de Israel. Judá estava passando de vaso de honra para vaso de desonra e, por fim, seria destruído (2Tm 2.20-21). Assim, como vaso de honra, sejamos dependentes do oleiro (Deus), sabendo que a força, o poder e o tempo estão em Suas mãos. Que possamos refletir que tipo de vaso estamos sendo na mão do Senhor! Vasos de honra ou vasos de desonra?
3.3. As fases do barro.
O barro passa por algumas fases na mão do oleiro. São elas: fase da escolha, fase do curtimento, fase do pisamento, fase dos acréscimos e, por fim, a fase do molde. O ensinamento que fica para nós nestas fases é que, se quisermos ver vasos de honra, devemos aprender com as adversidades na caminhada da vida. O barro demonstra como devemos estar nas mãos do Senhor Deus faz com que o barro seja amolecido. Amassa-o, molda-o e depois o leva ao fogo. Então, depois dessa arte, surge um vaso suntuoso, proveitoso e valioso. Surge um vaso de honra!
Conclusão.
Nesta lição, a qual estudamos sobre o oleiro, aprendemos mais sobre a soberania do Senhor Deus no processo de moldagem e restauração dos vasos. Ele reconstrói até o que se destrói e que o mais importante não é o barro, mas as mãos que estão nele.
Questionário.
1. Quais as duas ordens que Deus deu a Jeremias?
2. Qual foi um dos aprendizados do profeta Jeremias na casa do oleiro?
3. Como podemos descer na presença do Senhor?
4. Cite duas pessoas que tiveram que descer para poder se achegar a Cristo?
5. Qual era o intuito da quebra do vaso?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 11 - Revista Betel
A soberba precede a ruína
11 de junho de 2017
Texto Áureo
“Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti”. Ez 28.17
Verdade Aplicada
O orgulho é como uma erva daninha, que persiste em se desenvolver num jardim, por mais bem cultivado que seja.
Textos de Referência.
Jr 48.7, 26, 29-30
7 Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemós sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.
26 Embriagai-o, porque contra o Senhor se engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito, e será ele também um objeto de escárnio.
29 Ouvimos falar da soberba de Moabe, que é soberbíssimo, da sua arrogância, e do seu orgulho, e da sua altivez, e da altura do seu coração.
30 Eu conheço, diz o Senhor, a sua indignação, mas isso nada é; as suas mentiras nada farão.
Introdução
Não necessitamos ter orgulho de nós mesmos. O que falamos a respeito de nós mesmos não denota nada no trabalho do Senhor. É o que Deus diz sobre nós que faz toda a diferença (2Co 10.13).
1. A origem e pecados dos moabitas.
Os moabitas são os habitantes de Moabe, que significa “semente do pai”. Segundo a Bíblia, os moabitas se originaram de um incesto promovido pela filha mais velha de Ló, sobrinho de Abraão, pouco depois da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19.31, 37).
1.1. Moabe versus Israel.
Quando o povo de Israel chegou ao perímetro sul de Moabe, solicitou autorização para cruzar o país, mas o pedido foi rejeitado (Jz 11.17). Por ocasião dos edomitas, moabitas e os amonitas serem da família dos israelitas, não foi admitido a Moisés incidir ou tomar qualquer parte do país destes povos, conforme narrado nas escrituras (Dt 2.4-5, 9, 19). Não obstante, Balaque, o rei de Moabe, ficou amedrontado quando os israelitas tomaram as terras do rei Seom (Nm 21.13, 25). Com medo de não impetrar vitória pela força das lanças, combinou com Balaão, acreditando abater os hebreus por meio de maldições. No entanto, por atuação divina. As maldições converteram-se em bênçãos (Ne 13.1-2). Adotando as recomendações de Balaão, as mulheres moabitas foram até o acampamento de Israel, praticaram a imoralidade com alguns de seus homens (1Co 10.8), e os levaram a idolatria (Nm 25.1-4). Diante das influências negativas, foi dado a ordem para que Israel se mantivesse longe deles (Dt 23.3-6).
1.2. A Palavra do Senhor que veio a Jeremias contra Moabe.
No princípio da chamada de Jeremias, o Senhor havia dito que estava enviando ele como profeta às nações (Jr 1.5). Sua profecia consistia tanto para ruina, quanto para edificação de uma nação, no caso de Moabe, a ruina. A destruição que viria sobre esta nação estava acontecendo com a permissão do próprio Deus, especialmente por causa dos pecados de idolatria e soberba de seus líderes (Jr 48.7).
1.3. Não devemos confiar em nossos tesouros.
Sem dúvida nenhuma, o maior pecado de Moabe, somado à idolatria ao deus Quemós (Jr 48.7), era o orgulho dos nobres e povo daquela nação. Eles haviam sido prósperos em seus negócios, acumulando muitos bens. Esse acúmulo de bens permitiu que se iludissem com sua falsa prosperidade (Jr 48.7). Isto foi o causador da ruína deste povo. Não devemos confiar no dinheiro, ou em nossas próprias capacidades. Devemos confiar em Deus mais do que qualquer outra coisa na vida (Sl 91.2). Para Deus, o bem mais precioso que uma nação possui sãos as pessoas, não suas riquezas.
2. Deus não tolera o orgulho.
A mensagem do profeta Isaias é destinada a uma nação orgulhosa: “Ouvimos da soberba de Moabe, a soberbíssima; da sua altivez, e da sua soberba, e do seu furor; a sua jactância é vã”. (Is 16.6). O orgulho é complemento da ignorância. Isaías ainda reforça dizendo: “Portanto, Moabe uivará por Moabe; todos uivarão; gemereis pelos fundamentos de Quir-Haresete, pois já estão abalados”. (Is 16.7).
2.1. A origem do orgulho.
Medite nas ambições audaciosas de Satanás: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. (Is 14.13-14). As Escrituras Sagradas nos dizem que o Senhor não tolera o orgulho: “Aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei”. (Sl 101.5);”Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes”. (Tg 4.6): “Abominação é para o Senhor todo altivo de coração; ainda que ele junte a mão à mão, não ficará impune”. (Pv 16.5). Devido ao seu orgulho, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas (Mt 25.41).
2.2. O orgulho é abominação ao Senhor.
Cadê o povo de Moabe atualmente? Não temos mais nenhum relato atual desta nação (Jr 48.42). Todo aquele que é orgulhoso, todo aquele que ergue sua casa apoiando-se em si mesmo, no dinheiro, no conhecimento possui, tende a ruir como o povo de Moabe. A Palavra de Deus é bem clara quando o assunto é orgulho. O salmista Davi servia a um Senhor que Castiga com rigor os orgulhosos e, por isso, ele escreveu: “Porque tu livrarás o povo aflito e abaterás os olhos altivos”. (Sl 18.27). Ele tinha consciência que servia a um Deus que trabalhava em favor dos humildes e contra os homens orgulhosos. O Senhor blinda os que são sinceros de coração, mas não poupa castigo para com os orgulhosos (Sl 31.23).
2.3. Deus dá graça aos humildes.
O orgulho na vida do verdadeiro cristão não tem lugar, porque ele se assemelha a Cristo, que é manso e humilde de coração. O orgulho e a arrogância podem nos transportar por caminhos ilícitos, que ocasionarão tristezas, aflições e até mesmo a morte. O convite de Jesus é ir a Ele. Sem Ele nada podemos fazer: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas”. (Mt 11.29).
3. Uma moabita na genealogia de Jesus.
Rute fez perante Noemi uma afirmação que transformaria sua vida para sempre (Rt 1.16). Diante desta declaração de fidelidade ao Deus de Israel, aquela mulher, que não tinha nenhuma esperança, passou a ser agraciada pelo Senhor, casando-se com um dos homens mais ricos da cidade. Ela se tornou bisavó do rei Davi e, consequentemente, passou a fazer parte da genealogia de Jesus (Mt 1.5).
3.1. A conversão autêntica faz diferença.
A história de Rute acontece no tempo dos juízes, por volta de 1100 anos a.C., aproximadamente, em uma época de desordem e idolatria. Seu livro conta como uma mulher viúva, de Moabe, que, mesmo sendo de uma nação proibida de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.3-4), decidiu seguir o povo de Deus. A leitura deste livro é uma das maiores descobertas de que a melhor coisa é entregar sua vida ao Senhor. O livro mostra que, em meio à corrupção generalizada, uma conversão autêntica pode fazer a diferença na vida de uma pessoa.
3.2. Quando Deus quer abençoar, não existem fronteiras.
Rute não é discriminada e nem desprezada por Deus, apesar de sua originalidade moabita. Sua linhagem era de um povo que foi amaldiçoado pelo próprio Deus por ter agido como inimigos do povo de Israel durante a caminhada deles no deserto em direção a Canaã (Dt 23.3-4). A lealdade de Rute para com Noemi é bela, mas ela é fiel acima de tudo para com o Deus de Noemi. Isso fez toda a diferença.
3.3. A lei do resgate.
Um senhor, de nome Boaz, por ser parente do marido de Rute, atuou de acordo com a sua obrigação, conforme narrado na Lei de Moisés, para resgatar um parente da sua situação de pobreza (Lv 25.47, 49). Este cenário é repetido por Jesus Cristo. Ele nos redimiu de toda a iniquidade e nos alcançou, dando a Si mesmo por nós. Em outras palavras, Ele nos resgatou das trevas para Sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).
Conclusão.
O orgulho é um mal leviano. Em muitas ocasiões, os mais arrogantes são aqueles que ajuízam que não possuem arrogância nenhuma. Exaltar-se da própria modéstia nada mais é do que tomar um banho de orgulho.
Questionário.
1. Qual é a origem dos moabitas?
2. Em que devemos confiar mais do que qualquer outra coisa na vida?
3. Quem o Senhor blinda?
4. De quem Rute é bisavó?
5. De onde Jesus Cristo nos resgatou?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 12 - Revista Betel
Judá é levado para o cativeiro da Babilônia
18 de junho de 2017
Texto Áureo
“E queimou a Casa do Senhor, e a casa do rei, e também a todas as casas de Jerusalém, e incendiou todas as casas dos grandes”. Jr 52.13
Verdade Aplicada
Os graves erros cometidos por seus líderes fizeram com que o povo de Judá se afundasse cada vez mais em seus pecados.
Textos de Referência.
Jeremias 52.14-16, 28
14 E todo o exército dos caldeus que estava com o capitão da guarda, derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém.
15 E os mais pobres do povo, e a parte do povo que tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam passado para o rei da Babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou presos.
16 Mas dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, capitão da guarda, ficar alguns, para serem vinhateiros e lavradores.
28 Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus.
Introdução
O castigo foi necessário para mostrar ao povo que Deus não havia mudado. Ele queria que o Seu povo retornasse à verdadeira adoração. Ele mostrou Seu grande amor ao trazer Israel de volta após um longo exílio na Babilônia.
1. O propósito de Deus quanto ao exílio.
O povo de Israel foi eleito para ser um povo exclusivo do Senhor. Mas, durante o decorrer dos anos, a nação se desviou dos verdadeiros ensinamentos. Israel estava andando segundo seu bel-prazer, praticando toda sorte de pecados. Estava andando mais para trás do que para frente (Jr 7.23-24). Como se recusaram a ouvir as advertências de Deus, o juízo foi derramado sobre eles.
1.1. As causas que levaram o povo ao exílio.
Este cruel acontecimento havia sido anunciado pelo profeta Isaías ao rei Ezequias (2Rs 20.16-17). A finalidade de Deus era que Israel fosse um povo separado entre as demais nações. Eles teriam a responsabilidade de guiar os outros povos em direção a Deus e ao Messias. No entanto, durante anos, o povo de Israel se esqueceu do Senhor. Os pecados cometidos nos dias de Jeremias, que levaram o povo ao exílio, continuam acontecendo de igual modo nos dias de hoje, tais como: idolatria, assassinatos, desprezos aos profetas de Deus, etc.
1.2. Uma vida sem perspectiva.
O povo de Judá estava disfarçando a sua vida espiritual. Eles estavam cometendo pecado e pensavam que ninguém estava vendo, nem mesmo Deus. O pecado é assim mesmo. Ele ludibria as pessoas, confunde a sua visão, leva-as à fraude espiritual e deixa-as destituídas da verdade. Mas o Senhor vê todas as coisas (Sl 33.13-15). Nos dias de Jeremias, o povo de Judá estava vivendo uma vida dupla. Suas vidas estavam sobrecarregadas de hipocrisia (Jr 6.14). Ou seja, estavam praticando um culto da boca para fora. Era um culto magnífico, mas sem vida, sem amor, sem experiência com Deus. Diante disto, Deus trouxe contra esta nação, que já não mais O adorava, uma série de castigos, culminando na destruição de Jerusalém e o cativeiro do povo.
1.3. O cativeiro agora era uma realidade.
As profecias de Jeremias eram concisas como Deus havia dito que era para ser. O profeta Jeremias descreve que: “Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, as nações enlouqueceram” (Jr 51.7). O avanço do exército inimigo contra Judá não era simplesmente resultado da cobiça babilônica ou de fracasso na política externa, mas consequência do povo não ter atentado para as diversas advertências divinas desde Moisés, antes mesmo de Israel entrar em Canaã sob o comando de Josué. Hoje, vivemos dias não diferentes de Jeremias, dias de indiferença e rebeldia ao Senhor. Devemos sempre nos lembrar que a atitude do povo de Judá provocou o caos espiritual e o exílio.
2. A convocação ao arrependimento.
Em seu livro, o profeta Jeremias nos apresenta um cenário envolvendo a perversão de Judá e de sua consequente derrota para os babilônios. Conforme a rebeldia do povo aumentava, mais vulneráveis se tornavam, sendo incapazes de compreender a vida e a realidade divina.
2.1. Os profetas no exílio.
O profeta Jeremias foi contemporâneo dos profetas Ezequiel e Daniel. Jeremias serviu como profeta de Deus em Judá, enquanto Daniel e Ezequiel foram profetas na cidade da Babilônia. Mesmo no cativeiro, Deus estava cuidando do Seu povo. Jeremias permaneceu em Jerusalém, mas Deus também tinha seus profetas no exílio: Daniel e Ezequiel, pois o Senhor prometeu jamais abandonar o Seu povo (Dt 31.6).
2.2. É preciso louvar ao Senhor.
Os judeus se reuniam no templo de Jerusalém. Neste lugar, todo judeu deveria se dirigir para lá a fim de adorar ao Senhor. Daniel, mesmo no exílio, orava em seu quarto com a janela voltada para a direção de Jerusalém (Dn 6.10). Com a conquista de Jerusalém (Dn 6.10). Com a conquista de Jerusalém por parte dos babilônios, que destruíram o templo e deportaram a população para a Babilônia, o povo não tinha mais terra nem templo. Como era preciso adorar o Senhor, surge neste momento a sinagoga. Assim, a sinagoga passa ser o local do culto judaico, um ponto de encontro dos judeus para as preleções, orações e leitura das Escrituras. Ao se desenvolver entre os judeus as sinagogas, intensificou-se a precisão de cópias das Santas Escrituras para os grupos dos exilados judeus em toda a Babilônia. Mesmo cativo era preciso adorar ao Senhor.
2.3. Mesmo no cativeiro Deus cuida do Seu povo.
A nação de Judá foi castigada para mostrar o quanto o Senhor é fiel e verdadeiro. Deus planejou trazer seu povo de volta à verdadeira adoração e mostrar às nações quem era o Deus de Judá. Mesmo habitando com pagãos na Babilônia, o povo eleito do Senhor não poderia se contaminar. Ou seja, a lealdade do Senhor não podia ser negociada de modo algum. A nossa realidade não é diferente. O Senhor nos diz a mesma coisa hoje: Não se contamine! A vida do profeta Daniel nos inspira em todas as fazes da nossa vida. Ele foi um homem leal a Deus da juventude à velhice. Mesmo que as circunstâncias sejam distintas, o mesmo Deus que conduziu o profeta Daniel na Babilônia nos conduzirá em nossa caminhada.
3. A hora de voltar para casa.
O profeta Jeremias assegurou que o Senhor resgataria o Seu povo do cativeiro (Jr 30.10; 46.27). Do mesmo modo, Moisés e Salomão, séculos antes, haviam falado sobre uma restauração após o cativeiro (Dt 30.1-5; 1Rs 8.46-53). Outros profetas também asseguravam o livramento do exílio (Ez 39.25-27; Am 9.13-15; Sf 2.7; 3.20).
3.1. A restauração do povo de Israel.
O período que o povo ficou exilado marcou intensamente tanto os que permaneceram em Judá como os que foram transportados para o exílio. Muitos, de formas distintas, viveram o conhecimento da aflição, da nostalgia, do desprezo e a consciência de culpabilidade pela catástrofe que se abateu sobre o reino de Judá. Sem dúvida alguma, um dos períodos mais difíceis e dolorosos. Mas também foi motivo de renovação e retomada da fidelidade a Deus.
3.2. O Senhor é Soberano.
Deus possui discernimentos que passam longe de nossos pensamentos. Ele usa quem Ele quer em Suas mãos. Após os setenta anos de cativeiro (Jr 29.10), o Senhor escolheu um rei gentio para executar os Seus planos. O rei Ciro foi um instrumento nas mãos do Senhor para garantir o retorno do Seu povo (Ed 1.1-3). Ele é Soberano e sabe a melhor forma e a quem usar para executar Seus planos.
3.3. Deus é Deus em qualquer circunstância.
Deus não opera nem do jeito e nem no tempo do homem. Deus já havia levantado o rei dos assírios, Salmaneser, contra o reino do Norte, Israel (2Rs 17.6). Por toda a Escritura, notamos que o Senhor Deus não perde o controle, não se confunde e não é surpreendido. Mesmo quando tudo parece desmoronar e se tornar um caos, o Senhor reina e Seu propósito prevalece (Jó 42.2; Ap 19.6). Assim, o Senhor Deus é poderoso para usar as circunstâncias em favor daqueles que O amam, confiam nEle e a Ele se submetem (Rm 8.28).
Conclusão.
Tudo que aconteceu com o povo de Israel foi por causa de sua desobediência, que trouxe como consequência o cativeiro. Deus até nos permite sermos subjugados, mas não para sempre. Isto dura o tempo que for preciso para que aprendamos e cresçamos em Sua presença.
Questionário.
1. O profeta Isaías havia dito a qual rei sobre a incursão babilônica?
2. Quem vê todas as coisas?
3. Mesmo no exílio., o profeta Daniel orava voltado para qual direção?
4. Quanto tempo o povo ficou cativo na Babilônia?
5. Quem o Senhor usou para libertar o Seu povo do cativeiro?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 13
Deus estabelecerá governo justo e eterno
25 de junho de 2017
Texto Áureo
“Porque assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel”. Jr 33.17
Verdade Aplicada
Sempre há esperança para aqueles que confiam e se submetem ao Senhor.
Textos de Referência.
Jeremias 23.5-8
5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
6 Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome com que o nomearão: O Senhor, Justiça Nossa.
7 Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito,
8 mas: Vive o Senhor, que fez subir e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra.
Introdução
Nesta última lição do trimestre, vamos refletir que, mesmo em momentos de aparente caos e descontrole, o Senhor Deus tem uma mensagem de esperança para o Seu povo.
1. As similaridades entre Jeremias e Jesus.
As similaridades entre o profeta Jeremias e Jesus Cristo são muitas. A mensagem profética de Jeremias diz respeito a um “novo concerto com o Senhor” (Jr 31.31). Por conseguinte, no Novo Testamento, esse novo concerto foi estabelecido com a morte e ressurreição de Jesus (Lc 22.20). O Messias estabeleceu a nova aliança (Jr 31.31; Mt 26.28).
1.1. Suas Missões eram de alcances mundiais.
A Palavra de Deus nos informa que, assim como Jesus, a missão do profeta Jeremias não resumia a pregar somente para a sua nação (Jr 1.5). Assim como Jesus Cristo sofreu grande oposição na Sua missão, advertindo seus concidadãos que o juízo de Deus estava próximo (Mt 12.14), com o profeta Jeremias não foi diferente.
1.2. Outras semelhanças entre Jeremias e Jesus.
Vejamos algumas semelhanças entre Jesus e Jeremias: ambos eram solteiros; Foram rejeitados na própria nação; sofreram com a rebeldia dos falsos profetas; choraram sobre a cidade de Jerusalém; Deus honrou a ambos. Que bom estudar sobre a vida do profeta Jeremias. Aprendemos muito com este homem e suas dores. Jeremias e Jesus eram familiarizados com o sofrimento. Entre todos os profetas, sem contar nosso Senhor Jesus Cristo, Jeremias foi o que mais sofreu, não houve dores iguais às suas (lm 1.12.13). Ao ponto de ficar conhecido universalmente como “o profeta das lágrimas”.
1.3. Jesus é o verbo de Deus.
Semelhante a Jeremias, Jesus também não foi bem aceito por Seu povo. Mesmo sendo Ele o “Verbo... e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). A própria Palavra de Deus personificada, a perfeita revelação de Deus. Como poderia algum homem mortal lutar contra a presença do seu criador? Mas o apóstolo João assegura que não foi bem assim: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Embora Ele ensinasse com autoridade e como boca de Deus expulsasse os demônios, confirmando sua autoridade profética (Mc 5.1-14), Cristo foi recusado pelos homens! Em várias circunstâncias, Jesus foi abandonado pelas multidões que escutaram Suas admoestações e puderam ver Seus amplos atos. Quando chegou o momento de decidir o que fazer com o filho de Deus, a população gritou e persistiu em Sua morte (Lc 23.28, 23).
2. O prenúncio do Messias.
Jeremias profetizou sobrea vinda de um líder, o Messias (Jr 23.5-6). O profeta o apresenta como um ramo da casa de Davi, o Rei que iria reinar com autoridade e justiça.
2.1. Cristo, o Renovo Justo.
No início do capítulo 23 do livro de Jeremias, Deus fala sobre “os pastores que apascentam o meu povo” (Jr 23.2), que agiram com maldade e não cuidaram, como deviam, do rebanho do Senhor (o povo de Israel). Porém, a história do povo de Deus não terminará em destruição e dispersão, pois “...Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo” (Jr 23.5). Virá um Pastor, Jesus Cristo (Jo 10), que agregará as ovelhas, fazendo-as voltar ao aprisco, e “frutificarão e se multiplicarão” e, assim, “haverá um rebanho e um pastor” (Jr 23.3; Jo 10.16).
2.2. Cristo, nossa esperança.
Em um contexto de pecado, castigo, cativeiro e desolação, há promessa de restauração e renovação para o povo de Deus: renovo (Jr 23.5-6); restauração (Jr 30.17-22); e novo concerto (Jr 31.31-34). É como se o profeta Jeremias penetrasse no futuro, olhando, pela fé, as verdades que o Senhor estava lhe revelando. Em meio ao caos que se instalava em Jerusalém, Deus estava lhe apresentando o cumprimento das promessas acima citadas, na pessoa de Jesus Cristo: Ele é o Renovo! Ele restaura e é o mediador do novo concerto. Portanto, “há esperança, no derradeiro fim...” (Jr 31.17).
2.3. Cristo, a certeza da restauração.
A palavra “renovo”, no hebraico, significa “um broto), “um ramo”, “aquilo que cresce”. Seria possível a restauração do povo de Deus (Israel)? Estava parecendo uma árvore arrancada. Porém, a infalível Palavra de Deus afirmava que a “árvore” irá renascer, do seu tronco, das suas raízes, um renovo surgirá e implantará a restauração da ordem e da justiça. O propósito de Deus prevalecerá. Aqueles que atentarem à Palavra de Deus e se voltarem arrependidos para o Senhor desfrutarão do tempo de restauração. Quando Deus castiga o Seu povo, não é visando destruir, mas restaurar (Jr 31.17-18; Hb 12.5-11).
3. A promessa de um novo concerto.
A lei e os sacrifícios efetuados no antigo concerto expunham a decadente condição espiritual do ser humano diante de Deus, indicando a total dependência do homem da graça e misericórdia do Senhor. O novo concerto é a providência divina para restaurar a comunhão do ser humano com Deus, por intermédio de Jesus Cristo.
3.1. Um concerto superior.
Segundo o antigo concerto. Deus abençoaria o povo de Israel caso obedecesse às leis divinas e castigaria caso desobedecesse. O povo concordou e Moises selou o compromisso oferecendo um sacrifício. Contudo, ao longo da história, continuamente o povo de Israel descumpriu as exigências da Lei, revelando a incapacidade de toda a humanidade em viver de acordo com a vontade de Deus por seus próprios esforços. Por esta razão, Deus promete um novo concerto, “não conforme o concerto que fiz com seus pais” (Jr 31.32). “Um melhor concerto...melhores promessas”. (Hb 8.6).
3.2. O novo concerto e a interioridade.
O profeta Jeremias denunciou que o povo de Israel entrava pelas portas do templo para adorar ao Senhor, orava, ouvia a leitura da Lei, observava dias, festas e cerimônias, contudo, não havia mudança no comportamento diário, pois a nação continuava no adultério, furto, sincretismo religioso e cometendo abominação (Jr 7), ou seja, o povo se limitava a demonstrações exteriores! Porém, no novo concerto, a demonstração de fidelidade a Deus começará no interior, no coração (Jr 31.33).
3.3. O novo concerto e o mistério de Deus.
“E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus” (Jr 30.22). É o que o Eterno Deus sempre quis e continua querendo. A ação de Deus no interior do ser humano proporcionará a concretização desse plano divino: “e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). O mistério revelado quanto ao citado plano de Deus é que mesmo quem não é israelita, segundo a carne, também está sendo chamado por Deus para fazer parte do Seu povo (Ef 3.4-6). O Senhor Jesus Cristo une a todos que nEle creem em um só povo (Ef 2.14, 16). Por intermédio da Igreja, Deus está anunciando a todos os homens que se arrependam para que sejam “um povo para o seu nome” (At 15.14; 1Pe 2.9-10).
Conclusão.
Devemos fazer um exame introspectivo à luz da Palavra de Deus, a fim de avaliar a nossa vida, se estamos realizando um bom trabalho no cumprimento de nossa missão, se estamos sendo conduzidos pela verdadeira adoração em uma comunhão intensa com Deus e com os nossos irmãos.
Questionário.
1. Quem estabeleceu a nova aliança?
2. Qual era o alcance da missão de jeremias?
3. Como Jeremias era conhecido?
4. Quem é o Renovo Justo?
5. Quando Deus castiga o Seu povo, qual é o Seu objetivo?
fonte www.mauricioberwald.com