ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 1 ADULTOS
Lucas e seu evangelho
07 de julho de 2019
Texto Áureo
"Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.", Lc 1.4
Verdade Aplicada
Em um tempo marcado pelo relativismo das "muitas verdades", não basta estarmos informados, é preciso firmeza na certeza de que o plano de Deus é perfeito.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 1.1-4
1 – Tendo, pois, muitos empreendido por narração dos fatos que entre nós se cumpriram em ordem a
2 – Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra,
3 – Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio.
4 – Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.
Introdução
Neste trimestre, estudaremos aspectos importantes do evangelho de Lucas, uma obra literária digna de Confiança, cheia de beleza e repleta de ensinos. Nesta lição, trataremos do autor e da obra em si.
1.1. Lucas, o autor Lucas é uma pessoa discreta no Novo Testamento, sendo citado três vezes, porém somente nos escritos paulinos (Cl 4.14; Fm 24; 2 Tm 4.11). Embora seu nome não apareça no evangelho, a autoria de Lucas desta obra não deixa dúvidas. Desde a época da Igreja Primitiva se atribui a ele a autoria, ainda que a alta crítica tenha buscado desacreditar nisso, mas não tem tido argumentos convincentes e nem êxito nesse sentido. Acrescente-se a isso declarações de importantes escritores, grandes homens de Deus do passado, como Irineu (Século II), Eusébio de Cesaréia (Século IV) e vários outros.
1.2. Lucas, um grande colaborador Três atribuições são encontradas nas palavras do apóstolo Paulo acerca de Lucas, seu colaborador. Primeiro, ele o vê como médico amado (Cl 4.14), depois aponta-o como colaborador (Fm 24), e, por último, como uma pessoa de grande solidariedade (2 Tm 4.11). Posto que fosse capaz de visitar e dar assistência a Paulo, que estava preso em Roma, numa ocasião de densas nuvens de perseguição, que alcançava o cristianismo daquela época. Pois Paulo, o apóstolo dos gentios em Cristo, estava ali preso aguardando sua execução.
1.3. Lucas, um grande escritor Sem dúvida as obras de Lucas, que são o seu evangelho e o livro de Atos, atestam a sua qualidade de escritor. Não é à toa que o evangelho de Lucas se tornou aceito e popularizado em toda a Igreja Primitiva. O autor não era judeu e não pertenceu ao grupo dos doze apóstolos. Era um homem culto, de origem pagã, muito provavelmente de Antioquia da Síria. Ainda que Lucas tenha consultado ao evangelho de Marcos e o próprio Paulo, para que pudesse escrever a sua obra, fica claro que ele fez pesquisa “in loco”, isto é, no próprio local, e consultou outras testemunhas, podendo dessa maneira adicionar material enriquecedor e diferente, tornando seu evangelho único!
2.1. Data e local O evangelho de Lucas foi escrito depois do de Marcos e Mateus. Não há consenso entre os comentaristas quanto à data, havendo diversas opiniões. Uma delas é que provavelmente tenha sido escrito entre 62 e 64 d.C., considerando que Atos termina com o apóstolo Paulo ainda vivo. Mas quanto ao local onde Lucas escreveu a sua obra, há três possíveis lugares: Antioquia da Síria, Roma ou Acaia. Porém, não há nada que prove acerca de quando e onde o evangelho de Lucas foi escrito.
2.2. Destinatário Tanto o evangelho de Lucas quanto o livro de Atos dos Apóstolos se destinam ao “excelentíssimo Teófilo” (Lc 1.3; At 1.1). Teófilo significa “amigo de Deus”, e o fato de ser tratado superlativo grego (kratistos) trata-se de uma excelência no mais alto grau secular. Lucas deixa claro que Teófilo já estava informado acerca de Jesus Cristo e da salvação que há nEle (Lc 1.4), porém o trabalho minucioso que abarca tudo desde o princípio foi desenvolvido como um documento a gerar “certeza das coisas” de que Teófilo já está informado. Embora a obra tenha esse tom pessoal, também foi dirigida a cristandade em geral.
2.3. O propósito O evangelho de Lucas em seu conteúdo cumpre a vários propósitos de modo simultâneo, mas o principal deles é encontrado no prólogo do mesmo. Trata-se de uma descrição pormenorizada da obra da salvação através de Jesus Cristo, dada através de ministros da Palavra. Estes fatos foram detalhados e postos organizadamente desde o seu início para que não se assemelhassem aos contos do imaginário popular. São fatos verídicos dos quais os ministros da Palavra, e é claro também as demais testemunhas, os corroboram em sua veracidade. Neste evangelho e em Atos dos Apóstolos encontramos o termo testemunha “martys”, de onde vem a nossa palavra mártir (Lc 24.48; At 1.8). Dessa maneira a nossa fé repousa sobre uma base segura e inabalável: a verdade.
3.1. Contexto histórico inicial do evangelho
O contexto histórico apresentado pelo autor inicia-se no tempo de Herodes, o Grande, e os fatos começam com a história de Zacarias, sacerdote do Senhor. Zacarias recebe uma mensagem de um anjo que sua esposa Isabel teria um filho. Fato notável, visto que ambos eram avançados em idade (Lc 1.5-7). Também, Maria, uma jovem núbil, recebeu a visita do anjo Gabriel (Lc 1.26), anunciando-lhe o nascimento do Salvador. Ambos os bebês nascem e são motivo de grande alegria e esperança para o mundo.
3.2. Como Lucas apresenta Jesus Logo de início a pessoa central do evangelho é apresentada. Seu nome é Jesus, mas também será chamado de filho do Altíssimo e reinará eternamente na casa de Jacó e o Seu reino não terá fim (Lc 1.31-33). Ele é o Salvador, Cristo, o Senhor (Lc 2.11). Talvez a declaração mais incisiva acerca da missão do Senhor Jesus seja esta: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Pela quantidade de narrativas e parábolas encontradas no livro, o Senhor Jesus é identificado como o homem perfeito, o que tem a ver com o ideal grego, o público alvo de Lucas.
3.3. Características especiais Através da ótica de Lucas, somos capazes de ver Jesus, o Filho do homem, interessado no indivíduo. Ele jamais desprezou as multidões, mas dá uma atenção especial ao indivíduo. Ele ama e veio salvar a todos, porém dá uma atenção distinta às crianças, às mulheres e aos necessitados. É digna de nota a ênfase dada sobre a pessoa do Espírito Santo desde o início de Sua obra até ao Seu término. Embora seja um Evangelho, e não um Salmo, há muita ênfase à oração em várias ocasiões e circunstâncias. Por último, identificamos um tom de júbilo, ou seja, encontramos ao longo de suas linhas alegria, louvor e felicidade desde o começo até ao fim.
CONCLUSÃO
A obra de Lucas está entre os mais importantes escritos do mundo. É leitura obrigatória não só para os cristãos em geral, mas também para eruditos. Através deste livro, compreendemos porque os cristãos se proliferaram no mundo: o amor sacrificial de Jesus e a ênfase na pessoa do Espírito Santo.
QUESTIONÁRIO
Quantas vezes Lucas é citado nos escritos paulinos?
Como Lucas era visto por Paulo?
Quem é o destinatário do evangelho de Lucas?
Quem é a pessoa central do evangelho de Lucas?
Qual talvez seja a declaração mais incisiva acerca da missão de Jesus?
Fonte: Revista Betel
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 2
O Espírito Santo no evangelho de Lucas
14 de julho de 2019
Texto Áureo
"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.", Lc 24.49
Verdade Aplicada
O evangelho de Lucas conta-nos a história de Jesus com a ativa participação do Espírito Santo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 11.9-12
9 – E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;
10 – Porque qualquer que pede, recebe; e quem busca, acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.
11 – E qual o pai dentre vós que, se um filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?
12 – Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Lc 11.13 – Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
Introdução
Nesta lição veremos o destaque dado a pessoa do Espírito Santo por Lucas. Tal ênfase não foi por acaso, mas uma forma consciente de expressar a ação divina em toda a vida do Senhor Jesus Cristo.
O agir do Espírito Santo na pessoa de Jesus foi profeticamente registrado no Antigo Testamento. A participação ativa do Espirito Santo na vida de Jesus o acompanhou desde a Sua concepção na jovem Maria até a Sua morte e ressurreição.
1.1. Sua concepção sobrenatural
Quando o anjo Gabriel levou as novas de alegria para Maria, disse-lhe: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lc 1.30). Acrescentou ainda que ela seria mãe daquele que herdaria o trono de Davi, seu pai, e que reinaria eternamente na casa de Jacó. Maria tratou logo de perguntar a Gabriel como sucederia isso, visto que ela era virgem e não era casada. O anjo Gabriel respondeu-lhe usando duas expressões: "descerá" e "te cobrirá" deixando claro que a concepção de Maria será o resultado de uma atividade divina.
1.2. Seu nascimento
Quanto ao nascimento de Jesus, não há nenhuma declaração explicita de ação da terceira pessoa da Trindade. Porém ao analisarmos a narrativa de Lucas e dos outros evangelhos, percebemos o Espirito de Deus intervindo e conduzindo a história de modo inequívoco! Saiu um decreto de César Augusto para que todo mundo se alistasse. Dessa maneira José vai ao seu lugar de origem (Belém) com a gestante Maria e lá ela tem o bebê Jesus (Lc 2.1-7). Portanto, tal relato é um testemunho da ação soberana de Deus para o cumprimento de Seu plano (Mq 5.2). O mesmo Espirito Santo, que revelou e capacitou Miquéias, age para fazer cumprir a Palavra de Deus.
1.3.Seu desenvolvimento
Jesus cresceu em uma família piedosa, lugar onde os filhos desde cedo eram orientados a temerem a Deus (Lc 2.39-52). Não sabemos maiores detalhes sobre a vida particular dele, mas Lucas traz-nos um fato curioso. Por ocasião da Páscoa, quando Jesus tinha doze anos, seus familiares viajaram para Jerusalém e lá Ele permaneceu conversando com os doutores da Lei. Enquanto isso Seus pais regressaram. Durante a viagem, perceberam que Jesus não estava entre os da família e retornaram para Jerusalém. Lá o encontraram assentado entre os doutores, e estes admirados da Sua inteligência. A inteligência, submissão e desenvolvimento de Jesus não deixa dúvida de que também era assistido pelo Espírito Santo.
Constataremos de modo inequívoco o agir poderoso do Espirito na vida de Jesus em Seu ministério público. Analisaremos três pontos que consideramos principais: o batismo em água, Sua autoridade sobrenatural e também os Seus ensinos.
2.1. O batismo em água
O anjo Gabriel disse que João seria cheio do Espirito Santo desde o ventre de Izabel, sua mãe (Lc 1.15,44), João não era o Ungido prometido. João Batista tornou-se homem, pregador no deserto da Judeia e cheio do Espirito Santo. Num certo dia João estava batizando muitas pessoas e entre elas estava Jesus, que veio de Nazaré. Ele foi batizado e permaneceu em oração ali.
Enquanto Jesus orava, o céu se abriu e veio sobre Ele o Espirito Santo em forma corpórea como pomba. A seguir, ouviu-se uma voz do céu, que lhe dizia: “Tu és meu Filho amado: em ti tenho comprazido” (Lc 3.22).
2.2. O ministério de milagres
Moisés profetizou que Deus levantaria dentre os filhos de Israel um profeta semelhante a ele, ou seja, que viria com um ministério de milagres, e este profeta deveria ser ouvido (Dt 18.15, 18-19). O profeta Isaías profetizou acerca do ministério messiânico:
"O espírito do Senhor Jeová está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas", (Is 61.1). Isso significa que este profeta seria ungido de tal maneira pelo Espírito Santo, que teria um ministério de milagres e que beneficiaria o povo de várias formas. O ministério de Jesus foi uma luz para os que habitavam nas trevas e sombra da Morte (Lc 4.17-29), através de Sua Palavra, libertação dos oprimidos e curas (At 10.38).
2.3. Seus ensinos
Os ensinos de Jesus são os ensinos do Espirito Santo dados aos Seus discípulos e à multidão em Seu ministério profético. Quando Zacarias é cheio do Espirito então passa a profetizar (Lc 1.67). Quem ensina como convém falar é o Espirito Santo (Lc 12.12). Toda a sabedoria e ensino do Mestre vêm do fato dEle ser ungido pelo Espírito Santo para "anunciar o ano aceitável do Senhor" (Lc 4.18-19). Será que as nossas palavras provém do Espírito Santo quando falamos, aconselhamos ou evangelizamos alguém?
Destacaremos pontos importantes sobre o relacionamento de Jesus e o Espirito Santo. Veremos como Ele se alegrou no Espirito e dois de Seus principais ensinos apresentados por Lucas em seu evangelho.
3.1. Jesus se alegra no Espirito Santo
A alegria de Jesus Cristo no Espirito Santo diz respeito ao progresso de Seu ministério através de Seus discípulos (Lc 10.21). Inicialmente, Jesus preparou e enviou doze discípulos (Lc 9.1-6). Dada, a grandeza do desafio, Ele preparou e enviou mais setenta para que pregassem, curassem e libertassem nos arredores de Israel (Lc 10.1). Ao regressarem os setenta com alegria, com relatório positivo e testemunhando que até os demônios se lhes sujeitavam, Jesus se alegrou no Espírito Santo. Esta é a alegria de fazer o trabalho de Deus à maneira dEle. Há uma alegria imensa a ser experimentada por todos os que fizerem o trabalho de Deus à maneira do Espirito Santo.
3.2. Jesus ensina como receber o Espirito Santo
O segredo do êxito ministerial de Jesus era agir em perfeita sintonia com o Espirito Santo (Lc 11.9-13). Tal êxito procede da oração perseverante a Deus (Lc 11.9). Jesus não está Falando de buscar coisas, mas de buscar arduamente o Espirito Santo até recebê-lo da parte do Pai. Infelizmente, as pessoas tem aprendido a buscar coisas, prosperidade e por fim acabam mortas em sua vida espiritual. Se buscassem insistentemente o Espírito Santo, experimentariam a vida com abundância que Jesus prometeu (Jo 10.10b); também experimentariam uma habilitação especial para servir ao próximo segundo o poder de Deus e uma alegria indizível (Lc 11.5-8).
3.3. Jesus envia a promessa de poder.
A promessa de poder é também chamada de virtude do Espirito Santo, ou ainda batismo com Espirito Santo (Lc 24.49; At 1.5, 8). Ou seja, significa ser mergulhado no Espirito Santo de tal forma que a pessoa se torna uma testemunha eficaz, tanto em palavras, quanto no uso dos dons espirituais. A promessa de poder é uma autoridade para ampliar o Reino de Deus na terra, poder este para ser exercido contra o pecado, capaz de desfazer as obras do diabo. Este batismo é recebido através da oração perseverante, o que Jesus chama de “permanecer em Jerusalém”.
CONCLUSÃO
O segredo do êxito do Senhor Jesus Cristo em alcançar os corações estava na sua dependência estrita ao Espirito Santo, o que se tornou um exemplo a ser seguido por nós, Seus discípulos, de modo imperativo.
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 3
Lucas, o evangelho da alegria
21 de julho de 2019
Texto Áureo
"Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador", Lc 1.46-47
Verdade Aplicada
O resgate da verdade de que Jesus é a fonte de alegria fará com que Seus discípulos vivam com mais entusiasmo, proporcionando maior renovação na vida e no testemunho da Igreja.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 1.28-32
28 - E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.
29 - E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta.
30 - Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus.
31 - E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.
32 - Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai;
Introdução
É o evangelho que mais registra momentos de alegria. Há alegria desde o anúncio do nascimento de João Batista até o último capítulo. Verifica-se nele a alegria dos santos, dos anjos, dos discípulos, de Jesus e de Deus.
A alegria exposta no evangelho de Lucas é um apelo implícito à maneira de como se deve seguir ao Senhor Jesus Cristo. A metalinguagem utilizada visa resgatar algumas expressões que passam despercebida, mas que são de grande valor e alegria para quem as identifica.
1.1. Alegrar e exultar
Quando o anjo fala a Zacarias que suas orações foram ouvidas, ele diz: "E terás prazer e alegria" no nascimento de seu filho (Lc 1.14). depois do prólogo de Lucas, a sua obra é marcada pelo tom de alegria em Deus. Neste versículo encontramos duas expressões: "alegria" e "se alegrarão" - no grego "agalliao" e chairo". Expressam "exultação, alegria exuberante" e "deleite, gozo". São termos que indicam sentimento experimentado no coração ("chara") e a demonstração desta alegria ("agalliasis"). Essas mesmas palavras são repetidas várias vezes ao longo da obra de Lucas (Lc 2.10; 15.32). O Evangelho de Jesus traz consigo alegria e exultação firme e crescente.
1.2. Saltar e rirIsabel engravidou conforme o anjo dissera a Zacarias, seu marido. Maria resolveu visitar Isabel. Esta, ao ouvir a saudação de Maria, declarou o seguinte a ela: "Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre!" (Lc 1.44). A expressão "saltar" (no grego, "skirtaõ") é encontrada também em Lucas 6.23 onde é traduzida por "exultai": "Folgai (chairo) nesse dia, exultai (skirtao), porque eis que é grande o vosso galardão no céu". Outra expressão alegre é rir ou sorrir, que significa emitir uma expressão feliz. Lucas escreveu: "Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir" (Lc 6.21b).
1.3. Louvores e cânticos
A manifestação do Verbo entre nós foi motivo de grande alegria. Encontramos em Lucas louvores e cânticos que não foram registrados nos outros evangelhos. Um deles é o canto de Zacarias, que ficou mudo porque duvidou do anjo Gabriel, mas, ao escrever numa pequena tábua o nome pelo qual se chamaria o menino (João), "E logo a boca se lhe abriu, e a língua se lhe soltou; e falava, louvando a Deus" (Lc 1.64). Também Simeão, ao reconhecer Jesus como o Messias a ele prometido, louvou (no grego, "eulogeo") a Deus (Lc 2.28). Quando os anjos louvaram a Deus pelo nascimento do menino Jesus (Lc 2.13), vemos o cantar (no grego, "alineo") como uma expressão de alegria e louvor.
Vimos acima os tipos de alegrias encontrados no evangelho de Lucas. Ainda que tenhamos ilustrados como fatos, convém prosseguirmos em nossa análise da alegria, mas sob outro ponto de vista. Ou seja, vemos quem se alegra e porque se alegra com os fatos envolvendo a chegada do Salvador deste mundo.
2.1. Júbilo por João Batista
Ainda que o livro de Lucas tenha a Jesus como a pessoa principal, ele inicia os fatos com João Batista. Vemos a alegria de Zacarias, um sacerdote, que recebe a visita de um anjo e este lhe diz que as suas orações foram ouvidas (Lc 1.7-14), pois sua esposa Isabel, estéril até aquele momento, daria à luz a um menino. Era um casal justo e irrepreensível (Lc 1.6) Leon Morris comenta que "deve ter sido difícil para eles entenderem sua situação de não terem filhos", pois era pensamento comum naquela época que Deus abençoaria Seus servos fiéis dando-lhes filhos. O Senhor Deus ainda tinha reservado para aquele casal, que permanecia fiel, momentos de grande alegria (Lc 1.14,58).
2.2. Júbilo por Jesus
A manifestação do Filho de Deus entre os homens foi um fato amplamente profetizado por muitos e desejado pelas mães de Israel. Quando Maria recebeu a visita de Gabriel, ficou surpresa com tudo o que estava acontecendo, afinal, qual mulher não se surpreenderia? A saudação do anjo já era um convite a Maria se alegrar. "Salve, agraciada; o Senhor é contigo" (Lc 1.28); visto que a expressão grega "chairo" traduzida como salve, tanto é uma saldação, quanto um convite à alegria. E, verdadeiramente, Maria se alegrou no Espírito Santo ao visitar Isabel, sua prima, que também estava grávida. Ela diz: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador" (Lc 1.46-47).
2.3. Júbilo dos anjos
Os anjos também se alegraram com o nascimento do Salvador. A glória do Senhor cercou o lugar onde os pastores guardavam seus rebanhos. Então o anjo disse: "Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria...vos nasceu hoje o Salvador" (Lc 2.10-11). Os pastores também se alegraram após acharem o menino em uma manjedoura. Foi uma grande festa em torno da redenção humana.
O Evangelho de Lucas é um convite para desfrutarmos e expressarmos a alegria pelos maravilhosos atos redentores de Deus. Ainda que tenham tristezas e reveses na jornada cristã, não são capazes de impedir que sejamos abençoados com a alegria que há no céu e alcança os que estão em Cristo.
3.1. Alegria presente na divindade
Já comentamos na lição passada sobre o texto de Lucas 10.21 que registra Jesus se alegrando no Espírito Santo. Quando do batismo de Jesus, o Pai também expressou alegria - Lucas 3.22 - "Tu és meu filho querido e me dá muita alegria" (NTLH). O texto de Hebreus 1.8-9 registra que Jesus foi ungido com óleo de alegria. E, ainda em Hebreus 12.2 há o relato de que Jesus "pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz". Este versículo faz-nos lembrar da profecia de Isaías: "O trabalho de sua alma verá e ficará satisfeito" (Is 53.11) A exortação bíblica é "olhar para Jesus" enquanto caminhamos, pois Ele é o nosso exemplo e alvo. Pelo Espírito Santo participamos da alegria espiritual que o mundo não conhece.
3.2. Júbilo de Deus pelo pecador arrependido
Lucas enfatiza a alegria de Deus pelos pecadores que se arrependem (Lc 15.1-32). Quando Jesus reuniu em torno de si publicanos, meretrizes e demais pecadores que se arrependeram, isto gerou ciúmes e duras críticas. Essas críticas tinham a capacidade de atrapalhar e desestimular os novos conversos. Daí a necessidade de o Senhor mostrá-los que os críticos que se achavam sãos, não precisavam de médicos, e sim, os perdidos pecadores. O interesse, a procura e a expectativa do retorno daquele que saiu da presença do pai, bem como a alegria e a celebração são consideradas as pilastras destas parábolas. É como se Jesus estivesse a dizer: "O Reino com as suas boas-novas da redenção prometida por Deus já iniciou. Por isso há tanta alegria e celebração".
3.3. Júbilo no cumprimento da missão
Quanto à obra da redenção, os discípulos participam evangelizando e fazendo novos discípulos. Os pecadores só podem arrepender-se de seus pecados ao ouvir as boas novas do Evangelho. Jesus preparou doze e os enviou. Depois enviou mais setenta discípulos para evangelizar os termos de Israel. Lucas registra que o Senhor designou e mandou-os e depois diz que "voltaram os setenta com grande alegria" (Lc 10.1,17). Após a ascensão, continuaram a desfrutar da bênção da alegria (Lc 24.52). Enquanto aguardamos o retorno do Senhor, cumpramos, com alegria, a missão que Ele nos deixou (At 20.24). Pois o Reino de Deus é "alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17).
CONCLUSÃO
Vimos que o livro de Lucas é marcado pela alegria. Nele encontramos alegria de Deus, dos anjos, homens e mulheres do passado. É claro que não há como narrar fatos alegres sem expressões que o demonstram. Porém, o mais tocante é perceber a alegria de Deus por Sua obra reconciliadora no homem.
QUESTIONÁRIO
, ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 4
O poder de Jesus Cristo sobre os demônios
28 de julho de 2019
Texto Áureo
"E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades.", Lc 9.1
Verdade Aplicada
Os demônios são seres espirituais malignos, porém submissos aos limites estabelecidos por Deus em sua soberania.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 4.33-36
33 – E estava na sinagoga um homem que tinha um espírito de um demônio imundo, e exclamou em alta voz,
34 – Dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
35 – E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal.
36 – E veio espanto sobre todos, e falavam entre si uns e outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?
Introdução
O plano da salvação não consiste apenas em perdoar e reconciliar o homem com Deus, mas habilitá-lo a viver vitoriosamente. Para isso, Jesus veio para destruir as obras dos espíritos das trevas e Lucas nos mostra uma gloriosa visão a respeito.
Eles são seres espirituais malignos, com várias designações e atividades múltiplas. Embora sejam invisíveis, agem no mundo e os seus efeitos podem ser notados, bem como a anulação deles pelo poder de Cristo Jesus. Para derrotá-los, é necessário conhecer o que a Bíblia revela a respeito deles e dos recursos espirituais que podem ser usados pelos discípulos de Cristo.
1.1. Designações comuns
Há no mundo dois tipos de espíritos criados por Deus, os que se mantêm fiéis ao Criador, que são os anjos santos, e os que se rebelaram. Os rebeldes são chamados de demônios por Lucas e demais evangelistas. Demônio vem do termo grego “daimon”, que o designa como um “espírito sobrenatural (de natureza maligna)”. Por isso, em algumas culturas eram adorados como divindades inferiores. No evangelho de Lucas, tais espíritos são chamados de “demônio imundo”(Lc 4.33)e “espíritos imundos”(Lc 4.36);denotando assim o seu caráter de imundície. Também são chamados de “espíritos maus” e “espíritos malignos”, por causa da malignidade e por serem causadores de doenças (Lc 7.21; 8.2).
1.2. Eles têm um chefe
Este ser que é considerado o líder dos demônios é chamado no evangelho de Lucas de diabo (Lc 4.2), de Satanás (Lc 10.18)e de Belzebu, o príncipe dos demônios (Lc 11.15). Tendo, respectivamente, os seguintes sentidos a partir dos termos em grego: “caluniador”, “falso acusador”; “adversário”; decorrente de “Baal-Zebube”, um deus de Ecrom –os fariseus o consideravam como o “maioral dos demônios”. O texto bíblico menciona que este ser tem anjos que o acompanham (Mt 25.41). Alguns outros textos bíblicos, utilizados por diversos comentaristas e teólogos, parecem indicar que Satanás se rebelou contra Deus (perdendo, assim, sua condição original em que foi criado) e alguns seres espirituais o acompanharam nessa rebelião, sendo expulsos do céu (Is 14.12-15; Ez 28.12-15; Ap 12.4, 7).
1.3. Demônios, os inimigos de Deus
Os próprios termos usados para designar estes seres espirituais, mencionados no tópico 1, já indicam que se tratam de seres contrários a Deus e ao Seu plano redentor para a humanidade: “maus” e “malignos”. Portanto, procuram a todo momento afligir e contaminar os seres humanos moral e espiritualmente. Procuram impedir que as pessoas entendam a mensagem do evangelho (2Co 4.4)e ainda promovem falsas doutrinas (1Tm 4.1). Na parábola do semeador, eles são representados nas aves que tiram do coração a semente da Palavra de Deus, impedindo que os homens deem fruto para o Reino de Deus (Lc 8.5, 12).
A natureza dos demônios resume-se em fazer oposição a Deus e ao homem. As atitudes reveladas no evangelho de Lucas, bem como em toda a Bíblia, provam e ilustram de modo categórico a natureza perversa que estes seres assumiram.
2.1. Eles são tentadores
O próprio príncipe dos demônios, o diabo, é o agente da tentação. Quando o Senhor Jesus se preparava para dar início ao seu ministério público, foi tentado pelo diabo (Lc 4.1-13). Mas, diferentemente do primeiro homem no Gênesis, o Senhor Jesus não caiu na tentação do diabo, mas o venceu. O diabo tenta a todos através de seus demônios, procurando desviá-los dos caminhos do Senhor Jesus (Lc 8.5, 13). Por isso, somos ensinados na oração do “Pai nosso” a pedir: “Não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal”(Lc 11.4). Cada pecador é tentado por sua própria cobiça. Quando o pecado é consumado, gera escravidão e morte (Tg 1.14-15).Escravidão, pois os demônios passam a inflamar mais fortemente esse pecado gerado. Por isso precisamos orar para não entrarmos em tentação (Lc 22.40, 46).
2.2.Eles possuem pessoas e animais
Os demônios encontram-se numa condição desesperadora, diferente da qual Deus os criou. Eles encontram alguma espécie de alívio quando habitam em pessoas e até animais. Lucas ilustra este fato com o caso do endemoninhado de Gadara (Lc 8.26-27, 32). Quando eles são expulsos de alguém, eles buscam repouso. Não encontrando, retornam para a antiga pessoa em que habitavam. Caso encontrem a pessoa disponível espiritualmente, levam consigo mais demônios, tornando o estado da pessoa pior do que antes (Lc 11.24-26). Por isso, devemos orar e apoiar os novos convertidos.
2.3.Eles são agentes de enfermidades
Os espíritos imundos atuam com diferentes especialidades. Os demônios fazem parte de hostes infernais especializadas em todo tipo de maldade. Lucas, o médico amado, não explora profundamente o assunto, mas aponta os demônios como agente da tentação, causadores de discórdias e de enfermidades (Lc 11.14-26;13.10-16). Convém entender que a enfermidade é um princípio contrário à vida. Trata-se de um princípio de desordem e morte no organismo. E, se este princípio não for derrotado, gera sofrimento, dor e óbito. Quando Jesus expulsou um espírito de enfermidade, certa mulher que andava encurvada passou a andar direito, pois Ele veio para trazer vida abundante (Lc 13.16; Jo 10.10).
3.COMO JESUS LIDOU COM OS DEMÔNIOS
Assim como a luz elimina as trevas, não há qualquer acordo entre o Senhor Jesus e os demônios. Ele veio para desfazer as obras deles entre os homens. Embora Jesus estivesse na condição humana, estava também na condição de servo de Deus para confrontá-los, expulsá-los e outorgar aos Seus discípulos autoridade sobre eles.
3.1. Jesus expulsou os demônios
Os demônios agem de diferentes modos em relação às pessoas. Eles podem habitar, possuir, enfermar e até matar as pessoas (Jo 10.10). Nem sempre alguém chega ao nível de possessão em que perde os sentidos, como foi o caso do gadareno. No entanto, eles podem silenciosamente habitar em pessoas, causando males, por exemplo, como um espírito de enfermidade semelhante ao que afligiu aquela mulher por dezoito anos (Lc 13.11). Contudo, que fique claro que todos os que buscaram ajuda em Jesus foram libertos. Tais espíritos tornaram-se intrusos e foram expulsos das suas vidas (Lc 8.2-3).
3.2.Jesus ensinou sobre os demônios
Ao analisarmos os evangelhos, constatamos ensinos e citações do Senhor Jesus acerca dos demônios para os Seus discípulos. Ele os ensinou tanto pelo exemplo, como de modo teórico também. Logo de início, o Mestre teve que expulsar um demônio de um homem numa sinagoga (Lc 4.33-36). Aos discípulos, ensinou como os demônios guerreiam para desviar um novo discípulo da fé (Lc 11.24-26); no caso do lunático (Lc 9.37-45), ensinou que há castas de demônios que apenas saem com jejum e oração (Mt 17.21). Também ensinou sobre o destino final do diabo e seus anjos (Mt 25.41).
3.3. Jesus deu poder e autoridade sobre os demônios
Há certa ênfase na descrição de Lucas quando Jesus diz: “E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios”(Lc 9.1). Note que Jesus diz “virtude”, do grego “dunamis”, que é a capacidade, habilidade para lidar contra os demônios, mas também “poder”, do grego “exousia”, que também é traduzido por autoridade em algumas Bíblias. Depois de enviados, os setenta discípulos retornam jubilantes pela autoridade para expulsar os demônios (Lc 10.17). Depois da ressurreição, Jesus deu-lhes a promessa de revestimento de poder “dunamis”para pregar as boas novas. Ela inclui o poder para a expulsão de demônios (Mc 16.17; At 5.16). Não devemos temer, mas saber que, embora essa autoridade tenha sido dada à Igreja, há casos que exigem preparo espiritual no que se refere à libertação.
CONCLUSÃO
Os demônios não são forças, fluidos ou criação da mente humana. São seres reais, pessoais e estão em ação. Devemos conhecer seus ardis para não sermos enganados (Ef 6.12; 2Co 2.11). Todos os discípulos de Cristo são envolvidos na batalha espiritual, mas o Espírito Santo está conosco para nos equipar e preparar. Não devemos ter medo, pois a vitória está garantida em Cristo Jesus.
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 5 ADULTOS
A autoridade e o poder demonstrado por Jesus
4 de Agosto de 2019
Texto Áureo
"E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?", Lc 4.36
Verdade Aplicada
Que nosso relacionamento com o Senhor Jesus não esteja limitado somente em receber e vivenciar o Seu poder, mas, também, a Sua autoridade sobre nós.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 4.32,7-8
32 - E admiravam a sua doutrina porque a sua palavra era com autoridade.
34 - E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?
7 - E por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará.
8 - Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.
Introdução
Veremos nesta lição algo que surge no início do ministério de Jesus quanto ao exercício de Sua autoridade espiritual. Trata-se de algo único, mas também inovador, capaz de abençoar vidas carentes de muitas maneiras.
A autoridade de Jesus Cristo é um dos assuntos mais notáveis do evangelho de Lucas. Tanto em Lucas quanto nos outros evangelhos, Sua autoridade é demonstrada de maneira inovadora, de forma que ainda hoje precisamos conhecê-la e experimentá-la em nossas vidas.
1.1. O que é autoridade
A palavra autoridade encontrada em Lucas 4.32, 36;7.8, é a tradução do termo grego "eksousia", que admite vários sentidos, como: "poder sobre coisas e pessoas, domínio, governo, liberdade de fazer como a pessoa quiser". Evidentemente, essa "liberdade de ação", quando se refere a Deus, é absoluta, irrestrita (Lc 12.5). Quando se refere ao ser humano, trata-se de "autoridade delegada", como em Lucas 9.1, onde a NTLH traduz como "poder e autoridade". Enquanto que "poder", como em Atos 1.8, na Bíblia do Culto traduzido como "virtude", vem do grego como "dynamis", indica "capacitação para agir".
1.2. Fonte da autoridade de Jesus
Qualquer pessoa que olhasse para Jesus de Nazaré, o veria como um homem comum, porém havia algo de especial nEle que lhe conferia autoridade. Esta autoridade estava a serviço de Deus e das pessoas. Era através dessa autoridade que o Senhor Jesus fazia coisas extraordinárias. As autoridades religiosas, incomodadas com os seus sinais e ensinos, reuniram-se em comissão e foram lhe perguntar, mas Jesus sabiamente recusou-se a responde (Lc 20.1-8). Visto que Sua resposta seria ocasião para Sua própria prisão e julgamento. Hoje, no entanto, sabemos que Sua autoridade residia no fato de ser o Filho do Deus vivo.
1.3. Jesus tem toda a autoridade
Todos possuem alguma autoridade, no sentido de domínio ou governo. Seja no lar ou no exercício profissional, por exemplo. Os governantes possuem autoridade (Rm 13.1). Até o diabo, no momento, tem certa autoridade (Cl 1.13 - potestade). Contudo, somente Jesus Cristo tem "todo o poder" ("eksousia"). Nenhuma autoridade está acima dEle. Contudo, para desfrutar a ação redentora proveniente desta autoridade é preciso crer e submeter-se ao senhorio de Cristo. O exercício da autoridade de Jesus era limitado pela incredulidade da sua audiência. Nem todas as pessoas conheciam e, portanto, não experimentavam a autoridade de Jesus. Vide os habitantes de Nazaré (Mt 13.54-58). Infelizmente, ainda hoje, nem todos reconhecem a autoridade de Jesus.
A autoridade de Jesus é demonstrada em várias áreas de ações empreendidas por Ele, conforme registrado nos evangelhos. Considerando as limitações de espaço, esta lição enfatizará a autoridade de Jesus para ensinar; sobre natureza; e para perdoar pecados. O Pai depositou nas Suas mãos todas as coisas (Jo 13.3) e Jesus tinha consciência disso.
2.1. Para ensinar
A palavra de Jesus era pronunciada com autoridade (Lc 4.32). Antes, ainda com doze anos, já tinha deixado os doutores no templo extasiados com a "sua inteligência e respostas" (Lc 2.47). Seu ensino nas sinagogas levava o ouvinte a elogiá-Lo (Lc 4.15). Após pronunciar o "Sermão da Montanha", o evangelho de Mateus registra que a multidão se admirou: "Porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas" (Mt 7.29).
2.2. Para perdoar pecados
Esta é uma autoridade tanto surpreendente quanto inovadora na experiência humana. Visto que se as ofensas pecaminosas são dirigidas a Deus primeiramente por ser o Criador, então logicamente só Ele é quem pode perdoar. Ora o Senhor Jesus causou espanto e admiração ao dizer a certo paralítico: "Homem, os teus pecados estão perdoados" (Lc 5.20). Estando próximos, os fariseus começaram a murmurar entre si e então, numa clara demonstração de autoridade para perdoar, curou o paralítico, mandando-o para casa (Lc 5.22-25).
2.3. Autoridade sobre a natureza
O evangelho de Lucas registra que, além da autoridade de Jesus para ensinar, perdoar pecados e expulsar demônios, Ele também tem autoridade sobre as forças da natureza (Lc 8.22-25). Neste texto encontramos os lados divino e humano de Jesus. No aspecto humano adormeceu, mas no divino "levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança". Ele também é Senhor dos ventos e do mar, pois lhe obedecem. Interessante a relação entre autoridade e obediência.
Até que ponto a autoridade do Senhor Jesus pode chegar? Ou até que lugar e de que maneira a autoridade dEle pode tocar ou ser sentida? Um dos melhores textos para entendermos o que é autoridade encontra-se no evangelho de Lucas 7.1-10.
3.1. A fé vem pelo ouvir
O relato acerca do centurião de Cafarnaum é um excelente exemplo sobre a importância da resposta humana diante das oportunidades proporcionadas por Deus, por Sua misericórdia e graça para com os seres humanos, a fim de desfrutarmos dos benefícios oriundos do exercício da autoridade de Jesus Cristo. O texto diz: "ouviu falar de Jesus" (Lc 7.3). Interessante notarmos que o servo do centurião estava gravemente enfermo, quase morrendo. Podemos imaginar a tensão e aflição daquele membro do exército romano. Mas boas novas chegaram aos seus ouvidos acerca de Jesus Cristo.
3.2. Ele reconheceu a autoridade de Jesus
Aquele homem não apenas toma uma atitude produzida pela fé, mas também resultado de reconhecer que Jesus Cristo tinha autoridade (Lc 7.7-8). Como no comentário Bíblico Moody: "O centurião reconheceu que, tal como ele possuía autoridade que lhe fora conferida por Roma, Jesus tinha autoridade de Deus que o capacitava a exercer poder sobre doenças.". Ou seja, uma fé que vai além de crer que Jesus tem poder (no sentido de capacidade para operar), mas tem também autoridade (liberdade de ação): "Dê somente uma ordem" (Lc 7.7 - NTLH).
3.3. Receber poder e reconhecer a autoridade
O relato acerca da fé demonstrada pelo centurião, mesmo se tratando de um não judeu, é encerrado com a reação de Jesus: ficou maravilhado (muito admirado), a ponto de declarar: "Nem ainda em Israel tenho achado tanta fé" (Lc 7.9). Uma reflexão importante a fazermos é: Temos reconhecido a autoridade de Jesus sobre nós? Ou queremos somente o Seu poder? Cremos em Jesus somente como Salvador ou, também, como Senhor? Muitos não estão interessados em saber o que Jesus quer, mas apenas o que Ele tem para eles. Afina, como diz a própria definição da palavra, no original grego - ("liberdade de ação". Jesus tem liberdade de ação sobre nós? Ou temos resistido à Sua vontade por não estar de acordo com o que queremos?
CONCLUSÃO
O evangelho de Lucas nos transmite uma preciosíssima lição sobre autoridade de Jesus. Sua autoridade é total. Porém, é necessário que todos os que dizem ser Seus discípulos a reconheçam, não somente sobre as enfermidades, perigos e os seres espirituais maus, mas, também, sobre todas as áreas da vida. "Vai...e ele vai...vem...e ele vem". Estamos debaixo da autoridade de Jesus?
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL ESBOÇO - Subsídio para a Lição 6
AULA EM 11 DE AGOSTO DE 2019 - LIÇÃO 6
(Revista Editora Betel)
Tema: O discipulado diligente
Texto Áureo: Lc 12.40
INTRODUÇÃO
- Professor(a), para esta lição e para as próximas eu recomendo trabalhar bem as perguntas e respostas, a fim de tornar a aula interessante e dinâmica.
- "de modo a dar frutos dignos de arrependimento", possíveis perguntas para iniciar a aula: 1) para quê dar frutos? 2) O que são esses frutos? Respostas possíveis: 1) Dar frutos para a sociedade observar ou porque a sociedade está observando. 2) São atitudes condizentes com a Palavra de Deus, não escandalosas, não mal vistas.
1.1. Discípulos vigilantes
- "é capaz de fazer as coisas na ausência do seu senhor", lembrando aos alunos que a parábola se refere aos servos de Jesus, que somos nós, cuidando das coisas do Senhor enquanto Ele está ausente, assim como o senhor referenciado na parábola.
- ""esteja o cinto na cintura", pronto para agir", uma das coisas que o Senhor não aceita é a preguiça, Deus é contra a ociosidade, os servos de Jesus devem estar pronto para agir em qualquer situação, bem agora a Igreja do Senhor deve estar pronta para ser arrebatada desta terra.
- "o Senhor não se agradará de encontrá-los na escuridão", se refere à escuridão espiritual, sem a luz de Cristo, nas trevas, existem crentes hoje dentro das igrejas que não são salvos, alguns são até obreiros, mas não são da Igreja de Cristo.
1.2. Discípulos fieis e prudentes
- "Este é um homem de confiança, capaz de administrar", se refere aos sacerdotes de hoje, e aqui cabe mais uma pergunta: Quem são os sacerdotes hoje? Resposta: todos os que aceitaram a Jesus são sacerdotes. Alguns estão começando agora e outros já possuem experiência, mas todos devem ser capazes de administrar as coisas de Deus na terra.
- "de modo desenfreado a comer e a embriagar-se", aludindo aqui a um relaxamento, isso é outra coisa que Deus não aceita, um servo relaxado, que faz a obra de Deus de qualquer maneira, que não se porta de modo vigilante nas coisas do Senhor.
1.3. O fogo e a dissenção à terra
- "possibilidade de que suas atitudes acarretem que a própria família", e de fato em algumas famílias cujo os membros são de uma religião passam a tratar mal o membro que aceitou a Jesus, e em religiões como o islamismo, os pais chegam a expulsar os filhos de casa.
2.1. A importância do arrependimento
- "Apenas apela para a necessidade de que todos estejam preparados", o grande alerta é para a hipótese de o arrebatamento não ocorrer ainda no temo de hoje, o que significa que passaremos pela morte, e assim como o arrebatamento, ninguém sabe a hora da partida, para alguns pode ser hoje, outros daqui a uma mês ou anos. Precisamos estar preparados.
2.2. O perigo da esterilidade
- "deve ser acompanhado por frutos que o demonstrem", obviamente está se falando de atitudes cristãs, por isso é necessário que cada convertido se envolva e se comprometa com a obra de Jesus, quando a pessoa não se compromete com as coisas de Deus dificilmente consegue se livrar do velho homem que a toda hora que se levantar.
- "O Evangelho de Cristo é pra ser compreendido, praticado e pregado", aqui está se falando de almas, o único pregador cuja a mensagem não converteu ninguém, foi Noé, mas ele manteve toda sua casa na arca, ainda que ninguém se converta com nossas pregações, pelo menos a nossa família tem que ser impactada pela nossa postura.
2.3. O fruto de socorrer ao próximo
...
3.1. A presença do Reino
Nesse tópico o comentarista está afirmando que muitos intérpretes da Palavra acreditam que ao falar do grão de mostarda e da árvore que ele se tornou, o Senhor Jesus esteja se referindo ao alcance que o Reino teria na terra, de fato a mensagem do Reino foi ao mundo inteiro.
3.2. O cuidado com as escolhas
...
3.3. O lamento de Jesus pela recusa daquela geração
- "porque Herodes quer matar-te", eles temiam que Herodes pudesse mandar fazer mal a eles por terem abrigado a um acusado de blasfêmia e perturbação da ordem, era um medo infundado, pois Jesus havia andado em muitas cidades e jamais foi preso.
- "O castigo daquela rejeição foi predito: "Eis que a vossa casa se vos deixará deserta", isso de fato ocorreu uns quarenta anos após essas palavras, quando Jerusalém foi invadida no ano 70 da era cristã, e os judeus foram espalhados pelo resto do mundo, ficando a terra de Israel em governo judeu até o ano de 1948 quando a ONU em assembleia geral votou a autorização para o retorno dos judeus a sua terra, sessão presidida pelo diplomata Osvaldo Aranha que articulou de forma magistral para Israel conseguisse os votos necessários. Até hoje os judeus homenageiam Osvaldo Aranha e a maioria dos brasileiros não sabem quem foi ele.
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 7
O valor do indivíduo
18 de Agosto de 2019
Texto Áureo
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.", Lc 15.7
Verdade Aplicada
O tão imensurável amor de Deus é demonstrado no chamado universal ao arrependimento e na busca de todos os que estão perdidos e necessitados.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 15.2-6
2 – E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
3 – E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4 – Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
5 – E, achando-a, a põe em seus ombros, gostoso;
6 – E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Introdução
Este aspecto do ensino do Senhor Jesus que valoriza o indivíduo é em nossos dias algo muito necessário. Deus ama a todos e isso está amplamente ilustrado em Lucas 15 e em outras partes, que é o que veremos nesta lição.
Quando Deus criou o homem, o fez à Sua imagem e semelhança. Todos são importantes e devem ser valorizados. É vontade de Deus que todos os homens se reconciliem com Ele.
1.1. Valor do homem comparado aos animais
Às vezes, os seres humanos demonstram mais valor pelos animais do que pelo seu semelhante. Motivados pelo ciúme, os fariseus e alguns líderes das sinagogas incomodavam-se que Jesus recebesse o povo para curá-los (Lc 14.1-6). Estando Jesus na casa de um dos principais deles, Ele lhes lançou a questão: “É lícito curar no sábado?”. Então curou o hidrópico e o despediu, para a seguir dizer: “Qual será de vós o que, caindo-lhe em um poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”. O ensino de Jesus é simples: se valorizamos os animais a ponto de salvá-lo de um poço, por que não salvar das enfermidades um ser humano?
1.2. O valor da humildade e bondade desinteressada A convivência social exige cuidado e sabedoria de todos, para que o momento seja o mais agradável possível (Lc 14.7-14). Jesus permaneceu na casa de certo líder fariseu para comer pão e reparou a maneira como os que chegavam primeiro escolhiam os melhores lugares. Diante disso, aproveitou para lhes falar sobre a importância da humildade, ensinando o critério correto de se escolher um lugar (Lc 14.11). E, ainda, quando alguém for generoso e oferecer uma refeição, não deve fazê-lo somente àqueles que podem retribuir também com um convite ou pensando na recompensa, mas deve ter em mente o bem que está fazendo ao próximo, independente do mesmo poder ou não retribuir.
1.3. O valor dos pobres e marginalizados O valor dos pobres e marginalizados é demonstrado na parábola da grande ceia (Lc 14.15-24). Para Deus, todas as almas têm igual valor e, portanto, recebem o convite para a grande ceia que Ele preparou, mas a eles cabe decidir se acolherão o convite ou não. Ora, aquele senhor convidou os seus amigos, mas cada qual enviou um pedido de desculpas, seguido de uma explicação. Eis diante de nós uma advertência quanto a colocar o coração nas aquisições passageiras antes do Reino de Deus.
2.1. O preço da renúncia Uma grande multidão seguia a Jesus. Porém Ele não omitiu à multidão as condições para ser Seu discípulo (Lc 14.25-35). Os que formavam a multidão gostavam de estar com Ele, de ouvir a Sua Palavra e presenciar os Seus sinais, porém não havia compromisso e nem renúncia. Não é isso que tem acontecido em nossos dias, quando muitos vêm aos nossos templos? Infelizmente, não têm compromisso e nem renúncia. Observe que o apelo do Mestre é ao indivíduo: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.26). O preço é renúncia total.
2.2. O cálculo necessário do discipulado Após exigir lealdade acima dos laços familiares e consanguíneos, o Senhor Jesus aprofunda o tema, exigindo de Seus discípulos segui-lo tomando a sua cruz (Lc 14.27-33). A seguir, Jesus conta a parábola do construtor da torre e do rei que se preparava para a guerra. Essas palavras, exclusivas do evangelho de Lucas, exigem que o indivíduo calcule o preço empregado no seguir a Jesus Cristo. A vida cristã deve ser vista como uma grande torre a ser edificada, ou como uma guerra a ser batalhada, ou seja, antes de tais compromissos se deve calcular as despesas do início ao fim. Jesus não quer discípulos precipitados, que voltem atrás.
2.3. O discípulo como sal da terra O discípulo que se propõe seguir a Jesus Cristo não deve capitular, pois seria como o sal que perde o sabor (Lc 14.34-35). Nesta vida, o Senhor Jesus não prometeu facilidades, mas a satisfação da vida cristã está à altura da renúncia paga pela lealdade a Ele. A alegria, a honra e o privilégio de trabalhar como edificadores ou soldados do Reino de Deus são coisas indizíveis que temperam este mundo. Porém, se alguém, diante de tão grande nuvem de testemunhas, se rende ao espírito deste mundo, torna-se como um sal insípido, inútil a ser descartado. Precisamos entender isso para que possamos salgar a nossa nação.
3.1. A ovelha perdida Quando os escribas e fariseus viram que todos os “desqualificados” publicanos e demais pecadores vinham para ouvir Jesus, murmuraram de inveja: “Este recebe pecadores e come com eles” (Lc 15.2). Então, Jesus aproveitou a ocasião para ensinar o valor do indivíduo diante de Deus (Lc 15.3-7). O homem é comparado a uma ovelha que se desgarrou no deserto da vida, mas Deus, como um solícito pastor, guardou as noventa e nove e foi atrás da perdida até a achar, para, em seguida, fazer festa. Assim é o agir de Deus para com os perdidos do Seu rebanho.
3.2. A dracma perdida A dracma era uma moeda equivalente em valor ao denário romano, que é o valor da jornada de um dia de trabalho. T. W. Manson comenta que “(…) dez dracmas sugere as economias de uma mulher pobre, e não somente o dinheiro para as despesas da casa.” (Lc 15.8-10). Mesmo assim, as mulheres daquela época costumavam usar tais moedas de prata cunhada como ornamento em seus cabelos. Certo é que a moeda foi perdida e numa casa escura (considerando que as casas dos pobres na Palestina não eram bem iluminadas). Esta parábola refere-se à ação de Deus em buscar os pecadores perdidos.
3.3. O filho pródigo Há coisa mais trágica do que perder um filho para as aventuras descabidas desta vida? Isso, porém, é algo que acontece em todos os tempos, um filho que sai de casa e desperdiça toda a sua vida desregradamente (Lc 15.11-32). O filho pródigo, depois de desperdiçar tudo quanto tem, sentindo fome, lembra-se da fartura da casa do pai e se arrepende de sua tolice. Retorna e é carinhosamente recebido pelo pai, figura do Pai Celestial, que acolhe amavelmente todos os pecadores que se arrependem. Infelizmente, o irmão mais velho sente ciúmes por causa da maneira como o irmão foi recebido, simbolizando os escribas e fariseus. Note que as três parábolas do capítulo 15 terminam de modo alegre e festivo: “alegrai-vos comigo” (Lc 15.6, 9, 23-24, 32).
CONCLUSÃO Em ambos os capítulos do evangelho de Lucas estudados na presente lição, 14 e 15, encontramos a ênfase do ministério de Jesus quanto ao ensino, preparando os Seus discípulos para dar prosseguimento à missão, bem como na valorização do ser humano mesmo caído, rejeitado, marginalizado, perdido. São dois temas que bem caracterizam este evangelho.
QUESTIONÁRIO 1. Por que os fariseus e alguns líderes das sinagogas estavam incomodados?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 7
O valor do indivíduo
18 de Agosto de 2019
Texto Áureo
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.", Lc 15.7
Verdade Aplicada
O tão imensurável amor de Deus é demonstrado no chamado universal ao arrependimento e na busca de todos os que estão perdidos e necessitados.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 15.2-6
2 – E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
3 – E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4 – Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
5 – E, achando-a, a põe em seus ombros, gostoso;
6 – E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Introdução
Este aspecto do ensino do Senhor Jesus que valoriza o indivíduo é em nossos dias algo muito necessário. Deus ama a todos e isso está amplamente ilustrado em Lucas 15 e em outras partes, que é o que veremos nesta lição.
Quando Deus criou o homem, o fez à Sua imagem e semelhança. Todos são importantes e devem ser valorizados. É vontade de Deus que todos os homens se reconciliem com Ele.
1.1. Valor do homem comparado aos animais
Às vezes, os seres humanos demonstram mais valor pelos animais do que pelo seu semelhante. Motivados pelo ciúme, os fariseus e alguns líderes das sinagogas incomodavam-se que Jesus recebesse o povo para curá-los (Lc 14.1-6). Estando Jesus na casa de um dos principais deles, Ele lhes lançou a questão: “É lícito curar no sábado?”. Então curou o hidrópico e o despediu, para a seguir dizer: “Qual será de vós o que, caindo-lhe em um poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”. O ensino de Jesus é simples: se valorizamos os animais a ponto de salvá-lo de um poço, por que não salvar das enfermidades um ser humano?
1.2. O valor da humildade e bondade desinteressada A convivência social exige cuidado e sabedoria de todos, para que o momento seja o mais agradável possível (Lc 14.7-14). Jesus permaneceu na casa de certo líder fariseu para comer pão e reparou a maneira como os que chegavam primeiro escolhiam os melhores lugares. Diante disso, aproveitou para lhes falar sobre a importância da humildade, ensinando o critério correto de se escolher um lugar (Lc 14.11). E, ainda, quando alguém for generoso e oferecer uma refeição, não deve fazê-lo somente àqueles que podem retribuir também com um convite ou pensando na recompensa, mas deve ter em mente o bem que está fazendo ao próximo, independente do mesmo poder ou não retribuir.
1.3. O valor dos pobres e marginalizados O valor dos pobres e marginalizados é demonstrado na parábola da grande ceia (Lc 14.15-24). Para Deus, todas as almas têm igual valor e, portanto, recebem o convite para a grande ceia que Ele preparou, mas a eles cabe decidir se acolherão o convite ou não. Ora, aquele senhor convidou os seus amigos, mas cada qual enviou um pedido de desculpas, seguido de uma explicação. Eis diante de nós uma advertência quanto a colocar o coração nas aquisições passageiras antes do Reino de Deus.
2.1. O preço da renúncia Uma grande multidão seguia a Jesus. Porém Ele não omitiu à multidão as condições para ser Seu discípulo (Lc 14.25-35). Os que formavam a multidão gostavam de estar com Ele, de ouvir a Sua Palavra e presenciar os Seus sinais, porém não havia compromisso e nem renúncia. Não é isso que tem acontecido em nossos dias, quando muitos vêm aos nossos templos? Infelizmente, não têm compromisso e nem renúncia. Observe que o apelo do Mestre é ao indivíduo: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.26). O preço é renúncia total.
2.2. O cálculo necessário do discipulado Após exigir lealdade acima dos laços familiares e consanguíneos, o Senhor Jesus aprofunda o tema, exigindo de Seus discípulos segui-lo tomando a sua cruz (Lc 14.27-33). A seguir, Jesus conta a parábola do construtor da torre e do rei que se preparava para a guerra. Essas palavras, exclusivas do evangelho de Lucas, exigem que o indivíduo calcule o preço empregado no seguir a Jesus Cristo. A vida cristã deve ser vista como uma grande torre a ser edificada, ou como uma guerra a ser batalhada, ou seja, antes de tais compromissos se deve calcular as despesas do início ao fim. Jesus não quer discípulos precipitados, que voltem atrás.
2.3. O discípulo como sal da terra O discípulo que se propõe seguir a Jesus Cristo não deve capitular, pois seria como o sal que perde o sabor (Lc 14.34-35). Nesta vida, o Senhor Jesus não prometeu facilidades, mas a satisfação da vida cristã está à altura da renúncia paga pela lealdade a Ele. A alegria, a honra e o privilégio de trabalhar como edificadores ou soldados do Reino de Deus são coisas indizíveis que temperam este mundo. Porém, se alguém, diante de tão grande nuvem de testemunhas, se rende ao espírito deste mundo, torna-se como um sal insípido, inútil a ser descartado. Precisamos entender isso para que possamos salgar a nossa nação.
3.1. A ovelha perdida Quando os escribas e fariseus viram que todos os “desqualificados” publicanos e demais pecadores vinham para ouvir Jesus, murmuraram de inveja: “Este recebe pecadores e come com eles” (Lc 15.2). Então, Jesus aproveitou a ocasião para ensinar o valor do indivíduo diante de Deus (Lc 15.3-7). O homem é comparado a uma ovelha que se desgarrou no deserto da vida, mas Deus, como um solícito pastor, guardou as noventa e nove e foi atrás da perdida até a achar, para, em seguida, fazer festa. Assim é o agir de Deus para com os perdidos do Seu rebanho.
3.2. A dracma perdida A dracma era uma moeda equivalente em valor ao denário romano, que é o valor da jornada de um dia de trabalho. T. W. Manson comenta que “(…) dez dracmas sugere as economias de uma mulher pobre, e não somente o dinheiro para as despesas da casa.” (Lc 15.8-10). Mesmo assim, as mulheres daquela época costumavam usar tais moedas de prata cunhada como ornamento em seus cabelos. Certo é que a moeda foi perdida e numa casa escura (considerando que as casas dos pobres na Palestina não eram bem iluminadas). Esta parábola refere-se à ação de Deus em buscar os pecadores perdidos.
3.3. O filho pródigo Há coisa mais trágica do que perder um filho para as aventuras descabidas desta vida? Isso, porém, é algo que acontece em todos os tempos, um filho que sai de casa e desperdiça toda a sua vida desregradamente (Lc 15.11-32). O filho pródigo, depois de desperdiçar tudo quanto tem, sentindo fome, lembra-se da fartura da casa do pai e se arrepende de sua tolice. Retorna e é carinhosamente recebido pelo pai, figura do Pai Celestial, que acolhe amavelmente todos os pecadores que se arrependem. Infelizmente, o irmão mais velho sente ciúmes por causa da maneira como o irmão foi recebido, simbolizando os escribas e fariseus. Note que as três parábolas do capítulo 15 terminam de modo alegre e festivo: “alegrai-vos comigo” (Lc 15.6, 9, 23-24, 32).
CONCLUSÃO Em ambos os capítulos do evangelho de Lucas estudados na presente lição, 14 e 15, encontramos a ênfase do ministério de Jesus quanto ao ensino, preparando os Seus discípulos para dar prosseguimento à missão, bem como na valorização do ser humano mesmo caído, rejeitado, marginalizado, perdido. São dois temas que bem caracterizam este evangelho.
QUESTIONÁRIO 1. Por que os fariseus e alguns líderes das sinagogas estavam incomodados?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 8
O dever de orar sempre
25 de Agosto de 2019
Texto Áureo
"E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer.", Lc 18.1
Verdade Aplicada
O discípulo de Cristo possui um meio por excelência para falar diretamente com o Criador do universo: a oração.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 18.2-5
2 - Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
3 - Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4 - E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5 - Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.
Introdução
Orar não é a única coisa que devemos fazer em prol da causa de Cristo Jesus e da Sua Igreja, mas, sem dúvida, é uma atividade indispensável na vida cristã.
O tema oração é recorrente no evangelho de Lucas. Em várias ocasiões, ao orar percebemos que estamos em plena guerra espiritual. Portanto, precisamos permanecer fiéis e continuar orando.
1.1 Jesus Cristo e a Oração.
Mesmo afirmando que Ele e o Pai era um só (Jo 10.30), o Senhor Jesus durante o seu ministério terreno foi um homem de oração. Não eram orações rotineiras e vãs repetições, mas acompanhadas de "clamor e lágrimas (...) e súplicas" (Hb 5.7), agonia e sangue (Lc 22.44). Assim vemos no evangelho de Lucas que o Senhor iniciou Seu ministério com oração (Lc 3.21) e orou quando estava encerrando (Lc 22.41-46). Ele tanto vivia uma vida de oração quanto ensinava aos Seus discípulos sobre a oração (Lc 11.1-4). Interessante notarmos que nos diversos textos que registram Jesus orando, além dos mencionados acima, parece haver uma certa relação entre Suas orações com os acontecimentos anteriores ou posteriores envolvidos (Lc 5.16; 6.12; 9.18; 9.28).
1.2 A Humildade na oração.
Na parábola do fariseu e do publicano, o Senhor Jesus advertiu sobre a importância da humildade de espírito quando nos aproximamos de Deus em oração (Lc 18.14).
O fariseu estava no templo e orando, porém, seu entendimento estava obscurecido consigo mesmo. Estava confiante em si próprio, com as coisas que fazia ou deixava de fazer. Quanta diferença do publicano que, humilhando-se diante de Deus, encontrou perdão. Ainda hoje muitos têm fracassado por acharem-se justos aos próprios olhos. Como na parábola se consideram perfeitos e piedosos, confiantes de que são dignos de serem atendidos.
1.3 Fé, Necessidade e Exclusividade.
A mulher da parábola (Lc 18.1-8), mesmo sendo viúva e o juiz um homem que não temia a Deus e nem respeitava o próximo, não deixou de ir "ter com ele" com insistência, ainda que a autoridade tenha demonstrado que não quisesse atendê-la. Contudo, a viúva demonstra três aspectos relevantes: 1) Plena consciência de que necessita; 2) Plena convicção de que aquele juiz podia fazer-lhe justiça; 3) Ela não tinha outro a quem recorrer. São pontos relevantes na vida de oração: como o publicano do tópico anterior, somos carentes da misericórdia de Deus; o Senhor Deus é Poderoso; e não há outro a quem chamarmos.
A oração é um tema frequente na vida e nos ensinos de Jesus. Portanto, é sábio o discípulo de Cristo estar bem atento quanto a este aspecto da vida cristã (1Ts 5.17; Ef 6.18).
2.1 Orar com Certeza.
Em ambas as parábolas (amigo importuno e juiz iníquo), o Senhor Jesus enfatiza que os Seus discípulos, ao orarem, devem fazê-lo com a plena certeza de que estão falando com o "Pai celestial" (Lc 11.13) e que são "escolhidos" de Deus (Lc 18.7). Tendo em mente estas verdades, quanta diferença isso faz na vida de oração dos discípulos de Cristo. Aprendamos com a Bíblia que não importa qual seja o problema ou dificuldade que estejamos enfrentando, podemos falar com Deus e pedir-lhe ajuda. Não importa como estejamos nos sentindo, podemos expressar diante do Senhor em oração.
2.2 Disciplinados em Orar.
Encontramos nas parábolas estudadas neste tópico o destaque quanto a insistência (Lc 11.9) e ao dever de orar (Lc 18.1). Talvez o maior problema dos cristãos em geral seja a falta de disciplina em orar. É fácil começar a orar, mas é difícil permanecer orando. Um dos grandes desafios da atual geração é priorizar a oração. Até mesmo nos templos, infelizmente, no momento da oração há tantos indiferentes que não oram. Não é à toa que verificamos repetições de exemplos de Jesus e ensinos sobre o ser disciplinado em oração, até finalmente sermos atendidos. É fundamental que cada discípulo de Cristo tenha a consciência de que a disciplina da oração deve ser individual (Mt 6.6) e coletiva (At 12.5; 12).
2.3 Oração e Vontade de Deus.
Qualquer tema bíblico deve ser estudado à luz de outros textos bíblicos que tratam do mesmo assunto, evitando, assim, conclusões precipitadas e deturpadas. Quando o assunto é oração, também não é diferente. É evidente que a oração não envolve apenas os aspectos destacados do estudo das parábolas mencionadas na presente Lição: Humildade, Insistência, Certeza, Perseverança, etc. Não é apenas pedir, buscar e bater. Também envolve : Perdão (Mc 11.24-26); Petições e Motivos (Tg 4.3); Vontade de Deus (1Jo 5.14), entre outros.
Há algumas maneiras de se comportar antes e depois das respostas às nossas orações. Se antes levamos a Deus as nossas petições, com ações de graças e paciência, depois de termos resposta, temos de manifestar nossa gratidão de diferentes maneiras.
3.1 Aguardando pela Resposta.
Uma vez tendo sido respondida a nossa oração, podemos ser surpreendidos pela resposta. Embora no momento da resposta à oração fiquemos surpresos, isso não deve significar que não estivéssemos esperando a resposta divina para o nosso dilema. A mulher da parábola aguardava e obteve sua vitória. O Salmista disse: "Esperei com paciência no Senhor, Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor" (Sl 40.1). Mesmo que Deus diga "não", lembremo-nos que o Seu plano para conosco é perfeito, e Ele com certeza proverá algo muito melhor para nós em Sua sabedoria e poder.
3.2 Reagindo à Resposta.
Toda a oração respondida por Deus deve ser seguida de gratidão. Há níveis de gratidão que um cristão pode demonstrar de acordo com o significado da resposta alcançada. Há respostas muito significativas para alguns, por exemplo: Ana, a que fora estéril, teve um bebê; Naamã curado de sua lepra; mulheres libertas de espíritos imundos por Jesus; Davi ao sobreviver a muitas batalhas. Todos estes agiram com alguma forma de gratidão a Deus. Nós também podemos ser agradecidos a Deus com palavras e louvor, mesmo antes de termos resposta através da fé. Podemos contar nosso testemunho num culto e também podemos levar uma oferta ou abençoar alguém em gratidão a Deus (Sl 116.12).
3.3 O que Demonstra a Resposta.
O Senhor Deus não apenas criou o ser humano, como também tem interesse em manter relacionamento com o mesmo. Desde o início o Criador toma iniciativa na busca de relacionamento (Gn 2.18-22; 3.8-9). A resposta às orações é mais uma demonstração do interesse de Deus movido pelo amor para conosco. Além das parábolas citadas nesta lição, há vários textos bíblicos que manifestam o interesse de Deus que os Seus servos se comuniquem com Ele (Sl 27.8; 34.17; Jr 33.3; Fp 4.6-7). Disse Jesus: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." (Jo 15.7).
CONCLUSÃO
Uma vida contínua de oração e leitura, como também a aplicação prática da Palavra de Deus são elementos indispensáveis para os quais todo cristão deve atentar. Não há outra maneira de viver o Reino de Deus aqui na Terra. Que possamos perseverar em orar e ler/aplicar as Escrituras.
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 9
Recebendo o Reino de Deus como menino
1º de Setembro de 2019
Texto Áureo
"Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele.", Mc 10.15
Verdade Aplicada
Participam do Reino de Deus aqueles que, como crianças, confiam e são humildes e submissos ao Senhor Jesus Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 18.15-17; Mc 10.16
15 - E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos.
16 - Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.
17 - Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.
16 - E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.
Introdução
Lucas registra a preciosa narrativa de Jesus abençoando os meninos que a Ele foram conduzidos. Nesta lição teremos uma ideia do amor de Jesus pelas crianças, como elas pontilharam o seu ministério, trazendo-nos preciosas lições.
Os meninos foram levados a Jesus para serem abençoados por Ele. Isso aconteceu, de acordo com o evangelho de Lucas, dentro de um contexto bem difícil, pois, Jesus se dirigia a Jerusalém pela última vez, quando, a seguir, seria crucificado. Vemos que, mesmo sob intensa pressão, não deixou de demonstrar amor para com as crianças.
1.1. Dignos da atenção de Jesus
Conduzir as crianças aos rabinos para serem abençoadas por eles era uma prática comum em Israel, e eles os abençoavam. Mesmo num tempo em que ninguém gostava de dar atenção a crianças Jesus reservou Seu tempo para dar-lhes atenção. Eis um texto propício para os nossos dias tão cheios de preocupações e atividades, pois faz-nos lembrar da importância de os pais investirem tempo, também, para conduzirem seus filhos a Jesus Cristo a fim de serem abençoados. O cuidado com os filhos deve incluir a tarefa de fazê-los discípulos de Cristo.
1.2. Jesus abençoa os meninos
“E traziam-lhe também meninos, para lhes tocasse”, esta é a descrição de Lucas deste acontecimento (Lc 18.15). Este tocar é a maneira própria de abençoar. No evangelho de Mateus, encontramos outros detalhes acerca deste abençoar: “Trouxeram-lhe, então, alguns meninos, para que sobre eles pusesse as mãos e orasse” . É provável que os discípulos, ao tentarem impedir que as crianças se aproximassem, não fizeram por mal, apenas tinham a intenção de preservar o mestre, tão ocupado e com tantas outras demandas. Contudo, Jesus disse; “Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais”.
1.3. Jesus toma as crianças nos braços
Além do toque abençoador, o texto nos mostra um toque afetivo do Senhor Jesus. O que demonstra que não foi algo mecânico, destituído de sentimentos, para se ver logo livre dos meninos. Ao contrário, foi um gesto revestido do Seu amor pelo ser humano, a quem ama desde a sua tenra idade (Mc 10.13-16). Há lugar nos braços de Cristo para os considerados insignificante , desprezados ou marginalizados. Esta é uma das marcas do evangelho de Lucas: o Evangelhos é universal. Esse universalismo inclui as crianças. Enfim, o amor divino promove o ser; e não humilha, escraviza e nem é indecente, destruindo o ser em sua meninice. Assim como Jesus, amemos e protejamos as nossas crianças.
Crianças estavam em toda a parte aonde quer que Jesus fosse. Desse modo, em vários momentos elas tomaram parte do ministério de Jesus. Há relatos de crianças, adolescentes e jovens sendo abençoados, curados, libertos, ressuscitados, etc.
2.1. Contempladas por Jesus
Na língua grega há várias expressões para a palavra criança, admitindo vários significados: “criança”, “infante”, “menor”, “jovem”, entre outros. As crianças se igualam nas mesmas necessidades espirituais dos adultos. Em vários textos bíblicos há relatos de pais buscando a Jesus em favor de seus filhos. Foram casos de libertação de espíritos imundos (Lc 9.37-42; Mt 15.21-28; Mc 7.24-30); cura de enfermidades (Jo 4.46-53); e ressurreições como a filha de Jairo (Lc 8.40-56). As crianças eram usadas em ilustrações de suas mensagens (Lc 7.32); e demonstrativamente em seus ensinos, tornando-os mais enfáticos (Lc 9.46-48). As crianças foram assistidas pelo ministério do Senhor integralmente. Portanto a Igreja do Senhor não pode deixar de alcançar também as crianças nas diversas atividades promovidas.
2.2. Dignas de apascentamento.
O termo “apascentar” (1Pe 5.2), no grego significa “cuidar como um pastor”, “alimentar”, “orientar”, entre outros. Portanto, as crianças também necessitam ser apascentadas. O próprio Cristo as chamou e ordenou que não fossem impedidas de ir a Ele. Quanta responsabilidade dos pais, professores e pastores: “não impedir”, ou seja, não dificultar ou impossibilitar. Portanto, faz-se necessário uma constante revisão em nossas atividades para não esquecermos que as crianças também necessitam de alimento da Palavra e orientação espiritual adequados à idade.
2.3. Os discípulos são chamados de pequeninos
O que Jesus tinha em mente ao chamar Seus discípulos de pequeninos? Em Lucas 10.21, vemos Jesus agradecendo ao Pai por ter revelado as verdades acerca do Reino de Deus às “criancinhas” (gr. Nepios) – metaforicamente, um bebê, alguém sem esclarecimento, simples (Mt 11.25). São os humildes, em contraste com os exaltados e que se acham autossuficientes. Noutra ocasião, Jesus advertiu seriamente aos que tentassem derrubar ou fizessem tropeçar um de Seus pequeninos crentes (Mc 9.42). As crianças possuem qualidades que ilustram muito bem como os seguidores de Cristo devem ser.
O Reino de Deus é uma herança que Ele deseja compartilhar com todos. Mas há coisas que precisamos entender e fazer para que possamos nos tornar herdeiros dessa dádiva divina. A criança é uma figura que retrata perfeitamente as qualificações que o Pai celestial requer de nós, para que desfrutemos dessa herança (Mt 18.2-4; Lc 18.17).
3.1. Confiança
A maioria das crianças traz consigo naturalmente uma impressionante confiança. A não ser que lhes aconteça algo negativo, elas continuam assim, crédulas. Alguns dizem que é ingenuidade, outros imaturidade e ainda outros consideram ridícula tal característica. A confiança, porém é inerente à crianças. Foi o Criador quem a fez assim. No Salmo 125.1 encontramos a expressão “os que confiam no Senhor”, No hebraico a palavra “confia” admite algumas interessantes ideias, perfeitamente aplicáveis a esta característica das crianças: "seguro"; "expressa o sentimento de segurança e proteção". Importante lembrarmos como uma criança demonstra estas características quando está nos braços da mãe ou do pai. Que o Espírito Santo nos ajude a descansarmos confiantemente no Senhor, pois Ele cuida de nós.
3.2. Humildade
Há dois grandes exemplos de humildade nas Escrituras: as crianças e o próprio Cristo. No Mundo Antigo, a humildade e a mansidão não eram virtudes desejáveis para os grandes dessa terra. Jesus, porém, apontou a humildade como uma grande virtude daqueles que almejam o Reino de Deus. Crianças são simples, o que é o oposto da soberba. A humildade conduz o homem à grandeza diante de Deus, pois o próprio Jesus "não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo"(Fp 2.6-7).
3.3. Submissão
A conversão sincera e a humildade conduzirão a submissão a Deus, como um menino. Jesus disse: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos...aquele que se tornar humilde como esse menino" (Mt 18.3-4). Um bom menino, conservado das influências malévolas, não tem problemas com submissão à autoridade. Para herdar o Reino de Deus, é preciso ser obediente ao Pai Celestial. Caso contrário, poderemos até ter práticas religiosas, mas o nosso coração estará longe de Deus. Nos dias do Senhor Jesus, muitos vinham para ouvi-Lo e O louvavam por Suas palavras e obras, porém os seus corações estavam distantes dEle (Mt 15.8; Is 29.13). Devemos não apenas ser ouvintes da Palavra de Deus, que tanto nos abençoa, devemos antes ser praticantes daquela que nos trás ânimo, refrigério e força para viver segundo Cristo.
CONCLUSÃO
Quão maravilhoso é refletir sobre o amor de Jesus pelas crianças. Sentimo-nos, assim, amados, pois já fomos crianças e, mesmo como jovens e adultos, Ele continua a nos amar e proteger. É, porém, imperioso que o sirvamos de coração e com atitudes que demonstrem que pertencemos ao Seu Reino.
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 10
Acerca do fim dos tempos
8 de Setembro de 2019
Texto Áureo
"E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória.", Lc 21.27
Verdade Aplicada
O discípulo de Cristo aguarda em vigilância e oração perseverantes a volta de Jesus Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 21.31-35
31 - Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.
32 - Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.
33 - Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.
34 - E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
35 - Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra.
Introdução
Todos sabemos que a era atual terá um fim, denominado de fim dos tempos. Embora não saibamos quando será, e não nos compete saber, o mais importante é estarmos aguardando a vinda do Senhor Jesus Cristo.
Assim como Mateus (Mt 24.-25) e Marcos (Mc 13), Lucas também registra o sermão escatológico de Jesus (Lc 12.34-59; 17.20-37; 21.5-36). É fundamental que todo discípulo de Cristo não desconheça, também, o conteúdo destes capítulos, considerando que registram mensagens do próprio Senhor Jesus. Alguns identificam o sermão escatológico nos evangelhos como “o Pequeno Apocalipse”.
1.1. O interesse escatológico
O registro em Lucas consta que o sermão foi proferido a partir do interesse demonstrado por fariseus (Lc 17.20) e pelos discípulos (Lc 21.7). Os evangelhos relatam vários ensinamentos e revelações por parte de Jesus Cristo a partir de uma pergunta, conversa ou um comentário. O Senhor aproveita cada oportunidade para transmiti a mensagem do Reino. Faz-nos lembrar da importância de não ignorarmos e desprezarmos o conteúdo escatológico das Escrituras Sagradas. É certo que muitos detalhes escatológicos são de difícil compreensão e não há consenso entre os estudiosos quanto ao tempo e interpretação de alguns eventos. Contudo, tal realidade não nos autoriza a termos uma postura desinteressada acerca da doutrina das últimas coisas (Ap 1.3; 22.18-19).
1.2. Diversos acontecimentos
O sermão registrado em Lucas 21, como também em Mateus 24 e Marcos 13, é antecedido da afirmação de Jesus de que o templo seria destruído (Lc 21.6). O evangelho de Mateus registra mais dois aspectos na pergunta dos discípulos, além dos mencionados pelos outros evangelhos:
1) “Quando serão essas coisas?”; 2) “Que sinal haverá da tua vinda?” (Mt 24.3)- enquanto Marcos e Lucas registram: “Que sinal haverá quando isto estiver para acontecer?”; 3) “(conforme Mateus 24.3)- “E do fim do mundo?”. Assim, no corpo do sermão temos informações sobre a destruição do Templo em Jerusalém, período da Grande Tribulação e a segunda vinda de Jesus. É possível, também, deduzir que os discípulos entendiam (equivocadamente) que a destruição do Templo se daria por ocasião do retorno de Jesus e o final dos tempos.
1.3. Estudo comparativo
Muito contribui no estudo acerca dos últimos dias não nos determos apenas em um textos que trata do assunto, mas realizarmos um estudo comparativo, procurando conhecer o que outros textos abordam sobre o tema. Não significa que chegaremos a uma conclusão definitiva sobre cada evento, porém ampliará e facilitará a compreensão de tão vasto e enriquecedor assunto, tendo em vista que vamos encontrar aspectos em um texto que não são mencionados em outro. Por exemplo, vide: Daniel 9.24-27; os capítulos dos evangelhos acima citados; 1 Coríntios 15; 1Tessalonicenses 4.13-18; 2Tessalonicenses 2.1-12; Apocalipse; e tantos outros textos.
Mesmo considerando o exposto nos tópicos anteriores, é notório no sermão escatológico que o Senhor Jesus transmitiu advertências e garantias que são aplicáveis e essenciais aos Seus discípulos em todos as gerações, independentemente da interpretação detalhada de cada evento que seja adotada e de compreender plenamente os vários aspectos que envolvem esta doutrina.
2.1. Não vos enganem.
Os três evangelhos registram que o Senhor inicia seu sermão escatológico com uma advertência: Mateus 24.4 (“Acautelai-vos”); Marcos 13.5 (“Olhai”) e Lucas 21.8 (“Vede”). Tais expressões no grego admitem algumas ideias: "considerar"; prestar atenção diante de algo"; "citado como forma de cautela, tomar cuidado com". Ao iniciar a resposta Jesus diz: "Não vos enganem". Trata-se de uma advertência bem presente nas Escrituras Sagradas. Afinal, uma das ações de Satanás é enganar. Ele procura fazer isto desde o princípio (2Co 11.3). Para tanto se utiliza de várias maneiras. É para refletir bastante sobre o fato de Jesus iniciar o sermão escatológico, não com a sequência dos eventos ou sinais, mas com uma advertência.
2.2. Não vos assusteis
A segunda advertência destacada na presente lição está em Lucas 21.9: “Não vos assusteis”. Já Marcos usa o termo “não vos perturbeis” (Mc 13.7) Na língua grega encontramos significativas expressões: "terrificar, aterrorizar" ou a ideia de "tumulto". São termos que indicam descontrole, medo paralisante, mente tumultuada pelos acontecimentos ao ponto de a pessoa perder a capacidade de pensar, refletir, mantenha-se sóbrio. Como esta advertência é essencial para os dias de hoje! Estudar sobre o sermão escatológico ou o Apocalipse não é para resultar em pavor ou deixar a mente tumultuada, mas despertar-nos para a verdade de que breve Jesus voltara e que o Seu povo está guardado nele. (Sl 46; Jo 14.1-3; 2Pe 3.13-14).
2.3. Não perecerá
Num contexto de falsidade, guerras, manifestações da natureza, perseguição, traição e ódio, o Senhor Jesus acrescenta: “Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça” (Lc 21.18). A segurança do discípulo de Cristo está em permanecer no próprio Cristo. Ele é a nossa rocha, nossa força e nosso refúgio (Sl 62.1-2; 91.2; Rm 8.35-39). Não apenas advertências, mas Jesus também revela garantia e proteção. Ele não tem apenas o controle da história, mas também da vida de cada membro do Seu Corpo. É evidente que não podemos considerar este texto estritamente no aspecto físico, pois muitos morreram pela fé (Hb 11.36-40; Ap 2.13) Mas é a garantia de que o Senhor está conosco, mesmo no vale da sombra da morte (Sl 23.4).
Neste último tópico abordaremos acerca das atitudes exigidas pelo Senhor por parte daqueles que dizem serem Seus discípulos. Somente algumas serão indicadas, pois o espaço não permite ampliar tanto. Contudo, que as relacionadas abaixo despertem-nos para as muitas outras encontradas na Bíblia. Afinal, “convém-nos atentar” (Hb 2.1).
3.1. Olhai pra cima
Disse Jesus: “(...) olhai para cima (...) porque a vossa redenção está próxima”, (Lc 21.28). Quantos atrativos têm surgido nesta terra no presente século. Evidente que o discípulo de Cristo não está impedido de admirar e desfrutar de muitos destes atrativos. A questão problemática e perigosa é quando a pessoa fica tão distraída e focada nos atrativos que não prioriza o Reino de Deus e já não vive na expectativa da volta do Senhor. Afinal, se nascemos de novo, então somos participantes da natureza divina (2Pe 1.3-4), logo procuramos e nos interessamos em buscar as "coisas que são de cima" e pensar "nas coisas que são de cima" (Cl 3.1-2).
3.2. Olhai por vós
“Olhai por vós” (Lc 21.34), ou seja, preste atenção, atente. Na NTLH encontramos a expressão: “Fiquem alertas”. E aí, o texto menciona o coração. Na Bíblia, é considerado várias vezes como o centro da vida, a sede dos sentimentos e impulsos do ser humano. Por isso a recomendação em Provérbios 4.23: "guarda o teu coração". É necessário um constante autoexame, sempre acompanhado de oração, Palavra de Deus e o Espírito Santo (Sl 119.11,105; 139.23-24; 2Co 13.5). Além de atitudes de mudança no decorrer da caminhada cristã, sempre quando percebemos a presença de pecados e embaraços (Hb 12.1-2).
3.3. Vigiai e orai
“Vigiai, pois, em todo o tempo, orando...” (Lc 21.36). Não apenas vigiar, nem somente orar. Assim deve ser o cuidado diário: vigilância e oração. Afinal, não sabemos quando virá o Senhor ou quando partiremos para a eternidade. Tais atitudes também exigem de nós um constante exercício espiritual. São vários os sentidos de “vigiai” no original grego; “manter-se acordado”; "vigilância espiritual"; é a vigilância e a expectativa em contraste com a falta de firmeza e a indiferença". Porém, acompanhada de oração. Pois o texto sagrado diz para nos fortalecermos "no Senhor e na força do seu poder" (Ef 6.10).
CONCLUSÃO
O fim dessa era ocorrerá com a volta pessoal, pública e em glória do Senhor Jesus. Antes, porém, ocorrerá o arrebatamento da Igreja, que a livrará dos juízos terríveis que virão. Por isso, precisamos nos manter: sóbrios em tudo, vigilantes e orando em todo o tempo por nós mesmos e por todos!
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 11
A Páscoa desejada
15 de Setembro de 2019
Texto Áureo
"E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;", Lc 22.15
Verdade Aplicada
A Páscoa que antecedeu o padecimento de Cristo foi um momento repleto de significados e revelações, que devem continuar impactando a Igreja, até que Ele venha.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 22.17-20
17 - E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós;
18 - Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus.
19 - E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
Introdução
Trataremos nesta lição sobre a páscoa mais desejada de Jesus, que precedeu a Sua morte. Relembraremos a Sua instituição e como ganhou em Cristo um caráter diferenciado, que impacta a igreja cristã e o mundo até hoje.
Para compreendermos a tradição pascoal, é necessário conhecermos como ela surgiu. A ideia central da celebração da Páscoa é a libertação do povo de Deus do jugo de escravidão egípcia. Os fatos que ocorreram foram tão marcantes na primeira Páscoa que os pais passaram fielmente de geração em geração.
1.1. Sua instituição
A primeira Páscoa foi ordenada por Deus aos hebreus, por ocasião de sua saída do Egito.
A palavra páscoa no hebraico é “pasah” ou “Pesah” e pode se referir ao sacrifício, à vítima animal ou à festa da Páscoa. Ela era comemorada com pães asmos, ou seja, pães que não contém fermento e também dela fazia parte, um cordeiro por família. Se a família fosse pequena poderia juntar-se com outra. O Sangue do cordeiro foi aspergido nos umbrais das entradas das casas hebreias, para que o anjo da morte, vendo o sinal, não trouxesse juízo de morte sobre o primogênito daquela casa. Este anjo entraria em todas as casas que não tivessem o sinal, trazendo assim a morte do primogênito e grande dor à família (Êx 12.1-28). A Páscoa no Antigo Testamento apontava para Jesus Cristo, "nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1Co5.7).
1.2. Seu objetivo ao longo das gerações
O objetivo central da celebração da páscoa ano após ano era o não-esquecimento da libertação efetuada por Deus. O cordeiro pascoal era um tipo de Cristo Jesus. Isso significa que, assim como um cordeiro pascoal representa a libertação de um cativeiro humano, o egípcio, o Messias sofredor representaria a libertação total e definitiva do poder do pecado e do cativeiro das trevas. Muitas gerações de judeus celebraram a Páscoa com um entendimento limitado, reportando-se tão somente ao passado histórico, porém em Jesus Cristo esta cerimônia ganharia um novo sentido.
1.3. O contexto pascoal do tempo de Jesus
A Páscoa era um grande evento, muito celebrado em Jerusalém. Judeus de todas as partes de Israel e os dispersos entre as muitas nações se dirigiam para lá. Os judeus dispersos almejavam em cada celebração da Páscoa que no próximo ano a celebrassem em Jerusalém, nem que fosse uma única vez na sua vida. Assim, esse tipo de multidão, formada por tantas pessoas oriundas de diferentes regiões, poderia facilmente estimulada a provocar algum levante e revolta. Segundo o historiador Josefo, insurreições sangrentas ocorreram na Palestina no primeiro século. Por isso o temor das autoridades religiosas em causar alvoroço com a prisão de Jesus (Mt 26.4-5).
Além do contexto geral acima apresentado, estudaremos fatos que anteciparam a Última Páscoa do Senhor Jesus com Seus discípulos. Verificaremos a maneira encontrada pelas autoridades religiosas para efetuarem a prisão de Jesus, visto ser pessoa de grande notoriedade; também veremos a Sua tranquilidade e os preparativos para a Última Páscoa.
2.1. Uma maneira de prender Jesus
Os chefes dos sacerdotes e os escribas pensavam continuamente numa maneira de prender Jesus (Lc 22.2-5). O Mestre ensinava todas as manhãs no templo e Sua notoriedade incomodava a muitos. Estes homens não suportavam a Sua fama e muito lhes era incômodo saber que Jesus ensinava livremente todos os dias bem cedinho para um grande auditório. "como prendê-lo" era o dilema. "Entrou, porém, Satanás em Judas" (Lc 22.3). Surge, então, inesperadamente o benefício da traição de Judas Iscariotes, apressando, assim, a execução do plano. A proposta apresentada por Judas alegrou as autoridades religiosas (Lc 22.5). O plano inspirado por Satanás deixou alegre os que foram constituídos para ensinar a Lei de Deus e conduzir o serviço do templo. Quanta contradição! Em audiência com eles, Judas pediu-lhes dinheiro, e eles concordaram.
2.2. Jesus ensinando no templo
Jerusalém estava apinhada dos judeus de todos os lugares. Uma ocasião oportuna para muitos subirem ao templo para orar e receber algum ensinamento. Bem cedo Jesus se dirigia para lá a fim de ensinar o povo e grande número de pessoas iam para ouvi-lo (Lc 21.38). Como podemos entender isso? Jesus demonstra segurança e tranquilidade em estar ali, mesmo sabendo o risco de ser preso a qualquer momento. Após a purificação do templo (Lc 19.47-48), o Senhor ocupa seus últimos dias de liberdade ensinando o povo ali. O evangelista Marcos registra que enquanto Jesus ensinava no templo em sua última semana: 1) As autoridades religiosas buscavam matá-lo; e 2) A multidão estava admirada acerca da sua doutrina (Mc 11.18). Ainda hoje são diversas reações diante do ensino da Palavra. Interessante que Jesus não era movido pelas reações diante de Seu ensino, mas pela convicção de Sua missão.
2.3. Os preparativos para a Páscoa
A cidade de Jerusalém, por ocasião da Páscoa, ficava lotada. Por esse motivo, era necessário fazer os preparativos para a Páscoa (Lc 22.8-13). Era necessário providenciar um ambiente adequado para que Jesus e Seus discípulos celebrassem aquela ceia especial. Então Jesus enviou Pedro e João antecipadamente para confirmar o local com determinado homem, que passaria levando consigo um cântaro de água. O tal homem mostrou-lhes o lugar onde Jesus celebraria a Páscoa com Seus discípulos. Aprendemos, assim, quão previdente e organizado era o Senhor Jesus naquilo que pretendia fazer.
A última Páscoa da vida do Senhor Jesus com os Seus discípulos foi a mais desejada por Ele, por preceder o Seu sacrifício na cruz e ganhar um sentido novo e mais completo. De maneira que ela se tornou mais que um ritual, pois os seus elementos, tais como o pão e o vinho, ganharam significados além de si mesmos.
3.1. O novo significado do pão
O pão usado por ocasião da ceia era um pão sem fermento, pois o fermento tinha um sentido pecaminoso nessa ocasião. Nos outros dias os judeus usavam fermento normalmente, mas na semana da Páscoa eles pegavam uma lamparina, analisavam cada canto da casa e removiam todo o vestígio de fermento. O pão asmo reportava à pressa com que os filhos de Israel saíram do Egito. No entanto, agora Jesus diz desse pão: Isto é meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim" (Lc 22.19). Os apóstolos só entenderam o plano sentido dessas palavras depois da Sua ressurreição.
3.2. O novo significado do vinho
O próprio Senhor estabeleceu o significado ao tomar o cálice; “É o Novo Testamento no meu sangue” (Lc 22.20) e o conteúdo do mesmo, ou seja, vinho (Lc 22.18). Ele fez a associação entre o vinho e o Seu sangue que seria derramado, afirmando o estabelecimento de um Novo Concerto (Hb 8.13;9.15), que já havia sido predito pelo profeta Jeremias (Jr 31.31).
3.3. A honra e a responsabilidade de participar da ceia
É possível que os discípulos não compreenderam plenamente o que significava a participação naquela celebração repleta de significados envolvendo aspectos tipológicos (celebração que, naquele momento, conduzia a mente dos discípulos ao agir redentor de Deus no passado), programáticos (desenrolar de eventos futuros, ou seja, a Nova Aliança que estava para ser firmada) e paradigmáticos (características normativas para a missão e caráter do povo de Deus). Afinal a revelação ainda estava em processo progressivo (Jo 13.7; 16.12-13). Contudo, hoje, temos a Bíblia completa, o Espírito Santo em nós e uma história de mais de dois mil anos desde o Pentecostes. Temos discernido o que significa participar da Ceia do Senhor? (1Co 11.27-29).
CONCLUSÃO
Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7). Assim, na Nova Aliança, a Igreja tem o dever de celebrar a Ceia do Senhor, que substituiu a Páscoa (1Co 11.26), até que Ele venha e nos conduza à participação nas Bodas do Cordeiro.
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 12
A crucificação mais impactante da mundo
22 de Setembro de 2019
Texto Áureo
"E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.", Lc 23.33
Verdade Aplicada
Nenhuma morte causou tanto impacto no mundo presente e porvir do que a morte de Jesus Cristo
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 23.33-37
33 - E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
34 - E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
35 - E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
36 - E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre.
37 - E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.
Introdução
A morte de Jesus foi um evento que impactou o mundo. Até hoje, Sua morte é lembrada, anunciada, cantada pelo seu aspecto revelador e por fazer parte dos atos redentores de Deus para a humanidade, conforme Seu plano de salvação feito antes da fundação do mundo (1Pe 1.20).
Embora traído por um de Seus apóstolos, Jesus não resistiu à prisão. Mesmo nas mãos de seus algozes, não se deixou vencer pelo mal, mas cumpriu a vontade do Pai até o fim.
1.1. Momentos de agonia e oração
Jesus sentiu-se angustiado diante da morte e por isso orou ao Pai celestial que se possível o livrasse daquela hora (Lc 22.39-46). Era necessário que Ele tomasse daquele cálice de sofrimentos. Por esse motivo, Jesus ora mais intensamente, o Seu suor se transformou em gotas de sangue e o um anjo do céu O confortava. Enquanto isso, Seus discípulos dormiam. Jesus venceu através da oração.
1.2. Momento da prisão
O momento da prisão ocorreu ainda de madrugada, enquanto Jesus advertia os discípulos quanto à oração ( Lc 22.47-53). Judas conduziu a guarda do templo, os anciãos e os principais dos sacerdotes até o lugar em que Jesus estava (Lc 22.52; Jo 18.3). O sinal combinado para a indicação de que a pessoa a ser pressa era Jesus foi a saudação com ósculo, e assim Iscariotes fez. Nesse momento, os discípulos tentaram reagir rapidamente: “Senhor, feriremos à espada?”. E Pedro desferiu um golpe com a espada em Malco, servo do sumo sacerdote, cotando-lhe a orelha. A seguir, Jesus não permitiu que resistissem, curou Malco e ordenou aos discípulos que parassem, pois aquilo era desígnio de Deus (Jo 18.10-11).
1.3. A negação de Pedro
Pedro, muito desejoso de saber como tudo aquilo terminaria, seguiu a Jesus de longe (Lc 22.54-62). Mesmo distante, ao ser interrogado por uma criada do sumo sacerdote, negou que conhecesse a Jesus. Depois, negou diante de dois outros homens, totalizando três vezes. Na terceira negação, o galo cantou, Jesus de longe olhou para Pedro e este retirou-se e chorou amargamente. Na verdade, todos os Seus discípulos o abandonaram e fugiram quando da Sua prisão (Mt 26.56; Mc 14.50). Pedro e outro discípulo (tradicionalmente identificado como João) seguiram a Jesus até onde estava o sumo sacerdote Anás. Este outro discípulo entrou na sala da autoridade religiosa (Jo 18.15-16). Entretanto Pedro o negou três vezes. Se queremos ser diferentes de Pedro, nós precisamos ouvir mais a Jesus.
Jesus foi submetido a três julgamentos: o do Sinédrio, o de Pilatos e o de Herodes. Em nenhum deles, Jesus foi julgado corretamente, tendo em vista a Sua inocência e a ausência de provas. Contudo, era desígnio de Deus que assim acontecesse, para o cumprimento das Escrituras.
2.1. O julgamento do Sinédrio
Muitos dos escribas e sacerdotes devem ter sido surpreendidos com uma convocação de última hora para um concilio (Lc 22.66-71). O propósito da reunião era procurar algum testemunho falso contra Jesus, para que fosse condenado à morte (Mt 26.59). Caso admitisse, seria condenado por blasfêmia, por se autodenominar o Cristo; se o negasse, talvez ficasse livre. A pretensão da maioria dos sacerdotes era a condenação definitiva de Jesus, pois a partir daí poderiam encaminhá-lo para a coorte herodiana ou romana para terem a sua execução consumada. Admitir diante de um Tribunal Supremo ser o Cristo era assinar sentença de morte. Como Jesus não negou a Sua identidade e filiação divina, foi condenado e enviado para Pilatos.
2.2. Jesus diante de Pilatos e Herodes
O Sinédrio, após ter a confissão de Jesus de Nazaré de que Ele era o Cristo, o Filho de Deus, O encaminhou para Pilatos, que o examinou a seguir (Lc 23.1-6). Então, não achando culpa alguma em Jesus e sabendo Pilatos que Ele era da Galileia remeteu-o para Herodes (Lc 23.7). Este esperava que Jesus fizesse alguma maravilha diante dele, mas Jesus apenas ficou em silêncio. Enquanto isso os sacerdotes o acusavam com grande veemência, buscando a morte de Jesus. Herodes vendo Jesus em silêncio, o desprezou, escarneceu dEle e pôs uma veste resplandecente e remeteu de volta para Pilatos. Os milagres de Deus não são para satisfazer curiosidades ou servir de entretenimento.
2.3. O julgamento de Pilatos
Quanto à pena de execução, ela não poderia ser aplicada pelo Sinédrio. Então, o Sinédrio fez de tudo para que Jesus fosse condenado com a pena máxima, tanto junto a Herodes quanto junto a Pilatos (Lc 23.13-25). Segundo as leis romanas, Pilatos não viu qualquer coisa para que Jesus merecesse tal condenação (Lc 23.4). Ao recebê-lo de volta da parte de Herodes, tentou livrá-lo da condenação, dizendo, dizendo: "Eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho nesse homem". Porém, a multidão gritava: "Crucifica-o! Crucifica-o!". Como era costume soltar um preso, Pilatos fê-los decidir entre Barrabás e Jesus. A multidão escolheu soltar Barrabás.
Jesus obedeceu a vontade do Pai Celestial. Por Seu amor para com o homem, Ele escolheu morrer. Ele “suportou a cruz” e deu vida e luz aos homens (Hb 12.2).
3.1. A caminho da crucificação
Depois de ver Jesus castigado com um terrível açoite, o que foi uma tentativa infrutífera de Pilatos em soltá-lo, os sacerdotes e a multidão ainda assim vociferavam: “Crucifica-o!” (Lc 23.23). Jesus foi condenado à crucificação. Puseram a cruz sobre Ele, mas, esgotado do espancamento e das dores dos açoites, Ele já não tinha forças para carrega-la. Então, Simão de Cirene, que vinha do campo, foi quem carregou a cruz até o Calvário. A caminho do Calvário, muitas mulheres lamentavam, choravam e batiam no peito o triste destino de Jesus. Mesmo sangrando, ferido, cansado e sofrendo, ainda assim, transmite admoestações proféticas às mulheres (Lc 23.28-31). Cumpriu integralmente Sua missão profética.
3.2. A crucificação que dividiu a história
A crucificação de Jesus transpira amor (Lc 23.33-46). Jesus foi colocado entre dois criminosos e Suas dores eram terríveis. Os chefes do povo e os ladrões zombavam, os soldados escarneciam, mas Ele orava: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Um dos ladrões se arrepende e lhe diz: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”. E Jesus lhe diz: “Hoje estarás comigo no Paraíso”. A crucificação de Jesus nos revela ao máximo o amor divino para salvar e transformar os corações cansados, angustiados e traumatizados.
3.3. A morte de Jesus
Jesus ficou pendurado na cruz diante de todos em meio a dois criminosos. Houve trevas desde o meio dia até a hora do sacrifício, ou seja, até às três da tarde. Quando o véu do templo rasgou de alto abaixo, Jesus, reunindo forças que ainda tinha, clamou com grande voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirito” (Lc 23.46). Dito isto, expirou. E o centurião ali presente exclamou: “Este homem era justo” (Lc 23.47). A multidão que assistia a todo aquele espetáculo, agora comovida, batia no peito enquanto regressava para casa (Lc 23.48). A esse respeito o próprio Filho de Deus disse durante a ceia: "Isto é meu corpo, que por vós é dado" (Lc 22.19).
CONCLUSÃO
A crucificação de Jesus dividiu a história. Não foi um “acidente de percurso”, mas plano de Deus desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Disse Martinho Lutero: “A doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, pois é a doutrina da cruz. Quem compreende perfeitamente a cruz, compreende a Cristo e a Bíblia”.
QUESTIONÁRIO
ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 13
TRINDADE, TUDO QUE PRECISAMOS
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Versículo do dia
"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.", 1 Jo 5.7
Para impactar
O homem vive num mundo onde tudo gira em função do ter. Quanto mais se tem, mais influente se torna, mais pessoas o admiram, porém a verdadeira felicidade está em conhecer o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Textos de Referência.
1 Jo 5.5-13
Introdução
O amor de Deus por nós é incalculável, e a Bíblia é o registro desta prova de amor. Não merecíamos, não lutamos por isso, muito menos reconhecemos a necessidade disso, mas, mesmo assim o Senhor decidiu nos amar.
#pontochave
"O amor de Deus pelos homens não tem limites. Ele nos amou e entregou o Seu Filho por nós. O Filho nos amou, dando Sua vida por nós; e ainda envia o Seu Espírito Santo para habitar em nós."
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.", Jo 3.16
1.1. Ele nos criou com amor
Deus, quando criou o homem no início, Ele moldou do barro, colocou o fôlego de vida e o fez a Sua imagem e semelhança; demonstração clara de carinho em Sua criação. Deus amou ter criado o homem, a ponto de serem amigos e de conversarem. O Senhor criou os mares e as florestas, as árvores frondosas e os belos pássaros, porém nada se compara a Sua criação sublime, o ser humano.
"Porém tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, sofredor, e grande em benignidade e em verdade.", Sl 86.15
1.2. Nos amou na condição de pecadores
"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.", Rm 5.8
Mesmo depois da queda do homem, e na condição de pecador, Deus nos amou tanto a ponto de entregar Seu Filhos amado para resgatar a humanidade perdida. Deus não amou alguns, Ele amou o mundo inteiro de tal maneira.
O homem perdeu a condição de amigo de Deus, mas através do projeto do Senho, o homem tem a oportunidade de se tornar filho. Somente um amor incondicional é capaz de explicar um Deus que olha para o homem caído e resolve lhe dar a chance de poder ser chamado de filho de Deus.
"Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.", 1 Jo 3.1
#pararefletireadorar
"Não há felicidade a não ser em Deus" Jonh Wesley
"Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.", 2 Co 8.9
2.1. Se entregou em nosso lugar
Devi ao pecado o homem se separou da presença do Pai, e apenas de um modo a humanidade teria como se reconciliar com Deus, através de alguém que tivesse a capacidade e a competência de cumprir toda a lei de Deus, e que aceitasse ser condenado, pelos pecados de outros.
Jesus cumpriu toda a lei (Mt 5.17-18), e aceitou entregar a Sua vida em favor daqueles que realmente mereciam morrer: todos nós.
"No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.", Jo 1.29
"Não foi com ouro ou prata, e sim com sangue, com sua própria vida."
2.2. Foi por amor
O amor de Jesus é inexplicável, pois o preço que Ele pagou por nosso resgate foi extremamente alto, não foi com ouro ou prata, e sim com sangue, com sua própria vida.
Jesus sofreu o que ninguém seria capaz de sofrer, e ainda por pessoas que mereciam ser condenadas por seus atos, mas Ele não fez acepção, foi para a cruz, para salvar o mundo. Isso significa que qualquer pessoa pode ser alcançada por esse amor, e para isso só precisa crer na sua obra e viver a sua Palavra para desfrutar deste tão grande ato de amor.
O amor de Deus pelos homens não tem limites. Ele nos amou e entregou Seu Filhos por nós. O Filho nos amou, dando Sua vida por nós; e ainda envia o Seu Espírito Santo para habitar em nós.
3.1. Nosso companheiro
Depois de consumada a obra na cruz, Jesus ressuscita e aparece a seus discípulos, dizendo que era necessário voltar para o Pai, mas que enviaria uma amigo que os acompanharia em todos os momentos, que lhes consolaria, daria força, lhes instruiria em tudo que fosse necessário e os guiaria pelo caminho da verdade, esse amigo se chama Espírito Santo.
"Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.", Jo 16.13
3.2. Trabalha em nosso favor
Aqueles que aceitam a Jesus como Salvador não estão isentos de adversidades desta terra, porém, quando passam por momentos de crises, e são tomados por fraquezas; não conseguem nem pedir uma solução a Deus de forma correta, o amigo Espírito Santo pega todo esse sofrimento e transforma em oração diante do Pai. Ele intercede com gemidos inexprimíveis, em favor dos seus amigos (Rm 8.26).
Conclusão
Encerramos este trimestre com a certeza de que o Deus Trino nos ama e deseja que estejamos cada vez mais próximos dEle.
Não há tempo a perder, devemos nos entregar todos os dias a este amor inigualável, pois somos confortados nesta vida, e ainda receberemos a vida eterna como recompensa.
A Trindade pode se dividir em três palavras: amor, amor e amor!
#aprendeu
Fonte: Revista Betel Conectar