Título: O Desafio da Evangelização — Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 1: O que é evangelização
Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista
Lição 3: Igreja, agência evangelizadora
Lição 4: O trabalho e atributos do ganhador de almas
Lição 5: A evangelização urbana e suas estratégias
Lição 6: A evangelização dos grupos desafiadores
Lição 7: O Evangelho no mundo acadêmico e político
Lição 8: A evangelização dos grupos religiosos
Lição 9: A evangelização das crianças
Lição 10: O poder da evangelização na família
Lição 11: A evangelização das pessoas com deficiência
Lição 12: A evangelização real na Era Digital
Lição 13: A evangelização integral nesta Última Hora
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.1
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 1: O que é evangelização
Data: 3 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado [...]” (Mt 28.19,20).
VERDADE PRÁTICA
Evangelizar é a missão mais importante e urgente da Igreja de Cristo; não podemos adiá-la nem substituí-la.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 9.2
Jesus envia-nos a evangelizar
Terça — At 10.42
Evangelização e testemunho
Quarta — 2Tm 4.2
Evangelizar em todo tempo
Quinta — 2Co 2.12
Portas abertas à evangelização
Sexta — 1Co 1.17
A cruz de Cristo, a força do Evangelho
Sábado — 1Pe 1.12
A excelência da evangelização
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 16.9-20.
9 — E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
10 — E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando.
11 — E, ouvindo eles que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram.
12 — E, depois, manifestou-se em outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo.
13 — E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.
14 — Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15 — E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 — Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 — E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 — pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 — Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
20 — E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
HINOS SUGERIDOS
18, 38 e 227 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a evangelização é a missão suprema da Igreja.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Explicar o porquê da evangelização.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito da missão mais importante da Igreja: a evangelização. Essa missão não é somente da liderança, mas todo crente tem a responsabilidade de anunciar as Boas-Novas.
O comentarista do trimestre é o pastor Claudionor de Andrade — escritor, conferencista, consultor doutrinário e teológico da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Que possamos anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, ajudando as pessoas a trilhar os caminhos do Senhor, pois em breve Jesus virá.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Se não levarmos o Evangelho até aos confins da Terra, jamais seremos reconhecidos como discípulos de Jesus. Desde o início de seu ministério, Ele sempre fez questão de realçar a natureza evangelizadora de sua missão e da tarefa que nos confiou (Mc 16.15; Lc 8.1). Nenhum outro trabalho é tão importante e urgente quanto a evangelização.
A Igreja, por ser Igreja, não pode ignorar as exigências da Grande Comissão: evangelizar a todos, em todo tempo e lugar (Mt 24.14). A evangelização compreende, também, o discipulado, o batismo e a integração do novo convertido. Se crermos, de fato, que Cristo morreu e ressuscitou para redimir-nos do inferno, não nos calaremos acerca de tão grande salvação (Hb 2.3).
Aproveitemos todas as oportunidades para falar de Cristo, pois grande será a colheita de almas para o Reino de Deus.
PONTO CENTRAL
A missão suprema da Igreja é a evangelização.
Evangelismo ou evangelização? Neste tópico, veremos que ambos os termos são igualmente corretos, pois a evangelização depende do evangelismo. Se este é a teoria, aquela é a prática.
O evangelismo fornece também as bases metodológicas, a fim de que os evangelizadores cumpram eficazmente a sua tarefa (2Tm 2.15).
A evangelização não é um trabalho opcional da Igreja, mas uma obrigação de cada seguidor de Cristo (1Co 9.16).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
É correto usar os termos evangelização e evangelismo, pois a evangelização depende do evangelismo. Uma é a teoria e a outra, a prática.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O mandato para as missões acha-se em cada evangelho e em Atos dos Apóstolos. Porque toda a autoridade nos céus e na terra foi entregue a Jesus (Mt 28.19,20).
‘Vão’ (gr. poreuthentes) não é um imperativo. Significa, literalmente, ‘tendo ido’. Jesus toma por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por perseguição. O único imperativo nesse trecho bíblico é ‘façam discípulos’ (gr. mathêteusate), que inclui batizá-los e ensiná-los continuamente.
Marcos 16.15 também registra esse mandamento: ‘Tendo ido por todo o mundo, proclamem (anunciem, declarem e demonstrem) as boas-novas a toda a criação’ (tradução literal)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.584).
Podemos apresentar pelo menos quatro razões que nos levarão a falar de Cristo a tempo e fora de tempo. A partir daí, não descansaremos as mãos até que o mundo todo seja semeado com a Palavra de Deus (Ec 11.6).
Aquele que ama a Cristo não pode deixar de falar do que tem visto e ouvido. Assim agiam os crentes da Igreja Primitiva. Não obstante a oposição dos poderes religioso e secular, os primeiros discípulos evangelizavam com ousadia e determinação (At 4.20).
Enfrentamos hoje uma crise econômica, moral e política muito séria, porém precisamos continuar evangelizando os de perto e os de longe.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A evangelização é um mandamento de Jesus. É também a maior expressão de amor, pois o mundo jaz no maligno e em breve Jesus voltará.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los a Cristo, o Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30).
A importância do evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16.15).
O alvo do evangelismo pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes.
Ganhar alma foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o grande homem de Deus, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1Co 9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para Jesus é para os pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o Senhor da seara (Jo 4.35). O ‘ide’ de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada crente pode e deve ser um ganhador de almas. Nada o pode impedir, irmão, de ganhar almas para Jesus, se propuser isso agora em seu coração. A chamada especial de Deus para o ministério está reservada a determinados crentes, mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes.
O evangelismo pessoal, como já vimos acima, vai além do pecador perdido: ele alcança também o desviado e o crente necessitado de conforto, direção, ânimo e auxílio. Ele reaviva a fé e a esperança nas promessas das Santas Escrituras” (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1983, p.10).
III. COMO EVANGELIZAR
A missão de pregar a todos, em todos os lugares e em todo tempo, inclui a evangelização pessoal, coletiva, nacional e transcultural. Neste tópico, destaquemos o exemplo de Cristo, o evangelista por excelência.
Neste momento, há alguém, bem pertinho de você que precisa ouvir falar de Cristo. Não perca a oportunidade e evangelize, pois quem ganha almas sábio é (Pv 11.30).
É chegado o momento de olharmos além de nossas fronteiras, ouvindo o gemido das nações, tribos e povos não alcançados.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Podemos evangelizar de forma pessoal e coletiva. Também podemos evangelizar nosso país e as nações.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Como devemos evangelizar
Para começar, o ganhador de almas tem de ter experiência própria de salvação. É um paradoxo alguém conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho do céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação.
Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará dela (Mt 12.34). É evidente que o ganhador de almas precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso ‘começar pela Escritura’ (At 8.35).
Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se neste maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação deplorável.
Está escrito que ‘pela lei vem o conhecimento do pecado’ (Rm 3.20). Através da poderosa Palavra de Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Isaías 1.6. No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e inspirados sobre o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de ganhar almas; outros focalizam experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a paixão que deve haver no ministério em apreço. A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31). Em Corinto ele ensinou dezoito meses (At 18.11). Veja a diferença entre essas duas igrejas através do texto das duas epístolas (Coríntios e Efésios)” (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1983, p.30).
CONCLUSÃO
Evangelizar é a missão de todo crente. Quer obreiro, quer leigo, ganhar almas é o seu dever. Na crise atual, muitos são os que, desesperados, buscam um salvador. Mas apenas a Igreja de Cristo pode mostrar o caminho da salvação. É hora de evangelizar e de fazer missões. Arranquemos as almas perdidas das garras de Satanás.
PARA REFLETIR
A respeito da missão da Igreja, responda:
Qual a urgência máxima da Igreja?
A evangelização.
Qual a diferença entre evangelismo e evangelização?
Evangelismo: É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico da Igreja de Cristo, de acordo com as narrativas e proposições do Antigo e do Novo Testamento. Evangelização. É a prática efetiva da proclamação do Evangelho, quer pessoal, quer coletivamente, até aos confins da Terra.
Por que devemos evangelizar?
É um mandamento de Jesus; é a maior expressão de amor da Igreja; o mundo jaz no maligno; e porque Jesus em breve virá.
Como devemos evangelizar?
Evangelização pessoal, evangelização coletiva, evangelismo nacional e evangelismo transcultural.
Por que Jesus é o evangelista por excelência?
Porque Ele amou o mundo de tal maneira que deu a sua vida na cruz para perdão dos nossos pecados.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Evangelizar, a suprema missão da Igreja
Desde o tempo apostólico, a Igreja teve o entendimento de que a natureza da sua existência é dependente do ato de proclamar o Evangelho a toda a humanidade. Após o derramamento de Pentecostes, a Igreja não teve dúvida de que o seu caminho era proclamar com alegria e amor o Cristo Crucificado e Ressurreto a fim de que todo ouvinte quebrantasse o coração e se rendesse à soberania de Cristo (At 2.37).
A mudança de foco
Infelizmente, em muitos lugares hoje, a igreja não tem mais anunciado o Cristo Crucificado e Ressurreto, pois tem mudado o foco do seu anúncio. Ora, antigamente, a “fórmula” da pregação apostólica era resumida em “Cristo foi crucificado”, “Mas ressuscitou ao terceiro dia” e “Arrependei-vos e crede no Evangelho!”. Porém, hoje, em muitos lugares, não é mais assim. Graças a Deus, ainda há igrejas que apresentam o convite de salvação com o mesmo propósito com o qual os santos apóstolos apresentavam, honrando a Cristo e às Sagradas Escrituras. Mas, temos a incómoda sensação de que esse comportamento não é mais a regra.
Crentes, mas sem saber em que crêem
Não é difícil conhecermos pessoas que frequentam um templo e que se dizem membros de uma igreja evangélica, mas quando perguntadas sobre como Jesus Cristo foi apresentado a elas, de pronto ouviremos: “Aquele que resolve todos os meus problemas” ou “Quem me faz prosperar”; ou ainda “Aquele que me faz triunfar”. Embora não sejam teses mentirosas, esses relatos não são o testemunho que os santos apóstolos deram a vida toda, entregando as próprias vidas a fim de salvar pessoas da perdição eterna. Para a nossa tristeza, atualmente, é possível encontrar membros de igreja que nunca ouviram sobre a gravidade e a seriedade do problema do pecado.
Um convite
Por isso, o presente trimestre é um convite para a Igreja de Cristo recuperar a alegria de comunicar o Evangelho genuíno. As fórmulas são muitas! É preciso buscar todos os meios disponíveis para evangelizarmos. Não apenas o eletrônico, digital, por intermédio da televisão ou da internet, mas principalmente no relacionamento pessoal. As melhores e mais eficazes evangelizações se deram num bate papo de uma praça de alimentação, na rua, em uma casa, nas escola, num shopping, no consultório médico, na sala de aula, numa roda de colegas, no transporte público como ônibus, táxi, avião etc. O contexto muda, pois o mundo está em constante transformação, mas o objetivo da mensagem é o mesmo: apresentar o Cristo Crucificado, o Cristo Ressuscitado e fazer o convite ao arrependimento.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.2
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 2: Deus, o primeiro evangelista
Data: 10 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8).
VERDADE PRÁTICA
Deus, que deu início ao trabalho de evangelização, exige de cada um de nós uma atitude evangelística responsável e amorosa.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 3.15
Deus anuncia a sua admirável redenção a Adão
Terça — Gn 6.18
Deus proclama a maravilhosa salvação a Noé
Quarta — Gn 12.1,2
Deus prega o Evangelho ao patriarca Abraão
Quinta — 2Sm 7.16
Deus promete o Messias à casa do amado rei Davi
Sexta — Is 7.14
Deus revela de forma maravilhosa a concepção virginal do Messias
Sábado — Lc 2.10,11
Os anjos de Deus noticiam o nascimento de Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 12.1-8.
1 — Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 — Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
5 — E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.
6 — E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam, então, os cananeus na terra.
7 — E apareceu o Senhor a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.
8 — E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.
HINOS SUGERIDOS
376, 432 e 440 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Saber que Deus exige de cada crente uma atitude evangelística responsável e amorosa.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Saber que Israel, como povo escolhido do Senhor, deveria ter executado o trabalho de Deus.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje estudaremos acerca da chamada do patriarca Abraão. Ele ouviu a voz de Deus e saiu, pela fé, da sua terra, do meio da sua parentela para uma terra que Deus haveria de lhe mostrar. Deus chamou Abraão para uma missão especial, e ele obedeceu ao chamado. O Todo-Poderoso não queria trazer privilégio e favores para Abraão e seus descendentes. O propósito era, a partir dele e dos seus descendentes, preparar o mundo para a chegada do Messias. Deus amou a humanidade perdida de tal maneira que não mediu esforços para anunciar as Boas-Novas. Como filhos de Deus, não podemos ficar insensíveis, indiferentes diante dos milhares que ainda não ouviram nada ou quase nada a respeito do evangelho de Jesus Cristo. No decorrer da lição, ressalte que a evangelização dos pecadores não é uma opção do crente, mas é uma ordenança de Cristo para a Igreja (Mc 16.15).
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Enfocaremos, na lição de hoje, a experiência do patriarca Abraão, que ouviu, do próprio Deus, o anúncio do Evangelho. A partir daquele momento, caberia aos descendentes do patriarca, por meio de Isaque e de Jacó, preparar o mundo para a chegada do Messias. Vê-se, pois, que Deus se compraz em anunciar as Boas-Novas à humanidade caída e carente de sua graça.
A chamada de Abraão evidencia-nos que a Bíblia é um livro evangélico com uma missão claramente evangélica. De Gênesis a Apocalipse, Deus proclama, quer pessoalmente, quer através de seus profetas e apóstolos, a Salvação a todos os povos da Terra. Por conseguinte, a exemplo do Senhor dos Céus e da Terra, proclamemos com zelo o Evangelho de Jesus Cristo.
PONTO CENTRAL
Deus exige de cada um de nós uma atitude evangelística responsável e amorosa.
É com Abraão que tem início o Evangelho de Cristo. Antes do patriarca, houve diversos anúncios de redenção, mas nenhum tão claro e evidente quanto ao que o próprio Deus lhe fez.
Os termos de sua chamada, ou evangelização, são precisos e fortes. Ele teria de sair de sua terra, a fim de formar um povo profético, sacerdotal e real. Nessa condição, partilharia a sua fé com todas as nações, conduzindo-as ao encontro com o Cristo, que haveria de chegar na plenitude dos tempos (Gl 4.4). Enfim, sua missão era ser uma bênção evangélica ao mundo. Por esse motivo, Abraão é o pai de todos os que creem (Rm 4.11).
Vê-se, pois, que Deus, ao chamar Abraão, evangelizou-o, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8).
A partir da chamada de Abraão, o povo hebreu passou a viver como o povo escolhido de Deus para anunciar às nações as virtudes do Altíssimo, conforme atestam as Escrituras Sagradas.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Deus chamou Abraão e seus descendentes para anunciarem as virtudes do Altíssimo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O primeiro punhado de promessas feitas a Abraão, que na ocasião talvez ainda tivesse em Ur dos caldeus, inclui uma promessa ao mundo. Realmente, essa é a promessa mais plena de todas. É ótimo receber uma bênção, mas é melhor ainda conceder uma bênção. Dessa forma, é assegurado a Abraão que ‘em ti serão abençoadas todas as famílias da terra’ (Gn 12.3). Essa promessa e garantia são repetidas em Gênesis 18.19; 22.19 (cf. At 3.25; Gl 3.8).
Pouca diferença faz se aceitamos a tradução acima ou a leitura sugerida: ‘por ti todas as famílias da terra serão abençoadas’. A diferença trata-se apenas de metodologia, não de princípios.
O fator importante e principal é que o chamado de Abraão não se trata de favoritismo pessoal de um deus particularista para estabelecer uma religião local em prática e desígnio. Ele origina-se no Deus de glória e é designado pelo bem-estar da humanidade. Assim como Deus não chama seu ministro para o bem do ministro, mas para o bem da consagração, da comunidade e do mundo, Ele não chamou Abraão pelo bem de Abraão. O mundo estava à vista, e a humanidade era o objetivo, qualquer que fosse a metodologia. Essa promessa, com seu desígnio de intenção universal, foi transferida no devido tempo aos patriarcas, Isaque (Gn 26.4) e Jacó (Gn 28.14). De uma forma um tanto diferente, tanto enriquecida quanto mais específica, Judá a herdou de Jacó (49.10) e tornou-se o portador do bastão de comando de Israel, embora Levi tenha sido escolhido para o sacerdócio. Assim não há enfraquecimento de universalidade no período patriarcal. O desígnio e a intenção de Deus lhe são declarados enfaticamente” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, pp.134,135).
A Bíblia Sagrada é um livro essencialmente evangélico. Do Gênesis a Malaquias, demonstra que Jesus é o Cristo prometido por Deus aos patriarcas e santos profetas, haja vista a exposição messiânica que o Divino Mestre fez aos discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35).
No Êxodo, a Páscoa ilustra não apenas a liberdade de Israel, mas também a libertação de todos os que, em todos os lugares, recebem o Cordeiro de Deus como o seu Salvador (Êx 12.1-28; 1Co 5.7; 1Pe 1.19). Somente Jesus é capaz de tirar os pecados do mundo (Jo 1.29).
Finalmente, em Deuteronômio, Moisés fala abertamente sobre o Messias que havia de vir: “O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis” (Dt 18.15).
Essa promessa, declaradamente evangélica, refere-se ao Senhor Jesus, que, além de ser conhecido como filho de Davi, é aclamado como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 1.1; Ap 19.16).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A Bíblia é o livro de Deus, que demonstra que Jesus é o Cristo prometido pelo Pai.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A fase mosaica enriqueceu a religião dos israelitas de muitas maneiras, tornando-a uma religião de redenção milagrosa, monoteísmo positivo, consagração devotada, ética dinâmica, fé responsável, amor e obediência, culto organizado, lei em comum e uma grande esperança. Embora ela não acrescentasse muitas referências à universalidade, enfatizava o caráter inclusivo no prelúdio memorável que precede a inauguração de Israel como uma nação, a realização do Decálogo e do pacto. Se esse prelúdio fosse devidamente compreendido, ele teria uma importância revolucionária e renovadora para Israel ao conceder significado, propósito e sentido à sua história” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.135).
III. EXECUTANDO O TRABALHO DE DEUS
Seguindo o exemplo do próprio Deus, Israel deveria evangelizar o mundo, preparando-o para a chegada de Cristo. Infelizmente, apostatou da fé abraâmica. Por isso, o Senhor disciplinou-os com o amargo exílio na Babilônia. Não obstante o seu fracasso, os israelitas cumpriram parcialmente a missão que lhes confiou o Deus de Abraão.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Israel, como povo escolhido, deveria executar o trabalho de Deus entre as nações.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Deus refere-se três vezes a Israel como ‘minhas testemunhas’ (Is 43.10,12; 44.8). A verdadeira questão é: uma testemunha de quem? O Senhor declara explicitamente: ‘O povo que formei para mim proclamará meus louvores’ (43.21). Proclamar seus louvores para quem? O versículo 9 nos dá a orientação: ‘Que todas as nações se unam ao mesmo tempo, que se reúnam os povos’. Esse é o público de Israel. Essa é a sua missão!
Esse conceito de serviço não é enfraquecido pelo fato de que quatro canções servis dedicadas a esse ‘Servo ideal’ de Deus que é o próprio Cristo. O serviço de Israel é estabelecido claramente. Israel tem uma missão a cumprir, um serviço a ser feito. As palavras de Paulo ecoam o verdadeiro chamado de Israel no Antigo Testamento: ‘Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm 1.14). O fato de Israel não ter reconhecido essa posição de serviço e não ter servido à humanidade não elimina o ideal do Antigo Testamento para com a nação, e o chamado da mesma.
Se mantivermos na mente essa dupla posição e relação de Israel, grande parte das Escrituras ganhará uma nova perspectiva e significado mais profundo. Israel nunca deixa de ser o povo de Deus, a nação do Senhor, embora, devido ao fracasso, ela seja temporariamente como serva de Deus. Ela permanece desqualificada até que o genuíno arrependimento a restaure novamente. Tal restauração é prometida pela graça de Deus e exigida pela justiça e fidelidade de Deus” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, pp.137,138).
CONCLUSÃO
Temos um Deus evangelizador. Ele se compraz em anunciar Boas-Novas à humanidade. Hoje, porém, o Senhor o faz através de nós. Nem aos anjos é facultada esta tarefa. Por isso, falemos de Cristo a todos, em todo tempo e lugar. Jesus em breve virá. O Deus evangelizador espera de todos nós uma atitude também evangelizadora.
PARA REFLETIR
A respeito de Deus, o primeiro evangelista, responda:
Por que Deus anunciou o Evangelho primeiro a Abraão?
Porque, a partir da chamada de Abraão, o povo hebreu passou a viver como o povo escolhido de Deus para anunciar às nações as virtudes do Altíssimo, conforme atestam as Escrituras Sagradas.
Qual a missão de Israel no âmbito da redenção da humanidade?
Proclamar o Salvador às nações.
Qual a contribuição de Israel à evangelização?
Os israelitas contribuíram para a evangelização do mundo porque deles vêm os patriarcas, a Lei de Moisés, os pactos, os profetas, as Escrituras e o próprio Cristo (Rm 9.1-5).
Por que a missão evangelizadora da Igreja é intransferível?
Porque por meio da igreja, a Palavra de Deus vem alcançando os confins da terra.
Você tem evangelizado com zelo e amor?
Resposta pessoal.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Deus, o primeiro evangelista
O Antigo Testamento é o primeiro documento da Bíblia Sagrada que conta a história de salvação do Deus Trino. Ali, o Altíssimo se deu a conhecer ao ser humano. Primeiro a Adão, depois a Abel, mais tarde a Sete. E bem verdade que em Adão, antes da Queda, a relação de Deus com o nosso primeiro pai era intensa, diária, como a de um pai com o filho que se veem, conversam e se relacionam em amor e carinho.
Após a Queda, portanto, essa relação foi dificultada. A Palavra de Deus diz que “as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). O pecado transtornou uma relação amorosa e desembocou numa tragédia. A seção dos capítulos 1 a 11 de Génesis dá conta dessa tragédia humana, isto é, a rebelião dos seres humanos contra Deus: multiplicação da violência humana; intensificação da promiscuidade; o gênero humano se corrompendo em todos os aspectos da vida. Enfim, mais tarde Deus trouxe o seu juízo com o Dilúvio (Gn 6).
Deus se deu a conhecer
Os 11 primeiros capítulos de Génesis relatam a tentativa da parte de Deus em se revelar ao homem e trazê-lo à consciência das coisas, à verdade dos fatos. Após a Queda, o ápice dessa auto-revelação divina se deu com Abraão, onde foi estabelecida a Aliança de Deus, que efetivou essa auto-revelação divina para o homem (Gn 12-50). É a partir de Abraão que começa de fato a história da salvação de Deus por intermédio do seu povo, Israel. Por isso, faz todo o sentido dizer que Deus foi o primeiro evangelista, pois a primeira iniciativa de se revelar ao homem foi exclusivamente dEle. Ele quem se deu a conhecer. Após o Dilúvio e a geraçao de Noé, Abraão foi a primeira pessoa que entendeu e aceitou o propósito de Deus para efetivar a sua Aliança em toda a Terra.
Uma história evangélica
Logo, a história do Pentateuco (Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), dos Escritos (Josué a Cantares) e dos Profetas (Isaíais a Malaquias), que formam o cânon do Antigo Testamento, é a extensão dessa Aliança de Deus com Abraão — essa é uma das razões pelas quais o Antigo Testamento é indissociável do Novo. Nesse sentido, além de Abraão e Moisés, a história de Israel, sua poesia e seus escritos proféticos são comprometidamente evangélicos. O povo de Israel foi forjado por Deus para dar testemunho da grandeza e da beleza do seu Reino a fim de convencer as nações daquele tempo de que havia um único Deus, o criador dos céus e da terra: o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.3
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 3: Igreja, agência evangelizadora
Data: 17 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Cristo, em virtude de sua natureza e vocação, é a agência evangelizadora e missionária por excelência.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 28.19,20
A grande comissão da Igreja: evangelizar o mundo
Terça — At 1.8
Revestidos para evangelizar o mundo
Quarta — At 2.41
A Igreja nasce ganhando almas
Quinta — At 4.18-20
Evangelizar: um mandato soberano de Deus
Sexta — At 8.1-4
Evangelizando mesmo em meio à perseguição
Sábado — At 13.1-12
Antioquia, igreja missionária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 1.1-14.
1 — Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar,
2 — até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;
3 — aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de Deus.
4 — E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
5 — Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6 — Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 — E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 — Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
9 — E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
10 — E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,
11 — os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.
12 — Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
13 — E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
14 — Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.
HINOS SUGERIDOS
16, 147 e 149 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que proclamar Cristo é a tarefa prioritária da Igreja.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Saber que Antioquia era uma igreja missionária.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Igreja do Senhor tem uma missão social e educativa para cumprir neste mundo, porém a sua missão principal sempre será a evangelização. Infelizmente, muitas igrejas já não dão a devida importância à ordenança de Cristo para a sua Igreja (Mt 28.19,20). Muitos estão preocupados apenas em erguer grandes templos. É importante ressaltar que não há nada de errado em erguer um templo bonito e confortável para cultuarmos ao nosso Deus. O que não podemos é utilizar todos os nossos recursos e energia somente em uma construção, deixando de lado a pregação do Evangelho. Nenhuma outra atividade ou evento é mais importante e urgente do que ganhar almas para Cristo. Que cada crente venha cumprir com a sua tarefa evangelística, pois o mundo que jaz do maligno carece da Verdade que liberta — Jesus Cristo. Mas como ouvirão se não há quem pregue?
Aproveite este trimestre para despertar nos seus alunos o desejo de evangelizar e ganhar vidas para o Senhor Jesus.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
A Igreja de Cristo é a agência evangelizadora por excelência. Desde a sua fundação, no Dia de Pentecostes, até hoje, ela é conhecida, antes de tudo, por seu amor às almas perdidas. Se ela, por conseguinte, descumprir a sua tarefa básica, em breve perderá a sua condição de Corpo de Cristo, reduzindo-se a uma mera organização humana.
Nesta lição, veremos que, frente à Grande Comissão, não temos alternativa senão cumprimos plenamente o ide de Jesus. Nossos dias exigem um retorno imediato, ousado, enérgico e amoroso à missão evangelizadora da Igreja. Menos que isso é inaceitável.
PONTO CENTRAL
A missão suprema da Igreja de Cristo é a evangelização.
Após a sua ressurreição, Jesus permaneceu com os discípulos por quarenta dias, durante os quais os instruiu acerca da fundação pentecostal da Igreja e sobre a evangelização mundial.
Não há tempo a perder. Sabemos que em breve Jesus virá, e precisamos evangelizar hoje.
Sem o poder do Espírito Santo, os discípulos jamais poderiam cumprir, em sua plenitude, o mandato evangelizador da Igreja. Eles teriam de testemunhar em ambientes hostis, como Jerusalém; em lugares nada amistosos, como Samaria; e, finalmente, até os confins da Terra. Portanto, o poder do Espírito Santo era-lhes imprescindível.
A fundação da Igreja foi pentecostal e evangelizadora. Isso significa que só viremos a cumprir plenamente a Grande Comissão se buscarmos e vivermos no poder do Espírito Santo. Sem o poder do Espírito Santo, a evangelização jamais será eficiente (Lc 24.49).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A fundamentação evangelizadora da Igreja foi estabelecida pelo Senhor Jesus antes de Ele ascender aos céus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A Igreja e Missões
A evangelização do mundo é o imperativo do Novo Testamento. ‘O evangelho deve ser proclamado [anunciado] entre todas as nações’ (Mc 13.10, tradução livre). O Advogado a realizar a tarefa é o Espírito Santo, enquanto que a instituição escolhida divinamente para a proclamação é a igreja de Jesus Cristo. Essas são afirmações sérias e bíblicas.
Até mesmo uma leitura superficial do Novo Testamento irá convencer o leitor da relevância da igreja na atual administração de Deus. Cristo amavaa igreja e deu-se a si mesmo por ela. Somos assegurados de que no momento Ele está edificando sua igreja eque, por fim, irá ‘apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, mas santa é irrepreensível’. Tudo isso está de acordo com o propósito eterno que Deus tinha em Cristo Jesus nosso Senhor: ‘Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor’ (Ef 5.25-27; 3.10,11).
A igreja é a geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido por Deus. O propósito desse grande chamado é que a igreja exponha as virtudes dEle, que a tirou da escuridão para sua maravilhosa luz. A igreja é uma criação proposital em Cristo Jesus; ela é o corpo de Cristo (sua manifestação visível) e o templo do Espírito Santo. Ela foi criada no dia de Pentecostes para personificar o Espírito Santo na realização do propósito de Deus neste mundo.
Missões não é uma imposição feita à igreja, pois faz parte de sua natureza e deveria ser tão natural para ela quanto as uvas são naturais para os galhos que se dependuram no vinhedo. Missão flui da constituição, do caráter, chamado e designo da igreja” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.244).
Quando a Igreja evangeliza, cumpre integralmente a sua missão, pois integralmente promove o ser humano.
Por conseguinte, nenhum evento eclesiástico é tão importante quanto a evangelização. A Igreja deve sair às ruas, aos becos e às comunidades pobres e esquecidas, a fim de anunciar a Cristo a todos, em todo tempo e lugar.
Em seguida, os discípulos chegaram a Antioquia que, conforme veremos, seria conhecida como a igreja missionária. De ação em ação, a Igreja de Cristo veio a alcançar, em apenas uma geração, os lugares mais remotos daquela época (Cl 1.6).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A evangelização é a missão prioritária da Igreja de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“À medida que revisamos o mandato da Grande Comissão, podemos resumir a tarefa da igreja em várias afirmações que apresentam o padrão e o propósito de missões. A Grande Comissão declara enfaticamente a soberania do Senhor e assume completamente a singularidade, finalidade, suficiência, integridade, universalidade, e o aspecto inclusivo e exclusivo do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
A igreja cristã tem a solene obrigação de fazer o seguinte:
III. ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
Não sabemos quem fundou a igreja em Antioquia. Aqueles obreiros anônimos, porém, souberam como edificá-la na Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo. Dentre os seus membros, saíram os primeiros missionários transculturais do Cristianismo.
A obra missionária deve ser nossa prioridade, ou não conseguiremos dar cumprimento à Grande Comissão.
A partir daquele momento, a Igreja de Cristo, irradiando-se a partir do Oriente Médio, universaliza-se até chegar a você e a mim.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Antioquia era uma igreja que tinha uma visão missionária bíblica. De Antioquia saíram os primeiros missionários transculturais do cristianismo.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os despediram (At 13.3)
Com estas palavras começa o grande movimento missionário da igreja ‘até aos confins da terra’ (At 1.8). Os princípios missionários vistos no capítulo 13 de Atos são um modelo para todas as igrejas que enviam missionários.
(1) A atividade missionária é originada pelo Espírito Santo, através de líderes espirituais que estão profundamente dedicados ao Senhor e ao seu reino, buscando-o com oração e jejum.
(2) A igreja deve estar atenta ao ministério e atividade proféticos do Espírito Santo e sua orientação.
(3) Os missionários que são enviados, devem fazê-lo segundo a chamada e a vontade específica do Espírito Santo.
(4) Mediante a oração e o jejum, a igreja, buscando constantemente estar em harmonia com a vontade do Espírito Santo, confirma a chamada divina de determinadas pessoas à obra missionária. O propósito é que a igreja envie somente aqueles que forem da vontade do Espírito Santo.
(5) Pela imposição de mãos e o envio de missionários, a igreja indica que se compromete a sustentar e assistir os que saem à obra. A responsabilidade da igreja que envia missionários inclui demonstrar amor e cuidado para com eles de um modo digno de Deus, orar por eles e sustentá-los financeiramente. Isso inclui ofertas especiais de amor para necessidades específicas deles. O missionário é uma projeção do propósito, interesse e missão da igreja que os envia. Essa igreja fica sendo, portanto, uma cooperadora da verdade (Fp 1.5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, pp.1659,1660).
CONCLUSÃO
A missão da Igreja de Cristo é evangelizar. Retornemos, pois, ao cenáculo, a fim de que, no poder e na virtude do Espírito Santo, alcancemos os confins da Terra. Nenhum evento, enfatizamos, é mais importante e urgente do que ganhar almas para Cristo. Pense nisto. Busque ganhar para Jesus aqueles que estão morrendo sem ter esperança de ver Deus.
PARA REFLETIR
A respeito da igreja como agência evangelizadora, responda:
Por que a Igreja é a agência evangelizadora por excelência?
Porque Cristo estabeleceu a Igreja e deu a ela uma missão suprema, anunciar o Evangelho a toda criatura.
O que recomendou Cristo aos apóstolos antes de ser levado aos céus?
Leia Atos 1.8.
Como a Igreja Primitiva evangelizava?
A Igreja Primitiva não se descuidava das necessidades dos pobres e necessitados. Se, por um lado, dava-lhes o pão do céu, por outro, não lhes negava o pão que brota da terra.
Por que Antioquia é conhecida como a igreja missionária?
Porque de entre os seus membros saíram os primeiros missionários transculturais do Cristianismo.
Quando a Igreja começou a universalizar-se?
Quando a igreja de Antioquia, orientada pelo Espírito Santo, enviou os primeiros missionários. A partir daquele momento, a Igreja de Cristo, irradiando-se a partir do Oriente Médio, universaliza-se até chegar a nós.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Igreja, uma agência evangelizadora
A Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a “pedra de esquina”.
Uma comunidade escatológica e pentecostal
O Corpo de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2.31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.4
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 4: O trabalho e atributos do ganhador de almas
Data: 24 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4.5).
VERDADE PRÁTICA
A missão do evangelista é falar de Cristo a todos, em todo lugar e tempo, por todos os meios possíveis.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 4.11
Evangelista, ministério primordial
Terça — Mt 4.23
Jesus, o evangelista por excelência
Quarta — Pv 11.30
Evangelista, um obreiro sábio
Quinta — At 21.8
Filipe, o evangelista
Sexta — 2Tm 4.5
O trabalho de um evangelista
Sábado — 2Tm 4.2
Evangelizando em todo tempo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.26-40.
26 — E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto.
27 — E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração,
28 — regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías.
29 — E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.
30 — E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês?
31 — E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.
32 — E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.
33 — Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra.
34 — E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro?
35 — Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.
36 — E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?
37 — E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
38 — E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.
39 — E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.
40 — E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesareia.
HINOS SUGERIDOS
127, 147 e 355 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender o real significado da missão de evangelista.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Saber em que consiste o trabalho de um evangelista.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, já na introdução da aula procure enfatizar que todo crente tem como tarefa suprema evangelizar e ganhar pessoas para Cristo. Porém, na lição de hoje, vamos tratar a respeito do dom de evangelista. Este é um dom ministerial, outorgado à Igreja pelo Espírito Santo. Os que recebem esse dom são impulsionados, pelo Espírito Santo, a proclamar a salvação. Paulo, na epístola aos Efésios, capítulo 4, versículo 11, apresenta o dom de evangelista como sendo o segundo dom ministerial em importância. Atualmente, diante da iminente volta de Jesus, a Igreja necessita muito de evangelistas, pessoas comissionadas por Deus para anunciar o evangelho aos que estão perdidos, longe de Deus. Ore com seus alunos e peça que o Senhor levante evangelistas em sua classe.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Ganhar almas é tarefa de todo discípulo de Cristo. Nesse sentido, você eu somos evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever de anunciar a todos, em todo tempo e lugar, o evangelho que salva, liberta e redime plenamente o pecador.
Todavia, não podemos esquecer o obreiro chamado por Deus, e ordenado pela igreja, para exercer o ministério evangelístico. Nesse caso específico, o evangelista não pode ser um ganhador de almas eventual, mas alguém que proclama o Evangelho de forma concentrada, metódica e com objetivos bem definidos.
Vejamos, pois, quem é o evangelista, esse obreiro tão essencial à expansão do Reino de Deus.
PONTO CENTRAL
Evangelista é um dom ministerial.
Se a nossa principal missão é ganhar almas, é inadmissível uma igreja desprovida de evangelistas. Sem esse ministério, a igreja definha e perde a sua mais preciosa razão de ser.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O evangelista é chamado e vocacionado pelo Senhor para ganhar almas.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Evangelistas
No Novo Testamento, evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, as boas-novas de salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).
Filipe, o ‘evangelista’ (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do Novo Testamento. Filipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35). Muitos foram salvos e batizados em água. Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações. Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo.
O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á uma igreja estática e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1815).
Do obreiro chamado ao ministério evangelístico, requerem-se os seguintes atributos: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.
O evangelista nada é, e nada fará sem o amor às almas perdidas. Pense nisto. E, de imediato, entregue-se em favor dos que caminham para o inferno. Esta é a sua missão.
Lembre-se: o anúncio do Evangelho de Cristo exige do evangelista um perfeito manejo da Palavra da Verdade (2Tm 2.15). Além disso, esteja preparado, com mansidão e temor, para apresentar a razão da esperança que há em nós (1Pe 3.15).
Quem evangeliza não se contenta com uma vida espiritual medíocre, mas busca o poder do alto para proclamar, a todos e em todo tempo e lugar, que Jesus é a única solução.
Filipe evangelizava tanto pessoal quanto coletivamente; era um obreiro completo.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O evangelista possui alguns atributos que lhe são concedidos por Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Para auxiliar na compreensão do tópico, reproduza o quadro abaixo. Inicie fazendo a seguinte indagação: “Quais são os atributos de um evangelista?”. Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando as qualidades, vá relacionando no quadro.
III. O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
O trabalho básico de um evangelista consiste na proclamação do Evangelho, na apologia da fé cristã e na integração plena do novo convertido.
Quem foi chamado ao ministério evangelístico deve permanecer fiel à sua vocação (1Co 7.20).
Não se furte ao seu dever de apresentar a apologia da fé cristã. Estude, prepare-se e confie na presença do Espírito Santo.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O evangelista tem como função proclamar o evangelho.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Evangelista
Aquele que é chamado para pregar o Evangelho em muitos lugares. Palavra derivada do verbo euangelizo. Evangelizar significa trazer boas-novas a alguém, especificamente anunciar informações a respeito da salvação cristã (1Co 15.1-4). A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja. Filipe foi chamado de ‘o evangelista’ (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso. Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém. Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde tinha sua casa (At 8.40).
Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de um evangelista como um acompanhamento de sua supervisão pastoral. Está claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que Deus chamava especialmente para essa tarefa.
Nos anos posteriores, os escritores dos quatro Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de forma persuasiva, os fundamentos do Evangelho de Cristo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.725,726).
CONCLUSÃO
Filipe destacou-se como o maior evangelista da Igreja Primitiva. Evangelizando a Judeia, chegou a Samaria. Portanto, que todos nós façamos com excelência o trabalho de um evangelista. A responsabilidade é de todos. Então, proclamemos Cristo a tempo e fora de tempo.
PARA REFLETIR
A respeito da missão do evangelista, responda:
Defina o evangelista.
A palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação.
Segundo a lição, qual o maior evangelista da Igreja Primitiva?
Filipe.
Em Atos 8, quais os lugares evangelizados por Filipe?
Em Atos capítulo 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia.
Quais os atributos de um evangelista?
Amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.
Quais as funções de um evangelista?
Proclamação do Evangelho, apologia da fé cristã e integração do novo convertido.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Evangelista, o agente das Boas Novas
Amar sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!
Antigo e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista
No Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entedes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.
Sagradas Escrituras: o fundamento de quem evangeliza
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista carismático que honrem a Deus e ame o próximo.
O Evangelista consciente do seu ministério
Não nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do que para ministrar entre não-crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os seculares, com os não-crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário. Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.5
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 5: A Evangelização Urbana e suas estratégias
Data: 31 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles” (Mt 11.1).
VERDADE PRÁTICA
A evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja e o estágio inicial para se alcançar os confins da terra.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 21.10
O Evangelho alvoroça a cidade
Terça — Mc 6.33
O Evangelho atrai as cidades
Quarta — Mt 23.34
Cidade, onde o Evangelho é perseguido
Quinta — Lc 5.12
O Evangelho curador na cidade
Sexta — Atos 8.5-8
O Evangelho traz alegria à cidade
Sábado — At 5.16
O Evangelho de poder na cidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.1-12.
1 — Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 — e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 — E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 — E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 — E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 — E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 — E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 — Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 — Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,
10 — e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),
11 — e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 — E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
HINOS SUGERIDOS
93, 224 e 601 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender que a evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Saber como fazer evangelismo urbano.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Evangelizar os centros urbanos é um dos maiores desafios da Igreja no século 21, pois, segundo dados da ONU, 54% da população mundial vive nas grandes cidades. Com o crescimento da população urbana vêm também os problemas e desafios. É preciso atender às necessidades da população, mas nem sempre essas necessidades são atendidas, gerando falta de habitação, transporte, energia, desemprego, etc. Muitos não têm direito aos serviços básicos como educação e saúde garantidas. Como Igreja, não podemos fechar os olhos para a realidade enfrentada nos centros urbanos. O que fazer para alcançar essas pessoas? Temos que ir até elas. Precisamos orar e pedir a Deus estratégias para sairmos das quatro paredes dos templos e sermos “sal” fora do saleiro.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos algumas estratégias a serem usadas na evangelização de uma cidade. Trataremos também dos desafios enfrentados pelo evangelista nessas áreas e, finalmente, mostraremos como efetivar a conquista de uma área urbana. Esta, se bem conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de Deus.
Por esta razão, é urgente coordenar todas as nossas ações na abordagem de uma cidade, para que sejam implementados os pontos básicos do evangelismo autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de igrejas e missões.
PONTO CENTRAL
Alcançar os grandes centros urbanos com o evangelho é um dos maiores desafios da Igreja.
Na evangelização urbana, levemos em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros pentecostais.
Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas, praças, terminais de ônibus, trens e metrôs para o evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo.
A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para apresentar o Evangelho aos representantes de outras nações.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Na Palavra de Deus encontramos algumas estratégias urbanas de evangelismo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Jonas tinha sido enviado para pregar em Nínive, cidade assíria no início do século VIII a.C., descreveu-a como ‘uma grande cidade, de três dias de caminho’ (Jn 3.3). Através desta declaração, é provável que o profeta desejasse dizer que seriam necessários três dias para alcançar todas as partes da cidade, em sua missão e pregação. Podemos julgar o tamanho de sua população através da declaração expressa em Jonas 4.11. Alguns entendem que o Senhor Deus, ao se referir à população inocente de Nínive, estaria mencionando todas as crianças demasiadamente pequenas para saberem a diferença que existe entre a mão direita e a esquerda, e que totalizavam 120.000 crianças; isto sugeriria uma população total de aproximadamente 600.000 pessoas. Talvez Jonas estivesse pensando na ‘grande Nínive’, uma vez que todas as principais cidades frequentemente consistiam de uma fortaleza murada com muitas outras vilas vizinhas estendendo-se por muitos quilômetros, e que, na linguagem hebraica, era chamada de cidade e suas aldeias (Js 15.45,47).
Outros, entretanto, consideram essa expressão de Jonas 4.11 como metafórica, e designando toda a população a quem Deus entendia como tendo um conhecimento imperfeito do bem e do mal. Uma população total de 120.000 pessoas está bem de acordo com o número registrado de 69.574 pessoas acomodadas em Calá, uma cidade com uma dimensão que correspondia a menos da metade de Nínive em 879 a.C.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.1362,1363).
Na evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.
Diante das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30).
A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt 10.8).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A incredulidade, a perseguição, os enfermos e endemoninhados são alguns dos principais desafios da evangelização urbana.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abaixo para os alunos. Utilize-o para mostrar os números da urbanização. Aproveite a oportunidade para conscientizar os alunos de que o número de pessoas que vivem nas áreas urbanas vem crescendo consideravelmente. O grande desafio da Igreja é alcançar as pessoas das áreas urbanas com o Evangelho. Enfatize também os problemas decorrentes do grande número de pessoas vivendo nas cidades.
III. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO
A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.
É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes.
Não descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Para fazer um evangelismo urbano eficiente precisamos investir no treinamento da equipe, estabelecer postos-chave e acompanhar de perto o trabalho.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, utilize o quadro para mostrar alguns passos que precisamos dar para evangelizar as cidades. Peça que os alunos também sugiram ações, completando assim o quadro. Enfatize também os vários tipos de evangelismo que podem ser realizados:
CONCLUSÃO
A evangelização urbana é o grande desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado, lidamos com as massas, por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos venham a ter um encontro pessoal com Deus.
Seguindo o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os confins da Terra. As cidades são estratégicas na proclamação mundial do Evangelho.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização urbana, responda:
Qual a estratégia de Jonas?
O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive, por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3.4).
Fale sobre a estratégia do Pentecostes.
E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram a mensagem da cruz em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.
Qual a estratégia adotada por Daniel Berg e Gunnar Vingren?
Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil.
Quais os desafios da evangelização urbana?
Incredulidade, perseguição, enfermos, endemoninhados.
Que providências podem tornar bem-sucedida a evangelização urbana?
Treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Evangelização Urbana e suas estratégias
No século 21, há um desafio imenso para a Igreja de Cristo: evangelizar a sociedade urbana. Por isso, é importante, a partir da lição estudada, nós refletirmos sobre as razões de uma evangelização de grande porte numa sociedade urbana e o meio de evangelização.
A mensagem de Jesus deve ser apresentada a todos
Um dos requisitos necessários à evangelização é a capacidade de quem evangeliza compartilhar, publicar, espalhar e anunciar uma notícia boa e nova para todo o ser humano, declarando que ela é relevante e verdadeira. A boa nova é a mensagem de nosso Senhor. Ela foi anunciada ontem pelos santos apóstolos, é anunciada hoje pela igreja visível do Senhor e, até a vinda de Jesus Cristo, será anunciada sempre.
O conteúdo da mensagem
O que pregar na evangelização? Ora, o conteúdo da mensagem de quem evangeliza passa inevitavelmente pelo tema da salvação, que é o anúncio de que Deus está consertando alguma situação destruída ou completamente equivocada. Imediatamente esse processo pode ser descrito pela Perdição, ou seja, o ser humano não sabia que algo de errado havia acontecido com ele, mas que por intermédio da encarnação de Jesus Cristo, da crucificação de nosso Senhor e a da ressurreição do nosso Rei, o ser humano teve o caminho livre para adentrar, pelo nome de Jesus, ao “Trono da Graça de Deus”.
Portanto, salvação e perdição, vida e morte, resgate e pecado são temas recorrentes da verdadeira mensagem do Evangelho passando inevitavelmente pelo acontecimento temporal e atemporal da encarnação, crucificação e ressurreição de nosso Senhor.
Os meios de Evangelização
Esta é uma questão importantíssima, pois a despeito da urgência e da necessidade de comunicarmos o Evangelho para uma sociedade urbana, os fins não podem justificar os meios da evangelização. Há algumas práticas inaceitáveis: usar assistência social como “isca”; pressões psicológicas numa “evangelização” centrada nos benefícios da fé; promessas falsas e utópicas para o fim do sofrimento. Estes são exemplos do que não se pode ser feito em nome da “urgência evangelística”. Por isso, os meios de evangelização devem ser usados da maneira mais natural possível. Os instrumentos mais atuais e disponíveis são a mídia eletrônica, impressa, artísticas e o mais poderoso de todos: o relacionamento pessoal.
Que Deus use sua Igreja para discernir o melhor meio de comunicar o Evangelho!
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.6
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 6: A evangelização dos grupos desafiadores
Data: 7 de Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“[...] e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37).
VERDADE PRÁTICA
Falar de Cristo às prostitutas, criminosos e viciados também faz parte da missão evangelizadora da Igreja.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 7.37
Jesus transforma as prostitutas
Terça — 1Co 6.10,11
Jesus transforma os homossexuais que desjam ser transformados
Quarta — Lc 23.42,43
Jesus transforma os criminosos
Quinta — 2Co 5.17
A nova criatura em Cristo
Sexta — Jo 3.3
A importância do novo nascimento
Sábado — Is 1.18
Em Cristo, todos os pecados são apagados
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 7.36-50.
36 — E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.
37 — E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento.
38 — E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento.
39 — Quando isso viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
40 — E, respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.
41 — Um certo credor tinha dois devedores; um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro, cinquenta.
42 — E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois: qual deles o amará mais?
43 — E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
44 — E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e mos enxugou com os seus cabelos.
45 — Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
46 — Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
47 — Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
48 — E disse a ela: Os teus pecados te são perdoados.
49 — E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
50 — E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
HINOS SUGERIDOS
220, 394 e 409 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que falar de Cristo aos grupos desafiadores também faz parte da missão evangelizadora da igreja.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
III. Saber que devemos pregar o evangelho aos homossexuais.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Evangelho de Jesus Cristo é inclusivo. O Salvador veio para todos. Jesus pregou para as mulheres em uma cultura onde elas não eram valorizadas. Ele evangelizou senhoras de bem, mas também evangelizou algumas, como a samaritana, cuja reputação não era boa. Ele acolheu os cegos, os aleijados, os publicanos e os pobres. Sua atitude de amor foi duramente criticada pelos líderes religiosos de sua época. Ele foi chamado de amigo de pecadores: “Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores [...]” (Mt 11.19). Jesus não aprovou o pecado, mas sempre se mostrou acessível ao pecador e as suas necessidades. O Salvador não excluiu ninguém. Seu convite generoso ainda está aberto para todos que se sentem rejeitados, cansados e oprimidos (Mt 11.28). Sigamos o exemplo do Mestre alcançando os grupos desafiadores do nosso tempo.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
A igreja do século 21 tem um grande trabalho pela frente: evangelizar os grupos desafiadores, dentre os quais destacamos as prostitutas, os homossexuais, os criminosos e os viciados. Tais pessoas não podem ser ignoradas em nossas ações evangelísticas.
Diante desse desafio, que exige uma ação concentrada de toda a igreja, saiamos a ganhar, para Cristo, os que se acham nos becos, sarjetas, prostíbulos, presídios e cracolândias. Jesus nunca deixou um marginalizado sem consolo e alívio. Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
PONTO CENTRAL
Como Igreja do Senhor, precisamos alcançar com o evangelho os grupos desafiadores.
A narrativa da pecadora que, além de ungir Jesus, lavou-lhe os pés com as lágrimas, enxugando-os com os próprios cabelos, mostra a ação inclusiva do Evangelho de Cristo.
Será que não estamos agindo de igual maneira frente aos que necessitam ouvir o Evangelho amoroso e inclusivo de Cristo? Não devemos excluir os que Deus quer incluir.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Jesus, o Filho de Deus, não excluiu ninguém. Ele anunciou o Evangelho da inclusão.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Embora Jesus seja amigo dos desterrados e pecadores, seu ministério às pessoas menosprezadas não exclui interesse nos membros respeitáveis da sociedade. Eles também precisam do Evangelho. Jesus quer compartilhá-lo com pessoas de todas as convicções.
O relato do jantar de Jesus na casa de Simão, o Fariseu, ilustra seu ensino sobre o pecado e a salvação. Uma mulher entra na casa de Simeão sem ser convidada. Lucas a chama de bamartolos, melhor entendido aqui por ‘prostituta’. Ela sabe que Jesus está lá; a refeição de que Ele está participando não é particular. Como era comum naqueles dias, outros tinham acesso a uma refeição em honra de um mestre distinto, ainda que esta mulher nunca fosse bem-vinda na casa de um fariseu.
Obviamente esta mulher tem pouca ou nenhuma preocupação com a opinião pública. Ela esqueceu que uma mulher decente não solta os cabelos em público. Parece justo dizer que ela já conhece Jesus como seu Salvador. Ela pode ter estado entre as pessoas que ouviram os ensinos de Jesus e foram convencidas dos seus caminhos maus. Ela se arrependeu, e Ele mudou a vida dela e a pôs no caminho do autorrespeito. Como pecadora perdoada ela conhece o real significado da tristeza pelo pecado” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2009, p.361).
CONHEÇA MAIS
Lucas 7.39
“Nesse texto a mulher é identificada como uma ‘pecadora’ [hamartolos], significando que era uma prostituta, ou a esposa de um homem cujo trabalho era considerado desonrado. Como o versículo 47 relata que Jesus falou dos ‘seus’ muitos pecados, devemos aparentemente preferir a primeira possibilidade.
Ao se abaixar e se inclinar sobre os pés de Jesus, a mulher de repente se tornou o foco da atenção de todos. A maneira de cada um interpretar seu ato, e as conclusões a que chegaram, nos ensina mais sobre cada pessoa do que sobre esta mulher”. Para conhecer mais, leia Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD, p.159.
Na evangelização das prostitutas, há duas perguntas a responder. Por que e como evangelizá-las?
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
As prostituas também precisam ser alcançadas pelo Evangelho de Jesus Cristo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Nos tempos bíblicos, o meretrício era praticado com finalidades mercenárias e religiosas. Esse fato deve ser observado no uso das várias palavras hebraicas que se referem a uma meretriz. A palavra hebraica zona normalmente se refere a uma mulher que se ocupa dessa prática com finalidades monetárias. A prostituta religiosa era normalmente chamada de g desha, palavra que designava uma mulher pertencente a uma classe especial de indivíduos religiosamente consagrados. Tanto na época do Antigo Testamento como do Novo Testamento, era muito comum que os sistemas religiosos pagãos empregassem regularmente prostitutas em seus rituais religiosos nos santuários de seus ídolos, e as religiões não faziam exceção a esse costume. Era um sistema que endeusava os órgãos e as forças reprodutoras na suposição de que a reprodução e a fertilidade da natureza eram controladas pelas relações sexuais entre deuses e deusas. Nesses santuários, os adoradores dessas seitas participavam de relações sexuais com prostitutas religiosas (do sexo masculino e feminino) do santuário acreditando que elas iriam induzir os deuses e as deusas a fazer o mesmo trazendo, dessa forma, fertilidade e produtividade, aos campos e aos rebanhos.
A Bíblia defende consistentemente a pureza moral e mantém uma posição firme contra a prostituição de qualquer tipo. Várias proibições podem ser encontradas na lei mosaica (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.2)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1254).
III. O EVANGELHO AOS HOMOSSEXUAIS
Ao contrário do que alguns supõem, Cristo também liberta e salva os homossexuais. Este grupo precisa ser incluído em nossas ações evangelísticas.
Já convertido, o ex-homossexual será devidamente discipulado e integrado à igreja. E, bem orientado, começará uma vida nova que, em todas as coisas, glorificará o nome de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Jesus ama os homossexuais, por isso, precisamos alcançá-los com o Evangelho.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, aproveite a temática do tópico para enfatizar que o crente não deve jamais atacar os homossexuais. Não podemos julgar ou discriminar as pessoas. Nosso objetivo deve ser anunciar aos homossexuais o grande e puro amor de Deus, manifestado no sacrifício vicário de Jesus Cristo. Temos que aprender a amar o pecador e a odiar o pecado. Que jamais venhamos nos esquecer, como Igreja do Senhor, que Jesus morreu por toda a humanidade. O Salvador não morreu somente pelos heterossexuais.
Mostre que “o ato sexual com alguém do mesmo sexo é ‘abominação’ ao Senhor. Isto é, tal ato é, sobretudo, detestável e repulsivo a Deus (Lv 18.22).
Em Romanos 1.27, o apóstolo Paulo, certamente, considerou a abominação homossexual do homem e da mulher como a evidência máxima da degeneração humana, resultante da imoralidade e do abandono da pessoa por Deus. Qualquer nação que justifica o homossexualismo ou o lesbianismo, como modo aceitável de vida, está nas etapas finais da corrupção moral” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.213,1697).
Nossas prisões acham-se abarrotadas de homens e mulheres que precisam ouvir a verdade libertadora do Evangelho (Jo 8.32).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Precisamos alcançar os crimosos com o Evangelho.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Servir ao Senhor não é apenas um dever cristão, é também um privilégio. Deus podia usar outros meios para levar a mensagem de salvação ao pecador. Ele assim faz quando lhe apraz, mas isto não é regral geral; é exceção. Seu método é usar homens para falar a homens. O trabalho de ganhar almas para Deus é um privilégio que Ele nos concede para obtermos galardão no dia de Cristo (Fp 2.16).
Há, neste sentido, uma solene declaração da Bíblia em Provérbios 11.30. A salvação é dádiva de Deus, mas galardão é recompensa que o crente obtém sua atividade na obra do Senhor” (GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.23).
Dizem que o número de viciados em crack, no Brasil, pode chegar à casa do milhão. Se isso for verdade, estamos diante de uma tragédia social.
SÍNTESE DO TÓPICO (V)
Como Igreja do Senhor, não pode deixar de pregar o Evangelho aos viciados.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Há sempre uma porta aberta para se falar da salvação. No caso da samaritana, o assunto do momento era água e sede, e logo Jesus falou da água da vida que sacia a sede da alma. Vemos um caso idêntico em Atos, capítulo 8. Aí o assunto era leitura e logo o servo de Deus iniciou a conversa com uma pergunta também sobre leitura. Em João, capítulo 2, quando Jesus conversava com Nicodemos, talvez soprasse uma brisa, e logo Ele usou o vento como figura” (GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.33).
CONCLUSÃO
Há outros grupos desafiadores que não foram mencionados, mas que estão a requerer igual assistência. Busque conhecer as reais carências de sua cidade. O momento atual exige uma ação prioritária e urgente da Igreja de Cristo. Nenhum segmento social pode ficar de fora de nossa ação evangelística.
PARA REFLETIR
A respeito dos grupos desafiadores, responda:
Por que o Evangelho de Cristo é inclusivo?
Porque Jesus ama a todos. Seu sacrifício na cruz foi para todos.
Quais são os principais grupos desafiadores?
As prostitutas, homossexuais, viciados.
O que mostra a igreja coríntia?
Mostra que entre os crentes de Corinto, talvez, houvesse também ex-homossexuais que, ao se arrependerem de seus pecados, deixaram as velhas práticas. E, agora, achavam-se entre os santos daquela igreja (1Co 6.10,11).
O que ensina a igreja coríntia?
Que os homossexuais podem ser evangelizados e salvos por Jesus Cristo.
Como se pregar aos grupos desafiadores?
Esses grupos devem ser abordados direta, mas respeitosa e amorosamente. Devemos vê-los como pessoas carentes da graça de Deus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelização dos grupos desafiadores
A evangelização dos grupos desafiadores
No mundo inteiro, uma agenda progressista e revolucionária nos costumes invade a cultura ocidental, de modo a causar graves confrontos de ideias, até mesmo físicos. Todo estudioso sério sobre a cultura mundial sabe que a partir de Antonio Gramsci, sobretudo, da queda do Muro de Berlim, em 1989, há uma proposta hegemônica em curso para fazer uma revolução, não mais por intermédio das armas ou da violência física, mas pela via cultural. Uma revolução que ganhe a consciência, o sentimento e a alma do indivíduo ao ponto de ele começar a pensar sem discernir a origem daquele pensamento, onde sua individualidade e consciência fossem dissolvidas no “mar das lutas coletivas”. Por isso assistimos a intensificação da agenda ideológica da defesa do aborto, da ideologia de gênero, do homossexualismo como doutrinação, da legalização e naturalização da prostituição, do controle do Estado sobre o indivíduo, do enfraquecimento do conceito de propriedade privada, etc. Tudo isso faz parte de uma grande agenda contra a herança civilizatória ocidental. Esta é resulta da simbiose entre a filosofia grega, o direito romano e o cristianismo bíblico. Por isso se pode dizer que o tripé do Ocidente está constituído em três grandes cidades: Atenas, Roma e Jerusalém. A proposta dessa agenda é implodir esse tripé.
O que isso tem a ver com a evangelização da Igreja?
Para quem não tem a esperança em Cristo, o quadro é de caos no mundo. Por isso, uma vez portadora dessa consciência histórica, a Igreja deve exercer um papel profético, se dirigindo aos meandros de uma sociedade sem Deus, mas não se envolvendo em guerras abertas sobre temas periféricos em que em nada contribui para a ação evangelizadora.
A Igreja, sob o ponto de vista moral, deve se declarar a favor da vida, do modelo de família estabelecido por Deus, da dignidade da pessoa humana, se posicionando claramente contra a ideia da prostituição, etc. Mas por outro lado, ela deve ter o cuidado de não transformar isso numa guerra contra pessoas por intermédio da política partidária, pois a natureza primária da evangelização é alcançar todos os povos e, principalmente, as pessoas mais excluídas da sociedade (Lc 4.18-19). Devemos reconhecer que há prejuízo para a prática da evangelização quando os confrontos são radicalizados. Neste sentido, devemos amar os grupos desafiadores por intermédio do amor do Pai derramado em nossos corações.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.7
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 7: O Evangelho no mundo acadêmico e político
Data: 14 de Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Co 2.4,5).
VERDADE PRÁTICA
Somente o Evangelho de Cristo, no poder do Espírito Santo, para destruir as fortalezas e a resistência do universo acadêmico e do mundo político.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Dn 1.1-8
Os hebreus na universidade de Babilônia
Terça — Dn 1.19,20
A excelência acadêmica de Daniel
Quarta — 1Co 1.18
A supremacia da Mensagem da Cruz
Quinta — 1Tm 2.7
Paulo, doutor dos gentios
Sexta — Cl 4.14
Lucas, um evangelista acadêmico
Sábado — Mt 23.34
Sábios a serviço do Evangelho de Jesus Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 2.24-28.
24 — Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios da Babilônia; entrou e disse-lhe assim: Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na presença do rei, e darei ao rei a interpretação.
25 — Então, Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei e disse-lhe assim: Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá, o qual fará saber ao rei a interpretação.
26 — Respondeu o rei e disse a Daniel (cujo nome era Beltessazar): Podes tu fazer-me saber o sonho que vi e a sua interpretação?
27 — Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei.
28 — Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas:
HINOS SUGERIDOS
63, 149 e 600 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que precisamos alcançar com as Boas-Novas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Explicar a intervenção de Deus na política babilônica.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Como Igreja do Senhor Jesus, precisamos alcançar a todos com as Boas-Novas. O mundo acadêmico e político também precisam de ações evangelísticas por parte da Igreja. A Escola Dominical deve preparar os crentes para serem testemunhas do Deus Todo-Poderoso nas universidades e na esfera política. Infelizmente, ao chegar às universidades, muitos acabam sendo envolvidos por filosofias malignas, apostatando da fé cristã. Precisamos seguir o exemplo de Daniel e seus amigos. Eles tiveram uma vida pública, política e acadêmica de sucesso, exaltando e glorificando o nome do Senhor. Estes não se deixaram contaminar pela cultura babilônica, mas foram “sal” e “luz” em meio a uma sociedade corrompida pelo pecado.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
A evangelização nas universidades também deve ser uma prioridade máxima da igreja, pois do universo acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores de opinião e boa parte dos governantes e legisladores. Cabe-nos, pois, preparar adequadamente nossos irmãos em Cristo, a fim de que, no campus, atuem como reais testemunhas de Jesus Cristo. Somente desta maneira viremos a ter um país mais justo e comprometido com a Ética Cristã.
Nesta lição, veremos o exemplo de Daniel e seus três companheiros. Exilados em Babilônia, destacaram-se como acadêmicos, servidores públicos e políticos. Eles mostraram, em atos e palavras, a supremacia do Deus de Israel.
A vida desses hebreus serve de exemplo aos acadêmicos e políticos cristãos, que lutam por levar o Evangelho às mais altas esferas do conhecimento e do poder.
PONTO CENTRAL
A Igreja do Senhor precisa fazer a diferença no mundo acadêmico e político.
Em Babilônia, Daniel e seus três companheiros foram reeducados na língua e na cultura dos caldeus (Dn 1.4). Eles, porém, jamais renunciaram o seu temor a Deus, que é o princípio de toda a sabedoria (Pv 1.7).
Os crentes devem ser orientados para que testemunhem de Cristo também no campus universitário. Em primeiro lugar, o universitário crente evangeliza através de um testemunho santo e irrepreensível que, por si mesmo, é uma mensagem. E, também, por meio de uma abordagem sábia e oportuna, que mostre a razão de nossa esperança (1Pe 3.15). Nenhum universitário cristão deve sacrificar o Evangelho no altar da pós-modernidade. Antes, que seja oportuno na proclamação de Cristo.
A mediocridade acadêmica depõe contra o Evangelho. O crente que ama a Cristo adora-o também com as suas notas, graduações, mestrados e doutorados.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Daniel e seus amigos foram educados na universidade babilônica, mas não se corromperam.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Arqueólogos revelam que os quatro jovens devem ter estudado por exemplo: língua caldeia, textos cuneiformes em caldeu e acádio, uma vasta gama de resumos sobre religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e escreverem em aramaico. Aproveite para mostrar aos alunos que quando o nosso compromisso com Deus é forte, isso não significa necessariamente que seremos corrompidos por uma educação pagã, numa sociedade pagã” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.513).
CONHEÇA MAIS
Império Babilônico
“Depois da destruição de Nínive, sete anos antes, o Império Babilônico começou a crescer tão rapidamente que não dispunha de número suficiente de babilônios cultos para a cúpula governamental. Por isso, Nabucodonosor levou para Babilônia jovens saudáveis de boa aparência e de alto nível cultural a fim de ensinar-lhes a cultura dos caldeus e, assim, torná-los úteis ao serviço real. Entre eles estavam Daniel e seus três amigos”. Para conhecer mais, leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1244.
Daniel e seus três companheiros estavam a serviço de um governante que desconhecia por completo a soberania divina. Entretanto, souberam como, num momento crítico, realçar a soberania do Único e Verdadeiro Deus.
Crises semelhantes desafiam os acadêmicos cristãos nas diversas áreas do conhecimento. Por essa razão, precisam estar alicerçados na Palavra de Deus, a fim de mostrar o Evangelho de Cristo como a única solução a todos os problemas humanos.
Somente o Evangelho de Cristo pode responder às questões que tanto angustiam a humanidade. Aproveite, pois, a crise atual, para proclamar a todos, inclusive aos sábios e poderosos, que somente Cristo pode resgatar a sociedade atual de uma ruína certa e anunciada.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Daniel e seus amigos souberam realçar a soberania do Deus único e verdadeiro na academia babilônica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Daniel resolveu desde o início não se contaminar. Não abriria mão de suas convicções, mesmo se tivesse de pagar com a vida por isso. Note-se que Daniel não tinha agora a presença dos seus pais para orientá-lo nas suas decisões; mas seu amor a Deus e à sua lei achava-se de tal modo arraigados nele desde a infância, que ele somente desejava servir ao Senhor de todo coração.
Aqueles que resolvem permanecer fiéis a Deus, enfrentando a tentação, receberão forças para permanecerem firmes por amor ao Senhor. Por outro lado, aqueles que antes não tomam a decisão de permanecer fiéis a Deus e à sua Palavra, terão dificuldade para resistir ao pecado ou evitar conformar-se com os caminhos do mundo" (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1244).
III. A INTERVENÇÃO DE DEUS NA POLÍTICA BABILÔNICA
Daniel já era bastante idoso quando foi convocado a gerir a pior crise do Império Babilônico. Naquele instante, ele não poderia ser politicamente correto. Por isso, proclamou corajosamente a sentença divina sobre o reino de Belsazar.
Que os homens públicos cristãos não se furtem ao seu dever. Que venhamos, neste momento de crise econômica e política que debilita o Brasil, anunciar que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor. Os governantes, legisladores e juízes também precisam ouvir que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e, em breve, virá nos buscar.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Deus é soberano e Senhor. Ele interveio na política babilônica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A Religião Babilônica
“Com a ascensão da supremacia da cidade da Babilônia, Marduque, o patrono da cidade, tornou-se a principal divindade do panteão babilônico. Uma festa de ano novo chamada de festa de ‘akitu’ era realizada anualmente em sua honra, na qual uma batalha simulada entre o rei e o dragão das profundezas era encenada repetidamente para comemorar a primitiva vitória de Marduque sobre o caos.
O propósito da festa era anunciar o ano novo com um ritual para assegurar paz, a prosperidade e a felicidade por todo o ano.
Outras divindades adoradas pelos babilônicos eram Anu, deus do céu; Enlil, deus do vento e da terra. Ea, deus do submundo — juntos, eles formavam uma tríade de divindades. Outra tríade importante era Sin, o deus-sol de Ur, e Harã, os primeiros abrigos da família de Abraão; Samas, a divindade do sol; e Istar, deusa do amor e da guerra, equivalente à Astarte dos fenícios, Astarote mencionada na Bíblia, e Afrodite dos gregos. Outras divindades significativas foram Nabu, o deus da escrita e Nergal (irmão de Marduque), o deus da guerra e da fome.
Os deuses da Babilônia eram, em sua origem, personificações das várias forças da natureza. A religião babilônica era, dessa forma, uma adoração à natureza em todas as suas partes, prestando homenagem a seres super-humanos que eram ao mesmo tempo amigáveis e hostis, com frequência representados por formas humanas, animais” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.213,1697).
CONCLUSÃO
Que os líderes saibam como preparar aqueles que vão frequentar uma universidade. À semelhança de Daniel e seus companheiros, estes poderão fazer uma grande diferença no mundo acadêmico e na esfera política. O Senhor Jesus precisa de crentes em todas as camadas sociais.
PARA REFLETIR
A respeito do Evangelho no mundo acadêmico e político, responda:
Por que a evangelização acadêmica é prioridade da igreja?
Porque no universo acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores de opinião e boa parte dos governantes e legisladores.
De que modo os acadêmicos podem testemunhar de Cristo?
Por intermédio de uma vida testemunhal e uma carreira acadêmica excelente.
Como atuaram Daniel e seus companheiros em Babilônia?
Atuaram de forma excelente, exaltando e glorificando o Deus Todo-Poderoso.
Fale da intervenção de Daniel na cultura babilônica.
Daniel não se deixou enlaçar pela cultura babilônica nem pelo charme do politicamente correto.
Qual a obrigação de um político cristão ante as crises?
Orar e anunciar que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Evangelho no mundo acadêmico e político
Entrar na universidade é uma tarefa complexa e requer muita força de vontade e esforço. Na perspectiva cristã, ela se torna mais complexa ainda, pois sob o ponto de vista do pensamento, as universidades são hostis aos alunos oriundos da tradição cristã. Essa hostilidade é sentida principalmente nos cursos das áreas de humanas. Somando ao fato de que a maioria dos nossos jovens não está preparada evangelicamente para defender sua fé; muitas vezes o desespero toma conta do jovem cristão. Ora, além da pressão do processo de vestibular, mais o ataque gratuito por parte de professores universitários, os jovens cristãos sentem-se isolados e não fazem uso do seu direito constitucional de manifestar a sua fé de maneira inteligente e coerente. Essa regra vale tanto para os jovens quanto para os adultos cristãos que ingressam mais tarde numa universidade.
Uma proposta?
Para falarmos sobre evangelização em universidade, ou do mundo político, primeiramente, deve haver um estágio intenso de treinamento das mentes de nossos irmãos, como num treinamento de um candidato às missões transculturais, pois ele tem de se preparar muito para exercê-las, dominando a cultura e a língua, em primeiro lugar; e as particularidades dos países em que se deseja evangelizar. No caso do evangelismo universitário não é diferente.
O primeiro estágio passa pelo contato da historicidade da fé cristã. Nossos irmãos precisam ter o contato com a história a fim de conhecer a herança histórica e filosófica da própria fé, bem como ter contatos com obras dos primeiros pais da Igreja, o pensamento de Agostinho, Tomas de Aquino, Martinho Lutero, João Calvino, João Armínio, John Wesley, etc. Em outro momento, servir aos nossos irmãos de bons filósofos e apologistas cristãos mais contemporâneos de grande envergadura intelectual: Chesterton, C. S. Lews, Alister Mcgrath, Willian Lane Craig, Alvin Platinga e outros. Para introduzir nossos irmãos ao diálogo das principais cosmovisões de pensamento no mundo, a CPAD tem uma série de obras disponíveis para esse objetivo: “Sua Igreja está preparada?”; “Panorama do Pensamento Cristão”; “E Agora como Viveremos”; “Verdade Absoluta”.
Não há outra instituição especializada e capacitada, senão a Escola Dominical, para desenvolver com seriedade e qualidade esse urgente trabalho. Preparar nossos irmãos para este trabalho é fundamental para a evangelização universitária e a consequente sobrevivência nas comunidades acadêmicas atuais.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.8
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 8: A evangelização dos grupos religiosos
Data: 21 de Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3.5).
VERDADE PRÁTICA
Se todas as religiões fossem, de fato, boas e salvadoras, a morte expiatória de Cristo não seria necessária. Só Jesus salva.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — At 17.22
A religião é essencial ao homem
Terça — Tg 1.26
Existem religiões vãs
Quarta — Tg 1.27
Só há uma religião verdadeira
Quinta — 1Jo 2.18,19
A religião do Anticristo
Sexta — Jo 14.6
Jesus é o único caminho até Deus
Sábado — At 4.12
Somente Cristo Salva
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3.1-16.
1 — E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 — Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 — Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 — Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 — Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 — O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 — Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 — O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 — Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 — Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 — Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
12 — Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
13 — Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.
14 — E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 — para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 — Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
HINOS SUGERIDOS
65, 167 e 395 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender que se as religiões fossem salvadoras, a morte expiatória de Cristo não seria necessária.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Conhecer os grupos religiosos que representam desafios para a Igreja.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito de alguns grupos religiosos. A palavra religião vem do latim religiones. Segundo o pastor Claudionor de Andrade, esse termo é oriundo de religare, ligar outra vez. A religião liga o homem ao Criador, todavia ela não tem poder para salvá-lo. A salvação é obtida somente pela graça. Ela é um dom gratuito de Deus que o pecador recebe pela fé no sacrifício vicário de Jesus Cristo. Ninguém será salvo por pertencer a uma igreja ou grupo religioso. Nicodemos era um homem religioso, um fariseu, e ao se encontrar com Jesus, o Salvador lhe falou a respeito da necessidade de ser transformado e de nascer de novo (Jo 3.3).
Existe o mito de que toda religião é boa e leva o homem até Deus, mas o único caminho que pode nos conduzir até o Pai chama-se Jesus Cristo. Ele mesmo afirmou: “[...] Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai se não por mim” (Jo 14.6).
Professor, identifique os grupos religiosos que estão ao redor de sua igreja ou congregação e incentive seus alunos a alcançarem esses grupos com as Boas-Novas de salvação.
COMENTÁRIOI NTRODUÇÃO
Evangelizar os religiosos é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo no século XXI. Ao contrário do que supunham os racionalistas, o sentimento religioso do ser humano não foi destruído pelo avanço da ciência. Hoje, pessoas de todas as classes sociais continuam a procurar refúgio na religião. Nessa busca, milhões de almas famintas deixam-se enredar por guias inescrupulosos, demônios e falsos deuses.
Falar de Cristo aos religiosos também é nossa missão. No Brasil, deparamo-nos com estes grupos altamente desafiadores e prioritários: católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, ateus e desviados. Com base na ação evangelística de Cristo, veremos como falar da verdadeira religião aos religiosos.
PONTO CENTRAL
A Igreja do Senhor deve se empenhar para alcançar os grupos religiosos.
Genericamente, a religião é definida como um sistema doutrinário e litúrgico, que facilita o acesso do ser humano a Deus. A partir desse conceito, foram criados três mitos que barram o acesso do pecador ao céu.
Receber a Jesus como Único e Suficiente Salvador não faz da pessoa um religioso, mas sim alguém que foi transformado pela misericórdia divina.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Todas as religiões são boas, levam a Deus e nenhuma é verdadeira são alguns mitos da religião.
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
“Há uma crença comum de que todas as religiões basicamente contêm a mesma verdade, embora se apresentem de maneiras distintas. Esse é o conceito de que ‘Deus, mesmo quando chamado por outro nome, é ainda Deus’. Deus habita no topo de uma enorme montanha, e todas as religiões e sistemas de crenças do mundo são como caminhos distintos que nos levam ao topo. Como todos os caminhos, por fim, levam ao cume, assim todas as religiões também levam a Deus.
Há apenas um problema com esse pensamento: todas as religiões não podem ser verdadeiras. Como podemos ter tanta certeza? Porque todas as religiões são diferentes e, em vários pontos, mutuamente exclusivas. Em vez de dizer que todas as religiões são verdadeiras, seria mais razoável acreditar todas são falsas, ou que apenas uma delas é verdadeira, e as outras, falsas.
Neste ponto, você pode estar imaginando: ‘Mas será que todas as religiões não contêm uma verdade?’. Correto. Mas, isso não significa que toda religião é verdadeira. Como gostamos de dizer: Há verdade em tudo, mas nem tudo é verdade” (BRUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.11,12).
CONHEÇA MAIS
Religião
“A passagem clássica sobre religião no Novo Testamento é Tiago 1.26,27. Aqui os termos usados (thereskos e thereskeia) definitivamente se referem a uma expressão externa. O contraste é feito entre aquele cuja religião consiste de cerimônias formais que não possuem apoio na devoção sincera, e aquele cuja religião consiste de atos de misericórdia, porque flui de uma atitude de coração que é reta para com Deus”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1664.
Tendo como exemplo a ação evangelística de Jesus, vejamos como expor o Evangelho aos religiosos.
Em vez de contender com os religiosos, fale que Cristo é a única solução para a humanidade caída e carente da glória de Deus.
Se depreciarmos a religião alheia, não teremos tempo para falar de Cristo, pois a evangelização exige ações rápidas e efetivas.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Precisamos alcançar os grupos religiosos, não discutindo ou depreciando religião alguma, mostrando a verdadeira religião, Cristo.
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
Professor, procure enfatizar neste tópico que o “cristianismo é mais do que uma religião sobre Jesus. Para sermos mais exatos, diz respeito ao relacionamento com Jesus, a quem Deus enviou à terra para salvar a humanidade da morte espiritual. Esse é o coração e a alma do cristianismo. É por essa razão que o cristianismo fica separado de qualquer seita, religião ou sistema de crenças no mundo. Um cristão é aquele acredita e aceita as afirmações de Jesus.
Jesus afirma ser Deus em forma humana. Jesus não disse que era como Deus. Ele disse que era Deus (Jo 10.30). As pessoas ao redor de Jesus sabiam exatamente o que Ele queria dizer. Seus inimigos compreenderam essa afirmação e procuravam matá-lo por essa razão (Jo 5.18). Os seguidores de Jesus também compreenderam essa afirmação e estavam dispostos a morrer por ela. O apóstolo Paulo escreveu: ‘Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade’ (Cl 2.9)” (BRUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.33).
III. RELIGIOSOS QUE REPRESENTAM DESAFIOS
Na evangelização dos grupos acima mencionados, temos de adotar a estratégia certa, para que o nosso trabalho não redunde em fracasso. Daremos algumas informações, neste tópico, que poderão ser bastante úteis.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Os católicos romanos, os espíritas, judeus, mulçumanos e os desviados são alguns dos grupos religiosos que precisamos alcançar.
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
Professor, o islamismo representa um desafio para a Igreja do Senhor. Esta é uma das religiões que mais crescem no mundo. No Brasil temos um grupo grande de mulçumanos. Estes, fora de seus países de origem, ficam mais susceptíveis a ouvir as Boas-Novas. Utilize o quadro abaixo para mostrar aos alunos as principais crenças desse grupo.
CONCLUSÃO
Falar de Cristo aos religiosos não é tarefa simples, mas necessária e urgente. Por essa razão, prepare-se adequadamente, visando alcançar os grupos mencionados e, também, outros, dentro e fora do país. Ninguém pode ser esquecido em nossas ações missionárias e evangelísticas.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização dos grupos religiosos, responda:
Quais os principais mitos sobre a religião?
Todas as religiões são boas, todas as religiões levam a Deus e nenhuma religião é verdadeira.
Como falar de Deus aos católicos?
Em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos venerados por eles. Evite apontar a igreja evangélica como superior à católica. Antes, exponha-lhes Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).
Como falar de Cristo aos espíritas e adeptos dos cultos afros?
Na evangelização dos espíritas e dos adeptos dos cultos afros, evite toda e qualquer discussão. Mas, com amor e sabedoria, convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está ordenado morrerem uma única vez, e que o sacrifício de Jesus Cristo é suficiente para levar-nos ao Pai.
Como evangelizar os muçulmanos?
Na evangelização dos muçulmanos, não ofenda Maomé. Todavia, não deixe de proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação de todos os que creem (Rm 1.16).
Por que é urgente falar de Cristo aos desviados?
Porque Jesus os ama e Ele pode voltar a qualquer momento.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelização dos grupos religiosos
A Evangelização dos Grupos Religiosos
Um fenômeno que nos traz espanto é o crescimento exponencial da religião num mundo em que a Ciência e a Tecnologia avançam drasticamente. Ora, o sentimento religioso é um elemento intrínseco ao ser humano e, por isso, não sobreviveu nem sobreviverá a concepção de um homem ideal arreligioso. A natureza religiosa do ser humano é inerente à constituição da própria natureza. Ainda que o seu objeto de contemplação seja de natureza meramente material, mas o sentimento, a necessidade e a consciência da existência de algo maior que o ser humano está no âmago do pensamento do homem moderno.
Neste contexto, a Igreja de Cristo se coloca à disposição da sociedade para levar esperança e respostas às pessoas que peregrinam esta existência por descobrir o sentido da vida. Até ocorrer o encontro com Cristo, é comum ouvirmos de irmão o caminho que trilhou por outras religiões até encontrar a pessoa de Jesus e desfrutar do seu amor e da sua paz. Embora não seja muito comum falarmos, mas a verdade que muitas religiões escravizam e esmagam a consciência e a liberdade da pessoa humana neste aspecto, o cristianismo não está a salvo, pois a história mostra que houve tempos sombrios, onde se perseguiu e matou em nome de Deus.
Portanto, precisamos de alguns cuidados:
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.9
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 9: A evangelização das crianças
Data: 28 de Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“Assim também não é vontade de vosso Pai, que estás nos céus, que um destes pequeninos se perca” (Mt 18.14).
VERDADE PRÁTICA
A evangelização das crianças é urgente, porque delas dependem o presente e o futuro do Reino de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mc 16.15
O “Ide” de Jesus alcança as crianças
Terça — Mc 10.14
Jesus chama a si os pequeninos
Quarta — Mt 18.14; 1Tm 2.4
Deus almeja a salvação das crianças
Quinta — Mt 18.2,3
A criança é apta a receber Jesus
Sexta — Dt 6.7
Os pais devem ensinar seus filhos a respeito de Deus
Sábado — Sl 78.4-8
O conhecimento de Deus e as crianças
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 18.2-6; Marcos 10.13-16.
Mateus 18
2 — E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles
3 — e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.
4 — Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus.
5 — E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe.
6 — Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.
Marcos 10
13 — E traziam-lhe crianças para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhas traziam.
14 — Jesus, porém, vendo isso, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus.
15 — Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
16 — E, tomando-as nos seus braços e impondo-lhes as mãos, as abençoou.
HINOS SUGERIDOS
46, 115 e 449 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Perceber que a evangelização das crianças é necessária e urgente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Mostrar como evangelizar as crianças.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, a grande comissão dada por Jesus também inclui as crianças (Mc 16.15). Erroneamente, muitos quando leem essa ordenança pensam somente nos adultos. Mas, o Ide de Jesus também é para os pequeninos.
As crianças precisam ser evangelizadas e discipuladas para que tenham um encontro pessoal com Jesus Cristo. Quando uma criança é ganha para Jesus, tem-se uma vida toda que pode ser dedicada ao Reino de Deus. Na Palavra de Deus temos o exemplo de Timóteo, que aprendeu as Sagradas Escrituras ainda na infância e quando jovem tornou-se um pastor, um obreiro fiel.
Jesus amou as crianças e dedicou em seu ministério um tempo para estar com elas, abençoando-as. Infelizmente, muitos líderes ainda não investem no ministério infantil como deveriam. As crianças precisam ser amadas, respeitadas e apascentadas. Incentive seus alunos a orar e evangelizar também as crianças.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Ao ordenar a pregação do Evangelho a toda criatura, Jesus referia-se também às crianças. Ele jamais as deixaria de fora, pois a vontade do Pai é que nenhuma delas se perca, mas que todas se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2.4). Vamos, em nossa ação evangelística, empregar todos os nossos recursos para conduzir as criancinhas a Cristo.
Quanto mais cedo elas forem evangelizadas, maior será a sua chance de escapar aos perigos físicos, morais e espirituais que as rodeiam. A evangelização dos pequeninos é mais do que prioritária; é urgentíssima.
PONTO CENTRAL
A evangelização das crianças é urgente, pois Deus almeja a salvação delas.
Enquanto a criança não entrar pela porta da salvação, a sua condição diante de Deus em nada difere da posição de um pecador adulto.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
As crianças também são pecadoras e podem perder-se. Precisamos levar a elas as Boas-Novas.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“A base bíblica para a evangelização de crianças não se resume no fato de que eles estão prontos para a salvação, nem somente no fato de carecerem da mensagem do evangelho tanto quanto os adultos. A própria Palavra de Deus nos manda fazer esse trabalho, e há mandamentos específicos sobre as crianças.
A Bíblia apresenta algumas razões pelas quais devemos evangelizar as crianças:
É bom saber que a salvação é para todos, sem excluir ninguém. Sem nenhuma restrição quanto a cor, raça, língua, religião e idade. A forma de receber a salvação também é única — a fé em Cristo (Jo 1.12). A verdadeira evangelização é global e, por fim, a evangelização das crianças é o cumprimento da vontade de Deus.
A infância é o período em que o coração e a mente estão mais predispostos à influência do evangelho. Uma criança ganha para Cristo representa uma alma salva e uma vida que poderá ser empregada no serviço do Mestre” (FIGUEIREDO, Helena. A Importância do Evangelismo Infanto-Juvenil. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.22,23).
CONHEÇA MAIS
“Ai daquele homem
Jesus adverte que aqueles que servem de instrumento para pôr coisas pecaminosas diante dos outros e, especialmente, diante de crianças, receberão a extrema condenação (Mt 18.5-7). Pôr ‘escândalos’ — tais como diversões mundanas, ensinamentos humanistas, filmes imorais, literatura pornográfica, drogas, bebidas alcoólicas, maus exemplos, falsas doutrinas e companheiros iníquos — no caminho dos outros, é ajuntar-se a Satanás, o grande tentador”. Para conhecer mais, leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1425.
A Bíblia comprova que a criança pode arrepender-se de seus pecados, crer em Jesus, recebê-lo pela fé e ser salva.
Pelo que observamos no relato de Marcos, a criança que Jesus tomou como exemplo era pequena, porque Ele a pegou no colo (Mc 9.36). Sua tenra idade, porém, não constituiu qualquer obstáculo para que ela cresse em Cristo.
Quem ainda duvida de que uma criança possa experimentar a alegria da salvação? Jesus as salva e batiza-as com o Espírito Santo.
No Antigo Testamento, também encontramos crianças que conheciam a Deus e fielmente o serviam. Haja vista Miriã, irmã de Moisés, Samuel e a escrava de Naamã (Êx 2.4-8; 1Sm 2.11,18,26; 2Rs 5.2,3).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A criança pode crer e ser salva em Jesus Cristo.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“Talvez você deseje fazer as seguintes indagações: ‘As crianças são pecadoras?’; ‘Elas não são puras como os anjos?’; ‘Elas podem receber a Cristo como Salvador?’. Segundo Normam Geisler, ‘a situação eterna dos infantes sempre representou uma questão polêmica na Teologia cristã ortodoxo’. Os crentes têm muitas dúvidas em relação à salvação das crianças. É um assunto polêmico. Estariam os bebês condenados ao fogo do inferno? Se fomos concebidos em pecado, não somos todos filhos da ira (Ef 2.3)?
Todos os seres humanos já nascem com uma natureza pecaminosa, que é chamado de pecado original (Rm 3.23). Somos filhos da ira, porém, durante um tempo, a criança não tem condições, ou seja, estruturas cognitivas, para discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado. Essa fase é comumente chamada de fase da inocência. Logo, não existe condenação para o pecado nesse período, pois não há discernimento entre o bem e o mal. Isaías fala a respeito da criança rejeitar o mal e saber escolher o bem (Is 8.15,16). ‘Mas essa fase se estende até que idade?’. Não sabemos. Isso mesmo, não podemos afirmar a idade certa. Cada criança é única. Vai depender do desenvolvimento mental, cognitivo de cada uma. Como não sabemos o tempo preciso, o melhor é falar a respeito de Jesus e apresentar-lhe o plano da salvação o quanto antes” (BUENO, Telma. Ensinando a Fé Cristã às Crianças: Um guia para pais e professores. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.43).
III. COMO EVANGELIZAR AS CRIANÇAS
Neste tópico, veremos que podemos evangelizar as crianças através da Escola Dominical, da alfabetização, da Escola Bíblica de Férias e da evangelização personalizada.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
As crianças podem ser evangelizadas na Escola Dominical, em classes de alfabetização e em Escolas Bíblicas de Férias.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“A ordem do Mestre para nós, seus discípulos, foi: ‘Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura’ (Mc 16.15). A criança é uma criatura, por isso, está inserida nesta ordenança. Porém quando lemos este texto bíblico, em geral nossa mente nos remete apenas aos adultos. Nossos filhos e alunos precisam ter um encontro pessoal com Jesus a fim de que se tornem filhos de Deus (Jo 1.12). Depois de receberem a Jesus como Salvador, as crianças necessitam do discipulado, a fim de que ‘[cresçam] na graça e no conhecimento de Deus’ (1Pe 3.18). O desejo de conhecer a Deus na criança é inato.
A fé em Cristo não é herdada, mas aprendida. Um dos fatores que impedem investimentos e esforços na evangelização e discipulado infantil é a crença infundada de que nascer em um lar evangélico e frequentar a Escola Dominical são suficientes para que a criança receba a salvação e se torne um cristão. Isso não é suficiente. Vou fazer uma analogia bem simples para que fique bem claro o pensamento: ‘Deixar o seu filho(a) durante várias horas em uma cozinha vai fazer dele(a) um cozinheiro(a)?’. A Bíblia relata que Samuel desde pequeno viveu no Templo junto ao sacerdote Eli, porém em 1 Samuel 3.7 lemos que ‘ele ainda não conhecia ao Senhor’. Triste, não? Existem milhares de crianças que vão à igreja, pertencem a famílias cristãs, mas também não conhecem a Jesus como Salvador” (BUENO, Telma. Ensinando a Fé Cristã às Crianças: Um guia para pais e professores. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.13,14).
CONCLUSÃO
Quando se ganha uma criança para Jesus, conquista-se uma vida toda de realizações para o Reino de Deus. Então, por que esperar? Vamos investir mais na evangelização infantil. Para isso, os professores de educação infantil precisam ser preparados e equipados com o que há de melhor nessa área. Treine professores. Num momento tão difícil como o que atravessamos, não podemos deixar as crianças em poder de uma cultura anticristã, pecaminosa e contrária à moral e aos bons costumes. Salve os pequeninos do inferno. Jesus também morreu por eles.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização das crianças, responda:
Conforme Romanos 3.23 e Salmos 51.5, qual a condição espiritual da criança ao nascer?
Ela é pecadora. Em consequência do pecado de Adão, todos os seres humanos vêm ao mundo na condição de pecadores.
Que versículo da Bíblia indica que a alma da criança está em perigo de perder-se?
“Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca” (Mt 18.14).
Como as crianças foram tratadas por Paulo em sua Carta aos Efésios?
Paulo inicia a Epístola aos Efésios saudando os “santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus” (Ef 1.1). Ao final da carta, ele recomenda aos filhos que sejam obedientes aos pais (Ef 6.1). Logo, a mensagem do apóstolo destinava-se também às crianças que, na introdução da carta, foram incluídas entre os santos e fiéis.
Que autor sagrado mencionou o relacionamento dos pequeninos com Deus Pai? Cite referência.
Mateus 18.2-6 e Marcos 9.36.
De que forma podemos evangelizar as crianças?
Por meio da Escola Dominical, alfabetização evangelizadora, Escola Bíblica de Férias e evangelização infantil personalizada.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Evangelização das Crianças
Quando devemos falar de Jesus para uma criança? Naturalmente tal pergunta traz outra inevitável: Como evangelizar uma criança? Quando se tenta praticar o evangelismo infantil é possível perceber a dimensão do desafio proposto. Uma das questões essenciais que devemos levar em conta no evangelismo infantil é a idade da criança. Falar de Jesus no linguajar infantil para muitas pessoas é uma tarefa hercúlea.
Conceito de Evangelismo Infantil
Apresentar um Deus salvador para a criança é uma tarefa que todas as famílias cristãs devem priorizar. As crianças têm de ser evangelizada desde a mais tenra idade. Neste sentido, a criança precisa aprender sobre Deus desde cedo por intermédio dos seus pais. No capítulo seis de Deuteronômio, as Escrituras declaram que é tarefa dos pais conduzirem os filhos no conhecimento de Deus. O método se daria da maneira simples: assentado em casa; andando no caminho; por intermédio do próprio exemplo. A ideia é que os pais contribuam para os seus filhos amarem a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Isso passa inevitavelmente pela família cristã, pelos pais das crianças cristãs.
O que nosso Senhor falou acerca das crianças?
Nosso Senhor disse que das Crianças “é o Reino de Deus” (Mc 10.14). Ainda, o Mestre fala: “Vede, não desprezeis alguns destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18.10). Esses textos bíblicos mostram que Jesus de Nazaré não hesitou em falar sobre as crianças, pois priorizou a aparente fragilidade e humildade do pequeno infante como aspectos fundamentais para se alcançar o Reino de Deus: “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele” (Lc 18.17).
Deus ama as crianças
Devemos evangelizar as crianças, em primeiro lugar, porque Deus as ama. E o amor do Pai está derramado em nossos corações. A criança é aquele serzinho disponibilizado por Deus para amarmos sem medida, como da mesma forma Ele quer que nos amemos uns aos outros. Priorizar as crianças em nossas igrejas não é capricho, mas tarefa das mais sublimes e urgentes. Por isso a Educação Infantil deve funcionar plenamente. Todo o apoio deve ocorrer com a Escola Bíblica de Férias, a maior estratégia de evangelização infantil. Enquanto a igreja não se convencer em priorizar as crianças, iremos na contramão do Evangelho.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS n.10
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 10: O poder da evangelização na família
Data: 4 de Setembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“[...] Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).
VERDADE PRÁTICA
A salvação pela fé em Jesus deve ser pregada aos filhos e aos familiares não crentes, tanto por meio de palavras quanto por um testemunho bom, eficaz e amoroso.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Pe 3.1-7
O dever do cônjuge cristão
Terça — Ef 5.22-24
A sujeição da esposa e o amor do esposo
Quarta — 1Co 7.10-16
Instruções ao cônjuge convertido
Quinta — Mc 5.1-20
O liberto anuncia a salvação aos de sua casa
Sexta — Pv 22.6
O dever de instruir os filhos no caminho
Sábado — At 10.24-27,44-48
As Boas-Novas no lar de Cornélio
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 16.25-34.
25 — Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
26 — E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
27 — Acordando o carcereiro e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.
28 — Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.
29 — E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
30 — E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
31 — E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
32 — E lhe pregaram a palavra do Senhor e a todos os que estavam em sua casa.
33 — E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
34 — Então, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.
HINOS SUGERIDOS
127, 376 e 605 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender que a salvação pela fé em Jesus deve ser pregada aos filhos e aos familiares não crentes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOSAbaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Mostrar que precisamos evangelizar nossos parentes.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, procure enfatizar no decorrer da lição que a nossa família deve ser o nosso primeiro e mais importante campo missionário. De que adianta ganhar vidas para Cristo e ter a família longe do Salvador, sem salvação? Encontramos uma promessa de salvação para nossas famílias em Atos 16.31, porém como crentes temos que fazer a nossa parte: orar em prol da nossa família, jejuar, dar um bom testemunho e anunciar as Boas-Novas.
Incentive os alunos a realizarem o culto doméstico em seus lares. É importante adorar a Deus em família e orar unidos. Que nossos lares sejam uma extensão de nossas Igrejas. Você professor, tem cuidado com zelo de sua família? Tem sido um evangelista em seu lar? Então você não terá dificuldades para falar a respeito do tema desta lição.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
O evangelista Lucas narra a transformação operada pelo Evangelho no lar do carcereiro de Filipos. Responsável pela guarda de Paulo e Silas, o zeloso funcionário público foi profundamente tocado pelo testemunho dos missionários que, mesmo presos, oravam e cantavam ao Senhor. E, quando do terremoto que abalou os alicerces do cárcere, ele, tomado pelo medo, perguntou aos apóstolos: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30).
Paulo e Silas foram precisos em sua resposta: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). A decisão do carcereiro abrangeu sua esposa e filhos que, naquela mesma noite, foram batizados. Nesta lição, veremos de que forma poderemos evangelizar os filhos, o cônjuge incrédulo e os vizinhos. O campo missionário começa em nossa casa.
PONTO CENTRAL
A família deve ser o nosso primeiro e mais importante campo missionário.
Os pais não podem acompanhar os filhos por toda a vida, mas devem assegurar-se de que eles, mediante a educação que receberam, tomarão boas decisões e não se desviarão jamais da fé.
As crianças que não sabem ler aprenderão ouvindo as histórias bíblicas e os cânticos. As maiores acompanharão a família na leitura alternada do texto sagrado. Durante o período de oração, que também deve contemplar a idade de cada filho, a esposa, ou o marido, apresentará pedidos ao Senhor, agradecendo pelas bênçãos já recebidas.
Em nossa casa, as Bíblias, os hinários e os livros cristãos devem estar sempre visíveis e ao alcance das crianças. É importante que também haja boa música evangélica e filmes bíblicos. Que o Evangelho seja visto, ouvido e vivido em nosso lar.
Levar os filhos à igreja não é simplesmente acompanhá-los até a porta e deixa-los lá, para buscá-los mais tarde. Também não é correto deixar o cônjuge e os filhos em casa e ir sozinho à igreja. Toda a família deve estar presente aos cultos e à Escola Dominical.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Os pais são os responsáveis pela evangelização dos filhos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O ideal do Antigo Testamento é o de uma comunidade comprometida a viver para amar a Deus e os outros. A família deveria ser o foco da instrução. E o foco da família era o pai e a mãe que louvavam a Deus e levavam a sério suas palavras (Dt 6.5,6). Mães e filhas trabalhavam juntas no lar, enquanto os filhos trabalhavam com os pais. Os pais tinham muitas oportunidades para imprimir a Palavra de Deus em seus filhos, explicando as coisas e as escolhas que fizeram como respostas às Palavras de Deus.
As palavras eram faladas a respeito de Deus quando ‘sentados em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te’. Dessa maneira, a experiência diária era o contexto para se ensinar o significado da Escritura, pois a instrução da Lei de Deus acontecia na sala de aula da vida. O exemplo de pais comprometidos, a intimidade do amor da família, e a oportunidade de ver como as implicações da Lei de Deus eram seguidas, construíram juntos o mais poderoso projeto educacional jamais imaginado. Filo, escrevendo no tempo do Novo Testamento, diz que os filhos ‘são ensinados a crer em Deus, o único Pai e Criador do mundo, por assim dizer, desde o berço por seus pais, por seus professores, e por aqueles que os conduzissem, mesmo antes da instrução nas sagradas leis e costumes não escritos’” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.123).
CONHEÇA MAIS
“A liderança do marido (Ef 5.22,23)
Para estarmos seguros de não interpretarmos mal o conceito de liderança no casamento, como direito do marido de prevalecer sobre a esposa, Paulo especifica de que maneira a liderança do marido deve ser revelada. Especificamente, o marido é o cabeça como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela para que a santificasse (vv.25,26). A liderança no casamento deixa claro que o papel do marido é semelhante ao de Cristo, de sustentar e proteger sua esposa encorajando-a em direção ao crescimento pessoal e espiritual”. Para conhecer mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.802.
Em vez de abandonar o marido, ou a esposa, o cônjuge salvo deve procurar ganhá-lo para Cristo, conforme orienta Paulo aos coríntios (1Co 7.12-14).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O crente precisa obedecer aos princípios morais estabelecidos por Deus.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Pedro ensina como uma esposa deve agir a fim de ganhar para Cristo o seu marido não salvo. (1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua liderança na família. (2) Ela deve conduzir-se de modo santo e respeitoso, com espírito manso e quieto. (3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para Cristo, mais pelo comportamento, do que por suas palavras” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1941).
A Palavra de Deus também apresenta ensinamentos para os maridos cujas esposas ainda não aceitaram a Cristo como Salvador. (1) Ame a sua esposa como Cristo amou a Igreja, ou seja, um amor altruísta e abnegado. (2) Coabite com sua esposa com entendimento, seja sábio em suas palavras e atitudes. (3) Suas ações devem ser coerentes com suas palavras. Viva aquilo que você prega.
III. EVANGELIZANDO OS PARENTES
Os parentes também podem ser alcançados para Cristo pelo bom testemunho e pela pregação do Evangelho.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Evangelize seus parentes não crentes.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, mostre aos alunos, utilizando o quadro abaixo, que para uma evangelização eficiente entre os parentes não crentes é necessário:
CONCLUSÃO
“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Firmado nessa promessa, o novo convertido orará pela salvação de toda a sua família. E, através de seu testemunho, demonstrará o que o Evangelho fará na vida de quem recebe Jesus como o seu Salvador.
A família salva buscará sempre uma oportunidade para falar de Cristo aos seus parentes e vizinhos. Não nos esqueçamos, igualmente, do fortalecimento espiritual de nossa família através do culto doméstico, do ensino bíblico e da frequência regular aos trabalhos da Igreja. E, dessa forma, ousemos afirmar como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização na família, responda:
Como os pais podem falar de Jesus aos filhos?
Por meio do culto doméstico, através dos símbolos cristãos e levando-os à igreja.
De que maneira o marido salvo pode conduzir a esposa a converter-se?
Amando-a como Cristo amou a Igreja e coabitando com entendimento.
O que a esposa salva deve fazer para levar o marido a Cristo?
Sujeitando-se a ele, pelo porte cristão e sem palavras.
De que forma a família cristã pode cumprir a grande comissão?
Crendo na promessa bíblica: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Orando pela salvação de toda a sua família e dando testemunho. Falando de Cristo aos seus parentes.
Cite exemplos de personagens bíblicos que trouxeram a família a Jesus.
Cornélio e o carcereiro de Filipos.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Poder da evangelização na família
O primeiro grande desafio da evangelização, geralmente, se dá em nossa família. Ali, nossos pais, filhos, cônjuges ou outros parentes presenciarão o impacto da transformação que o Evangelho trouxe às nossas vidas. É no âmbito da família que surge a primeira experiência de proclamar a Jesus mediante tudo o que Ele é e representa para nós.
Em primeiro lugar, essa experiência de anúncio reflete a experiência de salvação em Cristo por intermédio do nosso comportamento. Ninguém melhor que a nossa própria família para constatar a transformação presente em nossa vida. Esse processo é que nos dá o álibi de explicar o que aconteceu para que as pessoas ficassem tão impressionadas com uma nova pessoa que se mostra diante delas. Muitas acham-se surpreendidas por isso.
Quando se tem a oportunidade e abertura para isso, um instrumento valioso para se evangelizar a família é o Culto Doméstico. Ali, cantamos ao Senhor, testemunhamos da sua graça, meditamos em sua Palavra e podemos perceber o caráter de Deus sendo forjado em nossa mente e coração. O encontro com a Palavra no seio da família pode ser um momento singular de evangelização familiar. Além da dinâmica do culto, mencionado por nós, os símbolos de nossa fé também chamam atenção de nossa parentela: o nosso hinário, a Bíblia Sagrada, os livros cristãos, os CDs de músicas que tocam a alma. Enfim, cada gesto, cada símbolo e cada momento presente no culto doméstico são uma belíssima oportunidade e privilégio de anunciarmos Jesus, nosso Rei, Senhor e Cristo.
Para além de evangelizar a nossa família, por intermédio do anúncio verbal da Palavra de Deus, outro instrumento bem relevante é o nosso testemunho no lar. Não há maneira mais eficaz de evangelizar a nossa família que por intermédio da nossa vida no lar. Do mesmo modo, uma palavra falada sem a confirmação do comportamento perde toda a sua relevância. Não se pode evangelizar em família sem o compromisso de demonstrar na prática de vida uma conversão sincera.
Hoje, não podemos nos dar ao luxo de falar ou pregar sem o compromisso com a nossa vida. A sociedade não respeita, nem muito menos aceita, um discurso dúbio, apenas para ganhar status e angariar novos adeptos. Em nossa família não há lugar para isso! O nosso compromisso é com a Palavra de Deus, anunciando o ano aceitável do nosso Senhor para sempre. Portanto, sejamos sal da nossa família! Sejamos luz em nossa casa!
fonte www.mauricioberwald.com
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 11: A evangelização das pessoas com deficiência
Data: 11 de Setembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“[...] Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade e traze aqui os pobres, e os aleijados, e os mancos, e os cegos” (Lc 14.21).
VERDADE PRÁTICA
A evangelização que não inclui as pessoas com deficiência é incompleta e não expressa plenamente o amor de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 2Sm 9.10
A inclusão de um coxo à mesa do rei Davi
Terça — Mc 7.31-37
O surdo que ouviu Jesus e foi curado
Quarta — Jo 9.25
A confissão do cego que foi curado
Quinta — At 3.1-10
O paralítico que foi curado e exaltou a Deus
Sexta — Is 35.1-10
Os portadores de necessidades especiais no plano divino
Sábado — Lc 7.22
O Evangelho de Jesus ama e inclui a todos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 5.1-9.
1 — Depois disso, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 — Ora, em Jerusalém há, próximo à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3 — Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, coxos e paralíticos, esperando o movimento das águas.
4 — Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
5 — E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
6 — E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
7 — O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8 — Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda.
9 — Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado.
HINOS SUGERIDOS
160, 503 e 602 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Reconhecer que as pessoas com deficiência precisam ser alcançadas com as Boas-Novas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Mostrar que os cegos também podem ser conduzidos a Cristo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Reino de Deus, anunciado pelo Senhor Jesus Cristo, era inclusivo. Ele amou e curou os paralíticos e os cegos. No tempo de Jesus, as pessoas com deficiência não eram valorizadas; elas viviam à margem da sociedade. Existia a crença errônea de que as deficiências físicas eram resultado de algum pecado: "E os discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (Jo 9.2).
No Antigo Testamento, o coxo e o cego não poderiam exercer o oficio de sacerdote (Lv 21.18). Mas Jesus não os rejeitou, mostrando que estes também poderiam fazer parte do Reino de Deus. Que possamos preparar nossas igrejas para receber e integrar as pessoas com deficiência.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
As águas de Betesda eram, de vez em quando, agitadas por um anjo de Deus. Quando isso acontecia, o primeiro enfermo a descer ao poço era imediatamente curado. Nessa expectativa, havia, ali, uma multidão de coxos, mudos, surdos e cegos.
Cada uma daquelas pessoas com deficiência tinha alguém para baixá-la às águas. Mas o enfermo, com quem Cristo falou, não tinha ninguém para ajudá-lo. Então, o próprio Senhor tratou de incluí-lo em seu Reino; salvou-lhe a alma e curou-lhe o corpo.
Existem muitos que não podem ver, não podem falar, ouvir, andar e, às vezes, não conseguem atinar com a razão. Por isso, como Igreja do Senhor, precisamos alcançar aqueles com deficiência.
PONTO CENTRAL
A evangelização eficiente deve incluir as pessoas com deficiência.
Vejamos quem é esse grupo, e como era visto no Antigo e no Novo Testamento.
Sendo Ele um homem de dores e experimentado no sofrimento, jamais se negou a receber um cego, um paralítico ou mesmo um leproso (Is 53.3; Mt 8.2; 9.6; Lc 7.21). O Filho de Deus inclui a todos em seu plano redentor, pois o amor divino vai além de nossas deficiências ou suficiências.
Essa tarefa, hoje, cabe a nós. Por meio de uma estratégia e uma didática apropriada, podemos incluir os de necessidades especiais no Plano da Salvação, ensinando-lhes a Palavra de Deus. Somente dessa forma eles poderão vir a superar todos os seus limites espirituais, emocionais e sociais.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Cristo amou e auxiliou as pessoas com deficiência.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Defeitos físicos desqualificavam os descendentes de Arão para servirem como sacerdotes e oferecerem sacrifícios em favor do povo. (1) O requisito do corpo físico integral do sacerdote, falava do propósito divino, no sentido do sacerdote ser um exemplo vivo da vida total do ministro a serviço do Senhor. O sacerdote tendo um corpo sem defeito seria mais eficaz no serviço de Deus. Todavia, quem não pudesse servir como ministro devido a tais defeitos, não perdia o direito de participar do pão de Deus, a plena salvação vinda pelo concerto de Deus. (2) A exigência divina de um corpo perfeito no sacerdócio levítico prefigurava a perfeição moral de Cristo (Hb 9.13,14) e aponta para as qualificações espirituais requeridas por Deus para os ministros do Novo Testamento. Todo aquele que serve no ministério deve ser inculpável e irrepreensível” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.217).
CONHEÇA MAIS
Coxo
“Um homem que fosse coxo estava desqualificado para exercer o ofício de sacerdote para não contaminar o altar (Lv 21.18). Um animal coxo não poderia ser oferecido em sacrifício (Dt 15.21). Mefibosete, filho de Jônatas, que se tornou membro da casa de Davi devido à profunda amizade entre aqueles dois servos de Deus, era coxo devido a um acidente ocorrido no dia da morte de Jônatas. As alusões aos coxos são frequentes: por exemplo, nos dias mais felizes de Jó ele era como ‘os pés do coxo’ (Jó 29.15). A cura de coxos estava entre as obras miraculosas do Senhor Jesus e de seus discípulos”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.469.
Para ensinar o Evangelho aos surdos, o evangelista tem de aprender, primeiro, a comunicar-se de maneira eficiente com cada uma delas.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os surdos precisam ser alcançados com o som do Evangelho.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“A Palavra de Deus declara: ‘Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura’ (Mc 16.15). Com certeza, os alunos com deficiência estavam incluídos neste grupo, pois são criaturas do Senhor e importantes para Ele. O apóstolo Paulo nos dá o seguinte exemplo: ‘Fiz-me fraco para com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho, para ser também participante dele’ (1Co 9.22,23). Êxodo 4.11 diz: ‘Quem fez a boca do homem?’. Isaías 35.5,6 diz: ‘Os olhos dos cegos se abrirão, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua dos mudos cantará’. As pessoas com deficiência naquele dia serão totalmente regeneradas.
O surdo não é um doente. Ele é um sujeito que tem uma língua natural própria, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Quais são as medidas a serem observadas na comunicação com o surdo? Em primeiro lugar, precisamos compreender que existem surdos oralizados, ou seja, conseguem se expressar por meio da fala e compreender o que lhes é transmitido por meio da leitura labial. Mesmo oralizado, o surdo continua com dificuldade de comunicação porque continua sem ouvir. Muitos desses alunos oralizados usam aparelho auditivo, mas é preciso lembrar que o aparelho não exclui a sua limitação, apenas ajuda.
Encontramos também o surdo não oralizado, que é aquele que não consegue se comunicar por intermédio da fala. A comunicação com esse grupo é feita de forma não verbal. Para isso, tanto o aluno quanto o professor precisam conhecer a língua de sinais (LIBRAS). Atualmente, existem vários métodos de comunicação que podem ser empregados com o surdo. Fica então a pergunta: Quais métodos podemos utilizar na comunicação com o surdo? É importante lembrar que o surdo ‘ouve com os olhos’, portanto só haverá comunicação se houver visualização. Observe:
III. A VISÃO DE CRISTO AOS CEGOS
Em nosso país, há seis milhões e meio de pessoas com alguma deficiência visual. Trata-se, pois, de um campo missionário que exige obreiros amorosos e especializados.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Jesus Cristo dá visão aos cegos.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“De acordo com o IBGE, a maioria das pessoas com necessidades especiais do Brasil tem problemas de visão, vêm em seguida os que apresentam alguma deficiência motora, em terceiro está o grupo dos deficientes auditivos, depois os deficientes mentais. Entre essas classificações há também os que acumulam múltiplas deficiências.
O que é deficiência visual?
A deficiência visual é caracterizada pela perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. Há pelo menos dois grupos de deficiência visual:
Cegueira — há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
Baixa visão ou visão subnormal — caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais (fonte: Fundação Dorina).
Pessoa com deficiência
A sociedade vem passando por um processo de transformação. Há um novo olhar em relação às pessoas com deficiências. Há até mesmo uma preocupação com o uso da linguagem. Os termos que definem a deficiência vêm se adequando a essa visão. Atualmente, o termo correto a ser utilizado é pessoa com deficiência, que faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2008 (fonte: Fundação Dorina).
Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual. Desse total: 528.624 pessoas são incapazes de enxergar (cegos); 6.056.654 pessoas possuem grande dificuldade permanente de enxergar (baixa visão ou visão subnormal); outros 29 milhões de pessoas declararam possuir alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes” (LOPES, Jamiel. A Leitura como Alternativa do Ensino ao Aluno com Deficiência. 25ª Conferência de Escola Dominical. RJ: CPAD, 2016, p.69).
Certa vez, quatro homens, para fazer chegar um paralítico à presença de Jesus, descobriram o telhado da casa onde estava o Mestre, e baixaram o deficiente. O senhor, vendo-lhes a fé, curou o enfermo (Mc 2.1-11).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Os paralíticos devem ser conduzidos a Jesus Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Cura e perdão (Mc 2.1-7)
A medicina moderna entende que há uma conexão vital entre saúde e bem-estar mental. A Bíblia associa toda doença e sofrimento à nossa separação de Deus. A enfermidade é uma consequência da Queda. Assim, a maior necessidade do ser humano não é a cura física, mas a espiritual como um todo. Jesus se preocupou tanto que satisfez a mais profunda necessidade do paralítico, da mesma maneira como Ele deseja satisfazer a nossa” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.634).
CONCLUSÃO
O Evangelho de Cristo tem de ser anunciado a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios. Por essa razão, não deixaremos de fora nenhuma pessoa com deficiência. Os integrantes desse grupo suspiram por um encontro pessoal com Deus. Eles não podem ser deixados de fora, pois o Senhor, na cruz, incluiu-os em seu Reino.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização das pessoas com deficiência, responda:
Defina as pessoas com deficiência.
As pessoas com deficiência são as que se acham privadas quer de seus sentidos, quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais.
Por que incluir os deficientes na evangelização?
Porque Jesus Cristo, sendo a expressão máxima do amor de Deus, veio para incluir a todos, judeus e gentios, pobres e ricos, deficientes e não deficientes, em um só corpo (Jo 3.16; Rm 12.5).
Como evangelizar os surdos e mudos?
É preciso aprender Libras, a língua dos surdos. Conduzindo os surdos a Jesus por meio da evangelização pessoal.
De que forma podemos evangelizar os cegos?
Utilizando material evangelístico em áudio ou em Braille.
Como alcançar os paralíticos?
É necessário ir até eles e para recebê-los em nossas igrejas é urgente adaptarmos nossos templos às suas necessidades.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Evangelizaçao das Pessoas com Deficiência
Pessoas portadoras de deficiência é uma realidade na igreja local. Além de ser realidade de uma igreja local, é também um desafio quando esse grupo é o público alvo da nossa evangelização. O portador de deficiência tem uma vida difícil num país onde não há adaptações de acordo com a realidade da deficiência portada. Não é uma questão de incapacidade, pois se houvesse uma adaptação à realidade desse público a maioria dos portadores de deficiência poderia ter uma vida praticamente normal e independente.
Quando falamos em evangelização desse grupo de pessoas, precisamos levar em conta as implicações do que isto quer dizer. Igrejas que adaptem o ambiente físico para a realidade do portador de deficiência. Ora, o desafio começa com o portador chegando à igreja. Se for cadeirante, há espaços adaptados para ele se locomover? Sobre os surdos, há pessoas capazes de se comunicar por intermédio da linguagem de sinais? Em relação a pessoas portadoras de cegueira, há alguma iniciativa de leitura em braile ou outras propostas que visem atender esse público?
Não há como falar de evangelização desses grupos sem levar em conta o enorme desafio de nos aproximarmos e compreendermos as suas necessidades. Para evangelizarmos determinados grupos de pessoas, temos de levar a sério a palavra do escritor Tiago: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.14-17). A ideia aqui do escritor bíblico é mostrar o compromisso do discípulo de Jesus com a necessidade do outro. De modo que a nossa prática de evangelização não pode apenas se referir à atividade verbal, a oratória, mas à iniciativa de se encontrar com a pessoa humana necessitada de Deus e portadoras de maiores e desafiadoras necessidades especiais.
Os desafios são inúmeros, as dificuldades são complexas, pois a realidade não é nada romântica. Quem convive ou trabalha ao lado de pessoas autistas, portadoras de down e tantas outras sabe que cada dia é um desafio a ser cumprindo, um “leão derrubado”. Contemplar a independência dessas pessoas é maravilhosamente recompensador!
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 12: A evangelização real na Era Digital
Data: 18 de Setembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Então, o Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa” (Hc 2.2).
VERDADE PRÁTICA
Na era da informação instantânea, somente o Evangelho Eterno para dar esperança à humanidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 2Tm 3.6,7
Informação não é garantia de verdade
Terça — Pv 1.7
O verdadeiro conhecimento vem de Deus
Quarta — Hb 2.4
Virá de Deus a era da informação total
Quinta — Jó 21.14
Os homens não se interessam pelo conhecimento de Deus
Sexta — 1Tm 2.4
A salvação traz o conhecimento que liberta
Sábado — Fp 1.9
O amor aumenta o conhecimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tito 2.11-15.
11 — Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
12 — ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente,
13 — aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
14 — o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
15 — Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.
HINOS SUGERIDOS
298, 132 e 605 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Saber que na era da informação instantânea somente o Evangelho para dar esperança à humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Compreender que na era digital a necessidade de evangelização é real.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vivemos na era da informação e da comunicação, todavia muitos ainda não ouviram nada ou quase nada a respeito do Evangelho de Cristo. Que venhamos utilizar a tecnologia de forma sábia, contribuindo para a expansão do Reino de Deus. Muitos, infelizmente, não fazem um uso correto, inteligente das redes sociais, da tecnologia. Esses, em vez de promoveram as Boas-Novas, espalham mentiras e calúnias contra pessoas inocentes, utilizam a tecnologia para cometer adultério. Saiba que, mesmo que virtual, o pecado é real e leva ao inferno, caso não haja arrependimento. Outros utilizam as redes sociais para fazer marketing pessoal, promovendo seus eventos, suas agendas, seus nomes. Buscam a fama, porém nunca utilizam as redes para apresentar Cristo aos perdidos.
Alguns crentes têm uma verdadeira aversão às redes sociais, porém elas não são boas ou más; nós é que decidimos de que forma vamos utilizá-las — para a expansão do Reino de Deus e a glorificação do Pai ou como instrumento de iniquidade.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O conhecimento produzido no último século é superior a tudo o que foi escrito, descoberto ou inventado anteriormente. Isso não deve surpreender-nos, porque todo este avanço já estava previsto (Gn 11.6). Entretanto, a era da informação instantânea, apesar de suas facilidades, constitui-se num grande desafio evangelístico. Em nenhum outro momento da História da Igreja Cristã, a pregação do Evangelho viu-se às voltas com tantas concorrências e distrações.
Tendo em vista a realidade da era da informação instantânea, é urgente mostrarmos a esta geração que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). Precisamos nos preparar para evangelizar por intermédio das redes sociais.
PONTO CENTRAL
Estamos na era digital, mas o pecado da humanidade é real e somente o Evangelho de Cristo para dar esperança à humanidade.
A televisão era vista, por alguns, como a porta do inferno. Hoje, porém, os computadores, smartphones e tablets estão abrindo portas para a evangelização desta geração digital.
Hoje, discretamente, a geração digital acessa sites imorais, cujo conteúdo serve para alimentar as concupiscências mais grosseiras, baixas e abomináveis. Como, pois, alcançar esse campo missionário virtual de pessoas reais que caminham para um lago de fogo também real? (Ap 21.8). Não podemos fugir a esse desafio. A Igreja do Senhor precisa produzir conteúdos bíblicos de excelente qualidade, que se contraponham a essa avalanche pornográfica.
Se por um lado, as redes sociais facilitam encontros e contatos entre amigos e parentes distantes, por outro, têm multiplicado traições, adultérios e a destruição de lares. Esse efeito nocivo pode ser minimizado, senão anulado, se cada crente as utilizar para ganhar os pecadores digitais para o Cristo real.
O correio eletrônico facilita-nos o dia a dia, encurta-nos as distâncias e ajuda-nos a resolver pendências. Infelizmente, essa ferramenta tão útil vem sendo utilizada também para arruinar reputações, caluniar e até matar. Nós, porém, vamos utilizar esta ferramenta para comunicar vida através do Evangelho de Cristo. Utilize seu e-mail para divulgar a Palavra de Deus, e, nas mensagens, seja breve e objetivo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Muitos pecadores digitais estão nas mãos de um Deus real.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Fomos chamados para ser diferentes, porque o Senhor é diferente. Deus se revela como ‘santo’ (hb. qadosh) , e o aspecto essencial de qadosh é a separação daquilo que é mundano, profano e corriqueiro, e a separação para seus propósitos. Os mandamentos dados a Israel exigiam que fosse mantida a nítida distinção entre as esferas do comum e do sagrado (Lv 10.10). Tal distinção tinha seu impacto sobre o tempo e o espaço (o sábado e o santuário), mas visava ao indivíduo de modo mais relevante. Tendo em vista que Deus é diferente de qualquer outro ser, todos os que lhe são submissos devem também estar separados — no coração, nas intenções, na devoção e no caráter — para Ele, que é verdadeiramente santo (Êx 15.11).
Deus, por sua própria natureza, está separado do pecado e da humanidade pecaminosa. A razão por que nós, seres humanos, somos incapazes de nos aproximar de Deus, em nosso estado de pecado, é porque não somos santos. Na Bíblia, a questão da ‘impureza’ não está relacionada à higiene, mas à santidade. As marcas da impureza compreende: algo quebrado ou defeituoso, o pecado, a violação da vontade de Deus, a rebelião e a permanência no pecado” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.139).
CONHEÇA MAIS
“Por um homem (8.26-40)
Talvez o dado mais intrigante na história tenha sido a ação de Deus ao afastar Filipe de uma campanha evangelística efetiva que estava alcançando centenas e levando-o a testemunhar a um único indivíduo. Jamais nos esqueçamos de que para Deus toda pessoa é importante. Nosso testemunho a uma única pessoa é tão importante como o evangelismo em massa, destinado a alcançar a milhares”. Para conhecer mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 715.
Tiago e João estavam no barco, junto com o seu pai, Zebedeu, consertando as redes, quando foram chamados por Jesus (Mc 1.19,20). Hoje, quem se propõe a falar de Cristo aos pecadores digitais tem uma grande rede a consertar: a internet evangelística.
Na Internet, tanto a rede quanto o anzol são indispensáveis (Mt 17.27; Jo 21.11). Por isso, evangelize coletivamente e não deixe de discipular individualmente. O campo é virtual, mas a pessoa do outro lado é real.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Jesus deseja nos usar na evangelização, mas precisamos estar com nossas redes consertadas.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Professor, aproveite o tema abordado nesse tópico para enfatizar que “o crente, seja ele pastor, evangelista, missionário, escritor, ensinador, diácono, ou apenas membro da igreja, se não estiver ocupado, procurando trazer pessoa a Cristo, está falhando em seu dever na obra de Deus (cf. Mt 28.19; Lc 5.10; Jo 15.16)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1391).
III. EVANGELHO REAL PARA PESCADORES DIGITAIS
A evangelização dos pecadores digitais, para ser bem-sucedida, tem de levar em conta alguns fatores.
Seja direto e incisivo. Você pode, em alguns minutos, expor eficientemente o Plano da Salvação. Otimize este tempo, incluindo o apelo e a oração.
Por esse motivo, não se envolva em questões polêmicas que geram brigas e discussões. Cuide de sua reputação. Você constatará que, em muitos casos, sua postura será suficiente para levar almas aos pés de Cristo. A exortação do apóstolo não pode ser ignorada: “Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze” (Tt 2.15).
É indispensável ao evangelista digital um preparo real. A recomendação de Paulo não pode ser desprezada: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Precisamos pregar o Evangelho real para os pecadores digitais.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“O ministério de Cristo foi voltado integralmente para os pecadores. Certa feita, Jesus foi criticado porque se alimentava com pecadores e retrucou os seus acusadores: ‘Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores’ (Mc 2.17). Todo pecador tem a oportunidade de reatar a sua comunhão com Deus. Jesus foi enviado pelo Pai a fim de atuar como intermediário entre os homens e o Criador e trabalhar em nossa reconciliação.
Já ouvi algumas pessoas dizerem que se acham muito pecadoras, pois já cometeram muitos pecados. Costumo dizer: ‘Para você que se considera um pecador, existe um grande Salvador, Jesus Cristo’. Você já pensou o que poderíamos fazer com um homem que ameaçava seus semelhantes, agredia, conduzia seus oponentes para a prisão e chegou a participar de crimes? Talvez você pense que este homem de quem estou falando tem características de um terrorista, por isso merece o cárcere. Pois bem, este homem é um personagem real que tem sua história registrada na Bíblia e ele se chamava Saulo, da cidade de Tarso.
Certo dia, Saulo viajava para uma região com o propósito de perseguir os cristãos por lá, e o Senhor Jesus se revelou para ele. Foi na estrada para Damasco que este homem teve o encontro mais importante de sua vida.
Outro exemplo foi o do rei Davi, que ordenou a morte de Urias, soldado a seu serviço, a fim de encobrir o pecado de adultério que havia cometido com a sua esposa Bate-Seba, mas ele reconheceu seu pecado e confessou o seu erro, e Deus o perdoou. Davi sofreu as terríveis consequências de seu erro, mas foi perdoado pelo seu arrependimento sincero.
A Bíblia afirma que ‘o que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia’ (Pv 28.13)” (WELLINGTON, José. Há Perdão em Cristo para o Pecador Arrependido. CPAD News. RJ, agosto, 2013. Disponível em: < http://www.cpadnews.com.br/blog/josewellington>. Acesso em: 7/04/2016).
CONCLUSÃO
A evangelização pela Internet tem como alvo alcançar os pecadores digitais. Levemos em conta, ainda, as pessoas que, sentindo-se desprezadas, refugiam-se nesse universo irreal e fantasioso. Elas também são alvo da mensagem evangélica. Há muito trabalho a ser feito tanto no mundo real quanto no digital.
Nossa missão consiste em falar de Cristo a todos, por todos os meios. Onde estiver um pecador, aí estaremos nós, real ou digitalmente, para anunciar que Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades e, em breve, virá buscar-nos. Aguardemos, pois, [...] “a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização na era digital, responda:
O que caracteriza a era da informação?
Informação acessível e em tempo real.
Cite alguns aspectos do pecado na era digital.
Pecados em série, rede de intrigas e e-mail fatal.
Como deve ser o evangelista na era digital?
O evangelista deve ser alguém que, além da vocação, da mensagem e habilidades específicas, deve saber como manusear um site ou um blog. Em suma, ele deve saber usar a rede e consertá-la para que seu trabalho seja frutífero.
Cite algumas das características da evangelização na Internet.
A mensagem de evangelização pela Internet há de ser clara, breve e objetiva.
O que é o fator Habacuque?
É a evangelização na internet de forma direta e incisiva.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelizaçao real na Era Digital
Nunca o mundo esteve tão conectado com as mídias virtuais e eletrónicas. É importante ressaltar que a explosão da tecnologia digital trouxe uma série de benefícios ainda incalculável para a sociedade. Hoje em dia, muitos não se veem mais sem o uso de uma determinada mídia digital. Esta se engendrou na rotina diária das pessoas. Muitos hoje ganham a vida por intermédio do mundo virtual. Não batem mais o ponto ou cartão numa empresa física, mas por intermédio de um computador e de uma internet, abrem as suas empresas virtuais e fazem sua jornada de trabalho em casa ou em qualquer outro lugar do mundo.
E bem verdade que o mundo da mídia digital não é somente “luz”, mas “trevas” também. Há um submundo das coisas mais torpes que o ser humano poderia pensar um dia em fazer. As palavras do consagrado romancista italiano, Umberto Eco, já falecido, sintetizam bem esse estado de coisas negativas no mundo virtual: “as redes sociais deram voz a legião de imbecis”. Para além do mundo virtual, mais especificamente as redes sociais são o reflexo do que está presente na natureza humana. Uma natureza decaída, esfacelada pela prepotência humana que não dá qualquer sinal de arrependimento e humildade. Pessoas não têm o pudor de expor e ridicularizar outras pessoas. E o predomínio do ódio, da ignomínia e da sabotagem de outras pessoas.
Entretanto, é neste mundo que a Igreja de Cristo deve atuar. No lugar da imbecilidade das redes sociais, a Igreja deve levar uma mensagem e uma atitude diferenciadas. Mansidão, equilíbrio e domínio próprio são características que precisam ser notadas no uso dessa riqueza de mídia que a Igreja tem à disposição. A potência das redes sociais é algo absurdo! Grandes movimentos sociais no mundo foram combinados por intermédio delas. Se há mentira na mídia oficial, as redes sociais são as vozes de cada pessoa para desmentir o ocorrido. E de fato uma mídia poderosa à disposição da Igreja de Cristo e sem pagar caro por isso.
No primeiro século da Igreja, os apóstolos comunicavam o Evangelho com o que havia de mais moderno e eficiente em sua época. Certamente, se hoje eles estivessem entre nós não se furtariam em usar as tecnologias digitais para propagar a mensagem do Reino de Deus. Por isso, usar a mídia digital com destreza e criatividade é lançar mão de um instrumento legitimo que portará a mensagem do Evangelho. Portanto, anunciemos: é chegado o Reino de Deus!
, LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 13: A evangelização integral nesta Última Hora
Data: 25 de Setembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.20).
VERDADE PRÁTICA
Falemos de Cristo a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — At 1.8
O plano-mestre de evangelização
Terça — Mc 15.20
A Grande Comissão
Quarta — At 13.1-4
A igreja missionária
Quinta — At 16.9
A visão missionária
Sexta — Mt 20.1-7
Os ceifeiros da última hora
Sábado — At 28.31
Pregando sem impedimento algum
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24.44-53.
44 — E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
45 — Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.
46 — E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
47 — e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
48 — E dessas coisas sois vós testemunhas.
49 — E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
50 — E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou.
51 — E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.
52 — E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
53 — E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém!
HINOS SUGERIDOS
633, 634 e 636 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Ressaltar a importância da evangelização integral nessa última hora.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Compreender as características da igreja da evangelização integral.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Esperamos que as lições tenham causado um grande despertamento em seus alunos, contribuindo para que a Igreja cumpra a sua missão primordial nessa última hora.
Não precisamos de estratégias mirabolantes para dar cumprimento a nossa missão. Carecemos é de ser obedientes e cheios do poder do Espírito Santo. Sem Ele não podemos cumprir a nossa missão de modo integral. Os discípulos de Jesus ficaram na cidade de Jerusalém até que do alto foram revestidos de poder. Depois, eles saíram e alcançaram Samaria, Judeia e os confins da terra, cumprindo com êxito a missão que lhes foi confiada pelo Senhor.
Jesus nos confiou uma importante missão, por isso, não sejamos negligentes, pois ainda existem muitos que precisam ouvir as Boas-Novas e se entregarem a Cristo. Esses aguardam por você.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Igreja Primitiva não precisou de mais do que uma geração para levar o Evangelho de Cristo aos confins do Império Romano. Seguindo o modelo que lhes deixara o Senhor, os discípulos, no poder do Espírito Santo, evangelizaram simultaneamente Jerusalém, a Judeia e Samaria até chegarem à capital de Roma, no Ocidente.
Se levarmos em conta o modelo autenticamente pentecostal de evangelização, cumpriremos, em tempo recorde, o programa divino para alcançar tanto o nosso bairro quanto as nações mais distantes. Mas, para isso, temos de nos voltar ao método de evangelização simples, mas eficaz, dos primeiros evangelistas e missionários.
PONTO CENTRAL
A evangelização integral consiste na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos.
Não carecemos de nenhum método inovador, nem de fórmulas extravagantes, para cumprir plenamente o cronograma divino do anúncio universal do Evangelho.
A evangelização mundial, para ser bem-sucedida, tem de funcionar de acordo com o manual que nos deixou o Senhor Jesus no Novo Testamento.
A evangelização integral requer o revestimento de poder daquele que se predispõe a falar de Cristo no bairro, na cidade, no país e no exterior.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A evangelização integral é necessária e requer o revestimento de poder.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos o que é evangelização integral. Explique que a evangelização integral vai além do anúncio das Boas-Novas. É preciso ter uma visão integral do homem (corpo, alma e espírito). Conclua enfatizado que a evangelização integral é uma ordenança de Jesus para a sua Igreja.
CONHEÇA MAIS
Uma igreja missionária
“Sob a orientação do Espírito Santo, a igreja de Antioquia comissiona Barnabé e Paulo como os primeiros missionários oficiais do cristianismo (At 13.1-3). Sua aventura inicial acontece na ilha de Chipre, onde Paulo amaldiçoa um bruxo com cegueira e testemunha a conversão do procônsul romano (vv.4-12). Em Antioquia da Psídia, Paulo prega primeiramente numa sinagoga judaica, onde sua mensagem sobre Jesus suscita grande interesse (vv.13-43)”. Para conhecer mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.720.
A evangelização integral deve ser acompanhada do discipulado integral, que compreende as seguintes ações: doutrinação, integração, treinamento e identificação.
A doutrinação deve ser iniciada no ato da conversão, tendo continuidade durante toda a vida cristã (At 2.41-43).
João sabia que, se os cristãos não se amassem mutuamente, jamais se sentiriam parte do corpo de Cristo. Por isso, não cessava de exortar a Igreja. O amor que integra não compreende apenas palavras, mas ações efetivas (1Jo 3.18).
Hoje, mais do que nunca, devido à brevidade e a urgência destes dias, carecemos de homens, mulheres e crianças que sejam identificados como discípulos de Jesus Cristo (Jo 8.31).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A evangelização integral deve ser acompanhada do discipulado integral.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos o que é o discipulado integral. Explique que o novo convertido é alguém que experimentou o novo nascimento. Ninguém pode fazer parte do Reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.3). Mediante a fé em Jesus, experimentamos uma profunda transformação de vida. Essa mudança radical não é apenas exterior, mas interior. Temos visto que atualmente muitos apresentam um belo exterior, são bem apresentáveis, possuem uma boa oratória, mas interiormente estão cheios de podridão e imundícia. Segundo Jesus, estes são como sepulcros caiados (Mt 23.27). Eles acabam impedindo, devido ao mau testemunho, que muitos entrem no Reino de Deus e que a Igreja cumpra a sua missão integral.
Aqueles que experimentaram o novo nascimento precisam crescer na graça e no conhecimento de Cristo; para isso é preciso um discipulado eficiente.
III. A IGREJA DA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
A igreja da evangelização integral é caracterizada por três ações básicas na divulgação do Evangelho de Cristo: promoção, comissão e manutenção.
As igrejas da Macedônia, apesar de pobres, enriqueceram a muitos, sustentando obreiros e missionários (2Co 8.1-7). Nesta crise que ora atravessamos, demonstremos a nossa fé, mantendo as frentes evangelísticas já iniciadas e abrindo outras.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
As principais características da igreja da evangelização integral são: promoção, comissão e manutenção.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“O que é a integração total do novo convertido
Integrar é juntar, incorporar, tornar parte. Quando falamos em integrar o novo-convertido, estamos falando simplesmente disto: fazê-lo parte do corpo visível do Senhor — a igreja local. A sua união ao corpo místico de Cristo é obra do Espírito Santo; cabe-nos, entretanto, a missão de levá-lo pela mão em seus primeiros passos na fé, e de ajudá-lo a ocupar o seu lugar na comunidade dos salvos.
Na maioria das vezes, as igrejas limitam-se a orar pelas pessoas no ato da conversão, quando ela manifesta, de alguma forma, o desejo de receber a Jesus como Salvador. Os cuidados com o novo crente resumem-se a preencher uma ficha com seus dados pessoais, oferecer-lhe, às vezes, um Novo Testamento, e, quando muito, visitá-lo em casa depois de alguns dias.
O novo convertido dá os primeiros passos na vida cristã, já participando dos trabalhos tradicionais da igreja, tentando digerir o ‘sólido mantimento’ sem antes haver recebido o leite dos ‘primeiros rudimentos da palavra de Deus’ (Hb 5.12). Quanto desestímulo e prejuízo esse descaso poderá trazer. A igreja precisa conscientizar-se da importância da integração total do novo convertido, para que ele não venha a sentir-se excluído ou desmotivado.
A recepção e os primeiros contatos servem para deixá-lo à vontade e despertar nele o interesse em voltar à casa de Deus. Contudo, o papel da igreja vai além; cabe-lhe promover a integração espiritual eclesiástica, doutrinária, social, emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço cristão. Isto é integração total” (DORETO, Marli; DORETO, Maísa; DORETO, Marta. Manual de Integração do Novo Convertido. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, pp.19,20 ).
CONCLUSÃO
Que a evangelização integral caracterize nossas igrejas nesses dias difíceis e trabalhosos. A crise que perturba o nosso país poderá não ser a última. Outras mais agudas poderão surgir. Mas, amparados pelo Autor e Consumador da nossa fé, não desanimemos. Caminhemos de vitória em vitória, evangelizando e fazendo missões, até que o Senhor nos venha buscar.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização integral, responda:
O que é a evangelização integral?
Consiste na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural.
Por que a evangelização tem de ser simultânea e global?
Porque Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusalém, depois a Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. O seu plano-diretor era bem claro e objetivo: “e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.
Quais as características da evangelização integral?
Doutrinação, integração, treinamento e identificação.
O que é o discipulado integral?
É quando “a igreja promove a integração espiritual eclesiástica, doutrinária, social, emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço cristão”.
O que é uma evangelização autenticamente pentecostal?
É uma evangelização realizada pelos crentes cheios do Espírito Santo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelização integral nesta Última Hora
O ser humano foi constituído por duas dimensões (material e imaterial) em sua própria natureza e precisa ser compreendido holisticamente pela Igreja para que uma prática bíblica e teologicamente adequada na evangelização. Aqui podemos remontar uma postulação do teólogo John Stott, um dos maiores pregadores do século XX, quando ele observa a natureza global do ser humano. Para Stott, pela Palavra de Deus o nosso próximo é uma pessoa humana criada por Deus. Essa pessoa humana não é uma alma sem corpo, nem corpo sem alma, muito menos corpo-alma em isolamento. Ora, Deus criou o ser humano como ser espiritual, físico e social, isto é, integral. E segundo esta integralidade é que devemos pensar a nossa prática de evangelização.
Assim, é possível compreender John Stott quando diz que a sentença “Pregarás o Evangelho” não substitui a “Amarás o teu próximo”. Ambas as sentenças se complementam e sustentam-se por si mesmas, denotando suas autonomias teológicas para fazer cumprir a “doutrina” sistematizada em dois pilares por Jesus de Nazaré: a primeira “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”; a segunda “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
A Missão da Igreja Cristã permeará esses dois eixos, apontando que o homem precisa de salvação para o porvir (restauração da comunhão do homem com o Deus eterno), mas também de redenção para o presente. O ser humano inserido num contexto de um mundo injusto e mal, precisa ser compreendido pela Igreja numa perspectiva global. Onde ele entenda a sua função de existir para Deus e servir o próximo (Mc 12.30,31).
Segundo Nancy Pearcy, essa mensagem denota “o nosso valor e dignidade [...] fundamentados no fato de que somos criados à imagem de Deus, chamados para sermos seus representantes na terra”. Numa perspectiva profundamente bíblica, a Igreja é chamada por Deus à resgata a dignidade humana perdida no Éden após a Queda, mas estabelecida pelo Altíssimo desde a fundação do mundo (Gn 1.26). A salvação em Cristo recupera a imagem de Deus em nós. Então, agora podemos exercer o modelo bíblico de uma ação evangelizadora integral para mundo. Entretanto, precisamos confessar que muitas vezes enfatizamos mais o “ide” que o “amai”. Estas duas ordens não podem ser encaradas de maneira excludentes entre si. Necessitamos de resgatar a verdade bíblica que denota dois mandamentos que independem um do outro.
fonte www.mauricioberwald.com