LIÇÕES CPAD DOUTRINA DA ORAÇÃO 4 TRIM-2010
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 1: O que é oração
Data: 03 de Outubro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).
VERDADE PRÁTICA
A oração é o meio de comunicação que Deus estabeleceu para cultivarmos um relacionamento íntimo e contínuo com Ele.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 20.17
O alvo da oração é Deus
Terça - Ef 6.18
Devemos orar em todo o tempo
Quarta - Sl 34.17,18
A oração deve expressar um coração contrito e quebrantado
Quinta - 1 Tm 2.1,2
Devemos orar por todos os homens e pelas autoridades
Sexta - Hb 10.22,23
Devemos orar com fé
Sábado - Jo 14.13
A oração deve ser feita sempre em nome de Jesus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Crônicas 16.8,10-17; João 15.16.
1 Crônicas 16
8 - Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos.
10 - Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR.
11 - Buscai ao SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente.
12 - Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca.
13 - Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos.
14 - Ele é o SENHOR, nosso Deus; em toda a terra estão os seus juízos.
15 - Lembrai-vos perpetua-mente do seu concerto e da palavra que prescreveu para mil gerações;
16 - do concerto que fez com Abraão e do seu juramento a Isaque;
17 - o qual também a Jacó ratificou por estatuto, e a Israel por concerto eterno.
João 15
16 - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
INTERAÇÃO
Prezado professor, neste último trimestre do ano estudaremos um tema extremamente relevante para os nossos dias — O Poder e o Ministério da Oração. Estamos vivendo tempos difíceis, precisamos orar e vigiar. O comentarista destas lições é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conhecido conferencista de Escolas Bíblicas em todo o país e diretor do Projeto Missionário ide Ensinai em Moçambique, África. Que estas lições contribuam para que nossos alunos venham conhecer melhor a Deus através da oração.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, tenha cuidado para não fazer desta primeira aula apenas um amontoado de ensinamentos teóricos sobre a oração.
É importante que os alunos sejam estimulados e desafiados a experimentar um relacionamento ainda maior de comunhão com o Pai mediante a oração intercessória. Inicie sua aula fazendo as seguintes perguntas: “Como está sua vida de oração?”; “Suas orações têm sido respondidas?”; “Por que algumas pessoas só oram no momento da adversidade e da angústia?”. Dê um tempo para que seus alunos respondam. Ouça as respostas com atenção. Depois, explique que orar não é uma tarefa fácil, exige disciplina. Porém, sem oração não conseguiremos ter uma vida espiritual saudável. Mostre que é chegado o momento de buscarmos mais a presença de Deus em oração. Conclua lendo Isaías 55.6.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Oração: [Do lat. orationem]. “É o meio que Deus proveu ao homem a fim de que este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com Ele.”
A oração é o meio que Deus proveu ao homem, a fim de que este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com Ele. Tanto mais o cristão ora com fé em Deus, mais desenvolve sua comunhão e submissão com o seu Criador, Pai, Senhor, Intercessor e Conselheiro, manifestando, assim, o senhorio de Cristo Jesus em sua vida, por amor e devoção. Quando isso ocorre, o homem passa a ter sua vida espiritual e emocional estáveis, e sua perspectiva e objetivos naturalmente mudam. A oração quando associada à obediência dos preceitos das Santas Escrituras e à vigilância espiritual é também um meio de vitória sobre o pecado (cf. Mc 11.24-26; Mt 26.41).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Bíblia ensina que devemos orar somente a Deus e a ninguém mais, pois não há nenhum outro deus além do nosso.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Não podemos chegará presença de Deus em oração, sem reverência, sem fé e sem santo temor.
III. ONDE ORAR E POR QUEM ORAR?
No altar da oração devemos ter em mente ao menos três propósitos: adorar a Deus, agradecer-lhe e pedir algo para nós ou para outrem (intercessão). Ao pedir, o crente deve:
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ao orar o crente deve ter em mente ao menos três propósitos: adorar a Deus, agradecer-lhe e pedir algo para si ou para outrem (intercessão).
CONCLUSÃO
Não há limite para o crente viver uma vida de constante e crescente oração. Um alerta final da Bíblia para todos nós sobre a oração temos em 1 Pedro 4.7. A Palavra de Deus admoesta-nos a orar sem cessar (1 Ts 5.17), sem prejuízo de nossas atividades diárias, tendo em vista que são muitas as formas de orar. Você já orou hoje?
VOCABULÁRIO
Admoestar: Aconselhar, exortar.
Insídia: Emboscada, cilada.
Vendilhão: Vendedor ambulante.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007.
GEORCE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
Objetivos da oração
“[...] Todos já nos sentimos impulsionados a orar com mais intensidade nos momentos de decisão e de angústias; não podemos viver distanciados da presença divina.
(ANDRADE, C. As Disciplinas da vida Cristã. Como alcançar a verdadeira espiritualidade. RJ: CPAD, 2008, pp.36-8)
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Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 2: A oração no Antigo Testamento
Data: 10 de Outubro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa habitação, aos céus” (2 Cr 30.27).
VERDADE PRÁTICA
Assim como hoje, a oração no Antigo Testamento era um canal permanente de comunicação entre Deus e o seu povo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.28
O primeiro registro de comunicação entre Deus e o homem
Terça - Gn 4.26
A oração em o nome do Senhor inicia com Sete e seu filho
Quarta - Gn 18.23-33
Abraão intercede a Deus pelo povo
Quinta - Êx 8.30,31
Moisés orou, e Deus lhe respondeu
Sexta - Sl 34.6
Davi clamou a Deus e foi atendido
Sábado - Jr 15.15-18,20
Jeremias, o profeta, é consolado na oração a Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.31-39.
31 - E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome.
32 - E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
33 - Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha,
34 - e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez,
35 - de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.
36 - Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
37 - Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tomar o seu coração para trás.
38 - Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39 - O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje veremos que a oração está entre as mais antigas práticas da humanidade. O primeiro registro de oração no Antigo Testamento encontra-se no livro de Gênesis. Porém, o tema oração permanece em evidência até o livro de Malaquias. A prática da oração está presente em todas as religiões. Todavia, entre todas as criaturas do Senhor, somente o homem tem o privilégio de orar. A oração é o elo entre o Criador e a sua principal criação: o homem. Já no Antigo Testamento podemos notar que a oração sempre esteve presente na vida de homens e mulheres que possuíam intimidade com o Todo-Poderoso.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza a tabela abaixo no quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Ela será útil na introdução da lição. Destaque, o desenvolvimento da oração no Antigo Testamento, de acordo com os períodos históricos de Israel: o patriarcal, o monárquico e o profético. Explique aos alunos que tais períodos manifestam-se nas principais divisões do Antigo Testamento: Pentateuco; livros históricos; livros proféticos (além dos livros poéticos conforme tratado na lição). Enfatize o fato de que os protagonistas de cada período oravam a Deus em quaisquer circunstâncias. Diga ao seu aluno que precisamos cultivar uma vida de oração ao Senhor à luz do exemplo veterotestamentário. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Antigo Testamento: É a primeira das duas maiores divisões da Bíblia. Nela consta uma biblioteca de 39 livros canônicos.
Estudar a respeito da oração no Antigo Testamento é ter contato com as origens deste imprescindível meio de relacionamento do homem com Deus. Nada se iguala à segurança de sabermos que o Senhor está no controle: Ele pode tudo, sabe tudo e tudo vê. O povo de Deus do Antigo Testamento tinha esta certeza, embora muitas vezes não vivesse de acordo com ela por se afastarem dEle. Nas principais divisões do cânon judaico, citadas por Jesus Cristo em Lucas 24.44, nota-se que a oração sempre foi uma prática das pessoas que possuíam intimidade com o Eterno Deus. Tendo em vista os seus exemplos, a presente lição mencionará algumas breves narrativas das Escrituras veterotestamentárias, sendo provenientes de cada uma das divisões em que o diálogo com Deus foi decisivo.
No deserto de Midiã, o Senhor ressaltou esta verdade: “Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel” (Êx 3.7b,8a).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oração durante o Êxodo de Israel pode ser dividida em: gratidão a Deus pela libertação da escravidão do Egito e ingratidão e esquecimento por deixar-se contaminar com outros povos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As vidas de Elias e Eliseu confirmam a oração como elo entre os profetas do AT e Deus.
III. OS LIVROS POÉTICOS E A ORAÇÃO
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os livros poéticos de Jó e Salmos mostram o valor da oração e o relacionamento pessoal de Deus com o seu povo respectivamente.
CONCLUSÃO
Estudar a oração no Antigo Testamento leva o crente a aprimorar seu relacionamento e crescer em maturidade para com Deus. Homens do passado usufruíram de íntima comunhão com o Criador mediante a oração. Como seres humanos, nossas ansiedades e necessidades podem e devem ser colocadas diante daquEle que é o nosso Pai (Fp 4.6; 1 Pe 5.7).
VOCABULÁRIO
Benquisto: Bem-aceito; bem-visto.
Exator: Cobrador ou arrecador de impostos.
Veterotestamentária: Relativo ao Antigo Testamento.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.
BRAND R. L.; BICKEI Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“O livro dos Salmos é uma coletânea de poesia hebraica inspirada pelo Espírito Santo; descreve a adoração e as experiências espirituais do povo de Deus no Antigo Testamento. É a parte mais íntima e pessoal deste testamento, pois nos mostra como era o coração dos fiéis naquele tempo, e a sua comunhão com Deus.
Nos livros históricos da Bíblia, Deus fala acerca do homem; nos livros proféticos, Deus fala ao homem, e nos Salmos, o homem fala a Deus.
A alma do crente pode ser comparada a um órgão cujo executor é Deus. Nos Salmos, percebe-se como Deus toca todas as emoções da alma piedosa, produzindo cânticos de louvor, confissão, adoração, ações de graças, esperança e instrução. Até hoje, não foi achada linguagem melhor para que nós nos expressemos diante de Deus. As palavras dos Salmos são linguagem da alma”.
(PEARMAN, M. Salmos. Adorando a Deus com os Filhos de Israel. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, p.5)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bíbliológico
“No AT, a oração pode ser adequadamente descrita em termos dos grandes homens de Israel que aparecem muitas vezes como grandes intercessores perante Deus em nome do povo. Nessa função, eles manifestaram uma incrível coragem e persistência. Abraão implora a Deus pela pecadora Sodoma, insistindo de forma obstinada no número de justos pelos quais a cidade poderia ser poupada (Gn 18.22-33).
Jacó luta com o anjo (Gn 32.24-32), uma experiência que foi interpretada no próprio AT em termos de oração (Os 12.4).
Moisés pede para o seu nome ser apagado do livro da vida, se Deus não perdoar aqueles que adoraram o bezerro de ouro (Êx 32.31ss.; cf. Nm 14.13-19). As orações relativas à experiência do exílio são feitas com o mesmo espírito de intercessão, mas com uma ênfase maior na humildade, na confissão e no arrependimento; por exemplo, as orações de Daniel (Dn 9.3-19), Esdras (Ed 9.5-15) e Neemias (Ne 1.5-11). A grande oração da aliança expressa em Neemias 9.10 representa toda a história sagrada desde Abraão até Esdras com suas características de pecado, confissão, perdão, renovação, e votos de fidelidade à lei de Deus.
O livro dos Salmos é o livro de orações do AT, abrangendo todo tipo imaginável de oração — louvor, súplica, intercessão e ação de graças. [...] Nas orações penitenciais o justo torna-se mais consciente de seus pecados do que de seus inimigos externos, e suplica o perdão divino, muitas vezes com uma urgência idêntica e quase escatológica (por exemplo, Sl 32, 38, 51)”.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p. 1420)
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Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 3: A oração sábia
Data: 17 de Outubro de 2010
TEXTO ÁUREO
“E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa” (2 Cr 7.1).
VERDADE PRÁTICA
Apregoar a fidelidade do Senhor e adorá-Lo com humildade leva-nos a interceder pelo próximo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 3.7-12
Salomão pede a Deus sabedoria
Terça - 1 Jo 5.14
A oração é subordinada à vontade de Deus
Quarta - 1 Rs 3.7,9,11,12
A oração que agrada a Deus
Quinta - Lc 12.31
A oração prioriza o Reino de Deus
Sexta - 2 Cr 6.18-20
Salomão consagra o Templo em oração
Sábado - 2 Cr 7.12-16
O Senhor responde a oração de Salomão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Crônicas 6.12,21,36,38,39.
12 - E pôs-se em pé perante o altar do Senhor, defronte de toda a congregação de Israel, e estendeu as mãos.
21 - Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo de Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve, pois, e perdoa.
36 - Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles e os entregares diante do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro para alguma terra, remota ou vizinha;
38 - e se converterem a ti com todo o seu coração e com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os levaram presos, e orarem para a banda da sua terra que deste a seus pais, e desta cidade que escolheste e desta casa que edifiquei ao teu nome,
39 - ouve, então, desde os céus, do assento da tua habitação, a sua oração e as suas súplicas, e executa o seu direito, e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.
INTERAÇÃO
Prezado professor, esta lição trata da oração mais longa já realizada em toda literatura bíblica: a oração do rei Salomão (1 Rs 8.22-53). Depois de concluir “o santuário real”, no décimo primeiro ano do seu reinado (1 Rs 6.38), Salomão inaugurou o Templo oferecendo sacrifícios ao Senhor (1 Rs 8). O rei estendeu as mãos para os céus e ofereceu uma oração de dedicação. Ele orou pelo o povo, pedindo a Deus que respondesse todas as petições que ali fossem feitas. Rogou para que a salvação e a benevolência do Senhor estivessem em suas vidas. Salomão encerra a dedicação do Templo oferecendo sacrifícios pacíficos, ofertas queimadas e ofertas de manjares ao Eterno (1 Rs 8.62-66).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquema abaixo no quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Ao introduzir o tópico II, peça que os alunos leiam e discutam as principais petições de Salomão de acordo com o esquema. A seção Auxílio Bibliográfico II(p.25) o auxiliará no uso do esquema. Leia Mateus 22.37-39 e conclua explicando que o princípio norteador das petições de Salomão é a preocupação com a necessidade do próximo, conforme o ensino de Jesus. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Sabedoria: Qualidade de sábio; caráter do que é dito ou pensado sabiamente.
Salomão amava ao Senhor, e seguia os conselhos de seu pai Davi. Certa vez Salomão, num ato de adoração ao Senhor, ofereceu mil sacrifícios em Gibeão (1 Rs 3.4). Lá estava o tabernáculo e o altar de bronze que Moisés havia erigido no deserto (2 Cr 1.2-5). Naquela mesma noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão. Neste sonho, Deus faz ao rei uma pergunta, dando-lhe a oportunidade de pedir o que desejasse, e sua resposta foi: sabedoria para governar o povo de Israel (1 Rs 3.3-10). Ao acordar do sonho, ele voltou à Jerusalém, ao tabernáculo, e ofereceu mais sacrifícios a Deus. Naquela noite, Salomão teve uma experiência com Deus que marcou seu reinado e, enquanto esteve perante o altar do Senhor, reinou com notória sabedoria e sucesso.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Salomão viveu a diferença através da aproximação com o altar de Deus, exposta na oração inaugural do Templo, em meio ao contexto vivencial no palácio de seu pai.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A confissão da unicidade de Deus, a proclamação de sua fidelidade e a sensibilidade pelo bem-estar do povo são características marcantes da oração de Salomão.
III. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA
A oração intercessória de Salomão pode ser comparada, em sua sensibilidade, com a dos protagonistas nos períodos do Antigo Testamento, o Interbíblico e o Novo Testamento.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A oração intercessória de Salomão pode ser comparada, em sua sensibilidade, com a dos protagonistas nos períodos do Antigo Testamento, o Interbíblico e o Novo Testamento.
CONCLUSÃO
A prática da oração intercessória leva o crente a sensibilizar-se diante das necessidades do próximo. Você tem orado pelos outros? Salomão não pediu nada para si, mas pediu sabedoria para governar seu reino. Quando orar, não seja egoísta. Aprenda com Salomão e ore ao Senhor, rogando-lhe sabedoria para servir a Ele e, por conseguinte, ao próximo.
VOCABULÁRIO
Impregnado: Que se impregnou; embebido; encharcado; profundamente influenciado.
Unicidade: Qualidade ou estado de ser único; singularidade.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, E. A. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. RJ: CPAD, 2002.
GEORCE, J. Orações Notáveis da Bíblia. RJ: CPAD, 2007.
BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
Devemos aprender com Salomão
“Os tipos de intercessão aqui referidos estão relacionados com o povo de Deus, com a comunidade de que somos parte, aqueles que entre nós precisam de ajuda, de mãos fortes dos que exercem o ministério sacerdotal, neste aspecto bíblico da oração.
Outro exemplo aprendemos de Salomão, quando este ora e intercede pelos de fora. Pede ao Senhor: ‘Também ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu grande nome, e por causa de tua mão poderosa e do teu braço estendido, e orar, voltado para esta casa, ouve tu dos céus, do lugar da tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome’ (2 Cr 6.32,33).
Quando nossa alma está avivada e abrasada peio fogo do Espírito Santo, não somente pregamos aos pecadores, mas também intercedemos por eles, como expressão de ardente desejo de vê-los salvos. Isto é parte do ministério cristão, é coisa que pode e deve ser feita por todos os salvos.
Orar e interceder pelos fracos da igreja e pelos perdidos do mundo é importante missão a ser desempenhada pelos que tem no coração o amor de Deus. Não ore de forma mecânica. Ore, suplique e interceda. Há muitos por quem orar!”.
(SOUZA, E. A. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. RJ: CPAD, 2002, p.197)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Devocional
A oração de Salomão (1 Rs 8)
“A oração de Salomão apresenta três divisões facilmente identificáveis:
Quando um homem for obrigado a prestar algum juramento, então ouve do céu e age (vv.31,32).
Quando o povo de Israel confessar o seu pecado, então ouve do céu e perdoa o seu pecado (vv.31,32).
Quando se converterem do seu mau caminho, porque os afligiste, então ouve do céu e perdoa-lhes o pecado (vv.35,36).
Quando o povo enfrentar fome, ou praga, e voltar-se para ti em oração, então retribui a cada um segundo o seu coração (vv.37-40).
Quando chegar um estrangeiro e orar voltado para o templo, por causa do teu grande nome, então faze tudo o que ele clamar a ti (vv.41-43).
Quando enviares o teu povo à guerra, e eles orarem, então ouve do céu e sustenta a causa deles (vv.44,45).
Quando forem levados em cativeiro, se abandonarem o seu pecado e orarem, então ouve a sua oração e perdoa-lhes o pecado (46-51).
Digno de destaque na oração de Salomão é sua consciência de que as bênçãos e as provisões de Deus estão relacionadas a ações concretas no sentido de satisfazer aos requisitos e condições divinos. Esquecer esse fato é orar em vão.
O versículo 27, ao reconhecer a onipresença de Deus como o faz revela a percepção que Salomão tinha da grandeza e infinidade divinas, certamente um ingrediente vital na oração eficaz. Quão completamente gratificante é abandonarmos nossas limitações humanas e nos voltarmos para o Deus Todo-Poderoso! Pois não há quem se iguale àquEle que é, ao mesmo tempo, infinito e eterno, que não pode ser contido numa mera casa terrestre, e tampouco no Céu dos céus. Nosso Deus não habita nos espaços limitados do tempo, nem está subordinado à sucessão infinita dos anos. Quão grande é o Senhor!”.
(BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. RJ: CPAD, 4. ed., 2007, pp. 143-4)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 4: A oração em o Novo Testamento
Data: 24 de Outubro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar” (1 Ts 5.16,17).
VERDADE PRÁTICA
A oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mc 1.35
Jesus orou durante o seu ministério
Terça - Jo 15.7,16
Jesus ensina sobre a oração
Quarta - At 1.13,14; 2.42
A Igreja Primitiva perseverava unânime em oração
Quinta - Ef 1.15-17
Paulo e sua vida de oração
Sexta - Cl 4.2,3
A oração com vigilância e gratidão
Sábado - 1 Tm 2.1
A oração por todos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14.
Lucas 24
46 - E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
52 - E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
53 - E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém!
Atos 1
4 - E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
12 - Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
14 - Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.
INTERAÇÃO
Caro professor, o livro de Atos registra as ações inspiradas de um grupo especial de crentes. Nele estão incluídos os atos da Igreja, levantada no Pentecostes, por meio do Espírito Santo. As orações da Igreja Primitiva foram cruciais para os eventos sobrenaturais que marcaram os primeiros dias desse novo movimento do Espírito. Em diferentes épocas da Igreja surge a necessidade do estabelecimento de movimentos profundamente espirituais. Foi assim na Igreja Primitiva, na igreja medieval, e é assim na igreja contemporânea. Precisamos olhar para o passado a fim de corrigir o presente e aperfeiçoar o futuro.
OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, na lição de hoje analisaremos a oração num período histórico da Igreja. O objetivo é fazer uma exposição, ainda que resumida, entre os períodos históricos da Igreja (Antigo, Medieval e Moderno). Reproduza o subsídio histórico eclesiológico, presente na seção Auxílio Bibliográfico II, e distribua cópias para os alunos. A partir do exemplo de Charles G. Finney, explique que ao longo da história da igreja cristã houve momentos em que surgiram movimentos de despertamento para mudar as suas ações. O exemplo da comunidade cristã primitiva influenciou Charles Finney a não se conformar com a mornidão espiritual da vida eclesiástica. Ele influenciou profundamente a sociedade de seu tempo a partir da sua vida de oração. Mostre aos alunos que os exemplos do passado forjam a esperança para o futuro. Boa Aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Novo Testamento: Nome dado à segunda pane da Bíblia que compreende 27 documentos escritos por testemunhas oculares de Cristo ou pelos seus contemporâneos através de inspiração divina.
Estudar a respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase no relacionamento de Deus com o homem. Uma fase iniciada na cruz de Cristo e consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a igreja. Através da mediação de Jesus, o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar. Mais do que acesso; o crente em Jesus torna-se habitação do Santo Espírito.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oração na Igreja Primitiva era diária; nem mesmo a perseguição impediu os crentes de orar.
No livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); os Doze (At 6.2,4); Pedro (At 9.40; 10.9-11); Paulo e Barnabé (At 14.23); Paulo e Silas (At 16.16,25); Paulo (At 20.36; 21.5; 22.17).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os princípios da oração congregacional passam pelo crescimento da igreja, apresentação de necessidades específicas e a dedicação integral à vida de oração de seus líderes.
III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
Paulo nos apresenta uma relação de qualidades indispensáveis aos obreiros da Igreja de Cristo: “Irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes [...], irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina” (Tt 1.5-9).
Tais obreiros são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo pela ordem na igreja.
CONCLUSÃO
A igreja nasceu e cresceu mediante a oração. Aos pés do Senhor, encontrou direção e disposição para o trabalho, bem como forças para não sucumbir diante das dificuldades e problemas que surgem no caminho, inclusive oposição e perseguições. As circunstâncias, pelas quais a igreja passa, podem mudar de diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a Deus em oração permanecerá até a volta do Senhor Jesus.
VOCABULÁRIO
Dimensão: extensão mensurável que determina a porção de espaço ocupada por um corpo; tamanho, proporção.
Imprescindível: que não pode prescindir; indispensável.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, R. B. (ed). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2008.
BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. RJ: CPAD, 2007.
SOUZA, E. Â. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1.ed. RJ: CPAD, 2002.
Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
A oração no livro de Atos e no ministério de Paulo
“Atos. Se Lucas é o evangelho da oração, o livro que o acompanha, Atos mostra a Igreja Primitiva como uma comunidade de oração. Os discípulos oram enquanto esperam pelo Espírito Santo (Lc 24.53; At 1.14) e depois de sua vinda as principais práticas da jovem igreja podem ser resumidas entre ‘ensinar’, ‘dividir os bens’, ‘distribuir o pão’ e ‘orar’ (2.42-45). Lucas descreve essa vida inicial de oração como perseverante e dotada de uma concordância (por exemplo, 1.14; 2.42,46). Como no Evangelho de Lucas, a oração acompanha as crises de decisão (At 1.24), de libertação (4.24ss.; 12.5; 16.25) ou de confiança (7.60). Ela também está permanentemente associada à prática da imposição de mãos, e à vinda do Espírito Santo sobre indivíduos ou grupos (6.6; 8.14-17).
Paulo. A contribuição paulina à teologia da oração do NT é a sua grande ênfase na ação de graças. O fato de todas as suas epístolas, exceto Gálatas e Tito, terem uma expressão de ação de graças ou bênção de Deus logo de início, ou pouco depois da saudação, não pode ser explicada apenas como uma mera forma epistolar, pois está enraizada na teologia paulina. Paulo acreditava que toda oração deve incluir ação de graças (Fp 4.6; Cl 4.2), pois as ações de graças (eucharistia) faziam com que a glória ascendesse a Deus pela graça (charis) que havia descido sobre nós em Jesus Cristo (cf. 2 Co 1.11).
O ensino geral de Paulo sobre a oração foi muito bem resumido em 1 Timóteo 2.1-9”.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, p.1421)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio de História Eclesiástica
“Charles C. Finney foi um dos principais evangelistas da América do Norte. Nasceu em 1792, num lar sem qualquer influência evangélica. A princípio, tornou-se professor de escola primária e, mais tarde, aprendiz num escritório de advocacia no Estado de Nova Iorque. Enquanto estudava para prestar exames na faculdade de Direito, descobriu que a Bíblia era o alicerce das leis norte-americanas. [...] Com idade de vinte e nove anos, Finney rendeu sua vida a Cristo e abandonou seus planos de se tornar advogado para pregar o Evangelho, imediatamente, o reavivamento acompanhou a prédica de Finney. Pessoas eram arrebanhadas para o Reino de Deus em reavivamento após reavivamento.
A oração era o principal ingrediente no sucesso de Finney. Tudo quanto fazia era precedido pela oração.
A clássica obra de autoria de Finney, Lectures on Revivais of Religion [Palestras sobre Reavivamento da Religião], [...]. Do capítulo ‘The Spirit of Prayer’, temos este impressionante trecho:
‘Oh, quem nos dera uma igreja que orasse! Certa feita, conheci um ministro que teve um reavivamento por catorze anos seguidos. Não sabia como explicar a razão disso, até que presenciei um de seus membros se levantar numa reunião de oração e fazer uma confissão, ‘irmãos’, disse ele. ‘Há muito que tenho o hábito de orar todos os sábados à noite até depois da meia-noite, pela descida do Espírito Santo entre nós. E agora, irmãos’ — e ele começou a chorar — ‘confesso que tenho negligenciado isso por duas ou três semanas...’. Aquele ministro tinha uma igreja dedicada a oração” (Finney, Lectures on Revivais, pp.99,100). (BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.459-61).
“Contudo, Finney também acreditava na reforma social, em que indivíduos convertidos fariam uma grande diferença na cultura como um todo. Quando as pessoas vêm para Cristo não podem simplesmente aquecer-se em sua salvação recém-encontrada. Elas precisam investir sua energia na transformação da cultura, fazendo cessar as coisas que violam os princípios bíblicos. Foi exatamente neste ponto que a segunda carreira de Finney teve uma influência impressionante. Ele envolveu-se fortemente nos movimentos antiescravagista, de direitos da mulher e de abstinência (de alcoolismo). Donald Dayton escreve:
O próprio Finney fez conversões fundamentais e nunca quis substituir o avivamento pela reforma, mas ele fez as reformas com um ‘complemento’ ao avivamento. Por exemplo, ao discutir a questão do escravagismo, o evangelista desejava fazer da ‘abolição um complemento, exatamente como, em Rochester, fez a abstinência um complemento ao avivamento’. Com esta conexão, Finney preservou a centralidade dos avivamentos, ao mesmo tempo em que promovia as reformas e impelia seus convertidos a assumirem novas posições sobre questões sociais”.
(GARLOW, J. L. Deus e seu Povo. A História da igreja como Reino de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.212-13).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 5: Orando como Jesus ensinou
Data: 31 de Outubro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).
VERDADE PRÁTICA
Ao orar o Pai Nosso, o Senhor Jesus ensina-nos a essência da oração.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 14.6,13,14
Jesus é o caminho de resposta para a oração
Terça - Lc 18.13,14
Como devemos orar
Quarta - Mc 11.22-24
Devemos orar com fé
Quinta - Mc 11.25; Mt 6.15
A oração eficaz depende do perdão
Sexta - Mt 6.9-13
A oração-modelo de Jesus
Sábado - Lc 11.9,10
A persistência na oração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 6.5-13.
5 - E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6 - Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7 - E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.
8 - Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.
9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
10 - Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
11 - O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12 - Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
13 - E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!
INTERAÇÃO
Prezado mestre, na lição de hoje vamos estudar a respeito da oração-modelo ensinada por Jesus Cristo. O ensino do Senhor a respeito da oração originou-se da súplica dos discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lc 11.1). Não são poucas as pessoas que querem obter uma “fórmula mágica de oração” a fim de obterem respostas rápidas e previsíveis às suas petições. Tais pessoas frequentememente perguntam: “qual a posição correta para orar?” ou “qual o horário ideal?”. Na verdade deveriam fazer os seguintes questionamentos: “Será que nossas petições estão sendo realmente sinceras?”; “Estamos dispostos a pôr em prática a instrução bíblica?”. Para responder a essas perguntas precisamos atentar para cada detalhe da oração-modelo, começando pelo prefácio de Jesus: “Portanto, vós orareis assim:...” (Mt 6.9).
OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, providencie algumas cópias do esquema abaixo para seus alunos. Escreva no quadro-de-giz as seguintes questões: “O que Jesus queria dizer ao afirmar: ‘orando, não useis de vãs repetições, como os gentios?’”; “O que exigia a adoração oficial romana?”; “Em que os pagãos confiavam ao orar?”, “O que significa ‘o pão nosso de cada dia?’”. Dê um tempo para que os alunos leiam e respondam as questões. Depois de ouvir as respostas, faça as considerações que julgar necessárias. Conclua explicando o contexto histórico em que se originou esse ensinamento de Jesus. Boa aula!
Contexto Histórico Cultural da oração no livro de Mateus
Orando, não useis de vãs repetições, como os gentios (6.7)
A idéia pode não enfatizar tanto a natureza repetitiva da oração paga quanto o valor atribuído ao ritual. A adoração oficial em Roma exigia a repetição de fórmulas religiosas memorizadas. Se o sacerdote cometesse um único engano, todo o culto deveria ser repetido.
Em contraste Jesus nos lembra de que a oração é a expressão de um relacionamento pessoal, e não um rito religioso. Os pagãos confiam no ritual; o povo de Deus entra espontaneamente na presença daquele a quem conhecem como Pai Celestial.
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje (6.11)
A maioria das pessoas da Palestina na época de Jesus trabalhavam nas suas próprias plantações ou trabalhavam servindo as outras pessoas. Um trabalhador recebia um denário no final de cada dia. Com isto ele comprava comida para sua família, óleo para lâmpada e outras coisas. Aquele denário, que era o típico salário de um dia de trabalho, mal era suficiente para cobrir estas despesas diárias.
Assim, a oração que Jesus ensinou a seus seguidores era realmente comovente. Os cristãos devem confiar em Deus, diariamente, para o suprimento do seu pão.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Modelo: Representação em escala reduzida de objeto a ser reproduzido em dimensões normais; maquete.
Na lição de hoje, estudaremos a respeito da oração mais conhecida de todos os tempos: a Oração do Pai Nosso. Para ensinar os discípulos a orar, Jesus proferiu esta conhecida oração (Mt 6.9-13). Esse modelo de oração é singular pela sua simplicidade e adequado pela sua objetividade e propósito; é um modelo que serve aos crentes de todos os tempos.
Jesus no Sermão da Montanha ensinou a respeito de como devemos orar: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.5,6). Jesus ensinou acerca disso, porque os líderes religosos de sua época, gostavam das orações em lugares públicos para chamarem a atenção (Mt 6.5,6), porém Jesus ensina que devemos ter o nosso momento secreto com o Pai em oração (Mt 6.3).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oração deve ser uma prática habitual na vida do crente.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A oração-modelo ensina reconhecer a Deus como Pai; expressar sua soberania, santidade e dependência plena do Eterno.
III. DECORRÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO-MODELO
Deus conhece todas as nossas necessidades, de modo que não devemos estar inquietos por nossa subsistência (Mt 6,25-32; Sl 37.25; 34.10).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O suprimento diário, o perdão dos pecados e o livramento do mal são decorrências práticas da oração-modelo.
CONCLUSÃO
Quando o crente aprende biblicamente como se dirigir a Deus em oração, estando com a sua vida cristã em ordem, passa a ter a certeza de que suas orações serão respondidas. Afinal, as Sagradas Escrituras nos garantem: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).
VOCABULÁRIO
Inerente: Que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa.
Providência Divina: Resolução prévia tomada por Deus visando a consecução de seus planos e decretos.
Suscetível: Capaz ou passível de receber, experimentar e sofrer certas impressões e modificações ou adquirir certas qualidades.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BOYER, O. Espada Cortante. 2.ed. RJ: CPAD, 2006.
GEORGE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
A oração e seu caráter natural
Mateus 6
“Quando orares, não sejas como os hipócritas (v.5). Como podemos saber se a nossa religião é realmente hipocrisia? Quando é para ser vista pelos homens. É apenas hipocrisia quando as igrejas têm bons coros, exigem pregação de elevado estilo, fazem orações eloqüentes..., mas sem o Espírito. É hipocrisia colocar todas as mercadorias na vitrine, dando a entender que a loja tem grande estoque. É hipocrisia quando a adoração sai da boca para fora; é sinceridade somente se sair do íntimo do coração.
Os hipócritas... se comprazem em orar em pé nas sinagogas (v.5). Muitas vezes, a hipocrisia é tão acentuada nas igrejas que o mundo julga que todos os crentes são hipócritas.
[...] Entra no teu aposento (v.6). É evidente que Cristo não condena a oração nos cultos públicos (Jo 11.41,42; 17.1; At 1.14). Mas, mesmo a oração pública deve ser com ‘a porta fechada’, i.e., com o mundo excluído do coração e em contato com o trono de Deus em espírito. Na maior multidão, o crente pode achar seu ‘quarto de oração’. Mesmo no tempo de tristeza e angústia, é difícil evitar a hipocrisia, mas em secreto é mais fácil orar sem fingimento”.
(BOYER, O. Espada Cortante. 2.ed. RJ: CPAD, 2006, p.313)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 6: A importância da oração na vida do crente
Data: 07 de Novembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16).
VERDADE PRÁTICA
O crente em Jesus desenvolve o seu relacionamento com Deus e a fé cristã por meio da oração constante, confiante e disciplinada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 1.13,14
A oração conduz ao fervor espiritual
Terça - Sl 55.17; Dn 6.10
A oração deve ser um hábito pessoal
Quarta - Mt 6.6
A oração devocional
Quinta - At 1.14,24; 12.12
A oração congregacional
Sexta - 1 Tm 2.1-3
A oração traz quietude e sossego
Sábado - Mt 17.21
A oração acompanhada do jejum
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.4-9.
4 - Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.
5 - Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.
6 - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7 - E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
8 - Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
9 - O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.
INTERAÇÃO
Prezado professor. Deus deseja comunicar-se com seus filhos mediante a oração e a leitura da Palavra. Falar com Deus é um grande privilégio. O valor da oração está na resposta que o cristão oferece à pessoalidade de Deus. Naturalmente, através da oração nos voltamos àquEle cuja comunhão é prazerosa. Por isso, podemos manifestar com ação de graças nossas petições e súplicas.
O Eterno nos convida a cultivarmos um hábito sadio de oração como estilo de vida, a fim de que possamos produzir bons frutos. Os grandes homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água está para a corça!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. O objetivo é apresentar, de forma resumida, algumas verdades sobre as ministrações do Espírito Santo na vida do crente. O Santo Espírito é dinâmico e seu ministério é perfeitamente conhecido na vida de Jesus Cristo e da Igreja. Ao introduzir o tópico II, explique à classe que os atributos do Espírito Santo o nomeia como intercessor dos filhos de Deus. Por isso, podemos com coragem, estabelecer o hábito da oração diária em nossas vidas, pois o Consolador estará conosco, orientando nossas intercessões. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Importância: Qualidade do que é importante. Destaque em uma escala comparativa; valor, mérito, interesse.
A oração é um meio que Deus utiliza para desenvolver a comunhão do crente com Ele. Falar com Deus é uma preciosa e indivisível dádiva do cristão. Desperdiçar a oportunidade de falar com Deus e ouvi-lo, quando estamos em oração, é um atestado de enfermidade espiritual, cujo tratamento requer urgência (Is 55.6; Jr 29.13).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital à nossa vida espiritual.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Intercessão, socorro e habitação caracterizam a ação do Espírito Santo na vida do crente.
III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR SE A DEUS EM ORAÇÃO
O crente deve fazer constantes avaliações em sua obediência à vontade de Deus. Dessa atitude, dependem as respostas de suas orações (1 Jo 3.19-22; Jo 15.7; Sl 139.24).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O crente deve chegar-se a Deus em oração: reverentemente, honestamente e confiantemente.
CONCLUSÃO
A gratidão, a segurança, a firmeza, a sabedoria e a confiança do crente aumentam à medida que este estabelece uma vida de constante oração. Qualquer aspecto ou expressão da vida cristã que não passe pelo altar da oração, requer providência do crente. Tudo na vida do crente deve estar sob o controle e providência de Deus. Cheguemos, então, com confiança ao trono da graça (Hb 4.16).
VOCABULÁRIO
Sem ocorrências.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GILBERTO, A. Verdades Pentecostais. 1.ed. RJ: CPAD, 2006.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
As asas da oração
“Quando vemos a iniqüidade se multiplicando ao nosso redor, sentimos uma profunda depressão; oposição e a perseguição podem nos desencorajar. Davi foi tentado a se entregar a tais sentimentos, porém, a oração capacitou a levantar vôo acima da violência e da descrença dos homens, aproximando-se do céu. Nada voa tão bem como a oração, pois ela ergue a alma humana com grande velocidade para uma posição muito acima dos perigos e até dos prazeres existentes neste mundo. Assim como o avião voa acima das nuvens de tempestade, assim nós, nas asas da oração, podemos voar acima das decepções. Ajoelhemo-nos em fraqueza, e depois nos levantemos revestidos de poder. Fazemos a maior violência contra nós mesmos quando nos privamos desse meio de graça”.
(PEARLMAN, M. Salmos. Adorando com os Filhos de Israel. 1.ed. RJ: CPAD, p.21)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
A Esperança da Glória: Presente no Sofrimento (Romanos 8.18-27)
“Experimentamos a fraqueza que pertence aos que vivem nesta era. Este fato faz o Espírito gemer em intercessão (vv.26,27). O Espírito que habita em nós não é somente a garantia de nossa vida futura; Ele também é participante em nossa vida presente. Descrever a oração pelo raro termo gemido é adequado a um contexto onde o gemido dos crentes e da criação é o tema da discussão. O Espírito nos ajuda na intercessão a nosso favor por causa de nossa fraqueza. O contexto, com a ênfase no sofrimento e no gemido que surge em nosso espírito em antecipação ao que vêm em seguida, leva-nos a pensar que esta fraqueza descreve nossa atual condição neste período de antecipação.
Assim, o problema não é que não saibamos orar, mas que nossas circunstâncias são tais que não sabemos pelo que orar. Há certa confusão que acompanha a vida simultânea em dois reinos. Pelo que vamos pedir quando as condições do presente tempo, ao qual já não pertencemos, parecem mais reais e prementes do que as condições do mundo que podemos experimentar hoje apenas parcialmente? Embora estejamos seguros da libertação da morte e livramento da tentação na ressurreição, como vamos orar neste tempo quando o pecado e a morte ainda nos confrontam? Temos a garantia de que o Espírito está orando por nós ‘segundo [a vontade] Deus’. Além disso, ainda que não compreendamos o que o Espírito está pedindo, Deus compreende, porque Ele ‘sabe qual é a intenção do Espírito’ (v.27).
Agora nos dedicaremos à questão sobre como o Espírito nos ajuda em oração. Paulo está dizendo que oramos com a ajuda do Espírito, ou que o Espírito Santo ora por nós? Ou Paulo tem em mente a combinação das duas idéias? Quer dizer, o fenômeno descrito aqui é o que conhecemos por orar em línguas (o qual, em 1 Co 14.14,15, Paulo chama orar com o Espírito), nas quais o Espírito Santo ora pelo indivíduo?
Há duas semelhanças sobre o que sabemos sobre o gemido do Espírito e a oração no Espírito: são expressões em oração que a mente não pode compreender (1 Co 14.2,6,11,13-19), e é o Espírito que ora. Em 1 Coríntios 14.2, Paulo fala de mistérios pronunciados ‘em espírito’. Ambos os textos descrevem o Espírito orando pelo crente enquanto este ora em línguas. Finalmente, Romanos 8.26,27 é comentário sobre a declaração em 1 Coríntios 14.4 de que ‘o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo’. Somos ajudados em nossa fraqueza, ou seja, somos edificados, à medida que o Espírito intercede por nós de acordo com a vontade de Deus. A natureza da vontade de Deus por nós é o assunto ao qual o apóstolo se dedica nos versículos 28 e 29”.
(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2004, pp.872-73)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 7: A oração da Igreja e o trabalho do Espírito Santo
Data: 14 de Novembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42).
VERDADE PRÁTICA
A expansão contínua do evangelho completo é um distintivo da igreja que não se descuida da oração.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 1.24,25
A escolha de obreiros através da oração
Terça - At 4.31
A igreja foi cheia do Espírito em oração
Quarta - At 12.11-14
A igreja ora por livramento
Quinta - At 13.2-4
A oração expande a obra missionária
Sexta - At 20.36-38
Uma oração comovente da igreja
Sábado - At 28.8,9
A oração por cura divina
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 1.12,14; 2.4,38,40,41; 4.32.
Atos 1
12 - Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
14 - Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.
Atos 2
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a faiar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
40 - E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
Atos 4
32 - E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje veremos que a inauguração da igreja deu-se no dia de Pentecostes. Como já é do seu conhecimento, os crentes perseveraram unânimes em oração e súplicas (At 1.14). Após esse período de oração perseverante, todos foram cheios do Espírito Santo, e os crentes passaram a propagar poderosamente o evangelho (At 4.31). Durante a lição, procure enfatizar que da mesma forma, o Espírito Santo quer fazer nestes dias com a Igreja do Senhor que persevera em oração e jejum. Oremos, crendo que Deus ouvirá e atenderá as nossas súplicas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Providencie algumas cópias do quadro abaixo para os alunos. Utilize as cópias ao introduzir o Tópico II. Mostre o quadro aos alunos, e explique a proporção que o evangelho alcançou após o derramamento do Espírito Santo. Ressalte que as principais nações do primeiro século estavam presentes na festa de Pentecostes através dos judeus dispersos (Roma, países da Ásia, Egito, etc). Eles estavam entre as quase três mil almas que o Senhor acrescentou à sua igreja. Conclua, explicando que por meio da oração Deus quer revestir os seus filhos com poder para anunciar o evangelho em todo o mundo, cumprindo a Grande Comissão.
NAÇÕES MENCIONADAS NO DIA DE PENTECOSTE
ROMA
Capital do império que chegou a ser conhecido pela ambição política de seus governantes e a degeneração de sua sociedade. Os imperadores haviam imposto sua Pax Romana, fazendo-se aliados dos países que conquistavam, porém foram particularmente cruéis com os cristãos. O império romano estava no seu apogeu no dia de Pentecoste.
ÁSIA
No Novo Testamento, esta terminologia não se refere a todo o continente, mas à parte Oeste da chamada Ásia Menor. Éfeso era a capital e, embora fizesse parte do império romano, era governada por seu próprio procônsul. Por At 2.9,10 sabemos que Capadócia. Ponto e Panfília não pertencial à “Ásia”. Sem dúvida, as sete igrejas mencionadas em Apocalipse estão nesta área. O apóstolo Paulo dedicou muito tempo de seu ministério a esta região.
EGITO
Nos dias do Novo Testamento, o Egito já não era uma potência militar, porém continuava sendo um centro cultural e religioso. A Osíris, deus das profundezas e do Nilo, representava-se pela figura de um touro. É provável que os israelitas, ao caírem em idolatria no deserto, escolheram a forma de um bezerro devido à tradição egípcia. Seus conceitos de morte e reencarnação voltaram a ser populares na atualidade.
ELÃO
Este país, também chamado Pérsia em outra época, teve como capital a cidade de Susã. Mais tarde, uniu-se às Média para derrotar o império babilônico.
PÁRTIA
Entre 40 e 37 a.C., os partos invadiram a Ásia Menor e a Síria, e saquearam a cidade de Jerusalém. O império parto durou mais de cinco séculos. Dissolveu-se por causa da sua corrupção.
Nota: Os números entre parêntesis referem-se à ordem em que aparece cada lugar em At 2.9-11.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Espírito Santo: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Pneumathos]. Terceira pessoa da Santíssima Trindade.
A Igreja foi instituída no dia de Pentecostes, e sua formação inicial deu-se pelo derramamento do Espírito Santo. A característica principal da Igreja Primitiva era a poderosa atuação do Espírito, resultante da oração perseverante da comunidade cristã em Jerusalém. Após o Pentecostes, a Igreja passou a propagar poderosamente o evangelho (At 2.47).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O início da igreja cristã foi marcado pelo derramamento do Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O Espírito Santo prepara pregadores, concede intrepidez, escolhe e envia homens para a disseminação da Palavra de Deus no mundo.
III. O ESPÍRITO E O CRESCIMENTO DA IGREJA
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Não é a capacidade humana que faz a Igreja do Senhor crescer, mas é a ação e o poder do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Quando o crente tem uma vida de oração e se dispõe a ser um intercessor, não somente suas necessidades são supridas, mas também as do Corpo de Cristo são atendidas. A respeito do batismo no Espírito Santo, o servo de Deus deve buscar perseverantemente em oração, crendo que Deus atenderá as suas súplicas e o revestirá de poder.
VOCABULÁRIO
Diáspora: dispersão dos judeus, no decorrer do Século I.
Intrepidez: ausência de temor, coragem, ousadia.
Suscitar: fazer nascer ou aparecer, criar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARLMAN, M. Atos: E a Igreja se Fez Missões. 1.ed. RJ: CPAD, 2006.
HORTON, S. A Doutrina do Espírito Santo. 1.ed. RJ: CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Histórico Cultural
“Cumprindo-se o dia de Pentecoste... (2.1). Esta festa acontecia 50 dias depois da Páscoa, e marcava o final da colheita de grãos. A ideia era que fosse como uma festa de ação de graças, marcada pela oferta de sacrifícios e a doação de contribuições voluntárias da colheita recente (cf. Lv 23.15-22; Nm 28.26-31; Dt 16.9-12). O Pentecostes era uma das três ‘festas de peregrinos’ a que os homens adultos de Israel deviam comparecer. Na tradição rabínica, o Pentecostes também marcava a data em que Deus entregou a Lei a Moisés. Não é de admirar que muitos milhares de peregrinos que vinham dos judeus espalhados por todo o império romano e pelo oriente estivessem presentes para este, o mais significativo de todos os Pentecostes!
Textos rabínicos relatam que aproximadamente 12 milhões de pessoas reuniam-se para celebrar a Páscoa. Josefo estima que fossem 3 milhões. Estes números são elevados, considerando a área dentro e ao redor de Jerusalém. Mas fica claro que a população da cidade de cerca de 55.000 pessoas no século I era dobrada ou triplicada pelos visitantes, dos quais muitos vinham para a Páscoa e permaneciam até Pentecostes.
A referência de Lucas às terras nativas das quais vinham muitos dos peregrinos judeus (2.8-11) está em completa harmonia com o que conhecemos da diáspora judaica do século I”.
(RICHARDS, L. O. Comentário Histórico Cultural do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, p.253)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 8: A oração sacerdotal de Jesus Cristo
Data: 21 de Novembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12).
VERDADE PRÁTICA
A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-Lo em tudo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 11.25,26
Jesus ora ao Pai
Terça - Mt 6.9-13
A oração-modelo de Jesus
Quarta - Mt 21.13; Lc 4.16
Jesus ia ao templo e à sinagoga para orar
Quinta - Hb 5.7
Jesus orou com lágrimas em seu sofrimento
Sexta - Lc 6.12,13
Jesus orou para escolher seus discípulos
Sábado - Lc 22.31,32
Jesus orou em favor de Pedro
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-4; 15-17; 20-22.
1 - Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 - assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 - E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 - Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16 - Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 - Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
20 - Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim;
21 - para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 - E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
INTERAÇÃO
Caro professor, o versículo oito do capítulo dezessete de João nos apresenta uma interessante relação entre conhecer (ginosko), que nesse contexto, significa “conhecimento baseado na experiência pessoal”, e crer (pisteuo), que nesse caso significa “depositar a confiança em”, “comprometer-se”. Indague seus alunos se é possível desenvolvermos uma crença comprometida com o Senhor sem conhecê-Lo por meio de um relacionamento profundo e diário.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, escreva no quadro-de-giz as referências abaixo. Divida a turma em três grupos. Peça que os grupos leiam as referências e depois pergunte: “Por quem Jesus orou?”.
III. João 17.20-23.
Explique que ao orar por si próprio, Jesus estava orando por nós. Ele orou pelos seus discípulos e por todos os crentes. Ele espera que sua Igreja siga o seu exemplo.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Intercessor: Aquele que suplica por outro ou que intervém em favor de outro.
A oração sacerdotal de Jesus, em João 17, expressa os sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos. O estudo deste capítulo é relevante, porquanto não somente revela o que nosso Senhor espera de sua Igreja, mas também evidencia a importância da intercessão de um líder em favor de seus liderados.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Uma vida de comunhão com Deus é evidenciada por um relacionamento íntimo com Ele mediante a oração e a leitura bíblica.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Em sua oração intercessória, Jesus suplicou a Deus que concedesse aos discípulos livramento, alegria e perseverança.
III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Na oração sacerdotal de Jesus, Ele intercedeu ao Pai pela santidade, unidade e frutificação espiritual de sua Igreja.
CONCLUSÃO
A oração intercessória de Jesus no capítulo 17 de João revela, sobretudo, seu anseio por uma Igreja que desfrute de um relacionamento profundo com Deus, reflita o seu caráter e busque única e exclusivamente a sua glória.
VOCABULÁRIO
Redarguir: Replicar argumentando, responder argumentando.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BRANDI, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2006.
GEORGE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
“Em sua pessoa e em seus ensinamentos, Jesus reuniu a verdade e o amor. Seu amor foi expresso em verdade, e Ele falou a verdade com amor. A união da verdade e do amor é necessária para nosso crescimento espiritual (Ef 4.15).
É fácil identificar aqueles cristãos que se importam muito com a verdade, mas que quase não têm amor. Sua fé é expressa principalmente por palavras. São ‘grandes estudiosos da Bíblia’, e podem até resumir seus livros e fazer um gráfico das épocas. Mas são difíceis de se andar com eles, e a verdade que conhecem (ou pensam que conhecem) não é uma ferramenta de construção; é uma arma de luta. Eles adoram rivalizar!
A verdade precisa do amor, pois a verdade sem amor tende a tornar as pessoas orgulhosas. ‘A ciência incha, mas o amor edifica’ (1 Co 8.1). A verdade sozinha pode ser destrutiva, mas o amor capacita a verdade a nos edificar. Quando a verdade é partilhada com amor (mesmo se a verdade ferir), no final nos ajuda. [...] Uma criança sempre pensa que todas as pessoas que a beijam são amigas, e que todas as pessoas que nelas batem são inimigas. Mas uma pessoa madura sabe a diferença real. Algumas vezes a verdade pode nos machucar antes que possa nos curar, mas se formos feridos em amor, logo, a cura virá.
Esse fato nos ajuda a compreender que alguns ministérios da Palavra são divisíveis e destrutíveis. Há verdade neles, mas a verdade não é partilhada com amor”.
(WIERSBE, W. W. A oração intercessória de Jesus. 1.ed. RJ: CPAD, p.137)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 9: A oração e a vontade de Deus
Data: 28 de Novembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia nos garante que a oração realizada de acordo com a vontade de Deus será atendida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tg 4.3
A oração e a motivação do indivíduo que ora
Terça - Jo 3.21,22
A oração e a obediência a Deus
Quarta - 1 Pe 3.7
O relacionamento conjugal e a oração
Quinta - 2 Cr 1.7-12; Tg 1.5-7
A oração sábia é respondida
Sexta - 1 Rs 18.36-38
A oração definida e sincera é respondida
Sábado - Mc 5.22-24,41,42
A oração com espírito quebrantado é respondida
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14,13-17; 15.7; 1 João 5.14,15.
João 14
13 - E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 - Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
15 - Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
João 15
7 - Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
1 João 5
14 - E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
15 - E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.
INTERAÇÃO
Professor, qual a vontade de Deus para sua vida? Você tem consciência do que Deus espera de você? Muitos correm de um lado para o outro, procurando profetas para ouvira voz de Deus e descobrir sua vontade. Todavia, para descobrir a vontade do Senhor para nossas vidas, basta cultivarmos uma vida de íntima comunhão com o Pai, mediante a leitura da Palavra e a oração. Através da lição desse domingo, veremos que à medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente.
OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a aula, solicite que algum aluno partilhe com a turma uma experiência pessoal a respeito de como discerniu a vontade de Deus para sua vida em determinada ocasião. Após esse relato, apresente aos alunos alguns princípios que podem ajudá-los a conhecer a vontade divina. A vontade de Deus:
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Vontade Divina: [Do lat. voluntade]. Amorosa disposição que Deus, com base em seus decretos e desígnios, manifesta em relação ao ser humano.
Todo crente deseja ter uma vida de oração eficaz, ou seja, de súplicas atendidas pelo Senhor. Contudo, muitos não têm sido eficientes nesse assunto por desconhecerem completamente a vontade de Deus para os homens em geral e para sua própria vida. Nesta lição, você aprenderá que conhecer o Senhor e, por conseguinte, a vontade dEle para o seu viver, é imprescindível para obter respostas aos seus clamores.
A vontade geral de Deus está expressa na Bíblia, portanto, é indispensável que manejemos bem a Palavra da Verdade, a fim de sabermos como orar de acordo com a vontade dEle. Muitas vezes não é necessário perguntar se algo é da vontade do Senhor, porque as Escrituras explicitam claramente que tal pedido está completamente fora dos propósitos divinos para seus filhos. Tiago e João tiveram essa experiência, quando insensatamente pediram algo a Jesus Cristo em conflito com sua natureza e vontade, e foram repreendidos pelo Senhor (Lc 9.54-56).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A vontade geral de Deus para o homem está descrita na Bíblia, e a particular pode ser conhecida mediante um relacionamento íntimo com o Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As orações egoístas, hipócritas e que visam status social não são atendidas pelo Senhor.
III. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS
Na Bíblia temos muitos exemplos de orações respondidas, uma vez que estavam em harmonia com a vontade de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As orações de Salomão, Davi e Elias foram respondidas pelo Senhor porque estavam de acordo com sua vontade.
CONCLUSÃO
O segredo para uma vida de oração eficaz, ou seja, de pedidos realizados conforme a vontade de Deus, é cultivar um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. Você deseja ter suas orações atendidas? Ore de acordo com a vontade de Deus! Você quer saber a vontade de Deus para a sua vida? Então, cultive um profundo relacionamento com Ele.
VOCABULÁRIO
Determinismo: Doutrina filosófico-teológica, segundo a qual tudo o que acontece está condicionado ao meio e às circunstâncias.
Explicitar: Tornar explícito, claro, evidente.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Teológico
A vontade de Deus e a vontade do Homem
“Um dos mistérios com relação à doutrina da vontade de Deus está centrado no ensino bíblico no que diz respeito à soberania de Deus e a responsabilidade do homem. A liberdade do homem condiciona e impõe limites sobre a vontade de Deus? Ou todas as ações dos homens são determinadas no sentido de que eles tornam-se meros robôs? Além disso, a solução está além da mente finita, assim como o homem é incapaz de entender a natureza do conhecimento divino e sua compreensão das leis que governam a conduta humana. O homem é incapaz de compreender como uma ação que parece ser livre pode, entretanto, ser a operação da vontade de Deus e assim ser determinada. Nenhum homem pode entender totalmente a vontade e os caminhos de Deus (Jó 9.10). No entanto, o problema de relacionar a liberdade que o homem pensa experimentar com a soberania de Deus, torna-se menos exato se esta liberdade for entendida como a habilidade para fazer o que se deseja, ao invés do poder de escolha contrária ou arbitrária”.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, p.2026)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
Orar em nome de Jesus
“[...] O que significa orar em nome de Jesus? Embora tudo ou alguma coisa pareça incluir todas as coisas, estas palavras não são a garantia de que todas as nossas orações serão atendidas. O grande qualificador é a expressão ‘em meu nome’. Isto só se refere ao que está dentro da vontade de Deus. Barclay escreve: A oração em que no final se diz ‘seja feita a tua vontade’ é sempre respondida” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.7. RJ: CPAD, 2006, p.124).
“Orar em ‘nome de Jesus’ é orar em união com a pessoa e o propósito de Jesus, porque o ‘nome’ de uma pessoa simbolizava a sua essência e destino. Nestes versículos temos a promessa da resposta de nossas orações, desde que entendamos adequadamente o contexto do último discurso de Jesus. Jesus prometeu aos discípulos que seus pedidos com relação a dar frutos seriam respondidos porque isto glorificaria a Deus (veja Jo 4.41; 7.18; 8.50,54). Os capítulos seguintes esclarecem isto (Jo 15.7,8,16; Jo 16.23,24).
Quando Jesus diz que podemos pedir tudo, devemos nos lembrar de que os nossos pedidos devem ser em nome de Jesus — isto é, de acordo com o caráter e a vontade de Deus. Deus não concederá pedidos contrários à sua natureza ou à sua vontade, e não podemos usar o seu Nome como uma fórmula mágica para satisfazer os nossos desejos egoístas. Se estivermos sinceramente seguindo a Deus e buscando a sua vontade, então os nossos pedidos estarão alinhados com a vontade do Senhor, e Ele nos atenderá (veja também Jo 15.16; 1 Jo 6.23)” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol.1. RJ: CPAD, 2009, pp.571-2).
A certeza que a oração foi ouvida
“Todo aquele que ora pode ter a mais absoluta certeza de que sempre que uma oração for feita de acordo com a vontade divina, a audiência diante do trono da misericórdia está assegurada. Pedir é uma das prerrogativas do crente. Às vezes, o crente não recebe simplesmente porque não pede (Tg 4.2). Por outro lado, nossas petições só serão ouvidas se forem compatíveis com o bom prazer do Ouvinte. Existe a petição motivada por motivos errados (Tg 4.3).
[...] É tolice orar por qualquer coisa que seja proibida pela Palavra de Deus. Por exemplo, orar pela aprovação divina ao casamento de um crente com um incrédulo seria orar contra a vontade de Deus (2 Co 6.14)” (BRANDT, R. I.; BICKET, Z. J.Teologia da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007, p.415).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 10: O Ministério da Intercessão
Data: 05 de Dezembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).
VERDADE PRÁTICA
Através de Cristo e sob o poder do Espírito Santo, somos impulsionados e capacitados a interceder uns pelos outros.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 15.22-28
A intercessão da mulher siro-fenícia
Terça - Jó 42.10
A intercessão altruísta de Jó
Quarta - Lc 23.34
A intercessão compassiva
Quinta - Rm 8.34; Hb 7.25
Cristo intercede pelo seu povo
Sexta - Rm 8.26
O Espírito Santo intercede pelo crente
Sábado - 1 Tm 2.1-4
Devemos interceder por todos os homens
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 18.23-29,32,33.
23 - E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio?
24 - Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruí-lo-ás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela?
25 - Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?
26 - Então disse o SENHOR: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei todo o lugar por amor deles.
27 - E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza.
28 - Se, porventura, faltarem de cinquenta justos cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco.
29 - E continuou ainda a falar-lhe, e disse: Se porventura se acharem ali quarenta? E disse: Não o farei por amor dos quarenta.
32 - Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez.
33 - E foi-se o SENHOR, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou ao seu lugar.
INTERAÇÃO
Intimidade! Quando olhamos para a vida de Abraão e a sua apaixonada intercessão em favor de Sodoma e Gomorra percebemos que ele mantinha uma relação tão vital com Deus que Este compartilhou com Abraão uma intimidade do seu próprio coração no tocante àquelas duas cidades: “E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço?” (Gn 18.7). Por causa dessa intimidade Abraão foi um grande intercessor. Suas intercessões não chegaram impedir a ira de Deus sobre as duas cidades, mas serviram para livrar a Ló e sua família daquela destruição (Gn 19.29). Com Abraão entendemos que toda intercessão significativa só pode se originar de um coração que esteja em perfeita intimidade com a compaixão e os propósitos do coração de Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você utilize o quadro abaixo ao introduzir o segundo tópico. Isso pode ser feito através de PowerPoint, retroprojetor, lousa ou distribuição de cópias. Procure enfatizar o ministério da intercessão exercido por Abraão, Moisés e Paulo como exemplos de amor ao próximo, porém, cite Jesus Cristo como o exemplo supremo de compaixão e amor pelo próximo. Conclua explicando que a vida de oração intercessória passa pelas características cristãs de perseverança, altruísmo e empatia conforme o quadro abaixo. Boa aula!
Perseverança
Altruísmo
Empatia
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Intercessão: [Do lat. intercessionem]. Súplica em favor de outrem. A intercessão pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram.
O amor é a característica mais marcante do cristão (Jo 13.35). Esse amor deve ser demonstrado em todo o seu viver, inclusive em suas orações intercessórias. Intercessão quer dizer orar a Deus em favor de outra pessoa. A Palavra ordena aos filhos de Deus a orar por seus irmãos (Ef 6.18,19), pela obra de Deus (Mt 9.38), pelas autoridades constituídas (1 Tm 2.1,2) e até pelos inimigos (Mt 5.44). Se você, meu irmão, não é um intercessor, está perdendo a bênção de Deus. Portanto, entre na esfera da intercessão agora!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oração intercessória no AT (como as de Moisés e Samuel) e em o NT (o supremo exemplo de Jesus) serve de modelo para os dias hodiernos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As principais características bíblicas do intercessor são: perseverança, altruísmo e empatia.
III. A FORÇA DA ORAÇÃO COLETIVA
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A oração coletiva é eficaz na perseverança e unanimidade da igreja, assim como o exemplo em Nínive, Israel e na Igreja Primitiva.
CONCLUSÃO
Orar pelos outros é um dever e uma prova de que o amor de Deus está derramado no coração do intercessor. Buscar a Deus com fé é o modo correto de começar. Todos os cristãos devem desenvolver uma vida de oração e intercessão, buscando ter em si virtudes como altruísmo, perseverança e empatia espiritual. Assim fazendo, além de aprimorar sua vida de comunhão com Deus, o cristão estará cumprindo o mandato divino de amar ao próximo como a si mesmo.
VOCABULÁRIO
Altruísmo: Amor ao próximo.
Emblemático: Significativo, exemplar.
Empatia: Sentir o que o outro sente.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HUGHES, R. K. Disciplinas do Homem Cristão. 3.ed. RJ: CPAD, 2004.
SOUZA, E. Â. Guia Básico de Oração. Como orar com eficácia no seu dia-a-dia. 1.ed. RJ: CPAD, 2002.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliográfico
Intercessão
“O vocábulo hebraico ‘paga’ ocorre 46 vezes no Antigo Testamento. Sua forma verbal significa ‘encontrar-se’, ‘pôr pressão sobre’ e, finalmente, ‘pleitear’. Já sua forma causativa, com le (‘para’), significa ‘interceder diante de’. O texto a seguir é um exemplo de seu uso no Antigo Testamento.
‘Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu [fez intercessão]’ (Is 53.12).
Em o Novo Testamento, a palavra ‘intercessão’ vem do termo grego entugchano, que significa ‘apelar a’, ‘pleitear’, ‘fazer intercessão’, ‘orar’. Duas bem familiares e preciosas passagens incluem este vocábulo:
‘E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos’ (Rm 8.26,27).
‘Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens’ (1 Tm 2.1).
[...] A ‘intercessão’ representa ‘o ato de uma ou mais pessoas, humanas ou divinas, que fazem intercessão a Deus em favor de outrem’”.
(BRANDI, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. RJ: CPAD, 4.ed., 2007, p.29)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 11: A oração que conduz ao perdão
Data: 12 de Dezembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Sl 51.10).
VERDADE PRÁTICA
Um espírito quebrantado em oração é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 34.18
A oração com quebrantamento nos aproxima de Deus
Terça - Is 57.15
A oração contrita reanima o coração
Quarta - Dn 9.19-22
A oração confessional é respondida
Quinta - Mc 11.25; Mt 6.15
A oração abre o caminho para o perdão
Sexta - Lc 6.28
Ore pelos caluniadores
Sábado - Lc 23.34
Ore pelos que o maltratam
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmo 51.1-13.
1 - Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 - Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3 - Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 - Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
5 - Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 - Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 - Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8 - Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9 - Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
10 - Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
11 - Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 - Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
13 - Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
INTERAÇÃO
Davi foi um homem que certamente amava a Palavra de Deus e a oração, porém ele não era imune à tentação e ao pecado. No auge do seu reinado transgrediu a Lei do Senhor cometendo um adultério e um assassinato. Todavia, depois de ser advertido pelo profeta Natã reconheceu a sua iniquidade e transgressão: “Pequei contra o Senhor” (2 Sm 2.13). Davi trilhou o caminho que todo pecador deve percorrer para ser restaurado: arrependimento, confissão do pecado e abandono da prática.
OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, divida a classe em 3: grupos. Depois que os grupos já estiverem formados, entregue a cada um deles uma das questões abaixo. As questões devem ser respondidas tendo como base o Salmo 51. Cada grupo terá, no máximo, três minutos para discutir seu tema e dois minutos para expor sua opinião à classe.
Conclua explicando que Davi trilhou o caminho que todo pecador deve percorrer para ser restaurado: arrependimento, confissão do pecado e abandono da prática.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Perdão: [Do gr. aphesis]. “Perdoar ou remir os pecados de alguém”.
A oração é o modo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante dEle suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que aflige sua alma. Quando se peca, é através da oração que se chega a Deus para confessar as culpas e pedir-lhe o seu perdão. A oração que Davi fez, logo após ser confrontado pelo profeta Natã a respeito de seu adultério (com Bate-Seba) seguido de assassinato (de Urias), é um exemplo do que se deve fazer ao pecar, a fim de alcançar misericórdia diante de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O pecado afronta a Deus, entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Para receber o perdão divino, o pecador deve reconhecer, confessar e abandonar o pecado.
III. A RESTAURAÇÃO DO PECADOR
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus restaura o pecador que verdadeiramente se arrepende e muda de atitude.
CONCLUSÃO
A oração é um instrumento de comunhão com Deus, inclusive para aquele que a perdeu por causa do pecado. Depois que o homem reconhece que pecou, através da oração sincera, como a do publicano em Lucas 18.10-14, pode confessar seus pecados ao Senhor e pedir-lhe o seu perdão. O verdadeiro arrependimento, no entanto, implica na mudança de atitude e conduta daquele que pecou. A orientação amorosa do Senhor Jesus é: “vai-te e não peques mais” (Jo 8.11).
VOCABULÁRIO
Sem ocorrências.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GEORGE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
GONÇALVES, J. et al. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
O Pecado e seu Domínio
“Infelizmente, para o questionamento do porquê de Davi ter pecado, a resposta é simples e, ao mesmo tempo, complexa: Ele pecou exatamente porque é um ser humano.
[...] Mesmo sendo o ‘homem segundo o coração de Deus’, ele não possuía uma natureza divina assim como Jesus Cristo que, apesar de ser chamado de ‘Filho de Davi’ — por sua ascendência ou natureza humana —, era Deus e, portanto, não sujeito a pecar (Hb 4.15; 1 Pe 2.21,22). Ser um ‘homem de Deus’ (2 Cr 8.14), como Davi o era, infelizmente não significa invulnerabilidade ou imunidade em relação ao pecado. Talvez nisso resida o problema de muitas pessoas que se espelham em outras. Quando seus referenciais fracassam, elas igualmente perdem a fé, pois caíram na ilusão de acreditar que existe alguém perfeito.
A doutrina do pecado ou hamartiologia é um dos grandes ensinos que precisa ser resgatado nos dias atuais. Saber que todos nós fomos afetados peia realidade do pecado, que por meio de um ato único entrou no mundo e, consequentemente, no seio da humanidade (Gn 3), é muito importante, pois mostra que a sua universalidade é algo que só pode ser resolvido com um único ato universal (Rm 5.18,19). O pecado é, por definição, um desvirtuamento do propósito original de Deus para o homem, pois o ‘sentido básico da palavra é o de errar um alvo ou um caminho’”.
(CARVALHO, C. M. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp.147-8)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
O Perdão Pela Confissão
“Qual é a garantia de que a confissão é importante para Deus? A própria Palavra de Deus. Ela garante que a confissão é premiada com a misericórdia. ‘O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia’ (Pv 28.13).
Deus sabe que estamos sujeitos às leis deste mundo, mais exige que pautemos uma vida dentro dos padrões estabelecidos por Ele. E quando nos afastamos desse padrão, Ele espera que admitamos nossa falha e retornemos para Ele por meio da confissão. Todos nós conhecemos o texto áureo da confissão: ‘Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça’ (1 Jo 1.9).
Não podemos ter por hábito apenas dizer para Deus o que fizemos como se lêssemos para Deus uma lista de nossas infelizes decisões e atos. Mais que enumerar pecados, Deus espera que concordemos com Ele que erramos e que precisamos do seu perdão.
E Davi reconheceu o seu erro. Ele sabia que em Deus acharia a graça para a recuperação de seu pecado. Deus, por meio da confissão de Davi, não permitiu que ele permanecesse naquela situação: ‘Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão’ (Sl 37.23,24). Como diz Richard D. Philips, ‘enquanto a verdade condena, a verdade e a graça juntas restauram o pecador’.
Não estamos imunes ao pecado em um mundo decaído. Não podemos dizer que jamais pecaremos, ou que ficaremos o tempo todo em vigilância. Mas podemos ter certeza de que Deus, em sua grande misericórdia, aceitará o pecador arrependido e o restaurará à comunhão perdida”.
(COELHO, A. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp.168-72)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 12: Quando o crente não ora
Data: 19 de Dezembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Então, aqueles homens israelitas tomaram da sua provisão e não pediram conselho à boca do SENHOR” (Js 9.14).
VERDADE PRÁTICA
A falta de oração na vicia dos crentes leva-os a decisões precipitadas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jn 2.1,2
O crente deve orar na angústia
Terça - Jn 2.9,10
O crente que ora, Deus responde
Quarta - Mt 10.16
O crente que não ora, não é prudente
Quinta - 1 Pe 4.7
O crente que ora é sóbrio e vigilante
Sexta - Js 9.14,15
O crente que não ora, se precipita
Sábado - Pv 12.15
O crente que não ora, não ouve conselhos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jonas 1.1-5,11,12,15.
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.
4 - Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.
5 - Então, temeram os marinheiros, e clamava cada um ao seu deus, e lançavam no mar as fazendas que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém, desceu aos lugares do porão, e se deitou, e dormia um profundo sono.
11 - E disseram-lhe: Que te faremos nós, para que o mar se acalme? Por que o mar se elevava e engrossava cada vez mais.
12 - E ele lhes disse: Levantai-me e lançai-me ao mar, e o mar se aquietará; porque eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande tempestade.
15 - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje veremos que além de orar, o crente precisa buscar a direção de Deus e cumprir a sua vontade. Muitos oram, mas não obedecem ao Pai. Jonas era um porta-voz de Deus. Ele tinha uma vida de comunhão com o Senhor, porém quando recebeu de Deus uma difícil tarefa, recuou e procurou fazer a sua própria vontade. O que Deus quer que você, professor, faça em sua classe? Não recue! Tenha coragem, cumpra a missão que lhe foi determinada pelo Senhor!
OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, converse com seus alunos sobre conhecer a vontade do Pai mediante a oração. Explique que não basta conhecera vontade de Deus, é preciso executá-la com alegria. Depois, escreva no quadro-de-giz as frases abaixo e discuta com os alunos a respeito do crente que não ora:
O crente que não ora:
→ Não cresce espiritualmente (Os 6.3).
→ Deus não está em primeiro lugar em sua vida (Mt 6.33).
→ Não é submisso ao Senhor (Rm 8.28).
→ Não reconhece a Deus em todos os seus caminhos (Pv 3.6).
→ Não aprende a confiar no Senhor (Sl 118.8).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Obediência: Submissão à vontade divina, dependência.
Os benefícios de uma vida de oração são, de algum modo, conhecidos pela maioria dos crentes. Em geral, quando se estuda sobre oração, esses benefícios são destacados. É necessário que o cristão esteja ciente dos efeitos adversos na vida de quem é relapso nessa área. Há bênçãos divinas para os que se propõem a orar com regularidade e afinco; há também consequências desastrosas para aqueles que são negligentes nessa prática.
Através desse episódio, aprendemos que a nossa desobediência pode trazer prejuízos àqueles que estão próximos de nós. Ouça e obedeça à voz de Deus!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A desobediência a Deus pode trazer prejuízos a nós e àqueles que estão próximos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O crente que não busca a direção de Deus toma decisões precipitadas; prejudica a si mesmo e aos que estão próximos.
III. BUSCANDO CONSELHOS EM OUTRO LUGAR
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Através da oração e do estudo da Palavra o crente é dirigido por Deus.
CONCLUSÃO
A falta da oração e da busca constante pela vontade de Deus levam o homem a uma vida que prejudica a si próprio e aos que o rodeiam, principalmente se este homem é um líder. Que o Senhor, em sua infinita misericórdia, nos dê forças espirituais para estar sempre aos seus pés, em oração, buscando sua direção para nossa vida e para o desenvolvimento do trabalho que Ele colocou em nossas mãos. Ele está sempre disposto a ouvir e atender àquele que o busca de coração (Jr 29.13).
VOCABULÁRIO
Relapso: que não cumpre com seus deveres.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
A Resposta de Jonas a Deus
“Apesar da desobediência e presunção, o próprio Jonas experimentara a libertação misericordiosa de Deus e recebera uma segunda chance. Quando comissionado por Deus para ir a Nínive, Jonas fugiu na direção oposta. Quando lançado ao mar furioso e engolido por um peixe, ele teve a audácia de presumir que estava livre. Em lugar de oferecer um clamor penitencial e humilde por libertação, ele agradeceu ao Senhor porte-lo libertado (Jn 2.1-9). Mas Deus perseverou e comissionou novamente o profeta (Jn 2.10 — 3.2). O livro termina com um Deus gracioso ainda tentando persuadir Jonas a pensar corretamente na sua misericórdia (Jn 4.9-11).
Embora Jonas, como Israel, fosse recebedor da misericórdia de Deus, o profeta negou a mesma misericórdia para o mundo gentio. Ironicamente, estes pagãos a quem Jonas detestava por serem idolatras (Jn 2.8), mostrou mais sensibilidade espiritual do que o profeta. Jonas reivindicou ‘temer ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca’ (Jn 1.9). Mas suas ações contradisseram o seu credo. Enquanto Jonas tentou fugir do Criador do mar através do mar, os pagãos expressaram que temiam genuinamente ao Senhor por meio de sacrifícios e orações (Jn 1.16). Em contraste com Jonas que desobedeceu à palavra revelada de Deus e prevaleceu-se da misericórdia divina, os ninivitas responderam imediata e positivamente à palavra de Deus e humildemente se lançaram aos pés do Deus soberano (Jn 3.4-9)”.
(ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp. 467-8)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br