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A setenta semanas de DANIEL (4 e 5)
A setenta semanas de DANIEL (4 e 5)

                       A setenta semanas de DANIEL (4 e 5) 

                    A SENTENTA SEMANA DE DANIEL (4)

                              Professor Mauricio Berwald

 

A respeito da destruição final de Jerusalém, da congregação judaica, e da nação judaica. Isso aconteceu imediatamente após a morte do Messias, não só por ser um justo castigo àqueles que o haviam condenado à morte, que era o pecado que enchia a medida da iniqüidade deles, e lhes trazia a ruína, mas porque de certa maneira era necessário ao aperfeiçoamento de um dos grandes objetivos da sua morte.Ele morreu para colocar um fim à lei cerimonial, para abolir completamente aquela lei que era repleta de mandamentos, e também para anular a obrigação de cumpri-la. Mas os judeus não seriam facilmente persuadidos a abandoná-la.

 

Eles continuaram a mantê-la com mais zelo do que nunca, e não desejavam sequer ouvir falar em separar-se dela. Eles apedrejaram Estêvão (o primeiro mártir cristão) por ter dito que Jesus iria mudar os costumes que Moisés lhes havia entregado (At 6.14). Portanto, não havia outra maneira de abolir a organização mosaica a não ser com a destruição do templo, da cidade santa e dos sacerdotes levíticos, inclusive de toda aquela nação por quem eram tão irremediavelmente amados. Isso foi efetivamente realizado menos de quarenta anos depois da morte de Cristo, e se tornou uma desolação que até hoje não pôde ser reparada. E isso é o que foi largamente previsto, que os judeus que retornaram do cativeiro não poderiam se levantar através da reconstrução da sua cidade e do templo, porque no decorrer do tempo eles seriam finalmente destruídos, e não seria como agora que haviam ficado destruídos apenas durante setenta anos. Eles poderiam, ao invés disso, se regozijar com a esperança da vinda do Messias e com o estabelecimento do seu reino espiritual nesse mundo. 

 

O reino do Messias jamais será destruído. Então: [1] Aqui foi previsto que o povo do príncipe que viria seria o instrumento dessa destruição, isto é, os exércitos romanos que pertenceriam a uma monarquia futura (Cristo é o príncipe que virá, e esse povo será usado ao seu serviço e formará os seus exércitos, Mateus 22.7), ou os gentios (que, embora fossem agora estrangeiros, se transformariam no povo do Messias), e eles destruiriam os judeus. [2] Também foi previsto que a destruição ocorreria através de uma guerra, e que essa guerra traria a sua desolação. As guerras dos judeus contra os romanos foram causadas pela obstinação deles, e eram muito longas e sangrentas. E, por fim, elas terminaram com o extermínio da nação judaica. [3] De maneira particular, a cidade e o santuário seriam destruídos e transformados em um deserto. Tito, o general romano, pouparia o Templo de bom grado. Mas os seus soldados estavam tão enfurecidos contra os judeus que ele não conseguiu impedir que o Templo fosse reduzido a cinzas. 

 

E assim se cumpriu a profecia. [4] Toda a resistência preparada para evitar essa destruição seria inútil, e o fim aconteceria como uma inundação. Seria o dilúvio da destruição, igual àquele que havia varrido o velho mundo. Nenhum ser humano seria capaz de deter tamanha destruição. [5] Dessa maneira, cessariam todos os sacrifícios e ofertas. E precisariam mesmo cessar, porque todos os sacerdotes haviam sido eliminados, e os seus descendentes tinham ficado muito confusos. Pois (diziam eles) não existia nenhum homem no mundo que pudesse provar que era da semente de Arão. [6] Haveria uma difusão de abominações, uma corrupção geral da nação judaica, e uma abundância de iniqüidades, tudo isso aconteceria entre eles. Por isso ela se tornaria uma desolação (1 Ts 2.16). Também poderíamos entender que se tratava dos exércitos romanos que eram abomináveis aos judeus (eles não conseguiriam suportá-los) e se espalharam pela nação. Através deles, a nação se tornou uma desolação. 

 

Essas foram as palavras de Cristo, registradas em Mateus 24.15. Quando vissem a abominação da desolação, mencionada por Daniel, que estaria no lugar santo, seria necessário que aqueles que estivessem na Judéia fugissem, e isso é explicado em Lucas 21.20. E quando vissem Jerusalém cercada por exércitos, então eles deveriam fugir. [7] Essa desolação seria total e final: Ele a tornará desolada, até que seja completamente consumida. Isto é, Ele a tornará completamente desolada. Essa destruição já havia sido determinada e seria levada a um nível máximo. E, quando se tornasse desolada, parece que alguma coisa mais havia sido determinada, e seria derramada sobre os desolados (v. 27). Seria o espírito de um profundo sono (Em 11.8,25), de uma cegueira que tomaria conta de Israel até que a plenitude dos gentios tivesse entrado. E, então, todo o povo de Israel seria salvo.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 889.

 

Dn 9.27 Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana. Os defensores do ponto de vista sobre o primeiro advento 19.24-27, nota) compreendem que o "Ungido" "fará firme aliança", ou seja, poria em execução seu ministério público.

 

 Entretanto. os defensores do ponto de vista do segundo advento postulam um intervalo de tempo entre os vs. 26-27. compreendendo que o "príncipe" faria "firme aliança" com muitos. Além disso. eles interpretam que o "príncipe" será o anticristo o qual estabelecerá uma aliança com o povo judeu. reunido no território de Israel durante um período de "tribulação" (12.1; Mt 24.21; Ap 7.14) de sete anos la septuagésima "semana").

cessar o sacrifício. De acordo com os defensores do ponto de vista do primeiro advento (924-27, nota). isso se refere ao término do sistema de sacrifícios do Antigo Testamento. por motivo da morte de Cristo. De conformidade com os defensores do ponto de vista do segundo advento. há aqui uma referência à proibição.

 

determinada pelo anticr'rsto. do "sacrifício e a oferta de manjares" ! talvez representando a prática religiosa em geral) pelo povo judeu reunido após três anos e meio IAp 11.2; 12.6, 14) do período da tribulação.

o assolador. De acordo com o ponto de vista do primeiro advento 19.24-27, nota). isso descreve a destruição de Jerusalém, ocorrida em 70 a.C. De acordo com o ponto de vista do segundo advento. ·isso descreve uma catástrofe que atingirá a cidade de Jerusalém em conexão com as atividades do anticristo. Frases semelhantes a "asa das abominações" ocorrem em Dn 8.13; 11.31; 12.11 Inatas).bem como em 1Macabeus1.54. Dn 8.13 e 1Macabeus1.54 são claras referências às atividades de Antíoco IV. Jesus refere-se a essa "abominação" em sua predição de eventos futuros IMt 24.15; Me 13.14).Bíblia de Estudo de Genebra. Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 999.

 

III - OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)

 

  1. Revelar o “homem do pecado” (2 Ts 2.3).

 

O versículo 27 nos obriga a reconhecer que nem Antíoco Epifânio, nemTito têm cumprido os terríveis presságios da declaração dessa escritura do v. 27. As ações realizadas neste versículo não correspondem ao personagem do versículo 26. Na realidade, a predição do versículo 27 remonta a uma época escatológica.

A escritura começa com o pronome “ele” (v. 27). Quem? Que personagem será esse? O personagem é identificado, também, como “o rei de cara feroz”;“o chifre pequeno” que surge do “animal terrível e espantoso”, representando o império romano. Do ressurgimento desse antigo império romano surgirá “o príncipe romano” (Dn 7.25). Esse personagem é, também, identificado na linguagem do Novo Testamento como “o anticristo” (1 Jo 2.18; 4.3) e como “a Besta que saiu do mar”(Ap 13.1). O personagem é apresentado numa linguagem figurada mas a sua existência será literal. Ele será um líder mundial que chamará a atenção das nações da terra pela inteligência que demonstrará na diplomacia e na astúcia política.Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 135.

 

2 Ts 2.3 A chegada do dia do Senhor se dará “como o ladrão de noite” (1 Ts 5.2); mesmo assim, alguns eventos deverão precedê-lo. O dia final do Senhor não virá sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado. Esta “apostasia” ou rebelião será uma revolta enorme contra Deus. Ela poderá começar entre aqueles que crêem em Deus e se espalhar entre todas as pessoas que se recusam a aceitar Cristo. Assim, ela incluirá os judeus que abandonaram a Deus e alguns membros da igreja cuja fé é apenas simbólica. Embora a rebelião contra Deus pareça bastante difundida hoje, à medida que a vinda de Cristo se aproxima, esta apostasia e oposição ativa contra Deus irá se intensificar. Durante a apostasia, um homem fora do comum virá a público. 

 

Ele terá considerável poder de Satanás e personificará o mal. Ao longo de toda a história, determinados indivíduos personificaram o mal e foram hostis a tudo o que Cristo representa (veja 1 Jo 2.18; 4.3; 2 Jo 7). Estes “anticristos” viveram em todas as gerações, e outros como eles irão continuar a realizar o mal. Então, pouco antes da segunda vinda de Cristo, “o homem do pecado”, um homem completamente maligno, surgirá. Ele será um instrumento de Satanás, equipado com o poder de Satanás (2.9). Este homem irá se opor à lei, tanto às leis morais de Deus quanto às leis civis. Ele promoverá a imoralidade e a anarquia. Este homem “sem lei” e iníquo será o Anticristo. Ele estará no mundo e entáo alcançará poder e notoriedade. Este fato é demonstrado pela palavra “manifeste”. O livro do Apocalipse fala de uma “besta” que simboliza o Anticristo (Ap 13.5-8). A besta simboliza o Anticristo — não Satanás, mas alguém sob o poder e o controle de Satanás (veja também Ap 16.13 e 19.20, onde ele é o segundo membro da falsa trindade). O mal de Satanás irá culminar em um Anticristo final, um homem que irá concentrar todos os poderes do mal contra Jesus Cristo e seus seguidores, trazendo destruição. Mas até mesmo este homem, com todo o poder que terá, estará, em última análise, condenado à destruição (veja Ap 20.10).

 

Deus ainda reina e a sua vitória é certa. O iníquo será destruído, mas náo antes que Deus o use de acordo com os propósitos divinos. Durante este período de grande rebelião e apostasia, será demonstrada toda a extensáo da maldade, e a rebelião contra Deus será exibida em todo o seu horror e feiúra. Sempre, em meio a todo o sofrimento, em todos os tempos. Deus está atraindo as pessoas a si, chamando-as ao arrependimento. Isto irá continuar durante estes últimos dias.Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 465.

 

Uma revelação desse homem do pecado (v. 3): o anticristo surgirá dessa apostasia geral. O após tolo mais tarde fala da revelação do iníquo (v. 8), mencionando a revelação que deveria ser feita da sua iniquidade, para a sua destruição. Parece que aqui ele fala da sua ascensão, que deveria ocorrer na apostasia geral que o apóstolo havia mencionado, e menciona que toda sorte de doutrinas falsas e corrupções se concentrariam nele. Grandes discussões ocorreram ao longo da história em relação a quem de fato é e o que se tenciona com esse homem do pecado e filho da perdição: e, se não está claro que são o poder e a tirania papal que estão principalmente ou unicamente planejados aqui, uma coisa é certa: O que foi dito aqui está exatamente de acordo com isso. Observe: 1. Os nomes dessa pessoa, ou melhor, o estado e o poder aqui considerado. Ele é chamado de o homem do pecado, para indicar sua extraordinária iniquidade. Não somente ele é dedicado ao mal e o pratica, mas também promove, encoraja e comanda o pecado e a iniquidade em outros; e ele é o filho da perdição, porque ele mesmo está dedicado à destruição certa e é o agente para destruir muitos outros, tanto o corpo quanto a alma. Por esses motivos, esses nomes podem ser aplicados adequadamente ao estado papal.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 675-676.

 

A IGREJA DE Tessalônica cometeu dois sérios equívocos acerca da doutrina da segunda vinda de Cristo. Ambos perigosos e de conseqüências danosas. Quais foram esses equívocos?

 

  1. O equívoco de marcar datas quanto à segunda vinda de Cristo (2.1,2).

Alguns crentes de Tessalônica estavam sendo enredados pelo engano, pensando que a vinda de Cristo já havia acontecido. Eles fixaram uma data e na mente deles essa data já havia chegado.Paulo já havia ensinado a igreja sobre a segunda vinda (iTs 2.19) e a necessidade de estar preparado para ela (1Ts 5; 1-11), mas eles confundiram a vinda súbita com uma vinda imediata. O problema dos tessalonicenses não era a questão da demora da parousia, mas, sim, sua crença de que estava esmagadoramente iminente.

E bem provável que após a leitura da primeira carta de Paulo à igreja, alguns intérpretes fantasiosos tivessem chegado a essa equivocada interpretação e perturbado a igreja com suas conclusões. O verbo “perturbar” sugere ser agitado num vento tempestuoso, e é usado metaforicamente para ficar tão perturbado a ponto de perder sua compostura e bom senso normais. É ficar transtornado pela notícia. O erro doutrinário traz perturbação em vez de edificação e consolo. Sempre que alguém tenta administrar essa agenda que pertence à economia da soberania de Deus cai em descrédito e colhe decepção. Somente Deus conhece esse Dia.

  1. O equívoco de não observar os sinais da segunda vinda de Cristo (2.3). Se por um lado não podemos marcar datas acerca do dia da segunda vinda de Cristo, por outro, não podemos fechar os olhos aos seus sinais. O apóstolo pontua para a igreja que a segunda vinda de Cristo não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja manifestado o homem da iniqüidade.

Dois sinais precederão a segunda vinda de Cristo: a. A apostasia (2.3). A palavra grega apostasia significa queda, caída, rebelião, revolta. Trata-se de uma apostasia final que ocorrerá imediatamente antes da parousia. Essa apostasia será uma intensificação e culminação de uma rebelião que já começou, pois o mistério da iniqüidade já opera no mundo.^^® O fato de que o Dia do Senhor será precedido pela apostasia também já fora claramente predito pelo Senhor no Seu sermão profético (Mt 24.10-13). O que é apostasia? Como podemos entendê-la? Concordo com a descrição de Howard Marshall: Apostasia é uma palavra utilizada no grego secular para uma revolta política ou militar e era usada na Septuaginta para a rebeldia contra Deus (Js 22.22; 2Cr 22.19; 33.10; Jr 2.19). Em especial, referia-se ao desvio da Lei. Nos últimos dias a oposição dos homens a Deus, bem como a imoralidade e a iniqüidade crescerão grandemente (Mt 24.12; 2Tm 3.1-9). Estas coisas estão associadas com um aumento de guerras entre as nações (Mt 13.7,8) e com a atividade de falsos profetas e mestres (Mc 13.22; ITm 4.1-3; 2Tm 4,3,4).

 

William Hendriksen alerta para o fato de que a apostasia futura de modo algum ensina que os que são genuínos filhos de Deus “cairão da graça”. Tal queda não existe (2.13,14). Significa, porém, que a fé dos pais - fé a qual os filhos aderem por algum tempo de uma maneira meramente formal  será afinal e completamente abandonada por muitos dos filhos. O mesmo  escritor ainda diz: “O uso do termo apostasia aqui em 2Tessalonicenses 2.3, sem um adjetivo adjunto coloca em realce o fato de que, de modo geral, a Igreja visível abandonará a fé genuína”.

 

  1. O aparecimento do homem da iniqüidade (2.3). O movimento de apostasia chegará ao seu apogeu quando seu líder maior, o arquioponente de Deus, o homem da iniqüidade, for revelado. Esse homem da iniqüidade, também chamado de “o filho da perdição” e “o iníquo” é uma designação paulina do anticristo. Assim como Jesus terá Sua revelação, apocalipse, também o anticristo terá sua manifestação. Isso enfatiza o caráter “sobre-humano” da pessoa mencionada, pois a coloca como contraparte da revelação do próprio Senhor Jesus Cristo.

O texto que estamos considerando foca sua atenção na pessoa, na atividade e na derrota do anticristo. William Barclay entende que estamos diante de uma das passagens o anticristo, o inimigo consumado de Deus e da Igreja mais difíceis de todo o Novo Testamento. Vamos, agora, examinar mais detidamente esse tema.

 

Sua identidade revelada (2.3)

 

A palavra anticristo significa um cristo substituto ou um cristo rival. O prefixo grego anti pode significar duas coisas: “contrário a” e “no lugar de”. Antonio Hoekema diz, portanto, que a palavra “anticristo” significa um cristo substituto ou um cristo rival. Assim, o anticristo é ao mesmo tempo um cristo rival e um adversário de Cristo.

Satanás náo apenas se opõe a Cristo, mas também deseja ser adorado e obedecido no lugar de Cristo. Satanás sempre desejou ser adorado e servido como Deus (Is 14.14; Lc 4.5-8). Um dia produzirá sua obra-prima, o anticristo, que levará o mundo a adorá-lo e acreditar em suas mentiras. No livro de Daniel o anticristo é representado inicialmente não como uma pessoa, mas como quatro reinos (leão, urso, leopardo e outro animal terrível), numa descrição clara dos impérios da Babilônia, Medo-persa, Grego e Romano (Dn 7.1-6,17,18). Outro símbolo do anticristo no livro de Daniel é Antíoco Epifânio, que profanou o templo, quando o consagrou ao deus grego Zeus e mais tarde sacrificou porcos em seu altar (Dn 7.21,25). No ensino de Jesus, o anticristo é visto como o imperador romano Tito, que no ano 70 d.C. destruiu a cidade de Jerusalém e o templo (Mt 24.15-20), bem como um personagem escatológico (Mt 24.21,22). A profecia bíblica vai se cumprindo historicamente e avança para a sua consumação final (Mt 24.15-28).

 

Nas cartas de João o termo anticristo é empregado em um sentido impessoal (IJo 4.2,3). Ele se referiu também ao anticristo de forma pessoal. Mas João vê o anticristo como uma pessoa que já está presente, ou seja, como alguém que representa um grupo de pessoas. Assim, o anticristo é um termo utilizado para descobrir uma quantidade de gente que sustenta uma heresia fatal (IJo 2.22; 2Jo 7). João fala ainda tanto do anticristo que virá quanto do anticristo que já está presente. Assim, João esperava um anticristo que viria no tempo do fim. Os anticristos são precursores do anticristo (IJo 2.28). Para João, o anticristo sempre esteve presente nos seus precursores, mas ele se levantará no tempo do fim como expressão máxima da oposição a Cristo e Sua Igreja.

Na teologia do apóstolo Paulo, o anticristo é visto como o homem do pecado (2.3). Ele surgirá da grande apostasia (2.3); será uma pessoa (2.3), será objeto de adoração (2.4), usará falsos milagres (2.9), só pode ser revelado depois que aquilo e aquele que o detém for removido (2.6,7) e será totalmente derrotado por Cristo (2.8).

 

Seu caráter descrito (2.3,8)

 

Paulo não usa o termo anticristo nesta carta. Essa designação é utilizada no Novo Testamento apenas por João (IJo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7). Mas esse é o nome pelo qual identificamos o último grande ditador mundial que Paulo chama de “homem da iniqüidade”, “filho da perdição” (2.3), aquele que “[...] se opoe a Deus” (2.4), aquele que se exalta acima de todos os demais (2.4), que se proclama Deus (2.4), também chamado de “iníquo” (2.8). Vamos examinar três aspectos do caráter do anticristo: 1. Ele é o homem da iniqüidade (2.3). Vale pontuar que o anticristo escatológico não é um sistema nem um grupo, mas um homem. Toda a descrição apresentada por Paulo é de caráter pessoal. O homem da iniqüidade “se opõe”, “se exalta”, “se assenta no templo de Deus”, “proclama a si mesmo como Deus”, e será “morto”. À luz de 2Tessalonicenses 2.3,4,8 e 9 podemos afirmar com sólida convicção que Paulo está fazendo uma predição exata acerca de uma pessoa certa e específica que se manifestará e que receberá sua condenação quando Cristo voltar.

 

vMguns eminentes teólogos como Benjamim Warfield defenderam a tese de que o homem da iniqüidade deveria ser identificado como a linhagem de imperadores romanos, como Calígula, Nero, Vespasiano, Tito e Domiciano. John Wyclif, Martinho Lutero e muitos outros líderes da Reforma defenderam a tese de que o papa era o anticristo. A Confissão de Fé de Westminster é categórica neste ponto: Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exaltava na Igreja contra Cristo e contra tudo o que chama Deus (XXV. vi).

William Hendriksen, destacado escritor reformado, entretanto, discorda dessa interpretação, dizendo que o papa pode ser chamado “um anticristo”, um entre muitos dos precursores do anticristo final. Em tal pessoa o mistério da iniqüidade já está em operação. Chamar, porém, o papa de o anticristo é algo que contraria toda a sã exegese. O anticristo é o homem sem lei que viverá e agirá na absoluta ilegalidade. Ele será um transgressor consumado da lei de Deus e dos homens. Será um monstro absolutista. A palavra grega anomia, iniqüidade, descreve a condição de quem vive de modo contrário à lei. Ele é a própria personificação da rebelião contra as ordenanças de Deus. O homem da iniqüidade realizará os sonhos de Satanás sobre a terra, liderando a mais ampla e mais profunda rebelião contra Deus em toda a História.

 

William Hendriksen coloca esse fato com clareza; É importante observar, que assim como a apostasia não será meramente passiva, mas ativa (não meramente negação de Deus, mas também uma rebelião contra Deus e Seu Cristo), assim também o homem da iniqüidade será um transgressor ativo e agressivo. Ele não leva o título de “homem sem lei” por jamais ter ouvido a lei de Deus, e, sim, porque publicamente a despreza!

  1. Ele é o filho da perdição (2.3). Não apenas seu caráter é sumamente corrompido, mas seu destino é claramente definido. Ele procede do maligno e se destina inexoravelmente à perdição. Ele é um ser completamente perdido e designado para a perdição. Ele será lançado no lago de fogo (Ap 19.20; 20.10). A palavra grega “perdição”, traz a idéia de que o anticristo está destinado a ser destruído.

 

  1. Ele é o iníquo (2.8). A palavra grega anomos, traduzida por “iníquo”, significa ilegal, iníquo, aquele que vive ao arrepio da lei. O anticristo será um homem corrompido em grau superlativo. Ele será inspirado pelo poder de Satanás e terá um caráter tão perverso quanto o daquele que o inspira. Podemos afirmar, acompanhado por uma nuvem de testemunhas, de que o conceito de Paulo sobre o anticristo procede da profecia de Daniel. Observemos os seguintes pontos: 1) O homem da iniqüidade (2.3 - Dn 7.25; 8.25); 2) O filho da perdição (2.3 - Dn 8.26); 3) Aquele que se opõe (2.4 - Dn 7.25); 4) E que se exalta contra tudo [que é] chamado Deus ou é adorado (2.4 - Dn 7.8,20,25; 8.4,10,11); 5) De modo que se assenta rio santuário de Deus, proclamando a si mesmo como Deus (2.4 - Dn 8.9-14).

LOPES. Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. Editora Hagnos. pag. 175-181.

 

  1. A Grande Tribulação (Mt 24.15,21).

 

O texto diz que “ele fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Será, na verdade, uma aliança que Ele fará com Israel. O texto diz: “com muitos”, indicando que ele não terá a unanimidade do apoio israelense, mas o suficiente para se impor com sua liderança política, que inicialmente alcançará sucesso e aceitação. Sua força política será notada e reconhecida no estabelecimento de um sistema político, alavancado e apoiado pelo velho mundo, a Europa, ou seja, o antigo império romano ressurgido. Os três primeiros anos e meio, a metade da semana, serão marcados pela quebra do pacto feito entre esse Líder e Israel, e se iniciará um grande período de sofrimento, perseguição e morte em Israel. Na interpretação pré-tribulacionista. A igreja já não estará na terra, porque antes, ela será arrebatada e estará com Cristo na sua glória nos céus. Portanto, a igreja não entrará na Grande Tribulação. Ela não estará na terra, quando o Anticristo fizer o acordo com Israel (Dn 9.27). A Tribulaçao diz respeito ao mundo de então e a Israel especialmente.Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.

 

Mt 24.15,16 Jesus advertiu contra a procura de sinais, mas como uma parte final da sua resposta à segunda pergunta dos discípulos (24.3) Ele lhes falou do evento definitivo que iria significar a destruição vindoura.

A abominação da desolação se refere à profanação do Templo pelos inimigos de Deus. Mateus insiste para que os seus leitores entendam as palavras de Jesus à luz da profecia do profeta Daniel, no Antigo Testamento (veja Dn 9.27; 11.31; 12.11).

 

O primeiro cumprimento da profecia de Daniel aconteceu em 168 a.C., com Antíoco Epifânio, quando ele sacrificou a Zeus um porco no altar do Templo sagrado e fez do judaísmo uma religião ilegal, punível com a morte. Isto incitou a guerra dos macabeus.O segundo cumprimento aconteceu quando se concretizou a predição de Jesus sobre a destruição do Templo (24.2). Dentro de poucos anos (70 d.C.), o exército romano iria destruir Jerusalém e profanar o Templo.Com base em 24.21, o terceiro cumprimento ainda está por acontecer. As palavras de Jesus se referem ao final dos tempos e ao anticristo.No final dos tempos, o anticristo irá cometer o sacrilégio final, colocando uma imagem de si mesmo no Templo e ordenando a todos que a adorem (2Ts 2.4; Ap 13.14,15).

 

Muitos dos seguidores de Jesus estariam vivos durante a época da destruição de Jerusalém e do Templo, em 70 d.C. Jesus advertiu os seus seguidores para que saíssem de Jerusalém e da Judéia e fugissem para os montes, cruzando o rio Jordão, quando vissem o Templo sendo profanado. Isto provaria ser para a sua proteção, pois quando o exército romano invadisse, a nação e a sua cidade principal seriam destruídas.

 

Mt 24.21 Jesus avisou sobre fugir rapidamente porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. Grandes sofrimentos aguardavam o povo de Deus nos anos que se seguiriam.

 

 O historiador judeu Josefo registrou que quando os romanos saquearam Jerusalém e devastaram a Judéia, cem mil judeus foram levados prisioneiros, e um milhão e cem mil pessoas morreram assassinadas ou de fome. As palavras de Jesus também indicam, em última análise, o período final de tribulações no fim dos tempos, porque nada como isto já terá sido visto, ou será visto novamente. Ainda assim, a grande tribulação é aliviada por uma grande promessa de esperança para os crentes verdadeiros.Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 142.

fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

Postado por mauricio berwald

 

   

 

A setenta semanas de DANIEL (5)

               

                  ASENTENTA SEMANA DE DANIEL (5)   

 

 

                                 Professor Mauricio Berwald

 

 

Mt 24.15 1. Os romanos trarão “a abominação da desolação” ao “lugar santo” (v. 15). Considere que: (1) Alguns entendem que uma imagem, ou estátua, colocada no Templo por alguns dos governantes romanos, e que era muito ofensiva aos judeus, os levou a se rebelarem, e desta maneira trouxe a desolação sobre eles. A imagem de Júpiter (um dos deuses do Olimpo), que Antíoco mandou colocar sobre o altar de Deus, é chamada Bdelygma eremoseos -

 

 A abominação da desolação, a mesma palavra usada aqui pelo historiador (1 Macabeus 1.54). Desde o cativeiro na Babilônia, nada era, nem poderia ser, mais desagradável para os judeus do que uma imagem no lugar santo, como se pode perceber pela poderosa oposição que eles fizeram quando Calígula se ofereceu para colocar a sua estátua ali, o que teria tido conseqüências fatais, se não tivesse sido evitado, e a questão apaziguada, pelo comportamento de Petrônio. No entanto, Herodes colocou a imagem de uma águia sobre a porta do Templo e, dizem alguns, a estátua de Tito foi colocada dentro do Templo. (2) Outros preferem explicar isso com o trecho paralelo (Lc 21.20): “quando virdes Jerusalém cercada de exércitos”. Jerusalém era a cidade santa, Canaã era a terra santa, e o monte Moriá, que está próximo de Jerusalém, pela sua proximidade com o Templo, era, de uma maneira especial, considerado solo sagrado; o exército romano estava acampado na região ao redor de Jerusalém, e isto teria sido a abominação que produziu a desolação. 

 

A terra de um inimigo é considerada como “a terra de que te enfadas” (Is 7.16), de modo que um exército inimigo, para um povo fraco, mas voluntarioso, pode perfeitamente ser chamado de abominação. Diz-se que isto se refere a Daniel, que falou mais claramente do Messias e do seu reino que qualquer outro dos profetas do Antigo Testamento. Ele fala de uma “abominação desoladora”, o que seria feito por Antíoco (Dn 11.31; 12.11), mas isto a que se refere o nosso Salvador nós temos na mensagem trazida pelo anjo (Dn 9.27) do que aconteceria no final de setenta semanas, muito tempo depois da anterior; pois com o aumento das abominações, ou, como diz a anotação na margem, com os exércitos abomináveis (o que esclarece a profecia),/Ele trará a desolação. Exércitos de idólatras podem ser chamados de exércitos abomináveis; e alguns pensam que os tumultos, insurreições, facções e sedições abomináveis, na cidade e no Templo, podem, pelo menos, ser interpretados como parte da abominação causando desolação. 

 

Cristo lembra aos discípulos a profecia de Daniel, para que eles possam ver como a destruição da sua cidade e do seu Templo foi mencionada no Antigo Testamento, o que confirmaria a sua predição e, ao mesmo tempo, removeria a ira da sua profecia. Da mesma maneira, eles poderiam, a partir de então, começar a contar o tempo logo depois da morte do Messias, o príncipe. O pecado cometido quando os judeus o rejeitaram e a certeza da destruição são uma desolação determinada. Assim como Cristo, pelos seus preceitos, confirmou a lei, também pelas suas predições Ele confirmou as profecias do Antigo Testamento, e isto será útil para a comparação de ambas.

 

Tendo sido feita referência a uma profecia, que normalmente é obscura, Cristo insere este lembrete: “Quem lê, que entenda” . Aquele que lê a profecia de Daniel, compreenda que ela deverá se cumprir então, dentro de pouco tempo, na destruição de Jerusalém. Observe que aqueles que lêem as Escrituras, devem se esforçar para entendê-las, caso contrário a sua leitura terá pouco propósito. Nós não podemos utilizar aquilo que não compreendemos. Veja Jo 5.39; At 8.30.

 

O anjo que trouxe esta profecia a Daniel o estimulou para que a conhecesse e entendesse (Dn 9.25). E nós não devemos perder a esperança de entender, nem mesmo as profecias obscuras; a maior profecia do Novo Testamento é chamada de “revelação”, e não de segredo. Agora as coisas reveladas pertencem a nós; portanto, elas devem ser investigadas com humildade e diligência. Também podemos compreender não apenas as Escrituras que falam dessas coisas, mas pelas Escrituras devemos compreender os tempos (1 Cr 12.32). Observemos e prestemos atenção; assim alguns interpretam isso. Que nos asseguremos de que, apesar das esperanças vãs com as quais as pessoas iludidas se alimentam, os exércitos abomináveis trarão desolação.

 

Mt 24.21 Os grandes problemas que se seguiriam imediatamente (v. 21): “Haverá, então, grande aflição”; então, quando a medida da iniqüidade está completa; então, quando os servos de Deus estão selados e protegidos, então vem os problemas. Nada pode ser feito contra Sodoma até que Ló tenha chegado a Zoar, e então podemos procurar fogo e enxofre imediatamente. “Haverá, então, grande aflição”. Grande, realmente, quando dentro da cidade as pragas e a fome se enfureceram, e (pior do que qualquer coisa) houve facção e divisão, de modo que a espada de cada homem estava contra o seu companheiro. Foi então, e ali, que as mãos das mulheres desprezíveis esfolaram os seus próprios filhos. Fora da cidade, estava o exército romano, pronto para engoli-los, com uma ira especial contra eles, não somente como judeus, mas como judeus rebeldes. A guerra foi o único dos três julgamentos dolorosos de que Davi foi isento. Mas seria isso o que destruiria os judeus. E houve fome e pestes extremas, além da guerra. (História das Guerras dos Judeus), de Josefo, contém mais passagens trágicas do que, talvez, qualquer outra história.

 

(1) Foi uma desolação incomparável, “como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais”. Muitas cidades e reinos foram desolados, mas nenhum com uma desolação como essa. Os pecadores ousados não devem pensar que Deus fez o pior que podia fazer. Ele pode aquecer a fornalha sete vezes e ainda outras sete vezes mais quente, e o fará, quando vir abominações maiores e ainda maiores. Os romanos, quando destruíram Jerusalém, estavam destituídos da honra e da virtude dos seus ancestrais, o que tornou as suas vitórias mais fáceis de serem obtidas. E a determinação e teimosia dos próprios judeus contribuíram muito para o aumento da tribulação. Não é de admirar que a destruição de Jerusalém tenha sido uma destruição sem paralelos, quando o pecado de Jerusalém foi um pecado sem paralelos - a crucificação de Cristo por eles. Quanto mais próximo alguém está de Deus, em profissão de fé e privilégios, maior e mais grave será o julgamento divino sobre tal pessoa, se usar mal os seus privilégios, e for falso à sua profissão de fé (Am 3.2).HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag.315; 317-318.

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Mt 24.21. “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.”

Começando com 24.15, Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego).

Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).

O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande tribulação de que a vinda de Cristo à terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27 nota; 1Jo 2.18; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). O Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele mesmo Deus (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).

Seguem-se fatos salientes a respeito desse evento crítico.

(1) A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).

 

(2) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra (ver 24.33 nota). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7).

Por causa da grande expectativa da volta de Cristo (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).

 

Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).

 

(1) Jesus admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de Deus.

(2) Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1 nota). Deus permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias difíceis, pois Jesus declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro.

 

(3) Quem entre o povo de Deus não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2Ts 2.11 nota).

Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:

(1) Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10 nota).

 

(2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21).

(3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).

(4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO).

(5) Os fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação (ver Lc 21.36 nota; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10 nota).

(6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em Jesus Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).

(7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a Deus (Ap 12.17; 13.15).

(8) Será um tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).

(9) A declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.

(10) A grande tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).

(11) Não devemos confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44 (ver notas sobre estes versículos, que tratam da vinda de Jesus, na sua fase do arrebatamento dos crentes), a qual ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação.(12) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6–18.STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

 

  1. Revelar a vitória gloriosa do Messias.

 

Jesus Cristo, o Messias prometido, se revelará de modo especial na sua vinda pessoal e visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10).Ele virá e instalará um reino de paz e harmonia no mundo, desfazendo por completo o Anticristo, o falso profeta e ao próprio Diabo (Ap 19.19-21). Na Grande Tribulação, os juízos de Deus serão manifestos sobre Israel, mas na vinda pessoal, Israel será restaurado e governará com Cristo por mil anos (Ap 20.2,5).Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.

 

Ap 19.19 Esta besta é a mesma que tinha vindo do mar (capítulo 13; veja o comentário ali). Os reis da terra referem-se aos “dez chifres” que João tinha visto na besta (veja 13.1), e, muito provavelmente, o seu número simboüza todos os reis da terra que prometem lealdade ao Anticristo. Com o derramar da sexta taça da ira de Deus, “espíritos de demônios, que fazem prodígios... vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todopoderoso... no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (16.14-16). O capítulo 16 nos deu uma prévia daquilo que estava por vir e de como viria; o capítulo 19 descreve o evento propriamente dito. Aqui, o versículo 19 fala da congregação para a batalha do Armagedom.

 

A besta e os reis da terra e seus exércitos retmiram-se para fezerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo (Cristo) e ao seu exército (os redimidos). As linhas da batalha tinham sido traçadas, e o maior confronto da história mundial estava prestes a acontecer.

Ap 19.20 Os dois exércitos posicionaram-se um de frente para o outro - a besta e todos os reis da terra versus o Cavaleiro do cavalo branco e o seu povo redimido. De repente, a batalha tinha se acabado. Náo houve luta, pois, em um segundo, o fim tinha chegado. Não havia necessidade de uma batalha, porque a vitória tinha sido obtida séculos antes, quando o Cavaleiro do cavalo branco. Cristo, tinha morrido em uma cruz.

 

Naquela ocasiáo, Satanás tinha sido derrotado; aqui, no Armagedom, ele é finalmente despido de todo o seu poder. A besta de Satanás (o Anticristo, descrito em 13.1-10) foi presa, juntamente com o seu falso profeta, que tinha enganado os que receberam o sinal da besta.

 

Isto está descrito em 13.11-18. A besta e o íàlso profeta foram presos e lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. Este é o destino final de todos os ímpios. Neste ponto, entretanto, somente estes dois seres iníquos receberam esta puniçáo. Este lago é diferente do abismo mencionado em 9.1; ele é mencionado em 14.10,11 e 19.3. Há diversas declarações a respeito de poderes espirituais e pessoas sendo lançados no lago de fogo. Aqui, o Anticristo e o falso profeta foram lançados no lago ardente. A seguir, o seu líder, o próprio Satanás, será lançado naquele lago (20.10), e finalmente a morte e o inferno também serão lançados ali (20.14). Depois disto, aqueles cujos nomes não estáo escritos no Livro da Vida seráo atirados no lago de fogo (20.15).

 

Ap 19.21 Com os dois líderes presos (a besta e o falso profeta), o exército ficou abandonado pata ser destruído. Cristo, com a espada que saia da sua boca (19.15), mata todo o exército de reis e soldados rebeldes com um único ataque mortal. A sua espada do julgamento atinge e destrói tudo. As aves de rapina, que tinham sido chamadas anteriormente pelo anjo (19.17,18), se fartaram das carnes dos mortos. Como náo havia sobrado ninguém da batalha para sepultar estes mortos, eles foram abandonados para que as aves de rapina os devorassem.Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 907-908.

 

A Derrota do Anticristo e de seus Exércitos (Ap 19.19-21)

 

"E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes."

 

As aves de rapina são chamadas (Ap 19.17) numa antecipação do desfecho da batalha. Elas estarão prontas e esperando o Anticristo entrar no grande vale ao sul de Nazaré. Este lugar já foi designado em Apocalipse 16.16 como Armagedom, o monte ou a colina de Megido que, em hebraico, significa "o lugar de rebeliões unidas". Há os que o definem como "a cidade ou monte de matança". O profeta Joel (3.12) designou o lugar como "o vale de Josafá", ou seja: "o vale onde Jeová julga".

 

Megido não é o vale referido em Zacarias 14.4,5, onde Jesus aparecerá quando de sua volta em toda sua glória. Seus pés pisarão o monte das Oliveiras, que será rachado em duas partes, uma metade se movendo em direção ao norte, e a outra em direção ao sul, deixando um grande vale entre o Leste e o Oeste. Depois, aparentemente, irá Ele locomover-se em direção a Megido. (Megido é também o nome do vale de Taanaque (Jz 5.19), que é a Planície de Esdrelom. Foi neste lugar que Débora e Baraque derrotaram os cananeus. Foi aqui que Josias foi morto por Faraó-Neco, rei do Egito (2 Rs 23.29). Não foram poucas as batalhas travadas no vale do Megido).

 

João vê ainda o Anticristo acompanhado pelo seu falso profeta e os "reis e outros governadores da terra", cujos exércitos haviam sobrevivido à Grande Tribulação. Por haverem se submetido ao Anticristo (Ap 17.13), estes reis finalmente são chamados, e ajuntam-se aos espíritos demoníacos. Os exércitos de todas as nações unem-se sob a bandeira do Anticristo para desafiar a Cristo que estará acompanhado por todos seus verdadeiros seguidores.

 

As agências demoníacas fazem, nesta hora, exatamente o que Deus quer; preparam-se para a guerra (Jr 25.32,33; Sf 3.8; Zc 14.2,3; Ap 16.12,16). A guerra termina com a derrota do Anticristo e de seus exércitos, mas o julgamento divino afetará todo o resto do mundo (Jr 25.29-33).

 

Muitos falsos mestres ensinam que o bem gradualmente triunfará sobre o mal; que uma melhor educação trará a paz e a prosperidade ao um mundo. Até mesmo alguns crentes apegam-se a certas promessas bíblicas que falam de amor e esperança, achando que o mundo mudará antes da volta de Cristo. Sem dúvida, haverá bom solo para receber a palavra de Deus. Haverá arrependimento e mudança de vidas até o tempo da volta de Jesus (At 3.19). Mas é totalmente oposta ao ensino bíblico a suposição de que todos os seres humanos serão eventualmente salvos. Pelo contrário: quase todo o mundo, nesta hora, seguirá o Anticristo, e há de tomar a marca da besta. Consequentemente, quando Jesus voltar para reinar, será necessário, antes de mais nada, julgar os que aqui tiverem ficado.

Embora o capítulo 19 de Apocalipse não descreva esta grande batalha, a aparência de Cristo sobre o cavalo branco há de confundir os exércitos do Anticristo (Ap 6.15-17). A batalha é de pouca duração. O Anticristo e o Falso Profeta serão imediatamente presos.

 

O Falso Profeta é o último de uma longa fila de falsos cristos e profetas que vêm operando enganos e mentiras (Mt 24.24). Seus milagres haviam enganado os que levavam a marca da Besta. Com os seus feitos, conseguia enganar a muitos (2 Ts 2.9,10; Ap 13.13-15), mas nada disto o ajuda a escapar. Juntamente com o Anticristo, é lançado vivo no "lago de fogo que arde com enxofre". Embora o lago de fogo tenha sido preparado para Satanás e seus anjos, esses seus dois agentes nele perecerão.

Satanás não é lançado imediatamente no lago de fogo (Ap 20.10). Somente o será depois do Milênio. Quando isto acontecer, lá encontrará o Anticristo e o Falso Profeta. Os demais ímpios serão afiançados após o juízo do grande trono branco (Ap 20.15). O lago de fogo é o destino final dos ímpios.

 

No Novo Testamento, há três palavras traduzidas como "inferno" - hades, tártaro e geena. Hades é usado para referir-se ao estado intermediário, onde os ímpios vão quando morrem (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14). As vezes, é usado para traduzir a palavra hebraica "sheol" do Antigo Testamento. "Tártaro" é praticamente sinônimo de "hades", porque também é um estado intermediário entre a vida e o juízo, do qual não há retorno ou possibilidade de mudança (2 Pe 2.4). "Geena", entretanto, é o estado final, "inferno", ou "fogo de inferno" (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6) e refere-se ao "lago de fogo".

 

"Geena" foi o nome aramaico para o vale de Hinon, onde eram oferecidas crianças em holocausto a Moloque. No Novo Testamento, "geena" tinha se tornado o lugar da queima de lixo. Jesus usou-a por causa do seu fogo intenso e contínuo, como um tipo do julgamento divino, e fez deste nome um sinônimo para o fogo do castigo eterno.

Para os outros seguidores do Anticristo,também não há escape. O remanescente dos reis da terra e seus exércitos são mortos. Jesus usará a "espada de sua boca", isto é: falará a palavra de Deus e a "espada do juízo divino" matará a todos. Estes são os povos que rejeitaram o Evangelho pregado a "toda nação, tribo, língua e povo" pelo primeiro dos três anjos do capítulo 14 durante a Grande Tribulação. Todos os mortos no Armagedom já haviam tido a oportunidade de ouvir o Evangelho. Mas por haverem rejeitado a Cristo, foi-lhes permitido cair em completo engano para que creiam na mentira, e para que sejam julgados todos os que não creram na verdade (2 Ts 2.11,12). Pelo seu modo de viver, já haviam esgotado qualquer possibilidade de herdar o Reino de Deus (1 Co 6.9-11; G1 5.21). 

 

Mais uma vez, João chama a atenção às aves de rapina que agora estão fartas com as carnes dos mortos. Finalmente, não se encontra mais ninguém sobre a terra para impedir o estabelecimento do reino milenial de Cristo.HORTON. Stanley. M. Serie Comentário Bíblico Apocalipse .) 

fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com 

Postado por mauricio berwald