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EDUCAÇÃO DOS FILHOS N.8
EDUCAÇÃO DOS FILHOS N.8

 

                         EDUCAÇÃO DOS FILHOS SUBSIDIO N.8 LIÇOES BETEL

                    FORTALECENDO O LAR CONTRA OS ATAQUES DO MAL

                                    OS ATAQUES CONTRA A FAMÍLIA

                                       “Família, Centro de Comunhão

 

Deus é quem decidiu criar a família. Esta foi formada para ser um centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por meio do qual as bênçãos divinas fluiriam e se espalhariam sobre a terra (Gn 1.28). Não era parte do projeto célico que o homem vivesse só, sem ninguém ao seu lado para compartilhar tudo o que era e tudo o que recebeu da parte de Deus, pois o homem sente-se pessoa não apenas pelo que é, mas também quando vê o seu reflexo no outro que lhe é semelhante. Portanto, a sentença divina ecoada nos umbrais eternos expressa o amor e o cuidado celeste para com a vida afetiva do homem. O próprio Deus não estava solitário na eternidade, mas partilhava de incomensurável comunhão com o Filho e o Santo Espírito. Deus é um ser pessoal e sociável às suas criaturas morais. No entanto, contrapondo a natureza divina à humana, concluímos que o intrínseco relacionamento entre a divindade e o ente humano dá-se em níveis transcendentais, metafísicos. Por conseguinte, faltava ao homem alguém que lhe fosse semelhante, ossos dos seus ossos, carne de sua carne, alguém que se chamasse ‘varoa’ porquanto do ‘varão’ foi formada. Essa correspondência não foi encontrada nos seres irracionais criados, mas na criatura tomada de sua própria carne e essência. A mulher era ao homem o vis-à-vis de sua existência. Seu reflexo. Partida e chegada. O homem e a mulher se identificam mutuamente por compartilharem da mesmíssima imagem divina: ‘E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou’ (Gn 1.27)” (BENTHO, Esdras C. A Família no Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.24).

  1. O primeiro ataque da serpente à instituição familiar. No Éden, o Diabo atacou frontalmente o casamento e a família. Por causa do pecado, o primeiro casal foi expulso do jardim (Gn 3.23,24), gerando uma série de males entre os quais o assassinato de Abel (Gn 4.2-8). O pecado transtornou, profanou e perverteu o ser humano (Rm 7.8-24).
  2. Ataques à família. Ao longo dos tempos, o inimigo vem atacando continuamente à família de diversas maneiras:
  3. a) Infidelidade conjugal. A vontade de Deus é que os cônjuges se amem mutuamente (Ef 5.25; Tt 2.4). Temos de fugir da infidelidade (1 Co 6.18a). O começo pode ser um olhar, uma conversa, levando em seguida à consumação do pecado. Para evitar a infidelidade conjugal, os cônjuges podem adotar medidas simples, mas eficazes, sempre com a graça de Deus:
  • Buscar a Deus em oração. Orando juntos, diária e constantemente, o casal fortalece os laços espirituais e conjugais (Mt 26.41);
  • Ler a Bíblia diariamente. É indispensável ao casal ler a Bíblia todos os dias. Alguns dizem que não há tempo, mas a verdade inconteste é que “há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1);
  • O esposo deve dar prioridade à sua esposa. Volte a cultivar o carinho, o afeto, e a expressão do amor conjugal para com a mulher de sua mocidade (Ef 5.25-28).
  • A esposa deve dar prioridade a seu esposo (Ef 5.33). A mulher cristã, com prudência e amor, torna-se um esteio contra a infidelidade conjugal. Buscando a sabedoria divina, ela haverá de preencher as necessidades emocionais e afetivas de seu cônjuge.
  1. b) A ausência de Deus no lar. Nada pode preencher a falta de Deus no lar, a não ser o próprio Deus. A ausência de Deus no lar é a causa de alguns problemas que afetam o casamento e a família como um todo. Como vencer esse terrível inimigo?
  • Cada membro da família, a partir do casal, deve tomar a decisão de servirão Senhor, sem nunca descuidar-se do culto doméstico. Faça como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Além disso, frequente a igreja juntamente com o seu cônjuge e filhos.

 

  • Levar a família a valorizar a igreja local (Sl 122.1; 27.4; 84.10; Ec 5.1). É importante que os pais dêem exemplo aos filhos, não apenas mandando-os para a igreja, mas indo com eles à casa do Senhor. Incentive-os a tomar parte nas atividades da igreja local.

 

  1. Os ataques modernos à família e como vencê-los. Conforme já dissemos, são muitos os ataques à família nos dias atuais.
  2. a) A inversão de valores. A família está sendo destruída por novelas iníquas, escritas e produzidas por pessoas distanciadas dos valores legitimamente cristãos, e pelas publicações que zombam da Palavra de Deus (Is 5.20).
  3. b) A tecnologia como instrumento do mal. A televisão e a internet, por exemplo, vêm sendo traiçoeiramente usados pelo Diabo para contaminar preciosas vidas. A Igreja do Senhor Jesus precisa, no poder do Espírito Santo, reagir contra o uso inadequado e pecaminoso desses meios de comunicação em massa. Se não reagirmos, a família cristã sofrerá pesadas consequências.
  4. É necessário tomar posição. Josué afirmou: “... porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). A maior parte dos ataques contra a família tem sucesso, porque os responsáveis pelos lares cristãos não tomam diante de Deus, uma posição firme e corajosa contra essa perversa inversão de valores (Ef 6.4b; Dt 22.8).
  5. É necessário temer a Deus e andar nos seus caminhos. “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!” (Sl 128.1). As promessas de que trata o salmo são bênçãos extraordinárias sobre a família, incluindo o líder, a esposa, os filhos e os filhos destes conforme promete Deus. Mas há um preço a pagar: Deus exige santidade no lar de quem lhe professa o nome (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).
  6. É necessário edificar a casa sobre a Rocha (Mt 7.24; Sl 127.1). Edificar a casa “sobre a rocha” é edificar o casamento, o lar e a família, sobre Cristo Jesus, que é a “a pedra”, ou a rocha dos séculos (Mt 21.42; Lc 20.17; 1 Pe 2.7). Muitos crentes edificam sua casa sobre a areia (Mt 7.27), e amargam as consequências. Como está você construindo o seu lar?Para vencer os ataques contra a família é necessário temer a Deus, andar em seus caminhos e edificar a casa sobre a Rocha.Hoje, mais do que nunca, é necessário manter a família nos padrões estabelecidos por Cristo. Quando tomamos uma firme posição de manter o nosso lar na Palavra de Deus, como o fez Josué (24.15), certamente levaremos a nossa família a entrar na Arca, que é Cristo (Gn 7).

 

  1. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS

 

  1. O que significa educar? Segundo o Dicionário Houaiss “a palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança’; cuidar, instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais nos esquecer que a Igreja do Senhor tem uma função educadora. Como sal e luz deste mundo ela deve educar e instruir segundo a Palavra de Deus (Mt 28.19,20). Como crentes precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois ela nos protege das sutilezas do Maligno.
  2. Educação Cristã. Se quisermos uma sociedade melhor, mais justa e solidária, precisamos, como Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus. Para isso, é imprescindível investir na Educação Cristã, pois o seu principal objetivo é levar o crente a conhecer mais a Deus (Os 6.3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. Aliás, ensinar é um dos deveres do pastor (1Tm 3.2; 2Tm 2.24).
  3. A educação nas escolas. Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos à fé cristã, já fazem parte do currículo de muitas escolas. Por isso, os pais não podem negligenciar a educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da igreja, ser instruídos para orientar seus filhos (Ef 6.1-4). Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis: milhares de adolescentes grávidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do número de casos de AIDS, etc.Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e social.

 

  1. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO

 

  1. No Antigo Testamento. A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel (Sl 78.5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam a temê-lo (Dt 4.9,10). No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a pés secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua história e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças, testemunhando do poder de Deus às próximas gerações. É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tanto quanto nossas palavras.
  2. Em o Novo Testamento. As sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da lei. Mesmo havendo essas “escolas” a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24,39-42). Em sua pré-adolescência, Jesus já sabia de cor a Torá, chegando a confundir os doutores no templo (Lc 2.46,47). Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga, e se fortalecia no templo. Temos também o exemplo do jovem obreiro Timóteo. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2Tm 1.5,6; 3.14-17).
  3. Na atualidade. A Escola Dominical é a maior e a mais acessível agência de educação religiosa das igrejas evangélicas. Ela auxilia todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas Escrituras. Porém, a Escola Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens. A responsabilidade maior cabe aos pais. Aliás, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6.1-4).No Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução para os meninos aprenderem a lei.

 

III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA

 

  1. Os filhos são herança do Senhor. Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois eles são “herança do Senhor” e a nossa grande recompensa (Sl 127.3); portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure ensiná-los e educá-los no temor do Senhor (Ef 6.1-4). Não seja negligente com a educação deles (Pv 22.6).
  2. O ensino da Palavra de Deus no lar. Os pais são, por natureza, os primeiros professores dos filhos. A criança conhece a Deus primeiramente através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto doméstico. Reserve ao menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos. Tais momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar desses minutos tão especiais.

 

  1. Leve seus filhos à igreja. Lamentavelmente, muitos pais vão à igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos, com amor, a ir à Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos à Casa de Deus, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). A Educação Cristã começa no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola Dominical.“Educação é dever do Estado e direito do cidadão”, porém, a educação começa na família. Os pais receberam de Deus uma das mais nobres missões: educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblicos. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias.

“Educação Cristã

 

É a ciência magisterial da Igreja Cristã que, fundamentada na Bíblia Sagrada, tem por objetivos:

  1. a) A instrução do ser humano no conhecimento divino, a fim de que ele volte a reatar a comunhão com o Criador, e venha a usufruir plenamente dos benefícios do Plano de Salvação que Deus estabeleceu em seu amado Filho. O apóstolo Paulo compreendeu perfeitamente o objetivo da Educação Cristã:‘Admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo’ (Cl 1.28).
  2. b) A educação do crente, para que este logre alcançar a perfeição preconizada nas Sagradas Escrituras: ‘toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’ (2Tm 3.16,17).
  3. c) A preparação dos santos, visando capacitá-los a cumprir integralmente os preceitos divinos da Grande Comissão: ‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade’ (2Tm 2.15)” (ANDRADE, C. Teologia da Educação Cristã: A missão educativa da Igreja e suas implicações bíblicas e doutrinárias. 1 ed., RJ: CPAD, 2002, pp.5-6).

 

A IMPLEMENTAÇÃO

 

Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: ‘Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]’ (Ef 4.11). O propósito? ‘Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo’ (Ef 4.12); mais uma outra prova de que os talentosos são chamados para o ministério da multiplicação e não da adição.Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo ‘dom de ensino’ com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: ‘Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo’ (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata.

 

As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial [a respeito do ensino]” (GANGEL, K.; HENDRICKS, H. G. (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 1999, p.7).

 

Educação Cristã, Responsabilidade dos Pais

 

A educação da criança é responsabilidade dos pais, e o mesmo ocorre quando se fala em educação cristã. Os pais cristãos são responsáveis por educarem seus filhos e transmitir a eles as verdades sobre a Bíblia e o Evangelho. É evidente que a igreja, por meio da Escola Dominical, terá sua participação na transmissão do Evangelho de forma didática e direcionada, mas isso não exime os pais de ensinarem seus filhos em casa e com o próprio exemplo de vida.Lembremo-nos de que o mundo se utiliza dos meios escolares vigentes para transmitir aos nossos filhos ensinos que zombam da fé cristã, o que reforça a necessidade de investirmos em uma excelente educação cristã para nossos filhos.

No Antigo Testamento, não havia a ideia de “educação cristã”, pois não existia ainda o cristianismo, mas existia a obrigatoriedade de os pais ensinarem seus filhos a temerem ao Senhor, respeitar Sua Lei e ter ao Senhor como seu Deus. O ensino também era demonstrado por meio de monumentos, como as doze pedras retiradas do Jordão, que seria memorial para as futuras gerações se lembrassem de como Deus cumpriu sua promessa de colocar o povo na terra prometida, fazendo com que o Jordão fosse aberto na época das chuvas e o povo pudesse ultrapassar essa barreira geográfica. No futuro, as crianças perguntariam sobre aquele conjunto de pedras, e os pais deveriam contar como Deus havia realizado aquele milagre.Mesmo com o passar dos anos, quando os judeus não tinham mais o Templo, instituíram as sinagogas para reunir os membros da comunidade e ensinar às crianças a lei de Deus. Foi essa instituição — a sinagoga — que Deus posteriormente utilizou para difundir o Evangelho aos judeus, quando Paulo, em suas viagens missionárias, ia de cidade em cidade para falar de Jesus. Paulo ia primeiramente às sinagogas, anunciando Jesus aos seus irmãos, e depois pregava aos gentios em outros lugares.

A educação cristã de nossos filhos deve ser de suma importância para nós, tanto quanto a educação secular nas escolas. Por isso, é importante levá-los à Escola Dominical, onde aprenderão sistemática e didaticamente a Palavra, por meio de histórias, leitura da Bíblia e outros meios utilizados para fazer com que as crianças entendam a fé cristã e tomem uma decisão por Cristo. Além de aprender a Palavra, eles desenvolverão amizades cristãs e já terão contato com ministérios próprios do culto, como a música e a adoração.

 

  1. O QUE LEVA À FALTA DE AUTORIDADE

 

  1. Pouca ou nenhuma presença do pai no processo formativo dos filhos. O mundo ocidental vem observando uma acentuada omissão do pai na formação dos filhos. Os estudiosos têm se preocupado com este fenômeno, e comprovam que a ausência da figura do pai é a principal causa da crise de autoridade no lar. É urgente, por conseguinte, que o homem exerça seu papel na família, pois é incalculável o número de crianças que já não possuem o referencial paterno como fator de educação. Isto certamente provocará, num futuro próximo, a dissolução de milhões de famílias. Portanto, compete ao chefe da casa, sempre apoiado pela esposa, o estabelecimento de limites justos, necessários e cristãos na vida dos filhos.
  2. Ausência de limites. A responsabilidade por um filho não se limita a mantê-lo alimentado, vestido e abrigado. Os pais, que estão cientes de suas obrigações, sabem que uma criança sem limites éticos, cabíveis e lógicos, não é realmente livre e, muito menos, feliz. Todavia, a que aprendeu a observar os limites impostos pelos genitores, sentir-se-á segura, visto que tais medidas proporcionam-lhe um comportamento mais saudável e produtivo (Pv 20.11).

Negar o pedido de um filho não é tarefa fácil. Entretanto, o “não” dito na hora certa, e de maneira correta, gera um fator positivo na formação do caráter da criança, levando-a a compreender qual o seu papel na vida. Com o passar dos anos, o filho aprenderá a caminhar por si só; o que lhe valerá, no futuro, não é a presença constante dos pais, nem tampouco os muitos presentes que deles recebeu, mas os valores que lhe transmitiram os genitores (Pv 6.20-24). Assim educada, a criança acaba por entender que, por não ser adulta, não tem condições de dirigir a si mesma e, muito menos, a seus pais.

 

  1. A AUTORIDADE PATERNAL E A IGREJA

 

Em nossas igrejas, vê-se pais impotentes diante de seus filhos, principalmente nos cultos, quando se espera um comportamento adequado inclusive das crianças. Isto demonstra falta de autoridade dos pais.

 

Filhos procedentes de lares onde nãohá limites crescem desajustados. Muitos deles estão nas penitenciárias e outros não vivem mais (Dt 5.16). A fim de que os filhos honrem aos pais, assimilem os seus justos valores e aceitem os limites por eles estabelecidos, faz-se necessário que lhes sejamos referenciais exemplares (Dt 6.6,7; Tt 2.7a). Nossa missão é de primeira grandeza: repassar aos filhos os verdadeiros conceitos de uma vida feliz e espiritualmente próspera.Ao procurar o pai, o Filho Pródigo pediu a sua parte na herança, para gozar da liberdade mundana. Depois de experimentá-la e desperdiçar o que recebera, caiu em si e sentiu-se compungido a voltar para o aconchego do lar, concluindo que, sob os limites do pai, gozava de segurança, carinho e conforto (Lc 15.11-25). Conclui-se, por conseguinte, que um lar, onde os limites são justa e biblicamente estabelecidos, conforme recomenda a Palavra de Deus, faz com que as crianças sintam-se realmente felizes.

 

III. RECUPERANDO A AUTORIDADE PERDIDA

 

  1. Filhos sob autoridade de outras pessoas. Nenhum motivo, que não seja a morte, justifica os filhos estarem afastados da autoridade dos pais. Quando Deus confiou aos pais a educação e a formação de seus filhos, embutiu, nesta demanda, o exercício da autoridade como algo indispensável.Quem tem de cuidar de nossos filhos somos nós. Por que impor sobre os outros uma responsabilidade que é prioritariamente nossa? Pouquíssimos são os avós em condições físicas e psicológicas para educar os netos. Portanto, os pais que se encontram fora dos padrões estabelecidos por Deus, devem retomar o seu papel de educadores de seus filhos enquanto é tempo. E Deus, certamente, os ajudará nesta sublime tarefa (Dt 4.40).
  2. Filhos adolescentes. Quando duas ou mais pessoas se conhecem, conceitos, valores e informações são intercambiados. Daí o motivo de Jesus ter-nos considerado sal da terra (Mt 5.13ss). Quando aumenta o relacionamento dessas pessoas, este fenômeno é observado numa escala muito maior. É aí que entra a questão de nossos filhos adolescentes.Eles são muito permeáveis à influência do grupo. Por isto, devem os pais estar bem atentos para, além de estar perto deles, conhecer o grupo do qual eles fazem parte. Aproxime-se, pois, desse grupo, a fim de poder administrar a amizade de seu filho, principalmente se os limites devidos não foram bem estabelecidos em sua primeira infância.
  3. Resgatando a autoridade. Considerando que a autoridade paterna é um instrumento divino a nós confiado para garantir a qualidade da formação de nossos filhos, é imprescindível que todo o pai tenha consciência desta verdade explicitada em Gênesis 18.19, quando Deus fala a respeito de Abraão: “Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele… para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado”. De Abraão se esperava que governasse de modo tal seus filhos que estes e os filhos destes pusessem em prática a vontade revelada de Deus.

 

Quando o pai se conscientiza de que a autoridade é necessária para que os seus deveres sejam cumpridos, deve:

 

  1. a) Quando errar, reconhecer e assumir seu erro (Pv 28.13);b) Orar muito a Deus especificamente sobre o assunto (Mc 11.24);c) Aconselhar-se com líderes sábios, conhecedores do assunto (Pv 11.14);d) Reunir a família, tratar dos assuntos domésticos à luz da Bíblia, e pôr “ordem na casa” (Mt 12.25).

A falta de autoridade por parte dos pais não só traz desordem ao lar e vexame no convívio social, como gera indivíduos irresponsáveis, contraventores e despreparados para enfrentar a realidade da vida.Recomendamos tanto aos pais quanto aos filhos a leitura reflexiva de Efésios 6.1-4. Neste texto, encontramos tanto o princípio da obediência que os filhos devem ter em relação aos pais, como a autoridade que deve ser exercida com sabedoria e discernimento pelos pais em relação aos filhos.Todos nós lutamos com o dilema de estabelecer firmes limites e ainda tememos conduzir nossos filhos à rebeldia. Como podemos caminhar nesta tênue linha?Acho que meus pais fizeram um excelente trabalho nesta área. Eles nunca foram muito severos (na verdade, tive mais liberdade que muitos de meus amigos); as expectativas eram expostas tão claramente, que disciplinei a mim mesma para não ultrapassar o limite. Ao fazer más escolhas, sentia-me triste por ter falhado para com meus pais. Eles não costumavam dizer qualquer palavra; apenas me olhavam, eu percebia e me desculpava com eles. É difícil dizer com exatidão como podemos andar nesta linha entre a autoridade e a severidade. Isto varia de lar para lar e depende muito da personalidade da criança. Alguns filhos necessitam de mais limites que outros. Porém, um princípio básico é comum a todos: ao treinar seus filhos para autodisciplina, é necessário afrouxar as rédeas e permitir que sejam responsáveis por seu próprio comportamento. Este processo é mais conhecido como ‘tornar-se independente’.

A ‘liberação’ paternal acontece gradativamente, de acordo com a idade e o nível de maturidade da criança. Para ser eficiente, a autodisciplina da criança necessita ser desenvolvida corretamente. A medida que a criança torna-se mais responsável, recebe menos restrições.A chave que possibilita esta transição é um relacionamento paternal aberto, que permite exemplo, ensinamento e correção. A criança precisa desenvolver um limite interior que seja repleto de amor” (Criando os Filhos no Caminho de Deus. CPAD, pp.273,274).

 

  1. O SISTEMA MUNDANO NO MEIO POLÍTICO
  2. O papel dos formadores de opinião. Uma das estratégias do Inimigo é usar pessoas como formadoras de opinião. São pessoas que ocupam posições de influência, e que disseminam, com ares de verdade, tudo quanto interessa ao sistema mundano e assim motivam, convencem e persuadem os seus ouvintes e leitores. No próprio Éden, foi a serpente o canal que o Diabo utilizou para inocular no coração do homem o veneno do humanismo (Gn 3.1-7). A forma da linguagem satânica foi bem trabalhada para tentar desacreditar a ordem de Deus ao primeiro casal.

 

  1. A influência dos que detêm o poder. Os formadores de opinião não agem sozinhos. Eles contam com a parceria de muitos participantes do mesmo sistema, dotados de condições para implementar as propostas das ideias ímpias que difundem. Por trás da torre de Babel, estava Ninrode (Gn 10.8-11; 11.1-6). Desenvolvendo o paganismo babilônico estava Nabucodonosor (Dn 3.1-27). Incitando o ódio ao povo judaico estava Hitler.

 

  1. Sutilezas nas mudanças da legislação. Essas ideias iníquas, por sua vez, precisam encontrar, em muitos casos, respaldo na legislação vigente a fim de aparentar legalidade; ainda que sejam moralmente indefensáveis. Não foi assim com Sadraque, Mesaque e AbedeNego, os quais foram lançados na fornalha de fogo ardente por não se submeterem ao edito do rei (Dn 3.10-12)? A mesma situação não experimentou Daniel quando os seus opositores, por inveja, forçaram o rei Dario a assinar um decreto com o objetivo de atingir o profeta em sua adoração a Deus (Dn 6.1-9)? Foi também o caso da trama orquestrada para destruir o povo de Israel na época do rei Assuero mediante um perverso decreto forjado pelo mau Hamã (Et 3.8-15).Assim funciona o sistema mundano em consideração. Ele conta com ideólogos para tornar palatáveis suas teses, atrai muitos dos que detêm o poder a fim de implementá-las e reúne emissários com o intuito de infiltrar nas malhas da legislação o respaldo jurídico às práticas reprováveis daí decorrentes.
  2. O SISTEMA MUNDANO NO MEIO RELIGIOSO

 

  1. A sutileza da tolerância religiosa. Afirmar, por outro lado, que o sistema mundano opera apenas no meio político seria uma visão restrita do assunto, pois ele atua também no ambiente religioso, como vimos na lição anterior. Há uma razão para isso: tentar preencher a necessidade espiritual inerente ao homem a fim de ganhar a sua simpatia, e, assim, demonstrar uma filosofia pós-modernista com sabor religioso.O mundo denominado pós-moderno se caracteriza, portanto, por uma religião sincretista sob o velho e surrado argumento de que “todos os caminhos levam a Deus”. O pior é que o meio evangélico vem sendo contaminado por uma espécie de sincretismo. Este é manifesto através de linguagem mântrica e uso de objetos, aos quais são atribuídos significados espirituais. Estamos no mundo, como disse Jesus em sua oração sacerdotal, porém não somos dele; não podemos amá-lo, nem deixar que seus princípios religiosos deturpados pautem a nossa fé (v.15).

 

  1. A premissa do Estado laico. Aqui o assunto é mais complexo. As constituições da maioria dos países ocidentais asseguram a separação entre a Religião e o Estado. Isto fica implícito na declaração de Jesus: “Daí, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus” (Mt 22.21). Igreja e Estado trilham caminhos distintos e independentes, sem qualquer interferência institucional mútua.O mal está no fato de se usar este princípio quando pretendem calar a voz da Igreja. Enquanto certas autoridades não se constrangem em expor publicamente a fé religiosa que professam (ou não professam), evangélicos que ousam, em seus cargos públicos, manifestar a sua fé e o seu compromisso com os princípios e ensinos do evangelho de Cristo logo são afrontados, acusados e denunciados sob a tese do Estado laico.Ora, o Estado não é um ser que anda com as próprias pernas, ao contrário, depende dos que o governam. Ademais, os princípios de vida respaldados pelas Escrituras estão acima de qualquer laicidade; são universais. Todavia, quanto mais o Estado for materialista, melhor para a expansão da filosofia pós-modernista. É por aí que o mundo caminha (v.16). Sob a premissa do Estado laico, o sistema mundano amplia as suas esferas de atuação, buscando sufocar qualquer iniciativa de pôr Deus como o princípio, o meio e o fim de todas as coisas.

 

III. O SISTEMA MUNDANO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

 

  1. A aniquilação dos valores morais nas programações. Como uma grande orquestra regida pelo Inimigo, o sistema mundano, que a Bíblia identifica como “século mau” (Gl 1.4), age também através dos meios de comunicação. Basta monitorar as programações para perceber quais são os (des) valores intensamente propagados pela mídia de maneira cada vez mais indecente, imoral, desavergonhada. Os formadores de opinião, que se moldam pela visão pós-modernista, estão sempre presentes nos espaços que lhes abre a imprensa a fim de insistir sistematicamente na mesma tecla: união entre pessoas do mesmo sexo, aborto, eutanásia, pesquisas com células-tronco embrionárias, clonagem humana, descriminação das drogas, libertinagem e tudo mais que se identifique com o sistema mundano (1Jo 2.15-17). Quem se posiciona clara e firmemente em contrário e os que boicotam esse tipo de mídia estão prestando um grande serviço ao Reino de Deus.
  2. A indução consentida à desestruturação da família. O resultado dessa manipulação da mídia é a desestruturação e destruição da família nos moldes estabelecidos por Deus. Trata-se da mídia e seus aliados a serviço de Satanás. Sem a família biblicamente estabelecida, a sociedade se transforma num caos. A história é testemunha disso no mundo inteiro, em todas as civilizações.

 

 COMO VENCER OS MALES DO SISTEMA MUNDANO

 

  1. Moldando-se ao caráter de Cristo. O que fazer diante do conflito entre o que cremos e o sistema mundano atuante no movimento do pós-modernismo? Podemos optar entre três caminhos:
  2. a) Acomodação. É a concordância com o velho ditado: “deixa tudo como está para ver como é que fica”.b) Assimilação. É quando, ao invés de influenciarmos, somos influenciados e assimilamos o destrutivo relativismo do pós-modernismo, isto é, adotamos os padrões pecaminosos que regem socialmente o mundo (vv.15,16).c) Inconformação. Precisamos permanecer convictos e firmes na fé em Cristo, conscientes de que temos um papel a cumprir no Reino de Deus em obediência ao mandado do Senhor, conforme Mc 16.15-18 e Mt 28.18-20, ainda que venhamos a ser hostilizados (Jo 17.14-17).
  3. Estimulando vocações cristãs para a vida pública. Assim como o sal adentra em todos os grãos contidos na panela e a luz alcança todas as frestas de um ambiente (Mt 5.13-16), é nosso dever também estimular as vocações cristãs realmente comprometidas com os valores do Reino, a fim de que os crentes ocupem espaços em todos os segmentos da sociedade.Seja no magistério de nossas escolas ou universidades, seja nos meios de comunicação, seja em nossos parlamentos, seja na hierarquia de nossas forças militares, seja no operariado e funcionalismo em geral, seja em nosso judiciário, seja nos governos de nossos municípios, estados e país. Vamos estimular os nossos jovens a crescerem intelectualmente, em conjunto com o crescimento espiritual para que, guiados sobretudo pela Palavra de Deus, tornem-se agentes de transformação da sociedade em lugares estratégicos.
  4. Mantendo os padrões bíblicos de vida e testemunho. Por fim, os padrões bíblicos precisam ser mantidos no nível de nossas escolhas pessoais. Cada decisão de um crente deve ser tomada sempre à luz dos princípios imutáveis da Palavra Deus. Que as nossas tarefas e atividades de cada dia sejam primeiramente submetidas à vontade de Deus, ao soberano Senhor da nossa vida, embora isso pareça vulgar para as mentes materialistas (v.17).Muitos utilizam os sinais dos tempos como pretexto para justificar uma vida cristã apática e indiferente ao que está ocorrendo. “O mundo vai de mal a pior, não adianta fazer nada”, afirmam. Isto é omissão culposa. É verdade que não nos compete interferir na soberania divina. Deus está agindo através da história e vai conduzi-la até o final. Contudo, também é verdade, mediante repetidas referências nas Escrituras, que nos cabe reagir, no poder do Espírito que em nós habita, contra o avanço do mal no mundo.

 

Os Males da Mídia Televisual

Entretenimento e Consumismo. Na mídia, as notícias ocupam em média 10% do espaço de toda comunicação. Os comerciais ocupam em torno de 30% e os outros 60% são distribuídos entre novelas, filmes, esportes, shows, etc. Mediante as estatísticas, percebe-se que o propósito é mais entreter do que informar. Em relação ao consumo, destacam-se duas formas básicas de comunicação na propaganda: a comunicação informal e racional e a afetiva e inconsciente. A primeira é necessária para o funcionamento de nossa sociedade e constitui-se, por si mesma, a base do progresso e desenvolvimento. A segunda, no entanto, apela para dados subjetivos do indivíduo, tais como: o desejo de sucesso, de liberdade, de realização e de estima. A mídia explora esta segunda forma de consumo gerando uma competitividade entre os indivíduos, estabelecendo padrões estéticos ao associar um produto à imagem de uma pessoa famosa. Os telespectadores se tornaram meros consumidores e os programas apenas uma mercadoria de péssima qualidade.Hedonismo. Na atual sociedade pós-moderna, o prazer constitui-se um fim em si mesmo, abrindo precedente para uma crise moral e ética, pois o homem postula-se como referencial de si mesmo. Como consequência, observamos o enfraquecimento dos valores familiares, a trivialização da sexualidade e a disseminação de um estilo de vida incoerente aos valores bíblicos e cristãos. A mídia é uma das principais responsáveis pelo hedonismo predominante nessa atual geração. A medida que ofusca a moral cristã, dita normas, hábitos, moda, padrões de comportamento e satisfação à sociedade. Para isso, utiliza-se das pessoas mais famosas do momento de acordo com seus interesses espúrios e anticristãos.

A família cristã deve estar atenta aos males causados pela mídia. É imprescindível substituir os momentos passados diante da televisão pelo diálogo, culto doméstico ou atividades recreativas e instrutivas entre os membros familiares, a fim de que sua família seja protegida dos ataques e influências malignas e consequentemente preservada. Não permita que a mídia ensine você e sua família a se vestir, comportar e ser. Valorize a moral, o comportamento e o caráter cristão pautados nas Escrituras.

 

                                     INVERSÃO DOS VALORES BÍBLICO-CRISTÃOS

 

  1. Causas da inversão dos valores. Ao folhearmos alguns jornais e revistas seculares, constatamos o quanto os valores éticos e morais cristãos têm sido desprezados pela sociedade pós-moderna. Vejamos as causas:
  2. a) Ascensão do relativismo moral. Segundo esta teoria filosófica, não existe norma moral ou ética válida para todas as pessoas. As normas variam de cultura para cultura, de pessoa para pessoa. Cada um vive conforme as regras que estabeleceu para si mesmo. Assim, há uma ética para o cristão, outra para o ateu e uma terceira para os que não se enquadrem nas anteriores. Não existe, de acordo com esse pensamento mundano, normas, verdades ou valores que sirvam para todas as pessoas em todos os lugares.
  3. b) Manifestação social do pluralismo. O pluralismo reconhece que há uma multiplicidade de culturas, religiões e posições éticas e morais conflitantes. Essa doutrina filosófica, todavia, diz que essas posições contraditórias podem coexistir, como se cada uma delas trouxesse uma parte da verdade e, nenhuma a verdade completa ou absoluta. Assim, a verdade encontra-se em cada sistema religioso, filosófico ou moral. Então, segundo esse pensamento, o cristianismo traz uma parte da verdade, o budismo outra e assim sucessivamente Segundo o pluralismo, assumir e respeitar diferentes valores em uma sociedade em constante mudança é uma manifestação de empatia e tolerância com o outro.
  4. c) Crescente mundanismo. O mundanismo faz constante oposição à Igreja e aos valores cristãos (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). A sociedade organizada e rebelada contra Deus, tem estabelecido suas próprias leis, sem a menor consideração aos mandamentos divinos. O que temos visto, infelizmente, é o sagrado e o religioso curvarem-se ante o profano e o secular; até mesmo em certas denominações evangélicas.

 

  1. Os valores cristãos invertidos. Há uma lista considerável de princípios bíblicos que não apenas foram desvalorizados, mas ultrajados pela sociedade pós-moderna. Vejamos:
  2. a) Quanto ao casamento: Atualmente, em algumas sociedades, já se aceita a abominável união entre pessoas do mesmo sexo. É um atentado contra a Palavra de Deus, a família e os valores cristãos. O Senhor instituiu e abençoou apenas a união entre homem e mulher (Gn 1.27,28; 2.22-24). Quanto aos que querem mudar a ordem natural da criação, (Lv 19.22; Rm 1.26-32) serão amaldiçoados. A Bíblia é implacável neste caso: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos... herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.9,10 - NVI).
  3. b) Quanto à família: As virtudes cristãs concernentes à família estão sendo substituídas por valores anticristãos: filhos que não respeitam os pais; pais permissivos quanto à moralidade; e a substituição do culto doméstico por entretenimentos perniciosos etc.
  4. c) Quanto à igreja: Nesses “tempos trabalhosos”, muitas comunidades cristãs valorizam mais o “ministério” bem-sucedido do pregador que a santidade e o testemunho mantido por ele; mais o marketing ministerial do que os verdadeiros sinais do poder de Deus. Pregadores santos e tementes a Deus são preteridos por aqueles que buscam o louvor próprio em vez da glória de Cristo.A ascensão do relativismo moral, a manifestação social do pluralismo e os valores cristãos invertidos são algumas causas da inversão de valores na pós-modernidade.

 

  1. FUNDAMENTOS DOS VALORES CRISTÃOS

 

  1. Os valores cristãos. Os valores cristãos estão pautados nas Sagradas Escrituras e são opostos aos do mundo. Enquanto cremos na existência de um só Deus, cujas leis regem não apenas o Universo, mas nossas vidas, planos e vontades, a cultura mundana nega a existência do Altíssimo, e seus adeptos vivem como se o Senhor realmente não existisse (Sl 14; 53).
  2. Os três fundamentos. Os princípios cristãos possuem, pelo menos, três fundamentos básicos: são universais, absolutos e imutáveis.
  3. a) Universais. Os valores cristãos são universais por estarem fundamentados na moral divina. Nosso Deus é um ser moral. Seus atributos atestam que Ele é santo (Lv 11.44; 1 Sm 2.2), justo (2 Cr 12.6; Ed 9.15), bom (Sl 25.8; 54.6), e verdadeiro (Jr 10.10; Jo 3.33). Portanto, o Senhor é o padrão moral daquilo que é santo - oposto ao pecado -, daquilo que é justo - oposto a injustiça -, daquilo que é bom - oposto ao que é mau, e daquilo que é verdadeiro - oposto à mentira. Tudo o que é puro, justo, bom e verdadeiro têm sua origem no caráter moral de Deus. Por conseguinte, os valores morais são universais porque procedem de um Legislador Moral universal.
  4. b) Absolutos. Absoluto é aquilo que não depende de outra coisa, mas existe por si mesmo. Os valores cristãos são absolutos porque procedem de um Deus pessoal que não depende de qualquer outro ser para existir, Ele é eterno (Dt 33.27; Sl 10.16); existe por si mesmo (Êx 3.14), e tem a vida em si mesmo (Jo 5.26). Deus também é absoluto porque não está sujeito às épocas (1 Tm 1.17; 2 Pe 3.8; Jd v.25). Ele governa eternamente o Universo (Sl 45.6; 145.13), e seu reinado é de justiça (Hb 1.8).
  5. c) Imutáveis. Imutável é a qualidade daquilo que não muda. Os valores cristãos são imutáveis porque o Senhor Deus é imutável. Ele não muda (1 Cr 29.10; Sl 90.2), é o mesmo em todas as épocas (Hb 13.8; Tg 1.17). Suas leis se conformam ao seu caráter moral, pois Ele é fiel (2 Tm 2.13). Portanto, devemos viver conforme a orientação de sua Palavra.

 

                                        FONTE WWW.MAURICIOBERWALD.COMUNIDADES.NET