Lição 1 - Conhecendo a Bíblia
Texto Bíblico
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho"
(Salmo 119:105)
INTRODUÇÃO
Você já deve Ter em suas mãos a Bíblia Sagrada. Não é um escrito qualquer, pois é o livro dos livros. É diferente porque só nele você encontra tudo o que Deus fez para dar a salvação e a vida eterna às pessoas. Através dele, você sabe qual é a vontade de Jesus para a sua vida, agora que tomou a decisão de não somente tê-lo como Salvador, mas também como seu Senhor. Por isso, a Bíblia é chamada de a Palavra de Deus.
Dê uma olhada rápida neste livro que está em suas mãos. Provavelmente veio à sua mente a pergunta: o que é a Bíblia? Para você descobrir a resposta, primeiro, tem de entender que este vocábulo quer dizer ‘livros’. Isto é, vários livros juntos em um só. Há uma página em sua Bíblia, logo nas primeiras folhas, onde estão escritos os nomes de todos os livros que a formam. Procure-a e dê uma lida neles. Não se preocupe, se alguns deles forem estranhos e difíceis para se ler pela primeira vez.
Bem cedo, em sua vida cristã, você concluirá que não se pode ser crente sem a Palavra de Deus. Por isso, os autênticos cristãos carregam, lêem e estudam a Bíblia.
A Bíblia é a Palavra de Deus, porque, através dela, o Senhor se dá a conhecer aos homens. Isto se chama revelação divina.
Deus fala conosco através da Bíblia. Lendo-a, você começa a conhecer o Senhor, a entendê-lo e a obedecer às orientações dele para a sua vida particular e participação na igreja da qual você faz parte.
A revelação de Deus, a qual se encontra na Bíblia, foi escrita por cerca de 40 pessoas, em dois idiomas, o hebraico e o grego, bem diferentes do português.
Isto aconteceu há muitos anos. Uns eram profetas, outros reis, sacerdotes, pescadores, criadores de gado e até cobrador de impostos. Deus escolheu estas pessoas e as usou, apesar de suas imperfeições e seus diferentes conhecimentos da vida humana. Este é o lado maravilhoso da Bíblia. Apesar dos livros serem escritos por pessoas diferentes, em épocas bem distantes, e depois unidos num livro só, a Bíblia é completa e perfeita em unidade e harmonia.
Deus inspirou estas pessoas para escreverem a Bíblia, capacitando-as a receber e a transmitir o ensino sem mistura nem erro. A inspiração divina é também a garantia de que as pessoas escolhidas escreveram apenas o que Deus queria, sem os sinais das fraquezas e dos erros, próprios da natureza humana. Leia a seguir o que disse Paulo, um dos escritores da Bíblia. Ele falou: ‘Toda a Escritura é divinamente inspirada...’ (2 Timóteo 3:16a).
A primeira parte da Bíblia, a qual começa com o livro de Gênesis e termina com o de Malaquias, chama-se Antigo Testamento ou simplesmente AT. São ao todo 39 livros.
Depois de Malaquias, o último livro do AT, inicia-se o Novo Testamento, conhecido pelas letras iniciais NT e tem 27 livros.
Você aprendeu que as duas divisões da Bíblia são o Antigo e o Novo Testamento. Juntos somam 66 livros. Um detalhe interessante no entanto, é saber que os 66 livros não estão arrumados pela ordem de data em que foram escritos. A preocupação de Deus não foi contar uma história, mas, sim, revelar o seu plano para salvar todos os homens.
Para que o leitor encontre facilmente um texto, cada livro é dividido em capítulos e versículos. O número em tamanho grande, no lado esquerdo das palavras impressas, indica o capítulo, e o menor, o versículo. Encontre em sua Bíblia João 3:16. O número 3 é o capítulo e o 16 é o versículo.
Antes do início de cada capítulo, ou de alguns grupos de versículos, você encontra o título do assunto. É bom você saber que os escritores da Bíblia não escreveram seus livros, separando os assuntos por títulos, capítulos, versículos, e nem usavam a pontuação, como o ponto e a virgula. Todos estes recursos foram adotados muitos anos depois, para facilitar a leitura e o estudo da Bíblia.
As Bíblias que estão nas mãos dos crentes, para leitura e estudo, são escritas em diversas versões. As versões são resultantes de atualizações de uma tradução. A tradução significa passar tudo o que foi escrito em um idioma para outro; no caso da Bíblia, passou-se tudo o que estava escrito em hebraico e grego para o português. A tradução principal, usada no Brasil, é a de João Ferreira de Almeida. Desta tradução, existem as versões que apresentam diferenças, não na mensagem, mas nas palavras. Veja um exemplo: numa versão, você lê, em 1 Corinstios 13, “Caridade” e, em outra, publicada mais recentemente, “amor”.a questão é que, com o passar do tempo o vocabulário “caridade” tomou outro sentido e não é tão forte forte como o termo “amor”. Por causa das diferentes versões, você escuta as pessoas lerem o mesmo versículo de maneira diferente, quando fazem isso juntas em voz alta na igreja,
Será interesante você logo usar uma versão escrita no português mais recente. Você deve levar consigo a bíblia para os cultos e sempre que alguém for fazer uma leitura de um ou mais versículos, procure-os e acompanhe silenciosamente quem está lendo.logo, você aprenderá a encontrar com facilidade e rapidez os livros, capítulos e verssiculos anunciados nos cultos.
Você é capaz de encontrar, em sua bíblia, 1 reis 9.5-14? Pare um pouco a leitura desta lição e leia este texto.
III. COMO USAR A BÍBLIA NO DIA-A-DIA
Você não deve usar a Bíblia só quando vai aos cultos promovidos por sua igreja. Se limitar o uso dela somente a estes momentos, o seu crescimento espiritual acontecerá lentamente. O desejo de Deus é que você seja um adulto espiritual e não uma criança. Leia ! Coríntios 13:11; 14:20 e Efésios 4:15.
Manuseie a Bíblia todos os dias. Não basta lê-la uma vez ou outra, ou só aqueles textos soltos mais conhecidos. Além de ler diariamente, você deve tomar a decisão de estudar a Bíblia toda.
Sempre antes de iniciar a leitura, faça uma oração ao Espírito Santo e peça-lhe que venha lhe ensinar todas as coisas, pois foi Ele mesmo quem inspirou os escritores da Bíblia, então, não há ninguém melhor do que Ele para te ensinar as Santas Palavras.
QUESTIONÁRIO
1) Mencione, pelo menos, três títulos dado à Bíblia:
2) Em quais idiomas a Bíblia foi escrita?
3) O que significa o vocábulo Bíblia?
4) Qual o nome do mais conhecido tradutor da Bíblia para o português?
5) Quantos escritores, ao todo, escreveram a Bíblia?
Lição 2 - Conhecendo Deus
Texto Bíblico
"Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós"
(Tiago 4:8a)
INTRODUÇÃO
Conforme o que está escrito em Efésios 2:12, no tempo em que você não havia recebido ao Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, vivia sem Deus no mundo. Por isso, todo o novo crente deve, imediatamente, após aceitar a Cristo, começar a conhecer o seu Senhor. É sempre nesta ordem: primeiro, vem o ato de fé, depois, a busca do conhecimento de Deus. Do ponto de vista humano, você teria de conhecê-lo bem antes, para depois crer nele. Mas, no caso do cristão, é diferente; ele nasce e vive espiritualmente pela fé em Deus. Os seus conhecimentos deverão se submeter à fé. Nunca o contrário.
O Senhor deseja que você agora entregue a ele todas as áreas de sua vida e confie plenamente nele. Isso só é possível, se conhecê-lo bem. Então, tenha o desejo de obter o conhecimento divino.
Para entender o mundo em que vive, Ter censo de direção, edificar-se interiormente e saber qual é a sua missão nesta vida, você tem de conhecer Deus. Talvez você tenha várias idéias a respeito do Senhor, mas elas devem corresponder àquilo que é dito sobre o criador. E mais, a compreensão que o crente pode Ter sobre quem é o Todo-Poderoso, é conseqüência da revelação que o Onipotente deu de si mesmo. Você já estudou, na lição anterior, que a revelação de Deus se deu através da Bíblia. Uma manifestação com linguagem compreensível a todas as pessoas. Mas jamais alguém teve a compreensão total do Onipotente, pois o que se pode conhecer de Deus está além da capacidade humana.
Esta lição se propõe a lhe ajudar nesta aprendizagem, a qual deve durar por toda a vida.
Deus tem muitas qualidades, através das quais Ele se identifica com os homens, e, ao mesmo tempo, torna-se diferente de todos os seres espirituais.
Você descobre quais são as qualidades de Deus, ao conhecer os seus nomes.
Deus mesmo se revela, faz-se conhecer, ao proclamar o seu nome (leia Êxodo 6:2 e 3). O Senhor queria ser reconhecido pelo povo de Israel, através de seus feitos.
Por que conhecer o Senhor pelo nome? No caso de Deus, é muito mais do o conjunto de letras do português ou de qualquer outro idioma. É o nome que revela aos homens as qualidades do Criador. Além disso, é uma maneira de se responder quem é o Todo-Poderoso.
- O seu nome deve ser invocado na adoração (leia Gênesis 12:8);
- O seu nome deve ser temido (leia Deuteronômio 28:58);
- O seu nome deve ser louvado (leia 2 Samuel 22:50);
- O seu nome deve ser glorificado (leia Salmo 86:9);
- O seu nome não pode ser tomado em vão (leia Êxodo 20:7);
- O seu nome não pode ser profanado, nem blasfemado (leia Levítico 18:21; 24:16);
- O seu nome deve ser santificado e bendito (leia Mateus 6:9);
Na Bíblia, os nomes de Deus mais comuns são:
- Deus: - Quando você o encontra no texto Bíblico, ele fala do seu poder criativo e total.
- Senhor ou Jeová: - É Deus relacionado com as pessoas, para ajudá-las e salvá-las.
O vocábulo Deus, com outras combinações, como ‘altíssimo’, ‘suficiente’, ‘eterno’, e ‘conosco’, revela as qualidades do Senhor e mostra a sua maneira de agir entre as pessoas.
Senhor: - no sentido de governador e dominador, é aquele que exige o serviço e a lealdade do seu povo.
Pai: - Mostra que todas as coisas e o ser humano foram criados por ele e estão debaixo de proteção.
Você também conhece Deus, ao estudar o que Ele é em si próprio, e em relação ao universo e aos seres por Ele criados. Tudo isso é chamado de atributos divinos, ou seja, aspectos do seu caráter.
Existem os aspectos que só Deus possui e nada há que os lembre nos homens ou nos outros seres por Ele criados. O primeiro deles é a soberania. Significa que Deus é chefe, maioral ou supremo. No universo em que está a terra, só há um dirigente: o Todo-Poderoso. Para você, isto é encorajador, porque tem a segurança de que nada há fora do controle do Senhor, e os seus planos são, de fato, realizados. Leia o Salmo 103:16. O segundo aspecto é a eternidade. Nunca houve um tempo em que Deus não existisse. Ele não tem princípio e jamais terá fim. Não se limita ao tempo. Porque é eterno, vê o passado e o futuro de modo tão claro como contempla o presente. Nesta perspectiva, Ele sabe o que é melhor para a vida do crente. Você pode confiar nele. Leia Isaías 44:6.
A Onisciência é o terceiro aspecto divino. Deus possui todo o conhecimento que existe. Nada o pega de surpresa. A onisciência do Senhor permite que ele tenha conhecimento de tudo antes e depois da salvação de cada ser humano. Ele perdoa os pecados do homem e o aceita em sua família. Leia Hebreus 4:13.
O quarto aspecto divino é a onipresença. Significa que Deus é infinito e está presente em todo o tempo e espaço. Ninguém pode se esconder de sua face. Mas a presença do Senhor deve ser experimentada em todo o tempo para se receber as suas bênçãos de uma maneira bem real. Leia Jeremias 23:24. Deus tem mais do que poder necessário para realizar todas as coisas. Isto quer dizer que Ele é onipotente, o seu quinto aspecto divino. O crente tem certeza de sua salvação, porque o Senhor é Todo-Poderoso. Esta força se manifesta no evangelho de Cristo, para a salvação dos homens. Veja o que diz a Bíblia em Romanos 1:16: ‘Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê’.
Deus mostra a sua onipotência, através do seu poder de criar: ‘No princípio criou Deus os céus e a terra’ (Gênesis 1:1).
O Criador preserva todas as coisas, cuida e manifesta a sua providencia para o crente, pela sua onipotência. Leia Hebreus 1:3 e Filipenses 3:20 e 21.
O sexto aspecto divino diz que Ele é imutável. Jamais muda em sua natureza e aspectos. Será sempre bom, justo e verdadeiro. Você pode crer nas suas promessas, porque Ele cumpre todas. Nele, podemos confiar: ‘Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa: porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?’ (Números 23:19).
QUESTIONÁRIO
1) Porque Deus pode ser conhecido pelos seus nomes?
2) Quais são na Bíblia, os nomes mais comuns de Deus?
3) O que significa Onisciência?
4) O que significa Onipresença?
5) O que significa Onipotência?/
Lição 3 - Conhecendo a Salvação
Texto Bíblico
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo de céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos"
(Atos dos Apóstolos 4:12)
INTRODUÇÃO
Você agora é salvo. A salvação é a maior bênção que o ser humano pode receber e, ao mesmo tempo, a principal experiência espiritual. A salvação é o tema central da Bíblia. Todo o crente deve conhecê-la bem e falar dela aos que ainda não aceitaram a Cristo, para que também sejam salvos.
A princípio, pode-se afirmar que ela é o resultado da morte expiatória de Jesus Cristo, na cruz do calvário, que livra o homem da condenação eterna, causada pelo pecado. Leia Efésios 1:7; 2:1. A salvação é:
O próprio Criador tomou a decisão de reconciliar consigo o homem, que, pela desobediência, havia se afastado dele, tornando-se escravo do pecado e inimigo de quem o criara.
Você precisa saber, também, que a sua salvação custou um alto preço: o sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1:29), imolado pelos nossos pecados, na cruz do calvário, conforme a profecia de Isaías 53:4 a 7; porém aos homens foi concedida graciosamente, segundo a misericórdia infinita de Deus. Jamais você pagaria tal resgate para a sua salvação, pois ela não depende de qualquer mérito humano, nem de boas obras. Leia Efésios 2:8 e 9.
No tópico anterior, você aprendeu que ‘todos pecaram’ e o salário do pecado é a morte (leia Romanos 6:23). Deste modo, todos necessitam da salvação. Todos precisam arrepender-se dos seus pecados, confessá-los a Deus e abandoná-los definitivamente, aceitando o Dom gratuito de Deus.
Como escapar desta condenação? Veja a importância da salvação: você estava morto em delitos e pecados, conforme Efésios 2:1 e 5 e Colossenses 2:13; e nada podia fazer para escapar do juízo divino. Porém, Deus em seu filho o libertou da condenação da morte eterna. Leia João 5:24.
Você agora, não precisa temer o juízo final, pois Jesus mediante a sua morte na cruz do Calvário, condenou o pecado e concedeu a vida eterna a todos quantos nele crê. Leia Romanos 8:1. Cristo anulou, por sua morte e ressurreição, os efeitos do pecado, que é a morte eterna. O alvo foi atingido.
III. Os efeitos do pecado. O pecado afetou o homem nas esferas física, mental, moral e espiritual (leia Romanos 3:10 a 18). Os efeitos são todos negativos. Toda causa tem as suas conseqüências. Considere os efeitos detalhadamente:
III. ASPECTOS DA SALVAÇÃO
São três os aspectos da salvação:
O que o homem não pôde fazer, Deus o fez por ele. A justiça de Cristo, o justo, é concedida ao ser humano, mediante a graça divina (Romanos 5:17 a 19).
O homem, morto em seus delitos e pecados, nasce de novo. Este novo nascimento é efetuado pelo Espírito Santo em seu interior, mediante o arrependimento e a fé na graça divina.
III. Santificação. Uma vez restaurado à comunhão com Deus, o homem abandona as práticas pecaminosas do passado e separa-se (santifica-se) para o serviço do Senhor. A santificação é um ato do Espírito Santo, no interior do crente, que se reflete nos seus atos exteriores. Portanto, justificação, regeneração e santificação são os três aspectos simultâneos da salvação plena em Cristo Jesus.
QUESTIONÁRIO
1) Conforme Romanos 3:23, porque a salvação é necessária?
2) Através de quem o pecado entrou no mundo?
3) Qual a principal conseqüência do pecado?
4) Quem pode salvar o homem da condenação eterna?
5) Conforme Efésios 2:8 e 9, como se pode obter a salvação?
Lição 4 - Conhecendo a Igreja
Texto Bíblico
"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros,
mas concidadãos dos santos, e da família de Deus"
(Efésios 2:19)
INTRODUÇÃO
Agora, você faz parte da Igreja, pois não apenas recebeu a salvação oferecida por Cristo, mas também foi incluído em sua família. A palavra ‘Igreja’, nesta lição, não está restrita à uma denominação, nem ao local onde você freqüenta os cultos. Depois do plano idealizado por Deus, para salvar os homens, a igreja é a proposta mais inteligente da divindade. Aqueles que seriam salvos, formariam um corpo, porta-voz da salvação para outras pessoas. A igreja é um organismo que tem a própria vida em Cristo, o qual estabeleceu a missão dela e como cumpri-la.
Quem faz parte da igreja, dá continuidade ao trabalho de Cristo na terra. A verdadeira vida que está em você chegará aos outros. Isto é ser uma bênção para o mundo. Ninguém recebeu a salvação simplesmente para ser salvo, mas, sim, integrar-se à igreja. Por isso, é preciso que você compreenda bem o que ela significa, conheça quais são os seus objetivos e as suas ordenanças.
A palavra ‘igreja’ quer dizer ‘uma reunião de pessoas chamadas para fora’, ou seja, um grupo de pessoas que saíram de dentro do mundo (espiritual) para seguirem a Cristo. Os que formam a igreja são chamados, pela Bíblia, de crentes, irmãos, cristãos, santos, eleitos e os do caminho.
Todos os crentes espalhados pelo mundo formam a igreja. Ela não está restrita a uma área geográfica e nem a um único povo da terra. É o seu lado invisível e universal.
Embora a palavra ‘igreja’ seja empregada, em primeiro lugar, para descrever a totalidade de crentes que vivem em todo o mundo, você pode usá-la também para se referir aos cristãos de um determinado lugar, isto é, a ‘igreja local’.
Possui também uma cabeça, o próprio Cristo. Ele é o chefe, o guia, o Principal e o Príncipe da igreja.
Outro símbolo é o templo. Embora Deus habite em toda a parte, Ele se localiza em determinado lugar, para ser encontrado, adorado e louvado. Cada crente é um templo de Deus. Leia 1 Coríntios 3:16 e 17.
Por causa da união e comunhão que os crentes tem com Cristo, a igreja é simbolizada na Bíblia pela figura de uma noiva. Em 2 Coríntios 11:2, Paulo afirma que preparara os crentes de Corinto para os ‘apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo’. Em Efésios 5:25, o apóstolo declara que Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o noivo viverão juntos para sempre. Leia Apocalipse 22:17.
Outro símbolo da Igreja, o qual se pode destacar na Bíblia é a família. Você, agora, é membro da família da Deus.
Através da Bíblia, você descobre que a igreja foi fundada por Cristo, para cumprir as seguintes finalidades:
Significa afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e ter todas as esferas da sua vida e atividades regulamentadas, dirigidas por Deus. Leia Mateus 5:13 e 18:15 a 17.
III. AS DUAS ORDENANÇAS DA IGREJA
Há duas cerimônias ordenadas por Cristo, para que os crentes a pratiquem: o batismo nas águas, cerimônia de ingresso do novo crente na igreja que simboliza o início de sua vida espiritual; e a Ceia do Senhor significa a continuação desta vida espiritual. Por isso, o crente deve participar dela, para manter sempre a comunhão com o Senhor Jesus.
QUESTIONÁRIO
1) Qual o significado da palavra ‘igreja’?
2) Quais os principais símbolos da igreja mencionados nesta lição?
3) Cite os quatro objetivos da igreja destacados nesta lição.
4) Mencione as duas ordenanças bíblicas que devem ser praticadas pela igreja?
5) Cite os dois elementos utilizados na Santa Ceia como símbolos do corpo e do sangue de Jesus.
Lição 5 - Conhecendo o Valor da Oração
Texto Bíblico
"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto"
(Tiago 5:17 e 18)
INTRODUÇÃO
Através da oração, você alcança grandes vitórias. Todos os que oram e confiam a Deus os seus problemas, difíceis de solução, são recompensados pelo Todo-Poderoso. Nesta lição, você vai conhecer o quanto é bom orar, e aprender que tudo quanto se pede ao Senhor, com fé, mediante sua vontade, se recebe.
Daniel alcançou grandes vitórias em sua vida, porque sempre viveu em oração. Apesar de viver distante de sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, a cidade de Deus (Daniel 6:10). Por causa disso, lançaram-no na cova dos leões, que nada lhe fizeram. Então, o rei Dario, seu grande amigo, não dormiu naquela noite, ao imaginar que Daniel havia sido devorado pelas feras. Porém ao contrário do que pensava, o jovem profeta de Israel estava bem vivo e glorificava a Deus por ter fechado a boca dos leões (leia Daniel 6:20). Vale ou não a pena conversar com Deus?
Você só sentirá, realmente, a presença de Deus em sua vida, se for através da oração. Ela faz com que a pessoa sinta a comunhão real com seu Criador e Pai celestial. Seria impossível para os cristãos, no decorrer da história da igreja, enfrentar os tribunais, as arenas, as fogueiras, os pelotões de fuzilamento, as prisões, a fome, a sede, a perseguição, a incompreensão, e tantos outros males, se não fosse a certeza de que não estavam sozinhos, mas sentiam uma mão que lhes segurava e uma voz suave a lhes dizer: 'Coragem, meus amigos, pois estou aqui para lhes conceder a vitória, e logo mais estareis comigo!'.
Os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinassem a orar. O Mestre de pronto, lhes respondeu: 'Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém' (Mateus 6:9 a 13).
Esta é a única oração ensinada por Jesus e utilizada pela igreja nos dias atuais. As demais, empregadas pela Igreja Católica Romana em seus cultos, são consideradas rezas, citações elaboradas por alguém, repetidas milhões de vezes por seus devotos.
Muitos consideram esta a melhor maneira de se conversar com Deus, pois é uma demonstração de submissão, reverência e humildade.
O importante é a sua possibilidade! Se o templo está lotado, e não há mais espaço para o povo se ajoelhar, além dos visitantes não-evangélicos, que se inibem facilmente, o orar em pé, ou sentado (os velhos e os enfermos), é aceito de bom grado por Deus, pois o que vale é a sua intenção.
III. ONDE ORAR?
Hoje, nós chamamos esta reunião de oração em família, ou seja, entre pais e filhos, de culto doméstico. Os lares evangélicos que se reúnem diariamente, para orar, são felizes e harmoniosos. Os cônjuges são unidos, os filhos obedientes, além da saúde e prosperidade que desfrutam.
Você já realiza o seu culto doméstico? Se ainda não, comece hoje, e desfrute as bênçãos que Deus quer lhe conceder!
O navio, açoitado pelas fortes ondas, não naufragou, de imediato, porque o apóstolo estava entre os passageiros. Ele rogou a Deus, em oração, pelas vidas de seus companheiros. Em resposta, um anjo trouxe-lhe a seguinte mensagem: 'Paulo, não temas: importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo'. Ele, então, reuniu todos os passageiros e tripulantes e declarou-lhes: 'Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós'. Na verdade, a embarcação foi destruída, mas todos os seus ocupantes se salvaram (Atos 27:34).
A oração, portanto, é a chave da vitória. Todos os que enfrentaram grandes lutas, mas confiaram no poder de Deus, foram vitoriosos. Orar é um hábito que se adquire gradativamente. Todos os que se prontificam a orar ao Senhor, tiveram, no início, a contrariedade da carne. Mas a mortificaram e disciplinaram-na a tal ponto, que ficavam horas e horas de joelhos, sem perceberem o tempo passar. Tornaram-se grandes pregadores e ganharam milhares de almas para Cristo. Venceram as tentações e provações e, agora, aguardam, no Paraíso, o momento de receberem o novo corpo, para viverem eternamente com Jesus.
QUESTIONÁRIO
1) O que significa orar?
2) Por que a oração de joelhos é preferida pela maioria dos crentes?
3) O que significa orar sempre?
4) Em que texto bíblico está registrado a única oração ensinada por Jesus?
5) Qual a diferença entre orar e rezar?
Lição 6 - O Discípulo e a Fé
Texto Bíblico
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,
e a prova das coisas que se não vêem"
(Hebreus 11:1)
INTRODUÇÃO
A melhor definição para fé é a do texto bíblico que introduz este comentário. Nesta acepção, ela é a base da esperança que faz o crente seguir adiante, firmado nas promessas de Deus e deixando para trás as dúvidas, incertezas e incredulidade. Ela é o ponto de partida para o pecador conhecer ao Senhor e receber a salvação. Segundo o apóstolo Paulo, a fé nasce na vida de cada um quando se ouve a Palavra de Deus, que é também o alimento para que ela, a fé, se torne vez mais consolidada e robustecida. Ter fé é vital para as relações do crente com Deus. É impossível esta comunhão sem ela, 'porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam' (Hebreus 11:6).
Eles olhavam para a cruz, o divisor entre a velha e a nova aliança. Por causa de sua fé foram massacrados, vituperados, perseguidos, mas em momento algum fraquejaram, pois estavam certos da promessa do nascimento de Jesus Cristo, não obstante a verem de longe.
Por que a fé é tão importante na vida cristã? Porque se ela não estiver operando, a incredulidade predomina, gerando incertezas e fracassos. Quem duvida jamais realiza qualquer coisa para Deus. Este sentimento deixa o crente indeciso, o que compromete o seu caminhar vitorioso, pois poderá agir como Pedro que, ao primeiro momento, deu passadas firmes sobre as águas do mar, mas logo começou a afundar. A dúvida deixou-o sem saber se olhava somente para Jesus ou para as circunstâncias adversas à sua volta.
A fé pode estar direcionada para outro foco. Se for o caso, não é a fé legítima que se sustenta só no Filho de Deus. Por outro lado, não se trata da fé apenas por causa das obras que ele realizou ou que pode realizar, mas daquela que se traduz na certeza pessoal dada a cada crente não só para vencer circunstancias adversas, se for a sua vontade, mas também para continuar a servi-lo, ainda que seja do agrado de Cristo que você passe pelo vale da sombra e da morte. Neste caso, como disse Paulo, o morrer é ganho e significa o triunfo definitivo da fé.
Foi a fé centrada na pessoa de Cristo que levou os amigos de Daniel a enfrentarem a fornalha de fogo ardente. eles criam no livramento, mas também criam que aquela circunstancia poderia levá-los à presença de Deus. É tanto que disseram ao rei: 'Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que pode nos livrar do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantas-te' (Daniel 3:17 e 18).
A visão de Nabucodonosor veio confirmar esta verdade. Ele viu o quarto homem na fornalha, que não era outro senão o Filho de Deus. Para os amigos de Daniel, então, não fazia diferença. Fora da fornalha tinham a proteção do Senhor, na fornalha, ele os acompanhava e se fossem levados para o céu, ficariam para sempre na sua gloriosa e majestosa presença. Este é, portanto, o cerne da verdadeira fé: Cristo.
III. OS EFEITOS DA FÉ
Portanto, isto quer dizer: se você estiver com Cristo na terra ou no céu, Satanás será sempre perdedor.
QUESTIONÁRIO
1) Qual a melhor definição para a fé?
2) Por que Hebreus 11 é considerado como a galeria dos heróis da fé?
3) O que levou os heróis do Antigo Testamento a serem vitoriosos?
4) Por que a fé é tão importante para a vida cristã?
5) O que é dom da fé?
Lição 7 - O Discipulo e a Obediência
Texto Bíblico
"Porém Samuel disse:
Tem porventura o Senhor, tanto prazer em sacrifícios, como em que se obedeça à Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar,
e o atender melhor é do que a gordura dos carneiros"
(1 Samuel 15:22)
INTRODUÇÃO
A obediência, segundo definem os dicionaristas, é o ato de submeter-se à vontade de alguém. Nesta lição, porém, você vai aprender que, em se tratando do crente, a obediência não é tão restrita, como querem os filólogos. Ela está profundamente ligada a fé, através da qual somos introduzidos à presença do Deus invisível, a quem voluntária e conscientemente nos submetemos. Por crermos na sua soberania sobre todas as coisas, nos dispomos a viver em obediência à sua Palavra, à Igreja e àqueles que Ele estabeleceu para ministrar sobre o seu povo.
A obediência é uma virtude exemplificada em todos os livros da Bíblia. Nela, você também encontra registros sobre a desobediência e suas funestas conseqüências. Cabe-nos olhar para estes exemplos e tirarmos lições que nos ajudem a por em prática a obediência e a não repetir os erros dos que não souberam honrar a confiança de Deus.
Você descobriu que Abraão devia deixar a sua terra, a sua parentela, a casa de seus pais e seguir para uma terra distante, a qual não conhecia. Estas condições implicavam basicamente numa coisa: obediência. Fica claro, no texto, que ele dependeria exclusivamente da direção de Deus.
Você descobriu, ainda, que a obediência não impõe só condições, mas traz também privilégios.
Abraão seria pai de uma grande nação, abençoado, engrandecido e uma bênção para todas as famílias da terra. E mais: aqueles que o abençoassem seriam abençoados; os que o amaldiçoassem, seriam amaldiçoados.
Vale lembrar, por conseguinte, que todas as vezes que Deus determinou alguma coisa a alguém, o intuito não era o obedecer por obedecer, ou simplesmente para fazer valer a sua soberania. Havia um propósito pré-estabelecido. Neste caso, o propósito maior era formar uma nação pela qual o redentor, Jesus Cristo, viesse ao mundo. Se Abraão não obedecesse, ficaria privado de ter o privilégio de constar em sua biografia o registro de progenitor da raça judaica que trouxe o salvador da humanidade.
Outro fato a destacar é que a obediência do Patriarca não foi um ato robótico, como se não tivesse personalidade. Ele o fez por saber a quem estava obedecendo e movido pela fé. Por isso, seu nome consta da galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11.
Não obstante Abraão ser um exemplo de obediência, houve um momento em sua vida cuja precipitação trouxe conseqüências drásticas que repercutem até os dias de hoje. Foi quando Deus prometeu um filho em sua velhice. Leia Gênesis 15:1 a 16, 16:1 a 16.
Induzido por Sara, sua mulher, que já não acreditava mais em sua capacidade de gerar, nem mesmo por intervenção divina, Abraão acabou tendo um filho com sua escrava Agar, fora do plano de Deus. O resultado é que logo surgiram os conflitos, principalmente depois que nasceu Isaque, o filho da promessa. Para resumir, ainda hoje as conseqüências aí estão, com as hostilidades entre árabes, descendentes de Ismael, e israelenses, de Isaque.
Quando Deus ordenou a Ananias que visitasse o apóstolo, após o encontro deste com Cristo, na estrada de Damasco, ficou claro, desde o início, o seu propósito para com o até então perseguidor do evangelho. Ele era um vaso escolhido para proclamar a salvação aos gentios. O mundo todo foi beneficiado pela obediência de Paulo, que, ao fim da vida, pôde dizer: 'Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé' (2 Timóteo 4:7).
A partir dos exemplos acima, surge então a pergunta: a quem devemos obedecer? Nossa obediência é devida a Deus, em primeiro lugar. Mas como obedecer-lhe, sendo Ele Deus invisível e transcendente?
É sempre bom lembra que esta obediência é à luz da Palavra, e não ao contrário. Não é a Igreja que estabelece o que a Bíblia ensina, mas a Bíblia que estabelece o que a Igreja deve fazer. Tudo quanto ela faz ou ensina não pode basear-se em textos isolados, mas nos princípios gerais da Bíblia. Um princípio só pode ser assim considerado se tiver apoio em toda a Palavra de Deus. Se não, pode ser uma boa opinião, mas não um princípio bíblico. O grande erro da Igreja Romana, entre outros ao longo da História, foi que, para justificar suas heresias, inverteu o papel: ela passou a ser mais importante do que a Bíblia e a arbitrar o que ela ensina. Devemos, portanto, ter em mente: a Palavra de Deus é sempre a base de nossa obediência.
Não obstante ser a salvação individual, você descobriu que a responsabilidade de ministrar às nossas vidas é do pastor, de quem Deus vai cobrar a prestação de contas um dia. Cabe-lhe, portanto, expor a Palavra para o nosso ensino e crescimento espiritual.
De nossa parte, como determina a Bíblia, cabe-nos atentar para os seus conselhos, ouvir-lhes as recomendações e obedecer-lhe, sempre compulsando a Bíblia, pois este é um direito de todos os crentes: ter acesso direto à Bíblia Sagrada para comparar o ensino que está recebendo com a Palavra de Deus.
III. EFEITOS DA OBEDIÊNCIA
Para finalizar, veja, na Bíblia, os efeitos da obediência na vida dos que a praticam:
QUESTIONÁRIO
1) Quais privilégios Deus prometera a Abraão pela sua obediência?
2) Quais foram as conseqüências da precipitação de Abraão, em não esperar o filho da promessa?
3) Cite dois efeitos da obediência.
4) A quem devemos obedecer segundo o estudo desta lição?
5) Por que devemos obedecer a nossos pastores?
Lição 8 - O Discípulo e o Dízimo
Texto Bíblico
"Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento
na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos,
se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
uma bênção tal, que dela vos advenha maior abastança"
(Malaquias 3:10)
INTRODUÇÃO
Dizimar não é mera obrigação, mas um ato oriundo da fé nas promessas de Deus. O Dízimo é uma forma de você mostrar sua gratidão pelas bênçãos decorrentes da salvação. É tornar-se participante com Deus na obra de evangelização do mundo. É o privilégio de tirar 10% de toda a renda pessoal e investir nos negócios de Deus aqui na terra.
Dar ou pagar o dízimo, no Antigo Testamento, constituia-se em separar a décima parte do produto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.
O Dízimo não ficou restrito aos tempos do Antigo Testamento. O escritor da Epístola aos Hebreus estabelece uma vinculação direta entre esta prática e o Novo Testamento, quando menciona o fato de Abraão ter pago o dízimo de tudo a Melquisedeque. Vale lembrar, inclusive, que o mesmo autor afirma ser Cristo sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5:10). Ora, isto quer dizer que, se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios continuam também os mesmos, sem alteração, e isto inclui o dízimo. Pagar o dízimo, portanto, é dar seqüência, em Cristo, ao sacerdócio de Melquisedeque, que é 'sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre' (Hebreus 7:3).
Você descobriu, entre outras coisas, que a pratica do dízimo entre os contemporâneos de Jesus tornou-se legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os escribas e fariseus cumpriam esta determinação para serem vistos e honrados pelos homens, e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas aparência, nada mais. Todo o texto de Mateus 23 enfatiza este lado da arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se reveste de justiça para tornar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.
Alguns podem pensar, à primeira vista, que Jesus estivesse condenando o dízimo. Porém, uma leitura mais acurada do texto (versículo 23) revela que Ele estava reprovando a motivação errada. Foi isto que deixou claro ao afirmar: ‘...pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé’. Ou seja, uma coisa não pode existir sem a outra. É tanto que acrescentou: ‘Deveis, porém, fazer estas coisas (viver o juízo, a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas’ (dizimar a hortelã, o endro e o cominho). O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, para aparentar justiça, é um ato de fé que produz obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.
Duas coisas aparecem no texto: as contribuições eram feitas no primeiro dia da semana (domingo), proporcionalmente à prosperidade de cada um. O dízimo é exatamente isto. Quando se paga 10%, ele sempre será proporcional. Em outras palavras, quanto mais o crente prospera, mais contribui. O apóstolo também reitera o conceito de que a contribuição sistemática, além de proporcional, deve ser oriunda da motivação correta. Ele afirma: ‘Não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria’ (2 Coríntios 9:7).
III. AS BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM OS DÍZIMOS
Malaquias afirmou que o dízimo é para que haja ‘mantimento na casa do Senhor’. Aplicando-se ao contexto de hoje, é o meio que a Igreja tem aqui na terra para realizar a evangelização, enviar missionários, manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, construir templos para abrigar o povo e suprir o dia-a-dia da administração. Poe exemplo: como a igreja poderá ser abençoada com o crescimento, se lhe faltam os recursos para adquirir folhetos, enviar obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo e ajudar no cuidado aos carentes da igreja e da comunidade? O dízimo é para isto. Não tem outra finalidade.
Veja algumas coisas que acontecem quando, motivado pela visão correta, o crente dizima:
CONCLUSÃO
Você aprendeu que o ato de dizimar é uma doutrina fundamentada em toda a Bíblia, não sendo portanto, uma imposição humana. Viu também que é um ato de fé e de gratidão a Deus por todas a s bênçãos recebidas. A obra de Deus na terra depende de crentes fiéis que, como mordomos, não roubam ao Senhor mas, devolvem-lhe o que lhe é devido. Faça sua parte.
QUESTIONÁRIO
1) O que significa pagar o Dízimo?
2) O Dízimo deve ser pago por mera obrigatoriedade ou como um ato de fé nas promessas de Deus?
3) Em que circunstancia o Dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia?.
4) Qual o profeta que chamou de roubadores de Deus aqueles que não pagavam os seus dízimos?
5) Qual a utilidade do Dízimo para a igreja local?
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Lição 9 - O Discípulo e o Espírito Santo
Texto Bíblico
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós;
e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra"
(Atos dos Apóstolos 1:8)
INTRODUÇÃO
É impossível escrever sobre qualquer dos temas enfocados nestas lições, sem fazer referências, explícita ou implícita, à pessoa e aos atos do Espírito Santo. Não obstante, se faz necessário tratar deste assunto com clareza, afim de dirimir quaisquer dúvidas que, porventura, existam por parte do novo crente, sobre a terceira pessoa da trindade.
As Escrituras dão sobejas provas da personalidade do Espírito Santo. Ele não é apenas uma influência, força ativa ou energia cósmica, conforme ensinam as pseudo-religiões; mas, sim, um como o Pai e o Filho. Ele é Deus (leia 1 João 5:6 e 7).
Você aprendeu que o Espírito Santo convence o homem do seu estado pecaminoso e da condenação eterna. Nesta lição, você aprenderá que o Espírito Santo é uma pessoa divina, tal como o Pai e o Filho.
Ele se entristece e, também, tem ciúme (zelo) de nós. Leia Tiago 4:5. Considere ainda, algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:
Você aprendeu que o Espírito Santo é uma pessoa e não uma influência ou força ativa de Deus, pois possui personalidade. É divino, porque a Ele são atribuídas as mesmas qualidades inerentes ao Pai e ao Filho, e também, é-lhe dado, de acordo com as diversas funções, vários nomes. Veja, então, os que são conferidos ao Espírito Santo e os seus principais símbolos.
III. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
- Consolar (leia João 14:16 e 17);
- Conduzir, guiar em toda a verdade (leia João 16:13);
- Ensinar todos as coisas e lembrar o que o Senhor ensinou (leia João 14:26);
- Conceder poder para testemunhar de Cristo (leia Atos 1:8);
- Interceder pelos crentes em suas orações (leia Romanos 8:26);
- Santificar: esta é a principal tarefa do Espírito santo nos crentes, pois sem santificação, ‘ninguém verá o Senhor’ (Hebreus 12:14). Este processo é uma operação dinâmica e progressiva. Começa na conversão e aperfeiçoa-se gradativamente até a volta de Jesus. Leia 2 Coríntios 7:1 e Filipenses 1:6.
- Na obra de missões:- A começar pela igreja em Antioquia da Síria até os dias atuais, é o Espírito Santo quem separa e ordena os obreiros e os envia ao campo missionário.
- No ministério da pregação:- Sem a unção do Espírito, nenhum pregador, por melhor que seja, logrará êxito em sua pregação, pois sua mensagem é insípida, vazia e sem poder. Só há salvação de almas, quando o Espírito unge a mensagem e o pregador, como aconteceu com Pedro, no Pentecoste. Sob a convicção de que haviam pecado, por rejeitarem o Mestre, o Salvador da humanidade, os judeus, compungidos em seus corações, arrependeram-se e foram salvos. Leia Atos 2:37 e 41.
- Oração:- O Espírito intercede pelos crentes nas orações (leia Romanos 8.26). Ao escrever aos crentes em Éfeso, Paulo concita-os a orar ‘em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito’ (Efésios 6:18). Leia Judas, versículo 20.
A sobrevivência da Igreja só é possível sob a direção do Espírito Santo. Ele é o legítimo vigário (substituto) do Filho de Deus na terra. Ninguém mais!
QUESTIONÁRIO
1) Cite a referência Bíblica, onde o Espírito Santo é citado pela primeira vez.
2) Cite as características de personalidade do Espírito Santo.
3) Cite os atributos que atestam a divindade do Espírito Santo.
4) Quais os símbolos do Espírito Santo destacados nesta lição?
5) Que tipo de obra o Espírito Santo realiza no crente?
Lição 10 - O Discípulo Vivendo Cheio do Espírito
Texto Bíblico
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito"
(Efésios 5:18)
INTRODUÇÃO
Viver cheio do Espírito Santo significa ser alegre, confiante, revestido do poder de Deus. Por intermédio desta virtude, muitos cristãos enfrentaram os perigos com destemor. Os que realmente são cheios do Espírito Santo, jamais voltaram atrás. Aceitaram o martírio, cientes de que eram bem-aventurados. Isto só foi possível, porque experimentaram uma vida repleta no Espírito!
No dia de Pentecostes, os discípulos estavam assentados, talvez no período de descanso da oração de joelhos, quando ‘todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem’ (Atos 2:4).
Os sacerdotes e levitas mandaram lhe perguntar quem era ele, e João Batista, respondeu que não era o Cristo, mas a vós que clamava no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías’ (João 1:23). Declarou também que batizava com água, para arrependimento, mas o que vinha logo em seguida era maior do que ele, e batizaria com o Espírito Santo.
Este, a quem João Batista se referia, é Jesus Cristo, o nosso Salvador. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, ore, peça insistentemente, e o Filho de Deus lhe revestirá do poder do alto.
III. O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
Com certeza, todos os revestidos do poder de Deus, são mais do que vencedores. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, busque-o com fé, pois este revestimento também é seu.
Nos dias em que vivemos, o batismo no Espírito Santo é uma grande necessidade. As muitas dificuldades que enfrentamos na atualidade e as forças do mal que atuam neste mundo, levam o homem aos vícios e das drogas e da bebida, à prostituição, à violência e a tantas coisas ruins que destroem a humanidade. Entretanto, o homem triste e desiludido, desenganado pela medicina e rejeitado pela sociedade, quando aceita a Jesus, renova as suas forças, principalmente, depois que é batizado no Espírito Santo.
Os dons espirituais são necessários para a edificação espiritual e o crescimento da igreja. São concedidos gratuitamente e devem ser utilizados, também, de graça. Nós o recebemos mediante o nosso pedido a Deus. Se você deseja um ou mais destes dons, comece a busca-los ainda hoje, com fé e o Senhor lhe concederá.
1.Ensina todas as coisas (João 14:26):- Jesus declarou aos discípulos que, por causa de seu nome, eles seriam odiados e levados aos tribunais. Mas não se preocupassem, pois o Espírito Santo lhes ensinaria tudo o que eles deveriam responder aos seus inimigos.
Hoje também, o Espírito Santo nos ensina. Por nós mesmos, nada sabemos falar. Mas quando abrimos a nossa boca, a terceira pessoa da Trindade nos enche de sabedoria e graça, para pregarmos o evangelho de Cristo.
Por isso, viver cheio do Espírito significa ser dirigido pela terceira pessoa da Trindade, com a certeza de que o crente marcha para a glória, seguro e confiante que chegará ao céu, pois não é conduzido por simples seres humanos, mas por uma pessoa divina.
QUESTIONÁRIO
1) Quando se recebe o Espírito Santo?
2) De acordo com a lição, o que é batismo no Espírito Santo?
3) Quais as dádivas do Espírito Santo?
4) Quais a atuação do Espírito Santo como líder?
5) Quais são os dons espirituais descritos em 1 Coríntios 12:8 a 10?
Lição 11 - O Discípulo e os Dons do Espírito Santo
Texto Bíblico
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes"
(1 Coríntios 12:1)
INTRODUÇÃO
Os dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação da Igreja. Eles podem ser classificados em três grupos: primeiro, dons de revelação: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos. Segundo, dons de poder: fé, dons de cura e operação de maravilhas. Terceiro, dons de inspiração: profecia, variedades de línguas e interpretação de línguas.
São assim chamados porque concedem ao crente poder para o saber. Ou seja, recebemos do Espírito Santo informações e revelações de forma sobrenatural, com a finalidade de tornar-nos capazes de conhecer o pensamento divino e a intenção dos opositores da obra divina, em certos momentos, ou para fins específicos.
A palavra da sabedoria é conhecimento dado pelo Espírito que capacita o crente a perceber, falar e agir em circunstancias tais que os elementos naturais se tornam inúteis. Leia Tiago 3:17 e 1 Co 2:6 a 8.
A palavra da ciência ou do conhecimento também não provém de habilidades humanas. Não é adivinhação; fenômeno psíquico, perceptivo ou telepático (leia Dt 18:9 a 12) e nem tão pouco é o resultado de um profundo conhecimento bíblico e teológico.
A palavra da ciência é uma revelação sobrenatural que Deus concede aos crentes em certos momentos de suas vidas, com a finalidade de socorrer os seus e manifestar sua glória e poder.
As palavras da ciência e da sabedoria se completam. A primeira permite conhecer os segredos divinos; a segunda leva o crente a aplicar corretamente os conhecimentos revelados.
Os dons de poder são: dom da fé, dons de cura e operação de maravilhas. Eles concedem ao crente meios para realizar obras espirituais entre os homens.
Jesus tinha pleno conhecimento das condições do homem sem Deus. Corações quebrantados, cativos do pecado, cegos espirituais, oprimidos pelos demônios. Por isso, Ele disse em Lucas 4:18 e 19: ‘O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor’.
Nos casos da cura do paalítico de Betesda e de Enéias, tanto Jesus como Pedro usaram apenas uma palavra de ordem, sem oração, imposição de mãos, ou qualquer outra atitude. Jesus apenas ordenou: ‘Levanta-te, toma a tua cama e anda’. Pedro declarou: ‘Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama’ (At 9:33 e 34). Leia Atos 19:11 e 12, Mc 8:23 e Jô 9:11 a 17.
Existe a fé natural, exercitada nas atitudes comuns do dia-a-dia, como tomar um ônibus, um avião, crendo que vai chegar ao destino. Todo homem tem fé natural.
Há a fé para a conversão. Quando se crê em Cristo como único Senhor e Salvador, exercita-se a fé que salva: ‘Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa’ (At 16:31). Há também a fé que se refere ao que o crente crê e confessa, e se desenvolve através da meditação e do estudo da Palavra de Deus.
Mas, no caso do dom, é a fé sobrenatural capaz de movimentar os dons de curar e a operação de maravilhas.
III. DONS DE INSPIRAÇÃO
Os dons de inspiração dizem respeito à virtude do falar, não pela mente humana mas pelo Espírito Santo.
O dom de interpretar portanto, complementa o dom de variedade de línguas e deve seguir a esta manifestação, para que toda a igreja seja edificada. Leia 1 Co 14:13, 18, 28, 39 e 40.
A profecia oriunda do espírito humano e suas possibilidades, você encontra especialmente nos seguintes textos: Jr 23:16, 21 e 25.
O dom de profecia não é um método humano de adivinhar a sorte, de prever o futuro, nem de tornar realidade os desejos dos crentes. Leia 1 Cr 17:1 a 4 e Ez 13:1 a 8.
A profecia do espírito imundo, cuja preocupação é imitar as obras de Deus e usar o espírito de adivinhação e lisonja, pode muitas vezes passar despercebida pela sutileza de sua manifestação. É preciso estar em sintonia com Deus, para não cair no engodo da Satanás.
Para as finalidades de ensinar, instruir e dirigir, com vista ao aperfeiçoamento dos santos, Deus mesmo deu à igreja apóstolos, pastores, evangelistas e mestres (Ef 4:11 e 12).
O dom de profecia não é para doutrinar a igreja, instruir o pastor e nem dirigir a vida dos crentes, e sim para informar, dar a entender pelo Espírito, deixando as decisões com cada um segundo a medida da fé.
-Todos podem profetizar (1 Co 14:5);
-Em cada culto, apenas dois ou três devem profetizar (1 Co 14:29);
-Dois crentes não podem profetizar ao mesmo tempo, pois criam confusão e deixam dúvidas sobre quem Deus está usando (1 Co 14:29).
-Se um crente estiver profetizando e um segundo começar a fazê-lo também, só vai criar uma competição entre profetas. A ordem é o segundo não iniciar, antes que o primeiro termine, e, se o fizer, que o primeiro se cale. O ensino é que até três podem profetizar, um após o outro, nunca ao mesmo tempo, pois Deus não é de Confusão (I Co 14:31 e 33).
-A prova de ser espiritual e profeta é aceitar o que diz a Bíblia (I Co 14:37 a 40).
Conclusão
Os dons do Espírito são os meios pelos quais os membros do corpo de Cristo são habilitados e equipados para a realização da obra de Deus. Sem os dons do Espírito, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso, seria apenas mais uma organização humana e religiosa.
QUESTIONÁRIO
Lição 12 - O Discípulo e o Fruto do Espírito Santo
Texto Bíblico
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei"
(Gálatas 5:22 e 23)
INTRODUÇÃO
O fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente. Por si só, o homem não tem condições de produzir o fruto do Espírito. Sua inclinação natural será sempre de produzir os frutos da carne. Contrastando com os frutos (ou obras) da carne, o fruto do Espírito possibilita ao autêntico cristão viver de modo íntegro diante de Deus e dos homens. É necessário que o crente submeta-se incondicionalmente ao Espírito Santo. O '...Fruto...' de Gálatas 5:22, conceituado como 'expressões do caráter cristão', está no singular provavelmente por tratar-se de uma única notável virtude implantada pelo Espírito Santo de uma só vez no crente.
É através do fruto do Espírito que o cristão participa da natureza divina.
O que representa e em que consiste o fruto do Espírito na vida do crente? O fruto do Espírito consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de Deus implantadas pelo Espírito de Verdade no interior do crente com a finalidade de conduzi-lo à perfeição, ou seja, à imagem de Cristo. Em suma, os frutos do Espírito representa os atributos de Deus; os traços do seu caráter. O crente precisa absorvê-lo com a ajuda do Espírito Santo. O fruto tem sua manifestação na vida interior, vem de dentro para fora, é o desenvolvimento da semente que caiu em boa terra e produz para a glória de Deus.
(1) Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a tradução da palavra grega 'agape'. Este é amor que flui diretamente de Deus. 'O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado' (Rm 5:5). É um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3:16). É o amor de Jesus por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (leia Jo 3:16; 15:2 a 13).
É muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos esposos, parentes, amigos, esposas, etc. Mas, somente pelo Espírito Santo, você é capaz de dedicar o amor aos seus inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e perdoe as suas ofensas, de todo o coração, para jamais se lembrar delas.
(2) Gozo ou alegria:- Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa e bondosa, caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, resultante de um senso de bem-estar, sobretudo de um bem-estar espiritual, por causa de uma correta relação com Deus. Apesar das dificuldades financeiras, das enfermidades, das calunias, pela atuação do Espírito Santo, o crente está cheio de gozo em sua alma, como os apóstolos Paulo e Silas, presos injustamente, por causa do evangelho. Em vez de murmurarem, cantavam e oravam. Leia At 16:25.
(3) Paz:- Trata-se de uma qualidade espiritual produzida pela reconciliação, pelo perdão dos pecados e pela conversão da alma transformada segundo a imagem de Cristo (Rm 12:18). Leia Rm 5:1.
A queda do homem no pecado destruiu a paz com Deus, com outros homens, com o próprio ser, com a própria consciência. Foi por meio da instrumentalidade da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1:20).
O crente vive no meio da violência que gera insegurança e medo nas pessoas, mas essa virtude do Espírito lhe concede tranqüilidade e confiança.
(1) Longanimidade:- É uma qualidade atribuída a Deus. Ele tem tolerado pacientemente todas as iniqüidades do homem. Não se deixando levar pela ira nem pelo furor, manifesta seu amor, bondade e misericórdia; não usando sua justa indignação. De nós, os crentes, é esperado que nossas relações com os outros homens se caracterizem pela longanimidade do mesmo modo que Deus tem agido conosco. Leia 2 Co 6:6; Cl 1:11; 3:12.
Se Deus não fosse misericordioso e longânimo para conosco teríamos sido imediatamente consumidos.
(2) Benignidade:- Benignidade no original grego significa 'bondade' ou 'honestidade'. O crente que possui esta virtude é afável e gentil para com seus semelhantes não se mostrando inflexivel e amargo. Deus é a fonte dessa qualidade e Cristo o melhor exemplo. Ele foi uma pessoa imensamente gentil, conforme o evangelho o retrata. Essa virtude torna o crente benígno, desejoso do bem a todos, principalmente para os seus inimigos.
(3) Bondade:- Representa a generosidade que flui de uma santa retidão dada por Deus. Se antes você praticava o mal, agora é bom para todos, sem acepção de pessoas.
(1) Fé ou fidelidade:- No original grego significa tanto 'confiança' quanto 'fidelidade'. A fé aqui indica a confiança em Jesus Cristo (Ef 2:8 e 9). Mediante esta qualidade do fruto, podemos alcançar a medida total da plenitude de Cristo (Ef 4:13). À medida que esse fruto amadurece em nós, nossa confiança em Deus é fortalecida. A fé não produto humano; ocorre através da operação divina e consiste em confiança plena de alma em Cristo resultante de uma experiência com Ele. É a certeza de que Deus existe e está sempre conosco para nos dar a vitória.
(2) Mansidão:- Trata-se de uma submissão do homem para com Deus, e em seguida, para com o próprio homem. A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, que nos leva ao reconhecimento do valor alheio e a recusa de nos considerarmos superiores. Jesus disse: 'Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra' (Mt 5:5).
Essa virtude torna você manso e calmo, quando antes era agressivo e se irava por qualquer coisa que o contrariava.
(3) Temperança:- Parece ser o somatório de tudo. Quem a possui, tem o domínio próprio.
(a) Nas palavras:- Há um ditado popular que afirma: 'Não devemos falar o que sabemos, mas sim, sabermos o que falamos'. Isto é o que se pode chamar de sobriedade, domínio próprio. Leia Tg 3:2.
Encontramos nas Escrituras Sagradas diversos exemplos de pessoas mal sucedidas, porque falaram demais. Miriã e Arão, irmãos de Moisés, o criticaram, por ter se casado com uma estrangeira. Deus, então os castigou. Ela por ser a mentora da critica, ficou leprosa por sete dias e ambos perderam o direito de entrar na terra prometida.
(b) Nas ações:- Quatro jovens judeus, levados cativos para a babilônia, foram escolhidos por Nabucodonosor para realizarem um curso, e depois servirem ao governo caldeu. O rei ordenou que os alimentasse com todas as iguarias da mesa real. Daniel e seus companheiros propuseram em seus corações (leia Dn 1:8). Solicitaram então, ao despenseiro que lhes fornecesse apenas legumes durante dez dias. Se após este período. seus semblantes estivessem abatidos, aceitariam o manjar do rei. No entanto, se apresentassem bom estado de saúde, continuariam com a refeição escolhida por eles até o final daquele treinamento. Após aquele período de dez dias, seus semblantes eram melhores do que os dos demais jovens. Por isso continuaram com aquela alimentação, à base de legumes, até o final do curso. Esta é uma demonstração de força de vontade, temperança e sobriedade dos quatro judeus.
(c) Nos pensamentos:- Por falta de domínio próprio, Davi cedeu a tentação que o naufragou no pecado e o fez pagar as conseqüências pelo resto da vida. Era a época em que os reis saíam para a guerra. No entanto, ele passeava no terraço de sua casa real. Seu pensamento vagava distante, em busca de algo que satisfizesse o seu ego. Repentinamente, deparou-se com uma cena que o devorou, como uma labareda de fogo a consumir algo inflamável: uma mulher banhava-se, nua, no quintal de sua casa. A chama da sensualidade acendeu o desejo incontido no coração do rei de Israel de possuí-la. Quando percebeu o que fizera, já era tarde demais: havia se deitado com ela e tinha ordenado a morte de seu marido. Tudo isso aconteceu por falta do auto controle do pensamento que o levou a cometer aquela loucura. Leia 2 Sm 11:1 a 4.
O crente deve sempre ocupar-se com coisas boas. E a melhor terapia é ler a Bíblia, cantar hinos de louvor ao Senhor, visitar os novos convertidos, desviados e enfermos. A Palavra de Deus também nos recomenda que devemos fugir da aparência do mal (1 Ts 5:22). Só assim venceremos as tentações e manteremos a nossa sobriedade. Onde você estiver: no trabalho, na igreja, no ônibus, etc. Pense nas coisas celestiais e viva com Jesus, vitoriosamente.
Conclusão
Muitos crentes pensam ser possível cultivar somente algumas das manifestações do fruto do Espírito, negligenciando outras. Não é possível ser crente completo quando em nossas vidas faltam vários elementos que formam o fruto do Espírito. Se eu tiver amor e não tiver fé, não sou completo; se eu tiver todas as demais manifestações e for intemperado, não estou seguindo a vontade do Pai. O fruto do Espírito forma em suas manifestações um conjunto harmônico: faltando uma, as demais estão todas prejudicadas. se formos enxertados na videira, é claro que o fruto deve ser uvas. Ora, um cacho de uvas amputado, com a falta de algumas uvas, é um cacho incompleto, imperfeito. Se a videira é perfeita, é lógico que os frutos e as folhas o sejam também.
QUESTIONÁRIO
Lição 13 - O Discipulo e o Evangelismo
Texto Bíblico
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos 16:15)
INTRODUÇÃO
O que é evangelismo? Certamente você já ouviu esta expressão em algum lugar, em vários setores da cristandade. Você mesmo foi alcançado pela graça de Deus através desta magnífica obra! Evangelismo é o emprego da Palavra de Deus por todos os crentes, com o sincero desejo no coração de ganhar almas para Cristo em todos os lugares, em todo o tempo, e por todos os meios. Cada crente autêntico, tem o privilégio de evangelizar. Todos os crentes estão autorizados e nomeados para esta nobre tarefa. Em suma, evangelizar é: pregar (Mc 16:15); pescar (Mt 4:19); procurar os perdidos (Lc 15); livrar da morte (Pv 24:11); é cuidar da almas (Sl 142:4).
Nem todos os lugares podemos fazer cultos e pregações, mas ganhar almas individualmente, sim.
III. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EVANGELIZAR
Em primeiro lugar, o ganhador de almas precisa ter a experiência da salvação. Se o crente não tem a convicção plena de sua própria salvação, como poderá convencer os outros?
(1). Jesus aproveitou a oportunidade - embora cansado e faminto, pregou. Ele teve amor e espírito de sacrifício, tudo por uma alma perdida.
(2). Ele esperou o momento de estar a sós com a mulher.
(3). Ele não se importou com os preconceitos raciais, sociais ou religiosos.
(4). Entrou logo no assunto da necessidade espiritual da mulher.
(5). Não se afastou do assunto da salvação e nem se desviou do seu objetivo.
(6). Jesus fez a samaritana entender que era uma pecadora.
(7). Não atacou seus defeitos nem a condenou.
(8). Jesus demonstrou compaixão e interesse na vida da mulher.
Conclusão
Como discípulo de Jesus e pregador do evangelho, o crente precisa estar seguro que fora do evangelho não há esperança, não há remédio nem solução para as almas. Deus nos deu o ministério da reconciliação e também pôs em nós a palavra da reconciliação, de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo.
Eia! Vamos a campo batalhar pelas almas perdidas a fim de enchermos a mesa do Pai! Mãos à obra crente!
QUESTIONÁRIO