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O CANON DO ANTIGO TESTAMENTO
O CANON DO ANTIGO TESTAMENTO

 

                        O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO

 

Na época patriarcal, a revelação divina era transmitida escrita e oralmente. A escrita já era conhecida na Palestina séculos antes de Moisés; a Arqueologia tem provado isto, inclusive tem encontrado inúmeras inscrições, placas, si-netes e documentos antediluvianos.

O Cânon do Antigo Testamento, como o temos atualmente, ficou completo desde o tempo de Esdras, após 445 a.C. Entre os judeus, tem ele três divisões, as quais Jesus citou em Lucas 24.44 -

LEI, PROFETAS, ESCRITOS. A divisão dos livros no câ­non hebraico é diferente da nossa. Consiste em .24 livros em vez dos nossos 39, isto porque são considerados um só livro, cada grupo dos seguintes:-Os dois de Samuel.......................................................   1-Os dois de Reis............................................................   1-Os dois de Crônicas.....................................................   1-Os dois de Esdras e Neemias.......................................   1-Os doze Profetas Menores...........................................   1-Os demais livros do Antigo Testamento....................    19                                              Total..........24

 

A disposição ou ordem dos livros no cânon hebraico é também diferente da nossa. Damos a seguir essa disposi­ção dentro da tríplice divisão do cânon, já mencionada (Lei, Profetas, Escritos). 1.

 LEI__________5 livros________Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 522.

PROFETAS _ 8 livros________Divididos em:Primeiros Profetas: Jo­sué, Juizes, Samuel, Reis.Ültimos Profetas: Isaías, Jeremias, Eze-quiel e os doze Profetas Menores.3.

  ESCRITOS _ 11 livros________Divididos em:Livros Poéticos: Sal­mos, Provérbios, Jó. Os Cinco Rolos: Can-tares, Rute, Lamenta­ções, Eclesiastes, Es­ter.Livros Históricos: Da­niel, Esdras-Neemias, Crônicas.Os Cinco Rolos eram assim chamados por serem sepa­rados, lidos anualmente em festas distintas:- CANTARES, na Páscoa, em alusão ao Êxodo.-

RUTE, no Pentecoste, na celebração da colheita, em seu início.- ESTER, na festa do Purim, comemorando o livra­mento de Israel da mão do mau Hamã.- ECLESIASTES, na Festa dos Tabernáculos - festa de gratidão pela colheita.- LAMENTAÇÕES, no mês de Abibe, relembrando a destruição de Jerusalém pelos babilônicos.No cânon hebraico também os livros não estão em or­dem cronológica.

 

                 Os judeus não se preocupavam com um sistema cronológico.

 

Também pode haver nisto um plano divino.A nossa divisão em 39 livros vem da Septuaginta, atra­vés da Vulgata Latina. A Septuaginta foi a primeira tradu­ção das Escrituras, feita do hebraico para o grego, cerca de 285 a.C. Também a ordem dos livros por assuntos, nas nos­sas Bíblias, vem dessa famosa tradução.Nas palavras de Jesus, em Lucas 24.44, Ele chamou "Salmos" à última divisão do cânon hebraico, certamente porque esse livro era o primeiro dessa divisão (ver a página anterior). Segundo a nossa divisão, o Antigo Testamento começa com Gênesis e termina em Malaquias, porém, se­gundo a divisão do cânon hebraico, o primeiro livro é Gê­nesis e o último é Crônicas. Isto é visto claramente nas pa­lavras de Jesus em Mateus 23.35 - o caso de Abel está em Gênesis e o do filho de Baraquias está em Crônicas.

 

                            .A Formação do Cânon do Antigo Testamento

 

O Cânon do Antigo Testamento foi formado num espa­ço de mais de mil anos (+ - 1046 anos) - de Moisés a Es­dras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491 a.C. Esdras entrou em cena em 445 a.C. Esdras não foi o último escritor na formação do cânon do Antigo Testamento; os últimos foram Neemias e Mala­quias, porém, de acordo com os escritos históricos, foi ele que, na qualidade de escriba e sacerdote, reuniu os rolos canônicos, ficando também o cânon encerrado em seu tem­po.

 

A chamada Alta Crítica tem feito uma devastação com seu modernismo e suas contradições no que concerne à for­mação, fontes de autenticidade do cânon, especialmente o do Antigo Testamento, mutilando quase todos os seus li­vros. Em resumo, a Alta Crítica é a discussão das datas e da autoria dos livros. Ela estuda a Bíblia do lado de fora, externamente, baseada apenas em fontes do conhecimento humano. Por sua vez, a Crítica Textual, também conheci­da por Baixa Crítica, estuda o texto bíblico, e este somen­te, e, ao lado da Arqueologia, vem alcançando um progres­so valioso, posto à disposição do estudante das Escrituras. Por exemplo, a teoria de que a escrita era desconhecida nos dias de Moisés já foi destruída.

 

 E de ano para ano aumen­tam os achados nas terras bíblicas, evidenciando e com­provando as narrativas e fatos do Antigo Testamento. Me­diante tais provas irrefutáveis, os homens estão tendo mais respeito pelo Livro Sagrado! Toda a Bíblia vem sendo con­firmada pela pá do arqueólogo e pelos eruditos em antigüi­dades bíblicas. Coisas que pareciam as mais incríveis são hoje aceitas por todos, sem objeções.

 

             O estudante das Es­crituras deve estar prevenido contra a Alta Crítica.

 

A formação do cânon foi gradual. Houve, originalmen­te, a transmissão oral, como se vê em Jó 15.18. Jó é tido como o livro mais antigo da Bíblia. Daremos em seguida a seqüência da formação gradual do cânon do Antigo Testa­mento. Convém ter em mente aqui que toda cronologia bíblica é apenas aproximada. Já no Novo Testamento, há precisão de muitos casos. Essa cronologia vai sendo atuali­zada à medida em que os estudos avançam e a Arqueologia fornece informes oficiais:1.  Moisés, cerca de 1491 a.C, começou a escrever o Pentateuco, concluindo-o por volta de 1451 a.C. (Números 33.2). Mais textos relacionados com Moisés e sua escrita do Pentateuco: Êxodo 17.14; 24.4,7; 34.27.

 

 As partes do Pentateuco anteriores a Moisés, como o relato da Criação, todo o livro de Gênesis e parte de Êxodo, ele escreveu, ou lançando mão de fontes existentes (ver 2.4; 5.1), ou por re­velação divina. Gênesis 26.5 dá a entender que nesse tem­po já havia "mandamentos, preceitos e estatutos" escritos. Há, é certo, passagens do Pentateuco que foram acrescen­tadas posteriormente, como: Êxodo 11.3; 16.35; Deutero-nômio 34.1-12.2. Josué, sucessor de Moisés (1443 a.C), escreveu uma obra que colocou perante o Senhor (Js 24.26).3.  Samuel (1095 a.C), o último juiz e também profeta do Senhor, escreveu, pondo seus escritos perante o Senhor (1 Sm 10.25).

 

Certamente "perante o Senhor" significa que seus escritos foram depositados na Arca do Concerto com os demais escritos sagrados lá depositados (Êx 25.21; Hb 9.4).4. Isaías (770 a.C.) fala do "livro do Senhor" (Is 34.16), e "palavras do livro" (Is 29.18). São referências às Escritu­ras na sua formação.5.  Em 726 a.C, os Salmos já eram cantados (2 Cr 29.30). O fato aí registrado teve lugar nesse tempo.6. 

 

Jeremias, cuja chamada deu-se em 626 a.C, regis­trou a revelação divina (Jr 30.1,2). Tal livro foi queimado pelo mau rei Jeoaquim, em 607 a.C, porém Deus ordenou que Jeremias preparasse novo rolo, o que foi feito mediante seu amanuense Baruque (Jr 36.1,2,28,32; 45.1).7.  No tempo do rei Josias (621 a.C), Hilquias achou o "Livro da Lei" (2 Rs 22.8-10).8.   Daniel (553 a.C.) refere-se aos "livros" (Dn 9.2). Eram os rolos sagrados das Escrituras de então.9.  Zacarias (520 a.C.) declara que os profetas que o pre­cederam falaram da parte do Espírito Santo (7.12).

 

 Não há aqui referência direta a escritos, mas há inferência. Zaca­rias foi o penúltimo profeta do Antigo Testamento, isto é, profeta literário.10.  Neemias, nos seus dias (445 a.C), achou o livro das genealogias dos judeus que já haviam regressado do exílio (7.5); certamente havia outros livros.11.  Nos dias de Ester, o Livro Sagrado estava sendo es­crito (Et 9.32).12.  Esdras, contemporâneo de Neemias, foi hábil escri-ba da lei de Moisés, e leu o livro do Senhor para os judeus já estabelecidos na Palestina, de regresso do cativeiro babilônico (Ne 8.1-5). Conforme 2 Macabeus e outros escritos judaicos, Esdras presidiu a chamada Grande Sinagoga, que selecionou e preservou os rolos sagrados, determinan­do, dessa maneira, o cânon das Escrituras do Antigo Tes­tamento. (Ver Esdras 7.10,14.)

 

Essa Grande Sinagoga era um conselho composto de 120 membros que se diz ter sido organizado por Neemias, cerca de 410 a.C, sob a presidên­cia de Esdras. Foi essa entidade que reorganizou a vida re­ligiosa nacional dos repatriados e, mais tarde, deu origem ao Sinédrio, cerca de 275 a.C. A Esdras é atribuída a trípli­ce divisão do cânon, já estudada. Foi nesse tempo, isto é, no tempo de Esdras, que os samaritanos foram expulsos da comunidade judaica (Ne 13) levando consigo o Pentateu-co, que é até hoje a Bíblia dos samaritanos. Isto prova que o Pentateuco era escrito canônico.13.

 

Encontramos profeta citando outro profeta, do que se infere haver mensagem escrita. (Comparar Miquéias 4.1-3 com Isaías 2.2-4.)14.  Filo, escritor de Alexandria (30 a.C. - 50 d.C) pos­suía todo o cânon do Antigo Testamento. Em seus escritos ele cita quase todo o Antigo Testamento.15. Josefo, o historiador judeu (37-100 d.C), contempo­râneo de Paulo, diz, escrevendo aos judeus, no livro "Con­tra Appion": "Nós temos apenas 22 livros, contando a his­tória de todo o tempo; livros em que nós cremos, ou segun­do geralmente se diz, livros aceitos como divinos. Desde os dias de Artaxerxes ninguém se aventurou a acrescentar, ti­rar ou alterar uma única sílaba. Faz parte de cada judeu, desde que nasce, considerar estas Escrituras como ensinos de Deus". Josefo foi homem culto e judeu ortodoxo de li­nhagem sacerdotal. Foi governador da Galiléia e coman­dante militar nas guerras contra Roma. Presenciou a que­da de Jerusalém.

 

Foi levado a Roma onde se dedicou a es­critos literários.Ora, o Artaxerxes que ele menciona é o chamado Longí-mano, que reinou de 465-424 a.C. Isso coincide com o tem­po de Esdras e confirma as declarações de outras peças da literatura judaica que ensinam ter Esdras presidido a Grande Sinagoga que selecionou e preservou os rolos sagra­dos para a posterioridade. Josefo conta os livros do Antigo Testamento como 22 porque considera Juizes e Rute como 1 (um) livro; Jeremias e Lamentações também. Isto, para coincidir com o número de letras do alfabeto hebraico: 22.16. Nos dias do Senhor Jesus, esse livro chamava-se Es­crituras (Mt 26.54; Lc 24.27,45; Jo 5.39), com as suas três conhecidas divisões: Lei, Profetas, Salmos (Lc 24.44).

 

 Era também chamado "A Palavra de Deus" (Mc 7.13; Jo 10.34,35). Note bem este título aplicado pelo próprio Se­nhor Jesus! Outro fato notável é a citação feita por Jesus em Mateus 23.35 que autentica todo o Antigo Testamento!17.   Os escritores do Novo Testamento reconhecem como canônicos os livros do Antigo Testamento, pois este é a miúdo citado naquele, havendo cerca de 300 referências diretas e indiretas. Os escritores do Novo Testamento refe­rem-se ao cânon do Antigo Testamento como sendo orácu­los divinos. (Compare Romanos 3.2; 2 Timóteo 3.16; Hebreus 5.12).

 

Cremos que, começando por Moisés, à proporção que os livros iam sendo escritos, eram postos no tabernáculo, jun­to ao grupo de livros sagrados. Esdras, como já dissemos, após a volta do cativeiro, reuniu os diversos livros e os colocou em ordem, como coleção completa. Destes originais eram feitas cópias para as sinagogas largamente dissemi­nadas.Data do reconhecimento e fixação do cânon do Antigo TestamentoEm 90 d.C. Em Jâmnia, perto da moderna Jope, em Is­rael, os rabinos, num concilio sob a presidência de Joha-nan Ben Zakai, reconheceram e fixaram o cânon do Antigo Testamento. Houve muitos debates acerca da aprovação de certos livros, especialmente dos "Escritos".

 

Note-se po­rém que o trabalho desse concilio foi apenas ratificar aqui­lo que já era aceito por todos os judeus através de séculos. Jâmnia, após a destruição de Jerusalém (70 d.C.) tornou-se a sede do Sinédrio - o supremo tribunal dos judeus. Livros desaparecidos, citados no texto do Antigo Testa­mentoÉ digno de nota que a Bíblia faz referência a livros até agora desaparecidos. (Veja Números 21.14; Josué 10.13 com 2 Samuel 1.18; 1 Reis 11.41; 1 Crônicas 27.24; 29.29; 2 Crônicas 9.29; 12.15; 13.22; 26.22; 33.19.) São casos cujo segredo só Deus conhece. Talvez um dia eles venham à luz como o MSS de Qümram, Mar Morto, em 1947.(notas a biblia atravez dos seculos Antonio Gilberto,CPAD)(MAURICIOBERWALD.COMUNIDADES.NET.