LIÇÕES BETEL PRIMEIRA CARTA DE JOÃO 3 TRIM-2009
Lições Bíblicas CPAD
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 1: A primeira carta de João
Data: 05 de Julho de 2009
"Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para instruir em justiça" (2 Tm 3.16).
Esta carta, divinamente inspirada, é aplicável a todo leitor que deseja ter sua vida no centro da vontade de Deus.
Segunda - Lc 5.10,11
João, um discípulo que deixou tudo para seguir a Cristo
Terça - Gl 2.9
João, uma das colunas da Igreja
Quarta - 1 Jo 4.9,10
A prova do amor de Deus foi enviar seu Filho ao mundo
Quinta - Jo 1.12,13; 1 Jo 5.1
Os crentes são filhos de Deus mediante a fé
Sexta - 1 Jo 4.7
O novo nascimento nos faz conhecer a Deus
Sábado - 1 Jo 2.24
Conservar-se na Palavra faz-nos permanecer em Deus
1 João 1.1-4
1 - O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida
2 - (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada),
3 - o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
4 - Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
Prezado professor, estamos iniciando mais um trimestre de Lições Bíblicas e, nesta oportunidade, nosso estudo será baseado na Primeira Epístola de João. Conhecido como o “apóstolo do amor” — tema recorrente em toda a epístola —, a carta trata de importantes assuntos para a vida cristã: divindade e humanidade de Cristo; a Queda e a expiação; os anticristos, os falsos profetas e o Anticristo; só para citar alguns. O comentário deste terceiro trimestre foi escrito pelo pastor Eliezer de Lira e Silva, conhecido conferencista de Escolas Bíblicas em todo o país e diretor do Projeto Missionário Ide e Ensinai em Moçambique, África.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Caro professor, mesmo sendo relativamente pequena (5 capítulos, 105 versículos), a Primeira Epístola de João apresenta porções doutrinárias que são fundamentais para o perfeito entendimento da fé cristã. Devido à ênfase sobre a encarnação do Filho e sua preexistência eterna, estudiosos afirmam que a teologia joanina é essencialmente cristológica. Aliás, tal doutrina, tratada também em seu Evangelho, é o ponto central da discussão com os gnósticos. Os temas como justiça, depravação universal, expiação universal, o amor (agape), também recebem especial atenção do apóstolo. Apresente o esboço abaixo, e aprofunde-se nas doutrinas mencionadas.
1 EPÍSTOLA DE JOÃO
Título:
1 João
Autor:
João
Data e Ocasião:
85-95 d.C.
Tema:
A Verdade Cristológica e a Conduta Cristã
Propósito:
Defender a cristologia (a fé em Jesus Cristo tal como Ele é - verdadeiro homem e verdadeiro Deus) da heresia gnóstica (cristologia deturpada que negava total ou parcialmente as naturezas de Cristo) e, a moral (a conduta própria do cristão) da anomia dos gnósticos (que afirmava ser impossível às ações humanas prejudicar o relacionamento com o divino).
Estrutura:
introdução
Palavra Chave
Naturezas de Cristo: Expressão doutrinária que sintentiza o fato de a Pessoa de Jesus Cristo ser plenamente divina e humana.
Quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador, nos tornamos filhos de Deus e passamos a usufruir a vida eterna pela graça dEle (Jo 5.24).
Todos os que têm essa confiança, reconhecem a Jesus como seu Senhor e Salvador, amam a Deus, obedecem aos seus mandamentos e não vivem a pecar de forma consciente e voluntária (Gl 2.20). Estas são algumas das facetas da vida cristã, abordadas na primeira carta de João (1 Jo 5.13). Todo cristão, ao ler esta carta, se sente amado por Deus e seguro pela obra da eterna redenção consumada por Jesus Cristo (2 Co 5.17).
Diferente das epístolas escritas pelo apóstolo Paulo, a primeira carta de João não começa nem termina com saudações. Ela também se distingue pelo conteúdo, enriquecido pelas experiências espirituais do autor (1 Jo 1.1-4). Não poderia ser diferente, uma vez que foram três anos de ininterrupta convivência e aprendizagem ministerial com o Mestre. Isto a torna um dos livros da Bíblia mais instrutivos e edificantes para o cristão.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Apesar de a experiência não ser o ponto fundamental da fé cristã, se ela estiver doutrinariamente fundamentada, torna-se um importante instrumento de edificação.
João, filho de Zebedeu. É o mesmo que escreveu o Evangelho que leva o seu nome (Jo 20.20; comparar 1 Jo 1.1; 5.7 com Jo 1.1), a epístola que vamos estudar neste trimestre e o livro de Apocalipse. Dentre os discípulos de Jesus, foi o mais íntimo (Jo 20.2; 21.20). Algumas peculiaridades comprovam este fato:
Por tudo isso, mais tarde, entende-se porque Paulo o considera como uma das colunas da igreja (Gl 2.9).
A verdade de Deus deve ser dita sem rodeios, entretanto, é preciso fazê-lo com amor (Ef 4.15). Esta é outra característica singular de João, ele apresenta verdades incontestáveis e doutrinárias, mas sempre dosadas com amor. Motivado por este atributo de Deus, João mostra o resultado dos que desobedecem às Santas Escrituras (1 Jo 1.10; 2.11,28; 3.14b). Elas são como uma lâmpada através da qual o cristão enxerga e entende para onde está caminhando (Sl 119.105). Contudo, não basta ler e entender a Bíblia Sagrada, é necessário ser membro do Corpo de Cristo, a sua Igreja (Mt 16.18), e submeter-se ao seu pastor local para cuidar do seu crescimento e aperfeiçoamento espirituais (Ef 4.11-13).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A transformação radical experimentada por João e a quantidade de seus textos dedicada ao tema “amor” demonstram que esta é a principal virtude do cristão.
III. O PROPÓSITO DA CARTA DE JOÃO
Os escritos de João têm como propósito apresentar o Senhor Jesus Cristo como a manifestação do amor de Deus. Outro objetivo é fazer os irmãos saberem, com certeza, que os que crêem no nome do Filho de Deus, têm a vida eterna (1 Jo 5.13; Jo 1.12). Naqueles dias surgiram na grande cidade de Éfeso e região, área sobre a qual o apóstolo exercia seu ministério pastoral, muitos enganadores que, através de falsas doutrinas, intentavam induzir os crentes ao erro, razão pela qual João escreveu as três cartas (1 Jo 2.19,26; 3.2; 2 Jo v.7). Surgiram "anticristos" (1 Jo 2.18), mentirosos (2.22), e falsos profetas (4.1), contudo, João expôs a hipocrisia de todos esses e confirmou a fé dos autênticos crentes.
Ainda hoje há pessoas que se enganam com a falsa premissa de que Deus quer apenas o coração. Não só o apóstolo João, mas Paulo também lutou contra uma falsa doutrina semelhante. Ele nos adverte: o corpo é o templo do Espírito (1 Co 6.19; cf 1 Co 3.16), e seremos julgados por tudo o que fizermos por meio do corpo, bem ou mal (2 Co 5.10). A Bíblia adverte ainda que, para a vinda do Senhor, devemos manter irrepreensíveis espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
Jesus com ênfase alertou uma mulher pecadora trazida à sua presença e um paralítico curado sobre “não pecar mais” (Jo 8.11; 5.14), demonstrando-nos que espera um santo viver de quem o aceita como Salvador. O apóstolo João destaca muito bem no capítulo 1, versículos 7 a 10 de sua primeira epístola, a correta atitude do crente em relação ao pecado. O crente não é impecável, mas ele pode triunfar e vencer o pecado, por Nosso Senhor Jesus Cristo (1 Jo 1.7,9; Rm 8.2; 6.12-14). “Meus filhinhos estas coisas vos escrevo, para que não pequeis: e se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 Jo 2.1).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O mais eficaz dos métodos de prevenção contra os falsos ensinos é uma sólida instrução bíblica em relação à Pessoa de Jesus Cristo e ao nosso comportamento como cristãos.
CONCLUSÃO
A visão panorâmica da presente lição realça a importância desta carta do apóstolo João que, como toda a Bíblia, é sempre atual. Ela vem ao encontro das necessidades da Igreja de todas as épocas, principalmente a do presente momento, que vem sendo atacada pela oferta de coisas terrenas, cujos valores são ilusórios e passageiros se comparados às riquezas espirituais e eternas que já temos recebido de Deus por meio de seu Filho. Cada cristão deve, além de estar em contato permanente com a Palavra de Deus - condição básica para manter-se fiel até a volta de Cristo -, permanecer na luz e cultivar o seu amor pelos irmãos.
“João ensina que a retidão precisa caracterizar a vida daqueles que alegam ser cristãos” James Montgomery Boice
Anomia: Ausência de leis, normas ou regras de organização.
Gnósticos: Adeptos do gnosticismo, uma doutrina do século 2, segundo a qual a salvação vem através de conhecimentos especiais superiores.
BOICE, J. M. As Epístolas de João. RJ: CPAD, 2006.
STRONSTAD, R.; ARRINGTON, F. L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal. RJ: CPAD, 2003.
ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008.
Subsídio Teológico
"Teologia dos Escritos Joaninos"
A teologia joanina, em essência, é cristológica. A pessoa de Jesus Cristo está no centro de tudo que o apóstolo escreve. Quer no Evangelho de João, com sua ênfase única na Palavra de vida em meio à controvérsia do cisma da Igreja, quer em Apocalipse, com suas visões doCristo exaltado (Ap 1.12-16) e de seu triunfo final, o principal objetivo do apóstolo é explicar a seus leitores quem Jesus é. Inevitavelmente, a tentativa de discutir a teologia dos escritos joaninos dividindo-os entre as categorias tradicionais da teologia sistemática (por exemplo, antropologia, soteriologia, pneumatologia, escatologia) gera algumas distorções, pois João não organizou seu material de acordo com essas linhas. Ao contrário, ele tinha um foco central, Jesus Cristo. Muito do que João escreveu a respeito de Jesus, em especial, no Evangelho e nas três epístolas, foi temperado por anos de reflexão e experiência cristã, mas Cristo está sempre no centro. Todavia, isso não quer dizer que João não fala nada sobre antropologia, soteriologia, pneumatologia ou escatologia. Isso só quer dizer que tudo que ele diz sobre esses tópicos e outros está quase sempre relacionado à sua ênfase cristológica" (HARRIS W. H. In ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, p.187).
As expressões utilizadas por João no trato com as suas ovelhas - “Filhinhos” -, podem oferecer uma falsa impressão sobre esse homem, que foi considerado por Paulo como uma das colunas da Igreja (Gl 2.9). É possível que alguém o ache fleumático “por natureza” e, assim, pense que era fácil ser “amoroso”. Não obstante, não se pode perder de vista o fato indiscutível de que este mesmo homem, que é carinhosamente tratado pelos cristãos de “apóstolo do amor”, já foi chamado pelo próprio Senhor Jesus Cristo, juntamente com seu irmão Tiago, de “Filhos do Trovão” (Mc 3.17). No episódio narrado pelo evangelista Lucas, em que o Senhor e os seus discípulos estavam de viagem para Jerusalém, o caminho alternativo para encurtar a rota levava-os a passar justamente por Samaria (Lc 9.51-56). Devido à animosidade que havia entre os samaritanos e judeus, os discípulos que precederam o Senhor não foram recebidos. A reação dos “Filhos do Trovão” foi não somente intempestiva e arbitrária, como odiosa e vingativa: “Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?” (Lc 9.54). Esse comportamento não se parece em nada com o João amoroso das epístolas. éa mesma pessoa, entretanto, há uma diferença: aquele era o João carnal, querendo fazer justiça com as próprias mãos, e o das epístolas é o homem que nasceu de novo e foi transformado pelo Senhor Jesus Cristo.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 2: Jesus, o Filho eterno de Deus
Data: 12 de Julho de 2009
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus"(Jo 1.1).
A sustentação da fé cristã consiste não só no fato de que Cristo vive, mas de que Ele é eterno.
Segunda - Jo 1.18
Jesus Cristo, eterno como o Pai
Terça - Is 9.6
Jesus, nascido de mulher, mas eternamente divino
Quarta - Mt 3.17
Jesus é apresentado ao mundo como o Filho de Deus
Quinta - Mt 27.54
Jesus, reconhecido na terra como Filho de Deus
Sexta - Hb 1.8
Jesus Cristo, O Rei Eterno
Sábado - Ap 3.21
O vencedor reinará com Cristo na glória
1 João 1.1-4; João 1.1-4; Colossenses 1.16,17.
1 João 1
1 - O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida
2 - (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada),
3 - o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
4 - Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
João 1
1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens.
Colossenses 1
16 - porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, ções, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
17 - E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
Estimado professor, com a atual onda do evangelho antropocêntrico, nada mais especial que estudar sobre Jesus, o Filho Eterno de Deus. Aproveite a aula de hoje para falar aos alunos acerca desse perigo. Relembre-os que o Evangelho de Jesus Cristo é a mensagem de salvação, e não de bênçãos materiais como hoje se vê. Peça-lhes que prestem à atenção nas mensagens e hinos que ouvem, êem e reproduzem em suas pregações e testemunhos.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Estimado professor, ciente de que a aula de hoje traz um tema essencialmente cristológico, é imprescindível fazer a distinção entre filiação como título/relação (Jesus Cristo), filiação por eleição (Israel), filiação por adoção (gentios) e filiação consanguínea (Isaque, filho de Abraão). O fato de Jesus ser chamado de "Filho de Deus" (Jo 5.25), "unigênito do Pai" (Jo 1.14) ou "primogênito de toda a criação" (Cl 1.15), não significa, em hipótese alguma, que Ele tenha sido criado ou gerado pelo Eterno, pois, assim como Deus, preexiste eternamente e, por isso, Isaías o chama de "pai da eternidade" (Is 9.6). O próprio contexto de Colossenses demonstra perfeitamente a eternidade e divindade do Senhor Jesus (1.13-18).
Expressões Parentais aplicadas ao Senhor Jesus
1) Filho
2) Unigênito
3) Primogênito
Identificação demonstrativa de que Ele é "igual a Deus" (Jo 5.18)
"Natureza, caracter e tipo" e "relacionamento exclusivo" (Jo 1.14)
"Primeiro em categoria" (Cl 1.15-19)
introdução
Palavra Chave
Filho Eterno de Deus: Expressão doutrinária que demostra o relacionamento eterno de Jesus com Deus, bem como a sua divindade.
Nesta lição, alguns aspectos doutrinários a respeito da divindade e da eternidade de Jesus Cristo serão destacados. O esclarecimento desse assunto foi importante para os nossos irmãos do primeiro século e consiste em doutrina relevante para os dias atuais. Seu conhecimento reforça a convicção do futuro da Igreja, pois é através de Jesus que fomos salvos e nos tornamos participantes da vida eterna.
João inicia sua primeira epístola tratando de sua responsabilidade em solidificar a convicção de seus leitores a respeito da eternidade de Jesus Cristo, o Filho de Deus. A Igreja, naquela época, sofria o ataque direto dos gnósticos que, em síntese, pregavam que Jesus era mais um dos salvadores do ser humano, e que Ele apenas tinha algo divino em seu ser. Eles ainda ensinavam que, pelo fato de Jesus ter nascido neste mundo de corrupção, seria impossível Ele ser Deus perfeitamente e, portanto, eterno. Paulo já havia prevenido a igreja em Colossos contra essa heresia (Cl 2.9; 1.19).
João é enfático ao afirmar que o eterno Filho de Deus, nosso Salvador, veio a este mundo através do nascimento (1 Jo 5.6; 4.1,2). Ele tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão da sua divindade (Mt 28.19), do seu poder (Mt 9.6), de sua onisciência (Mt 9.4) e do seu atributo de ser eterno (Rm 9.5).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Jesus tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão da sua divindade, do seu poder, de sua onisciência e do seu atributo de ser eterno.
João discorre sobre a eternidade de Jesus, reafirmando sua deidade e a vida eterna que Ele concede aos que lhe pertencem. Ele foi testemunha dos ensinos de Cristo (1 Jo 1.1-4), teve comunhão pessoal com Jesus e, por isso, possui idoneidade suficiente para expressar-se sobre a vida plena e atemporal do Filho de Deus. O apóstolo do amor refere-se à vida de Cristo na eternidade, antes da criação dos "mundos" e de todas as coisas que neles existem, incluindo o homem (Jo 1.1-4,14; cf. Hb 11.3). Entretanto, é bom lembrar que, uma vez que todos somos feituras de suas mãos, Jesus transcende toda e qualquer consideração de tempo que alguém tente fazer a seu respeito. Ele está acima da vida física e espiritual (Cl 1.16).
As palavras de João - "no princípio era o verbo" -, no início de seu Evangelho, referem-se a Cristo, que é a Palavra de Deus manifesta (Jo 1.1). Elas conduzem o leitor ao momento da criação, para que se certifique de que o Verbo divino não é somente distinto do que foi criado, mas o próprio Criador (Jo 1.3; Gn 1.1-31).
João, ao dizer em sua primeira epístola, "O que era desde o princípio" (1.1), refere-se a Jesus Cristo que é desde o princípio (Jo 1.1; Gn 1.1; 1 Jo 2.7,13,14,24; 3.11). Em continuidade, ele diz: "o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida" (1 Jo 1.1). Essa expressão reafirma que Jesus, o Deus Filho, veio em carne (Lc 2.10-12) e que nesta condição habitou entre nós; não só revelando o Pai (Jo 1.18; 14.9) e o seu amor, mas também oferecendo a sua vida (Jo 19.30) como única condição de salvar a todos quantos crêem em seu nome (Jo 1.12; Hb 9.26-28).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Por ser eterno e estar acima da vida física e espiritual, Jesus transcende toda e qualquer consideração de tempo que alguém tente fazer a seu respeito.
III. CRISTO - A VIDA SE MANIFESTOU
Visto que no Verbo está a vida, Ele "se fez carne e habitou entre nós", a fim de oferecer a vida eterna ao homem (Jo 1.14; 3.16). Quando João escreve que o Verbo se fez carne, está dizendo que Deus planejou e tornou realidade a encarnação do seu Eterno Filho para que, na condição de homem, vivesse entre nós (Is 7.14; Mt 1.23). Nessa forma, ao sacrificar-se, Jesus oferece a vida eterna aos que o aceitam como seu salvador (Jo 3.16), os quais, por isso, tornam-se participantes da natureza divina (Jo 15.4,5). João anuncia estas verdades chamando a atenção da Igreja para as obrigações concernentes ao que está recebendo, pois, ao tomar conhecimento de doutrinas tão essenciais para a vida cristã, nos tornamos responsáveis diante de Deus pela aceitação e observância destas (Jo 5.39; Lc 12.48).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ao recebermos a vida eterna, tornarmo-nos não somente participantes da natureza divina, mas também responsáveis pela observância das doutrinas essenciais da vida cristã.
Quando o próprio João esteve em grande dificuldade na ilha de Patmos, o Senhor Jesus lhe apareceu para confortá-lo e lhe confiou revelações que, além de edificar-lhe, ofereceram sustentação doutrinária à Igreja do Senhor (Ap 1.17-22.21). A variedade de registros a respeito da ressurreição de Cristo realizada pelos escritores do Novo Testamento é a mais evidente prova de que o Senhor Jesus está e permanecerá vivo eternamente.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
As aparições de Jesus antes de sua encarnação, o fato de Ele ter participado da criação de todas as coisas, bem como a variedade de registros a respeito de sua ressurreição pelos escritores do NT, indicam que Ele vive eternamente.
CONCLUSÃO
O nascimento de Jesus, seu ministério, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão, são as expressões máximas de sua perfeita humanidade e divindade. Sua onipresença em toda a história, sua indispensável estada, na forma humana, por um breve período no universo dos homens, e a direção da sua Igreja, são a prova de que Ele está conosco (Mt 28.20). Bem aventurados os que crêem assim.
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
Feitura: Efeito do trabalho; obra, produto.
Idoneidade: Qualidade de idôneo; aptidão, capacidade, competência.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2004.
Subsídio Doutrinário
Subsídio Teológico
"Jesus teve, no seu nascimento, duas naturezas distintas. Pela concepção sobrenatural de Maria, Jesus herdou do seu Pai, pela operação do Espírito Santo (cf. Lc 1.35), a natureza divina com todas as suas características. De Maria, Ele recebeu a natureza humana. As suas naturezas divina e humana se uniram na constituição de sua pessoa de modo perfeito. As duas naturezas não se misturam, isto é, Jesus não ficou com a sua divindade 'humanizada' ou com a sua natureza humana 'divinizada'. Em Caná, quando Jesus transformou a água em vinho, a água deixou de ser água e passou a ser integralmente vinho (cf. Jo 2.8-10). Quando, porém, Jesus se fez homem, continuou sendo Deus verdadeiro, mesmo estando sob a forma de homem verdadeiro.
As duas naturezas operavam assim simultânea e separadamente na sua pessoa. Jamais houve conflito entre as duas naturezas, porque Jesus, como homem, seja nas suas determinações ou autoconsciência, sempre conforme a direção do Espírito Santo, sujeitava-se à vontade de Deus, de acordo com a sua natureza divina (cf. Jo 4.34; 5.30; 6.38; Sl 40.8; Mt 26.39).
Assim Jesus possuía duas naturezas em uma só personalidade, as quais operavam de modo harmonioso e perfeito, em uma união indissolúvel e eterna". (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.66,67).
O fato de Jesus ter se tornado humano, deixado a sua glória junto ao Pai, descido à terra e aqui vivido como um comum mortal é a maior prova de amor que possa existir. Lamentavelmente, essa mensagem tem desaparecido de muitos púlpitos. O evangelho pragmático tem tomado conta dos livros, hinos, mensagens e muitos outros meios, os quais deveriam ser usados para a glória e a honra do Senhor. O sacrifício redentor foi reduzido e rebaixado à categoria de balcão de empregos, sistema de saúde, consultório psicológico e tem sido confundido até mesmo com uma espécie de "jogo de azar", ao qual as pessoas recorrem para enriquecer com facilidade e sem nenhum esforço. Nós, que temos consciência da importância e do valor que esse gesto de amor possui, devemos agradecer ao Eterno Deus e proclamá-lo aos que estão à nossa volta. Enquanto o Evangelho é loucura para os gregos, cujos deuses "evoluíam" da condição humana para a divina, o nosso Cristo deixou a sua glória e fez o caminho inverso: continuou sendo Deus, mas também se tornou homem, experimentando a morte. Tudo para nos salvar! Se esta mensagem divina é loucura para os que perecem, para nós, é o poder de Deus, pois seu teor, conteúdo e aceitação, salvou-nos a vida da perdição eterna.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 3: Jesus, a luz do crente
Data: 19 de Julho de 2009
"Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8.12).
Somente iluminados por Cristo podemos refletir a sua glória e ser luz para o mundo.
Segunda - Mt 4.16
A presença de Jesus dissipa as trevas
Terça - Lc 2.32
Jesus se revela como a luz das Nações
Quarta - Jo 1.9
Jesus, a luz autêntica e imparcial
Quinta - Mt 4.16
Jesus, a luz que sara
Sexta - Mt 5.14,15
A luz do crente deve ser constante
Sábado - Ap 21.23
Na glória, Cristo será a eterna luz
1 João 1.5-7; João 1.4-12.
1 João 1
5 - E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
6 - Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
7 - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
João 1
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 - e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 - Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 - Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome.
Professor, esta lição trata do tema "luz". O assunto será primeiramente abordado tendo em vista o conhecimento da fonte de luz, e só então passará à análise do testemunho cristão. Pessoas há que acreditam que o "ser luz" resume-se à observação de um conjunto de regras, as quais farão com que elas se sobressaiam entre as demais. Entretanto, não podemos perder de vista o fato de que não temos "luz própria". Deus é a fonte de luz, e somente os que foram transformados pela Palavra de Deus e dEle se aproximaram é que podem realmente brilhar como testemunho vivo neste mundo (Fp 2.15).
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, compreender a utilização de uma mesma palavra em diferentes contextos da Bíblia, é imprescindível para entender corretamente a mensagem escriturística. Reproduza a tabela abaixo e, após discorrer sobre o primeiro tópico da lição que versa sobre cristologia, introduza os tópicos 2, 3 e 4 usando a tabela a seguir.
Expressões Parentais aplicadas ao Senhor Jesus
LUZ
TREVAS
Deus
2 Co 4.6; 1 Jo 1.5; Ap 22.5
Jesus
Mt 4.16; Jo 1.4-9; 3.19; 8.12; 12.46,35,36
Cristão
Mt 5.14; 2 Co 6.14; Ef 5.8; 1 Ts 5.5
Pecado
Mt 4.16; 6.23; Jo 12.46; Rm 13.12
Satanás
2 Co 11.14
Demônios
Lc 22.53; Ef 6.12
introdução
Palavra Chave
Luz: Claridade, luminosidade.
Nesta lição, com o propósito de manifestar Cristo como a luz divina e, seus seguidores como dependentes desta claridade, o apóstolo João fala do Filho de Deus como "Luz do mundo" (Jo 1.9; 8.12; 9.5), e chama os seus servos de "filhos da luz" (Jo 12.36). Isto significa que os cristãos compartilham da natureza divina, tão logo se tornam filhos do Altíssimo (Jo 1.12,13).
João apresenta o Mestre como o homem perfeito, mas também divino. Ele é realista ao afirmar que Jesus tem um corpo físico, ou seja, é plenamente humano (Jo 19.38-40; 20.25-27) e, ao mesmo tempo, divino (Jo 20.28-31). Assim, contrariando os gnósticos (1 Jo 4.1-3; 2 Jo v. 7), João enfatiza que negar que Cristo veio em carne também é negar que Jesus é o Filho de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Devemos crer em Jesus como Filho de Deus e aceitá-lo tal como veio a este mundo: Homem sem deixar de ser Deus.
João, inspirado pelo Espírito Santo, teve a missão de levar à Igreja a mensagem doutrinária sobre quem é Jesus Cristo. E, como já vimos, ele o faz destacando o fato de ter convivido com o Mestre (Jo 21.24; 1 Jo 5.20). O apóstolo Pedro também dá idêntico testemunho (2 Pe 1.16-18), e todos sabemos que, segundo a lei, o testemunho de dois homens é verdadeiro (Jo 8.17).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A luz é uma das mais perfeitas figuras que expressam a santidade, perfeição, justiça e sabedoria de Deus.
III. AS TREVAS OPÕEM-SE À LUZ
As trevas representam o nível de degradação espiritual e moral em que o mundo e o homem sem Deus se encontram. Elas se caracterizam pelo estado e pelas ações pecaminosas do homem, resultantes da transgressão de Adão para com Deus (Gn 3.6).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As trevas representam o nível de degradação espiritual e moral em que o mundo e o homem sem Deus se encontram.
Andar na luz (1 Jo 1.7) significa viver uma vida de santidade diante do Senhor, da Igreja e do mundo; viver uma vida de permanente separação de atitudes, atos e condutas pecaminosas. Esse modo de vida tem início quando o homem aceita a Cristo e sua Palavra e rejeita, cônscia e espontaneamente, toda a prática que fere os mandamentos do Senhor. Colocando essa decisão em prática, demonstramos que somos "luz no Senhor" (Ef 5.8).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Pelo fato de sermos filhos da luz, somos participantes da natureza divina e temos a imagem moral de Cristo.
CONCLUSÃO
Jesus é a Luz do mundo, por Ele fomos feitos filhos da Luz. É o seu desejo que nossa luz resplandeça no meio de uma geração alienada de Deus, incrédula, mundana e perdida, para que o povo veja nossas boas obras, converta-se e glorifique ao nosso Pai que está nos céus.
"Somos luzes no mundo, mas a energia que nos sustenta não é própria,antes tem origem numa fonte ável e causal - Cristo, a luz do mundo". Geremias do Couto
Alienado: Alheio, ignorante.
Depravação: Perversão, corrupção.
Exprimir: Revelar, manifestar, expressar.
RICHARDS, L. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007.
Subsídio Doutrinário
Subsídio Teológico
"Imagem de luz e trevas nas epístolas joaninas
A polarização entre luz e trevas encontrada no Evangelho de João é transportada para suas epístolas e para o livro de Apocalipse. Em 1 João 2.8 encontramos nuanças escatológicas na imagem luz/trevas: '[...] vão passando as trevas, e já a verdadeira luz alumia' (cf. Rm 13.12). Isso é consistente com a ênfase joanina na vida eterna como uma experiência já disponível para os crentes, embora a ser consumada no futuro. A luz do mundo continua a brilhar após o retorno de Jesus para o Pai; as trevas não conseguem dominá-la. Contudo, na presente era, as trevas não passam totalmente.
A afirmação: 'Deus é luz' (1 Jo 1.5) é uma metáfora. Não obstante, no mesmo versículo aparece o tema do contraste das trevas em oposição à luz: 'Não há nele treva nenhuma. A natureza absoluta da polarização também é indicada: para João, a luz e as trevas são mutuamente excludentes e não podem coexistir. Nada que tenha alguma coisa que ver com trevas pode ter alguma coisa que ver com Deus. Assim, no versículo seguinte (1.6), por implicação, a pessoa que afirma ter comunhão com o Senhor e, contudo, caminha nas trevas não tem nenhum relacionamento com Deus, independentemente doque ela afirme".
(ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, p.228).
Estar na luz é a condição que dá ao crente a possibilidade de avaliar sua conduta diante de Deus. Buscar esconder-se nas trevas é uma ilusão, pois o próprio senso comum sabe que escuridão é apenas a ausência da luz. Na realidade, as trevas não existem por si mesmas. Elas só se alojam onde não há claridade. Como cristãos, devemos procurar a presença do Senhor Jesus. É ela que expõe a verdade sobre nós mesmos. A luz que emana do Senhor revela-nos a situação em que nos encontramos. Talvez nossa auto-imagem não corresponda à imagem real que conhecemos diante da presença de Deus. Sobretudo, mesmo na vida biológica, a luz é uma condição para a nossa existência, o que não é diferente em nossa vida espiritual. Aproximemo-nos do Senhor e deixemos que a sua glória revele nosso real estado. Mesmo não sendo o que esperávamos ver, será benéfico para tomarmos a decisão de estar mais próximos dEle. Esta salutar atitude fará com que não nos desviemos e nos manterá firmes até a sua Vinda.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 4: Jesus, o Redentor e Perdoador
Data: 26 de Julho de 2009
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1.9).
Cristo, na cruz, tornou possível a todos os que nEle crêem o perdão do pecado que afasta o homem de Deus.
Segunda - Ef 2.2
Éramos por natureza filhos da ira
Terça - 1 Co 15.3
Jesus morreu por nossos pecados
Quarta - Hb 2.17
Cristo é o Cordeiro e o Sumo Sacerdote que expiou os nossos pecados
Quinta - Ef 2.13-16
Cristo, pela sua morte na cruz, nos reconciliou com Deus
Sexta - 1 Jo 1.7
O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado
Sábado - Hb 9.15
A morte de Jesus proporcionou-nos a promessa da herança eterna
1 João 2.1,2; Efésios 1.6,7; Apocalipse 5.8-10.
1 João 2
1 - Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.
2 - E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Efésios 1
6 - para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
7 - Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.
Apocalipse 5
8 - E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
9 - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10 - e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
Querido professor, neste domingo você terá oportunidade de lecionar sobre a maior e mais importante mensagem da Bíblia. Ao estudar a Palavra de Deus, percebe-se claramente que, desde o Gênesis até o Apocalipse, Cristo é o seu grande tema, pois os textos convergem para o Salvador. Apesar de esta ser uma verdade inquestionável, parece que a mensagem do sacrifício de Jesus está não apenas se tornando a cada dia mais escassa mas também vem sendo substituída por um evangelho estranho às Escrituras Sagradas. Aproveite a aula de hoje para alertar sobre esta prática perniciosa.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Caro professor, em seu livro O Tabernáculo e a Igreja, pastor Abraão de Almeida afirma que o "tipo bíblico é uma representação pré-ordenada, pela qual pessoas, eventos e instituições do Antigo Testamento prefiguram pessoas, eventos e instituições no Novo Testamento." Tendo em vista a necessidade de explicar aos alunos a relação tipológica entre o sacrifício de Cristo e os rituais do judaísmo no Antigo Testamento, e que estes eram apenas a sombra daquele, reproduza em uma cartolina ou quadro-de-giz a ilustração abaixo, e introduza o assunto a partir do tópico três.
introdução
Palavra Chave
Propiciação: Satisfação da justiça divina através do sacrifício de Jesus Cristo.
O Senhor providenciou um meio de se relacionar com os pecadores: Jesus Cristo, que justifica a todos os que aceitam seu sacrifício (Rm 3.26). É impossível pensar num cristianismo sem a cruz, sem o sacrifício vicário de Jesus, sem a quitação da dívida humana com Deus através de seu Filho. Nesta lição, veremos mais uma vez o que o Senhor realizou pela humanidade (Jo 3.16). Veremos ainda que a autêntica liberdade consiste em vencer o pecado atravésdo sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 8.36), e por meio do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.2-9).
Os escritores da Bíblia estavam cientes da realidade do pecado e da força que ele exerce sobre o homem. Paulo colocou de forma clara e didática esta luta diária do cristão contra o pecado, quando escreveu aos gálatas (Gl 5.16-21). Embora salvos, nascidos de novo, participantes da natureza divina, estamos no mundo e num corpo humano rendido ao pecado (Rm 6.6). Como filhos de Deus, queremos fazer sua vontade; como humanos, podemos falhar neste propósito (Rm 7.14-25).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Embora o nascido de novo tenha recebido uma nova natureza que aspira à santidade e repele o pecado, está sujeito a dar lugar à carne, isto é, à natureza velha, da qual surge o desejo pecaminoso.
Quem pecar deve buscar imediatamente a Cristo Jesus que se compadece das nossas fraquezas e aceita-nos no trono da graça, desde que estejamos arrependidos e dispostos a confessar nossos pecados (1 Jo 1.9).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O crente que por fraqueza, falta de vigilância e desobediência, cometeu algum pecado, não pode e nem deve duvidar do amor de Deuse do poder restaurador do Evangelho por meio de Jesus Cristo.
III. A SATISFAÇÃO DA JUSTIÇA DIVINA
O apóstolo do amor afirma que Jesus, além de Advogado, é também a "propiciação" pelos nossos pecados (1 Jo 2.2; 4.10). Propiciar é satisfazer a lei divina violada pelo transgressor. Jesus, como a nossa propiciação, cumpriu a pena do pecado em nosso lugar e abriu o caminho para a nossa justificação (Rm 3.24,25; 5.1).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Propiciar é satisfazer a lei divina violada pelo transgressor. Jesus, como nossa propiciação, cumpriu a pena do pecado em nosso lugar e abriu o caminho para a nossa justificação.
IIV. LIVRES DO PECADO
A reconciliação com Deus e o fato de sermos participantes de sua natureza, só foi possível por sua misericórdia em enviar o seu Filho para morrer em nosso lugar. Tendo em vista esta verdade, como deve o crente honrar a Deus e serlhe sempre grato pela grandiosa dádiva da salvação?
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Guardar os mandamentos deDeus é uma demonstração de que estamos nEle e igualmente Ele, em nós.
CONCLUSÃO
Cristo morreu pelos nossos pecados, para salvar-nos, santificar-nos e fazer-nos agradáveis a Deus. Não obstante, enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a pecar. Se isso acontecer, temos um Advogado, perante o Pai e a sua santa lei. Daí, nosso propósito amoroso deve ser o de viver para agradá-lo. Isto é, uma vida pautada pelo querer de Deus, segundo os mandamentos divinos para um santo viver (1 Pe 1.16).
"É no propiciatório que o Deus justo e o ser humano pecador se encontram como amigos e mantêm mútua e plena comunhão, porque o sangue ali salpicado solucionou tudo para sempre. Tendo a justiça de Deus representada pelo conteúdo da arca, e a misericórdia de Deus representada pelo sangue aspergido no propiciatório, Deus pode ser perfeitamente glorificado, e o pecador pode ser perfeitamente salvo!". Abraão de Almeida
Sem ocorrências
ALMEIDA, A. O Tabernáculo e a Igreja. RJ: CPAD, 2004.
PFEIFFER, C. F., REA, J., VOS, H. F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.1612.
Subsídio Doutrinário
Subsídio Teológico
"Propiciação
No AT, o propiciatório era o lugar onde o Deus santo encontrava-se com os homens pecadores; ali o sangue era aspergido. No NT, a cruz tornouse o lugar onde Deus irá encontrar o homem através do sangue de Cristo. Dessa forma, João pôde dizer que Cristo é a propiciação, a expiação pelos pecados dos crentes e também pelos pecados dos não crentes (1 Jo 2.2). A doutrina da propiciação ensina claramente que a morte de Cristo na cruz representava uma substituição por causa do pecado. Sua morte satisfazia as justas exigências de Deus Pai, provocadas pelo pecado do homem. Como resultado dessa propiciação, Deus ficou satisfeito e o relacionamento do mundo todo com Ele foi alterado. O sacrifício da propiciação de Cristo foi a base para a reconciliação do mundo com o próprio Deus (2 Co 5.19). A reconciliação estava ligada ao fato do mundo ter mudado a relação a Deus através da morte de Cristo. A propiciação está relacionada com a reparação apresentada a Deus como resultado da morte de Cristo. Deus foi ofendido pelo pecado do homem, e é Ele quem precisa ser satisfeito através do pagamento por esse pecado".
(PFEIFFER, C. F., REA, J., VOS, H. F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.1612).
O propiciatório era uma peça feita de ouro, que representava o trono de Deus (Is 6.1). Era um trono de misericórdia, pois a palavra propiciatório significa "onde Deus nos é propício", "nos é favorável". O propiciatório era guardado pelos querubins, símbolo do poder de Deus. Nos querubins resplandecia o fogo da glória de Deus, fazendo sombra sobre o propiciatório. Ora, se os querubins faziam sombra sobre o Propiciatório é porque estava sobre eles o Shekinah, ou fogo terrível, fogo de Deus, que neles resplandecia. Depois de haver engrandecido e honrado a lei de Moisés em sua vida terrena, Jesus, ao morrer como justo em lugar do culpado, tornou-se a propiciação ou propiciatório para todo aquele que crê.
É no propiciatório que o Deus justo e o ser humano pecador se encontram como amigos e mantêm mútua e plena comunhão, porque o sangue ali salpicado solucionou tudo para sempre. Tendo a justiça de Deus representada pelo conteúdo da arca, e a misericórdia de Deus representada pelo sangue aspergido no propiciatório, Deus pode ser perfeitamente glorificado, e o pecador pode ser perfeitamente salvo!
(ALMEIDA, A. de, O Tabernáculo e a Igreja. RJ: CPAD, pp.59,60).
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 5: A força do amor cristão
Data: 02 de Agosto de 2009
"Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis" (Jo 13.34).
O amor cristão é o resultado da transformação espiritual experimentada no novo nascimento e a prática central do conteúdo da fé cristã.
Segunda - Mc 12.33
O amor cristão é o resumo da lei de Deus
Terça - 1 Jo 3.17
O amor de Deus leva o crente a ser altruísta
Quarta - 1 Jo 3.18
O amor verdadeiro não consiste em palavras, mas em obras
Quinta - 1 Jo 3.15
Quem odeia o seu irmão é considerado homicida
Sexta - Mt 24.12
A multiplicação da iniquidade é a causa do esfriamento do amor
Sábado - Rm 8.35,39
Nada pode nos separar do amor de Cristo
1 João 2.7-11; 3.14-18.
1 João 2
7 - Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.
8 - Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz alumia.
9 - Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
10 - Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo.
11 - Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.
1 João 3
14 - Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte.
15 - Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna.
16 - Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
17 - Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele a caridade de Deus?
18 - Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
Estimado professor, a época que estamos atravessando é um período em que o individualismo, o egoísmo, o egocentrismo e tantos outros sentimentos perniciosos têm dominado os corações. Como a igreja está inserida nesta sociedade, lamentavelmente, tais posturas acabam sendo reproduzidas até mesmo por cristãos. Com base nesse pressuposto, ministre o conteúdo desta aula tendo como principal objetivo conclamar os seus alunos à prática e vivência dessa característica imprescindível ao povo de Deus.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Sendo o amor um dos temas principais da primeira epístola de João e o principal desta lição, é interessante considerá-lo teologicamente. Charles Finney, eminente teólogo norte-americano do século 19, em sua Teologia Sistemática, dedica um grande capítulo para falar dos "atributos do amor". Tomando apenas os atributos, que se dividem em dois - naturais e morais -, formulamos o quadro sintético da página ao lado. A fim de inteirar-se acerca da argumentação de Finney, leia a referida obra (pp.191-237), e utilize o quadro como forma de melhor demonstrar tais atributos na ministração da aula.
ATRIBUTOS DO AMOR
NATURAIS
MORAIS
introdução
Palavra Chave
Amor: Sentimento e dedicação voluntários e desinteressados.
Não é sem razão que João é carinhosamente chamado de "apóstolo do amor". O tema - em seus vários aspectos - é o assunto central de sua primeira epístola (2.15; 3.1,16,17; 4.7-10,12,16-18; 5.3). Assim como no texto bíblico, ele aparecerá em nosso estudo várias vezes, pois não se pode falar de cristianismo, de vida cristã, sem falar de amor. A abordagem do assunto em várias ocasiões dá a idéia de sua importância e, ao mesmo tempo, da obrigatoriedade de sua prática.
Em seus ensinamentos, Jesus Cristo enfatizou reiteradas vezes a importância do fundamento da obediência e a razão principal de sua prática: o amor (Mt 22.37,39; Jo 13.34; 15.12). João focaliza o amor entre os irmãos, relembrando o ensino do Mestre, que disse aos seus seguidores que seriam conhecidos como "seus discípulos" pelo amor com que se amavam (Jo 13.35). Além disso, o ensinamento bíblico é claro quando afirma que, havendo cessado os dons espirituais, o amor ainda adentrará os portais da eternidade (1 Co 13.8).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O fundamento da obediência e a razão principal de sua prática é o amor.
Mesmo tendo abordado o assunto anteriormente em uma única lição, a exemplo do que ocorre com o amor, João utiliza mais de uma vez o contraste entre "luz e trevas", de maneira completa ou implícita (1.5,7; 2.8-10).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Contra o pecado do ódio, ou a fim de preveni-lo, só há um remédio: o amor.
III. A DEMONSTRAÇÃO COMUNITÁRIA DO AMOR
João deixa claro que o amor precisa ser materializado através de ações que o demonstrem (vv.16-18). Isso aponta para a necessidade de a igreja ser conclamada a exercer o amor cristão. Fala também, como já vimos, nos tópicos anteriores, da importância de enfatizar o mandamento do amor.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Sendo constantemente exercitado, o amor tende a ser cada vez mais intenso e visível.
CONCLUSÃO
Os que pregam e ensinam precisam motivar a igreja a buscar esses valores e se aperfeiçoar em todos os aspectos (Cl 3.12-17). Foi nesta perspectiva que o Senhor Jesus iniciou a formação dos seus discípulos (Mt 5.43-48), e assim devemos viver.
"O nosso amor ao próximo deve ser direcionado por aquilo que ele é: um ser criado à imagem e semelhança de Deus, de quem tem as marcas na própria existência, assim como nós. Assim, em Deus, ama-se o amigo; por Ele, o inimigo".Geremias do Couto
ARA: Almeida Revista e Atualizada.
Atributo: Qualidade permanente de algo.
Basilar: Básico.
Vicário: Substituto.
FINNEY, C. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2001.
BRUNELLI, D. Conhecidos pelo Amor. RJ: CPAD, 1995.
Subsídio Doutrinário
Subsídio Teológico
"Passo agora a destacar os atributos daquele amor que se constitui obediência à lei de Deus
Esse amor, portanto, não sóconsiste num estado de consagração a Deus e ao universo, mas também implica emoções profundas de amor a Deus e aos homens. Ainda que seja um fenômeno da vontade, ele implica a existência de todos aqueles sentimentos de amor e afeição a Deus e aos homens que necessariamente resultam da consagração do coração ou da vontade ao máximo bem-estar deles. Também implica todo aquele curso visível de vida que necessariamente flui de um estado de vontade consagrada a esse fim. Tenha-se em mente que se esses sentimentos não brotam da sensibilidade e se esse curso de vida não existe, ali não existe o verdadeiro amor ou consagração voluntária a Deus e ao universo requerido pela lei. Aqueles brotam desta por uma lei de necessidade. Aqueles, ou seja, sentimentos e emoções de amor, e uma vida exterior correta, podem existir sem esse amor voluntário, conforme terei ocasião de mostrar no devido momento; mas esse amor não pode existir sem aqueles, uma vez que brotam dele por uma lei da necessidade. Essas emoções variam em força, de acordo com as variações de constituição e das circunstâncias, mas precisam existir em algum grau perceptível, desde que a vontade esteja numa atitude benevolente".
(FINNEY, C. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2001, p.195).
Quando olhamos para a primeira epístola de João e vemos o teste que ele apresenta para comprovar o amor cristão na vida do salvo - "Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos" (3.16) -, pensamos ser esta avaliação um pouco exagerada. Contudo, recorrendo aos escritos paulinos, encontramos sua recomendação aos crentes de Éfeso: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave" (Ef 5.1,2). Como nós, meros mortais, podemos imitar o Imortal e Supremo? Como o finito e efêmero pode imitar o Infinito e Eterno? Tanto o apóstolo do amor quanto o dos gentios, não está insinuando que existe a mínima possibilidade de o ser humano igualar-se a Deus. O que se entende, e é ponto pacífico em ambos os textos, é o inegável fato de que, após entregar-se novamente aos cuidados do Eterno, o ser humano tem possibilidade de desfrutar de um dos atributos comunicáveis de Deus. Exercer o amor cristão é uma das formas mais eficazes de pregar o evangelho. Jesus disse em João 13.35 que seus discípulos seriam conhecidos pelo amor entre eles. Apesar da questão temporal, esta palavra é estendível a cada um de nós, discípulos do Mestre, no tempo presente, pois o teste joanino continua em vigor.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 6: O sistema de viver do mundo
Data: 09 de Agosto de 2009
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).
Todo crente fiel a Cristo precisa conhecer os nocivos padrões de procedimentos deste mundo, a fim de que possa rejeitá-los e firmar-se cada vez mais nos santos preceitos da Palavra de Deus.
Segunda - Tg 4.4
Um amigo do mundo é um inimigo de Deus
Terça - Ef 2.2; 1 Jo 5.19
O mundo, que jaz no maligno, é regido por Satanás
Quarta - Rm 8.20-22
O mundo passa; ele está em processo contínuo de desintegração
Quinta - Mt 6.24
Ou amamos a Deus ou amamos ao mundo
Sexta - Jo 17.14
Não somos deste mundo
Sábado - Jo 16.33
Com Jesus o crente vence o mundo
1 João 2.15-19; João 15.18,19.
1 João 2
15 - Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 - Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
17 - E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.
19 - Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
João 15
18 - Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim.
19 - Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.
Prezado professor, você está preparado para a ministração de mais uma aula? O tema de hoje, como todos do trimestre, é muito relevante, pois vamos estudar de modo enfático e direto a respeito da necessidade de o crente não se conformar com este mundo (Rm 12.2). Estamos vivendo tempos trabalhosos, em que muitos crentes estão perdendo a visão do Reino de Deus e fixando seus olhos nas ilusões passageiras deste mundo. No decorrer da semana, ore e peça a Deus unção e sabedoria para que através do ensino desta lição seus alunos se conscientizem de que não podemos ser manipulados pela forma mundana de pensar.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, converse com seus alunos explicando que vivemos em um mundo secular e relativista, onde os valores bíblicos são a cada dia mais rejeitados. Todavia, como servos de Deus, não podemos ser moldados, influenciados, pela maneira de pensar deste mundo. Nosso viver deve ser pautado pela Palavra de Deus. Para facilitar a aprendizagem, reproduza no quadro-de-giz a tabela abaixo. De modo resumido, estabeleça as principais diferenças entre o cristianismo e o mundo não-cristão, sem Deus.
CRISTIANISMO
MUNDO NÃO CRISTÃO
Um só Deus, Criador e Senhor
Não há Deus
Verdades Absolutas
Verdades Relativas
Fundamentos Bíblicos
Fundamentos Mundanos
Deus é o centro
O homem é o centro
Fazer a vontade de Deus
Hedonismo
Amor altruísta
Egoísmo
introdução
Palavra Chave
Mundo (kosmos): Sistema constituído de pessoas, idéias, leis, instituições, comportamentos e atividades conduzidos por Satanás.
O "sistema do mundo", conforme denominado pela Bíblia, além de manipular, subjugar e manter os seres humanos sob o domínio de Satanás, também objetiva desviar, por todos os meios, os crentes dos caminhos do Senhor. A Igreja jamais pode minimizar, ou ignorar, as ardilosas tramas deste sistema. Ela precisa, sim, posicionar-se contra ele, a fim de prosseguir vitoriosamente em Cristo Jesus (1 Jo 5.4,5).
A palavra "mundo", conforme expressa na Leitura Bíblia em Classe, não diz respeito aos campos, mares, escarpas, acidentes geográficos e nem à ordem geral da criação. Este "mundo" designa a maneira de viver organizada, conduzida por Satanás e caracterizada pela indiferença, rejeição e oposição a Deus, à sua Palavra e ao seu Reino. Trata-se de um sistema constituído de pessoas, idéias, leis, instituições, comportamentos e atividades. Ler Jo 3.19; Tg 4.4; 1.27; 2 Co 4.4.
No princípio, Deus criou o mundo perfeito e bom (Gn 1.31). Todavia, lá no Éden, Satanás, em forma de serpente, induziu Eva a desejar ser igual a Deus (Gn 2.15-17; 3.1-6; 2 Co 11.3; 1 Tm 2.14). Foi a partir desta infeliz circunstância que todos os descendentes de Adão tornaram-se internamente portadores de uma natureza pecaminosa, e externamente opositores de Deus (Rm 5.12; Tg 1.14,15).
Com a contaminação do pecado, "o cosmos" (1 Jo 5.19) tornou-se um sistema maligno (Ef 2.2; Gl 1.4; 2 Co 4.4), controlado por Satanás, o príncipe deste mundo (Mt 4.8; Jo 14.30; 16.11; 2 Tm 2.26; 1 Jo 5.19). Ele exerce autoridade sobre grande parte das atividades típicas deste mundo e chefia um sistema invisível de maldade e destruição, no qual anjos malignos e homens ao seu serviço fazem direta oposição a Deus (At 8.4), à sua Palavra e ao seu povo (1 Pe 1.18,19; At 26.18). Isto pode ser claramente visto na mentalidade mundana dos nossos dias, expressa pelas idéias, opiniões, posicionamentos, leis, objetivos e metas do povo, dos governos, das nações e até mesmo de "certas igrejas" semelhantes à Laodicéia (Ap 3.14-18). Ler 2 Co 4.4; 2 Tm 3.1-5.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Com a contaminação do pecado, "o cosmos" tornou-se um sistema maligno, controlado por Satanás, o príncipe deste mundo. Ele exerce autoridade sobre grande parte das atividades típicas deste mundo, e chefia um sistema invisível de maldade e destruição, no qual anjos malignos e homens ao seu serviço fazem direta oposição a Deus.
A expressão "não ameis o mundo nem o que no mundo há" (v.15) não é uma sugestão ou conselho, mas uma ordenança severa da Palavra de Deus. Toda desobediência tem suas consequências. Imagine o que aconteceria se, diante de um semáforo assinalando vermelho para os pedrestes, resolvêssemos atravessar uma avenida de grande fluxo. Provavelmente, sofreríamos uma terrível e traumática consequência. Consideremos, pois, este exemplo na perspectiva de nossa salvação eterna (Hb 2.1-3).
Os vícios podem ser considerados concupiscência da carne. Ninguém que se deixa vencer por eles herdará o Reino dos céus (Gl 5.21, Ef 5.3-5).
Muitos lutam aferradamente pelo poder, pelo direito de exercer autoridade sobre seus semelhantes, ou pelo simples deleite que isso possa lhe trazer. Ser visto e admirado por todos é o objetivo máximo da vida de muitas pessoas. A Palavra de Deus nos assevera que isto não vem de Deus, mas do mundo; deste sistema que Satanás governa (1 Jo 2.16). Jesus nos ensinou qual deve ser o maior objetivo da nossa vida: buscar o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Nesta busca devemos investir todas as nossas energias.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A expressão "não ameis o mundo nem o que no mundo há" não é uma sugestão ou conselho, mas uma ordenança severa da Palavra de Deus. Toda desobediência tem suas consequências.
CONCLUSÃO
O autêntico crente, que pratica os princípios do cristianismo bíblico, não deve adequar-se ao presente sistema mundano que engoda a humanidade e, se possível, até mesmo os filhos de Deus. Fomos chamados a viver uma vida separada deste mundo, com objetivos infinitamente mais nobres e que honram o nome do Altíssimo, que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).
"Mundo em João não se refere tanto a grandeza como a maldade. No vocabulário de João, mundo é primeiramente a ordem moral em rebelião intencional e culpável contra Deus". D. A. Carson
Aferradamente: Entregar-se com afinco.
Concupiscência: Apetite carnal exagerado.
COLSON, C. ; PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. RJ: CPAD, 2006.
BLACKABY, H. Santidade. RJ: CPAD, 2005.
Subsídio Doutrinário
Subsídio Teológico
Não amar o mundo
O apelo de João a seus leitores é feito de forma negativa, mas o lado positivo precisa ser compreendido também. Os cristãos não devem amar o mundo. Ao mesmo tempo, é preciso dizer que eles devem amar a Deus e fazer sua vontade. De fato, é apenas à medida que o amor de Deus os enche e o desejo de Deus os motiva, o mundo pode ser conquistado.
[...] Quando João diz que os cristãos não devem "amar o mundo ou nada que está no mundo", não está pensando tanto a respeito do materialismo ("coisas"), mas nas atitudes que estão por trás do materialismo. Pois ele sabe, como todos nós deveríamos saber, que uma pessoa sem os bens mundanos pode ser tão materialista como uma pessoa que possui muitos desses bens; e, de igual modo, uma pessoa rica pode ser bastante desapegada dessa e de qualquer outra forma de mundanismo. Na verdade, João está pensando a respeito de ambição egoísta, do orgulho, do amor pelo sucesso ou o luxo e de outras características parecidas. Law reconhece isso em sua excelente paráfrase do apelo do apóstolo. Ele escreve 'não busque a intimidade e o favor do mundo não-cristão que o cerca; não aceite seus costumes como sendo suas leis, não adote ideais nem receba seus prêmios, muito menos busque confraternizar-se com sua vida'"
(BOICE, J. M. As Epístolas de João. RJ: CPAD, 2006, pp.73,74.).
Deus quer usar a sua vida para proclamar sua Palavra ao mundo que jaz no maligno. Mas, para que você seja usado pelo Senhor, precisa manter-se puro. É necessário resistir aos impulsos diabólicos, que chegam a sua mente tentando destruí-lo. "... Toda pessoa que diz que pertence ao Senhor precisa abandonar o pecado" (2 Tm 2.19 NTLH). A falta de santidade conduz a inutilidade. Jesus nos advertiu: "Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para ser lançado fora..." (Mt 5.13).
De acordo com Henry Blackaby, na sua obra Santidade, "Deus está chamando seu povo para voltar para Ele e ser um caminho de santidade, por meio do qual Ele possa alcançar o mundo perdido. Devemos construir nosso relacionamento com Deus de tal forma que nossas vidas possam ser uma estrada, por meio da qual, Deus possa alcançar o resto de nossa nação mediante um grande reavivamento entre o povo de Deus e um grande despertamento espiritual nos corações daqueles que não conhecem ao Senhor". O Senhor quer usá-lo neste mundo tenebroso.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 7: A chegada do Anticristo
Data: 16 de Agosto de 2009
"E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo" (1 Jo 4.3).
O conhecimento bíblico e o dom de discernimento são ferramentas eficazes na prevenção contra os falsos ensinos inspirados pelo espírito do Anticristo.
Segunda - 2 Ts 2.3
O Anticristo, o filho da perdição
Terça - 2 Ts 2.7
O Anticristo e o ministério da injustiça
Quarta - 2 Ts 2.9
Prodígios e sinais do Anticristo
Quinta - 1 Jo 2.2
O Anticristo é mentiroso
Sexta - Ap 13.7
O Anticristo guerreia contra os crentes
Sábado - Dn 7.8
O poder político do Anticristo
1 João 2.18-26 ; 2 João 1.7.
1 João 2
18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.
19 - Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
20 - E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.
21 - Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
22 - Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.
23 - Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.
24 - Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.
25 - E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
26 - Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam.
2 João 1
7 - Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
Professor, o tema da lição de hoje revela-nos que um dos sinais de que a volta de Jesus poderá ocorrer a qualquer momento é a operação do Anticristo. De acordo com João, o espírito dEle já está atuando no mundo (1 Jo 4.3). Necessitamos de discernimento para enfrentar este mundo dominado pelo deus deste século. Satanás (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Mostre aos seus alunos que precisamos orar e vigiar, pois mais do que nunca necessitamos do poder divino, para que possamos vencer as forças do mal, as influências mundanas e as obras da carne.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, explique aos seus alunos que o Anticristo será um homem, porém ele vai apresentar-se ao mundo como se fosse Deus. Depois, reproduza no quadro-de-giz a tabela abaixo. É importante que você leia, juntamente com seus alunos, as referências bíblicas.
O Anticristo
Sua aparição
Dn 9.27
Sua identidade
2 Ts 2.8; Dn 7.8
Suas atividades
Dn 9.20-27
Seu fim
Ap 19.19-21
introdução
Palavra Chave
Anticristo: Um homem personificando o Diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus.
Ao falar sobre o Anticristo e os anticristos, João não estava se referindo unicamente a um assunto escatológico, isto é, ao que faz parte das últimas coisas e a algo que pertence apenas aos últimos tempos. Ele estava também advertindo seus leitores a respeito de um espírito que já ameaçava a igreja naquele período e que ainda está em plena atuação. Um espírito que nega a divindade e o senhorio de Cristo (1 Jo 4.3).
João deixa claro que já é a última hora, ou seja, a vinda de Cristo se dará em breve (v.18). Muitos são os sinais de que a volta de Jesus poderá ocorrer a qualquer momento. Um dos sinais é a operação do Anticristo. De acordo com João, o espírito dEle já está no mundo (1 Jo 4.3). Ele exercerá domínio sobre todas as nações. Daniel fala a respeito do governo do Anticristo, mostrando que este será de grande influência: "[...] se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses e falará coisas incríveis e será próspero"[...] (Dn 11.36).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O espírito do Anticristo já está no mundo (1 Jo 4.3). Ele exercerá domínio sobre todas as nações.
Em um mundo influenciado pela mídia e inclinado à mitologia, é possível alguém pensar que o Anticristo será um ser estranho, de chifres, com aquela aparência caricaturada das representações demoníacas. Nada mais errado! Ele será uma pessoa influente que atrairá até mesmo os "cautelosos" judeus (Dn 9.20-27; Mt 24.22-27).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Apesar dos seus feitos e poder, o Anticristo já possui um fim pré-determinado na Bíblia.
III. OS ANTICRISTOS NO MUNDO
Diferentemente do Anticristo que virá, muitos anticristos já naquele tempo haviam se manifestado e ainda se manifestam (2 Jo 1.7). Além destes, existem ainda os falsos profetas, homens enganadores que se fazem de cristãos para, se possível, enganar a Igreja (2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Este fato atesta a advertência do apóstolo do amor quanto à realidade de que o "espírito do anticristo" (4.3) já está atuante e em plena operação, delineando a plataforma para a sua aparição e, ao mesmo tempo, guiando os pequenos anticristos. João apresenta algumas características destes anticristos, as quais merecem ser estudadas.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Nenhum falso mestre terá êxito em desviar pessoas que conhecem a verdade.
CONCLUSÃO
O espírito do Anticristo já está no mundo, usando homens enganadores na realização de falsos milagres e manifestações, tentando iludir as igrejas. Se estas não estiverem cultivando a presença do Espírito de Deus, poderão cair em seus laços. Por isso, devemos estar alicerçados na Palavra de Deus, ocupando-se em meditar nEla de dia e de noite, pois o que qualifica um verdadeiro mestre ou pregador como homem de Deus são os seus frutos e obras (Mt 7.15-20), e não os supostos sinais que fazem até mesmo usando o nome de Jesus (Mt 7.22,23).
Caricaturado: Reprodução falsa de algo, mas aceita pela sociedade.
Mitologia: O estudo da ciência dos mitos.
GILBERTO, A. O Calendário da Profecia. RJ: CPAD, 2001.
Subsídio Doutrinário
Subsídio Teológico
A Besta ou Anticristo será uma personagem de uma habilidade e capacidade desconhecidas até hoje. Será o maior líder de toda a história; acima mesmo de qualquer famoso general ou governante mundial conhecido. Será portador de uma personalidade irresistível. Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais, quando consideramos seus atos à luz do relato bíblico. Além da ação diabólica direta, outros fatores contribuirão decisivamente para a implantação do governo do Anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e poder econômico.
Será um grande demagogo. Influenciará decisivamente as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a Besta (Ap 13.3).
O Anticristo surgirá da área do antigo Império Romano, porque em Daniel 9.26 está escrito que o seu povo (isto é, o povo donde procede o Anticristo) destruíra a cidade de Jerusalém, e esse povo foi o romano, como bem documenta a história. Talvez ele seja nativo da Síria, porque Antíoco Epifânio, tipo futuro do Anticristo, era da Síria. (Ver Miquéias 5.5 na Tradução Brasileira).
(GILBERTO, A. O Calendário da Profecia. RJ: CPAD, 2001, pp.48-50).
Paulo escreveu que o Anticristo será destruído pela Palavra de Deus (2 Ts 2.7,8). No Apocalipse, assim está narrado o seu fim: "E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre" (Ap 19.20).
O Senhor Jesus mostrará a todos que o seu poder é irresistível. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
"Senhor Jesus, não nos deixes ser seduzidos pelo engano nem pelas mentiras do adversário. Que possamos, nestes instantes que ainda nos restam, agir de maneira santa e irrepreensível até que venhas buscar a tua Igreja".
Somente uma igreja cheia do Espírito Santo poderá resistir ao espírito do Anticristo que está em operação no mundo.
Claudionor de Andrade
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 8: A nossa eterna salvação
Data: 23 de Agosto de 2009
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Somente o imensurável amor do Altíssimo poderia elevar o pecador convertido à condição de santo, justo e filho de Deus.
Segunda - Is 12.2
A salvação vem de Deus
Terça - Ef 2.4-7
Deus proveu a salvação da humanidade
Quarta - At 4.12
Só há salvação em Cristo
Quinta - Hb 5.9
Jesus é o autor da salvação
Sexta - Ef 1.13,14
Selados com o Espírito Santo
Sábado - Gl 4.6
O Espírito nos assegura que somos filhos de Deus
1 João 3.1-5; Romanos 8.14-17.
1 João 3
1 - Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
2 - Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
3 - E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
4 - Qualquer que comete o pecado também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade.
5 - E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.
Romanos 8
14 - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
17 - E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Caro professor, nesta lição, é necessário que você trabalhe com seus alunos o significado mais profundo de "salvação". Infelizmente, hoje em dia, já não se valoriza a salvação eterna como antes. Parece que não há mais interesse e esperança no Porvir. O termo "salvação" é de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma pobre idéia da inefável salvação consumada por Jesus, o que, às vezes, reflete-se numa vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e busca constante de sua comunhão.
Enfatize diante da classe que a nossa bendita salvação não significa apenas livramento da condenação do inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Pergunte aos seus alunos: Em que consiste a salvação para vocês? Espere um pouco e, a seguir, reproduza o quadro abaixo e peça a três alunos para explicá-lo à luz do comentário da lição. É importante que os alunos tentem argumentar por eles mesmos, sem a sua ajuda. Faça seus comentários somente quando perceber que esgotaram as possibilidades de resposta.
A SALVAÇÃO PODE SER VISTA EM TRÊS TEMPOS
Passado
Presente
Futuro
introdução
Palavra Chave
Salvação: Livramento do que aceita a Cristo do poder e da maldição do pecado.
A salvação é o resultado do grandioso propósito da Santíssima Trindade de resgatar a humanidade perdida. Deus, o Pai, arquitetou a salvação; o Filho a consumou quando veio ao mundo, morreu, ressuscitou, retornou aos céus; e o Espírito Santo a aplica no pecador contrito que, pela fé, aceita a obra redentora de Jesus efetuada no Calvário. A salvação não é primeiramente a prática de uma religião, mas um relacionamento real e vital com o Senhor Jesus Cristo (Jo 15.1-8).
O apóstolo João, com muita certeza e entusiasmo, destacou o grande amor de Deus por nós ao nos tornar seus filhos, e, assim, participantes de uma tão grande salvação (3.1; Hb 2.3). Deus não somente concedeu-nos o perdão dos nossos pecados, mas manifestou seu amor graciosamente; enchendo-nos a alma de paz, convicção e consolo. Por sua imensa compaixão, substituiu nossa miséria, vazio e incertezas por júbilo, amor e esperança (Ef 1.3-6; 1 Pe 1.18-20).
Lá no Éden, o Senhor proferiu uma sentença acerca da serpente dizendo que sua cabeça seria esmagada. Esta foi a primeira promessa de redenção da humanidade (Gn 3.15). A Bíblia nos garante que na eternidade, Deus em Cristo nos abençoou com todas as bênçãos espirituais e elegeu-nos, predestinando-nos para filhos de adoção (Ef 1.3-5). Assim, pela providência de Deus, hoje somos seus filhos, salvos e herdeiros da coroa da vida (Ap 2.10; 2 Tm 4.7,8). Esse poder de filiação é tão expressivo que nos tira da dimensão terrena para a celestial (Jo 1.12,13; Cl 3.1-3).
O fato é que estamos de passagem neste mundo. Aqui, somos estrangeiros e forasteiros (Hb 11.13; 1 Pe 2.11). Quando Cristo voltar, estaremos para sempre com Ele (Jr 31.3; Rm 5.8).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus não somente concedeu-nos o perdão dos nossos pecados, mas manifestou seu amor graciosamente; enchendo-nos a alma de paz, convicção e consolo.
Ao falarmos da missão salvífica de Jesus, devemos realçar seu nascimento, porque, sem o seu sacrifício, como propiciação pelos nossos pecados, jamais teríamos o poder de sermos feitos filhos de Deus (1 Jo 2.2; 1 Pe 2.24).
Em decorrência do pecado, a humanidade ficou sob o domínio e Satanás. Só Cristo poderia mudar essa situação, e de fato o fez: resgatou-nos das garras do Diabo, pagando um alto preço por nossa redenção (1 Pe 3.18). "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado" (1 Pe 1.18, 19). Cristo nos resgatou com seu precioso sangue: "Sem derramamento de sangue não há remissão" de pecados (Hb 9.22; Mc 10.45; 1 Co 6.20; 1 Tm 2.6).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Sem o sacrifício de Jesus, como propiciação pelos nossos pecados, jamais teríamos o poder de sermos feitos filhos de Deus.
CONCLUSÃO
Vemos nesta lição a Trindade empenhada na salvação do homem, unida em prol do relacionamento íntimo do homem com Deus. A responsabilidade do homem é aceitar, sem restrições, o amor de Deus e o sacrifício vicário de Cristo, permitindo, incondicionalmente, que o Espírito trabalhe em sua vida.
Indizível: Que não se pode dizer; raro, incomum.
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
MENZIES, W. W. & HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os fundamentos da nossa Fé. RJ: CPAD, 2005.
Subsídio Doutrinário
"A salvação não consiste numa série complicada de ritos, ou numa série de passos místicos. Ela ocorre instantaneamente na vida do que, de maneira sincera, busca a Deus. Entretanto, mesmo que não haja ordem cronológica nos eventos que cercam a salvação, há uma sequência lógica, conforme nos mostra claramente a Bíblia.
Vários termos cruciais estão vitalmente relacionados à admirável experiência da salvação. Comecemos, pois, com o ministério da convicção. [...] Esse gracioso ato de Deus, embora atribuído ao Pai, é realizado através do Espírito Santo. Como o executor da divindade, Ele aplica os métodos da redenção aos que se entregam a Cristo. [...] O principal instrumento usado pelo Espírito Santo nessa obra é a Palavra de Deus. [...] Embora o Espírito Santo não restrinja a liberdade do indivíduo, chama os pecadores a virem a Cristo Jesus. Esse trabalho do Espírito é chamado de 'a doutrina da vocação' ou 'do chamamento'".
(MENZIES, W. W. & HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas. RJ: CPAD, 2005, pp.85,86).
A única esperança de redenção da humanidade encontra-se no sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, derramado no Calvário. A salvação é recebida através do arrependimento dos pecados, diante de Deus, e da fé em Jesus Cristo. Pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, o homem é justificado pela graça, mediante a fé tornando-se herdeiro de Deus, de conformidade com a esperança da vida eterna.
A evidência interior da salvação é o testemunho direto do Espírito. A evidência externa, a todos os homens, é uma vida de retidão e de verdadeira santidade.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 9: O crente e as bênçãos da salvação
Data: 30 de Agosto de 2009
"De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor" (Fp 2.12).
Cremos na necessidade e na possibilidade de termos uma vida santa diante de Deus e dos homens.
Segunda - Cl 4.2
A perseverança na oração é um ato de autodisciplina
Terça - Pv 19.23
O temor conduz à vida
Quarta - 2 Tm 2.1
A graça de Cristo fortalece o crente
Quinta - Lc 2.37
A idade não determina a nossa diligência espiritual
Sexta - Jo 12.26
Quando servimos ao Senhor, somos por Ele honrados
Sábado - 2 Co 13.11
A busca do aperfeiçoamento garante a paz
1 João 3.6-10.
6 - Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu.
7 - Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.
8 - Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.
9 - Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.
10 - Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: qualquer que não pratica a justiça e não ama a seu irmão não é de Deus.
Caro professor, ao mencionar as bênçãos da salvação, não se esqueça de destacar o fato de que, hoje em dia, muitos valorizam mais as bênçãos trazidas pelo Salvador que o próprio Salvador. Em outras palavras, valorizam mais a dádiva que o Doador. Tais pessoas se esquecem de que a salvação é o dom mais precioso que recebemos de nosso amado Mestre.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, em Efésios capítulo 6, o apóstolo Paulo discorre sobre a armadura do cristão. Ali, ele apresenta cinco peças do equipamento bélico do "soldado" cristão: a) Lombos - verdade; b) Couraça da justiça; c) Pés - preparação do evangelho; d) Escudo da fé; e) Capacete da salvação; f) Espada do Espírito.
No versículo 17, Paulo apresenta juntos, o capacete da salvação e a espada do Espírito: uma arma de defesa e outra de ataque e defesa. O capacete protegia a cabeça. Isto significa que o "conhecimento da salvação" deve ocupar a nossa mente. Enfatize para seus alunos que para empreendermos com êxito a batalha contra o mal, precisamos da Espada do Espírito na mão e o conhecimento e a certeza de salvação em nossa mente. O Diabo, ao tentar Jesus no deserto, concentrou-se em lançar dúvida em sua mente: "Se tu és o Filho de Deus". Não será diferente conosco! Pergunte a seus alunos se eles estão convictos acerca da própria salvação.
introdução
Palavra Chave
Bênção: Todo e qualquer bem dispensado por Deus aos que o temem.
Ao tomar conhecimento do amor de Deus e aceitar Jesus e seu plano divino de salvação, o homem recebe de Deus a vida eterna - a maior dádiva que existe. Entretanto, para manter esta comunhão, é necessário ser diligente e produtivo com aquilo que recebeu do Senhor. Por isso, esta lição tem como objetivo principal despertar-nos para um apego maior aos fundamentos da fé e aos princípios básicos da Bíblia. Somente através das Sagradas Escrituras, é possível ter uma vida de compromisso absoluto com Deus, de forma que ela não seja somente conceitual e teórica, mas prática, assim como o modo de viver de Cristo e de seus discípulos.
O homem que vive a pecar, sem ter tristeza ou arrependimento de suas más ações, comporta-se como se a lei divina não existisse. Sua atitude demonstra rebelião contínua e deliberada contra o Senhor (2 Pe 2.10,12). O salvo é diferente, pois sua vida reflete o desejo de servir a Deus (Mt 5.16).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O salvo não vive na prática do pecado. Sua vida deve refletir seu desejo de servir a Deus com fidelidade e santidade.
É impossível ao homem viver sob a orientação das Sagradas Escrituras, sem que se debruce sobre ela com o propósito de aprender o seu conteúdo (Jo 5.39). Quanto mais o homem dedica-se a Deus, menos tempo e oportunidade tem para pecar. Sua vida vai, paulatinamente, sendo moldada e transformada pelo Espírito Santo, e ele torna-se cada vez mais contrário ao pecado (Sl 119.11; Ef 4.22-24). Algumas atitudes auxiliam-nos a estreitar a nossa comunhão com Deus. São elas:
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Algumas atitudes como meditar na Palavra de Deus, orar, jejuar, e seguir o exemplo de quem tem intimidade com o Senhor, auxiliamnos a estreitar a nossa comunhão com Deus.
III. A SALVAÇÃO NOS HABILITA PARA O SERVIÇO CRISTÃO
O homem é apenas um servo. A Bíblia nos ensina essa verdade de maneira muito clara (Fp 2.7,8). Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, deixa de ser "servo do pecado" (Jo 8.34), e passa a ser servo de Deus (1 Co 7.22; Gl 1.10), devendo, a partir de então, ser aplicado à Obra do Senhor e servo da Igreja (1 Co 9.19).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, deixa de ser "servo do pecado", e passa a ser servo de Deus.
CONCLUSÃO
Quando o crente tem a consciência e a disposição de buscar o seu crescimento e aperfeiçoamento espirituais, Deus, por sua graça o fará alcançar essas bênçãos e neste ato o precioso nome de Jesus é glorificado.
Tirania: Na Grécia antiga, qualquer governo constituído à margem da legalidade. Domínio ou poder de tirano.
Operoso: Que opera; que produz ou causa efeito.
Concessor: Aquele que concede; dá.
MENZIES, W. W. & HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os fundamentos da nossa Fé. RJ: CPAD, 2005.
Subsídio Doutrinário
"As bênçãos que acompanham a salvação.
Muitas coisas acontecem na vida do homem que recebe a Jesus como seu Salvador. Vejamos:
Ele é salvo dos seus pecados (cf. Mt 1.21; Lc 7.50), que lhe são perdoados (cf. Lc 7.48; Tg 5.20).
A salvação também livra da culpa (cf. Ef 1.7; Cl 1.14) e do poder do pecado (cf. Rm 7.17,20,23,25).
Ele é salvo do juízo (cf. 1 Tm 5.24; Rm 8.1), da ira de Deus (cf. Rm 5.9) e da morte eterna (cf. Tg 5.20; Ap 20.6).
Ele entra em comunhão com Deus (cf. Ef 2.13,18; Lc 1.74,75), recebe entrada na sua graça (cf. Rm 5.2) e torna-se cidadão do céu (cf. At 2.40), isto é, recebeu uma nova posição em relação ao mundo (cf. Fp 2.15).
Ele é salvo do poder de Satanás (cf. At 26.18; Cl 1.13,14,15; Hb 2.14).
(BERGSTÉN, E. Introdução à Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1999, p.192).
Algumas pessoas rejeitam a idéia da vida eterna, porque a atual é miserável. Mas a vida eterna não é uma extensão da vida terrena, miserável e mortal; a vida eterna é a vida de Deus, personificada em Cristo, que foi dada a todos os crentes como uma garantia de que viverão para sempre. Na vida eterna, não há morte, doença, inimigos, mal ou pecado. Quando não conhecemos a Cristo, fazemos escolhas como se esta vida fosse tudo o que temos, mas, na verdade, esta vida é somente uma ponte para a eternidade. Receba esta nova vida pela fé, e comece a avaliar todos os acontecimentos a partir de uma perspectiva eterna!
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 10: Os falsos profetas
Data: 06 de Setembro de 2009
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15).
Conhecer a Palavra de Deus e praticá-la todos os dias nos tornará aptos a identificar as falsas doutrinas, bem como identificar os falsos profetas.
Segunda - 1 Tm 1.3-7
Advertência contra as falsas doutrinas
Terça - 1 Tm 6.3-10
Os falsos mestres e a busca de riqueza ilícita
Quarta - 2 Tm 2.14-18
Os falsos profetas estão desviados da verdade
Quinta - Gl 1.6-9
O ensino estranho à Palavra é maldito
Sexta - Mq 3.5-11
O castigo dos falsos profetas
Sábado - 2 Pe 2.1-3,12-19
Ainda há falsos profetas entre nós
1 João 4.1-6.
1 - Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
2 - Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
3 - e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo.
4 - Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.
5 - Do mundo são; por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve.
6 - Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.
Caro professor, vivemos dias em que o falso mostra-se tão bem vestido de verdadeiro, que, se possível fosse, enganaria até mesmo os escolhidos. São falsos milagres, falsos milagreiros, falsos ensinos, falsos mestres, falsas profecias e falsos profetas. Por isso, sua responsabilidade é grande. Você possui a função de fundamentar a fé de seus alunos nos alicerces sólidos da Palavra de Deus, a fim de que, sob estrutura firme, suas casas espirituais não sejam abaladas pelos "ventos de doutrina".
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Utilize o quadro informativo a respeito das quatro peneiras pelas quais a profecia deve ser avaliada para introduzir o tópico 2.
1ª Peneira - O modo como a profecia é expressa - 1 Co 14.29-33,39,40
2ª Peneira - O propósito da profecia - 1 Co 14.3
3ª Peneira - O conteúdo da profecia - 2 Tm 3.16,17
4ª Peneira - O cumprimento da profecia - Dt 18.20-22; Jr 28
introdução
Palavra Chave
Profecia: Declaração da mente e do conselho de Deus. (VINE)
Sempre houve no meio do povo de Deus impostores, que falavam falsamente em nome do Senhor, isto é, aquilo que o Eterno não falara, conduzindo o povo incauto ao erro. Este assunto é tão atual como o foi nos tempos de Jeremias (Jr 14.14; 23.25; 28.15), de Jesus (Mt 7.15) e dos apóstolos (At 13.6; 20.30; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Que o Senhor, por sua misericórdia, levante homens e mulheres aptos a defender a Igreja contra os falsos profetas desses últimos dias (Mt 24.11,24; 2 Pe 2.1.
O profeta é um arauto da santidade de Deus; sua missão é expor com unção os padrões da santidade divina para o povo. O seu espírito ferve com santo zelo para anunciar a santidade de Deus e de tudo o que é dEle! O profeta de Deus faz os santos regozijarem-se no Senhor, mas também faz o ímpio estremecer e considerar o seu mau caminho. Ver Atos 24.24,50.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A profecia pode ser vista na Bíblia como um ministério permanente, um dom ministerial e um dom espiritual.
Atualmente, observamos diversas pessoas correndo de igreja em igreja em busca de "profecias" e de "revelações". Tais "crentes", na verdade, querem respostas para seus problemas pessoais (2 Tm 4.3). Como já vimos em 1 Coríntios 14.3, o propósito divino da profecia é consolar, exortar e edificar. Qualquer profecia que fuja a este propósito não procede de Deus e jamais se cumprirá (Dt 18.22).
Os falsos mestres e profetas, como nos tempos do Antigo Testamento, enganam o povo, porque são emissários do Diabo (Jo 8.44). Todavia, a Bíblia declara: "Nenhuma mentira vem da verdade" (1 Jo 2.21). O crente fiel, que sempre ora e lê a Palavra de Deus, compara aquilo que ouve com o que está escrito na Escritura, a fim de comprovar a veracidade das profecias enunciadas na igreja.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As profecias devem ser julgadas de acordo com as orientações expostas na Bíblia, e os profetas, pelos seus frutos.
III. ENSINOS FALSOS
Uma característica dos falsos mestres é ensinar o que as pessoas querem ouvir independentemente se estão erradas ou não (Jr 5.31; 1 Rs 22.12-14). Deus age de forma diferente para conosco. Ele fala, não o que gostamos de ouvir, mas o que precisamos ouvir, e corrige-nos sempre quando estamos errados porque nos ama (Hb 12.4-13).
O sofrimento de Cristo na cruz e sua morte sequencial são dois elementos que comprovam a sua humanidade. Este mesmo Jesus ressuscitou em corpo glorioso e entrou onde estavam os discípulos reunidos a portas fechadas. Os discípulos que tocaram nEle após sua ressurreição viram-no ser assunto aos céus, e os anjos que ali estavam, afirmaram que o Senhor que ascendera aos céus, de lá voltará (At 1.10,11).
Hoje, muitos falsos profetas tentam afastar a Igreja do seu alvo descrito nas Escrituras, mediante a pregação de um evangelho fácil, sem renúncia, sem compromisso, sem santidade; um evangelho que apregoa apenas o apego pelos bens materiais. Assim como um marketing empresarial, tal evangelho emprega a mídia audiovisual com o objetivo de manipular as emoções do homem.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os ensinos falsos consistem geralmente na busca do ser humano pela prosperidade e no menosprezo da glória de Cristo.
CONCLUSÃO
Deus sempre advertiu seus servos contra os falsos profetas. Portanto, devemos estar prevenidos contra todo e qualquer ensino ou profecia que não esteja em consonância com a Palavra de Deus, sabendo que o fim desses promotores da maldade, que intentam desviar o povo de Deus, é perecer em sua própria corrupção (2 Pe 2.1-22).
Acautelar: Ter cuidado.
Incauto: Ignorante.
EARLE, R. Comentário Bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2006.
ZUCKY, R. B. Teologia no Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008.
R.O propósito da profecia no NT é orientar, exortar e edificar a igreja.
Subsídio Doutrinário
"João começa com a declaração de que existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, e com a ordem aos cristãos para que façam uma distinção entre eles. Ao mesmo tempo, ele indica qual é o ponto importante em fazer essa distinção. Não é se o fenômeno sobrenatural está presente, pois o Diabo também pode realizar milagres. É uma questão de definir a fonte da inspiração do profeta. Seria Deus? Nesse caso, o profeta é verdadeiro. Se não é Deus, então ele não deve merecer crédito nem ser seguido, independentemente de quão grande seja a sua sabedoria ou de quanto impacto sua atividade provoque.
Quando João diz que muitos falsos profetas virão ao nosso mundo, não necessariamente está pensando a respeito de sua época. De fato, ele saberia que sempre houve falsos profetas e que o povo de Deus sempre teve a tarefa de distinguir entre aqueles que são de Deus e aqueles que falam da parte de si mesmos ou pelo poder do Diabo."
(BOICE, J. M. As epístolas de João. RJ: CPAD, 2006, p.127).
A Bíblia nos declara que a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14). Infelizmente, observamos nos últimos dias muitos homens e mulheres se autoproclamando íntimos e detentores dos segredos de Deus. Entretanto, quando atentamos para a vida deles, constatamos uma total falta de temor. Um dos termos gregos traduzido como temor (gr. Phobos) significa ter grande respeito pela majestade e santidade de Deus. Temer a Deus é ter a consciência de quem Ele é, um Deus santo e justo, que não se deixa escarnecer.
Em tempos de falsos profetas, é recomendável aos profetas temer a Deus antes de mais nada, uma vez que falar em nome Dele é algo profundamente sério. E aos membros do Corpo de Cristo, é imprescindível o discernimento. Talvez nosso maior problema hoje não seja a secularização da igreja, mas a falsa "espiritualidade", uma vez que aquela é facilmente identificada, no entanto, esta somente por intermédio do dom de discernir os espíritos.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 11: O amor a Deus e ao próximo
Data: 13 de Setembro de 2009
"Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.35).
A prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da nossa salvação.
Segunda - 1 Co 13.1-14.1
O amor é perene; e é maior que qualquer dom
Terça - Jo 13.35
O amor mútuo é a prova de que nascemos de novo
Quarta - 1 Jo 2.10
O amor dirigido aos nossos irmãos demonstra que estamos na luz
Quinta - Jo 3.16; 1 Jo 3.16
O amor de Cristo é o padrão para amarmos aos irmãos
Sexta - Ef 5.25-33
O amor de Cristo pela Igreja é o padrão para os cônjuges se amarem
Sábado - 1 Jo 4.16
O amor é a prova de que estamos em Deus e Ele em nós
1 João 4.7-16.
7 - Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8 - Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade.
9 - Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
10 - Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
11 - Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.
12 - Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade.
13 - Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito,
14 - e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
15 - Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.
16 - E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é caridade e quem está em caridade está em Deus, e Deus, nele.
Nesta epístola, João evidencia que é impossível desassociar fé de conduta, uma vez que é natural que o comportamento de alguém reflita sua crença. Portanto, caro professor, aproveite a aula de hoje para enfatizar a importância da coerência entre nossa fé e prática de vida cristã, assinalada aqui pelo amor, a fim de que sejamos reconhecidos como discípulos de Cristo.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
James Boice ressalta que, até o capítulo 4, João apresenta os três testes para se avaliar se alguém é, de fato, filho de Deus: o teste moral (retidão) em 2.3-6; o teste social (amor) em 2.7-11; e o teste doutrinário (verdade) em 2.18-27. Entretanto, a partir de 4.7, João enfatiza o amor ao próximo como algo inerente à natureza daquele que é filho de Deus. Aproveite a divisão temática citada aqui e exponha-a a sua turma na introdução desta aula.
introdução
Palavra Chave
Amor Ágape: amor abnegado, profundo e constante, como o amor de Deus pela humanidade.
Embora já tenhamos abordado o tema do amor em lição anterior, hoje trataremos desta questão sob outra perspectiva, a fim de que possamos fazer uma auto-avaliação com o objetivo de refletir a respeito das seguintes questões: Será que amo de fato a Deus e ao próximo? Como tenho demonstrado este amor?
A partir dessa verdade, a Bíblia declara que é impossível alguém conhecer a Deus e não amar (1 Jo 4.8). Ora, assim como um filho possui características de seu pai, nós, como filhos de um Deus que ama, naturalmente devemos amar como Ele amou (2 Pe 1.4; Jo 15.12). Do contrário, não seremos considerados seus filhos.
Cristo é a materialização do amor divino. Jesus é a declaração de amor de Deus ao mundo (Tt 3.4). Para o homem, é impossível imaginar a grandeza, a largura, a altura e a profundidade desse amor. Em sua carta, o apóstolo faz questão de deixar claro que foi o próprio Deus quem tomou a iniciativa de nos amar e demonstrou isso enviando Jesus para perdão dos nossos pecados. Além disso, quando João afirma que Cristo morreu não somente pelos nossos pecados, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2.2), enfatiza a abrangência do seu sacrifício expiatório e a grandeza deste amor (Rm 5.8).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O amor incondicional, imutável e perfeito de Deus é manifesto em Cristo.
As palavras registradas por João (Jo 3.16) são retomadas no v.11. No entanto, aqui, o apóstolo o faz de forma bem mais aplicada e pessoal. Ele avalia a grandeza do amor de Deus em dar o seu Filho para morrer em nosso lugar e nos encoraja a fazer o mesmo (1 Jo 3.16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O amor é a identidade do cristão.
III. O AMOR E A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO
O capítulo 4 da 1 Epístola de João encerra-se ao apresentar algumas evidências daqueles que são filhos de Deus e, portanto, são salvos.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Aqueles que são filhos de Deus amam ao próximo, confessam que Jesus é o Filho de Deus e confiam no amor divino.
CONCLUSÃO
Ao finalizar a lição deste domingo e o capítulo 4 da epístola, é imprescindível refletirmos a respeito da questão proposta no versículo 20: "Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" Logo, se você ama a Deus, ame ao próximo (v.21).
"Em João 3.16 o amor de Deus ao enviar o Senhor Jesus deve ser admirado, não porque seja estendido a algo tão grande quanto o mundo, mas a algo tão mau; não a tantas pessoas, mas a pessoas tão impiedosas". D. A. Carson
Expiatório: Ato ou efeito de expiar ou satisfazer as exigências da justiça por meio do pagamento de uma penalidade.
Gilberto, A. O fruto do Espírito. RJ: CPAD, 2004.
Lucado, M. Um amor que vale a pena. RJ: CPAD, 2003.
Subsídio Devocional
"A natureza do Amor Ágape
A pessoa que tem amor é sofredora. Este é o amor passivo, o amor paciente, o amor que espera, suporta, sofre, na quietude. A pessoa que tem amor é benigna. Certo escritor chama a benignidade de amor ativo. A pessoa que tem amor não é invejosa. A pessoa amorosa não tem inveja ou ciúmes do sucesso dos outros. A pessoa que tem amor ágape não trata com leviandade, não se ensoberbece. Ela não é orgulhosa. A pessoa que tem amor semelhante a Cristo não se porta com indecência. Ela não é rude. É natural a pessoa amorosa ser cortês, mostrar consideração pelos outros. A pessoa que tem amor não busca os seus interesses. Ela é altruísta. A pessoa que manifesta amor não se irrita. Ela não fica zangada facilmente. A pessoa que ama não suspeita mal. Ela não guarda rancor, não mantém um registro dos erros. A pessoa que tem o verdadeiro amor não folga com a injustiça, mas folga com a verdade."
(GILBERTO, A. O fruto do Espírito. RJ: CPAD, 2004, p.40-42).
Conforme Boice, mediante a epístola de João, podemos reconhecer que é possível haver pessoas na igreja extremamente moralistas no comportamento e ortodoxo na doutrina e, ainda assim, pouco praticantes do amor ao próximo.
É interessante que, não obstante a importância da observação destes, Jesus não col0ca a conduta moral nem a ortodoxia doutrinária como as marcas identificadoras do cristão. Tais elementos são fundamentais, mas não a essência do cristianismo, que é o amor.
O amor é o assunto principal da Bíblia e a razão de existir do cristianismo. Portanto, este deveria balizar todos os cultos, eventos, reuniões e relações da igreja de Cristo. Tudo que é feito na e pela igreja deve ter o amor como alicerce. Se somos discípulos de Cristo, obrigatoriamente refletimos o amor de Deus ao cantar, pregar, ensinar, presidir, exortar, ofertar, repartir, exercitar misericórdia ou qualquer outra coisa.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 12: O testemunho interior do crente
Data: 20 de Setembro de 2009
"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1 Jo 5.4).
Só poderemos vencer o mundo se tivermos passado pela experiência do novo nascimento em Cristo através do Espírito Santo.
Segunda - 1 Jo 5.12
Quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna
Terça - 1 Jo 5.13
Temos a vida eterna e podemos nos aproximar de Deus com a certeza de que Ele nos ouve
Quarta - 1 Jo 3.23
O amor fraternal é resultado do novo nascimento
Quinta - 1 Jo 3.10
Quem não ama o seu irmão não é de Deus
Sexta - 1 Jo 2.15
Quem experimenta o novo nascimento abandona aquilo que é vil
Sábado - 1 Jo 5.6
O tríplice testemunho
1 João 5. 1-10.
1 - Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
2 - Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
3 - Porque esta é a caridade de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
4 - Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
5 - Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?
6 - Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.
7 - Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.
8 - E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num.
9 - Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou.
10 - Quem crê no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho; quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.
De acordo com a lição de hoje, o filho de Deus possui três características (fé, amor e obediência), que se encontram intimamente associadas. Baseado nisso, convide seus alunos a realizarem as seguintes reflexões: Amamos a Deus de fato? Obedecemos aos mandamentos dEle? Cremos em Jesus Cristo como o Filho de Deus?
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Utilize a seguinte tabela sintética a respeito do Novo Nascimento para introduzir a lição de hoje.
NOVO NASCIMENTO
Razão: Tornar-se filho de Deus para ter acesso ao Reino dEle (Jo 3.3);
Base: A experiência espiritual, a origem celestial e a obra expiatória de Cristo (Jo 3.11-15);
Meios: Lavagem da regeneração e renovação do Espírito (Tt 3.5).
Adaptado do livro João, o Evangelho do Filho de Deus, Myer Pearlman.
introdução
Palavra Chave
Testemunho Interior: É a declaração do Espírito Santo no íntimo crente de que ele é filho de Deus.
Nesta lição veremos que somente aqueles que são nascidos de Deus, isto é, crêem que Jesus é o Cristo, têm condições de amar a seus irmãos, cumprir os mandamentos divinos e vencer o mundo. Será que, de fato, temos experimentado ma nova vida em Cristo?
Por intermédio do texto bíblico que vamos estudar nesta lição, aprendemos que "todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus" (v.1).
Natureza humana só pode produzir natureza humana; e nenhuma criatura poderá elevar-se acima de sua própria natureza. A vida espiritual não passa de pai para filho de modo natural; ela procede de Deus: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo 3.6,7).
Aquele que realmente nasceu de Deus está liberto da escravidão do pecado e passa a ter o desejo e a disposição espiritual de obedecer ao Senhor e andar sob a direção do Espírito Santo (v.2).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O novo nascimento possibilita ao homem ter um relacionamento de filho com Deus.
Como resultado da nova vida recebida de Deus, mediante a fé, o crente passa a viver em retidão, procurando obedecer aos preceitos divinos; sobretudo ao princípio do amor ao próximo.
Sem Cristo, ninguém é capaz de amar ao próximo, muito menos se este for um inimigo contumaz. Mas, como nova criatura (2 Co 5.17), "o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5.5). O fruto do Espírito leva-nos a amar até mesmo aos que nos odeiam. Além disso, Jesus afirmou que seus discípulos seriam conhecidos pelo amor: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.35).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O amor é a essência do cristianismo.
III. OS FILHOS DE DEUS E A OBEDIÊNCIA
A nova vida em Cristo depende de o crente separar-se voluntariamente, passando a ser controlado pelo Espírito Santo de Deus; não mais vivendo sob o domínio do pecado, nem sob o controle da carne, mas dominado pelo Espírito do Senhor.
Quem conhece a Deus sabe que Ele ouve o clamor dos seus filhos, por isso, oram segundo a vontade do Pai: "E esta é a confiança que temos nele: que se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve" (v.14). A oração dos filhos de Deus é atendida, pois todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca" (v.18). Você vive uma vida santa? Então, comece a orar com confiança! Creia que o Pai ouvirá e responderá o seu clamor.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os filhos de Deus são obedientes, vencem o mundo e conhecem o seu Pai.
Segundo James Montgomery, na obra As Epístolas de João, o texto de 1 João 5.6-8 é a passagem mais impressionante do livro. De acordo com o Comentário Bíblico de Mattew Henry, há três testemunhas das doutrinas da Pessoa de Cristo e da sua salvação:
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Há três testemunhas das doutrinas da Pessoa de Cristo e da sua salvação: o Espírito Santo, a água e o sangue.
CONCLUSÃO
É requerido dos filhos de Deus amar o próximo. Quem ama a Deus e ao próximo tem prazer em seguir os mandamentos divinos, demonstrando ser um verdadeiro cristão. Não se esqueça: o verdadeiro crente vence o mundo mediante a fé em Cristo.
Adâmico: Proveniente de Adão e, por isso, carnal.
Cerne: Essência, âmago.
Contumaz: Teimoso, obstinado.
PEARLMAN, M. João, o Evangelho do Filho de Deus. RJ: CPAD, 1995.
ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008.
"Quatro passagens de 1 João mencionam o Espírito Santo. Duas delas lidam com a confirmação para os crentes de que Deus reside neles. 1 João 3.24 afirma: 'E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado'. De forma semelhante, 1 João 4.13 invoca a presença do Espírito na vida dos crentes como garantia do relacionamento deles com Deus. Essa linguagem é semelhante à de João 15.1-17, em que Jesus discute o 'estar' nos discípulos (NVI, 'permanecer'; em grego, meno). Essa passagem vem depois da promessa que Jesus fez aos discípulos de 'outro Consolador' (o Espírito Santo, 14.16) e precede a argumentação de Jesus sobre a obra do Espírito Santo em relação aos discípulos e ao mundo (16.5-16). Primeira João 5.6, da mesma forma que o Evangelho de João, afirma o papel de testemunha do Espírito: 'E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade' (cf. Jo 15.26; 16.13-15). O versículo seguinte, 1 João 5.7, reitera de forma clara, embora difícil, o papel do Espírito, junto com a água e o sangue, como testemunha por Jesus Cristo (cf. 5.6,10)".
(ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, p.225).
Vivemos num momento eclesiástico em que nunca ouvimos tanto a palavra "vitória" ser pronunciada. "Quem não deseja ser um vencedor?" A epístola de João nos apresenta o segredo da vitória sobre o mundo: a fé em Jesus como o Filho de Deus. (5.1,4).
Esta fé é essencial não somente para que o crente vença o mundo, mas também para que o homem nasça de novo, guarde os mandamentos divinos, ame a Deus e ao próximo. Na verdade, crer em Jesus como o Filho de Deus implica amá-lo, obedecer-Lhe e amar ao próximo. Por isso, João enfatiza tanto essa fé em seus escritos. Na verdade, sob a perspectiva joanina, se o crente, que não tem vencido o mundo, fizer uma investigação profunda em sua vida, descobrirá que a raiz do seu problema ou dificuldade encontra-se neste simples, mas indispensável, fundamento: a fé em Jesus como o Filho de Deus.
Título: 1 João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 13: A segurança em Cristo
Data: 27 de Setembro de 2009
"Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus" (1 Jo 5.13).
Através de sua maravilhosa graça, Deus, mediante Nosso Senhor Jesus Cristo, concedeu-nos a vida eterna e a segurança de um viver pleno por intermédio da fé.
Segunda - Jo 6.40
Quem crê no filho tem a vida eterna
Terça - 1 Tm 1.1
Cristo, nossa esperança
Quarta - Cl 3.4
Cristo, nossa vida
Quinta - Jr 33.3
Deus ouve e responde as nossas orações
Sexta - 1 Ts 4.3
Deus requer a santificação de seus filhos
Sábado - 1 Co 10.14
Os filhos de Deus devem fugir da idolatria
1 João 5.13-21.
13 - Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus.
14 - E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
15 - E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.
16 - Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.
17 - Toda iniquidade é pecado, e há pecado que não é para morte.
18 - Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.
19 - Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno.
20 - E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
21 - Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!
Um dos tópicos da lição de hoje trata de orações respondidas. Peça aos alunos para refletirem a respeito de suas orações a Deus e verificarem se estão sendo ouvidas. Se não estiverem, solicite que eles a submetam ao crivo de João: o pedinte está em Cristo? O pedido está de acordo com a vontade divina? Aproveite para incentivar seus alunos a cultivarem uma vida de oração.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Aproveite a aula de hoje para discutir com seus alunos a Doutrina da Segurança do crente. De acordo com o Teologia Sistemática de Stanley Horton, biblicamente, perseverança não significa que todo aquele que professar a fé em Cristo e se tornar parte de uma comunidade de crentes tem a segurança eterna, mas refere-se à operação contínua do Espírito Santo, mediante a qual a obra que Deus começou em nosso coração será levada a bom termo (Fp 1.6).
introdução
Palavra Chave
Vida eterna: Suprema bem-aventurança dos que recebem a Cristo como o Salvador e Senhor de suas vidas.
Chegamos ao final do estudo da Primeira Epístola de João. Nas palavras derradeiras desta carta, o apóstolo ensina-nos acerca da confiança que os filhos de Deus devem ter na vida eternam Cristo Jesus. João conclui fazendo um apelo aos crentes para que não permaneçam na prática do pecado e admoestem os que assim vivem (vv.16,17).
Como filhos e herdeiros de Deus, temos a certeza da vida eterna (v.13; Gl 4.7). Esta garantia é para todos aqueles que um dia firmaram, por meio da fé, um compromisso com Cristo, isto é, creram em Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.
João encerra sua epístola ressaltando que os que colocam sua fé inteiramente em Cristo ressuscitarão para a vida eterna, por ocasião de sua Segunda Vinda. As Escrituras afirmam que "todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia" (Jo 6.40).
De acordo com o Comentário Bíblico de Matthew Henry, os judeus consideravam que somente eles possuíam a vida eterna, uma vez que haviam recebido esta revelação de Deus por meio de suas Escrituras. Todavia, o apóstolo João ressalta que a vida eterna é para aqueles que crêem piamente no Filho de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Aqueles que são filhos de Deus, nascidos de novo, têm a certeza da vida eterna, possuem uma viva esperança e esperam desfrutar da glória eterna.
Por meio do sacrifício de Cristo, temos comunicação direta com o Pai. Quando o Senhor entregou sua vida por nós, na cruz do Calvário, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51; Lc 23.45), simbolizando o rompimento da barreira que havia entre Deus e a humanidade (Hb 10.19-22). Daí em diante, passamos a ter acesso irrestrito ao Todo-Poderoso.
João deixa claro que "se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve" (v.14). Quando falamos com Deus em oração, não podemos exigir nada dEle, porque Ele é Soberano, e sua vontade sempre prevalece sobre a nossa. Todavia, se oramos em consonância com o seu querer, certamente seremos ouvidos. Na verdade, Deus não apenas nos ouvirá, mas nos dará uma resposta definitiva. Portanto, clame ao Senhor com confiança!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus ouve as orações dos que estão em Cristo, se achegam a Ele e amam ao próximo.
III. O CRENTE E O NOVO NASCIMENTO
Os filhos de Deus não são dominados pelo pecado (Rm 6.14); quando pecam, o fazem acidentalmente e não por hábito (1 Jo 3.9,10). O pecado na vida do crente é um triste e lamentável episódio que pode e deve ser evitado por meio da vigilância, da oração, da sujeição a Deus e da resistência ao Diabo (Mc 9.29; 1 Pe 4.7; Tg 4.7).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os nascidos de novo demonstram uma vida santa e guardam-se dos ídolos.
CONCLUSÃO
Mediante a fé em Cristo, nos tornamos filhos de Deus. Agora, o pecado não tem mais domínio sobre nós e, consequentemente, podemos viver uma vida santa e entrar na presença de Deus com plena confiança de que seremos ouvidos. Não existe maior privilégio do que este: tornar-se filho de Deus. Você é filho do Altíssimo! Portanto, viva de modo que O agrade.
Fugaz: Que passa rapidamente; de pouca duração; transitório, efêmero.
Presciência: Qualidade de saber com antecipação o futuro.
Sobrepujar: Ultrapassar, exceder, superar.
HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2004.
Subsídio Teológico
"10.5.1. Graça de Deus e responsabilidade do crente
A Bíblia ensina que a preservação depende tanto do poder de Deus como da atitude do crente permanecer em Jesus! Vejamos que tanto o Senhor Jesus Cristo como os apóstolos falaram sobre este assunto.
É necessário ter um equilíbrio bíblico na doutrina da preservação.
Se houver ênfase somente no poder de Deus como a força que guarda o crente, omitindo a própria responsabilidade pessoal de guardar-se do mal, abre-se a porta para uma vida espiritual de descuido. Se, por outro lado, houver ênfase somente no esforço do crente de guardar-se, omitindo-se a gloriosa manifestação do poder de Deus como o principal fator da proteção, abre-se caminho para um verdadeiro fracasso espiritual. A Bíblia fala e a experiência confirma: 'Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos' (Zc 4.6). O caminho certo para preservar o crente na salvação é mediante a fé, guardada na virtude de Deus para a salvação já a se revelar no último tempo (cf. 1 Pe 1.5). Assim chegaremos lá!
(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2004, pp.243-245).
"A doutrina da segurança não é uma desculpa para o pecado, e sim um encorajamento para não pecarmos. O fato de eu saber que sou casado e que tenho documentos para provar isso ajuda-me a não me sentir tentado a me envolver em outro relacionamento. Eu e minha esposa estamos seguros do amor que sentimos um pelo outro. Quando imagino a inestimável graça que Deus derramou sobre mim, desejo me acercar ainda mais dEle, e compartilhar mais ainda o seu amor.
Saber que Ele orou por nós quando estava aqui na terra e que ainda ora por nós, na glória, deve nos fortalecer em nossa luta. Tudo o que Deus é, e tudo o que Cristo fez e ainda está fazendo, combinam-se para produzir em nossos corações o tipo de segurança que conduz a um viver santo".
(WARREN. W. W. A oração intercessória de Jesus. RJ: CPAD, p.145).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com