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As Duas Testemunhas do Apocalipse
As Duas Testemunhas do Apocalipse

 

                       As Duas Testemunhas do Apocalipse

 

Querido leitor, sempre que leio a profecia que Jesus entregou ao Teólogo Divino, faço-me esta pergunta: "Quem são as Duas Testemunhas do Apocalipse". E, afligido pelo texto sagrado, refugio-me num contexto hermenêutico remoto e improvável: “Será que o apóstolo, a fim de poupar-me dessa angústia, não poderia simplesmente ter declarado o nome desta testemunha e o epíteto daquela?”.

 

João, porém, inspirado pelo Espírito Santo, foi dirigido a velar, na revelação destes últimos dias, a identidade de ambas. Como se vê, a literatura profética tem as suas sutilezas; declara o essencial, mas não aclara os acessórios. Por essa razão, levantam-se as hipóteses, erguem-se as suposições e erigem-se as teses. Mas não nos incomodemos com essas dificuldades; são apenas aparentes; fazem parte da pedagogia divina.

 

Todavia, precisamos voltar ao assunto. Afinal, quem são as Duas Testemunhas?

 

Uns elegem o Antigo Testamento e o Testamento Novo. Outros apontam Enoque e Elias. Outros ainda sugerem Moisés e Enoque. Ainda outros delimitam classicamente dois nomes: Elias e Moisés. A essas alturas, a ordem pouco importa.

 

Ontem à tarde, um amigo bastante chegado sugeriu-me Zorobabel e o sumo sacerdote Josué. Para justificar a sua opinião, fez ele uma pausa doutoral, e, franzindo a testa, lembrou o fato de que ambos estão relacionados às oliveiras vistas por Zacarias e evocadas por João, em seu exílio na distante, mas bem-aventurada Patmos. Pelo tom de sua voz, esse meu companheiro de jornadas teológicas estava convicto. Entretanto, não me convenci de todo.

 

Afinal, que alternativa adotar? Foquemos cada possibilidade.

 

Já de início, descartarei a primeira. Não acredito que as Duas Testemunhas sejam o Antigo e o Novo Testamentos. A razão é bastante simples. As Escrituras não são as Testemunhas; são elas o inspirado, inerrante e completo Testemunho de Deus à humanidade. Logo, a Bíblia Sagrada constituirá o conteúdo e a forma da proclamação desses varões, que, como arautos de Jesus, opor-se-ão ostensiva e audaciosamente ao império do Anticristo.

 

Restam, agora, as outras possibilidades. Mas, antes de as examinarmos, esbocemos o perfil desses corajosos obreiros.  

 

Vejamo-los, antes de tudo, como profetas virtuosos e irresistíveis, que atuarão, aqui na terra, na pior fase da História Sagrada e da Humana – os três anos e meio subsequentes ao Arrebatamento da Igreja de Cristo (Ap 11.3). Se levarmos em conta o ano lunar observado pelos judeus, computaremos 1260 dias. Logo, depreende-se que eles terão de estar devidamente preparados, a fim de deflagrar sua ação profética universal, tão logo os santos de Cristo sejam retirados do mundo.

 

Em segundo lugar, os dois profetas necessitarão de um firme e provado fundamento bíblico, teológico e histórico. Doutra forma, como poderão interpretar os sinais que marcarão a parte inaugural da Septuagésima Semana de Daniel? (Dn 9.27) Sem esse estamento, o seu ministério não terá qualquer efeito redentor. Infere-se, então, que estamos a falar de dois varões extraordinários, poderosos e sapientíssimos nas coisas de Deus e dos homens. A quem os compararemos? A Enoque? A Moisés e a Elias? Ou ainda a Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué?

 

Outrossim, consideremos que, no exercício de seu ministério, eles atuarão no poder do Espírito Santo. E, na virtude do Espírito, farão tantos sinais como Moisés e tantos milagres quanto Elias. Não estou dizendo que serão estes. Além disso, não sabemos se Enoque, em seu ministério de três séculos, realizou algum portento ou obra sobrenatural.

 

Eis como João descreve-lhes o ministério: “Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Ap 11.5,6).

 

Se o ministério de Moisés e Elias foram locais, o das Duas Testemunhas será universal. Proclamando os juízos divinos, percorrerão a Terra. E, a todos, desmascararão o Anticristo e o Falso Profeta. Arriscando a própria vida, opor-se-ão ao Dragão e ao próprio Inferno.

 

A essas alturas, meu teológico leitor, você já deve estar sem muita paciência para ler-me os derradeiros argumentos. Mas, por favor, dê-me outros cinco minutos de seu raríssimo tempo.

 

Voltemos ao assunto.

 

Quanto à identidade das Duas Testemunhas, temos apenas esta pista: “São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra” (Ap 11.4). O autor do Apocalipse cita indiretamente a Zacarias, que, ao referir-se a Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué, identifica-os como “os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4.14). Isso não significa, porém, que as Duas Testemunhas sejam os personagens citados pelo profeta pós-exílico. Se não são estes, quem são? Para responder a esta pergunta, recorramos à lógica e à História.

 

Tenhamos, em mente, que o Espírito Santo entregou a Zacarias uma profecia de referência dupla. Na primeira instância, o profeta referiu-se, de fato, ao governador Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué. Já, na instância apocalíptica, refere-se às Duas Testemunhas, que atuarão na Septuagésima Semana.

 

Os personagens da primeira referência preencheram, na verdade, as demandas da instância inicial: o soerguimento da assembleia do Senhor, naquele período tão adverso das crônicas judaicas. Após haverem cumprido o seu ministério, morreram e foram sepultados; agora, congregados ao seu povo, aguardam a ressurreição ao lado dos que descansam na esperança de Jesus Cristo.

 

Em sua presciência, portanto, o Senhor reservou dois profetas extraordinários para este tempo do fim: um do período antediluviano e o outro da era pós-diluviana.

 

Sim, querido e amável leitor, refiro-me a Enoque e a Elias, os dois únicos seres humanos que deixaram este mundo sem experimentar a morte (Gn 5.24; 2 Rs 2;1-12). Não estou dizendo que eles terão de voltar à Terra, porque aos homens está ordenado morrer uma única vez. A proposição do autor da Epístola aos Hebreus não se aplica a este caso em particular, mas à responsabilidade do ser humano diante da morte (Hb 9.27). Caso contrário, não poderíamos aceitar a verdade concernente ao arrebatamento dos crentes que estiverem vivos, por ocasião da volta de Jesus. O que eu quero dizer é que Deus, em sua multiforme sabedoria, entesourou Enoque e Elias para atuarem na primeira metade da Septuagésima Semana de Daniel. Eis por que os poupou da morte física.

 

Desde então, vêm eles acompanhando, junto ao Senhor, tanto a História Sagrada, no Céu, quanto a História Humana, na Terra. Divinamente instruídos, já se encontram santificados e ungidos a entrar em ação a qualquer momento. O seu ministério será singular e virtuoso, pois terão de enfrentar quem instrumentou a Faraó, a Herodes, o Grande, a Hitler, a Stalin, a Mao Tse-tung e aos que resistem ao Santo Evangelho. Sim, eles terão de enfrentar o próprio Diabo. E, nessa luta, apesar de caírem no epílogo de seu ministério, serão vitoriosos: deixarão bem claro que Deus está no controle absoluto de cada evento temporal ou eterno.

 

No remate de sua tarefa, serão assassinados pela Besta e pelo Falso Profeta. Mas, passados três dias e meio, o Espírito Santo os trará novamente à vida (Ap 11.11). Ato contínuo, serão trasladados ao Céu.

 

Talvez, meu estudioso e culto leitor, eu esteja errado quanto à identidade das Duas Testemunhas. Mas, de uma coisa, tenho absoluta certeza: tão logo a Igreja de Cristo seja arrebatada, dois extraordinários obreiros de Deus inaugurarão o ministério profético mais poderoso da História Sagrada.

FONTE CPADNEWS / WWW.MAURICIOBERWALD.COMUNIDADES.NET

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