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Lições adultos cpad mordomia cristã 3TRIM-2019
Lições adultos cpad mordomia cristã 3TRIM-2019

TODAS LIÇÕES ADULTOS 3 TRIMESTRE 2019 CPAD MORDOMIA

 

                                              

 

Sumário:

Lição 1 - O que é a Mordomia Cristã

Lição 2 - A Mordomia do Corpo

Lição 3 - A Mordomia da Alma e do Espírito

Lição 4 - A Mordomia da Família

Lição 5 - A Mordomia da Igreja Local

Lição 6 - A Mordomia da Adoração

Lição 7 - A Mordomia dos Dízimos e Ofertas

Lição 8 - A Mordomia do Tempo

Lição 9 - A Mordomia do Trabalho

Lição 10 - A Mordomia das Finanças

Lição 11 - A Mordomia das Obras de Misericórdia

Lição 12 - A Mordomia do Cuidado com a Terra

Lição 13 - Seja um Mordomo Fiel

 

 

 

Lição 1 - O que é a Mordomia Cristã

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 7 de Julho de 2019.

Texto Áureo

"E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim." (Lc 12.42,43)

 

Verdade Prática

Deus nos confiou a mordomia dos bens materiais e espirituais; por isso, sejamos vigilantes e zelosos, porque, em breve, Ele nos chamará a prestar contas de tudo quanto recebemos.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 15.2: Um mordomo de confiança

Terça -1 Co 4.1,2: Despenseiros de Cristo

Quarta - Lc 10.30-37: A mordomia do amor cristão

Quinta - 2 Tm 4.7,8: A mordomia da fé cristã

Sexta-1 Cr 29.1: Tudo o que temos vem de Deus

Sábado-Mt 6.20: Ajuntando tesouros no céu

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 12.42-48

42      - E disse o Senhor: O qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?

43      - Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim.

44      - Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.

45      - Mas, se aquele servo disser em seu coração: 0 meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,

46      - virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.

47      - E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.

48      - Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.

 

 

 

HINOS SUGERIDOS: 124,363,438 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Mostrar que Deus confiou aos seus filhos a mordomia dos bens espirituais e materiais.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Apresentar o conceito de "Mordomo" e de "Mordomia";
  2. Expor acerca da mordomia espiritual do cristão;

III. Explicar a mordomia dos bens materiais.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vamos iniciar mais um trimestre de estudos. Neste período, temos a oportunidade de refletir sobre o nosso ministério de ensino. Precisamos analisar com sinceridade o nosso método de trabalho, o que tem sido feito para garantir o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. 0 exercício dessa análise, por si só, abre uma porta para pensarmos a respeito do tema deste trimestre: a Mordomia.

 

Como temos administrado o nosso tempo? O nosso ministério? A nossa vida espiritual? O nosso dinheiro? São perguntas que deveríamos fazer com muita sinceridade.

 

Antes de iniciara lição em classe, apresente o comentarista deste trimestre: pastor Elinaldo Renovato. Ele é líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN; professor universitário; bacharel em ciências econômicas; escritor de diversas obras editadas pela CPAD.

 

PONTO CENTRAL

Deus nos confiou a mordomia dos bens espirituais e materiais.

 

INTRODUÇÃO

 

Neste trimestre, estudaremos a Mordomia Cristã. Ela prioriza os bens espirituais e materiais que o Criador nos delegou. Nesta lição, denominamos "bens espirituais" os recursos e os meios confiados por Deus à Igreja. Quanto aos "bens materiais", são estes os recursos naturais e sociais que desfrutamos no mundo. Assim, veremos que o Pai levantou a Igreja para cuidar dos seus interesses na Terra.

 

 

 

I - CONCEITOS DE MORDOMIA

 

  1. Mordomo.

A palavra vem do latim, major domu, e significa "o criado maior da casa", "administrador dos bens de uma casa", "ecônomo" (Dicionário Aurélio).

 

Na Bíblia, a função aparece diversas vezes como "encarregado administrativo dos bens de um grande proprietário de terras". Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento essa função corresponde à de um administrador. Portanto, nós somos mordomos de Deus e, à luz do Novo Testamento, os líderes espirituais têm maior responsabilidade perante o Senhor da Igreja (Lc 12.48).

 

  1. Mordomia.

A palavra significa "cargo ou ofício do mordomo; mordomado". Sua origem está no termo grego oikonomia e, por isso, a encontramos em alguns textos do Novo Testamento, como na "Parábola do mordomo infiel" (Lc 16.2-4). Na Bíblia, mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens. É a administração dos bens espirituais e materiais, tanto no aspecto individual quanto no coletivo do ser humano. Assim, nossas faculdades espirituais, emocionais e físicas são o objeto da Mordomia Cristã. Por isso, esta mordomia está Ligada ao ensino da Palavra de Deus.

 

SÍNTESE DO TÓPICOS

A função de mordomo corresponde ao administrador; a mordomia, na Bíblia, refere-se à administração dos bens espirituais e materiais.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

A proposta básica desse primeiro tópico é explicar o conceito de "mordomo" e de "mordomia". Após expor esses conceitos, faça uma reflexão sobre a maturidade, virtude essencial para a "mordomia" em toda a área da vida. Use este texto como base de sua reflexão: "Uma orientação importante para qualquer tipo de sucesso, seja pessoal, espiritual, profissional, financeiro, familiar ou esportivo, é a necessidade de maturação. Não se consegue isso da noite para o dia. É preciso tempo e esforço. Entenda: ser 'maduro', aqui, não é sinônimo de ser 'velho', mas sim de ter experiências suficientes que lhe confiram sabedoria para agir e errar menos" (Maturidade para a escolha certa, de William Douglas, site CPADNEWS). Assim, mostre à classe a importância da maturidade para desenvolver a ideia de mordomia em toda as esferas da vida, seja espiritual ou material.

 

II - A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO

 

 

 

  1. A mordomia do amor cristão.

A mordomia cristã deve dar grande valor à prática do amor. Certa vez, um fariseu resolveu testar Jesus quanto à sua visão sobre os mandamentos da Lei de Moisés. Ele conhecia bem os dez mandamentos. Abordando Jesus, indagou-lhe: "Mestre, qual é o grande mandamento da lei?" (Mt 22.36). E Jesus respondeu-lhe de maneira sábia, serena, e consistente:

 

1.1.    "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração" (22.37). Nosso Senhor não aceita dominar apenas uma parte do nosso coração; Ele o requer por completo. Ouanto a isso, Ele nunca fez concessões: "Ouem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha" (Mt 12.30). O mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

 

1.2.    "De toda a tua alma e de todo o teu pensamento" (v.57).

Aqui, o Senhor Jesus enfatizou que, além de todo o coração, o primeiro mandamento exige toda a alma e todo o pensamento de uma pessoa. Essa é a base bíblico-doutrinária para dizer que a Mordomia Cristã valoriza a interiorioridade do crente. Logo, absolutamente tudo no interior do cristão - coração, alma e pensamento - deve estar voltado para Deus, que é o centro de todas as coisas.

 

1.3.    "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (22.58).

O segundo mandamento enfatiza que, na medida em que amamos a Deus de todo coração, alma e pensamento, devemos amar o próximo como a nós mesmos. Tal mandamento é relevante para a nossa mordomia, pois no mundo atual, sem qualquer ranço pessimista, pode-se ver que o desamor é a tônica entre pessoas, famílias, países e, até mesmo, entre alguns que se dizem cristãos.

 

1.4.    Quem é o próximo?

Esta foi a grande pergunta feita por Jesus após contar a parábola do Bom Samaritano ao doutor da lei (Lc 10.30-37). 0 nosso próximo é um familiar: esposo, esposa, pai e filho, irmão, primo, sobrinho, etc. É o nosso irmão em Cristo, o nosso vizinho, o professor, o colega de trabalho, o carente ou o socialmente excluído. Assim, o mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

 

  1. A mordomia da fé cristã.

A palavra fé (gr. pistis; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas providências de Deus. Mas a melhor definição de fé foi enunciada pelo autor da Epístola aos Hebreus, ao descrevê-la com profunda inspiração divina: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (Hb 11.1). Aqui, há três características essenciais à fé:

(1) Ela é o fundamento ou base para a confiança em Deus;

(2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de Deus;

(3) Ela é "a prova das coisas que não se veem", mas são esperadas por uma convicção antecipada.

 

  1. A fé como patrimônio espiritual.

A fé cristã é o depósito espiritual acumulado durante toda vida do crente. É o nosso patrimônio espiritual, de valor e virtudes inestimáveis. Essa fé que o crente foi estimulado a guardar para não perder a "coroa" (Ap 3.11). Ao escrever ao jovem discípulo, Timóteo, e já próximo da morte, o apóstolo Paulo disse: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda" (2 Tm 4.7,8). Querido irmão, prezada irmã, guarde sua fé!

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

 

A mordomia espiritual do cristão envolve a prática do amor e o exercício da fé.

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

 

[SOBRE A FÉ]

 

"No Novo Testamento, o verbo pisteuõ ('creio, confio') e o substantivo pistis ('fé') ocorrem cerca de 480 vezes. Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10; Ap 13.10). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado quase exclusivamente para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência) em Deus (Rm 4.24), em Cristo (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de Cristo (Jo 1.12). Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a fé não é 'um salto no escuro'.

 

Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a Deus (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em Deus e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de Deus fiel. É o nosso sangue espiritual" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.369-70).

 

 

CONHEÇA MAIS

 Mordomo e Mordomia

O mordomo é a função que responde à mordomia pela qual ele foi colocado para executar. No Reino de Deus, essa relação se dá com o crente e a dimensão de sua vida nas esferas espiritual e social. O crente, em Jesus, tem contas a prestar a Deus a respeito do que Ele o chamou a fazer.

 

III - A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS

 

  1. O cristão e as finanças.

Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforços, com "o suor" de seu rosto (Gn 3.19), para obter os bens de que necessita. Isso é feito de maneira constante (1 Ts 4.11). Nesse aspecto, a preguiça é um pecado intolerável diante de Deus. Assim, Ele exorta ao preguiçoso que aprenda com as formigas, pois estas trabalham no verão para garantir o mantimento no inverno (Pv 6.6,9; 10.26).

 

  1. O cristão e as riquezas.

Deus não demoniza a riqueza nem diviniza a pobreza. Mas o cristão não deve recorrer aos meios ou práticas ilícitas de ganhar dinheiro, como o bingo, a rifa, as loterias e outras formas "fáceis" de buscar riquezas (Pv 28.20).

 

A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma compulsão para enriquecer a qualquer custo. É uma escravidão ao vil metal. Sobre isso as Escrituras também asseveram: "Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tm 6.10).

 

E Jesus ensinou: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15). E também ratificou: "Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam" (Mt 6.20).

 

  1. O cristão e a contribuição para a igreja.

Na igreja local há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir para a expansão e manutenção da Obra do Senhor. Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas voluntárias (cf. Ml 3.8-12). Jesus reiterou a necessidade da contribuição com os dízimos, repreendendo a hipocrisia dos fariseus (Mt 23.23), pois há inúmeras necessidades da igreja que requerem as contribuições dos fiéis.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A mordomia dos bens materiais do cristão envolve as finanças, as riquezas e contribuição para a igreja.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

 

 

[A importância do compromisso]

"Earl e Hazel Lee escreveram: 'o compromisso é mais que uma decisão sentimental que pode mudar a vida de uma pessoa por alguns poucos dias cheios de emoção. É um ato válido da vontade, e muda todo o modo de vida de uma pessoa'. Eles explicam o significado de compromisso, descrevendo-o como o descreve um dialeto indiano: o compromisso é dar com a palma da mão 'para baixo'. Quando colocamos algo na mão de alguém, não conseguimos segurar nenhuma parte do que estamos dando. Ao passo que, se pedirmos que uma pessoa retire algo de nossa mão, ainda poderemos segurar alguma parte que essa pessoa não consiga pegar. Em nossa cultura, é mais fácil passar do aproveitar os nossos bens a nos agarrarmos fortemente a eles e tentarmos agarrar mais, o que é chamado materialismo.

 

  1. W. Tozer escreveu: 'Uma das piores tragédias do mundo é o fato de permitirmos que os nossos corações se encolham, até que haja neles espaço para pouca coisa, além de nós mesmos’. O materialismo é uma atitude perigosa, porque conserva o nosso foco naquilo que temos, e não naquilo que somos e estamos nos tornando. Ele permite que fiquemos falsamente satisfeitos - pensamos que, porque temos muitas coisas, devemos ser boas pessoas. Embora não

 

haja nada de errado em dirigir um carro bonito, em vestir-se bem e aproveitar os benefícios da última tecnologia, quando os nossos bens nos possuem e o que temos de valioso se torna mais importante que os nossos valores, então estamos com problemas" (TOLER, Stan. Qualidade total de vida. 1.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2013, pp.71-72).

 

CONCLUSÃO

Somos mordomos dos bens espirituais e materiais concedidos por Deus à sua Igreja. Se realizarmos nossa mordomia para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Usemos os recursos que Deus nos concedeu como verdadeiros mordomos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo o que temos vem do Senhor!

 

PARA REFLETIR

A respeito de "O que é a Mordomia Cristã" responda:

 

1) O que diz respeito à mordomia na Bíblia?

 

Na Bíblia, Mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens.

 

2) Na mordomia do amor cristão a quem devemos amar?

Amar a Deus e ao próximo.

 

3) Na mordomia da fé cristã, o que significa "fé"?

A palavra fé (gr. pisteuõ; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas as providências de Deus.

 

4) Na mordomia dos bens materiais, como o cristão deve trabalhar?

Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira.

 

5) Como deve ser a contribuição do cristão à igreja local?

Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas voluntárias (cf. Ml 3.8-12). Divulgação: Subsídios EBD

 

 

 

Lição 2 - A Mordomia do Corpo

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 14 de Julho de 2019.

Texto Áureo

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Rm 12.1)

 

Verdade Prática

O corpo do cristão é o "templo do Espírito Santo" e, portanto, deve ser preservado para glória de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda -1 Ts 5.13: A tricotomia do corpo

Terça - Rm 6.12: O pecado não deve reinar em nosso corpo

Quarta -1 Co 6.13b: O nosso corpo não é para a prostituição

Quinta - Rm 8.13: Devemos mortificar as obras do corpo

Sexta -1Ts 5.23: O corpo deve ser conservado irrepreensível

Sábado -1 Co 6.19,20: Devemos glorificar a Deus em nosso corpo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Coríntios 6.13-20.

13      - Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.

14      - Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.

15      - Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.

16      - Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.

17      - Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.

18      - Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.

19- Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?

20 - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

 

 

 

HINOS SUGERIDOS: 7,128, 219 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Expor a mordomia do corpo cristão sob o entendimento bíblico de que somos "templo do Espírito Santo".

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Explanar sobre a dimensão material do corpo;
  2. Elucidar a dimensão espiritual do corpo;

III. Correlacionar o culto racional com a mordomia do corpo.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O nosso corpo foi maravilhosamente criado por Deus. As Escrituras demonstram essa obra especial da criação. O nosso corpo tem duas dimensões ao menos, a material e a imaterial, está constituída de alma e espírito. Num contexto materialista em que vivemos, precisamos reforçar a visão bíblica da integralidade do ser humano. Esta lição, bem como a próxima, buscará mostrar o ser humano todo. Quando o nosso Senhor proveu a salvação para ele, o fez de modo integral. 0 ser humano é corpo, alma e espírito. Somos razão e sentimento, cérebro e coração. Nada se exclui, mas tudo se complementa.

 

PONTO CENTRAL

O corpo do cristão é o templo do Espírito Santo.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a mordomia do corpo. Nela, destacaremos o valor espiritual e a grandeza da obra criadora de Deus. A Bíblia mostra que o Criador fez o homem do pó da terra, dando-lhe vida e tornando-o sua imagem e semelhança. Quando compreendemos essa verdade bíblica, tornamo-nos responsáveis pelo zelo do nosso corpo perante o Criador, pois, segundo sua Palavra, o corpo do cristão é "templo do Espírito Santo" (1 Co 6.19).

 

I - A DIMENSÃO MATERIAL DO CORPO

 

  1. A formação maravilhosa do corpo.

A Bíblia relata a criação do corpo do ser humano (Gn 1.26-28; 2.18-25). Foi uma obra maravilhosa, poeticamente expressa nas palavras do rei Davi: "Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem" (Sl 139.14). No mesmo salmo, o autor sagrado traz à memória a contemplação divina do corpo humano ainda informe (Sl 139.15). Louve a Deus por sua maravilhosa Criação!

 

  1. A estrutura do corpo humano.

Quando estudamos a estrutura do corpo humano, percebemos quão maravilhosa foi a obra do Criador. Por exemplo, o organismo humano se constitui de 216 tecidos organizados no esqueleto. Este possui 206 ossos. O cérebro tem um trilhão de células nervosas e seus sinais trafegam ao longo dos nervos até um máximo de 360 km/h. O corpo se constitui de setenta por cento de água; tem 96.500km de veias e artérias;

 

10 bilhões de vasos capilares; 100 trilhões de células. A estrutura humana revela uma complexidade que a teoria da evolução jamais explicará. Só uma mente onisciente, e um ser infinitamente supremo, pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem: "No princípio, criou Deus os céus e a terra [...] E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou" (Gn 1.1,27).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

A dimensão material do corpo revela uma obra maravilhosa; a estrutura do corpo, o arquiteto que o planejou.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

 

A fim de expor o primeiro tópico com mais propriedade, busque informações técnicas em livros ou em sites especializados. Informar-se sobre o Projeto Genoma, um programa de mapeamento da genética humana, também contribuirá muito para você compreender o sistema complexo do corpo humano. Com base nesses estudos, é impossível pensar que somos fruto do acaso. Só um ser poderoso, majestoso e infinito poderia gerar essa complexidade do corpo humano. Entretanto, tenha em mente que não precisamos de qualquer estudo científico para determinar o que cremos, pois, como diz as Escrituras, "pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (Hb 11.3).

 

 

 

lI - A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO

 

  1. O corpo segundo as Escrituras.

A Bíblia usa várias metáforas para designar espiritualmente o corpo:

 

1.1.    "Corpo do pecado".

Note este versículo: "que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado" (Rm 6.6). Nele, a expressão "corpo do pecado" refere-se ao "velho homem" que, antes de nascer de novo, usava o corpo como "instrumento de iniquidade" (Rm 6.12-14). Esse corpo também é chamado na Bíblia de "homem exterior", um corpo que se corrompe, adoece e envelhece.

 

1.2.    "Casa terrestre"(2 Co 5.1).

Essa expressão refere-se à "temporalidade do corpo", isto é, sua constituição física, a "fôrma" do espírito. Esse corpo é a casa temporária, a morada passageira, visto que nesta Terra somos "peregrinos e forasteiros" (1 Pe 2.11).

 

1.3. "Templo do Espírito Santo".

Essa expressão aparece numa pergunta retórica de Paulo em 1 Coríntios: "Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (6.19). É um alerta do apóstolo aos crentes de Corinto para não darem lugar ao pecado, ou seja, não deixarem que o corpo fosse contaminado pela prostituição.

 

  1. Pecados contra o corpo.

A Bíblia adverte acerca dos pecados contra o corpo:

 

2.1.    Prostituição, adultério, fornicação.

Usar o corpo como mercadoria a ser vendida para fins sexuais é prostituição. A Palavra de Deus diz aos crentes com muita clareza: “Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo" (1 Co 6.13b; cf. 1 Ts 4.3)". A Bíblia também tem graves admoestações contra quem comete o pecado de adultério - relacionamento sexual extraconjugal-(1Co 6.10; Hb 13.4) e o de fornicação - relacionamento sexual entre solteiros-(Ef 5.5; 1Tm 1.10; Ap 21.8).

 

2.2.    Homossexualidade.

O Antigo Testamento condena explicitamente a união homossexual, considerando-a "abominação" a Deus (Lv 20.13; 18.20). O Novo Testamento confirma essa condenação, reprovando a homossexualidade de modo não menos incisivo: "Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus" (1 Co 6.10; cf. Rm 1.18-32).

 

2.3. Transexualidade.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a transexualidade é um "transtorno de identidade de gênero" ou "disforia de gênero". Nesse transtorno, um homem "se sente mulher" e, por isso, não aceita o próprio corpo; uma mulher "se sente homem" e, igualmente, não aceita o próprio corpo, desejando assim "mudar de sexo". A tragédia maior é quando se tenta normalizar isso na cabeça de crianças e de adolescentes, trazendo confusão entre eles. Isso é uma estratégia de origem satânica para destruir o plano original de Deus da criação da família como célula mater da sociedade. Trata-se, pois, de um terrível afronta à sacralidade do corpo criado por Deus com uma identidade binária: "macho e fêmea os criou" (Gn 1.27).

 

  1. A santificação do corpo.

É o ponto fundamental na mordomia do corpo. Diz a Bíblia: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14). A Bíblia mostra os meios de santificação que levam em conta a ação de Deus e a contribuição do crente:

 

3.1. Os meios da santificação que vêm da parte de Deus.

É Deus que age diretamente na santificação integral do crente: "espírito, e alma, e corpo" (1 Ts 5.23). O Altíssimo também o santifica através de Cristo (Ef 5.25,26; Hb 9-14; 13.12; 1 Jo 1.7), do Espírito Santo (1 Co 6.11; 2 Ts 2.13; Rm 15.16) e da Palavra de Deus (Jo 17.17).

 

3.2.    A responsabilidade humana na santificação.

Deus não entrega ao homem "um pacote" de salvação pronto e acabado. Ele faz a sua parte no lado divino, mas o homem tem de ser um participante ativo desse processo. Na santificação, o homem precisa dar lugar à vontade de Deus:"[...] quem é santo seja santificado ainda" (Ap 22.11). Logo, o crente pode participar do processo de santificação mediante os seguintes elementos: a fé em Cristo (Rm 1.17); dedicação a Deus (Rm 12.1,2); andando em espírito (Gl 5.16,17); renunciando ao pecado (Mt 16.24; Rm 6.18,19).

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

A dimensão espiritual do corpo envolve a gravidade do pecado contra o corpo e a necessidade de sua santificação.

 

 

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

"Atualmente, há urgente necessidade de renovada ênfase à doutrina da santificação nos círculos pentecostais. Em primeiro lugar porque são raros os pentecostais que hoje aceitaram a ideia de estar precisando de renovação espiritual. A despeito de muitíssimos crentes terem sido batizados no Espírito Santo, são muitas as igrejas pentecostais que não possuem a vitalidade e a eficácia que nelas se evidenciavam em anos anteriores. Em segundo lugar, a ênfase pentecostal ao batismo no Espírito e aos dons sobrenaturais do Espírito tem resultado numa falta de ênfase ao restante da obra do Espírito, inclusive a santificação. Em terceiro lugar, a aceitação mais generalizada dos pentecostais e dos carismáticos parece ter ameaçado a distinção tradicional entre a Igreja e o mundo, lançando dúvidas sobre muitos dos antigos padrões de santidade. E, finalmente, os pentecostais de hoje dão muito valor à popularidade que acabaram de conquistar e, no afã de preservá-la, zelam por evitar qualquer aparência de elitismo espiritual" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.412).

 

III - O CULTO RACIONAL E A MORDOMIA DO CORPO

 

De acordo com as Escrituras, devemos nos apresentar em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Nesse sentido, o nosso culto a Ele, segundo Romanos 12.1,2, deve considerar o seguinte tripé:

 

  1. “Um sacrifício vivo".

A imagem do sacrifício, em Romanos, remonta ao Antigo Testamento. Mas, no Novo Testamento, o cristão deve apresentar-se a Deus como um sacrifício vivo e agradável - sacrifício de louvor (Hb 13.15) -, pois todos os que cremos fomos crucificados com Cristo (Gl 2.19).

 

  1. “Um sacrifício santo".

Essa perspectiva leva o crente à santificação. E uma vez que ele se coloca como sacrifício vivo, demonstra pertencer a Deus, consagrando-se inteiramente ao Pai, para viver uma vida santa e pura no corpo, na alma e no espírito (1 Ts 5.23). Uma vida santa é um culto ao Senhor.

 

  1. “Um sacrifício agradável".

Oferecendo-se em sacrifício vivo, o salvo é visto pelo Senhor como oferta de grande valor (5151.17). Uma das coisas mais belas da vida cristã é quando a nossa vontade está alinhada à vontade de Deus. Esse é o verdadeiro estágio de total entrega ao Pai.

 

A imagem de sacrifício mostrada didaticamente em Romanos 12, ensina como deve ser a nossa mordomia no campo espiritual e material. Ela passa por uma mente renovada, não conformada com o "espírito" deste mundo, em que o cristão é instado a viver em "sacrifícios" cotidianamente. Assim, o nosso culto racional.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

O culto racional e a mordomia do corpo estão sob a perspectiva do "sacrifício vivo", do "sacrifício santo" e do "sacrifício agradável".

 

 

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

O apóstolo Paulo traz ordem ao culto (1 Co 14.26-39), sugerindo haver um ‘ritual livre' e a Igreja Primitiva também teve formas apropriadas de culto: ’E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações' (At 2.46).

 

No Novo Testamento, encontramos algumas formas litúrgicas como 'saudação'; 'doxologia'; aclamações como 'Abba, Aleluia, Amém, Hosana, Maranata'; ‘a coleta semanal'; 'o serviço social' (At 6.1); 'a santa ceia'; 'os cânticos de salmos e hinos' (Ef 5.19; Cl 3.16) e essas práticas e muitas outras permanecem hoje em nossas igrejas. 0 próprio Jesus Cristo, checando em Nazaré, entrou num dia de sábado na sinagoga, tomou o livro e achou o lugar onde estava escrito a respeito dele mesmo (Lc 4.16-18; Is 61.1). Paulo diz: 'Prega a Palavra' (2 Tm 4-1,2)'' (KESSLER, Nemuel. Culto e suas Formas. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.21).

 

CONCLUSÃO

O nosso corpo tem uma dimensão material e outra espiritual. Nesse aspecto, a Palavra de Deus tem orientações diretas sobre o perigo do pecado contra o nosso corpo e a necessidade de vivermos em santidade diante de Deus. Assim, para glorificá-lo, precisamos prestar um culto racional a Deus, apresentando-nos em sacrifício vivo, santo e agradável ao Eterno. Que Ele nos faça mordomos fiéis de seus bens tão preciosos em todo o nosso espírito, alma e corpo!

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia do Corpo", responda:

 

1) Quem que pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem? Só uma mente onisciente, um ser infinitamente supremo, pode dar respostas Lógicas à origem da vida e do homem.

 

2) Quais expressões as Escrituras usam para o “corpo"?

"Corpo do pecado", "Casa terrestre" e "Templo do Espírito Santo".

 

3) A que se refere a expressão “corpo do pecado"?

Nele, a expressão "corpo do pecado" refere-se ao "velho homem".

 

4) Por que o corpo é chamado de "casa terrestre"?

Essa expressão refere-se à "temporalidade do corpo", isto é, sua constituição física, a "fôrma" do espírito.

 

5) De acordo com a Palavra de Deus, como nos devemos apresentar? Em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

 

 

 

Lição 3 - A mordomia da Alma e do Espírito

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 21 de Julho de 2019.

Texto Áureo

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Ts 5.23)

 

Verdade Prática

Ao lado do corpo, a alma e o espírito devem estar preparados para a vinda do Senhor Jesus Cristo.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Rm 5.12: O pecado atingiu a todos os homens

Terça - Ec 7.20: Não há homem que não peque

Quarta -1 Jo 1.7: O sangue de Cristo nos purifica de todo o pecado

Quinta - 1Ts 5.23: A tricotomia do ser humano

Sexta-Hb 12.14: Sem santificação ninguém verá o Senhor

Sábado - Cl 5.25: O cristão deve andar no Espírito

 

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gaiatas 5.16-22,25

16- Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.

1 7 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.

18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

20 - idolatria, feitiçarias, inimizades.

porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

22      - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

25 - Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

 

HINOS SUGERIDOS: 5, 223, 324 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Conscientizar que, ao lado do corpo, a alma e o espírito devem ser preservados para a vinda do Senhor Jesus.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Conceituar alma e espírito;
  2. Relatar a mordomia da alma;

III. Apresentar a mordomia do espírito.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito.

 

PONTO CENTRAL

A mordomia da alma e do espírito deve ser levado muito sério pelos crentes.

INTRODUÇÃO

Para ser mordomo da alma e do espírito, o homem necessita, antes de tudo, da fé em Deus, da entrega incondicional a Cristo Jesus e da ação poderosa do Espírito Santo na sua mente, pensamento e maneira de viver diante do Criador. Para isso é preciso ser "nova criatura" (1 Co 5.17)! Assim, além de conservar o corpo, precisamos conservar a alma e o espírito. É o que veremos nesta lição.

 

 

 

I - CONCEITUANDO ALMA E ESPÍRITO

 

1.O significado de alma.

No Antigo Testamento, a palavra "alma" é nephesh. No Novo, o termo usado é psiquê, que tem o sentido de "alma" e de "vida", e encontra-se ligado à palavra psíquicos, que significa "pertencente a esta vida". Ela é "a base das experiências conscientes", equivalendo, portanto, à própria vida, à personalidade ou à pessoa mesmo (cf. 2 Co 1.23).

 

Assim, o texto bíblico de Levítico 17.10-15 revela uma diversidade de sentidos para a palavra "alma": A pessoa física (v.10), a vida de um animal (v.11), a vida de uma pessoa (v.11). Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos, conforme Jesus expressou num contexto de angústia: "A minha alma está profundamente triste até a morte" (Mc 14.34).

 

  1. A origem da alma.

A alma está unida ao espírito, e, por isso, é humanamente impossível separá-los. Só a Palavra de Deus pode fazê-lo (Hb 4.12). Assim, tanto a alma quanto o espírito constituem a parte imaterial do ser humano. Em relação à origem da alma, há pelo menos três teorias que tentam explicá-la: a teoria da preexistência, do criacionismo e da participação.

 

2.1. Teoria da preexistência.

Segundo essa teoria, as almas existem nas diversas esferas do mundo espiritual e entram no corpo gerado, num processo denominado "reencarnação". O objetivo desse processo é levar a pessoa a sofrer pelos "pecados cometidos em pretensas existências anteriores". Esse é um dos pontos fundamentais do Espiritismo. Entretanto, não há fundamento bíblico para essa teoria. A Bíblia revela que o "pecado original" passou a todos os homens (Rm 5.12) e que vigora até os dias atuais, pois “não há homem que não peque" (Ec 7.20). Porém, o sangue de Cristo purifica o pecador (1 3o 1.7), quando este se arrepende, confessa o seu pecado e o deixa (Pv 28.13).

 

2.2. Criacionismo.

Segundo esta teoria, baseada no pensamento filosófico grego, Deus dedica-se à criação de almas diariamente, para que habitem nos corpos que forem sendo concebidos. É um ponto de vista que carece de fundamentos bíblicos.

 

2.5. Teoria participativa.

A teoria expressa que Deus dá a vida a toda pessoa gerada de acordo com as leis da reprodução biológica geradas por Ele. Assim, homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3). É uma visão que tem base na Bíblia e que está harmonizada com a Palavra a Deus: "Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele" (Zc 12.1b).

 

Todavia, como Deus age na criação de cada alma e espírito dentro do ser humano é um dos muitos mistérios da fé pela qual devemos curvar-nos humildemente diante de sua magnitude.

 

  1. Conceituação de espírito.

Segundo o Novo Testamento, a palavra que se refere a "espírito" é pneuma. O termo pode se referir a parte imaterial da personalidade humana (cf. 1Co 7.1,34), o próprio ser da pessoa (1 Co 16.18; 2Tm 4.22) e, mais especificamente, a fonte do discernimento (Mc 2.8), das emoções (3o 11.33) e da vontade (At 19.11) de uma pessoa. Assim, o espírito humano regenerado, submetido a Cristo, torna-se sensível ao Espírito Santo e é capaz de manifestar o fruto do Espírito, as virtudes do Reino de Deus (Gl 6.1; cf. Mt 5 - 7).

 

Nesse sentido, em termos espirituais, só há dois tipos de crentes: os espirituais e os carnais (Rm 8.1). Os crentes espirituais caracterizam-se pelo seu "espírito" dominado pelo Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem transformada por Cristo (Gl 5.19-21).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

A alma é a sede das emoções e dos sentimentos; o espírito, a fonte dessas emoções e sentimentos.

 

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Para a exposição deste primeiro tópico, sugerimos a leitura das páginas 242-260 da obra "Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal", editada pela CPAD. O assunto em estudo é altamente teológico, por isso, consultar uma boa Teologia Sistemática será de ajuda inestimável a fim de apresentar com maior segurança um assunto complexo. Tenha atenção com o termo "tricotomia" (ponto a ser desenvolvido no tópico 2). Neste primeiro tópico você deve deixar claro o significado do termo "alma”, as teorias acerca de sua origem e a conceituação do termo "espírito". Boa aula!

 

  1. A MORDOMIA DA ALMA: "O HOMEM INTERIOR"

 

  1. A tricotomia do homem.

Afirmamos que o ser humano é um ser tricotômico. Ou seja. Deus o constitui de três partes conforme revela-nos a sua Palavra: "e todo vosso espírito, e alma, e corpo" (1 Ts 5.23). O corpo, a parte material, refere-se ao "homem exterior" (2 Co 4.16). Já o conjunto imaterial formado pela alma e pelo espírito, que é envolvido pelo corpo, a Bíblia denomina-o de "o homem interior", conforme as palavras do apóstolo Paulo: "Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus" (Rm 7.22; cf. 2 Co 4.16).

 

  1. A mordomia da alma.

A Bíblia declara que a alma do homem, assim como o espírito e o corpo, deve ser conservada irrepreensível para a vinda do Senhor Jesus Cristo. Essa é a essência da mordomia da alma. Cada crente deve mantê-la íntegra e irrepreensível. Alguns aspectos, porém, devem ser considerados na mordomia da alma.

 

2.1. A Necessidade da alma.

Essa necessidade inclui a emoção e pode ser satisfeita no relacionamento com Deus. A alma precisa de refrigério espiritual e da presença divina (Sl 23.1-3). No salmo 42, o salmista expressa sinceramente a necessidade de sua alma: "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo" (vv.1,2). Quanta necessidade a alma tem por Deus?! A Bíblia revela que o Espírito Santo preenche essa necessidade e produz em nós o "fruto do Espírito" (Gl 5.22-24).

 

2.2. A santificação da alma.

É uma necessidade da alma o "viver santo", sem o qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14). O ser humano é salvo pela "graça de Deus", e isso é dom divino (Ef 2.8,9).

 

Mas ele precisa também arrepender-se de seus pecados, confessar a Cristo como Senhor e santificar-se integralmente em Deus, conforme o apóstolo Paulo ensina: "Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Ts 5.22,23).

 

2.3.    A santificação dos pensamentos.

Vimos que a alma é "a sede das emoções, dos sentimentos e dos pensamentos", logo, sua mordomia deve zelar por tudo o que preenche o pensamento do crente, conforme ensina o apóstolo Paulo (Fp 4.8).

 

Nesse contexto, devemos atentar para a advertência de Jesus em relação ao coração do homem (isto é, sua interioridade): "Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias" (Mt 15.19). Portanto, não podemos pensar só no que "não fazer", mas também no que "não pensar". Toda ação ou reação humana precede o pensamento, o sentimento e a emoção.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

O homem é um ser tricotômico, isto é, constituído de corpo, alma e espírito; e a mordomia da alma envolve necessidades e santificação dos pensamentos.

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

"Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem 1 Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: 'E todo o vosso espírito, e alma, e corpo seja plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo'. Em 1 Coríntios 2.14-3.4, Paulo refere-se aos seres humanos como sarkikos (Literalmente: 'carnal' 3.1,3), psuchikos (literalmente: 'segundo a alma', 2.14) e pneumatikos (literalmente: 'espiritual', 2.15). Esses dois textos parecem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares. Vários outros textos parecem distinguir alma e espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12)" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.248).

 

 

 

III - A MORDOMIA DO ESPÍRITO

 

  1. Andando em Espírito.

Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andarem Espírito, ou seja, na submissão ao Espírito Santo. Diz o texto bíblico: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (GL 4.16). Andar em Espírito é viver em obediência à direção do Espírito Santo em todas as áreas da vida. Há uma Luta interior entre a carne e o Espírito (Gl 4.17), mas uma vez guiados pelo Espírito Santo não estamos sob a escravidão da carne (GL 4.18). Portanto, "se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gl 5.25).

 

  1. Frutificando no Espírito.

Quando o crente produz frutos dignos da vida cristã, ele glorifica a Deus. Nosso Senhor chamou-nos a dar "fruto" e escolheu--nos para permanecer dando fruto (Jo 15.9,16). Frutificar no Reino de Deus é testemunhar Cristo com sua vida, por meio de boas obras de amor que mostram o caráter de Deus em você (Jo 15.16; Mt5.16; G15.22).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A mordomia do espírito está amparada em duas esferas: andar no Espírito e frutificar no Espírito.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

"Primeiro as coisas mais importantes

A intimidade da sala de estar que Maria teve com Jesus nunca resultará da agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa distração. Vemos em Lucas 10.38 uma mulher com a virtude da hospitalidade. Marta abriu sua casa para Jesus, mas isso não significa que ela automaticamente tenha aberto seu coração. Em sua ânsia de servir a Jesus, ela quase perdeu a oportunidade de conhecê-lo.

 

Lucas nos diz que 'Marta, porém, andava distraída em muitos serviços'. Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o máximo por Jesus.

 

Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentido que devemos provar nosso amor a Deus através de grandes feitos. Então, nos apressamos em deixar a intimidade da sala de estar para nos ocupar por Ele na cozinha - realizando grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar as Boas Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em seu nome. Nós o chamamos 'Senhor, Senhor'. Mas, no fim, será que Ele nos reconhecerá? Nós o conheceremos?

 

O reino de Deus, como você vê, é um paradoxo. Enquanto o mundo aplaude as grandes façanhas. Deus deseja comunhão. O mundo clama 'Faça mais! Seja tudo o que puder!', mas nosso Pai sussurra: 'Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus'. Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas - um povo no qual possa fluir" (WEAVER, Joanna A. Como ter o coração de Maria no mundo de Marta: Fortalecendo a comunhão com Deus em uma vida atarefada. Rio de Janeiro: CPAD, pp.9,10).

 

 

 

 

CONCLUSÃO

A mordomia da alma e do espírito, juntamente com a do corpo, completa a conservação integral do crente (1 Ts 5-23). Zelar pela nossa interioridade e exterioridade diante de Deus é reconhecer que o Pai quer dominar tudo em nós e não somente partes de nossa vida. Por isso, sinta-se encorajado a expressar Cristo como seu Salvador. Esteja nele! Seja santo! Para isso Deus nos chamou.

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia da Alma e do Espírito" responda:

 

1) Do ponto de vista teológico, que é a alma?

Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos.

 

2) O que diferencia um crente espiritual do carnal?

O Espírito Santo (Gl 5-16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem transformada por Cristo (GL 5.19-21).

 

3) Cite as três teorias acerca da origem da alma.

Teoria da preexistência. Teoria criacionista e Teoria participativa.

 

4) Como o homem e a mulher geram um novo ser?

Homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3).

 

5) O que o crente deve procurar na mordomia do espírito?

Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andar em Espírito, ou seja, na direção e submissão do Espírito Santo.

 

 

 

Lição 4 - A Mordomia da Família

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 28 de Julho de 2019.

TEXTO ÁUREO

"Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: [...] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor." (Js 24.15)

 

VERDADE PRÁTICA

A família é a primeira instituição criada por Deus e, por isso, é a nossa "primeira igreja", pela qual devemos amorosamente zelar.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 2.18: Deus não aprova a solidão

Terça- 1Co 7.1,2: Monogamia e heterossexualidade: o padrão de Deus para o casamento

Quarta-Gn 12.3: Em Abraão, Deus abençoou todas as famílias

Quinta -1 Co 6.10: Os homossexuais não herdarão o Reino de Deus

Sexta -1 Tm 5.8: Quem não cuida da família é pior que o infiel

Sábado-Ef 6.1-3: Filhos criados na doutrina e admoestação do Senhor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Josué 24.14,15; Efésios 5.22-25,28

Josué 24

14 - Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor.

15 - Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

 

Efésios 5

22      - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;

23      - porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.

24      - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.

25      - Vós, mandos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.

 

HINOS SUGERIDOS: 243,432, 531 da Harpa Cristã

 

 

 

OBJETIVO GERAL

Conscientizar os alunos de que a família é a primeira instituição e que, portanto, devemos zelá-la amorosamente.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Destacar a família no plano de Deus;
  2. Explicar a mordomia da família;
  3. Radiografar a família cristã sob ataque.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O modelo tradicional da família está em sistemático ataque secular. É claro o incômodo de movimentos progressistas em relação ao modelo tradicional da família, como se fosse uma afronta valorizar o núcleo familiar constituído de um casal heterossexual, monogâmico e com gênero definido. A Palavra de Deus nos ensina a valorizar a família, e mais: deixa clara a missão dos pais em ensinar a criança no ambiente familiar tradicional (Dt 6.1-9). É vontade de Deus que cada criança tenha um pai e uma mãe para zelar por ela e cuidá-la. As infelizes exceções não podem subjugar um modelo instituído por Deus, que está dando certo ao longo dos séculos.

 

PONTO CENTRAL

A família é a primeira instituição criada por Deus.

 

INTRODUÇÃO

Na presente Lição, veremos que a família é a base de nossa vivência. Nela, nascemos, criamo-nos e dela dependemos por toda a vida. Veremos que todo esse processo é o plano de Deus revelado desde o Gênesis. Nas Escrituras, a família é tão importante que o apóstolo Paulo classifica de "pior que o infiel" quem dela não cuida (1 Tm 5.8). Assim, o propósito

 

desta lição é mostrar que o amor de Deus pela humanidade faz com que todas as famílias da terra sejam o alvo de sua bênção (Gn 12.3).

 

I - A FAMÍLIA NO PLANO DE DEUS

 

  1. A instituição do casamento.

Antes de estabelecer a família. Deus instituiu o casamento. O Senhor Jesus confirmou essa instituição original e legal, conforme a Lei de Deus: "Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?" (Mt 19.4,5; cf. Gn 2.24). Aqui está, de maneira clara, a origem do casamento como instituição divinamente estabelecida.

 

  1. Origem da família.

O livro de Gênesis relata que a partir do homem e da mulher, Deus estabeleceu a família:” E Deus os abençoou e Deus Lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 1.28). Essa instituição é tão importante diante de Deus, que Ele a criou antes do Estado e, até mesmo, da Igreja. E foi a partir de uma família que o Altíssimo prometeu abençoar todas as demais:” E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.3).

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Deus estabeleceu o casamento e, consequentemente, a família.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Inicie a aula de hoje, perguntando: “Qual a origem da família?" Ouça as respostas dos alunos. Estimule para que eles participem a fim de obter as respostas. Após ouvir as respostas atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do tópico. Aproveite este texto para corroborar a explicação: "O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses umas das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim que se comunicam, se amam e se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre os membros da família e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indica o grau e o nível das relações com o Pai e determina o curso do sucesso na família.

 

Vale lembrar que a família foi criada por Deus com elevados propósitos em todos os sentidos da vida, inclusive quanto ao número de filhos" (SOUZA, Estevam Ângelo. ...e fez Deus a família: 0 padrão divino para um lar feliz. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.30).

 

II - A MORDOMIA DA FAMÍLIA

 

  1. Os princípios que regem o casamento cristão.

Há um manual de união matrimonial: a Bíblia Sagrada. Nela, encontramos princípios universais e atemporais para o casamento.

 

 

 

1.1. O princípio da monogamia.

No plano original de Deus para o casamento, o princípio da monogamia está declarado assim: “Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne" (Gn 2.24). Mas, infelizmente, após a Queda, o homem desviou-se do plano divino, e distorceu as diretrizes básicas de Deus para o matrimônio. Por exemplo, a Bíblia narra a história de Lameque, filho de Metusael, que deu início à prática da bigamia (Gn 4.19). Assim, com o passar do tempo, a poligamia também foi temporariamente aceita na comunidade hebreia.

 

Quando o ser humano se rebela contra a vontade monogâmica de Deus quanto ao casamento, um abismo passa a chamar outros abismos: incesto, homossexualismo, pedofilia, zoofilia, necrofilia e outras abominações semelhantes.

 

Diante de um quadro tão grotesco e estarrecedor, a Palavra de Deus impõe-nos o padrão monogâmico, heterossexual e indissolúvel como a vontade original do Criador para o matrimônio (1 Co 7.1,2).

 

1.2. O princípio da heterossexualidade.

Nas Escrituras, Deus definiu para o casamento o princípio da união heterossexual: um homem e uma mulher unidos para sempre sob as bênçãos divinas.

 

Quando Gênesis 2.24 estabelece o princípio monogâmico e heterossexual, o texto identifica o homem que deixa a casa do pai e da mãe, para unir-se à sua mulher, tornando-se “ambos uma só carne". Ao lado da monogamia, a heterossexualidade é o princípio inegociável em qualquer tempo ou lugar. Entretanto, cabe aqui uma advertência bíblica e séria: esses dois princípios só sustentam o casamento se forem vividos sob a égide do verdadeiro e sacrifical amor de ambos os cônjuges (Mt 22.37-40; cf. Ef 5.22-25). Por isso, lute por seu amor; ame o seu cônjuge; renove os votos matrimoniais periodicamente.

 

  1. A prioridade da família.

A igreja local deve incentivar a mordomia da família de forma constante e efetiva. O cristão precisa ter as prioridades corretas da vida. Normalmente, há muitos crentes e, até mesmo pastores, que priorizam a seguinte ordem: a) Deus; b) igreja; c) esposa; e d) filhos. Qual o equívoco dessa ordem de prioridades?

 

Biblicamente, o crente deve priorizar (1) Deus; (2) sua própria vida; (3) seu cônjuge; (4) seus filhos; (5) e a igreja local. Ora, alguém poderá indagar: Mas a Bíblia não diz que devemos priorizar o Reino de Deus? (Mt 6.33). Sim, é verdade. Entretanto, dentro da economia divina, há uma hierarquia muita clara para que a mordomia com a família seja plenamente atendida.

 

A Palavra de Deus diz que se alguém não cuida de sua família não se encontra preparado para liderar a Igreja de Cristo (1 Tm 3.4,5). É muito triste quando o obreiro encontra-se empenhado em ganhar outras famílias para Cristo, mas perde sua própria casa por falta de atenção, zelo e amor (1 Tm 5.8).

 

  1. O relacionamento entre pais e filhos.

Na mordomia da família, alguns cuidados devem ser tomados a fim de que os filhos sejam criados na "doutrina e admoestação do Senhor" (Ef 6.4). Eles são herança e galardão de Deus (Sl 127.3). Como sacerdotes do lar, os pais devem realizar o culto doméstico. É muito importante priorizar esse momento para instruir os filhos na Palavra de Deus. Além de zelo espiritual, os pais devem ser exemplos de amor conjugal, paternal e maternal.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

Os princípios que regem o casamento cristão são o da monogamia e da heterossexualidade.

 

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

"A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi criada pelos homens. O primeiro polígamo da história foi Lameque (Gn 4.19). A declaração bíblica 'e apegar-se-á à sua mulher (Gn 2.24) fala da monogamia, isto é, o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa. [...] O Novo Testamento restabeleceu o princípio monogâmico original da criação (Mt 19-5; 1 Co 7.2; 1 Tm 3.2).

 

Jesus disse que, se uma mulher casada for de outro homem, comete adultério contra o seu marido, se ele estiver vivo; e da mesma forma o marido, se for de outra mulher, comete adultério contra a sua mulher, se ela estiver viva (Mc 10.11,12). Jesus foi mais profundo, cortando o mal pela raiz, pela causa, e não pelo efeito. Ele declarou: 'Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela' (Mt 5.27,28). É verdade que nem sempre podemos impedir que as aves pousem em nossa cabeça, mas podemos impedir que ali façam ninhos. Ninguém está livre de ser sobressaltado por pensamentos pecaminosos, mas qualquer cristão pode perfeitamente impedir que esses pensamentos sejam cultivados (Cl 3.1-5)" (SOARES, Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.16-17).

 

III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE

 

  1. O ataque do Estado materialista.

De um modo geral, os países são governados por homens materialistas e indiferentes ao bem comum. Muitos governantes tornam-se agentes do Diabo, visando a destruição da família e da Igreja de Cristo.

 

Por essa razão, temos de usar estratégias poderosas para vencer os ataques do Maligno: a valorização da Palavra de Deus no lar, o culto doméstico, a leitura de boa e comprovada literatura cristã e a constante vigilância e prática da oração. Que a Palavra de Deus norteie o nosso lar (Dt 11.18-21)!

 

  1. O ataque da famigerada Ideologia de Gênero.

Engenheiros sociais modernos trabalham pela desconstrução da família criada por Deus. Karl Marx, um dos teóricos fundadores da doutrina comunista, disse que a família deveria ser abolida.

 

Dessa forma, o Diabo usa a "famigerada ideologia de gênero" para abolir os princípios que Deus estabeleceu para a família. Segundo essa diabólica ideologia, ninguém nasce com sexo determinado. A criança não nasce macho nem fêmea, pois ela "se torna homem ou mulher" por meio da construção social. Assim, quem constrói o sexo masculino e feminino é a sociedade. Esse é o maior ataque aos princípios de Deus para a família e para a identidade natural da pessoa (Gn 1.27,28).

 

  1. Um ataque a Deus e à ciência.

Ao ensinar que ninguém nasce "homem" ou "mulher", os engenheiros sociais procuram destruir a identidade natural e biológica do ser humano. E também ignoram por completo que Deus criou o "homem" e a "mulher" (Gn 1.26,27).

 

Essa teoria, além de ser um ataque frontal a Deus, também é uma violência à Ciência. A Biologia define uma pessoa masculina por causa de seu aparelho reprodutor masculino. Ou seja, há hormônios masculinos, marcadores biológicos e cromossomos igualmente masculinos. Assim também dá-se em relação à mulher, pois ela é definida por causa de seu aparelho reprodutor feminino. Logo, ela tem hormônios femininos, sua 30 Lições Bíblicas /Professor

 

genética possui os cromossomos XX que marcam a identidade feminina. Tais conhecimentos são elementares e estão ao alcance de todos, facultando à família cristã rebater seguramente esse pensamento.

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A família está sob ataque do estado materialista e da ideologia de gênero.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

"COMO REALMENTE INFLUENCIAR A SOCIEDADE

 

A esse respeito, criar filhos - não a política, não a sala de aula, não o laboratório, nem mesmo o púlpito - é o lugar da maior influência. Supor o contrário é ser cativo da ilusão secular atrofiada. Devemos entender que é através da família cristã que a graça de Deus, uma visão de Deus, os erros do mundo e um caráter cristão são mais poderosamente transmitidos.

 

No Antigo Testamento, quando Deus escolheu guiar o seu povo, a Bíblia repetidamente indica que Ele procurou uma pessoa (veja Is 50.2,10; 59.16; 63.5; Jr 5.1; Ez 22.30). Um único indivíduo santificado pode fazer toda a diferença neste mundo. Não devemos sucumbir à matemática enganosa do pensamento mundano, que considera que a dedicação da vida de uma pessoa a umas poucas pessoas que não são amplamente conhecidas no mundo (no caso, os membros de nossa família) seja um desperdício escandaloso de seu potencial. Pais, não abandonem o seu lugar de influência. [...] Acredite" (HUGHES, Barbara; Kent. Disciplinas da Família Cristã. Rio de janeiro: CPAD, 2006, p.20).

 

CONCLUSÃO

Só há uma maneira de preservar a família da destruição espiritual e moral dos tempos atuais: criando-a de acordo com a Lei de Deus. Noé salvou sua família da destruição porque a criou segundo a

 

Palavra de Deus (Gn 7.1). Josué também tomou posição ao lado de Deus com a sua família. Diante dos desvios do povo, sua declaração é solene e exemplar: "escolhei hoje a quem sirvais: [...] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15).

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia da Família responda:

 

1) O que Deus instituiu antes da família?

Antes de estabelecer a família, Deus instituiu o casamento.

 

2) O que o Livro de Gênesis relata?

O Livro de Gênesis relata que a partir do homem e da mulher. Deus estabeleceu a família.

 

3) Cite os dois princípios que regem o casamento cristão.

O princípio da monogamia e o princípio da heterossexualidade.

 

4) Segundo a lição, qual a ordem de prioridade do crente?

(1) Deus; (2) crente; (3) cônjuge; (4) filhos; (5) igreja.

 

5) Na mordomia da família cristã, quais estratégias poderosas devem ser usadas pela família para vencer os ataques do mal?

A valorização da Palavra de Deus no lar; momentos devocionais em família, principalmente, no culto doméstico; ler boas literaturas cristãs.

 

 

 

 

Lição 5 - A mordomia da Igreja Local

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 4 de Agosto de 2019.

TEXTO ÁUREO

“Escrevo-te estas coisas [...] para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade." (1 Tm 3.14,15)

 

VERDADE PRÁTICA

O cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comunhão e serviço ao Reino de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 16.18: Jesus edifica a sua Igreja

Terça - At 12.5: Uma igreja de oração

Quarta - Rm 16.5: A igreja em casa

Quinta -1 Co 4.17 Igreja, lugar de ensino

Sexta -1 Co 14.12: Igreja, lugar de edificação

Sábado - Ef 1.22: Jesus, o Cabeça da Igreja

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25

Atos 9

31 - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.

 

1      Coríntios 1

1        - Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes,

2        - à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus,

chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.

 

Hebreus 10

24      - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,

25      - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.

 

HINOS SUGERIDOS: 53,376, 530 da Harpa Cristã

 

 

 

OBJETIVO GERAL

Expor que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Apresentara mordomia dos bens espirituais;
  2. Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja;

III. Conscientizar acerca da mordomia dos crentes na igreja Local.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma pergunta sempre é especial para o início de uma reflexão. 4 nossa, nesta lição, é sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas "odiada" por outros. Há quem pense que se pode amar Cristo, mas não a sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento, a partir do ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi possível por causa do exemplo maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja. Nesta lição, queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la.

 

PONTO CENTRAL

A igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.

 

INTRODUÇÃO

A igreja local é formada por pessoas que se reúnem para adorar, congregar e servir a Deus. Nesta lição, refletiremos sobre as nossas responsabilidades quanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa comunhão com o Pai Celeste e com os irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste estudo!

 

I - A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS

 

  1. A mordomia e a valorização da Palavra de Deus.

Ao longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua Palavra aos seus seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou com e por meio de Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por intermédio de outros profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos dias, revelou-se através de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).

 

 

 

Hoje, pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical são os mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas locais. Por isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a em profundidade e realçando o seu inestimável e infinito valor.

 

Espera-se que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a primazia (Sl 119.11). Num culto, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada deve ter toda a prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os prejuízos espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis.

 

  1. A mordomia na evangelização e no discipulado.

Uma das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com essa demanda, a Palavra de Deus deve ser proclamada "a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.2). Somente ela pode transformar o interior das pessoas.

 

Todavia, paralelo à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19), que é a mordomia da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo prazos. Sem discipulado não há aprofundamento da fé, perseverança, fidelidade e maturidade cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há real discipulado, a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o discipulado é ignorado, esse dado cai vertiginosamente.

 

  1. A mordomia no uso dos dons espirituais.

Os dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder e unção à Igreja. Eles confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a Cristo. A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja, ou seja, aos salvos: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.10 - grifo meu).

 

Na Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co 14.40). Por esse motivo, certas práticas estranhas ao Movimento Pentecostal não devem ser estimuladas nem toleradas no culto público, tais como marchar, pular, rodopiar ao som de batidas, correr de um Lado para outro, sapatear, fazer "aviõezinhos" etc. Segundo a Bíblia, isso é meninice, imaturidade e, muitas vezes, revela apenas carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

A mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de Deus, a evangelização, o discipulado e o uso dos dons espirituais.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Quantos minutos você gasta por dia para Ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja? Você tem algum dom espiritual?

 

 

 

Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas é encontrado na vida de muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos abnegados.

 

II - A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA

 

  1. A assistência social no Antigo Testamento.

No Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de assistência social:

 

1.1.    Nos salmos.

Davi, homem de Deus, analisando a situação do próximo, afirmou: "Fui moço, e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão" (Sl 37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista podia concluir que o "Jeová Jiré" não desampara jamais aqueles que o servem (Sl 82.3,4).

 

1.2. Nos provérbios.

O sábio escreveu: "Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não compreende isso" (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir quanto à necessidade de nossos irmãos.

 

1.3. Nos profetas.

Isaías, o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17). Jeremias, o "profeta das lágrimas", falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O profeta Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela sua omissão em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de igual modo para exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos, viúvas e estrangeiros (Zc 7.9,10).

 

  1. Assistência social no Novo Testamento.

Aqui também encontramos fundamentos para a obra de assistência social:

 

2.1. Nos Evangelhos.

Jesus, em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para alimentar as multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu muita importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja local, os cristãos têm o privilégio de prover o alimento necessário para aqueles que necessitam do pão cotidiano.

 

2.2. Nos Atos dos Apóstolos.

Os diáconos foram escolhidos para cuidar da assistência social da igreja. Tal trabalho foi considerado pelos apóstolos um "importante negócio" (At 6.1-6). Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que os crentes "tinham tudo em comum" (At 2.44,45).

 

2.3. Nas Epístolas.

O apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de socorro aos pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua carta, já afirma que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e guardar-se da corrupção (Tg 1.27), pois "a fé sem as obras é morta em si mesma" (Tg 2.17).

 

  1. Agindo para glória de Deus e o alívio do próximo.

Não precisamos, portanto, do Socialismo, ou do Marxismo, ou da Teologia da Libertação (braço auxiliar do marxismo que dessacraliza o evangelho e politiza o Reino de Deus) para acolher e cuidar dos necessitados. Os representantes dessas ideologias usam um ideal supostamente nobre para escravizar pessoas e perpetuarem-se no poder. Infelizmente, o nosso país, bem como toda a América Latina, é vítima dessa ideologia nefasta.

 

O fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia. A Igreja de Cristo deve socorrer os menos favorecidos porque o amor de Deus está em nós, e, portanto, devemos amar o nosso semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10).

 

Que estrutura as igrejas locais têm para atender os novos convertidos que se acham entre certos grupos: prostitutas, moradores de rua, drogados, famintos, deficientes e deprimidos? É preciso, à luz do exemplo do nosso Salvador, e dentro das nossas possibilidades (Ec 9.10), estruturar o mínimo de condições para resgatar tais segmentos. Sejamos zelosos na mordomia da ação social!

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

A ação social no Antigo Testamento tem base nos livros dos Salmos, Provérbios e profetas; no Novo, nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas.

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

Diakonia ('Serviço', 'ministério'). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o ministério encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio.

 

A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de Deus. A Igreja, revestida pelo poder do Espírito, terá de passar das palavras para ações se quer ver realizados os propósitos de Deus. Não poderá haver maneira de fugir deste fato: se vamos realmente servir no ministério continuado de Jesus Cristo, esse serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.604).

 

Ill - A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL

 

  1. Em primeiro lugar é preciso congregar.

É notório o crescimento dos "desigrejados". Não temos espaço aqui para entrar em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos maiores perigos deste movimento é esta falsa ideia: já que a "igreja sou eu", não preciso frequentar os cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local.

 

Ora, não é isso o que a Bíblia ensina, mas exatamente o contrário: "não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns" (Hb 10.25). Quer sua igreja local seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação, alegre-se em orar com os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de Deus, compartilhar os dons espirituais e assistir aos mais necessitados. Tenha a alegria de congregar! Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja, o seu corpo.

 

  1. Líderes cristãos como mordomos.

Os pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm grande responsabilidade diante de Deus pelas almas que lhe são confiadas. Essa responsabilidade está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor ensina-nos como cuidar das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos discípulos, e ensinou: "Entendeis o que vos tenho feito? [...] Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.12,15-grifo meu). Aqui, está claro que nenhum líder deve comportar-se como "maior que os outros", inacessíveis aos humildes servos do Senhor, mas todos devem fazer parte da "irmandade da bacia e da toalha". Essa perspectiva consciente da liderança evangélica é o mais eficaz antídoto contra o orgulho.

 

  1. A mordomia dos membros e congregados.

Numa igreja local, além dos líderes terem uma responsabilidade específica, o membro do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra do Senhor, exercendo a mordomia do Reino de Deus conforme a sua capacidade. Orando, louvando, testemunhando, evangelizando, visitando enfermos e afastados, liderando departamentos e realizando outras atividades. É preciso trabalhar "enquanto é dia" (Jo 9.4).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar, os líderes e também os membros como mordomos do Reino de Deus.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

Há vária passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma descrição clara do que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a metáfora da igreja como um corpo com muitos membros. Em 1 Coríntios 13, ele estabelece o amor como a atitude e a ação centrais que todos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja visão a respeito do conceito de membresia está equivocada.

 

Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de membresia como um conceito organizacional ou ligado à administração. Por isso, eles refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de membresia é extremamente bíblico. A Bíblia explica 'membros' de um modo diferente da cultura secular. Por exemplo, observe o termo em 1 Coríntios 12.27,28:

 

'Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja...'.

 

Você percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o todo e são partes essenciais do todo [...]" (RAINER, Thom S, Eu Sou Membro de Igreja: Descobrindo a atitude que faz a diferença. Rio de janeiro: CPAD, 2018, p.25).

 

CONCLUSÃO

 

A mordomia na igreja Local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a nossa vocação e perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um grande privilégio servir a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja um mordomo fiel na igreja em que você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame à igreja e congregue com alegria. Valorize a igreja local.

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia da Igreja Local", responda:

 

1) Quem são os mordomos da Palavra de Deus, hoje?

Pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical.

 

2) Qual a melhor maneira de se exercer a mordomia da Palavra de Deus?

Uma das melhores formas de exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos tipos de pessoas (Mc 16.15,16).

 

3) A quem foi confiada a grande mordomia dos dons espirituais?

A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja de Cristo, ou seja, aos salvos.

 

4) Em que está o fundamento para a nossa prática social?

O nosso fundamento para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, na Bíblia.

 

5) Que grande lição Jesus deu aos apóstolos sobre a humildade?

Ele lavou os pés dos discípulos de maneira humilde.

 

 

 

Lição 6 - A Mordomia da Adoração

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 11 de Agosto de 2019.

TEXTO ÁUREO

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (Jo 4.23)

 

VERDADE PRÁTICA

Deus procura os verdadeiros adoradores, e não as celebridades.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 2.11: Os magos prostraram-se diante de Jesus

Terça - Jo 4.20-24: O Pai busca os verdadeiros adoradores

Quarta - Rm 12.1: O culto racional

Quinta -1 Co 6.20: Glorificando a Deus no corpo e no espírito

Sexta - Sl 96.9: Adorando na beleza da santidade

Sábado-Mt 26.39: Jesus prostrou-se em oração diante do Pai

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 4.19-26

19      - Disse-lhe a mulher. Senhor, vejo que és profeta.

20      - Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.

21      - Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.

22      - Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.

23- Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

24      - Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

25      - A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.

26      - Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.

 

HINOS SUGERIDOS: 51,124, 533 da Harpa Cristã

 

 

 

OBJETIVO GERAL

Mostrar que Deus procura os verdadeiros adoradores.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Conceituar a palavra Adoração;
  2. Explicar como adorar a Deus;

III. Pontuar gestos e atitudes na adoração a Deus.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O culto a Deus é o momento em que Ele se encontra com o seu povo. Esse conceito tem fundamento no Antigo Testamento e é aprofundado por Jesus no Novo Testamento. Aqui, a verdadeira adoração a Deus se realiza "em espírito e em verdade". Assim, a adoração ao Pai está centrada na pessoa bendita de Jesus Cristo. Nesse sentido, não é o ritualismo ou o simbolismo que pauta a adoração, mas a pessoa de Jesus. Ele é o centro. Ele é o tudo. Ele é o nosso salvador!

 

PONTO CENTRAL

Deus procura os verdadeiros adoradores, e não as celebridades.

 

INTRODUÇÃO

No Antigo Testamento só se podia oferecer culto no Tabernáculo ou no Templo. No Novo, e do ponto de vista espiritual, Jesus Cristo aprofundou o sentido de adoração, conforme a narrativa do evangelista declara: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem" (Jo 4.23). Nesta lição, veremos que, diferente do Antigo Testamento, a mordomia da adoração no Novo se realiza "em espírito e em verdade". Assim, a adoração não está mais centrada no ritualismo ou no simbolismo da Antiga Aliança, mas em Cristo.

 

I - O QUE É ADORAÇÃO

 

Adoração vem do latim Adorationem. No sentido etimológico significa "culto ou veneração que se presta a uma divindade". Para o cristão, adoração é a veneração elevada que se presta ao Deus Único, que subsiste em três pessoas distintas na Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

 

 

 

  1. No Antigo Testamento.

No Antigo Testamento, a palavra hebraica shaha ocorre mais de 100 vezes, e significa "curvar-se diante" ou "prostrar-se diante" de Deus. Há ainda a palavra abad, que traz os sentidos de "adorar", "trabalhar" ou "servir" a Deus (cf. 2 Rs 10.18-23). Essa é a perspectiva de adoração da Antiga Aliança. O livro do Êxodo revela que Deus mandou Moisés, Arão, Nadabe e Abiú, e os setenta anciãos, subirem ao monte e inclinarem-se de longe como sinal de reverência e adoração ao Eterno (24.1).

 

  1. No Novo Testamento.

O Novo Testamento registra o verbo grego proskuneo 59 vezes. Ela significa "prostrar-se" ou "adorar" ou "prestar homenagem a alguém" ou "venerar" ou "ser reverente" ou "beijar a mão". Há também o verbo (prosekúnesa), que passou a significar "prostrar-se como sinal de reverência", "prestar homenagem". Nesse sentido, a narrativa da adoração dos magos a Jesus fundamenta a perspectiva de adoração da Nova Aliança (Mt 2.2,11).

 

  1. Outras palavras relativas a adoração.

No Novo Testamento, a palavra grega latreía emprega o sentido de "serviço" de adoração no culto (Êx 12.25,26; Hb 8.5; 9.9; 13.10). Dessa palavra vem o termo idolatria, ou adoração a ídolos, prática condenada por Deus. Há também a palavra leitourgia, ou liturgia, que significava serviço prestado em favor do povo.

 

Atualmente, a palavra liturgia refere-se à forma de organização do culto e seu desenvolvimento. Cada denominação cristã tem uma "liturgia" em que a adoração a Deus se destaca como a essência do culto.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Com base no Antigo e no Novo Testamento, a adoração é a veneração elevada que se presta ao Deus único e Criador.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Esse tópico tem o objetivo de explicar o conceito da palavra "adoração". Para lhe ajudar nesse propósito, sugerimos que leve em conta, quando da preparação de sua aula, o seguinte texto: o propósito da adoração é estabelecer ou dar expressão a um relacionamento entre a criatura e a divindade. A adoração é praticada prestando-se reverência e homenagem religiosa a Deus (ou a um deus) em pensamento, sentimento ou ato, com ou sem a ajuda de símbolos e ritos. [...] A adoração pura expressa a veneração sem fazer alguma petição, e pressupõe a auto renúncia e a entrega sacrificial a Deus. Estritamente falando, a adoração é a ocupação da alma com o próprio Deus, e não inclui a oração por necessidades e ação de graças pelas bênçãos" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.31).

 

 

 

II - COMO ADORAR A DEUS

 

  1. "Em espírito e em verdade".

Após ouvir de modo atencioso e reverente a palavra de Jesus, a mulher samaritana ficou impressionada e o reconheceu como profeta (Jo 4.19). Nosso Senhor declarou duas coisas importantes sobre a verdadeira adoração. Primeiro, onde se deve adorar a Deus; em segundo lugar, como se deve adorá-Lo.

 

1.1.    Onde adorar a Deus?

Para a mulher samaritana o lugar correto de adoração era o monte de Samaria. Mas para os judeus, era Jerusalém. Entretanto, nosso Senhor revelou claramente que chegaria um tempo em que o essencial da adoração não seria o lugar geográfico, pois "os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24).

 

1.2.    A atitude do adorador.

Além de adorar "em espírito", o cristão deve adorar "em verdade" (Jo 4.24). Nem todo hino ou cântico ou apresentação musical é adoração a Deus. Atualmente, a partir da influência do chamado "movimento gospel", as músicas têm sido usadas de forma a exaltar "artistas" ou "levitas". Isso é uma visão deturpada da adoração. Multidões se ajuntam em templos, estádios ou praças, para assistirem "shows gospel", onde a humildade e a contrição estão longe do propósito original da adoração. Ora, a verdadeira adoração é "em espírito e em verdade", e para a glória de Deus. Somente Ele é o centro da adoração!

 

  1. Com o "culto racional".

Paulo escreveu aos cristãos de Roma acerca de apresentarmo-nos a Deus em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional (Rm 12.1). O culto racional significa cultuar a Deus "com razão de ser", motivados espiritualmente, portadores de uma sinceridade profunda: "glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (1 Co 6.20).

O objetivo do culto racional é este:

"para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

Devemos adorar a Deus “em espírito e em verdade", a partir de um “culto racional".

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

"A Verdadeira adoração não tem a ver necessariamente com canções, instrumentos, grupos musicais ou corais. A essência da adoração é uma vida inteiramente ligada a Deus. É ter uma relação íntima com Ele. É falar, pensar, agir, cantar e viver em total sintonia com sua vontade e sua Palavra (1 Sm 15.22). Adoração é viver com Ele, por Ele e para Ele. É em tudo glorificá-lo. É ter o desejo constante de agradá-Lo, de fazê-Lo sorrir e de exalar um cheiro suave e agradável ao Senhor em todo o tempo. É ser amante de Cristo, amá-Lo pelo que Ele é, e não apenas pelo que Ele pode fazer.

 

[...] A adoração não está presa a rituais, nem a fórmulas, nem a expressões esteriotipadas e pré-determinadas pelo tempo, estilo pessoal, ou espaço. [...] A adoração deve envolver todo o nosso coração, a nossa alma, o nosso entendimento e toda a nossa força (Mt 22.37)" (SILVA, Edvanderson. Adoração sem Limites: Um coração aos pés de Cristo. Rio de janeiro: CPAD, 2012, pp.20-21).

 

III - GESTOS E ATITUDES NA ADORAÇÃO A DEUS

 

 

 

  1. Ajoelhar-se e prostrar-se.

São gestos de profunda reverência diante de Deus. Salomão, na inauguração do Templo, em Jerusalém, diante de todo o povo, se pôs de joelhos, adorando a Deus: "Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de fazer ao Senhor esta oração e esta súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, se levantou de diante do altar do Senhor" (1 Rs 8.54). Jesus prostrou-se diante do Pai em súplica (Mt 26.39).

 

  1. Louvar e Cantar.

Davi introduziu o uso de instrumentos musicais, do cântico coral e congregacional no culto a Deus. Ele mandou selecionar e preparar 4.000 cantores oficiais, que se revezavam em turnos (1 Cr 23.5,6), acompanhados com instrumentos musicais e dirigidos por 288 maestros (1 Cr 25.7). Na Igreja de Cristo, a adoração a Deus também se expressa com cânticos e hinos de caráter espiritual. O apóstolo Paulo nos exorta a praticar a verdadeira adoração de forma consciente e profunda: "A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração" (Cl3.16-grifo meu).

 

  1. Glorificar a Deus.

Ao longo das Escrituras Sagradas, aprendemos que devemos glorificar a Deus com a inteireza do nosso ser (1 Ts 5.23). Ora, se nós somos templo do Espírito Santo, significa que Ele habita em nós, logo. Deus não aceita nada menos que o todo do nosso ser, isto é, "vosso corpo" e "vosso espírito" (1 Co 6.19,20).

 

O salmista lembra-nos de que a nossa adoração deve ser expressa da seguinte maneira: “Oferece a Deus sacrifício de louvor e paga ao Altíssimo os teus votos" (Sl 50.14). A Palavra de Deus nos ensina que quem oferece sacrifício de louvor a Deus, o glorifica (Sl 50.23). É um privilégio glorificar a Deus e apresentar-nos diante dEle.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Dentre muitos gestos e atitudes que expressam a adoração estão o ajoelhar-se, o prostrar-se, o louvar, o cantar, o glorificar a Deus.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

 

 

"Muitas coisas foram ditas sobre o que acontece quando somos cheios com o Espírito - muitas coisas estranhas e controversas, de fato, Mas a Palavra de Deus diz que quando o Espírito de Deus se faz presente em nosso meio, começamos a cantar. Nós admoestamos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais. O verdadeiro cântico de adoração nasce, em primeiro lugar, desta verdade: o Espírito Santo de Deus veio para viver em seus filhos. Afinamos nossos corações para cantar seu louvor porque Ele é o Único que faz a perfeita afinação.

 

Esta é a própria confirmação de que Deus está entre nós. Martinho Lutero uma vez escreveu: 'O Diabo odeia a música porque ele não suporta a alegria. Satanás pode escarnecer, mas não pode rir; ele pode zombar, mas não pode cantar’. Talvez Lutero estivesse pensando neste surpreendente versículo: ‘Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor a estes’ (Sl 126.2)” (JEREMIAH, David. O Desejo do meu Coração: Vivendo Cada Momento na Maravilha da Adoração. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.129-30).

 

CONCLUSÃO

Na mordomia da adoração, precisamos saber que Deus não vê apenas o gesto exterior como expressão de louvor, mas também a motivação do coração (1 Sm 16.7). Oremos como Davi orou: "Senhor, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento" (Sl 139.1,2).

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia da Adoração" responda:

 

1) O que significa adoração, no sentido etimológico?

No sentido etimológico significa "Culto ou veneração que se presta a uma divindade".

 

2) Atualmente, qual o significado da palavra liturgia?

Atualmente, a palavra liturgia refere-se à forma de organização do culto e seu desenvolvimento.

 

3) Quais foram as duas coisas importantes que Jesus disse a respeito da adoração?

Primeiro, onde se deve adorar a Deus; em segundo lugar, como se deve adorá-Lo.

 

4) Qual é o objetivo do culto racional?

O objetivo do culto racional é este: "para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

 

5) Cite aos menos dois gestos e atitudes na adoração a Deus.

Ajoelhar-se e prostrar-se; louvar e cantar.

 

 

Lição 7 - A Mordomia dos Dízimos e Ofertas

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 18 de Agosto de 2019.

TEXTO ÁUREO

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." (Ml 3.10)

 

VERDADE PRÁTICA

A entrega do dízimo e das ofertas é uma bênção e um privilégio para quem é grato e fiel a Deus.

 

Leitura Diária

Segunda - Lv 27.30: O dízimo é do Senhor

Terça -1 Cr 29.14: Tudo vem de Deus

Quarta - Dt 26.12: O dízimo para assistência social

Quinta - Mt 23.23: Jesus mandou entregar o dízimo

Sexta -1 Co 9.14: O sustento dos obreiros

Sábado -1 Co 6.20: Nós pertencemos a Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Malaquias 3.7-12

7        - Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?

8        - Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.

9        - Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação.

10      - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.

11      - E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

12      - E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.

 

HINOS SUGERIDOS: 247,330,403 da Harpa Cristã

 

 

 

OBJETIVO GERAL

Explicitar que a entrega do dízimo e das ofertas é privilégio para quem é grato e fiel a Deus.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Destacar as fontes de recursos da igreja local;
  2. Explicitar a base bíblica para os dízimos e as ofertas;

III. Elencar a mordomia dos dízimos e das ofertas na igreja local.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A igreja local tem como recursos de subsistência os dízimos e as ofertas. Assim, cabe aos seus membros o financiamento da instituição local. O que, de fato, é muito saudável. Não é saudável uma igreja financiada pelo Estado ou outro meio extrabíblico. A igreja local é a expressão visível da Igreja de Cristo. Sua missão é evangelizar, manter a comunhão dos santos e servir aos santos e os de fora em suas necessidades. Portanto, os dízimos e as ofertas devem ser administrados na perspectiva do serviço cristão. Assim, é um privilégio financiar o Reino de Deus na Terra.

 

PONTO CENTRAL

A entrega do dízimo e das ofertas é uma bênção e um privilégio.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre os dízimos e ofertas na obra de Deus. Veremos que, de um lado, os dízimos e as ofertas pertencem a Deus e devem ser-lhe entregues com amor, alegria e fidelidade. Por outro, a liderança eclesiástica deve aplicar os recursos de forma correta, fiel e transparente. Assim, a mordomia desses recursos deve ser executada com base nos princípios da Bíblia Sagrada.

 

 

 

I- AS FONTES DE RECURSOS DA IGREJA LOCAL

 

  1. Dízimos e ofertas.

A igreja Local tem como fonte Legítima de recursos os dízimos e as ofertas. Sem eles, muitos trabalhos ficariam inviabilizados. O fundamento para essa legitimidade está no Antigo Testamento (Lv 27.30-33, Ml 3.10), no Novo (Mt 23.23; 2 Co 8.8-15) e ao longo da História da Igreja. Não se trata, portanto, de uma prática que começou por imposição de uma pessoa ou de grupo ou de denominação, mas pela necessidade natural da Obra do Senhor.

 

  1. O cuidado com recursos externos. Com base na Bíblia, os recursos financeiros da igreja evangélica jamais devem ser provenientes de governos ou de órgãos públicos, ou de organismos financeiros. Nossa missão é divina! Que Deus guarde a igreja local de envolvimento com práticas ilícitas e abomináveis aos olhos de Deus.

 

  1. Outras fontes de recursos.

Se a igreja local tiver um centro social de amparo às pessoas vulneráveis, não há impedimento para que o poder público envie recursos para tal ação social. Entretanto, é necessário cumprir as prescrições Legais para que não haja a possibilidade de qualquer "aparência do mal". Outrossim, a igreja jamais deve lançar mão de bingos, rifas e outros jogos de azar para aumentar suas receitas. Isso é pecado; desagrada a Deus.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

As fontes legítimas de recursos da igreja local são os dízimos e as ofertas.

 

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Há segmentos no meio evangélico que tentam desencorajar o ato de entregar o dízimo. Uns dizem que um crente que entrega o dízimo é legalista, pois, dizem eles, "não há esse mandamento para a igreja do Novo Testamento".

 

Ao iniciar a aula proponha uma visão equilibrada sobre o assunto, a partir do auxílio teológico do tópico II. Exponha que o dízimo é uma prática majoritária na tradição cristã. E que a sustentação bíblica não passa apenas pela Lei de Moisés, mas principalmente pela voluntariedade de Abraão, Jacó, Jesus e a prática da igreja ao longo dos séculos.

 

II - A BASE BÍBLICA PARA OS DÍZIMOS E AS OFERTAS

 

  1. Os dízimos no Antigo Testamento.

Muitos acusam de legalismo os que observam a disciplina do dízimo e das ofertas. Entretanto, veremos que a origem do dízimo é anterior à Lei, e que o que o legitima é o sentimento de gratidão do fiel ao seu Criador.

 

1.1.    Origem do dízimo.

De acordo com a Bíblia, a entrega do dízimo (hb. ma aser - décima parte) teve origem no sentimento sincero do patriarca Abraão. Como gratidão ao favor de Deus, ele deu o dízimo de tudo ao sacerdote Melquisedeque (Gn 14.14-20). Assim, é patente que, para além do valor material do dízimo, o gesto de generosidade é significativo. Quando o dízimo tornou-se lei, a gratidão, que é subjetiva, estava no "espírito" da lei. O povo de Israel devia ser grato ao Criador.

 

1.2. O dízimo é do Senhor (Lv 27.30).

Nesse sentido, quando entregamos o dízimo não restituímos nada a Deus nem fazemos barganha com Ele, pois, como percebeu o Rei Davi, "tudo vem de ti, e da tua mão to damos" (1 Cr 29.14). O dízimo é do Senhor!

 

1.3. O objetivo do dízimo no Antigo Testamento.

Deus instituiu o dízimo como Lei para a manutenção da sua Casa, sustento da classe sacerdotal e o cuidado com os órfãos e as viúvas (Ml 3.5; Dt 26.12; Jr 22.3). Nesse sentido, há promessas de bênçãos aos dizimistas fiéis (Ml 3.8-10).

 

  1. O dízimo no Novo Testamento.

A Bíblia mostra que os fariseus eram rigorosos quanto à entrega dos dízimos. Esse entendimento está presente nas palavras de Jesus: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho". Entretanto, ao mesmo tempo Ele declarou: "desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas" (Mt 23.23 - grifo meu). Aqui, o que o Senhor denuncia é o legalismo e a hipocrisia dos fariseus, e não a entrega do dízimo mesmo. Vejamos dois propósitos do dízimo hoje:

 

2.1. O dízimo é necessário para manter o ministério em tempo integral. No Antigo Testamento, o dízimo servia para a manutenção dos sacerdotes e levitas (Ne 10.37; 18.21). 0 princípio do sustento do ministério integral permanece no Novo Testamento (1 Tm 5.17,18). Assim, aos ministros do Evangelho, que se dedicam exclusivamente à obra de Deus, que "vivam do Evangelho" (1 Co 9.14).

 

2.2.    O dízimo é necessário para a assistência social.

A Igreja de Cristo sempre teve compromisso com os órfãos, as viúvas e pessoas carentes em diversas condições. Tiago diz que esta é a verdadeira religião (Tg 1.27). Por isso, a igreja local tem o compromisso bíblico de cuidar, por exemplo, das viúvas que necessitam de ajuda (1 Tm 5.3,8). Isso é feito com o recurso dos dízimos.

 

  1. As ofertas nas Escrituras.

A igreja no Novo Testamento se expandiu e se multiplicou (At 9.31; 16.5; 1 Co 16.19). Para ajudar os irmãos necessitados, bem como expandir a obra missionária, a igreja apostólica usou o expediente das ofertas (2 Co 9.10-15; Fp 4.14-17). A Bíblia mostra que o trabalho dos apóstolos era financiado pelos irmãos de diversas igrejas. Hoje, juntamente com os dízimos, as ofertas têm importância e são dirigidas a muitos fins: construção, necessidade humanitária, missões. Enfim, é um privilégio ofertar na obra do Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

 

As bases escriturísticas dos dízimos e das ofertas são o Antigo e o Novo Testamento.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

 

 

“Os preceitos mudam ou desaparecem, todavia os princípios são imutáveis e permanentes. Nos patriarcas o dízimo ocorre não em função do preceito ou mandamento, mas em razão do reconhecimento do princípio da bondade e dependência divina (Gn 14.20; 28.22).

 

Aqueles que ainda hoje creem que o Antigo Testamento exige a prática do dízimo, mas que o Novo não contém essa exigência, devem observar que a natureza do culto e seus fundamentos no Novo Testamento não mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas não a sua função. 0 culto levítico com seus milhares de rituais já não existe, todavia o princípio do sacerdócio continua ainda hoje (1 Pe 2.9; Ap 1.6). Passou o sacerdócio de Arão, ficou o sacerdócio cristão (Hb 4.14-16; 10.11,12; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6). A justificativa que alega que o cristão não está debaixo do preceito legal do dízimo mosaico é falha por não levar em conta que o cristão permanece ligado ao princípio moral do dízimo abraâmico. Abraão, o pai dos que creem, devolveu o seu dízimo de forma espontânea e voluntária antes do preceito legal (Gn 14.20), o que deve servir de modelo para todos os crentes.

 

A Bíblia mostra claramente que a ordem sacerdotal a quem Abraão entregou seu dízimo é eterna, ao contrário da ordem do sacerdócio levítico, que era transitória (Hb 5.10; 7.1-10; Sl 110.4). Portanto, aqueles que não reconhecem mais o preceito da obrigatoriedade concernente ao dízimo, como ensinou Moisés, deveriam se submeter ao princípio da voluntariedade como exemplificou Abraão" (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.143-44).

 

lIl - A MORDOMIA DOS DÍZIMOS E DAS OFERTAS NA IGREJA LOCAL

 

 

 

  1. Como deve ser a entrega dos dízimos e das ofertas na igreja local?

 

1.1.    Com gratidão a Deus.

Deus é o dono de tudo: da Terra e de seus habitantes (Sl 24.1). Somos propriedade dEle (1 Co 6.20). Só temos saúde porque Ele permite. Só trabalhamos porque Ele nos concede forças. Estamos de pé porque Ele cuida de nós. A gratidão a Deus é a virtude primeira na entrega dos dízimos e das ofertas.

 

1.2.    O dízimo deve ser calculado a partir da renda bruta.

É comum irmãos terem dúvidas quanto ao cálculo para separar o dízimo: “Devo separá-lo da renda líquida ou bruta?". O princípio bíblico que norteava a entrega do dízimo no Antigo Testamento é o das "primícias" (Pv 3.9,10). Por isso, nossa orientação é que o dízimo deve ser retirado da renda bruta. Antes de preocupar-se em pagar as prestações, a água, a luz, o gás ou qualquer outra despesa, honre ao Senhor com suas primícias.

 

1.3.    Os dízimos e as ofertas devem ser levados "à casa do tesouro".

O dízimo e as ofertas têm de ser levados ao tesouro da igreja local. No templo, em Jerusalém, havia um lugar chamado de “a casa do tesouro" para receber os dízimos do povo (Ne 10.37-39). Assim, hoje, cabe ao cristão levar o dízimo e as ofertas à tesouraria da igreja local; e cabe à Liderança da igreja a correta e transparente administração dos dízimos.

 

  1. O dízimo dos empresários.

Geralmente não poucos profissionais liberais e empresários têm dificuldade de calcular o dízimo. Como eles não têm uma renda fixa, há muitas dúvidas quanto a essa entrega. Para isso, damos a seguinte orientação:

 

2.1.    O dízimo deve ser calculado com base na renda.

O faturamento empresarial não é renda, pois inclui os custos da empresa e o lucro. O faturamento pertence à empresa, e não ao empresário. Assim, o lucro é o excedente sobre o custo. Desse Lucro, além do valor que lhe permite reinvestir nos negócios, o crente empresário deve tirar a sua renda, ou o tecnicamente denominado Pró-Labore. Ou seja, dessa renda ele deve tirar o sustento direto de sua família. Logo, o dízimo tem de ser calculado a partir dessa renda familiar.

 

2.2.    O controle da renda.

Para calcular a sua renda, o empresário cristão deve anotar numa planilha, no computador ou mesmo num caderno, o quanto e a regularidade com que ele retira da empresa o valor para a sua manutenção: se diário, se semanal, se quinzenal, se mensal etc. Do valor retirado, simultaneamente, pode-se separar o dízimo. É melhor fazer assim do que deixar para tirar tudo de uma vez. Outro ponto importante é que o empresário deve retirar também o dízimo de sua renda bruta.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A mordomia em relação aos dízimos e ofertas na igreja local envolve a gratidão e o princípio das primícias.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

Dízimos e ofertas como fontes de bênçãos

 

Os dízimos, ofertas e votos que eram feitos a Deus no Antigo Testamento jamais devem ser interpretados como uma prática de barganha. A ideia de que Deus nos dará algo em troca ou que Ele agora é devedor, ficando na obrigação de pagar tudo que nos deve, porque como dizimistas nos candidatamos a receber as bênçãos sem medida, caracteriza sem dúvida alguma a prática da barganha. O barganhista faz esperando receber algo em troca. Ele condiciona a fé em Deus ao cumprimento dos seus desejos. Em outras palavras, se Deus fizer o que o barganhista pede ou necessita então ele em contrapartida também fará o que prometeu.

 

[...] [Devemos] ver as bênçãos de Deus, decorrentes de nossa fidelidade, como devem ser vistas, isto é, sem aquela ideia de troca tão comum em muitas igrejas. Nas Escrituras, portanto, é possível verificarmos que as bênçãos de Deus alcançam os dizimistas e ofertantes" (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.148-49).

 

CONCLUSÃO

Entregar o dízimo e ofertar não é "obrigação", mas privilégio. Ora, Deus nos concedeu a vida, a salvação, a saúde, a família, a segurança, a paz, os irmãos na fé, os amigos, as oportunidades e as vitórias nas lutas. Reconhecer todas essas bênçãos é cultivar um coração grato. Assim, todo cristão sincero entrega o dízimo e a oferta com satisfação, gratidão e alegria, para então, contribuir para o crescimento e o fortalecimento do Reino de Deus e sua obra.

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia dos Dízimos e Ofertas" responda:

 

1) Qual a fonte Legítima de recursos da igreja local?

A igreja local tem como fonte legítima de recursos os dízimos e as ofertas.

 

2) De acordo com a Bíblia, a quem pertence o dízimo?

O dízimo é do Senhor (Lv 27.30).

 

3) O que o Senhor Jesus denuncia em Mateus 23.23?

O legalismo e a hipocrisia dos fariseus, e não a entrega do dízimo.

 

4) O cálculo do dízimo deve ser feito em cima de qual renda?

O dízimo deve ser retirado da renda bruta.

 

5) Como o empresário pode controlar a sua rendia para calcular dízimo?

O empresário cristão deve anotar numa planilha, no computador ou mesmo num caderno, o quanto e a regularidade com que ele retira da empresa o valor para a sua manutenção: se diário, se semanal, se quinzenal, se mensal etc. Do valor retirado, simultaneamente, pode-se separar o dízimo.

 

 

Lição 8 - A Mordomia do Tempo

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 25 de Agosto de 2019.

TEXTO ÁUREO

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus." (Ef 5.15,16)

 

VERDADE PRÁTICA

Não se pode recuperar o tempo perdido; por isso, é indispensável aproveitar diligentemente o tempo que Deus nos concede.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 57.15: Deus habita na eternidade

Terça - Jo 1.1,2: No princípio o Verbo estava com Deus

Quarta - 2 Pe 3.8: Mil anos como um dia

Quinta - Ec 3.1: Há um tempo para todo o propósito

Sexta - Os 10.12: É tempo de buscar ao Senhor

Sábado - 2 Tm 4.2: Pregando a tempo e fora de tempo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Eclesiastes 3.1-8

1        - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:

2        - há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;

3        - tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;

4        - tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;

5        - tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;

6        - tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;

7        - tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;

8        - tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.

HINOS SUGERIDOS: 208, 224,484 da Harpa Cristã

 

 

 

OBJETIVO GERAL

Conscientizar de que o tempo não pode ser desperdiçado, mas aproveitado diligentemente.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Conceituar o tempo;

Salientar a mordomia do tempo;

Mostrar como aproveitar o tempo.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Não podemos jamais recuperar o tempo perdido. Sua perda traz-nos frustração, prejuízos e violação da boa disciplina e ordem da vida. Ao longo das Sagradas Escrituras, vemos que Deus valorizou o tempo na vida do seu povo. Não por acaso, na Lei, Ele orientou o povo a disponibilizar o tempo para o trabalho, para o descanso e para a família.

 

Numa época em que muitos trabalham várias horas por dia, precisamos resgatar o conceito bíblico de tempo e procurar o máximo vivê-lo com diligência, de modo que o Senhor nosso Deus seja glorificado. Precisamos remir o tempo!

 

PONTO CENTRAL

Devemos aproveitar o tempo diligentemente.

 

INTRODUÇÃO

Segundo a Bíblia, a origem do tempo está na intervenção de Deus ao criar o planeta Terra e o ser humano. No plano original, o ser humano foi criado para viver infinitamente. Mas, após a Queda, ele perdeu o direito à imortalidade e passou a experimentar um relacionamento finito com o tempo, onde passado, presente e futuro trazem a dimensão temporal da vida ter

 

rena. Assim, o ser humano percebe que sua existência é efêmera. Portanto, nesta lição estudaremos o conceito de tempo, sua mordomia e proveito.

 

 

 

I - CONCEITOS IMPORTANTES

 

  1. A palavra tempo.

Tempo significa "série ininterrupta e eterna de instantes. Medida arbitrária da duração das coisas. Época determinada". Ele "é a duração dos fatos, é o que determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas, os séculos etc". Nesse sentido, a palavra tempo pode ter significados variados, dependendo do contexto em que é empregada. 0 tempo também é sinônimo de época, período, prazo, tempo musical, tempo verbal etc.

 

  1. O tempo na Bíblia e na Teologia.

Deus criou o tempo. Ele o formou com o objetivo de estabelecer ciclos para suas obras criadas (Gn 1.14). Nesse aspecto, o homem também buscaria o seu Criador no tempo (At 17.26,27). Assim, sem a dimensão do tempo, o homem não compreenderia sua origem, começo, nem muito menos, o conceito de "eternidade".

 

A Bíblia emprega significados variados, sentidos reais e metafóricos, do tempo. Vejamos:

 

2.1. No princípio - a eternidade.

No Gênesis, o livro das origens de todas as coisas, o primeiro-capítulo inicia dizendo: "No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1). No hebraico, a expressão "no princípio" é bereshit, “princípio de tudo". A maioria dos estudiosos da Bíblia concorda que esse "princípio" é indefinido, pois é o "tempo de Deus", ou o seu kairós. João 1.1,2 expressa esse mesmo princípio.

 

2.2. Yom.

A palavra hebraica que corresponde ao dia natural de 24 horas. Ou seja, cada dia da semana, do mês, do ano. É o dia a dia no qual Deus nos concede viver. A mordomia do tempo insere-se nesse tempo de Yom, o dia natural.

 

2.3. Chronos.

É o termo grego para "tempo", que pode ser medido, contado e definido. Na teologia é considerado o "tempo do homem", isto é, o tempo cronológico. Além de incluir o "dia" de 24 horas, também refere-se a semanas, meses, anos, décadas etc. É o tempo que pode ser medido, dividido, analisado ou estudado. Nesse sentido, o salmista escreveu: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12,14).

 

2.4.    Kairós.

É "o tempo de Deus", que só pode ser definido por Ele mesmo. O apóstolo Pedro revelou que, para Deus, o tempo não pode ser avaliado com as mesmas categorias humanas de medição: "Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8-grifos meus). Jesus também ensinou que não se pode definir o tempo de Deus (Kairós)'. "E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (At 1.7).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

O termo "tempo" remete-nos a duração das coisas, época determinada e sucessão de períodos.

 

II - A MORDOMIA DO TEMPO

 

 

 

  1. Remindo o tempo.

O tempo é o único bem que não podemos recuperar. Por isso, a Palavra de Deus exorta-nos: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus" (Ef 5.15,16). Segundo o relatório "2018 Global Digital", o  Brasil está entre os três países do mundo em que a população passa, em média, mais de nove horas do dia navegando na Internet. É um dos dois únicos países onde o tempo médio diário, gasto nas redes sociais, supera as três horas e meia, portanto, bem acima da média mundial. Remir o tempo significa não desperdiçá-lo.

 

  1. Contar o tempo. O sal.mista escreveu: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12). Será possível contar os dias? Entender que são Limitados, finitos e terrenos é conscientizar-se do nosso limite humano. Não somos, pois, seres infinitos. Nosso Senhor declarou assim: "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" (Mt 6.34). Aprendamos, pois, contar o tempo que Deus nos deu!

 

  1. Â prestação de contas. Um dia nos apresentaremos diante de Deus, a fim de prestar contas dos bens espirituais e materiais que Ele nos concedeu. Tudo o que administramos com relação ao nosso corpo - as faculdades físicas e emocionais -, daremos conta a Deus. Sim, o Criador nos cobrará acerca do que fizemos com o nosso tempo.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

A mordomia do tempo envolve o seu proveito diligente e a prestação de contas a Deus pelo uso.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"TEMPO E TEMPO

 

Deus nos deu o tempo. Ele não vive no tempo. O tempo é nosso, da humanidade. É um dom de Deus a cada ser humano. Ora, se o tempo é um dom que Deus nos concedeu, concluímos que, como dom, devemos saber como administrá-lo. Deus nos cobra por tudo que fazemos de errado, inclusive a má administração do nosso tempo. Por isso o apóstolo Paulo disse: 'Remindo o tempo porquanto os dias são maus'.

 

Existem muitas pessoas as quais pensam que o tempo é de Deus. De certa forma, estão certas. Quem criou esta dimensão e nos colocou nela foi Deus. Mas Deus fez o tempo para nós. O tempo é nosso. 0 tempo é dádiva, é próprio da humanidade. Ela deve saber como aproveitá-lo, como usufruir dele o máximo que puder, sem erros; se não desvalorizará as suas próprias almas.

 

Pensemos nisso um pouco mais e no sentido da individualidade" (DANIEL, Silas. Reflexões sobre a Alma e o Tempo: Uma teologia de chronos e kairós. Rio de janeiro: CPAD, 2001, p.124).

 

 

 

 

III - COMO APROVEITAR BEM O TEMPO

 

  1. Use o tempo para Deus.

O crente e, especialmente, os obreiros, precisam reservar tempo para Deus. São momentos da vida devocional diária, oração e estudo Palavra, que não podem faltar em nossa vida piedosa.

 

1.1. Na oração.

Na Bíblia, os homens de Deus que se destacaram na vida devocional sempre deram valor à oração, (a) Davi e Daniel oravam três vezes ao dia (Sl 55.16,17; Dn 6.10,11); (b) Jesus orava diariamente (Mt 26.41-44). Ou seja, o ensino acerca de uma vida vigorosa de oração permeia as Escrituras.

 

1.2.    Na leitura da Palavra.

A Bíblia declara que Davi tinha prazer em ler a Palavra de Deus (Sl 119.97) e escondê-la em seu coração (Sl 119.11). Todo crente que ama a Deus tem prazer em meditar na palavra divina. 0 obreiro do Senhor precisa ler e estudar a Bíblia diariamente para a edificação pessoal, bem como o preparo na doutrina, ensino, exortação, orientação e advertências a Igreja de Cristo.

 

  1. Use o tempo para você mesmo.

O apóstolo Paulo exortou a Timóteo a cuidar de si mesmo em primeiro Lugar (1 Tm 4.16). O apóstolo João desejou ao destinatário de sua terceira carta que tudo fosse bem em toda as coisas (3 Jó 1.2). Assim, além de cuidar da vida espiritual, a Palavra de Deus mostra que é importante cuidar da parte emocional, buscando o equilíbrio interior, que tanto beneficia a mente e o corpo.

 

  1. Use tempo para sua família.

 Há líderes que têm tempo para a igreja, para viagens, seminários, conferências e convenções, mas deixam sua família em segundo ou terceiro planos. Há casos de casamentos destruídos por falta de valorização do cônjuge para com a sua família. Ora, não podemos deixar de priorizá-la.

 

Um dos recursos necessários para a edificação de sua família é o culto doméstico (Dt 6.7; 11.19). Pense nisso! Que o conselho de Paulo possa calar fundo em nossa alma: "Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel" (1 Tm 5.8).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

O nosso tempo deve ser direcionado a Deus, a você mesmo e sua família.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

"APROVEITE CORRETAMENTE O SEU TEMPO

 

[...] Quando o tempo é bem aproveitado, ele se torna satisfatoriamente extenso para os que o achavam curto por ser veloz e prazerosamente veloz para quem não gostava dele por achá-lo extenso.

 

Uma indagação interessante e oportuna seria: 'Como aproveitar bem o meu tempo?' A resposta óbvia seria: fazendo o que gosto e o que me faça progredir.

 

Fazer o que não gostamos é ruim demais. Quando faço o que não gosto, faço malfeito e perco o meu tempo, angustio a vida. Todavia, se doso bem o tempo medido com o tempo vivido, e este último é vivenciado intensamente no que gosto de fazer, tudo se encontra no seu devido lugar e não há mais insatisfação.

 

Existe ainda uma contraposição: não é verdadeira a afirmativa de que há coisas que fazemos e devemos fazer mesmo sem gostar? Sim, por causa da necessidade. Primeiro a obrigação (no sentido de dever, mesmo que sem prazer); depois os trabalhos que eu gosto de fazer (dever com prazer ou coisas que são boas para mim, mesmo que não sejam tão imprescindíveis) e, por fim, o lazer. Quando não seguimos essa regra, a relação entre tempo medido e tempo vivido não é satisfatória" (DANIEL, Silas. Reflexões sobre a Alma e o Tempo: Uma teologia de chronos e kairós. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.134).

 

CONCLUSÃO

Após a Queda, o homem passou a experimentar as agruras e os pesares da ação do tempo. Veio a envelhecer, enfermar-se e, finalmente, morrer. Mas, agora, em Cristo, somos exortados a remir o tempo, aproveitando-o de modo a glorificar a Deus e a honrá-lo enquanto estivermos na Terra, com os nossos olhos voltados para "Sião". Ali, junto ao Pai Celeste e ao Cordeiro, desfrutaremos plenamente da vida eterna. A morte não terá poder sobre nós.

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia do Tempo" responda:

 

1) Qual é o significado do tempo chronos?

É o tempo que pode ser medido, contado e definido.

 

2) Qual é o significado do tempo designado Kairós?

É “o tempo de Deus", que só pode ser definido por Ele mesmo.

 

3) O que é remir o tempo, segundo a lição?

Remir o tempo significa não desperdiçá-lo.

 

4) Quartas vezes Davi e Daniel oravam por dia?

Três vezes.

 

5) Qual foi exortação de Paulo a Timóteo?

O apóstolo Paulo exortou a Timóteo a cuidar de si mesmo em primeiro lugar (1 Tm 4.16).

 

 

 

 

Lição 9 - A Mordomia do Trabalho

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 1 de Setembro de Abril de 2019.

TEXTO ÁUREO

''Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também." (2 Ts 3.10)

 

VERDADE PRÁTICA

O trabalho honesto, acompanhado da bênção de Deus, dignifica e enobrece o cristão.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jó 5.6,7: O homem nasceu para o trabalho

Terça – Gn 3.19: O trabalho com o suor do rosto

Quarta - Ec 3.10: O trabalho como aflição

Quinta - Ef 6.5-9: O relacionamento entre patrão e empregado

Sexta - Sl 128.2: Comendo do próprio trabalho

Sábado - Jo 9.4: Trabalhar enquanto é dia

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Tessalonicenses 3.6-13

6        - Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós,

7        - Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós,

8        - nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós;

9        - não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.

10      - Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.

11      - Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs.

12      - 4 esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão.

13      - E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.

 

HINOS SUGERIDOS: 16, 93, 394 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Esclarecer que o trabalho honesto dignifica e enobrece o cristão.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Mostrar o trabalho de Deus na Bíblia;
  2. Correlacionar a Bíblia com a mordomia do trabalho;

III. Elencar os princípios cristãos para o trabalho.

 

 

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O trabalho é uma vocação que aparece no Gênesis, perpassa por Jesus e se confirma nos apóstolos. Isso significa que Deus espera que seus filhos trabalhem. Nesse sentido, o trabalho não é fruto do pecado, mas da criação e dádiva de Deus. Essa concepção bíblica muda todo o sentido do trabalho em nossa vida. Por isso, ao longo de muito tempo, e amparados no ensinamento apostólico de Efésios 6.5-8, os cristãos encararam o trabalho como oportunidade de servir a Deus diligentemente. Podemos, e devemos, glorificar a Deus com o nosso trabalho!

 

PONTO CENTRAL

O trabalho honesto dignifica e enobrece o cristão.

 

INTRODUÇÃO

O assunto desta semana nos mostrará que Deus não fez o homem para viver na ociosidade, mas para "lavrar e guardar" o jardim do Éden (Gn 2.15). Assim, veremos como a Bíblia apresenta o conceito de trabalho, sua mordomia e os princípios cristãos para o trabalho.

 

I – O TRABALHO DE DEUS NA BÍBLIA

 

  1. O trabalho de Deus na criação do Universo.

A Bíblia nos revela que Deus criou o Universo e os seres vivos em seis dias (Êx 20.11; Ne 9.6). Ou seja, ela inicia a história da salvação revelando o trabalho de Deus na criação do Universo. Infelizmente, uma teoria falsa admite que o Universo surgiu de uma explosão (Big-Bang), e, por acaso, tudo se organizou no Cosmos. Mas a Palavra de Deus mostra que "por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus" (Sl 10.4; cf. 14.1; 53.1).

 

  1. O trabalho de Deus na criação do homem.

As Escrituras dizem que Deus Pai formou o homem do pó da terra, e soprou-lhe o fôlego da vida em suas narinas, tornando-o, assim, alma vivente (Gn 2.7). A Palavra mostra também que o Filho é o centro de todas as coisas criadas no céu e na terra, pois "tudo foi criado por ele e para ele (Cl 1.16). O Espírito Santo também atuou na formação do ser humano na grande obra da Criação (Jó 33.4). Logo, o Pai, o Filho e o Espírito Santo trabalharam na criação do ser humano.

 

  1. Deus continua a trabalhar.

Ao ser acusado de desrespeitar o sábado, nosso Senhor respondeu assim: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (Jo 5.17). 0 Deus revelado nas Escrituras, o

Criador dos céus e da terra, trabalha em prol de sua criação (Sl 24.1; 65.9,10; 104.30; Is 64.4).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

A Bíblia mostra que Deus trabalhou na criação do universo, do homem e continua a trabalhar.

 

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Deus criou o universo e o homem. Ele o colocou para ser o mordomo da Terra. Um dos principais instrumentos para que o homem pudesse executar essa mordomia é o trabalho. Ao iniciar a aula de hoje, faça essa reflexão com a classe, a partir do seguinte texto: "[...] Deus criou os seres humanos para trabalhar. Considere os dois relatos da criação nos primeiros capítulos do Gênesis. Em Gênesis 1.26, lemos que Deus criou os seres humanos como macho e fêmea para 'dominarem' sobre toda a terra. Dois versículos mais adiante, Deus abençoou o primeiro casal humano e ordenou-lhe que 'sujeitasse' a terra e 'dominasse' sobre todos os seres vivos (o que, a propósito, não lhe deu licença para destruir o meio ambiente, assunto que abordarei mais tarde). O 'domínio, que só pode ser exercido pelo trabalho, é o propósito para o qual Deus criou os seres humanos (não o único propósito, mas um propósito)" (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.226).

 

II - A BÍBLIA E A MORDOMIA DO TRABALHO

 

  1. O homem foi criado para o trabalho.

Quando Deus criou o homem, Ele estabeleceu que a atividade laborai fizesse parte de sua vida (Gn 2.5). No plano divino, o homem foi feito para trabalhar: "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.8,15).

 

  1. O trabalho antes da Queda.

As duas primeiras atividades laborais do homem foram "lavrar" e "guardar" a terra. Ao lado de Adão, Eva foi a primeira trabalhadora. Nesse sentido, podemos deduzir que antes da Queda, o trabalho era agradável, sem desgaste físico e mental, nem doença e, principalmente, sem o perigo de morrer. Portanto, podemos afirmar que o trabalho estava no plano original da Criação, ou seja, ele não foi um acidente pós-queda.

 

  1. O trabalho depois da Queda.

Infelizmente, após a ocorrência do pecado, tudo foi distorcido na vida do ser humano:

 

3.1. O medo e a maldição.

O ser humano passou a conhecer o medo (doenças nervosas, emocionais); perdeu a autoridade sobre os demais seres; e conheceu a maldição da terra.

 

3.2. A ecologia foi mudada.

As condições ambientais foram transtornadas (Rm 8.20) e, em consequência, o homem viu-se a trabalhar penosa e arduamente: "maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida" (Gn 3.17). O que era leve, suave e agradável, por causa do pecado, tornou-se pesado, brutal e desagradável.

 

3.3. O trabalho tornou-se desgastante.

Este versículo é o símbolo do desgaste do trabalho na Bíblia: "No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra" (Gn 3.19). A expressão "no suor do teu rosto" pode remeter a ideia de trabalho mental e esforço físico. Quantas pessoas não se encontram mentalmente esgotadas e cansadas por causa de suas atividades profissionais?! Os consultórios médicos estão lotados de pessoas com estafa e estresse. Há textos na Bíblia que nos lembram de tal realidade: "Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os afligir" (Ec 3.10). Jó também declarou: "Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar" (Jó 5.6,7).

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

A Bíblia mostra o homem e sua vocação para o trabalho antes e depois da Queda.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Se Deus criou as pessoas para trabalhar e se Deus as dota de dons para realizar as várias tarefas, segue-se então duas consequências importantes. Primeiro, o trabalho não meramente um meio para alcançar um fim. Não é apenas uma tarefa a ser suportada em consideração ao atendimento de necessidades e à satisfação de desejos. Se você recorda nossa definição de trabalho, saberá que trabalho sempre será um instrumento, sempre será um meio. Contudo, isto não é tudo o que o trabalho é e não é o que o melhor trabalho é. Pelo fato de o trabalho ser essencial para a nossa humanidade, trabalhar também tem um valor intrínseco.

 

Segundo, todos os tipos de trabalho têm dignidade igual. O trabalho religioso (como pregar ou ensinar num seminário) não é melhor que o trabalho secular (como assar pão ou construir pontes); ambos são igualmente bons se forem feitos em resposta ao dom e chamada do Espirito de Deus" (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.228-29).

 

III - PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA O TRABALHO

 

  1. O homem deve trabalhar "som o suor de seu rosto".

É a ideia do próprio esforço. Não há trabalho sem esforço. Embora tenha se tornado mais pesado com a presença do pecado, o esforço e o comprometimento no trabalho são uma característica de disciplina e método diante da vida. O princípio bíblico é este: o homem comerá a partir do seu esforço (Gn 3.19).

 

  1. O trabalho deve ser diuturno.

A Palavra de Deus revela que o tempo do trabalho vai até à tarde (Sl 104.23), ou noite e dia (2 Ts 3.9). Eis a perspectiva bíblica central do trabalho: "Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem" (Sl 128.2).

 

  1. Não ser pesado a ninguém.

Outro princípio é o exposto por Paulo aos Tessalonicenses: "nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós" (2 Ts 3.8). Não sejamos aproveitadores da bondade alheia.

 

  1. O preguiçoso não deveria comer.

Parece um discurso duro, mas há pessoas que não gostam de trabalhar, e querem ter um padrão de vida como se estivessem trabalhando. A Bíblia é muito clara a esse respeito: "Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também" (2 Ts 3.10). Nada é fácil. Há um custo para o nosso sustento. Ora, a Bíblia condena expressamente a preguiça (Pv 6.6,9; 13.4; 19.24).

 

  1. A relação de empregados e empregadores.

Nas relações de trabalho, os cristãos devem manifestar os valores da Palavra de Deus.

 

5.1. Os Patrões cristãos.

Há orientação e mandamento de Deus para os patrões: "E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas" (Ef 6.9). Os patrões cristãos têm o dever de zelar pelos direitos trabalhistas de seus empregados, sob pena de serem condenados por Deus (Tg 5.4-6).

 

5.2. Empregados cristãos.

Há também orientação e mandamento para os empregados: "Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre" (Ef 6.5-8). Os empregados cristãos não devem fugir ao seu compromisso de trabalho; antes, devem executá-lo como se fosse ao Senhor.

 

5.3. Não se submeta ao trabalho vil.

O trabalho escravo, a exploração laborai infantil, bem como "ofícios" oriundos do vício, do crime e da prostituição são abominações aos olhos do Criador de todas as coisas. Não podemos contrariar as leis divinas e humanas que zelam pela dignidade do trabalho. Trabalhemos honestamente, para que o nome do Senhor seja exaltado.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Dentre dos muitos princípios cristãos para o trabalho, destacamos: o trabalho deve ser do suor do rosto, diuturno, patrões e empregados devem observar a ética do Reino de Deus.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Primeiramente, o propósito do trabalho é atender as necessidades da vida. De acordo com o apóstolo Paulo, os cristãos devem trabalhar com sossego e comer o seu próprio pão (2 Ts 3.12); devem trabalhar para que não necessitem de coisa alguma (1 Ts 4.12b). Como Karl Barth afirmou, o primeiro item em questão em todas as áreas do trabalho humano é a necessidade dos seres humanos 'ganharem o pão cotidiano e um pouco mais'.

 

A necessidade de trabalhar para prover as necessidades da vida acha-se por trás do dever de trabalhar. Para Paulo, este dever é de importância primária, tanto que fazia parte da instrução original que Paulo deu aos tessalonicenses quando pela primeira vez os evangelizou: 'Quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também' (2 Ts 3.10). (...) Além disso, não temos nenhuma razão para pensar que os tessalonicenses eram exceção a este respeito. Outras igrejas paulinas receberam instrução semelhante. Pois isto fazia parte do ensino ou 'tradição' (2 Ts 3.6) sobre o estilo de vida cristão" (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.229).

 

CONCLUSÃO

Nos seis primeiros dias da criação, o Criador executou sua obra com poder sobrenatural, a partir de sua palavra. Ao expressar a sua vontade, tudo passou a existir. Assim, Ele criou o homem pelo seu poder. E o criou para "lavrar e guardar" a Terra. É dessa perspectiva que devemos exercer a nossa mordomia no trabalho, glorificando a Deus e abençoando o próximo.

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia do Trabalho", responda:

 

1) O que o início da história de salvação revela na Bíblia?

A Bíblia inicia a história de salvação revelando o trabalho de Deus de criação do universo.

 

2) O que nosso Senhor respondeu ao ser acusado de desrespeitar o sábado?

Ao ser acusado de desrespeitar o sábado, nosso Senhor respondeu assim: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (Jo 5.17).

 

3) Quais foram as duas primeiras atividades laborais do homem?

As duas primeiras atividades laborais do homem foram "lavrar" e "guardar" a terra.

 

4) Qual o princípio exposto pelo apóstolo Paulo aos tessalonicenses?

Outro princípio é o exposto por Paulo aos Tessalonicenses: "nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós" (2 Ts 3.8).

 

5) Qual o dever dos patrões e dos empregados cristãos?

Os patrões cristãos têm o dever de zelar pelos direitos trabalh

 

 

 

 

Lição 10 - A Mordomia das Finanças

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 8 de Setembro de 2019.

TEXTO ÁUREO

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (Tm 6.10)

 

VERDADE PRÁTICA

O cristão deve ser grato a Deus por suas finanças, e lidar com o dinheiro

com sabedoria, prudência, comedimento e amor.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 1.12: Somos filhos de Deus

Terça - 1 Cr 29.14: Tudo o que temos vem de Deus

Quarta - Ap 3.17: A ilusão das riquezas

Quinta - Pv 28.20: Riqueza que prejudica

Sexta - Rm 13.7: O cristão deve pagar os impostos

Sábado - 1Tm 6.9,10: A avareza traz fracasso à fé

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Eclesiastes 5.10,11; 1 Timóteo 6.6-10.

Eclesiastes 5

- O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade.

- Onde a fazenda se multiplica, aí se multiplicam também os que a comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que a verem com os seus olhos?

 

1 Timóteo 6

- Mas é grande ganho a piedade com contentamento.

7 - Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.

- Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.

9 - Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.

10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

 

 

 

HINOS SUGERIDOS: 271, 295, 337 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Ressaltar que o cristão deve lidar com o dinheiro com sabedoria, prudência, comedimento e amor.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Mostrar que tudo o que temos vem de Deus;
  2. Expor como o cristão deve ganhar dinheiro;

III. Explicar como o cristão deve utilizar o dinheiro.

 

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A vida financeira pode ser um complemento de estabilidade na família e, ao mesmo tempo, uma catalisadora de confusões e contendas familiares. Por isso, é preciso ter uma referência de boa administração financeira. Sim, é preciso ter disciplina, ordem e equilíbrio para lidar com o dinheiro. Nesse sentido, o dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Saber usá-lo, de acordo com os princípios da Palavra de Deus, significa evitar muitos transtornos.

 

PONTO CENTRAL

Tenhamos gratidão a Deus pelas finanças e lidemos com elas com prudência.

 

INTRODUÇÃO

Os cristãos devem ser referência na administração das finanças que Deus, bondosamente. Lhes concedeu. Nesta aula, refletiremos acerca de alguns aspectos da mordomia financeira com base na Bíblia Sagrada - como nossa única regra de fé e prática. Veremos que o dinheiro pode ser bênção ou maldição, e que tudo depende do uso que fazemos dele.

 

 

 

I - TUDO O QUE TEMOS VEM DE DEUS

 

  1. Deus é dono de tudo.

Tudo o que há no planeta pertence a Deus, tanto o mundo quanto seus habitantes (Sl 24.1). Há os que são filhos de Deus por criação e há os que são seus filhos por adoção através da fé em Jesus (Jo 1.12). Assim, podemos afirmar que os não-crentes recebem dádivas por permissão de Deus; nós, seus filhos por adoção em Jesus Cristo, temos convicção de que tudo o que temos vem diretamente de dEle, conforme Davi expressou: "Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos" (1 Cr 29.14).

 

  1. O trato com o dinheiro.

Se tudo o que temos vem de Deus, precisamos lidar com o dinheiro de modo especial. Isso é necessário, pois muitos se tornaram materialmente ricos, mas espiritualmente miseráveis, como Jesus revelou a situação dos crentes de Laodiceia (Ap 3.17). Em Apocalipse, nosso Senhor deixou claro que o crente pode pensar estar rico aos próprios olhos, mas invariavelmente desgraçado, miserável, pobre, cego e nu diante dos olhos do Senhor. A história do mundo mostra que a busca por dinheiro e riquezas materiais levou muitas pessoas a cometerem perversidades, violências e crimes inomináveis.

 

  1. Cuidado com a falsa prosperidade.

Precisamos ter cuidado para não sermos enganados pelas armadilhas da já conhecida "Teologia da Prosperidade". Esta ensina que todo crente deve ser rico, porque, diz essa teologia, "somos filhos do Rei". Isso não passa de propaganda enganosa e distorção da graça de Deus. Ora, as Escrituras mostram que Jó foi um servo fiel a Deus (Jó 1.1), mas, embora muito rico, veio certa vez a experimentar a pobreza. Mas nem por isso abandonou a Deus, apesar de todo o sofrimento que experimentou.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Deus é o dono de tudo, por isso, o que temos vem dEle.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO- PEDAGÓGICO

Inicie a aula desta semana fazendo a reflexão sobre o "valor" do dinheiro para o crente. Isso é importante, pois o crente precisa ter uma noção ampla acerca do "valor" que a Bíblia dá ao dinheiro. De modo geral, as Escrituras Sagradas mostram o lado positivo e negativo do dinheiro. Do lado positivo, as necessidades que o dinheiro pode suprir; do negativo, a avareza, a soberba e o egoísmo que o apego a ele pode promover. Conclua essa reflexão expondo o seguinte versículo: "Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tm 6.10).

 

 

 

II - COMO O CRISTÃO DEVE GANHAR DINHEIRO

 

  1. Trabalhando honestamente.

Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforço para obter os bens de que necessita. O Criador disse: "No suor do teu rosto, comerás o teu pão" (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo recomendou: "E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado" (1 Ts 4.11). Assim, por trabalho honesto entendemos todo o tipo de atividade que sustenta e dignifica o ser humano. Entretanto, há trabalhos que o degradam e humilham. Por isso, ao cristão sincero não convém atividades correlacionadas com a bebida alcoólica, drogas, prostituição, aborto etc.

 

  1. Fugindo das práticas ilícitas.

O cristão não deve recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, tais como jogo do bicho, do bingo, rifa, loterias, e outras formas "fáceis" de se angariar riquezas. Em Provérbios, lemos: "O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo" (Pv 28.20).

 

  1. Fugindo da avareza.

Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça e a avareza que ela desperta. Abraão e Jó eram homens ricos, porém, fiéis a Deus. O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (Pv 28.20).

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

O cristão deve trabalhar honestamente, fugir das práticas ilícitas e da avareza.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"A prosperidade no Antigo Testamento está intimamente relacionada com o trabalho. A ideia de prosperar e enriquecer por outros meios que não seja o trabalho é completamente estranha à Escritura. Ainda no paraíso, coube como tarefa ao primeiro homem cuidar do jardim, vigiando-o e lavrando-o (Gn 2.5). A teologia do Antigo Testamento refuta a prática que transforma Deus em uma espécie de gênio da lâmpada. O Deus do Antigo Concerto faz prosperar, mas Ele o faz através do trabalho. O livro de Deuteronômio diz que o Senhor é o que te dá força para adquirires poder' (Dt 8.18).

 

 

 

A palavra hebraica koach traduzida como 'força' nessa passagem significa vigor e força humana. A referência é claramente ao esforço humano como resultado do seu trabalho. Por outro lado, a palavra 'poder', traduzida do hebraico chayil, nessa mesma passagem mantém a ideia de eficiência, fartura e riqueza. A ideia aqui é que prosperidade e trabalho são como as duas faces de uma mesma moeda. Onde um está presente o outro também deve estar" (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.22).

 

III - COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO

 

  1. Na Igreja do Senhor.

Na igreja há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir, de modo positivo e abençoado, para a manutenção da Obra do Senhor.

 

1.1. Contribuindo com os dízimos.

Entregar os dízimos para a manutenção material da Obra do Senhor é uma das maiores expressões de gratidão a Deus e amor por sua causa na Terra (Ml 3.8-12). Como já vimos, no Novo Testamento, o dízimo não foi abolido, pois Jesus trouxe a maneira correta de sua entrega (Mt 23.23). 0 Novo Testamento também revela que o cuidado dos órfãos e das viúvas é "a verdadeira religião" (Tg 1.27). Assim, a mordomia do dízimo é de fundamental importância à vida da igreja.

 

1.2. Contribuindo com ofertas alçadas.

O crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessitados (viúvas, órfãos, carentes etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor e outras necessidades.

 

  1. Na sociedade civil.

 

2.1. Evitando dívidas fora do seu alcance.

Muitos têm ficado em situação difícil por causa do uso irracional do cartão de crédito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar que "o rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta" (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho perante os ímpios quando o crente compra e não paga.

 

2.2. Evitando os extremos.

De um lado, há os avarentos que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. Estes não se importam em ver os filhos passarem necessidade, pois o seu desejo de "poupar" e de entesourar para o futuro é irrefreável. De outro, há os que gastam além de suas possibilidades, contraindo dívidas que perturbam a harmonia do lar.

 

2.3. Tendo controle da renda.

É importante que se faça um orçamento familiar, observando o quanto a pessoa ganha, gasta e, se possível, reserva para imprevistos. Em nosso país, grande parte das pessoas recebe apenas o denominado “salário mínimo", uma renda que não garante nem o mínimo previsto em lei. Entretanto, o crente em Jesus deve conter-se dentro dos limites de sua renda, seja ela grande ou pequena, para não ser vítima de um mal maior.

 

2.4. Não fique porfiador.

Outro cuidado importante é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (cf. Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Muito menos forneça cheque para alguém usá-lo em seu nome. Previna-se!

 

2.5. Fugindo do agiota.

É verdadeira maldição quem cai na mão dessas pessoas, pois elas cobram "usura" ou lucros extorsivos. Esse tipo de atividade é ilícito. Um cristão não deve praticar a agiotagem, que é o empréstimo de dinheiro de modo clandestino. Além de ser ilegal, a Bíblia condena essa prática (cf. Êx 22.25; Lv 25.36).

 

2.6. Pagar os impostos.

"Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). O cristão não deve ser sonegador, pois isso não glorifica a Deus. Ainda que muitos aleguem que os governos não aplicam bem o dinheiro arrecadado, desviando-o para outras finalidades, o cristão precisa comportar- se como cidadão dos céus no trato com o dinheiro. É mandamento bíblico que paguemos os impostos (Mt 22.17-21).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A Igreja do Senhor e a sociedade são os lugares em que o cristão deve usar o dinheiro com diligência.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

VIVA DE ACORDO COM AS SUAS POSSIBILIDADES

O que seria necessário para que você fosse economicamente livre? A resposta óbvia é, naturalmente, viver sem dívidas. Igualmente óbvios são os obstáculos - reais e perceptíveis - que impedem que muitos de nós façamos isso. Quantas das seguintes frases você declararia, se fosse honesto a respeito de seus hábitos financeiros?

 

  1. Controlar despesas é algo que consome muito tempo.
  2. Eu não quero, realmente, modificar os meus hábitos.
  3. Gosto de viver além das minhas possibilidades.
  4. Usar cartão de crédito é mais fácil que controlar o orçamento.
  5. Minha esposa e eu nos desentendemos quando tentamos controlar o nosso orçamento.

 

Embora o ensino básico do controle do orçamento esteja fora do intuito deste livro, há centenas de recursos disponíveis pela internet e em livrarias, que poderão lhe ajudar a vencer esses obstáculos comuns, criar e controlar um orçamento e manter intactos os seus relacionamentos.

 

A melhor maneira de ser financeiramente livre é comprometer-se com este princípio simples: não compre o que você não tem como pagar” (TOLER, Stan. Qualidade total de vida. 1.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2013, pp.66-67).

 

CONCLUSÃO

O dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Isso depende muito do uso que fazemos dele. Se o fizermos para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que usemos os recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo! Que o Senhor nos ensine a usar os recursos como bênção!

 

PARA REFLETIR

A respeito de "A Mordomia das Finanças", responda:

1) O que o salmista expressou em relação a Deus?

O salmista expressou: "Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos" (1 Cr 29.14).

 

2) O que nos mostra a história do mundo?

A história do mundo mostra que a busca por dinheiro e riquezas materiais levou muitas pessoas a cometerem perversidades, violência e crimes inomináveis.

 

3) O que entendemos por trabalho honesto?

Por trabalho honesto entendemos todo o tipo de atividade que sustenta

e dignifica o ser humano.

 

4) O que é avareza?

Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal.

 

5) Cite ao menos três itens de como o dinheiro pode ser usado na sociedade?

Evitando dívidas fora do seu alcance; Evitando os extremos; Tendo controle da renda.

 

 

Lição 11 - A Mordomia das Obras de Misericórdia ADULTOS

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 15 de Setembro de 2019.

TEXTO ÁUREO

“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.”

(Tg 2.13)

 

VERDADE PRÁTICA

O cristão tem o privilégio de exercer a misericórdia junto aos necessitados como expressão do amor de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Sl 103.8: Deus é misericordioso

Terça – Tg 4.17: Devemos fazer o bem

Quarta – Tt 3.8: Devemos nos aplicar às boas obras

Quinta – Jn 4.11: Deus teve misericórdia dos animais

Sexta – Ez 33.11: Deus tem misericórdia do ímpio

Sábado – Mt 5.44: Jesus nos ordena a amar o inimigo

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 4.32-35; Lucas 10.30,36,37

Atos 4

32 - E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.

33 - E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.

34 - Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.

35 - E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.

 

Lucas 10

30 - E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.

36 - Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

37 - E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.

 

OBJETIVO GERAL

Mostrar que o cristão tem o privilégio de executar obras de misericórdias.

 

HINOS SUGERIDOS: 359, 456, 476 da Harpa Cristã

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I - Conceituar a palavra misericórdia;

II - Discorrer sobre a mordomia da misericórdia cristã;

III- Pontuar os cuidados na prática das boas obras.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Deus usou de misericórdia conosco, por isso, devemos usar de misericórdia com o próximo. Uma das características marcantes da Igreja Primitiva era o seu altruísmo. Fazer obras de misericórdias era um mandamento levado a sério pela igreja. O livro de Atos mostra isso ao narrar a ressurreição de uma mulher chamada Dorcas, que era conhecida pelas suas “boas obras e esmolas que fazia” (9.36). As obras de misericórdia, ou obras de caridade, nos mostra a disponibilidade de desprendermo-nos do egoísmo e servir o próximo deliberadamente. Essa é a vontade de Deus!

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que Deus requer de seus filhos obras de misericórdias como o fruto do amor cristão. Os servos de Deus, portanto, devem expressar a virtude da misericórdia divina. Esse sentimento é o que deve dominar o coração dos cristãos: “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8).

 

 

PONTO CENTRAL

As obras de misericórdia são a expressão do amor de Deus.

 

I – SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA

 

  1. Definição.

A palavra “misericórdia” vem do latim (misericordia) e significa “compaixão suscitada pela miséria alheia”; “indulgência, graça, perdão”. No Antigo Testamento, o termo está presente em textos como: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias” (Sl 23.6).

 

  1. Misericordioso.

A palavra “misericordioso”, no grego, tem o sentido de “entranhas de misericórdia ou de bondade”. A expressão indica o sentimento que vem do íntimo, “das entranhas”, do “coração”. Ela mostra que servimos a um Deus de misericórdia, longanimidade e benignidade (Sl 103.8). Essas são qualidades morais de Deus. Quem se identifica com Ele, por meio do Espírito Santo, deve manifestar tais qualidades morais (Gl 5.22).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Quem exerce a misericórdia revela que serve a um Deus misericordioso, longânimo e benigno.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao final da exposição de toda a lição, proponha aos alunos uma atividade prática de obras de misericórdia.

As possibilidades são inúmeras:

(1) arrecadar alimentos para quem precisa;

(2) doar sangue;

(3) arrecadar roupas para quem precisa;

(4) visitar os enfermos no hospital e nas casas;

(5) identificar a necessidade concreta de um irmão ou uma irmã, e mobilizar uma ação a fim de resolver tal necessidade. Enfim, essas são algumas sugestões, mas as necessidades e as possibilidades de fazer a diferença na vida das pessoas são de perder de vista. O importante, que após a aula, seus alunos sintam-se mobilizados a agir. Lembre que na perspectiva cristã, o amor não deve ser demonstrado somente por palavras, mas principalmente, pelas obras.

 

II – A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ

A misericórdia é como o amor, pois ela só tem valor se for praticada. As obras de misericórdia estão inseridas no contexto das “boas obras” inerentes à vida de todos os salvos em Cristo Jesus.

 

  1. Obras de misericórdia na prática.

Na parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37), Jesus respondeu a um “um doutor da lei” acerca da vida eterna. Ele diz que, diante de um homem assaltado, caído à beira do caminho, três personagens se destacam: primeiro, um sacerdote, que, vendo o homem caído, “passou de largo” (Lc 10.31); depois, um levita, que ignorou o enfermo; por fim, um samaritano, que cuidou do homem, e o levou a uma hospedaria.

 

Veja a pergunta de Jesus ao doutor da Lei: “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?”. O doutor da lei respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira” (Lc 10.36,37). Nosso Senhor mostrou que a misericórdia não deve ser apenas um “sentimento”, mas uma ação diretiva: “Vai e faze da mesma maneira”.

 

  1. Somos criados para as boas obras.

O apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Éfeso que a salvação não vem pelas obras, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. [...] Porque somos [...] criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8,10). Assim, devemos praticar as boas obras porque somos salvos, e fomos alcançados pela graça de Deus: “[...] os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens” (Tt 3.8). Dentre as boas obras, podemos listar algumas obras de misericórdia:

 

2.1. Na área das necessidades humanas.

Quem faz obras de misericórdia em prol dos carentes, necessitados e vulneráveis sociais está fazendo ao próprio Cristo (Mt 25.35,36), pois assim as Escrituras afirmam: “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40).

 

2.2. Na área das necessidades espirituais.

As necessidades espirituais do homem são tão urgentes, que Deus enviou o seu Filho para salvá-lo de sua miséria (Jo 3.16). Esse ato nos lembra quando o profeta Jonas entristeceu-se por causa da compaixão de Deus pelo povo de Nínive. Eis, porém, o que o Senhor lhe respondeu: “[...] e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” (Jn 4.11). Isso prova, conforme as palavras de Tiago, que “a misericórdia triunfa no juízo” (Tg 2.13).

 

2.3. Na área da evangelização e das missões.

As Escrituras Sagradas mostram que a obra de evangelização e missões é central no Evangelho: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35; cf Mc 6.34). É muito clara a necessidade espiritual do mundo. Infelizmente, o investimento na obra missionária ainda é muito pequeno. De um modo geral, gastamos mais com outros empreendimentos e objetos pessoais do que investimos em missões e na evangelização das almas perdidas.

 

2.4. A falta de misericórdia pelos pecadores.

Há uma negligência flagrante, por parte de muitas igrejas, na pregação do Evangelho. Isso é falta de misericórdia. A Bíblia mostra que Deus “amou o mundo”, e não um grupo seleto e privilegiado. Ele quer salvar a todos em Jesus Cristo. O nosso Deus é amor, longânimo e misericordioso. Ele não tem “prazer na morte do ímpio” (Ez 33.11). A ordem do Senhor Jesus é muito clara: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15; cf. Pv 24.11).

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

As obras de misericórdia podem ser executadas nas esferas das necessidades humanas, espirituais, evangelização e missões.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“[...] Em Efésios 2.10, Paulo se refere às boas obras como indispensáveis à salvação – ‘não como sua razão ou seus meios, no entanto, mas como sua [necessária] consequência e evidência’. Tito 2.14 apresenta o melhor comentário:  Cristo ‘se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras’. Assim como em Cristo fomos predestinados à adoção (1.4), também em Cristo fomos predestinados a fazer boas obras.

 

Em Efésios 2.1-10, o texto termina com a frase ‘para que andássemos nelas’. Esse parágrafo começa com pessoas ‘andando’ (peripateo) na morte das transgressões e do pecado (2.1-2) e estas terminam ‘andando’ (peripateo) nas boas obras que, antecipadamente, Deus planejou para todos os que foram redimidos em Cristo. Assim o forte contraste entre uma vida sem Cristo e uma vida em Cristo está completo. É um contraste entre duas formas de vida (no pecado ou pela graça), e entre dois senhores (Satanás ou Deus)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.1217-218).

 

 

 

III – CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS

 

  1. As boas obras devem glorificar a Deus.

No Sermão do Monte, Jesus disse: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16 – grifo meu). Por isso, as obras de misericórdia devem ser feitas com humildade e sem buscar a glória para quem as pratica. Assim, o Senhor ensinou como devemos ajudar o necessitado: “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.2).

 

  1. As obras de misericórdia são obras de amor.

Elas são parte da prática do amor cristão, que, segundo Jesus, deve ser estendido até mesmo ao inimigo (Mt 5.44). Nesse sentido, o apóstolo expressa esse ensino: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” (Rm 12.20). Somente com a graça de Deus, e na força do Espírito Santo, o cristão pode cumprir o mandamento de amar o inimigo.

 

  1. Obras de quem é salvo.

Tiago diz que as obras dos salvos devem ser a expressão da fé, a qual, sem elas, de nada aproveita. Ele exemplifica esse ensino referindo-se ao caso de um irmão ou irmã, carentes, sendo despedidos de mãos vazias. Neste caso, nenhum proveito se materializa. E conclui: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17; cf. 2.14-20; Mt 5.16). Segundo Tiago, as boas obras é o testemunho da fé perante os homens.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

As boas obras devem glorificar a Deus, expressar o seu amor e caracterizar o salvo.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

 

“As Obras São a Evidência da Fé [Tiago] (2.14-19). Nesse ponto, Tiago apresenta seu segundo exemplo da necessidade de existir uma consistência entre palavras e obras e, nesse processo, introduz o argumento da inseparabilidade entre a ‘fé’ e as ‘obras’ que, necessariamente, deve se originar dessa consistência. Ele abre essa seção com duas perguntas retóricas (v.14): ‘Meus irmãos, que aproveita [ou, qual é o benefício] se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?’ Fica claro que Tiago tem em vista dois ‘benefícios’ especiais que deveriam se originar da ‘fé’. O primeiro é apresentado na sua segunda pergunta retórica: ‘Porventura, a fé pode salvá-lo? A fé deveria ser capaz de proporcionar o benefício da salvação àquele que a possui; se não o fizer, então essa fé é, de certo modo, defeituosa (mas não uma falsa fé). Porém, a fé deveria também ter uma segunda finalidade: beneficiar os semelhantes mostrando a bondade de Deus para com eles (vv.15,16).

 

Essa dupla preocupação por tudo de ‘bom’ que a fé deveria proporcionar representa uma importante lembrança para a nossa cultura individualista. Fé não é apenas salvar a alma individual do julgamento eterno, mas também construir comunidades a fim de mostrar o amor de Deus não só no meio dos próprios crentes, mas também no mundo em que vivem” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.1672-73).

 

CONCLUSÃO

Não somos salvos pelas boas obras, mas as praticamos porque somos salvos (Mt 5.16). Precisamos testemunhar nossa fé ao mundo por meio das boas obras. Logo, devemos realizar as obras de misericórdias no âmbito material e espiritual. O nosso Deus amou o ser humano por inteiro. Este tem necessidade no corpo e na alma. As obras de misericórdias são o testemunho bíblico da nossa fé.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “A Mordomia das Obras de Misericórdia”, responda:

 

1) Que significa a palavra “misericórdia”?

A palavra “misericórdia” significa “compaixão suscitada pela miséria alheia”; “indulgência, graça, perdão”.

 

2) Acerca das obras de misericórdia, além de não ser apenas um “sentimento”, o que ela deve ser?

Uma ação diretiva: “Vai e faze da mesma maneira”.

 

3) Cite pelos menos duas áreas em que devemos praticar as obras de misericórdia.

Na área das necessidades humanas e das necessidades espirituais.

 

4) Como as obras de misericórdia devem ser feitas?

As obras de misericórdia devem ser feitas com humildade e sem buscar a glória para quem as pratica.

 

5) Segundo Tiago, o que são as boas obras?

Segundo Tiago, as boas obras é o testemunho da fé perante os homens.

 

 

 

Lição 12 - A Mordomia do Cuidado com a Terra

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Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 22 de Setembro de 2019.

TEXTO ÁUREO

“Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.” (Sl 115.16)

VERDADE PRÁTICA

O salvo em Cristo deve ter uma consciência bíblica de sua responsabilidade com o meio ambiente.

Segunda – Gn 2.15: Deus pôs o homem no Éden para cuidar do jardim

Terça – Gn 1.26: O homem foi colocado para “dominar” a Terra

Quarta – Is 45.18: A Terra foi formada para ser habitada

Quinta – Gn 3.17: A maldição da Terra

Sexta – Jó 24.12: Os homens “gemem” nas cidades

Sábado – Ap 11.18: Deus trará juízo sobre quem destrói a Terra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 1.26-30

26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.

27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.

28 - E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

29 - E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.

30 - E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.

OBJETIVO GERAL

Pontuar que o salvo em Cristo deve ter uma consciência bíblica de sua responsabilidade com o meio ambiente.

HINOS SUGERIDOS: 204, 207, 213 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I- Destacar que o homem foi criado para ser mordomo de Deus;

II - Mostrar como Deus concedeu a Terra aos homens;

III - Apresentar o homem e sua relação com a Terra.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O homem foi preparado para ser o mordomo de Deus no planeta Terra. Foi para plantar, cultivar, constituir famílias, sociedade e construir empreendimentos, preservando os recursos naturais que Deus concedeu legitimidade ao homem para cuidar da Terra.

É preciso desenvolver a nossa consciência bíblica acerca dessa responsabilidade com a Terra. Não podemos contribuir para poluí-la, degradá-la e arruiná-la. O nosso Deus nos deu o privilégio de zelar pela Terra, o lar de todos nós.

CONSULTE

 

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a vocação do ser humano para ser o mordomo de Deus na Terra. Veremos que Deus entregou este planeta aos nossos cuidados. Por isso, faremos uma reflexão bíblica sobre a responsabilidade humana com o ambiente natural. Concluindo, perceberemos que há promessas bíblicas para a restauração da Terra. Nosso Senhor há de restaurá-la plenamente.

 

PONTO CENTRAL

É preciso ter consciência bíblica de nossa responsabilidade com o meio ambiente.

 

I – O HOMEM FOI CRIADO PARA SER MORDOMO DE DEUS

 

  1. O mordomo da Terra.

Deus chamou o homem para ser o mordomo (gr. oikonomos) da Criação. Pela fé, entendemos que ela é obra de Deus, e não o resultado de um processo evolutivo “planejado” pelo acaso. Não há lógica em dizer que um sistema tão complexo como o da Criação tenha sido fruto de algo aleatório. A Bíblia afirma que Deus criou o Universo, fazendo-o surgir a partir de sua palavra (Hb 11.3). Por isso, o Criador é digno de receber toda a glória, toda a honra e todo o poder pela obra de suas mãos (Ap 4.11). 

 

 

 

 

  1. A terra habitável.

Deus fez a Terra para que os seres humanos a habitassem. O homem foi autorizado por Deus a desfrutar da plenitude da Terra, e para desta sustentar-se, conforme diz a Bíblia: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Is 45.18).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

O homem foi criado para ser um mordomo de Deus na Terra.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Faça uma pesquisa sobre os rios, lagos ou lagoas próximos de sua localidade. Procure conhecer como eles eram há 20, 30 ou 50 anos, e como são hoje. Munido dessas informações, faça uma reflexão com os alunos a partir de sua pesquisa. Inicie a aula perguntando como era os rios da redondeza na época dos pais e avós deles. Leve-os a refletir sobre o que levou aos rios de ontem estarem poluídos hoje. Mostre que, à luz da Bíblia, e da lição estudada, essa não é a vontade de Deus. Afirme que é possível um país se desenvolver, e ao mesmo o tempo, preservar seus recursos naturais.

 

II – DEUS CONCEDEU A TERRA AOS HOMENS

 

  1. A Terra é do Senhor (Sl 24.1).

As Escrituras declaram que a Terra é de Deus, e que Ele a confiou aos homens (Sl 115.16; cf. Dt 10.14). O que o Criador espera de nós é o zelo, o cuidado e a sabedoria para exercer a nossa mordomia sobre a Terra. Nesse sentido, espera-se que os crentes, em Jesus, sejam o exemplo na relação com o meio ambiente. Não podemos contaminar os recursos naturais; precisamos evitar os desperdícios e o uso irracional da água.  

 

  1. A natureza – uma dádiva da graça de Deus.

A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa subsistência.

 

Sem a natureza, não haveria vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Por isso, quando fizermos alguma refeição, agradeçamos a bondade de Deus, e reconheçamos a sua provisão (Sl 65.8-13).

 

  1. A missão de governar a Terra.

Deus governa o cosmos. Assim como todos os planetas, estrelas e outros corpos celestes, a Terra pertence a Deus. Primeiramente, por direito de criação. Diz o Gênesis: “No princípio criou Deus o céu e a terra” (Gn 1.1). Em segundo lugar, por direito de preservação. Deus preserva todos os aspectos da natureza: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30; 65.9-13). Portanto, cuidemos com zelo do ambiente natural (Gn 1.26).

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

A Terra é do Senhor, a natureza é uma dádiva divina e, por isso, o homem deve cuidar da Terra.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

“Ao refletir sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.

 

Posto que a totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.229).

III – O HOMEM E SUA RELAÇÃO COM A TERRA

 

  1. A Terra antes do homem.

O livro de Gênesis assim descreve a situação do reino vegetal, no Éden, antes da criação do homem: “Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra.” (Gn 2.5,6). O ser humano, por conseguinte, era, e continua a ser, indispensável ao cultivo, à guarda e à preservação do planeta. Essa é a nossa missão.

 

  1. A Terra depois da criação do homem.

O segundo capítulo de Gênesis narra a formação do homem e a sua vocação para ser o mordomo do jardim (Gn 2.7,8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava pronto para ser habitado.

 

Muitas foram as árvores que brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.9). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador entregou ao homem a sua grande missão: “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” Gn 2.15).

 

  1. A Terra depois da Queda.

O homem desobedeceu a ordem divina, e comeu do fruto proibido. Por causa dessa desobediência, Deus exerceu severo juízo sobre ele e sobre a natureza. Diz o Gênesis: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn 3.17).

Dessa forma, toda a ecologia do planeta foi prejudicada pela ação pecaminosa do homem (Rm 8.20,21). Por causa dele, o ambiente natural tornou-se hostil à sobrevivência humana.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A relação do homem com a Terra se resume em antes e depois de sua criação, e depois da Queda.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Ao refletir sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.

 

Posto que a totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.229).

 

IV – A MORDOMIA DO MEIO AMBIENTE

 

  1. A falha do homem na mordomia da Terra.

Você já ouviu falar em “desenvolvimento sustentável”? É a missão de prover o desenvolvimento econômico e tecnológico sem esgotar os recursos naturais do planeta. Essa não é uma tarefa fácil, pois o interesse pelas riquezas naturais tem levado o homem a não se preocupar com a conservação do meio ambiente (1 Tm 6.10).

 

O objetivo do chamado desenvolvimento sustentável, além de garantir a preservação ambiental, é assegurar uma condição digna de vida às gerações futuras. Na maioria dos países, a exemplo do Brasil, as cidades em geral são ambientes poluidores, dominados por estruturas corruptas, imoralidade e violência sem controle. Nesse sentido, as palavras de Jó são reveladoras: “Desde as cidades gemem os homens, e a alma dos feridos exclama, e contudo Deus lho não imputa como loucura” (Jó 24.12).

 

Em resumo, os processos de urbanização e industrialização se tornaram símbolos de poluição e degradação do meio-ambiente.

 

  1. A degradação da Terra.

O adversário de nossa alma, Satanás, tem atuado contra o ser humano na Terra (Jó 2.1,2). Ele provoca tragédias espirituais, morais e físicas contra o homem. Assim, movido por sentimento de ganância e avidez, ou por não procurar fazer o uso correto dos recursos naturais, o homem deteriorou o meio ambiente e causou grandes desastres ambientais. Quantos rios que, outrora limpos e cheios de peixes, são agora poluídos e impróprios à saúde?!

 

  1. A restauração da Terra.

A Palavra de Deus declara que “a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.20,21). Agora, a criação encontra-se sujeita à degradação, aguardando o dia da sua redenção. O Senhor nosso Deus prometeu, um dia, restaurar plenamente o nosso planeta (Is cap. 35).

SÍNTESE DO TÓPICO IV

Num contexto de falha na mordomia e degradação da Terra, há uma promessa divina de restauração.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

 

“Ao refletir sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.

 

Posto que a totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.229).

 

CONCLUSÃO

Antes da Queda, o ambiente natural era perfeito, sem alterações climáticas, sem catástrofes ou fenômenos que ameaçassem a vida humana. No entanto, depois da desobediência do homem à voz de Deus, tudo mudou. Houve um prejuízo imenso tanto para o homem quanto para a Terra. O pecado transtornou a natureza. Mas há promessa de Deus para a restauração da Terra. Isso ocorrerá quando o Senhor Jesus implantar pessoalmente o Reino Milenial neste mundo.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “A Mordomia do Cuidado com a Terra”, responda:

 

1) Para quê Deus chamou o homem?

Deus chamou o homem para ser o mordomo (gr. Oikonomos) da Criação.

2) Para quê Deus fez a Terra?

Deus fez a Terra para que os seres humanos a habitasse.

3) Por que a natureza é um presente de Deus ao ser humano?

A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25).

4) Qual a grande missão que Deus entregou ao homem?

Deus tomou o homem, “e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15).

5) O que é o “desenvolvimento sustentável”?

Desenvolvimento Sustentável é a difícil missão de prover o desenvolvimento econômico e tecnológico sem esgotar os recursos naturais.

 

 

 

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 29 de Setembro de 2019.

TEXTO ÁUREO

“E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”

(Mt 25.21)

 

VERDADE PRÁTICA

Os crentes que fielmente zelam pela vida cristã serão gloriosamente recompensados.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 25.4: A prudência na espera por Jesus

Terça – Mt 25.10: As prudentes entraram para as bodas

Quarta – Hb 6.10: Deus reconhece os fiéis

Quinta – Ap 2.10: Fiéis até à morte

Sexta – Lc 12.42: Cuidando dos servos do Senhor

Sábado – 1 Tm 3.3b: O servo fiel não é espancador

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 12.36-38, 42-46

36 - E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.

37 - Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.

38 - E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.

42 - E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?

43 - Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim.

44 - Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.

45 - Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,

46 - virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.

 

 

 

OBJETIVO GERAL

Mostrar que os crentes que zelam pela vida cristã serão gloriosamente recompensados.

 

HINOS SUGERIDOS: 8, 145, 535 da Harpa Cristã

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I - Expor o que Deus espera de seus mordomos;

II - Pontuar as características do mordomo infiel;

III - Destacar as qualidades do mordomo fiel.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Uma das doutrinas mais significantes para os pentecostais é a iminência da volta de Jesus. Sim, Jesus pode voltar a qualquer momento e devemos estar vigilantes quanto a isso. Essa doutrina nos estimula a trabalhar fielmente até que Jesus volte. Nesse contexto, precisamos desenvolver os nossos talentos em favor do Reino de Deus. Devemos nos dedicar às coisas de Deus com fidelidade ao Senhor, sabendo que Ele é o nosso galardoador. Estejamos prontos e vigilantes! O Senhor pode voltar a qualquer hora.

 

INTRODUÇÃO

Cada crente foi chamado a ser um servo fiel. Não é preciso ter cargo ministerial para isso. Nesta última lição, veremos que o nosso Deus espera encontrar-nos servindo-o prudente e amorosamente, multiplicando os talentos que Ele nos concedeu. Que, em Cristo, nos achemos fiéis na presença do Pai Celeste. Jesus em breve virá.

 

PONTO CENTRAL

Os crentes que zelam pela vida cristã serão gloriosamente recompensados.

 

I – O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS

 

  1. Que sejam prudentes na espera do Senhor (Lc 12.37).

Na parábola do servo vigilante, o destaque está sobre os servos que esperam pelo seu Senhor de maneira atenta. Semelhantemente, a parábola das Dez Virgens conta que havia dois grupos delas: o primeiro era caracterizado pelas virgens “prudentes” que aguardavam o noivo a qualquer momento para as bodas; o segundo, pelas que não tinham azeite suficiente para a chegada do noivo. De modo semelhante, a Igreja de Cristo anseia pelo seu Senhor. Mas, no dia em que Ele arrebatar a Igreja, dois grupos serão destacados: os que vão subir, e os que ficarão para a Grande Tribulação. A igreja fiel espera o Senhor a qualquer momento.

 

  1. Que esperem o Senhor com prontidão (Lc 12.38).

Na parábola do servo vigilante, o senhor esperava achar os seus servos de prontidão, para que, quando ele batesse à porta, imediatamente eles a abrissem. Assim, também, a parábola das virgens prudentes mostra que elas estavam prontas, sabendo que, a qualquer momento, o “esposo” chegaria. Esse é o ânimo que o nosso Senhor deseja encontrar quando de sua vinda. Os servos de Cristo precisam estar preparados, como mordomos fiéis, chamados a militar legitimamente (2 Tm 2.5). Não sejamos negligentes como as “virgens loucas” (Mt 25.3). Sejamos prudentes, vigilantes e amorosos. Jesus em breve voltará.

 

  1. Esperem a recompensa do Senhor.

A Palavra de Deus declara: “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37). Que honra será quando, nas Bodas do Cordeiro, formos servidos por Cristo no Céu! Os servos verdadeiramente fiéis honram o nome de Cristo no lar, no trabalho e nas mais diferentes esferas da sociedade. Sim, o Rei nos recompensará (Hb 6.10).

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Deus espera que seus mordomos sejam prudentes, esperem prontamente no Senhor e esperem as recompensas do Senhor.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao preparar a sua aula, leve em conta o seguinte texto: “[...] Jesus agora se volta ao assunto de estar preparado para a vinda do Filho do Homem. A liberdade dos cuidados do mundo e a garantia de que o Pai celeste cuida dos que lhe pertencem podem tentar seus seguidores a ficar preguiçosos e ter uma atitude despreocupada. Mas como Jesus deixa claro, o verdadeiro discipulado inclui ser fiel no serviço e estar preparado para sua vinda. A vida na terra é imprecisa, mas a vinda do Filho do Homem é certa. Jesus apresenta três parábolas para ressaltar a importância da preparação espiritual: a parábola de estar preparado para vinda do Filho do Homem (vv.35-38), a parábola de esperar o Filho do Homem (vv.39,40) e a parábola do mordomo fiel durante a ausência de seu senhor (vv.41-48)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.404). Assim, trabalhe com segurança, diante de sua classe, os princípios de “espera”, “prontidão” e recompensa apresentados neste primeiro tópico.

 

CONSULTE

 

 

 

II – AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL (Lc 12.45-47).

A parábola denuncia o comportamento do mordomo infiel ante a iminente vinda do seu senhor.

 

  1. Ele não espera que o Senhor em breve venha.

O mordomo infiel simplesmente conjectura em seu coração: “O meu senhor tarda em vir”. Essa imagem tipifica o crente que não se preocupa com a vinda iminente de Jesus. Nosso Senhor alertou quanto ao tempo de sua volta: “Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.44). Sua vinda pegará muita gente desprevenida.

 

  1. Ele “espanca” outros servos.

A parábola também revela que o mau servo abusa de sua missão, passando a maltratar os outros servos de seu senhor. Ele passa a tratá-los com rigor tirânico e autoritarismo, espancando-os com palavras e atitudes brutais. Quantas pessoas já não deixaram o nosso meio por causa de tal comportamento? Uma das qualidades do mordomo fiel é o amor e o acolhimento.

 

  1. Age de modo irresponsável.

O mau servo, abusando de sua posição, envolve-se com atitudes ilícitas e impróprias para quem é comissionado pelo seu senhor, entregando-se aos vícios e à embriaguez. Acerca disso, a Bíblia nos admoesta: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1).

 

A prudência cristã leva-nos a abster das bebidas alcoólicas de qualquer espécie. A experiência demonstra que os riscos de um descaminho é grande para quem faz uso do álcool.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

O mordomo infiel não espera que o seu Senhor volte, ele espanca outros servos e age de modo irresponsável.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Deus promete recompensar os fiéis, mas o resultado pode ser diferente. O mesmo mordomo pode pensar que levará muito tempo antes de o senhor chegar. Assim, ele se descuida e desenvolve uma falsa sensação de independência. Em vez de cuidar dos servos que estão abaixo dele, ele abusa deles e se entrega a comer, beber e se embebedar. A volta do seu senhor ocorre em completa surpresa. O senhor o apanhará em sua loucura e verá sua maldade, e o servo arrogante e infiel será responsabilizado por seus pecados.

 

A Nova Versão Internacional, em inglês, expressa a severidade do castigo: ‘Ele o cortará em pedaços e lhe dará um lugar com infiéis’ (v.46). O quadro é de desmembramento e indica que o castigo é mais que mero açoite. Envolve execução e morte. Ele compartilhará o mesmo destino com os incrédulos. De acordo com Mateus 24.51, a este servo será designado ‘a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes’” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.405).

 

 

 

III – AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL

 

  1. Fidelidade.

Uma das virtudes do mordomo fiel da parábola é, justamente, a sua fidelidade, que pode ser definida como a qualidade, ou caráter de quem é fiel, lealdade, firmeza e constância. No Apocalipse, Jesus disse: “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

 

Diante das dificuldades e das perseguições, Deus chama o cristão para ser-lhe fiel em todas as coisas. Não desista; seja perseverante.

 

  1. Prudência.

Outra qualidade apresentada na parábola é a prudência: a virtude de quem age com moderação e comedimento, evitando erros e danos tanto para si quanto para o seu semelhante. Quantos ministérios não têm sido destruídos por falta de prudência? Principalmente, no falar. Tiago aconselha-nos: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Nas palavras do sábio Salomão, “quanto mais excelente, adquirir a prudência do que a prata” (Pv 16.16b).

 

  1. Constituído pelo seu Senhor.

Quem constitui posições e ministérios na Obra de Deus é o próprio Deus. É o que revela a parábola do Divino Mestre. Nosso Senhor não comissiona interesseiros, ambiciosos e prepotentes. Ele comissiona santos para o santo ministério; homens que, como Paulo, se entregam de corpo e alma ao Salvador Amado (Gl 1.1). É preciso estar no centro da vontade de Deus. Por isso, estejamos firmados na Bíblia Sagrada, para termos um ministério cristocêntrico, no qual Cristo seja o centro de tudo.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

As características do mordomo fiel são a fidelidade, prudência e vocação do Senhor.

 

SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ

“No mundo antigo, era dada ao mordomo a responsabilidade de zelar por todas as propriedades, enquanto o senhor estivesse fora. Uma de suas tarefas principais era cuidar que os membros da casa recebessem a partilha de comida. Ele poderia dá-la diária, semanal ou mensalmente. O ponto é que seu trabalho lhe exigia que servisse e não exercesse poder. Seu senhor poderia voltar a qualquer momento. Quando o senhor volta, um ‘mordomo fiel e prudente’ deve estar desempenhando seus deveres.

 

Jesus louva o servo que serve fielmente na ausência do senhor. Por sua eficiência, o senhor o recompensará (v.44) com uma promoção, dando-lhe responsabilidade não só sobre sua casa e servos, mas também sobre todas as suas propriedades. Jesus deixa sem explicar como este tema da promoção se aplica aos discípulos. Certos textos bíblicos indicam que Cristo reinará por um período de tempo sobre a terra depois que Ele voltar (Lc 19.17; 1 Co 6.1-3; Ap 20.1-6). Durante esse tempo, Ele precisará de assistentes que servirão com Ele no seu Reino. A recompensa envolve este futuro governo de Cristo, em cujo tempo a fidelidade será recompensada com maiores oportunidades de serviço” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.405).

 

CONCLUSÃO

A parábola contada pelo Senhor Jesus diz respeito a todos nós. A Palavra de Deus nos alerta: “virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites” (Lc 12.46,47). A vinda do Filho do Homem é certa. Que Ele nos encontre fiéis, prudentes e vigilantes para o Arrebatamento! Ora vem, Senhor Jesus.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “Seja Um Mordomo Fiel”, responda:

 

 

 

1) Quais eram os dois grupos de virgens na parábola?

Havia dois grupos de virgens: o primeiro, era caracterizado pelas virgens “prudentes”, pois elas esperavam o noivo a qualquer momento para as bodas; o segundo, pelas “loucas”; estas não tinham azeite suficiente para a espera do noivo.

 

2) Qual o ânimo que o Senhor deseja encontrar em seus servos?

Os servos de Cristo precisam estar prontos, como mordomos fiéis, chamados para militar na boa obra.

 

3) O que significa “fidelidade”?

Fidelidade significa “qualidade ou caráter de fiel; lealdade, firmeza; constância nas afeições, nos sentimentos; perseverança; observância rigorosa da verdade; exatidão”.

 

4) O que significa “prudência”?

Prudência significa “a qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro ou dano”.

 

5) Cite ao menos duas características do mordomo infiel.

Ele não espera que o Senhor em breve venha; Age de modo irresponsável.

 

fonte mauricioberwald.comunidades.net