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RELACIONAMENTO COM DEUS E FAMILIA N.13
RELACIONAMENTO COM DEUS E FAMILIA N.13

SUBSIDIO N.13 RELACIONAMENTO COM DEUS E FAMILIA

 

Definição

 

A palavra do Novo Testamento usada para identificar o tipo de comunidade necessária é koinonia. Paulo a usou para indicar ‘o companheirismo do relacionamento dos cristãos com Cristo’ e, por conseguinte, uns com os outros. Koinonia tem o significado básico de ‘compartilhar algo com alguém’. Assim, para nós, koinonia é o companheirismo dos crentes em Cristo, que deve ser encontrado na Igreja.

 

PRINCÍPIOS PARA SE ESTABELECER RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS

 

  1. Respeito (1Tm 2.2 — ARA). O respeito é um valor moral necessário ao convívio saudável e harmônico. Por meio dele apreciamos e reconhecemos o próximo e os seus direitos: à vida, à felicidade; ao trabalho; ao culto; à livre expressão de ideias. No mundo globalizado e multicultural de hoje, o respeito é uma necessidade para a boa convivência. Nenhum relacionamento saudável subsiste sem respeito mútuo (Rm 13.7; Ef 5.33; 1Tm 3.8; Tt 2.2 — ARA).
  2. Ética (Êx 20; Mt 5-7; 2Tm 3.16). Em aspecto prático, a ética refere-se às normas de conduta sob as quais a sociedade e o indivíduo vivem. Todavia, a base da ética cristã não são os costumes sociais, mas o caráter santo e misericordioso de Deus, os ensinos de Jesus, e as Escrituras. Estes fundamentam a vida e os relacionamentos saudáveis dos cristãos.
  3. Alteridade (Lc 6.36,37). O homem é um ser social! Ele vive em comunidade e interage com o outro, que lhe é diferente. Isto cria uma relação de interdependência e solidariedade, que são necessárias ao desenvolvimento pessoal e coletivo do ser humano. Por meio da alteridade a pessoa se coloca no lugar da outra, procurando entendê-la, respeitando as diferenças que existem entre ambas.

 

 

 

 

 

 

 

Características da Koinonia

 

Howard Snyder especifica três aspectos da comunidade cristã importante para este estudo: compromisso e concerto, vida compartilhada e transcendência. Pode ser proveitoso aplicar estes aspectos da koinonia aos elementos que James McClendon sugere que os cristãos precisam: estabilidade (para o corpo), integridade (para a mente) e liberdade (para o espírito). Os cristãos precisam estar em um ambiente que venha a nutrir o corpo, a mente e o espírito [...]” (PALMER, M. D. Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.305).

As Escrituras afirmam que Deus se revelou, deu-se a conhecer e comunicou aos homens sua vontade e propósitos a fim de que estes se relacionem com Ele por meio de Jesus Cristo, seu Filho. É uma iniciativa do próprio Senhor, mas o homem precisa responder a esse apelo. Nesta lição estudaremos os fundamentos do relacionamento entre Deus e os homens.

 

 

  1. DEUS SE REVELA AO HOMEM

 

  1. O sentido bíblico de revelação. O hebraico bíblico possui diversas palavras que correspondem ao termo “revelação” na língua portuguesa. Contudo, o vocábulo galâ, “descobrir”, “revelar”, “tirar”, “manifestar”, “aparecer” ou “revelar”, é usado em sentido reflexivo com o significado de “desnudar-se” ou “revelar-se”, como na revelação de Deus a Jacó (Gn 35.7; 28.10-17). O Novo Testamento emprega a palavra apokalypsis com o sentido de “revelar”, “desvendar”, “tirar o véu” ou “dar a conhecer” (Lc 2.32; Is 42.6; Rm 16.25). A doutrina da revelação de Deus nas Escrituras descreve assim a comunicação, revelação e manifestação de Deus ao homem. Ele revela sua mensagem, vontade e propósitos.
  2. O conceito doutrinário de revelação. A revelação é uma ação livre e graciosa de Deus mediante a qual Ele se dá a conhecer às criaturas e lhes transmite um conhecimento de Si e de Sua vontade, que de outra forma o homem jamais saberia (Ef 1.9; 3.3; Dn 2.28,47). É uma iniciativa divina motivada pelo amor (1Tm 6.16). Essa revelação é apresentada por meio da criação (Gn 1.1-25; Sl 19.1; 50.6; Rm 1.19,20), do homem criado “à sua imagem” (Gn 1.27), das Escrituras, que registram em palavras e ensinos os eventos da experiência salvífica do povo de Deus no Antigo e Novo Testamentos (Hb 1.1; Mt 22.29) e que alcança seu clímax na vida, pessoa e ensinos de Jesus Cristo (Mt 1.21-23) com a outorga do bendito dom do Espírito Santo (Jo 14.16,17).3. Revelação e experiência de Deus. As Escrituras apresentam a ação e revelação de Deus no âmago da história e experiência do povo de Deus (Gn 12.1; Êx 3.14 ver Sl 105). A comunidade judaica reunida no Templo era exortada a lembrar-se “das maravilhas” e do “concerto” que o Senhor havia “feito, dos seus prodígios e dos juízos” no meio da congregação (Sl 105.5-7). Ela confiava nas experiências de Deus entre os patriarcas da nação, no passado, como promessa da ação divina no presente, e a certeza da presença do Senhor no futuro (Êx 3.15-18; Sl 118.6). Confiavam na intervenção divina tanto nas questões individuais (Dn 6.26,27; At 5.17-23), quanto nos problemas nacionais (Êx 15; Sl 23; 47). Essas experiências de Deus com o seu povo serviram de fonte e base de sabedoria para todo o Israel e a igreja primitiva (Sl 25.4,5; Ec 12.14).“A unidade do Pai e do Filho permite que se faça no Filho uma experiência de Deus. Jesus é o único hermeneuta da nossa experiência cristã” (Mario França).“A experiência de Deus se define não apenas como a experiência do homem para com Deus, mas também a experiência de Deus conosco” (J. Moltmann).

 

  1. RELACIONAMENTO COM DEUS
  2. Relacionamento que se realiza no mistério. Deus é mistério (Is 45.15). Isto significa que o Senhor não pode ser plenamente conhecido (1Tm 6.16). Ele transcende a qualquer definição obtida pela mais profunda experiência (Êx 33.11,20; Dt 34.10). Ele é um indizível mistério (Êx 33.18-23; Jo 6.46). Tanto a Abraão quanto a Moisés, o Senhor não apontou o caminho a seguir ou descortinou seus projetos para que eles soubessem para onde ir ou o que fazer, porém, disse-lhes que estaria caminhando com eles (Gn 12.1, “te mostrarei”; Êx 33.14, “irei contigo”, ver 2Sm 7.6,7). O mistério que é Deus se descobre ao caminhar com Ele pela fé! (Hb 11.6,8-10, 24-28).

 

  1. Relacionamento que se concretiza em Cristo. Jesus é a revelação absoluta de Deus e a base de toda comunhão e relacionamento corretos com Ele (Jo 14.6). O rosto de Deus oculto a Moisés (Êx 33.20) foi revelado ao mundo em Jesus de Nazaré, o Cristo (Jo 1.14,18; 6.46; 14.7-11; Hb 1.1-3). “Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar”! (Mt 11.27; Lc 10.22). O que Jesus afirmou não é misterioso embora envolva o mistério de Deus no Antigo Testamento: o véu que envolve o mistério de Deus é removido por Jesus. Ele é quem revelou o Pai (Jo 1.18). Assim todo e qualquer conhecimento de Deus só pode ser obtido por meio de um relacionamento concreto com Cristo (Jo 17.20-26; 16.24-28).

 

  1. Relacionamento que se vive no Espírito. O relacionamento com Deus por meio de Cristo se vive na vida do Espírito (Jo 3.5-8). É preciso notar que a vida no Espírito, assim como a experiência de Deus no Antigo Testamento, realiza-se também no mistério (Jo 3.8). O Espírito procede do Pai, mas é enviado por Jesus (Jo 16.7) para dar testemunho dele (Jo 15.26,27). Ele realiza uma profunda transformação no discípulo de Cristo para viver a experiência de Deus em Cristo (Jo 7.37-39; At 1.8).“O extraordinário do Espírito de Deus esconde-se e revela-se no ordinário quotidiano da vida humana” (Carlos Mesters). o Espírito que convence, que guia, anuncia as coisas futuras e glorifica a Jesus (Jo 16.8-14)”.

III. A VIDA NO ESPÍRITO

 

  1. Do Sinai ao Pentecostes. Três grandes e importantes eventos que marcaram a experiência do povo de Deus na Escritura foram a revelação de Yahweh no Sinai (Êx 19; 20), a Encarnação do Filho de Deus (Mt 1.18-25; Lc 1.35; Jo 1.14,18; Fp 2.6-11) e a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 2). Esta última evoca os sinais que concluíram a Aliança no monte Sinai (At 2.2 ver Êx 19.16-18), dando a entender que o Espírito dará início a Nova Aliança realizada por Jesus (Mt 26.26-29). O Pai revela, o Filho redime e o Espírito nos insere na unidade trinitária (Jo 17.21-24; 1Ts 4.8).

 

  1. Experiência do Espírito e discernimento. A experiência de Deus em Cristo, por meio do Espírito Santo é antes de tudo transformadora (Jo 7.38-39). Toda e qualquer experiência do Espírito sempre remeterá o crente ou a comunidade a Cristo (2Co 3.17,18). Ele é o Espírito de Jesus (Gl 4.6; Fp 1.19). Assim, Jesus é o critério para discernir as experiências autênticas do Espírito, pois elas levam a Cristo (1Co 12.3; 1Jo 2.22,23; 4.1-6; 5.5-9).“Atos dos Apóstolos é um firme testemunho da gloriosa experiência e realidade do Espírito na Igreja”.É a vontade de Deus que o crente viva a vida no Espírito com liberdade e discernimento, sem extinguir sua presença na comunidade. O Espírito de Cristo é o agente divino que nos insere na comunhão trinitária: Pai, Filho e Espírito Santo.“Os cristãos estão unidos com Cristo através de dois relacionamentos espirituais: eles estão em Cristo e Cristo habita neles (‘Vós, em mim, e eu, em vós’, Jo 14.20). Nossa posição em Cristo é permanente e nos dá inúmeras bênçãos espirituais que promovem nossa santificação. Cada crente, por exemplo, é uma nova criatura em Cristo, o que o capacita a levar uma vida transformada (2Co 5.17). O relacionamento Cristo em nós significa sua residência permanente no crente (Cl 1.27). A essência da santificação cristã é experimentar a presença pessoal de Cristo, ‘Cristo vive em mim’, Gl 2.20. Os cristãos podem manifestar Cristo em suas vidas somente porque Ele reside neles (Fp 1.20,21). A santificação sempre trabalha de dentro para fora. Através de nossa união com Cristo, sua vida espiritual nos preenche, permeia nossas vidas e se mostra através de nós (Gl 2.20), de modo que ‘a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos’ (2Co 4.10). Compreender que temos uma nova vida através da união com Cristo nos ajuda a evitar duas ideias falsas. A primeira delas é que nossa união espiritual com Cristo é uma união morta. Em segundo lugar, que nossa conexão espiritual com Cristo é uma união estática. Em vez disso, ela é uma união dinâmica, na qual a vida espiritual de Cristo flui através de nós. Cristo é semelhante à videira e sua vida é como seiva que aviva, fortifica e nos nutre como seus ramos (Jo 15.1-8)” (HOLLOMAN, Henry. O Poder da Santificação. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003, pp.29-30).“Fé e paciência são dois ingredientes inseparáveis para se tomar posse das promessas de Deus. A fé nas promessas de Deus é o estímulo para as conquistas dos nossos sonhos, especialmente, quando esses sonhos estão de acordo com a vontade de Deus. Abrão tinha dado passos gigantescos na direção da vontade de Deus. Ele havia aprendido a importância do caminho da obediência para a verdadeira felicidade, mas não pôde evitar as circunstâncias desse caminho. Grandes provações teriam de ser vencidas para que Abrão reconhecesse a soberania divina e a dependência a Ele. Fragilidade e fé são termos opostos na nossa peregrinação espiritual. Por natureza somos frágeis e suscetíveis às intempéries da vida. A fé é o elemento espiritual que nos capacita a reagir nos momentos de fraquezas. Abrão já havia vencido grandes reveses e, agora, depois de haver chegado à Terra Prometida de leite e mel não poderia deixar-se ofuscar pelo desânimo. Porém, se depara com uma terra seca e vazia, onde a fome espalhava-se entre os seus habitantes. Esse caos na terra de Canaã ia de encontro à promessa de uma terra de ‘leite e mel’; um tempo de provações que expôs toda a fragilidade emocional de Abrão. Na vida cristã quando empreendemos andar no caminho da fé não imaginamos encontrar as dificuldades e adversidades desse caminho” (CABRAL, Elienai. Abraão: As Experiências de Nosso Pai na Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.27-8).
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