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Subsidio Tensões no Casamento N.5
Subsidio Tensões no Casamento N.5

TENÇÕES NO CASAMENTO SUBSIDIO N.5

Enfrentando as Tensões no Casamento

 

Efésios 5.1-6.

 

1 - Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados;2 - e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.3 - Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos;4 - nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convém; mas antes ações de graças.5 - Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.6 - Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

  1. OS ATAQUES DO INIMIGO

 

  1. Ataque às crianças. Atualmente, em muitas escolas, tanto da rede pública como privada, o ensino materialista está sendo valorizado e repassado de modo contínuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem é totalmente influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a serem transmitidos nas salas de aula, são fundamentados na filosofia evolucionista. Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do homem, e de tudo que existe no universo. Os pais não podem negligenciar a educação de seus filhos, e devem levá-los aos pés do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo uma educação religiosa de qualidade às crianças.

 

  1. Ataque à disciplina no lar. Em nossos dias existem questionamentos relacionados à aplicação da disciplina aos filhos. Mas, segundo a Palavra de Deus, aplicada com sabedoria, a disciplina livra a criança da morte (Pv 23.13,14). Disciplina é toda ação instrutiva e discipuladora, pois a palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra discipular. De fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem educada, bem discipulada. Que os pais eduquem seus filhos no temor e na admoestação do Senhor e que os filhos honrem e obedeça aos pais conforme ordena a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo, a forma correta de proceder em toda a sua existência.

 

  1. Falsos ensinos. Há, em nossos dias, diversas novas teologias que agridem diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, “as portas do inferno” valem-se da teologia para atacar a Igreja e consequentemente às famílias. Satanás tem investido e disseminado muitos ensinos deturpados, que utilizam-se até de partes das Escrituras, utilizadas sem a devida e correta interpretação, para confundir e afastar do Senhor as famílias, que tem sede de salvação, do caminho, da verdade, e da vida, que é o próprio Jesus Cristo (Jo 14.6). Inspirados por teologias liberais, há famílias que não mais veem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Todavia, a Bíblia é e continuará sendo a única regra de fé e prática do cristão. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia limita-se a conter a Palavra de Deus. Cuidado! A Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Leia com atenção 2 Timóteo 3.16. É indispensável, que as famílias cristãs estudem e obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras. Nossas famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias antibíblicas que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar brecha alguma ao adversário. Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos.O alvo do Diabo é minar as famílias através dos falsos ensinos às crianças, da distorção da Palavra de Deus e da ausência de disciplina no lar.

 

  1. ATITUDES MUNDANAS PARA DESTRUIR A FAMÍLIA

 

  1. O Abandono aos filhos. Não é incomum vermos em nossa sociedade pais que abandonam seus filhos, não raro, estes ainda bebês. Essa é uma forma monstruosa de desrespeito para com a vida. Como pais, precisamos entender que os filhos são herança do Senhor para que nós possamos cuidar, educar e conduzir ao Senhor. Como pais, somos responsáveis por vestir nossos filhos, alimentá-los, proporcionar-lhes uma educação de qualidade, inclusive para que estejam prontos para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, mas acima de tudo, é igualmente nossa obrigação transmitir a fé que uma vez nos foi dada, para que as próximas gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos exemplo para este mundo, zelando por nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.

 

  1. Desrespeito aos pais. O ato de honrar os pais sempre foi apreciado por Deus. Quando Ele deu a sua lei aos filhos de Israel, antes de entrarem na terra Prometida, dentre os mandamentos constava a ordem de honrar pai e mãe, para que os filhos pudessem entrar na nova terra sabendo que entre suas responsabilidades para com Deus estava o respeito para com aqueles que, por meio de um ato de amor, lhe trouxeram a vida. Séculos depois, Jesus reafirmou esse mandamento (Mt 19.19; Lc 18.20), e Paulo acrescentou que honrar pai e mãe foi o primeiro mandamento com promessa (Ef 6.2). Infelizmente, não são raros os casos de filhos que não apenas desonram seus pais desobedecendo-lhes, mas também esquecem deles na sua velhice, época em que mais precisam de ajuda. Que esse pensamento mundano jamais prospere entre servos de Deus.

 

  1. O secularismo. Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a “doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas”. Quando a família se seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15,16). Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13,14). Como sal, precisamos ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.O crente como sal e luz do mundo, representante do reino divino, não pode permitir que atitudes mundanas destruam a família.

 

III. O CUIDADO CONTRA A FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA

 

Para a filosofia de vida mundana, não há limites para o homem desfrutar do prazer carnal. A internet, que tem sido usada como um grande meio de comunicação, facilitou também a propaganda e o estilo de vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir a esse desafio?

  1. Observar a Palavra de Deus. A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em seu caminho quando observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11). Como não há idade para o pecado, este princípio aplica-se a qualquer cristão independente de sua faixa-etária. É indispensável que o adolescente, o jovem, ou o adulto, conheçam profundamente a Palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar os ardis de Satanás (Ef 6.10-20).
  2. Templo do Espírito Santo. Não é incomum sofrermos tentações em todas as esferas da vida, principalmente na sexual por causa da pornografia, tão comum em nossos dias. Porém, devemos nos lembrar de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e o objeto de glorificação ao Altíssimo (1 Co 6.18-20). E devemos buscar a santificação para vencer desafios como a oferta de sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e desagrada a Deus. (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).

 

  1. “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3). “Coisa má” é tudo aquilo que, aos olhos de Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a santidade do corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos seus filhos, orientando-os quanto ao que pode ser visto, ouvido e assistido. Não podemos descuidar da educação dos nossos filhos. Zele por sua descendência.Só poderemos vencer a filosofia de vida mundana se atentarmos para a Palavra de Deus.

Alguns dos mais terríveis golpes contra a família são manipulados pelas autoridades públicas, ou seja, justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da constituição da família tradicional (Rm 13.4). Há uma onda do materialismo e do liberalismo social, ambos a serviço do Diabo, predominando nas políticas públicas. Todavia, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), cerrará as fileiras de guardiã dos princípios éticos fundamentais da família. Assim, não pereceremos sob os ataques contra a família, mas glorificaremos a Deus.

 

 

 

 “O NT não desafia diretamente as estruturas sociais existentes. Em lugar disto, [...] o NT fala diretamente às pessoas cristãs, e as convoca para viverem uma vida de amor dentro das estruturas da sociedade. Desta forma, embora a esposa deva submeter-se ao seu marido, ele é exortado a amar sua mulher o suficiente para colocar suas necessidades em primeiro lugar em seu relacionamento (Efésios 5.23-33). Embora os filhos devam obedecer aos seus pais, os pais não devem ‘provocar a ira’ em seus filhos (6.1-4). E, embora os escravos devam obedecer aos seus senhores na terra, os senhores cristãos devem tratar bem seus escravos, e com respeito (6.5-9). Em última análise, a vida de amor à qual os cristãos são convocados devem romper todas as barreiras artificiais erigidas pela sociedade. Inicialmente, a vida de amor capacitaria o povo de Deus a unir-se no que Paulo mostrou que nós somos — um corpo, uma pátria no Senhor” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007, p.429).

A Família sob ataque

 

Sendo uma instituição criada por Deus, a família é alvo de ataques por parte do mundo e do Diabo. Por isso, é preciso entender de que forma Deus trata a família e como ela pode se proteger dos seus oponentes.Crianças sob ataque — As crianças sempre foram alvo de ataques do inimigo. Não é a toa que em Êxodo, Faraó tenta impedir que as crianças saiam do Egito para cultuar ao Senhor (Êx 10.8-11). Ele sabia que se as crianças permanecessem no Egito, uma geração inteira permaneceria como escrava, ao passo que os adultos sairiam livres para adorar o Senhor. Esse era o plano do inimigo, mas não o de Deus. O Senhor pesou Sua mão sobre o Egito e livrou adultos e crianças da opressão de Faraó e da escravidão. Mas, esse exemplo bíblico nos mostra como o inimigo pensa em relação às crianças: ele as quer presas no sistema do mundo, afastadas de Deus e do culto, sem acesso à educação cristã e à Palavra. Cabe aos pais apresentar a Bíblia às crianças, ensinando-as a guardar seus ensinos. No Antigo Testamento, os pais israelitas tinham a obrigação de ensinar aos filhos, desde a mais tenra idade, os testemunhos do Senhor, que deveriam ser passados de geração a geração. E da mesma forma que os pais devem priorizar seus filhos, cabe também aos filhos respeitarem seus pais. Há uma promessa de Deus aos filhos que tratam seus pais com dignidade: uma vida longa nesta terra.

 

A unidade familiar sob ataque — Um dos maiores problemas de nossos dias em relação à família é o abandono desta por parte do pai, aquele que foi instituído por Deus como protetor e provedor. A figura paterna tem sido cada vez mais esquecida, pois homens sem o devido senso de responsabilidade abandonam o lar que constituíram, deixando a criação e a provisão dos filhos para a mulher. E há os casos dos homens que não assumem seus atos, deixando vir ao mundo filhos de relações que depois não reconhecem por não quererem ter compromisso com a mulher com que se relacionaram sexualmente. Filhos crescem sem a referência paterna, e não raro reproduzem o que viram em sua criação, sem a devida responsabilidade para com a família. Para essa realidade, Deus se apresenta como Pai, como aquele que provê, protege, orienta e cuida de Seus filhos. Deus é sem dúvida o exemplo de paternidade. Por isso, serve de modelo às famílias cuja imagem paterna não esteve presente por qualquer motivo. Quando Jesus orava, referia-se a Deus como Seu Pai, dando-nos o exemplo necessário em todos os aspectos.

 

 

  1. O GRANDE PROBLEMA

 

 

  1. A maldade humana. A natureza humana decaída é fonte primordial de todos os conflitos familiares. Jesus disse que é do coração do homem que saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios (Mc 7.21). Assim, num agrupamento humano, seja a família, a escola ou a igreja, sempre haverá pessoas com maus pensamentos. Dessa forma, existe no homem natural a tendência ao pecado, que Paulo chama de inclinação da carne (Rm 8.6), por isso, no seio familiar sempre acontecem conflitos. Diante disso, cabe aos cristãos dispensarem às suas famílias uma educação que valorize o fruto do Espírito, que conduza à vida e à paz. A família é campo de treinamento de Deus e não pode se transformar em campo de batalha entre irmãos.

 

  1. O início precoce. A inclinação para o mal é bem clara na espécie humana, depois da Queda, e começa bem cedo. Deus disse que a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice (Gn 8.21) e que a estultícia (insensatez) está ligada ao coração do menino (Pv 22.15). Percebe-se claramente tal comportamento nas crianças ainda em tenra idade. O mundo pós-moderno, porém, ao invés de tentar melhorar o homem, ensinando-lhe valores morais, tem erguido métodos educacionais prejudiciais, tais como o construtivismo, baseado na ideia de que o conhecimento não é objetivo, mas uma construção social. Por conseguinte, não deveriam ser dadas respostas “certas” às crianças, pois estas deveriam ser ensinadas a criar suas próprias soluções. A educação cristã fará com que a insensatez da criança seja debelada.

 

  1. A insaciabilidade. O homem é insaciável. Ele sempre quer ter mais e mais, o que pode ser visto, igualmente, no seio familiar. O campo de treinamento do Senhor — a família — deve refrear essa ânsia pelo possuir e impregnar o desejo pelo repartir, tarefa que não é fácil. Esse é mais um aspecto do grande problema: a cobiça. Está escrito que o homem natural nunca satisfaz a sua cobiça (Ec 6.7). A cosmovisão judaico-cristã, porém, possui condições de incutir no homem valores morais indispensáveis, como o altruísmo, a solidariedade, a bondade, a humildade, que combaterão essa terrível inclinação carnal (1Co 3.3), transformando-o num verdadeiro cidadão do céu.É possível ter esperança de que, um dia, o mundo será livre das mazelas que hoje são presenciadas em todos os lugares, e até na família?homem, enquanto estiver nesta casa terrestre, estará sujeito a inúmeras fraquezas, que geram conflitos; mas um dia, na eternidade a paz será perfeita.

 

 

  1. FAMÍLIAS EM CONFLITO

 

  1. Ingratidão e desprezo. Há pessoas que não podem obter êxito em alguma área da vida, que logo tratam de menosprezar os outros. Tal circunstância aconteceu na família de Abraão, logo após Agar ficar grávida. Está escrito: “[...] e, vendo ela [Agar] que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos” (Gn 16.4). Diante disso, ela foi expulsa da casa. No deserto, Deus falou com Agar, chamando-a de serva de Sarai e mandou que ela se humilhasse diante de sua senhora (Gn 16.7,9). Deus é justo e fiel. Nunca, em tempo algum, o Senhor compactuou com ingratidão e desprezo dentro ou fora da família. Outro caso bem significativo foi o desprezo sofrido por Léia. Jacó, seu esposo, a desprezava e, por isso, Deus curou sua infertilidade, enquanto Raquel, sua irmã e concorrente, permaneceu estéril (Gn 29.31) por muito tempo (Gn 30.22).

 

  1. Soberba e ciúme. O sucesso alheio nem sempre foi bem digerido pelos membros da família. Moisés era um homem bem-sucedido e tinha uma família unida. Sua irmã Miriã salvou sua vida, quando ele era bebê. Seu irmão Arão era o seu porta-voz. Tudo estava tranquilo, até que a soberba e o ciúme entraram no seio familiar. Está escrito: “E falaram Miriã e Arão contra Moisés [...] E disseram: Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu” (Nm 12.1,2). Miriã e Arão achavam que mereciam mais: soberba. E que Moisés tinha prestígio demais: ciúme. Não são essas as causas de muitos conflitos familiares? A situação foi resolvida somente quando Deus interveio, chamando os três para uma conversa na tenda da congregação. Os soberbos e ciumentos irmãos foram repreendidos. Infelizmente, muitas famílias são destruídas por permitirem que tais sentimentos prevaleçam. O amor não se ensoberbece (1Co 13.4).

 

  1. O remédio sublime. Em toda a Bíblia encontramos famílias em conflitos e, para todas elas, só houve um remédio: o amor. A prática do mal somente é vencida pela prática do bem. Se for pago mal com mal, o mal sempre prevalecerá. E não haverá vencedores. Se for pago, na família, olho por olho, é possível que, em breve, acabem todos cegos. José teve que amar seus irmãos (Gn 45.1-15) e, inclusive, os beijou (aliás, somente depois que os beijou foi que eles falaram com José); Davi também amou seus ingratos irmãos (1Sm 17.28,29; 22.1), dentre muitos outros. Como se sabe, amar não é um sentimento, mas uma decisão. É preciso decidir amar, ainda que os pais não cumpram seus papéis. Ainda que os irmãos enfrentem rivalidades. Está escrito que o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... e que ele nunca falha (1Co 13.7,8).A ideia de pagar olho por olho deve estar presente na família?

 

A lei de talião não leva em consideração aspectos espirituais, mas somente humanos. A lei de Cristo é: perdoe, que todos vencerão, e a justiça de Deus se estabelecerá.

 

III. A HISTÓRIA DE TODOS NÓS

 

  1. O filho egoísta. Jesus contou uma parábola que se parece muito com a história de todos nós, não apenas espiritualmente, mas também do ponto de vista familiar. É a parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32). Nela todos os elementos dos conflitos familiares estão presentes. Há o filho egoísta, que pensa apenas em si e está enjoado da vida em família. Ele não precisa de mais ninguém para viver, por isso viaja para longe do aconchego do lar e desperdiça toda sua herança. Quando, por fim, chega ao fundo do poço, em desespero, ele se lembra da casa do seu pai. Essa é a história de muitos filhos que, mesmo sem partirem geograficamente, abandonaram o ideário familiar, buscando construir sua história relativizando os valores morais, com independência emocional e sem compartilhamento de vida. O fim, sempre, será a solidão, pois não há melhor lugar para estar que na companhia daqueles que Deus estabeleceu como família. Ainda há tempo de voltar!

 

  1. O irmão que não perdoa. Na mesma história, Jesus também narra a situação de outro filho que simplesmente não perdoa. Ele está aparentemente envolvido com a família, mas seu coração está muito longe. E o pior: ele que tanto erra, não admite que ninguém erre. Os conflitos passam sempre pela sua insensibilidade. Ele cumpre os rituais familiares, mas é tão ou mais egoísta que aquele que pode ser chamado de a ovelha negra da família (o pródigo). Este filho (mais experiente), que sempre está em conflito consigo e com os outros, também precisa cair em si, reconhecer seu erro e voltar à boa convivência da vida familiar.

 

  1. O Pai que reconcilia. Por fim, a parábola do filho pródigo traz a figura do reconciliador — o Pai. Aquele que tenta, por todos os meios, trazer a união para a família, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133.3). O pai, nessa parábola, simboliza Deus, que sempre busca que a família esteja junta, em unidade.

 

A Bíblia nos conta uma linda história de amor entre Deus e os homens. Nela o Criador está em busca da reconciliação com sua obra-prima — a raça humana (Leia Oseias 11.1-4). Essa linguagem figurada que Deus usa nesse texto retrata bem o seu esforço em ver as famílias unidas, cheias de graça e do Espírito Santo. O Senhor busca as famílias que estão perdidas em seus conflitos intersubjetivos de interesses, que transformaram o campo de treinamento do Reino em um verdadeiro campo de batalha terrenal. Ciúme, brigas, agressões, infidelidades, e uma grande quantidade de males se multiplicam inexplicavelmente. Falta paciência. Falta perdão. Falta amor. Esse não foi o propósito do Criador — o Pai. Ele quer que as famílias vivam felizes, refletindo a glória do Seu Reino.Não havia outra coisa para o filho pródigo fazer, a não ser voltar para casa? Ele não deveria buscar, doravante, seu próprio caminho e sofrer pela escolha que fizera?

O pródigo poderia fazer o que quisesse: morrer de fome ou retornar para seu pai e recomeçar de novo. Ele preferiu recomeçar e não seguir na loucura.Não adiantam medidas psicológicas paliativas para resolver os conflitos familiares. Deus deve ser convidado para fazer parte do ambiente familiar, para que a história mude e o mal ceda. A família, o laboratório que Deus usa para forjar homens de fé, não pode ser objeto de manipulação maligna, onde os membros são concorrentes, oponentes, inimigos. Ela é o farol que traz luz para as nações, por amor a Jesus Cristo.

 

 

 

 

Soberba e ciúme.

 

  1. Segundo a lição, na parábola do filho pródigo, o pai, que representa Deus, sempre busca o quê entre seus filhos?“Como o irmão mais velho recusou-se a entrar, seu pai saiu e instava com ele, dirigindo-lhe palavras amenas e boas, e desejava que ele entrasse. Ele poderia de forma justa ter dito ‘Se ele não quer entrar, permaneça do lado de fora [...]’. Mas, aquele homem não agiu assim. Da mesma forma como foi ao encontro do filho mais novo, ele agora sai ao encontro do filho mais velho, não mandando um servo com uma mensagem gentil, mas foi pessoalmente. Em primeiro lugar, esta narrativa tem o propósito de nos apresentar a bondade de Deus; como o Senhor foi inexplicavelmente gentil e cativante com aqueles que foram inexplicavelmente intransigentes e provocantes.Em segundo lugar, ela tem a finalidade de ensinar a todos os superiores a serem brandos e gentis para com aqueles que estão em uma posição inferior à sua.

 

Seu pai lhe deu uma boa razão para esta alegria incomum na família: ‘Era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos’, v.32. Ele podia ter insistido com base na sua própria autoridade [...]. Mas isto não convém mesmo àqueles que têm autoridade para sustentar e apelar para isto em cada ocasião, o que somente o faz vulgar e comum, sendo melhor apresentar uma razão convincente, como o pai faz aqui” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. Volume 5, RJ: CPAD, 2010, p.659).