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Lições adultos jovens BETEL Mateus 3trim-2016
Lições adultos jovens BETEL Mateus 3trim-2016

 

paz

 

LIÇÕES BIBLICAS BETEL 2016

3º Trimestre de 2016

Julho a Setembro

M A T E U S

"Uma visão panorâmica do Evangelho do Rei"

Comentarista: Bispo Manoel Ferreira (Presidente da CONAMAD) .

SUMÁRIO: 

 

Lição 01 - Mateus o evangelho do Reino

 Lição 02 - Jesus, o Rei da Glória entre nós

 Lição 03 - A voz do que clama no deserto 

Lição 04 - Jesus venceu a tentação e o tentador 

Lição 05 - O ministério de Jesus Cristo na região da Galileia 

Lição 06 - As bem-aventuranças do Reino de Deus 

Lição 07 - Jesus incentiva a prática da vida devocional 

Lição 08 - Os tesouros do Reino de Deus 

Lição 09 - Cristãos firmados na Rocha 

Lição 10 - A autoridade do Mestre Jesus Cristo 

Lição 11 - Jesus e o preço do discipulado

 Lição 12 - A missão dos doze discípulos 

Lição 13 - A morte e ressurreição de Jesus Cristo

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 1 - Revista Editora Betel

 

 

Mateus: o Evangelho do Reino

 

3 de junho de 2016

 

 

Texto Áureo

E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4.23

 

 

Verdade Aplicada

O evangelho de Mateus demonstra que o Senhor Jesus é o Rei prometido previsto no Antigo Testamento.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 4.23-25

23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

24 E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe, todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos e ele os curava.

25 E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão.

 

Introdução

Teremos ao longo desta primeira lição a fascinante oportunidade de estudar e meditar no evangelho de Mateus, também denominado: evangelho do Reino.

 

  1. Quem foi Mateus?

Tradicionalmente, Mateus é o autor do primeiro evangelho do Novo Testamento, como se configura em nossas bíblias. Seu nome significa “dom de Deus”. Ele foi cobrador de impostos antes de se converter em discípulo do Senhor Jesus. Ele apresenta Jesus e Seus discursos da maneira mais pedagógica possível. O seu evangelho é o do Reino dos Céus.

 

1.1. Mateus, um coletor de impostos.

Mateus trabalhava na coletoria de impostos para o governo romano (Mt 9.9), um cargo publico. Por esse motivo, ele era chamado de “o publicano” (Mt 10.3). Devemos compreender que cobrar impostos para um império pagão e opressor era considerado ato de traição. Daí o motivo de os publicanos serem objetos de ódio dos judeus em geral. Mas, ao que parece, Mateus não era um publicano comum, pois logo que passou a seguir a Jesus Cristo muitos publicanos foram ouvi-lo com apreço (Mt 9.9-13).

 

1.2. Mateus, um dos doze apóstolos.

Ao atender o chamado do Senhor Jesus, Mateus veio a ser um dos doze apóstolos. Ele é citado em parceria com Tomé quando enviado a evangelizar “as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10.3: Mc 3.18; Lc 6.15). Os evangelhos não demonstram grande participação de Mateus no dia a dia do ministério do Mestre. Isso, porém, não significa que ele não fosse participativo. Pelo que foi visto acima, ele conduziu várias almas ao Senhor Jesus, assim como Tomé, seu companheiro, que tinha vários condiscípulos (Jo 11.16). Originalmente, Mateus é chamado de Levi filho de Alfeu, no evangelho de Marcos e Lucas (Mc 2.14-17; Lc 5.27-31).

 

1.3. Mateus, um evangelho precioso.

Sem dúvida, o evangelho de Mateus é de inestimável valor. Não é à toa que o evangelho de Mateus foi aceito e popularizado pela Igreja Primitiva. O fato de o escritor ter pertencido ao grupo dos doze apóstolos, ser uma testemunha ocular de boa parte dos fatos e ter um estilo didático de escrever contribuiu para que essa obra fosse tão amplamente lida, aceita e amada. Alguns atestam que este evangelho fora primeiramente escrito em aramaico e depois traduzido para o grego. Infelizmente, hoje não restam documentos que comprovem isso. Todavia, o certo é que desde bem cedo a Igreja identificava o escrito como o “Evangelho de Mateus”.

 

  1. As origens e o propósito do evangelho.

As questões apresentadas a seguir quanto ao Evangelho são esclarecedoras para o importante estudo das Escrituras Sagradas. Veremos que, embora em nossas bíblias o evangelho de Mateus seja o primeiro do Novo Testamento, ele não foi de fato o primeiro evangelho a ser escrito.

 

2.1. Data.

O evangelho de Mateus foi escrito depois do de Marcos. A data provável para que o evangelho de Marcos tenha sido escrito foi 50 d.C. ou pelo menos uma data antes do ano 60. Enquanto que o de Mateus foi escrito por volta de 70 d.C., logo após a queda do templo de Jerusalém. É importante compreender que essas datas não são categóricas, mas apenas aproximadas. Porém é levado em consideração vários depoimentos dos escritores dos primeiros séculos chamados de “pais da Igreja”. Mesmo assim, não se tem a certeza de em qual ano foi escrito este maravilhoso evangelho.

 

2.2. Destinatários.

O livro de Mateus foi escrito para a cristandade em geral, porém, quando o autor o escreveu, ele pensou primeiramente nos cristãos judeus, mas não deixou de fora os gentios, visto que a essa época o cristianismo já alcançara projeção no Império Romano a ponto de sofrer perseguição por parte de Nero. Se considerarmos o fato de que Mateus evangelizou prioritariamente os judeus após a ascensão do Senhor Jesus, o que, segundo alguns estudiosos, ele fez em um trabalho de quinze anos, não é de causar admiração que ele tenha escrito esse evangelho como um documento mostrando quem era Jesus de Nazaré.

 

2.3. O propósito.

O evangelho de Mateus cumpre vários propósitos simultaneamente, pois trata-se prioritariamente de um registro histórico do ministério do Senhor Jesus e em suas linhas o autor mostra que Jesus é o Rei e Messias prometido. Porém, a julgar o contexto em que foi escrito, pode-se concluir que este evangelho foi escrito para não ficar apenas na tradição oral, porque esta poderia sofrer alterações com o tempo e adquirir versões corrompidas da pessoa do Senhor Jesus, ou versões do propósito e de Seu trabalho profético e messiânico. Dessa maneira, o registro fiel e concatenado dessas coisas contribuiria no sentido de impedir tais deturpações até certo ponto, visto que não impediria o surgimento das versões irreais da pessoa de Jesus.

 

  1. Características gerais do evangelho.

Vimos o cuidado de Mateus quanto a preservação dos fatos em torno da pessoa de Jesus. Mas, quem era Jesus e o que pretendeu? Outrossim, o que se destaca mais no evangelho de Mateus em relação a pessoa do Senhor Jesus? É o que veremos a seguir.

 

3.1. Contexto histórico inicial do evangelho.

O contexto histórico apresentado por Mateus para a pessoa do senhor Jesus situa-se no tempo de Herodes, o Grande (Mt 2.1). Nessa época, a política de Israel estava sob a sua responsabilidade, porém ele era rei vassalo de Roma, governada pelo imperador César Augusto, cujo nome verdadeiro era Gaio Júlio Cesar Otaviano. O Senhor Jesus nasceu num tempo chamado de pax romana (paz romana), porém Paulo trata essa época como “a plenitude dos tempos Deus” Gl 4.4).

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3.2. A apresentação de Jesus.

Nascido em Belém, mas morando em Nazaré, estava um jovem carpinteiro. Ele tinha vários irmãos e irmãs e vivia de maneira comum a seus compatriotas, até que, de repente, ele se destaca de todos. O moço da carpintaria desponta-se na região e em todo o Israel com uma sabedoria e milagres jamais vistos. Então, quem é Ele de fato? Enquanto Marcos procurou enfatizar o Jesus operador de milagres e Messias, Mateus em seu evangelho vai ressaltar os ensinos do Mestre Nazaré. Ele apresenta Jesus como o Messias da linhagem davídica que haveria de vir, o profeta maior do que Moisés.

 

3.3. Questões escatológicas.

O reino dos céus apresentado por Mateus tem dois aspectos gerais: o presente e o futuro. No aspecto futuro, descrito em Mateus 24, o seu propósito em mente ao narrar acontecimentos futuros é falar sobre a segunda vinda de Jesus. No denominado “o sermão do templo”, Mateus narra situações que já sucederam, como a queda do templo de Jerusalém e outras que ainda sucederão. Porém, toda a mensagem é em si uma advertência para que os discípulos estejam atentos, sempre em oração e vivendo em constante cuidado. Cuidado esse para que não fossem enganados e também cuidado consigo mesmos para que não se entregassem a todo o tipo de dissoluções.

 

Conclusão

O Reino dos céus é apresentado por Mateus de forma surpreendentemente didática, convincente e com ampla aceitação. Sem dúvida, trouxe um grande legado não só para a cristandade, mas ao mundo inteiro onde o evangelho chegou.

 

Questionário.

 

  1. De que maneira o Senhor Jesus é apresentado por Mateus?

 

  1. O que fazia Mateus antes de seguir Jesus?

 

  1. O menino Jesus nasceu no tempo de que rei?

 

  1. Qual era a profissão de Jesus?

 

  1. Como é chamado o sermão profético de Jesus em Mateus 24?

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2 - Revista Betel

 

 

Jesus, o Rei da Glória entre nós

10 de Julho de 2016

 

 

Texto Áureo

“Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)” Salmos 24.10

 

Verdade Aplicada

O nascimento de Jesus marcou um novo início na experiência humana, pois foi a manifestação viva do plano da redenção.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 1.21-25

21 E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:

23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL. Que traduzido é: Deus conosco.

24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,

25 E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.

 

Introdução

Falar da manifestação do Rei da Glória entre nós é reviver as profecias, a história e o sentimento divino narrados por Mateus nos capítulos 1 e 2. Veremos como o nascimento como o nascimento de Jesus nos mostra a fidelidade e providência divina.

 

  1. A genealogia do Rei.

Ao iniciar seu evangelho, Mateus procura demonstrar a identidade real do Senhor Jesus. Embora a Igreja fosse formada de judeus e gentios, ele, porém, tinha em mente os judeus. Eles eram mais exigentes por causa da das profecias veterotestamentárias. Eis o motivo de Mateus deixar registrada a genealogia do Senhor Jesus.

 

1.1. O propósito da genealogia.

A genealogia tem como finalidade mostrar a origem de um indivíduo. Para os gentios isso não é um interessante, mas para os judeus era uma maneira de começar uma leitura. O objetivo é mostrar que Jesus, o Messias, tem origens que correspondem às profecias (2Sm 7.16; Is 9-7; Jr 23.5). Do contrário, seria um falso messias e não precisaria ser temido nem honrado como tal. Muitos desprezaram a Jesus, taxando-o de mero carpinteiro, filho de José, um simples carpinteiro (Mt 13.55).

 

1.2. Curiosidade numérica.

A genealogia apresentada por Mateus não era apenas importante, mas também curiosa. A primeira curiosidade reside no fato de provar que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Como a promessa se referia a linhagem específica de Davi, então cumpria Mateus prova-la. Ora, no sistema hebraico não havia números, mas as letras tinham a equivalência numérica, como por exemplo nos algarismos romanos. Davi era escrito dwd, apenas consoantes, então a letra d = 4e a w = 6, e o d = 4, o que dá um total de 14. Dessa maneira, Mateus faz três jogos de 14 gerações, por causa da importância também simbólica que os judeus dão.

 

1.3. A presença feminina.

Era uma coisa incomum constar mulheres nas genealogias judaicas. Contudo, isso não significa que matriarcas importantes como Sara, Rebeca, Raquel, Leia e outras não fossem mencionadas. É claro que elas eram lembradas nas conversações domésticas e nas sinagogas. Mas Mateus menciona cinco mulheres: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); a mulher de Urias, o heteu, cujo nome é Bate-Seba (Mt 1.6); e finalmente Maria, a mãe de Jesus. O mais extraordinário é que, além de serem mencionadas, algumas estão associadas a lembranças pecaminosas: Tamar seduziu o sogro; Raabe tinha sido prostituta em Jericó; Rute não era judia, mas uma moabita convertida. Através delas, constatamos a eloquente misericórdia de Deus.

 

  1. A concepção e nascimento do Rei.

Há muito tempo que a descendência de Davi saíra do governo de Israel. Esse fato por si só contraria o plano da redenção. Tanto os governantes de sua linhagem quanto o próprio povo se afastaram de Deus terrivelmente. Mas tal coisa não seria um obstáculo absoluto para a concepção e nascimento do Salvador.

 

2.1. A concepção virginal.

Mateus faz-nos conhecer um pouco de quem era Maria e isso é muito importante. Maria era uma virgem, no grego “parthenos”, que significa alguém que nunca teve relação sexual, mas também virgem núbil. Quer dizer, virgem com idade para casar-se. Quando o Salvador foi gerado no ventre de Maria, ela era uma jovem noiva com José, mas conservava-se pura. Assim como José era um homem justo e temente a Deus, Maria também era. Foi nessa condição que ela se tornou mãe do prometido Salvador. O Messias prometido não seria gerado no ventre de uma moça e rapaz que não temessem a Deus.

 

2.2. O dilema de José.

Este foi um fato polêmico para José, pois sua noiva estava grávida! E agora? De alguma forma, José notou e soube que sua noiva prometida estava gestante. Isso foi embaraçoso para ele, pois ele não era o responsável, logo não queria assumir aquela paternidade. Por outro lado, gostava da moça e não queria expô-la publicamente. A saída que ele encontrou foi deixa-la de modo discreto. Quando, porém, ele chegou a essa conclusão, Deus interviu por meio de um anjo, dizendo-lhe: “Não temas receber Maria... o que nela está gerado é do Espírito Santo”. Além disso, disse-lhe ainda que seu nome seria Jesus, porque Ele salvaria o seu povo de seus pecados.

 

2.3. Jesus nasce em Belém.

Jesus nasce no tempo do rei Herodes, o Grande, em Belém da Judéia. Por que o menino Salvador haveria de nascer na cidade de Belém? Na verdade, a palavra Belém vem do hebraico e significa “Casa do Pão”. Belém é o mesmo lugar que morou Rute, a moabita que se casou com Boaz e gerou a Obede, que gerou a Jesse, pai do rei Davi. Deus escolheu Belém para o nascimento do menino Messias. Observe que José não residia lá, porém, por causa do censo de César Augusto, o Verbo Eterno em Belém se manifestou, vindo a nascer numa manjedoura por falta de lugar na estalagem.

 

  1. O Rei infante achado e perseguido.

Mateus fala de magos à procura de Jesus para adorá-lo e presenteá-lo, mas quem eram aqueles magos? Os magos não devem ser confundidos com aqueles adivinhos dos tempos de Daniel ou os trapaceiros e encantadores dos Atos dos Apóstolos. Eles eram homens sábios, tementes a Deus e esperavam o Messias.

 

3.1. A vinda dos magos do Oriente.

Não se sabe quantos foram os magos. Certo é que eles chegaram a Jerusalém em busca do menino rei. Em Jerusalém, no palácio de Herodes, eles disseram que tinham visto no Oriente a estrela que indicava o nascimento do menino, Rei dos judeus, e, portanto, estavam ali para adorá-lo. Tal afirmativa deixou Herodes perturbado. Tanto que ele se viu obrigado a fazer alguma coisa. Ao saírem do palácio, reavistaram a estrela e, por fim, chegaram a Belém, onde o menino estava e o adoraram, presenteando-lhe. Este fato confirma uma vez mais que Deus nada faz sem antes avisar aos Seus servos.

 

3.2. O ciúme doentio de Herodes.

A chegada dos magos, junto com a notícia de que nascera o Rei dos judeus, agitou fortemente a Herodes e os de Jerusalém (Mt 2.4). Herodes a princípio conteve-se, mostrando interesse em saber do menino para posterior adoração. Os magos, porem, nada perceberam do doentio ciúme de Herodes da sua própria governança e de sua real intenção. Certo é que, ao perceber que os magos não lhe retornaram com as notícias, Herodes ordenou o infanticídio de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém. Ele é um exemplo de como o ciúme pode chegar a um nível extremo. Devemos evitar este tipo de sentimento.

 

3.3. A fuga e o retorno.

Herodes, homem sanguinário, trazia sobre sí o sangue de muitos e até da própria família. Isso representava uma séria ameaça à vida do menino e aos planos de Deus. Mas José foi sobrenaturalmente ordenado por meio de um anjo a que fugisse para o Egito e levasse consigo a Maria e o menino. Dessa maneira, Jesus foi protegido da ira de Herodes quando ocorreu o infanticídio. José só retornou após a morte de Herodes por expressa orientação divina, indo morar em Nazaré.

 

Conclusão.

O Filho de Deus nasceu de uma virgem núbil. Ele foi necessitado de proteção como qualquer ser humano. Deus, para preservá-lo, guardou-o até que chegasse a cruz, cumprindo totalmente o Seu plano de redenção. Devemos saber e crer sem vacilar que Deus cumprirá tudo quanto disse e nada frustrará os Seus planos.

 

Questionário.

 

  1. O que demonstra a genealogia de Jesus?

 

  1. Cite quatro mulheres da genealogia de Jesus.

 

  1. Maria era uma virgem núbil. O que era isso?

 

  1. Jesus nasceu no tempo de que rei?

 

  1. O que fez Herodes ao perceber que os magos não voltaram?

 

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 3 - Revista da Editora Betel

 

A Voz do que Clama no Deserto.

17 de julho de 2016

 

 

Texto Áureo

“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele”. Mateus 11.11

 

Verdade Aplicada

João Batista foi a voz do que clama no deserto e abalou a todo Israel em seus dias.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 3.1-5

1 E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia,

2 E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

3 Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4 E este João tinha o seu vestido de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.

5 Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão;

 

Introdução

O Reino de Deus estava para ser imediatamente manifestado em Israel em sua plenitude na pessoa e obra do próprio Messias. Para esta grande chegada os homens precisavam preparar um caminho em seus corações.

 

  1. Antes de falar de João.

Um longo tempo se passou desde o retorno de Jesus do Egito e o estabelecimento da família em Nazaré. Enquanto Jesus ainda estava morando em Nazaré. João apareceu no deserto da Judeia.

 

1.1. Jesus e Sua família.

Jesus nasceu numa família estruturada. José era pai de coração de Jesus, pois este foi gerado pelo Espírito Santo, e Maria a sua mãe. Jesus era sujeito a ambos (Lc 2.51). Ele tinha irmãos (Tiago, José, Judas e Simão) e irmãs (Mc 6.3). Na falta de José, Ele possivelmente ajudou cuidar do sustento deles, visto que falecera antes do início de Seu ministério público. Ou seja, Jesus, ao aprender a profissão de carpinteiro, cumpriu com o dever de filho primogênito após o falecimento de José, Isso se pode concluir por ocasião das bodas de Caná, posto que ali José aparece (Jo 2.1-12).

 

1.2. Jesus e o Seu desenvolvimento pessoal.

Não temos detalhes sobre a vida do Senhor Jesus. O que temos são noções breves do que lhe aconteceu com base nos outros evangelhos. Infelizmente, é aí que os inimigos de Jesus de Nazaré de hoje tentam lançar suas heresias para pôr em dúvida a Sua divindade. Porém, com certeza o que podemos afirmar é que Jesus em Nazaré se desenvolveu num lar comum à sua época com sabedoria, graça e também fisicamente (Lc 2.52). Ele também aprendeu a ler e escrever na sinagoga (Lc 4.16-17), e, posteriormente, herdou a profissão de José (Mc 6.3).

 

1.3. Jesus e Sua vida religiosa.

Jesus praticou a vida religiosa como qualquer pessoa que nasceu no contexto de um lar judaico. Ele foi circuncidado ao oitavo dia, em seguida foi apresentado no quadragésimo dia no templo. As crianças de sua época eram encaminhadas à sinagoga, onde decoravam a Torá a partir dos cinco anos. Ali também aprendiam a ler e escrever. Aos treze anos, o rapaz se tornava homem, ou seja, era lhe declarado a maioridade em uma cerimônia especial, chamada bar-mitzvá, que significa “filho da Lei”. Os judeus se reuniam em assembleia na sinagoga e o menino lia um trecho da Lei de Moisés. Este evento era celebrado com grande alegria. Jesus também orava e participava das festas religiosas com a sua família.

 

  1. João, a voz do que clama no deserto.

João, a “voz do que clama no deserto”, rompeu com um silêncio profético de quatrocentos anos. Ele veio preparar os corações para a chegada do Messias, por isso denunciava os pecados, advertia-os frontalmente do juízo vindouro e pregava a promessa de um glorioso batismo de fogo.

 

2.1. A pessoa de João Batista.

Ele foi um homem que desempenhou o seu ministério de modo brilhante e fora do normal, como cumprimento do que dissera o profeta Isaías (Mt 3.3; Is 40.3-4). João era um homem resignado e por isso morava no deserto. Ele se vestia de peles de camelo e se alimentava de mel silvestre (Mt 3.4). Era como a luz que brilhava em meio as densas trevas. João denunciava o pecado de quem quer que fosse: pessoas comuns, publicanos, militares, sacerdotes, etc. Nem mesmo Herodes Ântipas, aquele que tomou por esposa a mulher de seu irmão Filipe, foi poupado (Lc 3.19). João Batista foi o mensageiro profetizado que prepararia o caminho, o Elias que deveria vir e veio (Mt 11.10, 14).

 

2.2. A mensagem de João Batista.

A mensagem central de João era a chegada do Reino de Deus. E ali, no deserto da Judeia, ele rompeu com o silêncio profético a fim de preparar os corações para este momento. Muitos Judeus sabiam e sentiam em seus corações que chegara um novo tempo acerca do qual deveriam estar preparados. A mensagem de João foi tão incisiva, urgente preparatória como se necessita hoje. Esta mensagem tinha três aspectos: o arrependimento a ser demonstrado com frutos dignos dessa atitude mental e comportamental (Mt 3.2, 8); a severa advertência do juízo e castigo vindouro aos impenitentes (Mt 3.7); e por último o anúncio do batismo de fogo (Mt 3.11-12).

 

2.3. A procura por João Batista.

Pessoas de todas as classes sociais buscavam a João. Grande era a afluência de pessoas vindas de todas as partes de Israel à procura dele, mas principalmente de Jerusalém e da circunvizinhança do Jordão (Mt 3.5). Mateus também fala de fariseus e saduceus que eram duramente advertidos e chamados de raças de víboras, por serem resistentes e duros de coração (Mt 3.7-10). Qualquer um que lê a narrativa de Mateus fica surpreso com a apresentação de João e de como ele era procurado. Porém os fatos não param por aí, pois até mesmo o Senhor Jesus procurou João para ser batizado. O plano divino era para todos, mas nem todos o acataram, como hoje também acontece.

 

  1. João e seu ministério batismal.

Dois eram os batismos anunciados por João. Um batismo natural em água que cabia a João batizar e o outro sobrenatural que apenas caberia a Cristo fazê-lo. E aí temos o ponto culminante com a chegada de Jesus para receber o batismo em água.

 

3.1. O batismo com água e sua finalidade.

A palavra “baptizo” no grego significa “mergulho”, ou seja, o que João quis dizer literalmente em Mateus 3.11 foi, “eu vos mergulho em água para o arrependimento”. O mergulhar aqui não significa o arrependimento em si, mas um símbolo deste. Eis aí o motivo pelo qual as igrejas pentecostais escolhem o batismo por imersão.

 

3.2. A mensagem do batismo sobrenatural.

Quanto ao batismo sobrenatural há um quê de profético nas palavras de João, pois de antemão ele anunciava algo além de seus dias. Este batismo cabia àquele acerca do qual João não era digno de desatar as Suas sandálias cumprir. E era o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Este batismo é um mergulho sobrenatural no Espírito Santo e em Seu fogo, a fim de capacitar o cristão a tornar-se testemunha de Cristo. João Batista frisou: “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”. Todos nós precisamos desse batismo e João mesmo disse a Jesus: “eu careço de ser batizado por ti” (Mt 3.14).

 

3.3. O batismo do Senhor Jesus.

O Senhor Jesus saiu da Galileia à procura de João para ser batizado. O batismo em água era para o arrependimento dos pecados. Porém, no caso de Jesus tinha um sentido diferente, visto que Ele é o Filho de Deus, gerado e nascido sem pecado. Assim, o Seu batismo representa a Sua morte e ressurreição em favor dos pecadores (Jo 12.23-24). Inicialmente, João recusou batizar Jesus e disse a Ele: “Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?” Mas o Senhor disse-lhe: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. Ao receber o batismo, o Senhor Jesus deixa–nos um precioso exemplo para todos os Seus futuros discípulos. João depois de batizá-lo tem uma grande confirmação, isto é, ele vê os céus abertos, vê o Espírito de Deus descer sobre Jesus e ouve a voz de Deus dizendo-lhe: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.”

 

Conclusão.

Mateus fala da grandeza de João Batista. Seu ministério foi fecundo e profético, encerrando dessa maneira a dispensação do Antigo Testamento. O Senhor Jesus ao receber o batismo de João deixou-nos um grande exemplo a ser obedecido.

 

Questionário.

 

  1. O que Jesus herdou de José?

 

  1. A expressão “voz que clama no deserto” refere-se a quem e por quê?

 

  1. O que João vestia e se alimentava?

 

  1. Qual era a mensagem de João?

 

  1. O que representa o batismo de Jesus, visto que Ele não tinha pecado?

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 4 - Revista da Editora Betel

 

 

Jesus Venceu a Tentação e o Tentador

24 de julho de 2016

 

 

Texto Áureo

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4.15

 

Verdade Aplicada

Jesus obteve vitória decisiva na tentação no deserto. Do mesmo modo, o cristão deve vencer suas tentações.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 4.1-4; 11

1 Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.

4 Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

 

11 Então o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos e o serviram.

 

Introdução

Através da narrativa da tentação de Jesus no deserto, podemos entender como se caracteriza as investidas do diabo com o intuito de fazê-lo pecar e desviá-lo assim do plano divino. Veremos, porém, como Ele venceu.

 

  1. Conduzido à tentação.

Depois de receber o batismo de João, cumprindo assim a justiça de Deus, Jesus foi conduzido a preparar-se para o Seu ministério público.

 

1.1. Local da tentação.

O deserto foi o lugar da tentação. Foi um lugar literal que Jesus se dirigiu a fim de se preparar para o início de Seu ministério. Não se deve pensar que se tratou de uma luta interior do Senhor Jesus instigada pelo tentador, ou que tal lugar seja simbólico. Aquele lugar era de fato um lugar ermo, desabitado e solitário, para onde o Espírito Santo o dirigiu. Por outro lado, não se deve pensar que depois daquela provação o tentador o deixou definitivamente (Mt 16.23; Lc 4.13: Jo 6.70). Interessante é que o Servo de Javé foi tentado e triunfou no mesmo lugar em que buscou a Deus e por Ele foi orientado a permanecer algum tempo.

 

1.2. Tentação e tentador.

A tentação chegou para Jesus imediatamente ao término de Seu jejum de quarenta dias, quando ainda estava no deserto. Evidentemente, não existe tentação sem tentador, isto é, o elemento que vem para tentar. Percebe-se que a ida de Jesus ao deserto foi conduzida por Deus para um teste. Todavia, o tentador tinha um propósito: acabar com Jesus e o plano da redenção. Não é à toa que há certa ênfase na descrição do tentador como diabo, que significa mentiroso, caluniador. Porém, ele nada conseguiu com Jesus. Mesmo sofrendo diferentes tentações, Ele resistiu, pondo em fuga o tentador.

 

1.3. Instrumentos da tentação.

O diabo foi a Jesus assim que Ele sentiu fome. Podemos então concluir que o diabo pode tentar a qualquer pessoa, se aproveitando das suas carências físicas e apetites. Porém o seu alvo principal era pôr dúvida a identidade divina de Jesus: “Se tu és o Filho de Deus” (Mt 4.3, 6). O diabo, nosso adversário, sempre vai nos tentar em momentos de fragilidade, usando nossos apetites e tentando-nos com dúvidas. Ele não tem pressa, está sempre à espreita, aguardando o melhor momento para desferir o seu golpe, como fez com Eva, que caiu e levou seu marido à queda também. Porém, com vigilância, oração e autoridade, assim como Jesus venceu, nos venceremos também o tentador.

 

  1. Esferas da tentação.

Não se deve confundir tentação com pecaminosidade. Ser tentado não é pecar, pois, caso fosse assim, Jesus teria pecado, mas não foi isso que aconteceu.

 

2.1. Carências de natureza física.

Jesus estava num lugar deserto. Ali, na solidão, não haveria testemunhas de que Ele houvesse pecado. O seu compromisso com Deus e com Sua missão permaneceu firme, apesar de toda a provação. Ele não pecou, mas recusou-se satisfazer a Sua fome ouvindo o diabo. Ao contrário, Jesus concentrou-se na Palavra de Deus e fez uso dela para combater a tentação, dizendo: “Esta escrito”. Jesus não entrou em discussão com o diabo, nem afirmou Sua fome ou a negou, porém disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. O segredo para vencer a tentação é confessar a Palavra de Deus.

 

2.2. Prazer nas coisas religiosas.

Quando o diabo percebeu que, se fosse o caso, Jesus morreria de fome, mas não cederia, decidiu tentá-lo pelo uso das coisas religiosas, ou seja, pelo fanatismo. Nessa investida, o diabo se utiliza de seu próprio poder para transportá-lo ao pináculo do Templo de Jerusalém. Também se utiliza da passagem bíblica de Salmos 91.11-12 e insiste em que Ele prove que é o Filho de Deus. A expressão “Se tu és” tanto era para que Jesus provasse quem Ele era, quanto, para gerar dúvida. Jesus não tinha que provar nada ao diabo. Deus falara com Ele ao sair da água do batismo no Jordão. Isso por si só já basta para Sua própria convicção. Mesmo assim, Jesus respondeu ao tentador: “Não tentarás o Senhor teu Deus”.

 

2.3. Ambição pelo poder.

O diabo estrategicamente deixou por último a maior tentação: a ambição pelo poder. O tentador oferece a Jesus os reinos do mundo e a glória deles como se pertencessem a ele em troca de adoração. Jesus não discorda de Satanás, mas sabe que se trata de um blefe. O Filho de Deus jamais aceitaria qualquer coisa que viesse das mãos do seu adversário, muito menos receber poder temporal. Além do mais, seria inconcebível Jesus se prostrar diante de qualquer criatura. Por isso, Ele o expulsa da Sua presença imediatamente, citando a Escritura (Dt 6.13). Ao contrário de Jesus, outros caíram nesse pecado como Adão e Eva (Gn 3.1-7).

 

  1. O triunfo sobre a tentação.

Ser tentado não significa pecar contra Deus, mas sim um estado incômodo que precisa ser vencido. A seguir, veremos que os passos que conduziram a Jesus à vitória foram descritos por Tiago (Tg 4.7).

 

3.1. Sujeitando-se a Deus.

Sujeitar-se a Deus é submeter-se a Ele. É obedecê-lo como servo dócil. Foi dessa maneira que Jesus se colocou, isto é, na condição de servo obediente de Deus, como profetizando acerca dele por Isaias (Is 42.1). O Servo de Deus operaria com prudência, seria elevado e mui sublime (Is 52.13). Embora o Jesus seja o Filho amado de Deus, condicionou-se a si mesmo à posição de servo até Deus o exaltá-lo. Assim, Jesus deixou o exemplo, para que seguíssemos as Suas pegadas (Mt 3.17; Fp 2.5-11).

 

3.2. Resistindo ao diabo.

A provação de Jesus não se restringiu ao deserto, mas durou todo o período em que aqui esteve. Tratou-se de uma provação diferenciada, que precedeu o início de Seu ministério público. O diabo foi insistente, mas Jesus o resistiu e não cedeu um centímetro sequer à vontade do seu adversário. De igual modo, devemos resistir ao diabo, permanecendo firme em nossa fé, pois as mesmas tentações também sucedem aos servos de Deus ao redor do mundo (1Pe 5.8-9). Assim como Jesus venceu o diabo e as tentações, se determinarmos em nossos corações, venceremos as tentações de cada dia e isso já basta até chegarmos ao céu.

 

3.3. Ser servido pelos anjos.

O que significa Jesus ser servido pelos anjos ao término da tentação? Sabemos que os anjos de Deus operam as causas de Deus juntos aos Seus servos de diversas maneiras. Ao fim daquela provação especial, Jesus estava faminto e fraco, então os anjos de Deus trataram de servi-lo em Suas necessidades. Aquela manifestação angelical vem significar o cuidado de Deus para com aqueles que o servem. Lembremos que Jesus estava em missão. É muito possível que também os anjos trouxessem para Ele alguma mensagem de Deus, pois anjo significa “mensageiro” e ali foram enviados alguns. A presença dos anjos naquele deserto com Jesus não era absoluto uma recompensa pela Sua resistência viril ao diabo, mas uma assistência para que Jesus continuasse a Sua missão. Com isso, aprendemos que se formos fiéis a Deus, teremos a assistência de Seus anjos (Hb 1.14).

 

Conclusão.

Ao longo da narrativa do livro de Mateus, vemos como Jesus venceu o tentador, deixando-nos o Seu exemplo. O tentador procurou desviá-lo do propósito divino da redenção, mas Ele o venceu, permanecendo irredutível, até chegar a cruz e descer ao inferno, mas Deus o exaltou soberanamente.

 

Questionário.

 

  1. Quem conduziu Jesus ao deserto?

 

  1. Quando o tentador se apresentou a Jesus?

 

  1. Qual foi o alvo principal do diabo em relação à identidade de Jesus?

 

  1. Cite pelo menos duas esferas da tentação.

 

  1. Como Jesus sujeitou-se a Deus, Seu Pai?

 

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5 - Revista da Editora Betel

 

 

O Ministério de Jesus Cristo na Região da Galileia

31 de julho de 2016

 

 

 

Texto Áureo

 

“E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.” Mateus 4.18

 

 

 

Verdade Aplicada

 

Jesus escolheu homens simples para que, depois da Sua morte, através deles, o mundo fosse abalado.

 

 

Textos de Referência.

 

 

Mateus 4.23-25

23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

24 E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.

25 E seguia-o uma grande multidão da Galileia, Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão.

 

 

Introdução

 

Nesta lição, estudaremos como Jesus deu início ao Seu ministério público. Veremos Jesus saindo do anonimato de uma carpintaria para depois de Seu batismo atuar pregando, ensinando e curando, até tornar-se extremamente popular.

 

 

  1. O início do ministério público de Jesus.

 

Todo início de ministério profético ocorre a partir de um lugar e com uma mensagem clara. Com Jesus não foi diferente. Depois de vencer a tentação, derrotando o diabo no deserto, agora teria início o Seu ministério na Galileia.

 

 

1.1. Jesus volta para a Galileia.

 

Da Judeia, Jesus retorna para a Galileia, assim que soube que João Batista foi preso. A Galileia, que fica na região norte de Israel, era governada por Herodes Ântipas e sua população era constituída de muitos estrangeiros e judeus mistos. Por isso o profeta Isaías a chama de “a Galileia das nações”. Ao regressar, Jesus passa em Nazaré, mas, de acordo com Lucas, o Seu testemunho não foi aceito lá (Lc 4.16-30). Por isso, Ele foi habitar em Cafarnaum, dando início ao seu trabalho com êxito, exatamente no lugar profetizando e onde frutificou com um maravilhoso discipulado.

 

 

1.2. A pregação de Jesus.

 

Na Galileia, região considerada de trevas, cujo povo estava assentado na região e sombra da morte, a situação mudou, pois Jesus, a resplandecente Estrela da Manhã, anunciou um novo dia por meio de Sua pregação. Suas Palavras tocaram a muitas vidas cansadas, corações feridos e gente sem esperança. Dessa maneira, através de Suas pregações, muitos veem de fato uma luz e se voltam para Deus. Sim, as palavras de Jesus tocam com amor, fé e esperanças e senso de urgência para voltarem-se para Deus e muitos voltam até hoje.

 

 

1.3. Jesus e Sua equipe.

 

Ao chegar a Cafarnaum, que significa “Vila de Conforto” ou “Vila de Naum”, Jesus não perdeu tempo, pois logo passou a pregar e a estar atento a possíveis discípulos. Engana-se quem pensa que Jesus estava à procura de meros seguidores ou simpatizantes para Sua causa, porque Ele não estava. Seguidores Ele já tinha vários, porém Jesus estava atento a discípulos, isto é, aqueles que comporiam a Sua equipe de enviados. Esta equipe seria formada não por intelectuais ou pessoas de grande projeção social, porém de indivíduos com elevada devoção, firmes na decisão de servir a Deus (Jo 15.16).

 

 

  1. Jesus chama ao discipulado.

 

Jesus já iniciara o Seu ministério entre os galileus e precisava multiplicar-se para ter maior alcance. Ele precisava de uma equipe que pudesse reproduzir a Sua mensagem e o que Ele era. Assim, convocou homens ao discipulado.

 

 

2.1. O chamado.

 

Dá para imaginar Jesus andando junto ao mar da Galileia e a conexão que Ele fazia daquele ambiente com a Sua missão? Para o Senhor Jesus o mundo era o mar e os grandes cardumes de peixes a sociedade humana sem Deus e perdida. Ao observar Pedro e André com suas redes, viu nelas a mensagem do Reino, a mensagem de vida que eles trariam aos homens. Dessa maneira, os chamou ao treinamento de uma pescaria celestial: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”. Os peixes do mar morrem quando apanhados, mas nas redes do Reino ganham a vida.

 

 

2.2. Os homens chamados ao discipulado.

 

Inicialmente, Jesus chamou dois pares de pescadores para estar com Ele, para o aprendizado. Estes se tornariam grandes pescadores de almas para Deus. Notem que Deus vê em nós coisas boas, potenciais os quais nem sonhamos tomar parte. Deus deseja que nos tornemos pescadores de almas para o Seu Reino. É claro que Jesus estivera com os quatro pescadores antes. Por exemplo, André e João passaram uma tarde com Jesus (Jo 1.35-39). Assim como André logo apresentou Pedro a Jesus, João deve ter feito o mesmo com seu irmão Tiago e seu pai Zebedeu. Os chamados iniciais foram feitos a pessoas simples, como eu e você, mas com muita vontade de aprender e fazer a obra de Deus.

 

 

2.3. O preço do discipulado.

 

Aqueles homens, ao atenderem o convite de Jesus, logo deixaram as suas redes e os seus barcos. Eles eram profissionais da pescaria e tinham nesses instrumentos o seu sustento diário. O que esses homens tinham em mente quando deixaram a sua profissão? Na verdade, eles previamente experimentaram a mensagem, o poder e a santidade de Jesus, de modo que todos ficaram atemorizados (Lc 5.1-11). Eles sabiam que estavam diante de alguém mui sublime da parte de Deus, por isso adiante de tantas evidências não resistiram ao chamado do Mestre e deixaram tudo. Apenas algum tempo depois foi que eles questionaram o que receberiam em troca (Mt 19.27-30). Sempre valerá a pena atender ao chamado. O prêmio para os que obedecem é incomparavelmente maior do que o investimento!

 

 

  1. As faces do ministério de Jesus.

 

Ao longo do ministério público do Senhor Jesus, Ele foi chamando outras pessoas para compor Sua equipe. Depois os preparou e os enviou às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.1). Enquanto isso não acontecia, o Mestre desenvolvia as várias facetas de Seu ministério público que se revelava em outros ministérios como veremos.

 

 

3.1. Ministério da pregação e ensino.

 

Jesus desenvolveu um trabalho itinerante, tornando a Galileia o Seu circuito, ou seja, Jesus rodeava toda a Galileia desenvolvendo o ministério da Palavra através da pregação e ensino (Mt 4.23). Mateus é bem enfático quanto a isso, pois ele informa que Jesus percorria cidades e povoados (Mt 9.35). O Senhor Jesus ensinava, ou seja, instruía os Seus ouvintes, expondo acerca do Reino de Deus. Às vezes, esse ensino era em tom de conversação e outras em discursos didáticos, mas também de pregação. O Seu auditório era formado de frequentadores das sinagogas e pessoas que se reuniam em casas ou debaixo de uma árvore nos povoados.

 

 

3.2. Ministério de cura e libertação.

 

Enquanto Jesus ensinava e pregava acerca do Reino de Deus, as curas aconteciam. As curas são resultado da palavra da fé ensinada e pregada. Isso era algo novo para todos os galileus e demais judeus, coisa que ora causava admiração, espanto e, com o tempo, muitos ciúmes nos chefes das sinagogas. Tanto a cura das enfermidades físicas como a libertação de possessões demoníacas eram vistas como cura também (Lc 13.10-17), pois os demônios são causadores de desordens psicológicas (Mt 17.14-18; 8.28-34). Quando vamos até Jesus, somos curados e libertados de toda sorte de enfermidade, seja que procedência for (Mt 4.24)!

 

 

3.3. A fama de Jesus em Seu ministério.

 

Jesus foi possuidor de uma fama que extrapolou os limites da Galileia. Ele veio especificamente para os filhos de Israel e orientou que Seus discípulos não saíssem dos termos de Israel (Mt 10.6). Note, porém, que as pessoas do extremo norte de Israel e também dos termos da Síria traziam os seus enfermos para serem curados (Mt 4.24). Não apenas grupos de pessoas iam e vinham a Jesus, mas o acompanhavam grandes multidões originadas de vários lugares: Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e lugares de além do Jordão. A fama de Jesus atravessou não só os lugares de origem, mas também milênios!

 

 

Conclusão.

 

O ministério do Senhor foi como a raiz de uma terra seca para os religiosos contemporâneos. Seu labor não tinha parecer e nem formosura por causa de Sua origem. Jesus, porém, brilhou muito além da carpintaria e das praias da Galileia, visto que Seu brilho é eterno.

 

 

Questionário.

 

 

  1. Quem era o governador da Galileia?

 

 

  1. Como Mateus descreve a Galileia daqueles dias?

 

 

 

  1. O que significa Cafarnaum?

 

 

 

  1. Quem era o pai de Tiago e João?

 

 

 

  1. Qual foi a orientação de Jesus para os Seus discípulos?

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6 - Revista Editora Betel

 

 

As bem-aventuranças do Reino de Deus

 

7 de agosto de 2016

 

 

 

Texto Áureo

 

“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos.” Mateus 5.1

 

Verdade Aplicada

 

Os pertencentes ao Reino dos céus são conhecidos pelo seu caráter, convicção e grande alegria.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 5.3-9

3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;

4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

 

Introdução

 

Bem-aventuranças são o estado permanente da perfeita satisfação e plenitude apenas alcançada pelos súditos do Reino. Isso significa que os Seus discípulos precisam aprender dEle como serem felizes desde já.

 

  1. A descrição das bem-aventuranças.

 

Jesus enunciou aos Seus discípulos uma série de bem-aventuranças. Será que elas têm importância para nós hoje? Sim, elas são um modo de expressarmos um caráter que glorifique ao Pai e de nos realizarmos como súditos do Reino e discípulos de Jesus.

 

1.1. A primeira tríade das bem aventuranças.

 

Bem-aventurado no grego é “macários”, que significa “estado de felicidade profunda”, cujo sinônimo perfeito no português é beatitude. Da mesma raiz latina “beatus”, que significa “feliz”. Deus nos preparou um caminho de felicidade ligado à ética. Felizes são os humildes de espírito em relação a Deus e ao próximo e não os soberbos desse mundo. Afortunados são os que choram, não por tristeza comum, mas por sofrerem pelo Reino dos céus. Felizes são os mansos, capazes de manterem a força da paciência quando sofrem oposição e são insultados.

 

1.2. A segunda tríade das bem-aventuranças.

 

Prósperos são “os que têm fome e sede de justiça” e não os que folgam com a injustiça e a causam. O sentimento da busca pela justiça que vem dos céus deve ser tão forte como a fome, em que a pessoa sinta dor e não seja capaz de pensar facilmente noutras coisas. Os súditos do Reino devem ser cheios de misericórdia e não insensíveis à miséria alheia. Devemos demonstrar a prática da bondade em favor dos miseráveis e aflitos. “Os limpos de coração” são aqueles que cultivam internamente o temor a Deus e se santificam. Os tais terão uma visão beatífica, que é o próprio Deus!

 

1.3. A terceira tríade das bem-aventuranças.

 

Os pacificadores são aqueles que não apenas amam a paz, ou aqueles que preferem a paz do que a uma “boa demanda”, mas são aqueles que promovem pacificação de fato. São os que têm maturidade suficiente para reconciliar inimigos. Os tais tornam-se participantes da natureza divina, ou seja, filhos de Deus. A seguir, “os que sofrem perseguição por causa da justiça” são agentes de transformação de um sistema corrupto e injusto que não se renderão, seja no âmbito religioso, político ou os dois simultaneamente. Na mesma categoria estão os que sofrem perseguição por amor a Cristo. São vítimas de calúnias, perseguição e toda sorte de mentiras. A estes pertencem não só o Reino, mas também o galardão.

 

  1. De quem são as bem-aventuranças?

 

A felicidade é um estado pertencente aos que nasceram de novo, tornando-se assim filhos de Deus (Jo 1.12). É tanto um estado quanto um direito assegurado aos herdeiros de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor.

 

2.1. Dos que pertencem ao Reino dos Céus.

Há dois aspectos em relação ao reino dos Céus referindo-se ao indivíduo: situação e tempo. Em relação à situação, é estar dentro ou fora do Reino. Para os que estão dentro pelo novo nascimento há o aspecto presente e porvir do Reino de Deus. Portanto, esse estado de felicidade pertence aos discípulos de Cristo, aos que ouvem e atendem a Sua Palavra. Ou seja, aos que estão dentro do Reino pelo novo nascimento e obediência. Qual a sua situação em relação ao Reino de Deus? Você já experimentou o novo nascimento?

 

2.2. Dos que cultivam as virtudes do Reino.

 

As virtudes arroladas pelo Senhor Jesus Cristo nas bem-aventuranças são: humildade, choro, mansidão, sede e fome de justiça, misericórdia, santificação a partir do coração e o ser perseguido por causa da justiça e por amor a Cristo. Para alguns, nem todas deveriam ser consideradas virtudes, pois o choro e a mansidão poderiam ser consideradas como fraquezas. Não devemos nos preocupar com isso, pois Jesus determinou como virtude. A mentalidade natural nunca entenderá as coisas do Espírito (1Co 2.14). Paulo também discorre sobre a maioria das bem-aventuranças, porém ele as chama de fruto do Espírito.

 

2.3. Dos que sofrem pela justiça e por Cristo.

 

A felicidade que Jesus fala não abre mão do sofrimento. Se observarmos, o sofrimento se faz presente desde a primeira bem-aventurança até a última. Vivemos num mundo que idolatra a soberba e a autossuficiência. Dessa maneira, a humildade não é bem-vinda e ainda merece desprezo, oposição velada ou até mesmo escárnio. Ser fiel a Deus é suportar essas coisas com paciência e resignação até a morte. Ninguém gostaria de sofrer ou sentir alguma dor por coisas boas, mas o mundo se afastou de tal maneira de Deus que não tem como ser diferente. Há lugares em que cristãos são presos, torturados, confiscados os seus bens, entre outros. Entretanto, eles não devem ser considerados desafortunados, mas venturosos.

 

  1. Os porquês das bem-aventuranças.

 

As bem-aventuranças são seguidas de oito porquês. Isso indica uma ênfase de Jesus Cristo em mostrar a razão delas. Significando também que a fé cristã não é “um tiro no escuro” e nem há surpresas totais, posto que Jesus é absolutamente transparente e a felicidade profunda do Reino é garantida.

 

3.1. As promessas aos felizes.

 

A vida cristã é feliz por ser resultado da comunhão, da presença de Deus e da perseverança dos santos. Mas a verdade é que nem sempre isso pode ser constatado. A explicação está na ausência de alguma das coisas supracitadas, ou de todas elas, tornando essa pessoa um cristão nominal, mas de fé morta. Porém, ao nos voltarmos para as bem-aventuranças, elas estão cheias de ditosas promessas: “serão consolados”, “herdarão a terra” etc. Assim, o fiel Deus tem um constante sentimento auspicioso.

 

3.2. A alegria da esperança dos felizes.

 

A alegria do cristão não é um sentimento que este passivamente torna-se recebedor. É antes o resultado de uma escolha, de um cultivo e de obediência. Note que o Senhor Jesus diz: “Exultai e alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus” (Mt 5.12). Paulo também fala sobre a alegria sob a mesma perspectiva (Rm 12.12; 2Co 13.11; Fp 4.4). Pela comunhão que cultivamos, já temos o fruto do Espírito denominado gozo, mas ante a expectativa de tais promessas devemos nos exultar e alegrar. Infelizmente, nem todos compreendem e obedecem esta palavra Jesus. Ao contrário, são manhosos, murmuradores e cheios de autopiedade, passando uma impressão muito negativa. Porém, haverá sempre os fiéis que exultam na esperança.

 

3.3. O resultado da identidade dos felizes.

 

As bem-aventuranças são atitudes e sentimentos que geram uma identidade de filhos de Deus. Os filhos de Deus têm uma maneira própria de pensar, de agir e de sentir que os tornam parecidos com o Pai celestial. É dessa maneira que eles são sal e luz do mundo, ou seja, toda uma vida que agrada a Deus e gera a glorificação do Seu Santo Nome. Somos desafiados a brilharmos diante dos infiéis com boas obras e dessa maneira glorificarmos ao Pai celestial. O apóstolo Pedro mais tarde também escreve sobre o assunto (1Pe 2.12). Este é um alvo que devemos perseguir.

 

Conclusão.

 

As bem-aventuranças são tanto um estado de felicidade quanto um compromisso ético daqueles que são filhos de Deus, cujo objetivo final é, através do novo pensar, ter um estilo de vida que glorifique a Deus.

 

Questionário.

  1. O que significa bem-aventurança?

 

  1. O que a mentalidade natural nunca entenderá?

 

  1. De quem são as bem-aventuranças?

 

  1. Quantos são os porquês das bem-aventuranças?

 

  1. A alegria de Cristo em nós é resultado de quê?

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7 - Revista da Editora Betel

 

 

Jesus Incentiva a Prática da Vida Devocional

14 de agosto de 2016

 

 

 

Texto Áureo

 

E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Hebreus 12.11

 

 

Verdade Aplicada

A prática dos exercícios espirituais tem uma recompensa, desde que não sejam para sermos vistos pelos homens.

 

 

Textos de Referência.

 

Mateus 6.2; 5; 6

2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a porta, ora a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.

 

 

Introdução

As práticas devocionais devem ser exercidas de modo a serem aceitas por Deus. Tanto faz que seja esmola dada ao próximo, ou a atitude de orar a Deus ou de jejuar. A validade destes exercícios está na maneira correta de fazê-los.

 

 

  1. A respeito do dar esmolas.

Acerca do exercício de dar esmolas, embora seja uma prática que se destina ao próximo, ela deve ser endereçada a Deus. Qualquer pessoa que parte deste princípio espiritual terá galardão junto ao Pai Celestial. Ao contrário do que alguns pensam, quanto à recompensa vinda do Autor da vida, esta deve ser estimulada, buscada e cultivada sempre (Fp 3.14).

 

 

1.1. Um ato feito ocultamente.

A prática de dar esmolas é considerada a primeira prática da piedade judaica. Naqueles tempos não havia aposentadoria ou plano assistencial às viúvas e pessoas com deficiência física. Então, vários pedintes se encontravam nas ruas e na porta do templo de Jerusalém em busca de esmolas para a sua sobrevivência. Para alguns que tinham uma condição financeira melhor, era uma enorme tentação, através do esmolar, “ser visto pelos homens”. Hoje, ainda que estejamos em tempos diferentes, nós devemos aliviar a dor e a fome alheia como recomenda o Senhor.

 

 

1.2. O ato de “ser visto pelos homens”.

A piedade deve ser praticada para Deus e não para nós. O “ser visto pelos homens” significa que alguém que dá esmolas, ou ora a Deus ou jejua, pratica tais exercícios espirituais visando glorificação humana. Se recebermos o louvor por aqui, então já teremos recebido a recompensa e não a teremos no Reino dos céus. O súdito do reino tem uma conta bancária em que ajunta os seus tesouros de boas obras, aliás, fomos criados em Cristo para as boas obras (Ef 2.10). Toda vez que as fazemos com a motivação correta e de modo discreto para Deus ver, o nosso saldo aumenta (Lc 12.21).

 

 

1.3. Como dar esmolas.

Dar esmolas é um dever sagrado. A certeza disso é que o Senhor Jesus regulamentou como fazê-lo. Quando Ele disse: “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita”, para um entendimento prático, façamos uma paráfrase: “Quando você der esmola com a mão direita, não procure recebe-la tão depressa com a mão esquerda, dê a sua esmola de modo sigiloso e teu Pai celestial te recompensará publicamente”. O contrário disso é ser como hipócritas, ou seja, menos atores que com máscara de religiosidade querem ser vistos por todos. Tais atores já receberam a sua recompensa. Porém, ao fazer da maneira e com a motivação correta, tem uma recompensa pública certa.

 

 

  1. A respeito da oração.

A oração foi o segundo exercício devocional digno de atenção dentro dos ensinos do Senhor Jesus. Era necessário que a oração dos judeus fosse orientada em vários detalhes para que ela fosse aceita por Deus. Caso contrário, ela ficaria sem efeito, como um sacrifício no templo quando rejeitado por Deus.

 

 

2.1. Orar a Deus e para Deus.

Acerca da oração e jejum, assim como o esmolar, Jesus não permite que tais exercícios espirituais sejam como representações teatrais. Ou seja, como fazem os hipócritas. Se a motivação é persistente em ser reconhecido pelos homens, tal oração não terá efeito junto a Deus, não promoverá transformações nos homens e será destituída de galardão nos céus. Quando alguém faz a sua oração de modo a ser notado, para que os outros saibam, este já recebeu seu galardão. Devemos orar a Deus e para Deus, isto é, devemos evitar qualquer tipo de publicidade de um momento que é nosso com Deus. Assim, devemos entrar no nosso aposento e ali derramarmos nossas súplicas diante de Deus.

 

 

2.2. Orar a Deus sem vãs repetições.

A oração deve ser uma expressão clara da alma para com Deus. Os pagãos presumiam que pelo repetirem muito as preces e tagarelarem com palavras inúteis convenceriam a divindade de que seriam ouvidos. Jesus estava familiarizado com esse tipo de prática de muitos galileus pagãos e que os judeus dali passaram a imitar. E eram essas rezas repetitivas e sem entendimento que Ele censurou. Por outro lado, algo deve ficar bem claro: nada impede que se ore e se repita um mesmo assunto. Lembremo-nos que o próprio Senhor Jesus lançou mão disso (Mt 26.44; Lc 6.12).

 

 

2.3. Como orar eficazmente.

A oração do “Pai nosso” é esboço do conteúdo daquilo que devemos orar. Vejamos então como é orar de modo eficaz. “Pai nosso, que estás nos céus” fala de comunhão nossa com o Pai celestial. “Santificado seja o teu nome” mostra que devemos chegar à presença de Deus com adoração. “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” orienta a pedir a vontade de Deus para a nossa vida, família, igreja e nação. “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” é uma petição pela alimentação. “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim...” fala que devemos pedir perdão a Deus, assim como perdoamos os nossos semelhantes. “E não nos induzas a tentação, mas livra-nos...” é um pedido de proteção a Deus. “Porque teu é o reino, e o poder, e a glória” é o término com adoração.

 

 

  1. A respeito do perdão e do jejum.

Ainda ligado à oração, temos duas práticas imprescindíveis: o perdão e o jejum. O perdão e o jejum. O perdão e o jejum como exercícios espirituais, quando praticados com discernimento, ajudam o crente a alcançar grandes experiências na vida cristã.

 

 

3.1. A importância do perdão na oração.

O pecado separa o homem de Deus. Mesmo que este homem seja servo de Deus, ele precisará do perdão do seu próximo. Porém é necessário que este homem se arrependa e peça perdão a Deus para estar com Ele reconciliado. Como servos de Cristo só alcançaremos o perdão divino caso perdoemos do íntimo o nosso ofensor (Mt 18.35). Não temos permissão para caminharmos magoados com o nosso próximo. Mesmo que ele não peça a nós perdão, nós devemos perdoá-lo.

 

 

3.2. O que evitar no jejum.

Evitar a aparência de que jejua. O jejum deve ser um exercício espiritual direcionado a Deus, mas secreto em relação aos homens. Logo, deixar de lavar o rosto, deixar o cabelo desalinhado e mostrar o semblante abatido e triste é algo próprio dos hipócritas. Ou seja, daqueles que se apresentam com máscaras, mostrando uma coisa que de verdade não são. Aqueles atores buscam palmas, o serem vistos pelos homens com justiça, mas o jejum, bem como os outros exercícios espirituais, não deve ser assim.

 

 

3.3. O jejum eficaz.

A maneira correta de se jejuar trará ao servo de Jesus Cristo uma recompensa. Todavia, para que isso suceda, precisamos entender que o jejum é uma arma secreta, que, se usada ocasionalmente, assim como o esmolar, deve ser um ato alegre. Uma vez definido o alvo do jejum, que pode ser mostrar a Deus tristeza pelo pecado, ou preparo para maiores desafios espirituais, etc., devemos fugir de todo orgulho espiritual. A maneira de se jejuar ensinada pelo Senhor Jesus é procedermos como se fôssemos a uma festa, ou seja, “unge a tua cabeça e lava o teu rosto”. Para fraseando o que foi dito: “tome um bom banho e passe um bom perfume, como se você fosse a uma festa”.

 

 

Conclusão.

Vimos ao longo desta lição que o senhor Jesus Cristo nos ensina usando contrastes. Ele mostra a forma errada e a certa de realizarmos as práticas devocionais. Sendo assim, somos desafiados a vivermos um cristianismo disciplinado, porém jubiloso.

 

Questionário.

  1. Segundo a lição, qual era a primeira prática da piedade judaica?

 

  1. O que significa “ser vistos pelos homens”?

 

  1. O que presumiam os pagãos com as vãs repetições?

 

  1. O “Pai nosso” é um esboço de quê?

 

  1. O que se deve evitar no jejum?

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8 - Revista da Editora Betel

 

 

Os tesouros do Reino de Deus

21 de agosto de 2016

 

 

Texto Áureo

“Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” Lucas 12.21

 

Verdade Aplicada

Há dois tipos de tesouros que podem ser buscados e cultivados pelos homens: os materiais e os espirituais.

 

Textos de Referência.

 

 

Mateus 6.19-21 e 24

19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.

20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.

21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

24 Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

 

Introdução

Os tesouros materiais podem ser dinheiro, joias, bens, pedras e metais preciosos, etc. Os tesouros espirituais e eternos são a nossa entrada pela fé no Reino dos Céus e as boas obras da fé (Mt 13.45-46; 16.26; 1Tm 6.18).

 

  1. Os tesouros para com Deus.

Os cristãos são ensinados a considerar as riquezas materiais do ponto de vista de sua transitoriedade. Elas passam, acabam e podem ser roubadas. Porém, devemos lembrar que Jesus jamais condenou alguém pelo fato de ser rico, mas sim por servir as riquezas, e, assim, tornar-se miserável para com Deus (Lc 12.21).

 

1.1. O lugar de se ajuntar tesouros.

O conceito de verdadeira riqueza para com Deus é ensinado pelo Senhor Jesus na parábola do tesouro e da pérola escondida (Mt 13.45-46). Em ambos os casos, o homem vai e vende tudo quanto tem para adquirir o campo com ricos tesouros escondidos, bem como a pérola de grande valor. Uma vez achado o verdadeiro tesouro para com Deus é lá mesmo que devemos investir toda a nossa vida, ajuntando tesouros no céu. Podemos até sermos ricos nesse mundo, mas a nossa prioridade não está aqui e sim lá, onde não há perigo algum dessa riqueza acabar ou transferir-se para outro.

 

1.2. Qual tesouro devemos olhar?

Sobre os olhos, caso eles sejam bons, são duplas candeias que iluminam o corpo. Mas, se eles forem maus, o corpo jazerá em grandes trevas espirituais. Percebe os contrastes? Luz e trevas, bons e maus? O olhar que é luz refere-se ao olhar banhado no amor de Deus, que ilumina todos os cômodos da alma humana. Esse olhar tem como resultado a bondade e generosidade para com o próximo, pois ele está fixado em ter um tesouro no céu. Enquanto que a s trevas se referem ao olhar voltado à avareza, o amor ao dinheiro, que faz com que a alma jaz em trevas. Para qual tesouro estamos olhando?

 

1.3. O modo correto de servir a Deus.

O coração do homem repousa sobre algum tipo de tesouro. Este tesouro pode ser material ou imaterial e eterno. Acerca disso, não há qualquer neutralidade (Mt 6.21). Talvez alguém pense que seja capaz de servir a Mamom, que são as riquezas, e, simultaneamente, pense que seja possível servir ao Deus verdadeiro. Tal coisa é impossível, pois, quando nos dirigimos à luz damos as costas às trevas, mas quando dirigimos às trevas damos as costas para a luz. Não há nenhum problema em ser rico neste mundo, desde que não se torne escravo das riquezas. Lembremos de que mulheres serviam a Jesus com seus bens (Lc 8.3).

 

  1. O tesouro da fé versus ansiedade.

Oponente à fé em Deus, a ansiedade trata-se de um receio do que virá acontecer. É o medo do amanhã e das necessidades que ainda não aconteceram. Também é chamado de preocupação, que significa ocupação prévia. Muitos acham que se dedicando às riquezas poderão escapar da ansiedade.

 

2.1. A proibição da ansiedade.

A ansiedade é contrária a fé na providência divina. Dessa maneira, a ansiedade torna-se um sofrimento psicológico, um cuidado desnecessário por coisas que jamais aconteçam. A ansiedade pode atingir níveis que chegam a prejudicar a saúde, mas a ansiedade é uma enfermidade da alma por causa da falta de fé em Deus. Por isso, Jesus nos adverte quanto ao servir as coisas materiais e nelas pormos a nossa confiança (Mt 6.24). Ele nos proíbe definitivamente a que sejamos ansiosos, quando diz: “não andeis cuidadosos quanto à vossa vida”. Ao estarmos dentro dos limites fixados por Cristo temos saúde e liberdade reais.

 

2.2. A cura da ansiedade.

O fato de a ansiedade ser uma enfermidade da alma significa que está precisa de tratamento e cura. A ansiedade pressupõe que a própria pessoa resolverá todos os problemas dos dias que ainda chegarão. A pessoa se esgota emocionalmente e tende à depressão. O tratamento que o Senhor Jesus oferece quanto a esse problema está em observar como tudo funciona. Não é preciso gastar somas de dinheiro com médicos ou turismo. Basta sair um pouco e olhar para os passarinhos e para as flores e perceber o cuidado divino com cada um deles. Assim, semelhantemente. Deus cuidará de cada um de nós quanto às nossas necessidades. Basta confiarmos nEle e em Sua providência.

 

2.3. O que priorizar nesta vida.

Devemos controlar a ansiedade através de uma linguagem de fé. Toda a inquietação nada acrescenta. Ao contrário, pode atrair ainda mais dificuldades. Ao invés de a pessoa inquirir sobre o dia que ainda virá, basta viver cada dia por vez. E que a cada dia tenha oração, louvor, bondade. Que seja um dia regado de palavras de fé por aquele que busca o reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. Dessa maneira as pequenas coisas nos serão acrescentadas e teremos um tesouro no céu (2Co 4.17-18).

 

  1. Atitudes de valor no Reino dos Céus.

Tendo o Senhor Jesus determinado acerca do modo correto de se servir a Deus e como fugir da ansiedade, agora Ele passa a descrever as atitudes corretas de um cidadão do Reino dos Céus. Ele ordena a fugir do juízo temerário, a saber com quem compartilhar as verdades da Palavra, e por fim, a como ser perseverante na oração.

 

3.1. Não julgar.

Juízo temerário significa o julgamento alheio, precipitado e inconsistente. Noutras palavras, é ser apressado para julgar alguém e dessa maneira colocar-se numa condição superior, mas, por falta de conhecimento dos fatos, o tal “juiz” acaba sendo injusto com os outros (Tg 4.11-12). Quantos foram humilhados e desprezados por precipitações? Mas, naquilo em que foram desprezados, revelaram-se de grande valor como pais, filhos, cônjuges, líderes, funcionários, etc.

 

3.2. Não dar aos cães as coisas santas.

Cães e porcos não entendem verdades. Essa terminologia não é uma maneira de desprezar pessoas, porém, assim como a nossa linguagem não faz o menor sentido para cães, porcos e os outros animais, semelhantemente, para algumas pessoas, não faz sentido as verdades do Evangelho e da Palavra de Deus. Tais pessoas não estão amadurecidas para receberem a Palavra de Deus, porque elas vivem no plano do “homem natural” (1Co 2.14). Seus corações estão impenetráveis como terra batida, aqueles por onde passavam pessoas, animais e carroças, aquelas cujas sementes só alimentavam os pássaros (Mt 13.4).

 

3.3. Perseverar.

Não há firmeza espiritual sem que haja oração perseverante, entre outras coisas que devem existir na vida de um cristão. Vimos na lição anterior que a oração do “Pai Nosso” é um modelo de assuntos de conversas com Deus a serem seguidos por cada um de nós. Esse modelo é constituído em sua maior parte de petição. Todavia, tais orações devem ser atendidos por Deus. Certas coisas, Deus logo nos atenderá. Outras coisas levarão algum tempo até amadurecermos o suficiente para recebê-las. Outras não serão atendidas, porque não é a vontade de Deus. Enquanto isso, devemos perseverar em oração com ações de graças. Quando o Senhor fala em “pedir, buscar e bater”, Ele nos incentiva à perseverança.

 

Conclusão.

Devemos buscar o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. O que valorizamos verdadeiramente nesta vida: bens materiais ou espirituais? Procuramos ajuntar algo de valor diante de Deus ou na terra? Andamos ansiosos pelo dia de amanhã? Desenvolvemos atitudes que agradam a Deus?

 

Questionário.

  1. Uma vez verdadeiro tesouro para com Deus, o que devemos fazer?
  2. O que é servir Mamom?

 

  1. A quem a ansiedade se opõe?

 

  1. Como podemos controlar a ansiedade?

 

  1. O que é juízo temerário?

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 9 - Revista Betel

 

 

Cristãos Firmados na Rocha

28 de agosto de 2016

 

 

Texto Áureo

“13 Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos”. 1Co 16.13

 

 

Verdade Aplicada

 

Ouvir e praticar as palavras do Senhor Jesus Cristo são os dois pilares de um cristão autêntico.

 

Textos de Referência.

 

 

Mateus 7.24-27

24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.

25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

26 E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

 

Introdução

 

Cristãos firmados na rocha são aqueles que ouvem e praticam as palavras de Jesus. Muitos podem se declarar cristãos, porém é a prática das palavras de Jesus que representará uma concreta obediência a Deus.

 

  1. O cristão e seus relacionamentos.

 

Se quisermos impactar a sociedade, que vive na contramão da vontade de Deus, temos que viver as palavras de Jesus Cristo. Deus quer levantar um grande exército de salvos, mas precisamos viver em união e amor verdadeiro.

 

1.1. O dever de aplicar a regra de ouro.

 

Para se ter uma sociedade e família melhor, faz-se necessário que os indivíduos que nela vivem compreendam e apliquem a si a regra de ouro. Mas o que vem a ser isso? Observemos as palavras do Senhor Jesus: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Na verdade, esta regra já existia e os rabinos a empregavam, porém negativamente: “Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem e continue aprendendo-a”. Em geral, todos os homens amam a si mesmos e procuram o próprio bem. Assim como fazem o bem a si mesmos devem fazer ao semelhante.

 

1.2. O resumo da Lei e dos Profetas.

 

A Le os Profetas representam toda a Escritura divinamente inspirada. É notável que tudo isso possa resumir num só princípio: a regra de ouro. Ao enunciar tal coisa, Jesus chegou ao suprassumo de Seus ensinos. Certa feita, um pagão foi ao sacerdote e lhe disse: “ Estou disposto a me converter ao judaísmo caso seja capaz de me ensinar toda a Lei, enquanto eu me mantiver em um pé apenas”. O sacerdote o expulsou de sua casa. A seguir, o pagão foi a um sábio e lhe fez o mesmo desafio. Então ele lhe disse: “Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem e continue aprendendo-a”.

 

1.3. O dever de escolher o que é bom.

 

Todos nós estamos diante de sérias escolhas ao longo de nossas vidas. Há opção de facilidades que se frustram com o tempo e não correspondem a expectativa que Deus tem de nós. Existe, contudo, outro caminho, que é difícil no começo por exigir maior atenção e energia, e, pelo fato de ser estreito, este não frustra, mas corresponde a expectativa que Deus tem de nós. A porta e o caminho sempre serão estreitos, mas conduzem à vida eterna, mesmo que poucos passem por ele. Devemos escolher o que é bom, o que é moralmente correto, desprezando toda a crítica à nossa volta (Dt 30.15-16).

 

  1. O cristão e os falsos profetas.

 

Além de fazermos boas escolhas, precisamos estar cuidadosos quanto a quem irá influenciar nossas vidas. Os falsos profetas sempre existiram. Eles são grandes atores com alguma liderança religiosa, mas como evitá-los?

 

2.1. Os falsos profetas e seus propósitos.

 

Os falsos profetas são pessoas que se declaram profetas, mas que a sua conduta, intenções e o que produzem são capazes de destruir o rebanho de Deus. Um pseudoprofeta é esperto e faz de tudo para não ser descoberto. Jesus nos adverte que tais pseudoprofetas têm visão ótima para identificar rebanhos e se dirigirem a eles. Não são os rebanhos que buscam, mas eles buscam os rebanhos e se assenhoreiam deles ilegitimamente, com base no engano, nos disfarces e com alianças depravadas. Devemos diferenciar entre um falso obreiro e outro que está passando por alguma queda. O falso não aceita tratamento e o outro é humilde e se submete à disciplina.

 

2.2. Como discernir um falso profeta?

 

Os falsos profetas sabem o que estão fazendo e por isso eles usam disfarces. Eles se fantasiam de piedade aparente para parecerem ovelhas, mas intimamente são lobos vorazes. Jesus disse que pelos frutos os conheceríamos, ou seja, por meio de virtudes. A vida cristã e sua liderança estão dia após dia demonstrando a sua originalidade, mas quem é falso profeta, pastor ou mestre não conseguirá esconder-se por muito tempo. Por isso é muito importante o que o Senhor Jesus disse: “acautelai-vos”, significa ser cuidadoso, prevenido. No grego, o termo é “prosecho”, que significa “trazer para perto”, como quem traz um navio à terra para o atracar, acompanhar com atenção.

 

2.3. O argumento dos falsos profetas.

 

Os falsos profetas, pastores e mestres costumam usar de vários artifícios para chegarem a liderar um rebanho de Cristo. Eles usam do engano, às vezes da força, mas também dos milagres para firmarem a sua autoridade sobre a congregação. Podem também usar uma combinação de tudo o que foi dito para atingirem o seu objetivo. Eles costumam perseguir os verdadeiros obreiros e humilhá-los, a fim de esconderem seus erros. Algumas pessoas que andam atrás do novo e desprezam suas congregações e pastores são presas fáceis. Os que procuram milagres, curas, libertações e profecias facilmente são apanhadas na rede deles. A atitude para com eles a fim de proteger o rebanho é confrontá-los e cortá-los como árvores inúteis (Mt 7.19).

 

  1. O cristão e a firmeza espiritual.

 

A firmeza espiritual é imprescindível para atravessar toda a sorte de adversidade. Por isso, é necessário desenvolvê-la dia após dia em nossa caminhada espiritual. Mas como poderá um cristão sincero desenvolver firmeza espiritual?

 

3.1. Os momentos de provação virão.

 

As provações serão inevitáveis (Mt 7.27). A diferença reside no fato de como nos preparamos para quando elas chegarem. Jesus compara a firmeza de um fiel a Deus com a construção de uma casa. Qualquer pessoa que pretende se estabelecer definitivamente num lugar precisa trabalhar com todo o cuidado na construção de uma casa, para que ela resista às intempéries.

 

3.2. Como age o homem prudente.

 

O homem prudente sabe que não tem controle sobre o tempo e então se prepara para as tempestades (Mt 7.24-25) Na construção de sua casa espiritual, ele constrói sobre a rocha um sólido alicerce e suas paredes de modo firme. Há coisas que só aprenderemos na prática, com persistência, erros e acertos, até, finalmente, tornamo-nos experientes como um sábio construtor. A graça de Deus nos impulsiona ao aperfeiçoamento de nossa santificação, mas nós temos que nos esforçar através da submissão prática, da meditação nas Escrituras, da oração perseverante e da vigilância constante.

 

3.3. Como age o homem insensato.

 

O homem insensato faz o contrário do homem prudente. Ele também sabe que não tem controle sobre o tempo, porém não se prepara para as adversidades que vêm com o mau tempo (Mt 7.26-27). Na construção de sua casa espiritual, ele a edifica como algo transitório. A preguiça lhe impede de avaliar o lugar correto de construir a sua casa. Ele também emprega os piores materiais possíveis, não pensando nas provações que poderão vir sobre si. Quando chega a tempestade, com seus ventos fortes, chuvas torrenciais e rios que se formam em consequência dela mesma, tal casa espiritual não resiste. Assim, perde-se tudo o que foi empregado. Ou seja, quando há negligência em praticar os mandamentos do Senhor Jesus, com a vigilância, com a oração e meditação na Palavra, não há vida espiritual que suporte. Muitos se afastam dos caminhos do Senhor porque não querem pagar o preço da renuncia.

 

Conclusão.

 

Mesmo que seja apertado e estreito, é extremamente importante compreender que, se quisermos vitória eterna, precisamos andar nesse caminho preparado desde a fundação do mundo, isto é, Jesus Cristo, a esperança da glória.

 

Questionário.

 

 

  1. O que é estar firmado na rocha?

R: É ouvir e praticar as palavras de Jesus.

 

  1. Qual é a regra de ouro?

 

R: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).

 

  1. O que é inevitável?

 

R: As provações (Mt 7.12).

 

  1. Como age o homem prudente?

 

R: Sabe que não tem controle sobre o tempo, e, por isso, se prepara para as tempestades (Mt 7.24-25).

 

  1. Como age o homem insensato?

 

R: Não se prepara para as adversidades que vêm com o mau tempo (Mt 7.26-27).

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 10 - Revista da Betel

 

 

A autoridade do Mestre Jesus Cristo

 

4 de setembro de 2016

 

Texto Áureo

“Porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.” Mateus 7.29

 

Verdade Aplicada

Ninguém jamais falou e agiu com a autoridade de Jesus e é por isso que Sua influência cresce no mundo.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 8.2-3; 8-9

2 E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.

3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.

8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.

9 Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.

 

Introdução

A autoridade de Jesus é um assunto presente não só no evangelho de Mateus, mas em todos os evangelhos, pois esta é a base para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.

 

  1. Diferentes tipos de autoridade.

No ministério terreno de Jesus, notamos três diferentes tipos de autoridade: autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados.

 

1.1. Autoridade para ensinar.

Ao término do Sermão do Monte, as multidões estavam maravilhadas da Sua doutrina (Mt 7.28-29). Na verdade, a exposição de vários assuntos não era novidade para os ouvintes, porém a forma convicta, categórica e ungida fazia toda a diferença. Além disso, há outra característica no Senhor Jesus que também lhe conferia autoridade: a Sua conduta exemplar (Jo 8.46). As Suas palavras eram tão cheias de autoridade e sabedoria que até os oponentes também se maravilhavam (Jo 7.46). Devemos entender que não era apenas eloquência, mas, sobretudo o exemplo de Jesus. Ora, se alguém ensina, deve antes praticar aquilo que se ensina, o contrário disso é hipocrisia, que o Mestre condena.

 

1.2. Autoridade para curar.

Fatos interessantes envolvendo curas são apresentados para mostrar a autoridade de Jesus sobre as enfermidades como cumprimento profético: a cura de um leproso que se prostra diante dEle (Mt 8.2-4); a cura do criado do centurião que jazia violentamente enfermo em casa (Mt 8.5-10); a cura da sogra de Pedro que estava acamada com febre (Mt 8.14-15); a libertação de endemoninhados, que naquela época era vista como enfermidade (Mt 8.16). Veja que a narrativa de Mateus procura intencionalmente nos mostrar a autoridade de Jesus nestes aspectos para aumentar a nossa fé.

 

1.3. Autoridade para perdoar pecados.

Ao trazer a Jesus um paralítico, estava claro que queriam que o homem fosse curado de sua paralisia (Mt 9.1-6). Ele, porém, carinhosamente, diz ao paralítico: “Filho, tem bom ânimo, perdoados são os teus pecados” (Mt 9.2). Esse procedimento gerou murmúrios entre os escribas, afinal quem pode pecados senão Deus?! Este era o pensamento deles. Ele então argui: “O que é mais fácil dizer: perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” (Mt 9.5. Notemos que Mateus não economiza nem palavra e nem ênfase: “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa” (Mt 9.6).

 

  1. O que Lhe conferia autoridade.

A forma como Jesus ensinava, curava e libertava vidas demonstrava claramente uma autoridade. Mas o que ou quem lhe conferia tal autoridade, tal direito e tal poder?

 

2.1. As Escrituras Sagradas.

A autoridade do Senhor Jesus Cristo repousa sobre uma sólida base escriturística. Isso significa que várias profecias anteviram e legitimaram a autoridade do Messias que haveria de vir, por isso foram usadas para demonstrá-la. Tomemos por base as citações feitas por Mateus: Sua autoridade vem do fato de ser Filho de Deus através de uma virgem (Mt 1.22-23); Sua autoridade como Rei de Israel (Mt 2.6); Sua autoridade curadora e libertadora (Mt 4.14-15); Jesus como autoridade nomeada e escolhida pelo Pai Celestial (Mt 12.17-21); a realeza humilde de Jesus (Mt 21.4-5). A partir das Escrituras é demonstrado de modo inequívoco quem e o quê conferiu a Jesus Cristo tal autoridade, por isso devemos-lhe obediência.

 

2.2. A Sua identidade de Filho de Deus.

Ser Filho de Deus significa que Cristo Jesus é da mesma natureza divina do Pai, quer ambos são eternos, porém distintos. A identidade de Filho de Deus é o aspecto principal que lhe confere autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai (Mt 16.16). Essas três coisas em verdade funcionaram ao mesmo tempo para comprovar a perfeita salvação alcançada pela fé nEle. Por ser filho de Deus, como cristãos e servos dEle, cremos que Ele nasceu de uma virgem, que Ele perdoa nossos pecados, que Ele cumpriu todas as profecias, que tem toda autoridade no céu e na terra e que Ele voltará para nos buscar (Mt 28.18).

 

2.3. A Sua obediência.

Jesus Cristo veio submisso, como um servo exemplar, manso como um cordeiro, capaz de inspirar os corações a servirem a Deus. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). Ele veio para levar as dores e os sofrimentos dos que creem (Mt 8.17). Ele teve que se submeter a Deus até a morte e sofrer a morte de cruz, o pior tipo de execução. Porém, foi exaltado incomparavelmente (Fp 2.5-11).

 

  1. Demonstrações de autoridade.

O povo de Israel aguardava um Messias guerreiro, como Davi, que os libertasse do jugo de Roma. Eles esperavam que Jesus demonstrasse a Sua autoridade resolvendo seus problemas políticos e, assim, os pusesse na vanguarda. Porém, a Sua autoridade foi exercida contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor dos homens.

 

3.1. A tempestade no mar.

O evento em que Jesus cessa a tempestade revela a Sua autoridade sobre a natureza (Mt 8.23-27). Cansado de Seus afazeres, Jesus dorme profundamente no barco. Quando então se levanta uma enorme tempestade, Seus discípulos apavorados despertam-no pedindo socorro. Ele se levanta e repreende a tempestade, deixando Seus discípulos boquiabertos.

 

3.2. A libertação dos endemoninhados de Gadara.

O acontecimento envolvendo a libertação de dois endemoninhados em Gadara revela a autoridade de Jesus sobre os demônios (Mt 8.28-34). Este foi um dia de desafios para o Mestre. Há pouco, Ele acalmara uma tempestades e depois enfrentaria a fúria de dois homens terrivelmente endemoninhados. Os demônios identificam a Jesus e reclamam por se sentirem atormentados antes do tempo do juízo final. A seguir, eles pedem permissão para que entrem nos porcos e o Senhor o consente, mas os porcos se precipitam no lago e se afogam, causando grande prejuízo aos porqueiros, que temeram. Contudo, eles pediram que Jesus se retirasse de seus termos. Com isso aprendemos que a libertação de vidas ou de um lugar pode trazer a ruína sobre uma economia estruturada na desobediência a Deus.

 

3.3. A cura do paralítico.

Embora não se possa dizer que todas as deformidades físicas (Lc 13.10-13), as enfermidades e problemas psicológicos (Mt 17.14-21), são ação do demônio ou porque alguém pecou seriamente (Jo 5.13-14), ao analisarmos a Bíblia, verificamos que tudo é consequência do pecado original. No caso do paralítico (Mt 9.1-8), Jesus trata primeiro do perdão ao declarar: “perdoados te são os teus pecados”. Embora o perdão oferecido tenha gerado polêmica, o Senhor Jesus vai mais além, para provar que tem autoridade sobre a enfermidade e o pecado. A seguir, ordena que o homem pegue a sua cama e ande, o que causa grande espanto em todos que ali estavam. Jesus Cristo é o mesmo que cura e salva! Que verdade maravilhosa!

 

Conclusão.

Nesta lição, tivemos uma rápida visão da autoridade do Senhor Jesus Cristo nos capítulos oito e nove do evangelho de Mateus. Também aprendemos que os milagres são testemunhos que ilustram esta verdade, para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.

 

Questionário.

 

  1. No final do Sermão do Monte, por que as multidões estavam maravilhadas?

 

  1. Quais os três diferentes tipos de autoridade apresentados na lição?

 

  1. Qual aspecto principal conferia a Jesus autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai?

 

  1. Qual evento revela a autoridade de Jesus sobre a natureza?

 

  1. No caso do paralítico, o que Jesus tratou primeiro?

 fonte www.mauricioberwald.com

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 11 - Revista da Betel

Jesus e o preço do discipulado

11 de setembro de 2016

Texto Áureo

"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me;" Mateus 16.24 

 

Verdade Aplicada

O discípulo não é de graça, tem um preço, e é preço de renúncia: é tomar a cruz sobre si.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 8.19-22;

19 E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.

20 E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.

21 E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que, primeiramente, vá sepultar meu pai.

22 Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.

 

Mateus 9.9

9 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.

 

Introdução

Veremos nesta lição o modo de trabalhar de Jesus no que tange ao discipulado. Debruçaremos sobre duas principais bases: o Seu programa de seleção de discípulos e o Seu próprio exemplo em relação ao ministério da Palavra.

 

  1. O mestre seleciona discípulos.

Apesar da grande popularidade e de ter muitos discípulos (Mt 9), Jesus sabia que não deveria apoiar o Seu trabalho nas multidões que vinham para ouvi-lo. Certo é que já estavam com Eles alguns, porém o Mestre via a necessidade de completar doze, que aponta para às tribos de Israel.

 

1.1. Um escriba recusado.

Certo escriba, cujo nome não se sabe, queria acompanhar a Jesus. Este ofereceu para segui-lo onde quer que fosse (Mt 8.19). Era comum homens se oferecerem para seguirem determinado mestre e eles procuravam aprender tudo o que podiam sobre as palavras e atitudes desse mestre. Agora, porém, com o Mestre era diferente, pois Ele mesmo era quem fazia questão de escolher Seus discípulos (Mt 10.1; Jo 15.16). Quanto ao escriba, o Senhor já o conhecia e não tinha o conforto que ele cogitou alcançar pelo ministério. Os animais tinham sua morada, ninhos e covis, mas naquele momento o Mestre não. Se quisermos seguir a Jesus, não devemos priorizar conforto, e sim o estra com Ele.

 

1.2. Outro discípulo recusado.

Este outro era também seguidor de Jesus, menos ilustre que o escriba, e o caso dele foi mais dramático. Ele manifestou um forte desejo de acompanhar Jesus em Seu ministério, mas o Mestre o julgou a partir de suas próprias palavras. Ele se ofereceu, porém pediu que fosse sepultar primeiro a seu pai que acabara de falecer. Com esta palavra, o Senhor o dispensou: “deixa aos mortos sepultar os seus mortos” (Mt 8.22). Seguir a Jesus deve estar acima dos deveres familiares. O nosso coração deve estar apenas nEle. Ele exige essa exclusividade (Mt 10.37; Lc 14.26).

 

1.3. O publicano Mateus, o vocacionado.

Jesus recusou dois discípulos para estar em Sua companhia: um mais ilustre, que era escriba, e outro que não sabemos. Dias depois, o Mestre passa a recebedoria e chama a Mateus para segui-lo. Mateus imediatamente levanta-se e o acompanha (Mt 9.9). Parecia haver algum equívoco no modo de selecionar os discípulos. Embora Mateus estivesse ocupado como coletor de impostos, fica implícito que desejava ser útil a Cristo e ao Reino de Deus. Sua escolha e companhia trouxeram pesadas críticas ao Senhor pelos de fora, pelo fato de Mateus receber a seus amigos publicanos e Jesus estar com eles. O Mestre sabiamente justifica a Sua missão entre publicanos, enquanto defende também a Mateus. Quando nos entregamos inteiramente ao Senhor, Ele fala por nós e nos defende, como aconteceu com Mateus.

 

  1. O Mestre e Seu exemplo ministerial.

Os trabalhos ministeriais de Jesus se intensificaram e o desafio de alcançar aquelas preciosas almas com as boas novas era grandioso. O Senhor já se acompanhara de alguns discípulos e estava chegando o momento de prepará-los e enviá-los.

 

2.1. O Mestre percorria cidades.

A Galileia era grande, com muitas cidades e povoados, mas Jesus a circulava com todo o vigor. Ele andou também pela Pereia, Samaria e Judeia, mas concentrou Seus esforços estrategicamente na Galileia. Ele ia de cidade em cidade, de povoado em povoado e de sinagoga em sinagoga (Mt 9.35). Quando não era mais possível, fazia Suas reuniões ao ar livre. Não pense que Ele andava à toa e errante. Ele deixou a carpintaria e Seus familiares para estar nas mãos de Deus. Que possamos nos deter no exemplo do Senhor Jesus e nos inspirar a percorrer pelos lugares que Ele assim desejar que andemos.

 

2.2. O Mestre pregava o Evangelho do Reino.

Jesus por onde andava levava consigo a Sua mensagem e Seus discípulos o acompanhavam. A Sua mensagem eram as boas novas do Reino dos céus. Era a continuação da pregação de João Batista (Mt 3.2; 4.17). Todos os homens pecaram e vivem sob a tolerância de Deus, mas o Reino de Deus está próximo e é necessário que os homens entrem nele já. A única oportunidade de se entrar no Reino é através do arrependimento, ou seja, pela completa mudança de pensamentos, atitudes e sentimentos (Gl 2.20).

 

2.3. O mestre curava todas as enfermidades e moléstias do povo.

O quadro doentio do povo daquela época se resumia em duas palavras: enfermidades e moléstias. Num tempo em que não havia disponíveis médicos e lugares de atendimento, a não ser para quem tinha dinheiro, sobravam males físicos. Muitos deles causados por infestações de demônios. Os dois termos “enfermidades e moléstias”, embora pareçam redundantes ou enfáticos, na verdade, são distintos no grego. Enfermidades “nosos” significa “doenças”; e moléstias “malakia” tem o sentido de fraqueza, moleza, debilidade. Da para perceber que entre o povo havia muito abatimento físico e espiritual como hoje também. Porém, ali estava Jesus, manifestando o poder curador de Deus.

 

  1. O Mestre e o desfio evangelístico.

Jesus desenvolveu simultaneamente dois ministérios: o de treinar Seus discípulos e o de levar as boas novas do Reino. Vejamos a seguir três coisas que o empurravam nesse sentido:

 

3.1. Sua compaixão pelas almas.

A visão que Jesus tinha das almas era chocante diante da grandeza do desafio que tinha. Ele olhava e via pessoas “cansadas e desgarradas como ovelhas que não tem pastor”(Mt 9.36). Um povo sem liderança espiritual morrerá à mingua. Ninguém estava de fato pastoreando o povo de Deus para Deus. O serviço religioso era farto, mas a liderança espiritual que os salvasse não havia. Isso despertava um sentimento de entranhável compaixão em Jesus que Ele compartilhava com Seus discípulos e lhes pedia que orassem a respeito. Ainda hoje, Ele faz o mesmo conosco.

 

3.2. Sua visão compartilhada com os discípulos.

Os discípulos viam nos olhos de Jesus o amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo. Eles também ouviam as orações agoniadas, sofridas e insistentes ao Pai em favor deles. Eles ouviram também as palavras de Seu coração que ardia em amor: “A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros”. Diante da eternidade aquela seara logo passaria, mas aquelas pobres almas se não fossem alcançadas estariam perdidas para sempre. Que sejamos sensíveis o suficiente para internalizarmos a visão e o entranhável afeto de Jesus em favor dos perdidos do nosso Brasil.

 

3.3. Sua convocação aos discípulos.

A profunda visão e compaixão de Jesus do estado espiritual dos filhos de Israel em Seus dias, fez com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um grande princípio multiplicador utilizado por Jesus, pois, ao formar seis duplas e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava mais oportunidade às pessoas de ouvi-la (Lc 9.1-9). O envio dessa missão teve grande êxito, porém a necessidade era de que enviasse mais pessoas. Posteriormente, Jesus preparou setenta discípulos e os enviou. Com isso aprendemos quão sábio e estratégico era o Senhor Jesus!

 

Conclusão.

Vimos nesta lição a forma como Jesus operou em Seu trabalho de discipulado e evangelístico. Todo esse trabalho foi desenvolvido com renúncia e preparo. São os mesmos princípios que devem nortear nossas vidas e igrejas na conquista de almas e ampliação do Reino de Deus na Terra.

 

Questionário.

  1. Qual foi o primeiro candidato que desejou acompanhar o Senhor Jesus?

 

  1. O que significa: “deixa aos mortos sepultar os seus mortos”?

 

  1. Como pode ser entendida a prontidão de Mateus?

 

  1. Cite um dos exemplos do trabalho ministerial de Jesus?

 

  1. O que acontece com um povo sem liderança espiritual?

 

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 12

 Revista da  Betel

 

A Missão dos Doze Discípulos

18 de setembro de 2016

 

 

 

Texto Áureo

 

“1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal”. Mateus 10.1

 

 

Verdade Aplicada

 

O Mestre obteve êxito em espalhar as boas novas quando chamou, preparou e enviou os Seus discípulos.

 

Textos de Referência.

 

 

Mateus 10.5-10

 

5 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos;

6 Mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel;

7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus.

8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.

9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,

10 Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento.

 

Introdução

 

Veremos nesta lição a necessidade de Jesus chamar, instruir e delegar tarefas específicas aos Seus discípulos. Tais movimentos do Mestre servem como modelo para agir evangelisticamente em nossos dias.

 

  1. Chamados à missão.

 

A tarefa de levar as boas novas às “ovelhas perdidas da de Israel” era extensa, pesada e impossível para um homem só, visto que Jesus deveria atuar dentro de um prazo. Daí a necessidade de o Mestre convocar, instruir e enviar os doze discípulos.

 

1.1. A natureza da missão.

 

A missão era basicamente representar o Mestre. Eles deveriam se dirigir à casa de Israel, a começar pela cidade em que residiam, e preparar o ambiente para a chegada de Jesus (Mt 11.1). Todavia, era necessário que eles dessem explicações às pessoas das cidades e aldeias contatadas acerca do propósito deles, pregando-lhes: “é chegado o reino dos céus” (Mt 10.7). Não só deveriam levar a mensagem do Mestre, porém oferecer uma amostra de Seu poder, demonstrando assim que de fato já estava entre eles o Reino de Deus, à medida que cressem, pois haveria cidades e aldeias inteiras que não creriam neles e nem os receberiam (Lc 9.51-56). A missão preparatória e evangelizadora não é fácil, visto ser guerra declarada às trevas.

 

1.2. Quem foram os convocados?

 

Os convocados para esta missão foram doze. Quatro dentre esses já andavam com Jesus (Mt 4.18-22). Essa quantidade de convocados aponta para as doze tribos de Israel. Jesus convocou os discípulos que conhecessem a Sua visão e que entendessem do Seu sentimento. Nenhum desconhecido, sem qualquer conhecimento ou precipitado, pôde fazer parte dessa delegação, até porque era uma missão de confiança. Quando uma equipe se prontifica para evangelizar, deve sondar se já possuem boa convivência, se todos estão unânimes e minimamente preparados, para que o inimigo não sabote o trabalho evangelizador.

 

1.3. Por que eles foram escolhidos?

 

Jesus chamou a si os que Ele quis. Eram discípulos que depois de preparados se tornariam representantes enviados, isto é, apóstolos. Os pontos em comum que havia entre eles era o fato de serem galileus, de conhecerem Jesus há algum tempo e, possivelmente, tê-lo acompanhado. Por outro lado, não houve critério totalmente uniforme nas escolhas deles, pois havia pescadores, um zelote, um publicano etc. O mais importante, entretanto, era que cada um tivesse real desejo de colaborar, disposição em aprender e que fosse tratável. Não são estes os mesmos critérios hoje a serem aplicados no desenvolvimento de uma equipe evangelística? Claro que sim.

 

  1. Instruídos e delegados para a missão.

 

A missão deles consistia em representar o mestre junto às aldeias e cidades. Para essa missão, eles foram chamados de apóstolos, que significa “enviado”. Antes, porém, de serem enviados, foi necessário dar-lhes treinamento e delegar-lhes poderes.

 

2.1. Instruídos aonde ir.

 

Havia entre os galileus muitas de pessoas que não eram da linhagem hebraica, os apóstolos, porém, deveriam se dirigir às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-6). Parece-nos estranho, pois que havia tantas pessoas próximas que precisavam também ser alcançadas. Deus estava comunicando uma nova dispensação e uma salvação perfeita, era justo que começasse pelo povo escolhido primeiro, para depois alcançar os outros. Lembremos que Jesus sabia que chegaria a hora em que seria desprezado, preso e morto. Apesar disso, naquele momento a missão deles foi um sucesso porque o Senhor se viu obrigado a ampliá-la.

 

2.2. Delegando poderes.

 

O Reino dos céus chegará e com ele coisas surpreendentes no que tange ao poder de Deus entre os homens. Os discípulos enviados deveriam pregar sobre isso dizendo: “É chegado o reino dos céus”. Jesus outorgou os poderes do Reino: para curar os enfermos, ressuscitar mortos e expulsar demônios, ou seja, o mesmo poder que operava em Jesus também foi conferido a eles (Mt 10.8). O que Jesus fazia já era surpreendente e eles fariam o mesmo pela fé. As portas do inferno seriam abaladas pela obra de nosso Senhor através dos Seus discípulos, posto que muitos vieram a crer nEle e porque as obras das trevas como enfermidades, possessões e mortes foram desfeitas pelo poder de Deus.

 

2.3. O cuidado que deveriam ter.

 

Alguns cuidados seriam necessários para que não atrapalhassem a missão (Mt 10.9-13). Eles não deveriam possuir nada que chamasse a atenção para eles mesmos, sem qualquer ostentação de coisas como ouro, prata, duas túnicas, etc. Simplicidade de quem está cumprindo uma missão dos céus entre os homens. Outra coisa importante é que eles deveriam descobrir alguém chave numa localidade, alguém que os acolhesse por causa da mensagem deles. Se eles saudassem a alguém com a paz e essa pessoa fosse digna, seria abençoada com paz. Caso isso não acontecesse, não era ali o lugar de compartilharem a mensagem. Isso nos ensina que não devemos insistir com quem é resistente à Palavra.

 

  1. Enviados para a missão.

 

Os discípulos estavam prestes a ser enviados pelos termos de Israel a fora. Era necessário ainda que recebessem algumas instruções fundamentais e alertas para que não fossem pegos de surpresa.

 

3.1. Alertas quanto às perseguições.

 

Nem sempre eles encontrariam um ambiente e pessoas acolhedoras (Mt 10.16-33). Mesmo entre os judeus, seria como se estivessem entre pagãos, postos que encontrariam pessoas hostis. Seria como ovelhas entre lobos, portanto, deveriam ser amáveis como a pomba e prudentes como serpentes. A evangelização é a luta do bem contra o mal pela posse das almas e os evangelizadores encontrarão sistemas religiosos e governos controlados por demônios. Por isso, os servos de Jesus sofrem até hoje humilhações, processos na justiça e violências físicas, ou seja, as mesmas coisas que Ele sofreu (Mt 10.23).

 

3.2. As dificuldades e recompensas.

 

Assim que os contatado começassem a ouvir o Evangelho do Reino, como os apóstolos, sofreriam também (Mt 10.42). O grande campo de provas seria a convivência com a família. Como o Senhor exige lealdade exclusiva, haveria desarmonia entre pais e filhos, nora e sogra, etc. Quem quiser se alinhar a Cristo e receber a vida eterna deve colocar os relacionamentos familiares nas mãos de Deus e permanecer fiel a Ele. Mas se alguém amar os seus pais, filhos, bens mais do que a Cristo é indigno dele. As recompensas aguardam os que receberem bem aos enviados em nome de Jesus.

 

3.3. A partida para o trabalho.

 

Depois de convocados, preparados e advertidos dos perigos peculiares à evangelização, os discípulos estavam prontos para irem por todo Israel (Mt 11.1). Mateus omite detalhes sobre o sucesso da missão, porém Lucas não. Eles saíram por todas as aldeias, curando o povo por toda a parte (Lc 9.6). Posteriormente, eles regressaram e, empolgados, trouxeram um positivo relatório (Lc 9.10). Depois de preparados, é hora de partir a contatar as pessoas, posto que preparação demais é perda de tempo e falta de coragem. Temos que aproveitar a liberdade que há em nosso Brasil e compartilhar o Evangelho de modo sério.

 

Conclusão.

 

A missão dos doze discípulos é a nossa missão, pois somos uma extensão deles. Quantos deram suas vidas por fidelidade a Jesus Cristo e por amor a nós, para que o Evangelho atravessasse gerações e nos alcançasse. Agora cabe a nós continuar a cumprir essa missão.

 

Questionário.

 

  1. Qual era a missão dos discípulos?

 

  1. A quem os apóstolos deveriam se dirigir?

 

  1. Quais poderes do Reino Jesus outorgou a Seus discípulos?

 

  1. O que os discípulos nem sempre encontrariam?

 

  1. O que fizeram os discípulos?

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 13

 Revista da  Betel

A morte e ressurreição de Jesus Cristo

25 de setembro de 2016

Texto Áureo

 

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”. 2Co 5.19

 

 

Verdade Aplicada

Cristo se entregou de maneira obediente, voluntária e sacrificial, para demonstrar à humanidade a grandeza e a profundidade do amor divino.

 

Textos de Referência

 

Mateus 20.17-19; 28

17 E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes:

18 Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.

19 E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.

28 Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.

 

Introdução

A cruz de Cristo é o maior evento já realizado na Terra. Jamais deixará de ser um assunto atual, pois, na cruz Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (2Co 5.19).

 

  1. O propósito da vinda de Cristo.

Jesus veio ao mundo com um propósito definido (Mt 20.28; Lc 19.10). Ele jamais fugiu de Seu objetivo, mesmo sabendo que este o levaria à morte. Ele falou porque nasceu, quem era, como morreria e como ressuscitaria ao terceiro dia.

 

1.1. Um propósito determinado desde a eternidade.

Nada do que aconteceu com Jesus nesse mundo foi obra do acaso. Deus enviou o Seu Filho para morrer, a fim de consumar a nossa salvação (Jo 3.16). A paixão de Cristo foi planejada por Deus desde antes da fundação dos séculos (Ap 13.8b). Deus anunciou o fim antes do começo. Jesus sabia que todos os eventos que lhe sobrevieram faziam parte de um propósito eterno. Ele estava consciente de Sua paixão, morte e ressurreição (Mt 17.22-23; 26.56; At 4.27-28).

 

1.2. Ele aceitou a causa e anunciou o resultado final.

Mesmo sendo um plano elaborado na eternidade, não existe dúvida alguma que Cristo se submeteu a ele de forma desejosa (Lc 22.42). Se por um lado Jesus se submeteu à vontade do Pai, por outro, Ele prosseguiu no plano por Sua autoridade divina. Ele assim afirmou: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a toma-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a toma-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.17-18). Que outra autoridade esboçou tal poder para anunciar de forma antecipada que voltaria de entre os mortos? Está claro que Ele sabia o que estava fazendo. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu.

 

1.3. Ele veio satisfazer a exigência divina sobre o pecado original.

Deus é Amor, mas Ele é também Justo, Santo e Perfeito. Esses atributos não podem, em hipótese alguma permitir que um indivíduo pecaminoso esteja em Sua presença. Foi isso que aconteceu no jardim do Éden com Adão. Ele perdeu essa condição e, como era o pai de todas as gerações, as contaminou com sua imagem decaída (Rm 5.12). Todavia, isso já estava claro na presciência de Deus e essa imagem deveria ser restaurada, não com sacrifícios de animais, mas de um homem capaz de morrer por todos os outros e que vivesse de maneira incontaminável e santa (Is 53.6; 1Pe 1.18-19). Então foi tomada uma decisão nos céus: enviar o Filho, para se tornar carne e satisfazer a exigência divina (1Co 15.49).

 

  1. A paixão e morte de Cristo.

A agonia, a vergonha, o desprezo e o martírio foram reais. Cristo viveu tudo isso em sua carne e não podemos fugir dessa realidade. Todavia, a cruz se revela muito além do sofrimento e reflete a glória de uma tarefa cumprida (Jo 19.30b).

 

2.1. O perdão total da humanidade.

A cruz está repleta de eventos significativos para a humanidade. Jesus estendeu o Seu perdão para aqueles que o estavam crucificando (Lc 23.34). Eles o maltrataram, o fizeram gemer, rasgaram Seu corpo com chicote, mas jamais puderam fazer com que lhes odiasse. Mesmo dilacerado e agonizante, na cruz, Jesus revelou Seu incomparável amor e Sua poderosa autoridade ao declarar que um dos ladrões estaria assegurado em Seu Reino (Lc 23.42-43). Era o momento mais importuno para ver um reino ser estabelecido. Mas, ali, estava a autoridade daquele que decide quem entra ou não na eternidade. Quando disse: “Está consumado”, revelou claramente que havia terminado com êxito a Sua missão salvadora (Jo 19.30b).

 

2.2. Um grito de vitória.

Perto da hora nona. Jesus começou a exclamar e alguns até pensavam que clamava por Elias. Mateus assinalou que, antes de render Seu espírito, Jesus clamou com grande voz. Esse clamor marcante aparece nos quatro evangelhos (Mt 27.50; Mc 15.37; Lc 23.46). Porém, João nos diz que Jesus morreu com um grito: “Está consumado!” (Jo 19.30). Em grego e em aramaico essa frase se diz em uma só palavra: “Tetelestai”. Essa palavra é a exclamação do vencedor; de um homem que completou sua tarefa; de quem venceu a luta; de quem saiu da escuridão à glória da luz e tomou posse da coroa. Jesus morreu vitorioso e conquistador, com um grito de triunfo nos lábios.

 

2.3. O novo caminho de acesso a Deus.

Quando Cristo rendeu seu espírito ao Pai, outro evento sobrenatural ocorreu: o véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mt 27.50-51). A consumação de Sua obra foi simbolizada pelo novo acesso de intimidade. Na morte de Jesus vemos o amor de Deus e o caminho, que uma vez esteve fechado a todos os homens, agora está aberto para que todos possam dEle se aproximar. No Santíssimo, somente o sumo sacerdote poderia entrar, no Dia do Perdão. Mas, em Sua morte, o véu que ocultava Deus dos homens foi rasgado. A morte de Cristo abriu o caminho para se ter uma íntima, santa, pessoal, perdoada e alegre comunhão com o Pai. Ele se tornou o único Mediador necessário entre os homens e Deus (Hb 10.19-22).

 

  1. A glória e exaltação do Rei.

Jesus terminou com honra o trabalho de redenção. O preço exigido por Deus para a reconciliação com homem foi pago. Agora, Deus confirmaria essa consumação ressuscitando Jesus dos mortos. Fato que Jesus predisse e planejou (Lc 18.31-33).

 

3.1. O pilar da fé cristã.

A ressurreição é um milagre que Deus cercou de provas por todos os lados (Mt 12.38-40; 27.62-63; Mc 8.31; Lc 9.22). É o grande sinal que comprova a autenticidade das palavras de Cristo (Jo 2.22). Religião alguma é capaz de afirmar ou provar que seu fundador teve o privilégio de regressar do mundo dos mortos. O cristianismo, porém, é o único capaz de afirmar que sem a ressurreição de Jesus não há cristianismo. O sacrifício de Jesus foi único e toda a fé cristã repousa em Sua ressurreição (1Co 15.14).

 

3.2. A importância da ressurreição de Jesus.

O apóstolo Paulo nos ensina que, sem a ressurreição de Cristo nossa fé seria vã (1Co 15.17). A nossa pregação seria inútil e a nossa esperança seria vazia. Nosso testemunho seria falso e nossos pecados não seriam perdoados. Seriamos os mais infelizes de todos os homens. Sem a ressurreição de Cristo, o cristianismo seria o maior engodo da história, a maior farsa inventada pelos cristãos. Os mártires teriam morrido por uma mentira e uma mentira teria salvado o mundo. Glórias a Deus porque Jesus ressuscitou e hoje temos vida abundante. Louvado seja Deus por Seu amor em nos conceder a vida eterna (Jo 3.16).

 

3.3. Um brado de amor.

Existem muitos outros significados que a cruz de Cristo nos revela, mas existe um que não podemos jamais deixar de apontar: Jesus quis fazer o que fez. Ele sabia no que implicava Sua vinda. Sabia que o único preço para a nossa salvação era Sua morte. Ele poderia evita-la. Ele disse que poderia (Jo 10.17). A ressurreição de Cristo é o brado de Seu amor pela humanidade (Jo 10.11). Se Ele desejasse, chamaria Seus anjos, devastaria Seus inimigos e escaparia da cruz, mas não. Ele escolheu. Ele foi até as mais baixas profundezas para que nenhum de nós tivesse que se perder. Ele nos perdoou, nos aceitou e nos amou de maneira inexplicável (Rm 5.1-11).

 

Conclusão.

O que seria mais difícil dizer: “Eu estou entregando a minha vida para a morte por minha própria vontade e iniciativa, ou eu voltarei de entre os mortos pela força do meu poder, porque eu dou a minha vida e eu mesmo a tomo de volta?”. Nunca duvide de Deus. Ele é sobrenatural, Tremendo e inexplicável.

 

Questionário.

 

  1. O que foi planejada por Deus antes da fundação dos séculos?

 

  1. Qual foi a decisão tomada nos céus?

 

  1. O que Jesus revelou quando disse: “Está consumado”?

 

  1. Qual foi o grande sinal que comprovou a autenticidade das palavras de Cristo?

 

  1. Por que a ordem do universo foi mudada?

fonte www.mauricioberwald.com