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Lição Betel evangelismo e missões 3 trim-2017
Lição Betel evangelismo e missões 3 trim-2017

Lição Betel Conteúdo da Lição n.1


A tarefa de testemunhar Cristo


02 de julho de 2017


Texto Áureo
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. At 1.8
Verdade Aplicada
A Palavra de Deus jamais volta vazia. Evangelizar é testemunhar acerca de Cristo, anunciando o plano divino de salvação.
Textos de Referência.
Marcos 16.15-19
15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
18 Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.

Introdução
As últimas palavras de Jesus, após a ressurreição e antes da ascensão, enfatizam a responsabilidade de Seus discípulos na continuação de Sua obra, isto é, alcançando todos os povos “até os confins da terra” (At 1.8; Mt 28.18-20).

1. O evangelismo e sua essência.
A tarefa de evangelizar se baseia no plano de Deus em alcançar toda a humanidade e na ordem de Jesus Cristo. Assim, nossa motivação deve ser a glória de Deus, por ser o Criador e Senhor de todas as coisas. E também por ser uma questão de obediência (Mt 28.18-20). O ide de Jesus é para todos, indistintamente (At 1,8).

1.1. A vital importância do evangelismo.
Não existe algo mais gratificante para ser um humano do que participar na recuperação ou transformação de alguém. Como servos de Deus, existe um gozo inexplicável em conduzir uma alma aos pés de Cristo. Essa é uma experiência sem par. Além de ser uma grande honra, a tarefa de evangelizar é para o salvo como uma respiração. Foi para isso que Cristo nos nomeou (Jo 15.16). A tarefa de ganhar almas não se aplica somente aos pastores, mas a todos. Enquanto muitos cristãos deleitam-se nos cultos comodamente, a seara cresce e o ide aos perdidos não é concluído (Mc 16.15; Jo 4.35).

1.2. O alcance do evangelismo.
A igreja não está limitada ao espaço físico do templo. Por esse motivo, o evangelismo é indispensável (At 5,42; 8.4). A pregação, num culto público, nem sempre alcança a necessidade de todos os ouvintes. Cada pessoa no culto possui problemas espirituais diferentes. O evangelismo pessoal proporciona oportunidade para a pessoa evangelizada abrir seu coração, expor suas dúvidas e ser esclarecida acerca de Cristo e do plano da salvação. A ordem é ir até as pessoas e lhes anunciar a salvação (Rm 10.14). A Igreja Primitiva cresceu porque seus membros compreendiam a necessidade de testemunhar acerca de Cristo (At 2.44-47). A Bíblia diz que é sábio o que ganha almas (Pv 11.30).

1.3. Evangelizar é falar do sacrifício de Cristo.
A vontade de Deus é que nenhum homem se perca. Mas que venha ao conhecimento da verdade (2Pe 3.9). Deus mostrou Seu amor para com a humanidade enviando a Jesus Cristo para salvá-la. É preciso que toda a humanidade conheça o motivo da vinda de Jesus Cristo e o significado de Sua morte, ressurreição e ascensão (Jo 3.16; Lc 19.10). É por esse motivo que devemos anunciar a todos os povos, línguas e nações que Jesus Cristo não somente morreu por nossos pecados, mas nos deu a oportunidade de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1,12). Jesus Cristo foi o evangelista por excelência. Ele tinha plena consciência sobre a necessidade de esclarecer as multidões acerca do Reino de Deus e da salvação. Como discípulos de Jesus, precisamos ser movidos por esse mesmo sentimento (Mt 10.25; Jo 13.15).

2. Por que devemos evangelizar?
Jesus deu uma ordenança para os Seus discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). O Evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1,16).

2.1. Porque é uma ordenança.
Jesus voltará e entre a ordem e Sua vinda o tempo é curto. Outro fato que devemos atentar é que Jesus ao enviar Seus primeiros discípulos deixou bem claro essa necessidade: “Quem crê nele não é condenado: mas quem não crê já está condenado” (Jo 3.18; 1Jo 5.12). O destino do pecador sem Jesus é simplesmente a perdição e o inferno. Ele também expôs o motivo de Sua vinda: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Por fim, a notificação acerca da salvação da humanidade é incumbência nossa. O discípulo de Jesus Cristo deve atuar por obediência e ser dominado pelo amor que Cristo tem por nós.

2.2. Porque a morte não espera.
Não podemos precisar o tempo estimado de vida de cada pessoa. As oportunidades de salvação podem ser únicas. Vivemos em um mundo conturbado, violento e cego (2Co 4.4). Cada ser humano nasceu com um tempo de vida determinado pelo Pai e não sabemos quando a morte chegará. Para uns, ela é repentina. Para outros, ela demora um pouco mais. Porém, mais cedo ou mais tarde, ela virá. E a pergunta é: quando ela vier, como será? Tal pessoa estará preparada? Ela foi avisada que após a morte segue-se o juízo divino? (Hb 9.27). E a quem ficou encarregada a missão de avisar? (Ez 33.6-9).

2.3. Porque a vinda do Senhor se aproxima.
O arrebatamento da Igreja será a qualquer momento (1Ts 4,16-17). Estamos vivendo os últimos momentos da Igreja e o tempo não é favorável para aqueles que ainda não foram avisados. Deus nos confiou a palavra de liberdade e de boas novas. Ele não convocou os anjos para essa tarefa. Precisamos acordar e agir o quanto antes. Paulo foi enfático acerca de nossa responsabilidade: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1Co 9.16).

3. O perfil de um bom evangelizador.
Devemos ter em mente que, para alcançar os perdidos, precisamos ter profunda compaixão pelas almas, para transpormos as barreiras entre os seres humanos (Jo 4,9).

3.1. Aquele que não tem preconceito.
Devemos lembrar quem éramos e o que aconteceu conosco após Cristo entrar em nossas vidas. Havia uma barreira imensa entre nós e Deus, Cristo foi o responsável por estarmos hoje de posse de tão grande salvação. Foi preciso que Jesus fizesse a nossa reconciliação com o Pai. Portanto, não existe mérito algum de nossa parte pelo que somos (Ef 2.8-13). Existem pessoas que jamais entrarão em um templo. Como ouvirão se não formos até elas? (Rm 10.14). Evangelizar é deixar de lado as diferenças, é envolver-se socialmente e confiar que o Deus que envia também está conosco para nos ajudar (Mc 16.15; Mt 28.20).

3.2. Aquele que conhece bem a Palavra de Deus.
“E correndo Felipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” (At 8.30-31). O diálogo entre Felipe e o eunuco mostra perfeitamente como muitas pessoas necessitam ser esclarecidas acerca da salvação. Por isso, é de suma importância que aquele que se dispõe a falar de Cristo conheça o manual que registra a salvação em Cristo Jesus (2Tm 2.15). Precisamos estar prontos para responder e esclarecer o ouvinte acerca de quem nos salvou (1Pe 3.15). Existem pessoas que conhecem muito a Bíblia, todavia, como esse eunuco, precisam de alguém que lhes explique como alcançar a salvação.

3.3. Aquele que tem profunda paixão pelos perdidos.
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (Jo 4.10). Ali, próximo ao poço, com o sol intenso do meio-dia e com fome, estava Jesus, rejeitando o almoço para saciar a fome de um uma alma perdida (Jo 4.34). Jesus sabia que aquela alma era preciosa, que possuía sérios problemas morais e espirituais. Mesmo assim, não se importou em ser mal interpretado, e nem permitiu que o preconceito entre judeus e samaritanos o impedisse. Jesus amava as almas e devemos também buscar esse mesmo sentimento (Fp 2.5).

Conclusão.
A obra de Deus é feita com seriedade, preparo e amor, Falar de Cristo requer alguns cuidados essenciais, principalmente uma vida prática. Somos testemunhas ambulantes da obra de Cristo. Se nosso testemunho for diferente de nossas ações, teremos sérios problemas diante das pessoas (Fp 2.15).

Questionário.

1. Em que se baseia a tarefa de evangelizar?

2. Qual a vontade de Deus para a humanidade?

3. Por que devemos evangelizar?

4. Cite uma razão que dê urgência à evangelização.

5. Cite uma característica indispensável ao ganhador de almas.

 


ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2 - Revista Betel
O comunicador e a mensagem de salvação
09 de julho de 2017
Texto Áureo
“Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns”. 1Co 9.22
Verdade Aplicada
É inestimável o valor de uma alma para Deus. Por isso, devemos mover todos os nossos recursos e empregar todas as nossas forças para conduzi-las à salvação.

Textos de Referência.


Atos 2.46-47; 4.4; 5.42
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

At 4.4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.

At 5.42 E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo.

Introdução

Evangelismo pessoal é a ação de comunicar o plano divino de salvação, a partir de um contato direto entre o evangelista e a pessoa a ser evangelizada. Falar de Cristo é uma tarefa que exige vida prática.

1. A comunicação do Evangelho.

A Bíblia nos diz: “Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10.15b). A Palavra de Deus é poderosa e jamais volta vazia. Devemos saber manejá-la bem. Para isso, precisamos conhecer a Cristo, a nós mesmos e o que vamos anunciar.

1.1. Anunciando o Evangelho de Cristo.

A comunicação do evangelho pode parecer simples, mas não é (1Co 1.17). Qualquer pessoa que deseje evangelizar precisa entender que as atitudes falam mais do que qualquer palavra. O corpo a corpo é diferente de um sermão, porque nele o evangelista será questionado, haverá barreiras preconceituosas por parte do ouvinte e muita resistência espiritual também. Por esse motivo, é preciso estar preparado para tal resistência e, principalmente, estar equipado com a Palavra (2Tm 2.15).

1.2. A conexão entre mensagem e mensageiro.

Aqueles que anunciam o Evangelho não podem ser como atores de comercial de TV, que tentam convencer o público a adquirir um produto que eles mesmos não usam. O comunicador do Evangelho deve fazê-lo como um profeta, que apresenta a verdade de Deus tal como ele a vê e vive. Se o orador não acredita realmente no que diz, seu inconsistente comunicará uma mensagem negativa, que substituirá tudo de positivo que possa dizer. Porém, uma pregação sincera, e até mesmo mansa, pode chegar ao coração, quando anunciada com a totalidade do ser (1Rs 19.12). Se não houver nenhuma coerência entre o que dizemos ser e o que somos, podemos fazer com que nos ouçam, mas não seremos escutados.

1.3. Entender para comunicar.

A falta de leitura devocional da Bíblia e a falta de oração explicam a crise que muitas igrejas experimentam no campo da evangelização. Esse é um sério problema que precisa urgentemente ser combatido (2Pe 3.18). Como anunciar aquilo que desconhecemos? O que nos adianta ter armas e não saber como manejá-las (2Co 10.4). Devemos entender o que pretendemos comunicar e não há como entender algo sem dedicar tempo à leitura e meditação. Afinal, como iremos comunicar a salvação, se nem ao menos a conhecemos? Três coisas revelam o vigor da Igreja Primitiva: o ensino e a experiência ao lado de Jesus, e o poder do Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8).

2. A mensagem e o mensageiro.

A Bíblia nos adverte a não conformar com uma vida espiritual medíocre (2Pe 1.8-11). A meta e que todos alcancem a maturidade e se permitam moldar a estatura de Cristo Ef 4.13). Por isso, devemos tomar consciência de quanto nos falta para que vejam Cristo em nós.

2.1. O mensageiro deve ser exemplo.

O cristão não deve procurar ser completo em Jesus Cristo somente para seu benefício pessoal. A Palavra de Deus enfatiza repetidamente a necessidade de nos tornarmos um modelo para os outros. Os cristãos têm a Jesus Cristo como um arquétipo. Devemos servir como modelo para outros (Fp 3.17). O apóstolo Paulo afirma que todos os cristãos de Tessalônica foram exemplos para todos os fiéis na Macedônia ne Acaia (1Ts 2.6-9). Exemplo foi a palavra dirigida a Timóteo (1Tm 4.12); Tito (2.7); e os líderes da igreja (1Pe 5.3).

2.2. O mensageiro deve amadurecer espiritualmente.

Os evangelhos sinóticos apresentam como os discípulos evoluíram até a chegarem a refletir Cristo para as nações. Inicialmente, Jesus fez um convite (Lc 9.23). Depois, Ele deu elementos para análises e reflexões, como: milagres, para edificar a fé, e verdades acerca da vida. Quando já estavam aptos e maduros para decisões, lhes perguntou: “Quem sou eu?”. Após a confissão de Pedro (Mt 16.13, 16), Jesus lhes fala pela primeira vez acerca da cruz. Era não somente necessário descobri-lo como Mestre, Senhor e Messias. Eles deveriam aceitá-lo também como Salvador. Por fim, Jesus leva-os ao monte e lhes explica que terão que negar-se a si mesmos. Ou seja, serem dependentes do Mestre em tudo.

2.3. A grandeza da revelação divina.

Um grande problema tem impedido que muitos cheguem ao conhecimento do plano divino de salvação: a cegueira espiritual (2Co 4.3-4). O “deus deste século” conserva a mente de muitos na escuridão. Porém, sabemos que o mesmo Deus “que disse que das trevas resplandecesse a luz” é Aquele que nos deu o Evangelho da revelação da glória de Deus, em Cristo (2Co 4.6). A mensagem do Evangelho continua sendo o meio pelo qual a luz brilha no coração das pessoas. Assim, o evangelismo continua sendo absolutamente indispensável (2Co 4.5).

3. A mensagem da salvação.

O pecado trouxe sérios problemas à humanidade. O profeta Isaías descreve assim a condição do Homem sem Deus: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2).

3.1. O vazio da alma humana.

Desde que o pecado entrou no mundo, o homem perdeu a comunhão com o Pai. Desde então, o homem tenta encontrar a Deus por obras, religiosidade ou suas próprias invenções (Ec 7.29). A realidade universal é que todo ser humano sente um vazio existencial causado por sua natureza pecaminosa. A realidade do pecado tem causado esta inquietação que o ser humano sente. Somente Deus pode saciar esta fome que há no coração da pessoa e preencher o vazio. Como escreveu Agostinho, em “Confissões”: “Tu nos fizeste para ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em ti”.

3.2. O plano de Deus para a salvação do homem.

Uma vez que iremos testemunhar para as pessoas acerca da salvação, é de suma importância que conheçamos bem o caminho que estaremos anunciando, para que possamos ser claros à alma sedenta que nos ouve. Por mais que a pessoa seja pecadora, nossa missão não é julgá-la, mas, sim, fazê-la compreender que Cristo morreu por nossos pecados (Rm 5.8; 1Co 15.3). É importante estarmos atentos para que o assunto principal não seja deixado de lado, principalmente quanto ao evangelismo pessoal. É comum a pessoa que está sendo evangelizada tentar aproveitar o tempo para apresentar dúvidas e curiosidades que nada contribuirão para que o plano divino de salvação seja conhecido.

3.3. Jesus, o tema central.

Diante de tantas críticas e acusações recebidas, o apóstolo Paulo apresenta em 2 Coríntios, capítulo 4, como ele conduz e proclama o Evangelho: “pregamos...a Cristo Jesus, o Senhor...” (2Co 4.5). Em Samaria, Felipe “lhes pregava a Cristo” (At 8.5). Ao eunuco, no caminho para Gaza, Felipe, começando no texto que o mordomo-mor de Candace estava lendo, “lhe anunciou a Jesus” (At 8.35). O Evangelho que devemos anunciar hoje é o mesmo que Paulo anunciava: “Cristo morreu por nossos pecados...foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia” (1Co 15.1-4).

Conclusão.

A vontade de Deus é transformar o ser humano e nós estamos aqui para anunciar essa verdade a todos aqueles que ainda não a conhecem (Jo 8.32; At 4.12). Por isso, nos esforcemos para testemunhar de Cristo, porque a seara é realmente muito grande, mas ainda são poucos os ceifeiros (Mt 9.37).

Questionário.


1. O que o cristão deve saber manejar bem?

2. O que a Bíblia nos adverte?


3. Como o homem tenta encontrar a Deus?


4. Qual o Evangelho que Paulo anunciava?


5. Por que devemos nos esforçar para testemunhar de Cristo?

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 3
A evangelização urbana
16 de julho de 2017
Texto Áureo
“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. Mt 9.35
Verdade Aplicada
Um cristão jamais deve cometer o erro de guardar para si a salvação que recebeu.
Textos de Referência.
Lucas 8.1-3
1 E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele,
2 E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
3 Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.

Hinos sugeridos.
15, 171, 172

Introdução
Vivemos uma realidade urbana. A cidade é o grande desafio para a igreja. A região urbana é o habitat natural de cerca de 80% da população mundial, e os demais vivem em função das cidades (At 17.16, 23).

1. Necessidade da evangelização urbana.
Grandes são os desafios da evangelização urbana. No entanto, devemos aproveitar esta maravilhosa oportunidade de conduzir almas para o Reino de Deus (Cl 1.13).

1.1. As boas novas de salvação.
Todos precisam ouvir a Palavra de Deus e serem tocados pelo poder do Evangelho. Assim, podemos afirmar que é da vontade de Deus que os centros urbanos sejam evangelizados. Apesar de tratar-se de um ambiente caracterizado pela diversidade étnica, cultural, religiosa e econômica, o Evangelho de Cristo é único e nos apresenta um único Deus e um único Salvador, chamando todos ao arrependimento. É de se destacar que o apóstolo Paulo utilizava como estratégia missionária a evangelização de cidades. O campo urbano é um verdadeiro lugar de batalha espiritual. Agostinho declarou que em cada cidade há duas cidades: a cidade de Deus e a cidade de Satanás. Há um conflito. É necessário, pois, que a oração pelas cidades faça parte da estratégia de evangelização urbana.

1.2. A vida urbana e suas carências.
Muitas pessoas buscam as grandes metrópoles porque enxergam melhores oportunidades tanto para o mercado de trabalho quanto para a qualidade de vida. Todavia. Ao chegarem aos grandes centros, se deparam com uma série de dificuldades, como problemas de moradia, alimentação, segurança, etc. Esses fatores negativos influenciam o indivíduo a que se torne solitário e, até mesmo, abandone suas convicções religiosas (Ec 4.1). É nesse ambiente de necessidade e desilusão que muitos se perdem. Devemos aproveitar a oportunidade que temos de alcançar e acolher tais pessoas em Cristo. Por isso, o tempo de evangelizar é já (2Tm 4.2).

1.3. Dificuldades da evangelização.
Há dois tipos de dificuldades que envolvem a evangelização. A primeira diz respeito à falta de iniciativa das igrejas para evangelizar. Muitas igrejas não buscam entender o que está ocorrendo no seu bairro e não aproveitam dessa oportunidade para pregar o Evangelho. A falta de iniciativa e planejamento de evangelização urbana também pode ser reflexo de problemas internos (competição, excesso de atividades internas ou indiferença). A segunda dificuldade diz respeito à vida pecaminosa mais intensa da própria cidade, como violência, uso de drogas, promiscuidade, roubo, etc. Tendo noção dessas coisas, pode-se, com certeza, fazer um trabalho mais efetivo de evangelização.

2. Estratégias da evangelização urbana.
Cabe a nós, cristãos, na direção do Espírito Santo e oração, a criação e o desenvolvimento de estratégias para alcançar vidas para Cristo. Vejamos algumas alternativas que podem nos conduzir a grandes resultados.

2.1. Através dos templos.
Evangelizar através dos templos é uma excelente estratégia. Até o Senhor Jesus fazia isso. Em diversos textos dos evangelhos, encontramos Jesus ensinando, pregando e curando nas sinagogas. O apóstolo Paulo também utilizava das sinagogas para anunciar a Cristo (Jo 8.32; At 18.4). A igreja local pode ser mobilizada a convidar os vizinhos, parentes e amigos não cristãos ou afastados do Evangelho. Pode-se realizar um culto especial, onde a igreja será mobilizada somente para buscar as pessoas que se afastaram (Mt 15.24). Essa estratégia facilita bastante na integração do novos decididos, porque essas pessoas chegaram ao templo indicadas ou acompanhadas por alguém. Assim, tal convidado, decidindo aceitar a Cristo, não se sentirá só ou terá dificuldade para se entrosar na igreja local.

2.2. Através dos lares.
A tática de evangelização através dos lares é sempre muito eficaz. Foi uma das principais formas de evangelizar nos primórdios da Igreja (Mt 10.12; At 5.42; 18.7-8). Mas, para isso, algumas providências devem ser tomadas, começando, por exemplo, pela autorização do líder da igreja. É necessário um ambiente preparado em oração, organizado para receber e acomodar os convidados. Para esse tipo de trabalho, requer horário previsto para começar e terminar. Não se deve usar tom de pregação, mas, sim, de conversa no culto. Não se deve cantar muitos hinos, para que se tenha tempo para a Palavra. Nada de lanches caros, mas tudo regado à oração e gentileza, para que as pessoas possam voltar no próximo culto doméstico (1Co 10.31).

2.3. Na evangelização pessoal.
A evangelização pessoal segue passos bem simples no contato com as pessoas. Para isso, deve-se marcar encontros pessoais; praticar a visitação de casa em casa; ou ainda, distribuir folhetos ou qualquer outra literatura de natureza evangelística. O lugar e o tempo disponível determinarão que palavras usar ou que maneira poderemos nos dirigir à pessoa a ser evangelizada. É preciso estar atento às oportunidades, esforço e orientação do Espírito Santo. Duas classes sempre são abordadas: os que ainda não se decidiram e os desviados. Para cada grupo, existe um tipo de mensagem. Por esse motivo, é preciso manusear bem a Palavra e deixar que o Espírito Santo use nossa instrumentalidade (Mc 16.20).

3. Outros modos de evangelização.
As cidades são os campos brancos para a colheita evangelística (Jo 4.35). Vejamos alguns mecanismos bem eficazes na proclamação do Evangelho.

3.1. A distribuição de folhetos.
O folheto nos aproxima do pecador para iniciar uma conversa. Ele é nosso ponto de contato. Embora muitos o achem ultrapassado, o folheto ainda é de grande eficácia em nossos dias. Existem pessoas que jamais entrariam em uma igreja e o folheto é a ponte para que possamos falar acerca da salvação. Todo bom pescador sabe que é preciso ter uma boa isca para atrair o peixe. O folheto é a isca perfeita para que a rede seja lançada e o pecador seja regenerado por Cristo (Lc 5.4-5).

3.2. O culto ao ar livre.
Mesmo havendo emissoras de rádio, televisão e redes sociais, o contato humano é poderoso e insubstituível. O culto ao ar livre jamais saíra de moda. Precisamos de pessoas treinadas para atuar fora das quatro paredes da igreja. É possível reunir as pessoas e em determinado ponto anunciar a salvação. Na rua, tudo é mais rápido e dinâmico, não se usa a mesma liturgia do culto. As pessoas que vão testemunhar, cantar ou pregar não precisam de apresentação, pois já sabem o que fazer e o tempo que devem usar. A mensagem é curta, o apelo é rápido e o culto não deve durar mais que uma hora.

3.3. A integração e os cuidados com o novo cristão.
A integração é tão importante quanto a evangelização, porque ela é quem vai consolidar o novo cristão (1Pe 2.2). A integração providência os meios para que os novos convertidos sejam integrados nesse novo grupo social. Convencer o pecador e trazê-lo à presença de Cristo é o primeiro passo. Mas, após isso, o novo cristão precisa de instrução, de apoio e de pais espirituais que os instruam e o conduzam a uma fé madura, preparando-o para mais adiante batizar-se em águas (Gl 4.19; Mt 28.18-20). A integração também deve promover o acompanhamento pós-batismo. Temos perdido muitos por não vigiar nesse serviço.

Conclusão.
Concluímos que as cidades são para a Igreja um campo missionário vasto e desafiador. A Igreja, em cada cidade, deve proclamar e advertir sobre o reino dos céus (Mt 4.17), em nome de Jesus e no poder do Espírito Santo.

Questionário.

1. Qual é o tempo de evangelizar?

2. Qual foi uma das principais formas de evangelizar nos primórdios da Igreja?

3. O que são as cidades?

4. O que é folheto?

5. Por que a integração é tão importante quanto a evangelização?


ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 4
O perfil dos enviados de Cristo
23 de julho de 2017
Texto Áureo
“E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe”. At 22.21
Verdade Aplicada
Jesus Cristo fez de Sua missão um modelo para a nossa, enviando-nos ao mundo.
Textos de Referência.

Atos 20.17-21
17 E, de Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja.
18 E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19 Servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram;
20 Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas.
21 Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

Introdução
O processo da pregação do Evangelho e tão impressionante que até os anjos observam e estão atentos com grande interesse (1Pe 1.12). A tarefa de anunciar as boas-novas de salvação é dos discípulos de Jesus (Jo 20.21).

1. O caráter de um enviado.
O apóstolo Paulo é um exemplo de perfil aprovado para a obra evangelizadora. Ele era um homem temido por perseguir o povo cristão. Todavia, após encontrar-se com Jesus e receber a salvação. Tornou-se um importante instrumento na evangelização.

1.1. Servo.
Quem diria que na pele de um homem, que “respirava ameaças e mortes”, como Saulo, estaria um apóstolo? Jamais devemos desanimar em falar de Cristo aos homens, porque podemos encontrar um zeloso Paulo escondido na alma de um Saulo pecador (At 9.15). Saulo se tornou um frutífero pregador do Evangelho. Ele testemunhou que, após a conversão, pertencia a Deus e O servia (At 27.23). Primeiro vem a conversão, depois o serviço (1Ts 1.9). É necessário que todo discípulo de Jesus Cristo tenha a mesma consciência do apóstolo Paulo quanto ao chamado para servir. Todos precisamos estar comprometidos com o serviço da evangelização.

1.2. Santo.
Como pregador da Palavra de Deus, Paulo zelava por sua reputação diante de todos (At 20.18). Ele se colocou como um exemplo digno de ser seguido desde o primeiro dia em que chegou à Ásia. Porém, ter o caráter santo é ir além da boa reputação. O apóstolo Paulo não estava preocupado com prestígio humano. Seu zelo ia além do conceito que as pessoas poderiam formular acerca de sua pessoa. Paulo estava preocupado primeiro em agradar a Deus (Gl 1.10). Ter um caráter santo é distinguir-se entre os demais, fazendo sempre realçar as virtudes do Senhor Deus, que não somente habita em nós, mas também coordena nossas atitudes (1Co 9.23-27).

1.3. Virtuoso.
Paulo expõe que servia ao Senhor com toda humildade, com lágrimas e enfrentando ciladas e tentações (At 20.19). Um servo de Deus deve viver focado porque a nova vida exige que sejamos virtuosos (2Pe 1.5). Não estamos isentos de sermos recusados ou ignorados, mas devemos pedir a Deus graça para suportar as pressões que a missão nos exige. É preciso esforço e fazer todo o possível para sermos virtuosos. A palavra virtude em 2Pedro 1.5 admite vários sentidos: excelência, boa qualidade, bondade. São aspectos que precisam estar presentes na vida daquele que é enviado pelo Senhor Jesus para continuar a grande obra da evangelização.

2. A motivação de um enviado.
A motivação é a energia que coloca em movimento o ser humano. A motivação é o princípio de uma ação voluntária e consciente. Vejamos alguns fatores que motivaram o apóstolo Paulo em sua tão brilhante missão.

2.1. Obediência a visão.
Toda missão tem um destino a nos levar. Deus não nos chamou para sermos espectadores. Sempre que vemos o Espírito de Deus na Bíblia. Ele está realizando algo (Gn 1.2). O próprio Jesus disse “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Uma vida sem propósito é vazia e sem motivação. Paulo foi movido por uma visão. O Senhor o escolheu para ser apóstolo dos gentios. Ele foi fiel à visão celestial testemunhando tanto a grandes, quanto a pequenos, em sua trajetória evangelística (At 26.19).

2.2. O amor pelos perdidos.
Todo cristão deve possuir um profundo amor pelos perdidos. Nosso maior exemplo é o Senhor Jesus Cristo. Ele expressou Seu amor até no momento da crucificação (Lc 33.34). Devemos sempre permitir a frutificação do amor de Deus pelos perdidos através de nossas vidas. Em Atenas, o apóstolo Paulo encontrou uma cidade tomada pela idolatria. Isso comoveu seu espírito de tal maneira que resolveu propagar a luz da verdade para salvar o povo da cegueira e da perdição (At 17.16-17). Tomado pelo amor e inspirado pelo Espírito, ele testemunhou acerca de Cristo e da ressurreição, e alguns creram em sua palavra (At 17.34).

2.3. Senso de urgência.
Ao refletir ainda sobre Paulo em Atenas, percebemos o seu senso de urgência (At 17.16). O termo usado por Lucas é: “paroxuno”, que tem o sentido de afiar, amolar, acelerar. É necessário que o evangelizador tenha uma visão clara da situação espiritual dos que ainda não nasceram de novo, para que possua um senso de urgência, celeridade, pressa. Os perdidos precisam ouvir a mensagem do Evangelho para que possam se arrepender, Devemos ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que ia de cidade em cidade, de sinagoga em sinagoga pregando a mensagem do Reino de Deus (Mt 9.35).

3. Responsabilidades e recompensas.
Anunciar o Evangelho é uma responsabilidade seguida de grandes recompensas. O trabalho de um servo de Deus nunca será vão no Senhor, porque Ele é galardoador de todos os que o buscam e sempre recompensará aqueles que produzem em Sua seara (Mt 25.21; Hb 11.6).

3.1. Um coração zeloso como de um pai.
O apóstolo Paulo desejava apresentar a Jesus Cristo não somente um número de pessoas, mas pessoas tratadas, cuidadas, limpas e santas (2Co 11.2). O zelo pela obra era paternal, que funcionava desde a geração até o crescimento. Paulo não desejava entregar a Deus bebês pirracentos (1Co 3.1-3). Por isso, ele os visitava, orava por eles, escrevia cartas e os alertava acerca dos perigos que tentavam usurpar sua fé e penetrar no seio da igreja. Não basta gerar bebês espirituais, deve-se cuidar até que cresçam, ou encaminhar a quem deles cuide (1Co 14.20).

3.2. Um compromisso com a vinda do Senhor.
Todo aquele que está enraizado em Cristo deve ter em mente a realidade da vinda do Senhor. É por esse motivo que devemos anunciar o Evangelho a tempo e fora de tempo, porque não sabemos quando o Senhor virá (Mt 24.50). A evangelização é um compromisso com o próprio Senhor. É necessário que falemos de Jesus em toda e qualquer oportunidade que se apresenta a nós. O tempo urge e os sinais estão mais claros a cada dia. Se não anunciarmos, muitos descerão ao abismo da perdição por nossa culpa. O Senhor nos entregou a boa semente, nos deu o Seu Espírito Santo e nos capacitou com os dons espirituais. É sair e colher, porque os campos já estão prontos para a ceifa (Jo 4.35).

3.3. A recompensa dos enviados.
O trabalho da seara do Senhor Jesus é árduo e inclui surpresas, dores, provações e perseguições. Todavia, em meio a tudo isso, o Senhor nos prometeu um prêmio por nossas obras. Mas como distinguir esse prêmio? A forma como Deus nos premia vai além de qualquer pensamento (Ef 3.20). A Palavra de Deus nos assegura que o trabalho na obra do Senhor “não é vão” (1Co 15.58), “jamais será improdutivo”. Todos os esforços serão recompensados pelo Senhor da seara no glorioso dia do Seu retorno (Mt 25.21; Lc 19.17).

Conclusão.
Todo discípulo de Jesus Cristo, consciente de ter sido chamado para cumprir tão importante tarefa, enviando ao mundo (Jo 20.21) e capacitado com o poder do Espírito Santo (At 1.8), precisa ser perseverante no trabalho do Senhor até que Ele venha.

Questionário.

1. Qual era a preocupação de Paulo?

2. Por que o servo de Deus deve viver focado?

3. Segundo a lição, o que todo cristão deve possuir?

4. O que Paulo desejava apresentar a Jesus Cristo?

5. O que a Palavra de Deus nos assegura?


ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5
A evangelização de grupos específicos
30 de julho de 2017
Texto Áureo
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Lc 19.10
Verdade Aplicada
Ao evangelizar grupos que estavam à margem da sociedade, Jesus não somente nos deu um exemplo, como também nos confiou um legado.
Textos de Referência.

Lucas 19.1-5
1 E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando.
2 E eis que havia ali um varão, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico.
3 E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
4 E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali.
5 E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa.

Introdução
A graça de Deus que se manifestou trouxe salvação a “todos os homens” (Tt 2.11), indicando assim o caráter universal do Evangelho. Na evangelização, não há lugar para preconceito e discriminação.

1. O inspirador amor de Jesus.
Jesus compartilhou a mensagem do Reino de Deus com pessoas que eram discriminadas, como por exemplo, os publicanos e as meretrizes. O amor do Senhor não via empecilhos, mas oportunidade de pregar-lhes a salvação.

1.1. O amor que busca o pecador.
Zaqueu era um funcionário público, coletor de impostos para Roma. Porém. Era judeu, e pela qualidade do serviço que fazia era tratado de maneira discriminada por seus conterrâneos. Por prestar serviços de arrecadação a uma nação pagã, que fazia o seu povo tributário, era desprezado e odiado pelos homens. Ele ouviu a respeito deste Jesus que acolhia os coletores de impostos e os pecadores, e seu coração se encheu de esperança. Ele se esforçou, desejou ver Jesus e o resultado foi maravilhoso, porque Jesus o chamou pelo nome (Lc 19.5). O amor de Jesus pelos perdidos é inigualável, vai além do que podemos imaginar (Rm 5.8).

1.2. O amor misericordioso.
Zaqueu acolheu Jesus em sua casa alegremente, mas todos os que viram isso murmuraram contra o Mestre. As pessoas estavam tão insensíveis às necessidades espirituais de Zaqueu que não conseguiam vê-lo como um homem carente de salvação. Mas Jesus viu, e, por isso, entrou em sua casa (Lc 19.9; Ap 3.20). O arrependimento de Zaqueu foi instantâneo, e, diante disso, ele tomou diversas resoluções para demonstrar sua mudança. Quando Jesus anunciou que ficaria em sua casa, Zaqueu descobriu que tinha encontrado um amigo novo e maravilhoso. Deus sempre vê o que há no coração humano, mesmo que por fora venhamos aparentar algo diferente. Ele sabe quem somos e como nos alcançar (1Sm 16.7).

1.3. O amor perdoador.
Ainda há muito a se fazer em prol das pessoas carentes de afeição, amizade e de perdão divino. Para isso, devemos nos inspirar no amor oferecido por Jesus aos pecadores. Quem diria que Levi, um cobrador de impostos, viesse a se tornar o escritor do primeiro evangelho? O amor divino enxerga algo precioso naqueles que, aos olhos humanos, são desprezíveis e sem futuro. Existem pessoas que irão muito além do que podemos pensar, por isso, precisamos alcança-las (Is 12.3-4).

2. Os grupos dos nossos dias.
A identificação de diversos grupos sociais contribuirá na contextualização da mensagem do Evangelho e no estabelecimento de estratégias buscando promover ações inclusivas, pois todos os segmentos sociais devem ser alcançados pela evangelização.

2.1. Comunidades carentes.
As comunidades carentes, além do abandono social, sofrem bastante por causa da pressão espiritual. O morador tem que conviver diariamente com a baixa moralidade, o uso de drogas ilícitas e o tráfico. Muito já se foi feito, mas ainda há muito o que se fazer para melhorar as condições de vida e segurança dessas pessoas (Ec 4.1). O tempo não nos espera. Como Igreja, devemos agir urgentemente. Onde houver uma alma, ali há um campo missionário.

2.2. Crianças abandonadas.
No que diz respeito às questões familiares, nunca a sociedade brasileira viveu tempos tão difíceis como os atuais. Além de um número sem fim de casamentos dissolvidos, a sociedade conta ainda com a prostituição infantil e o abandono de crianças (Mt 19.13-14). É muito comum ver crianças vendendo balas, doces e outros produtos para ajudarem seus pais na renda familiar. Isso também acontece nos sinais de trânsito, onde muitas crianças são manipuladas pelos adultos para pedir dinheiro aos motoristas. Essas crianças deveriam estar na escola, ou sendo cuidadas pelos pais, mas, infelizmente, a falta de planejamento familiar, o desemprego e a miséria são a causa dessa tragédia.

2.3. Anciãos.
A Igreja de Cristo deve ser um lugar de acolhimento e de companheirismo para as pessoas idosas (Is 1.17). Há igrejas que reúnem seus idosos para um tipo de culto chamado “culto da terceira idade”, ou “melhor idade”. Muitos anciãos vivem uma terrível solidão dentro de suas casas, por vários motivos: os filhos já casaram; um dos cônjuges faleceu, doenças, etc. Por isso se faz necessário planejar cultos evangelísticos visando alcançar pessoas dessa faixa etária também. Certamente, anciãos da igreja ainda podem cooperar muito no Reino de Deus.

3. Outros grupos a serem evangelizados.
Evangelizar grupos específicos é reflexivo, desafiador e nos conduz a uma vida cristã prática. Se não fizermos algum tipo de trabalho em prol de nosso próximo, tudo mais será perda de tempo.

3.1. Alcoólatras e dependentes químicos.
O álcool e as drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, etc.) têm feito muitas vítimas e destruído muitas famílias ao redor do mundo (2Co 4.4). Algumas igrejas trabalham em conjunto com centros de recuperação e outras já possuem tais centros. É um trabalho que exige amor, paciência e muita determinação, porque pessoas que são dependentes químicos sofrem abstinências e uma série de problemas psíquicos, físicos e espirituais. Existe todo um processo até que possam ser reintegrados à sociedade. Muitos perdem suas famílias, emprego e autoestima. Felizmente, a igreja tem atuado junto a este grupo e realizado um bom trabalho, mas ainda há muito a fazer, porque novas drogas surgem a cada momento e os mais atingidos são os jovens.

3.2. Encarcerados e ex-presidiários.
O número de pessoas presas no Brasil cresceu, intensificando uma tendência que fez o Brasil um dos três países do mundo com maior aumento da população carcerária nas últimas duas décadas (Mt 25.42-43). Essa é outra oportunidade que nos surge para anunciar o Evangelho. No entanto, é preciso se preparar, pois só aqueles que são qualificados em capelania carcerária possuem livre acesso para falar de Cristo nos presídios. Quando a igreja local cumpre o seu papel, ela também ajuda na reestruturação da sociedade (Lc 5.32; 15.4). Essas pessoas precisam voltar à sociedade. Com Cristo em suas vidas, elas se transformarão em agentes a serviço do Reino de Deus.

3.3. A batalha contra o mal.
A evangelização é a tarefa mais importante e urgente da Igreja: “E apiedai-vos de alguns...E salvai alguns, arrebatando-os do fogo...” (Jd 22-23). Existem grupos de famílias desamparadas. Há homossexuais e prostitutas que precisam ser evangelizados. Há várias áreas onde podemos atuar. Cabe à liderança da igreja local, junto com a membresia, orar e buscar em Deus orientação sobre o assunto. Depois, então, traçar metas de evangelização junto a grupos específicos. Não devemos nos deixar levar pela emoção, mas pedir direção a Deus sobre qual grupo (ou grupos) a igreja evangelizará de modo efetivo.

Conclusão.
Busquemos conhecer os diversos grupos sociais que estão presentes na região da igreja local. Apresentamos ao Senhor em oração e peçamos a direção e capacitação necessárias do Espírito Santo, pois todos os segmentos sociais precisam ser alcançados pela mensagem da salvação.

Questionário.

1. Como é o amor de Jesus pelos perdidos?

2. O que a Igreja de Cristo deve ser para as pessoas idosas?

3. O que o álcool e as drogas ilícitas têm feito?

4. Quando a Igreja local cumpre o seu papel, qual é a sua ajuda?

5. Qual é q tarefa mais importante e urgente da Igreja?


ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6
Deus, o Autor de Missões
06 de agosto de 2017
Texto Áureo
“Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”. 1Jo 4.9
Verdade Aplicada
Logo no início da Bíblia encontramos que o Deus Criador é um Deus missionário, interessado em abençoar todas as famílias da terra.
Textos de Referência.
João 20.19-22
19 Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
20 E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
22 E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

Hinos sugeridos.
47, 342, 477

Introdução
Desde a eternidade, Deus traçou um plano de redenção para toda a humanidade. Seu plano sempre foi abençoar as famílias da terra. Por isso, Ele nos convoca e nos comissiona a realizar essa missão (Gn 12.3).

1. Deus, o missionário por excelência.
O anuncio do Evangelho não se iniciou no tempo do Novo Testamento: “Deus...anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8). Assim, a missão de salvar o mundo foi idealizada por Deus.

1.1. A criação revela o amor do Criador.
O mesmo Deus que chamou Abraão criou os céus e a terra, e, como clímax de Sua obra, trouxe à existência a raça humana, pois o ser humano foi feito à imagem de Deus para refletir a glória de Deus no mundo (Gn 1.27). É digno de nota que o Senhor Deus criou, abençoou e deu ordens e instruções sobre a vida na terra (Gn 1.27-28; 2.16-17).

1.2. A missão começa com Ele.
Deus, além de Criador, tem um pleno envolvimento com Sua obra. Mesmo após ter se rebelado contra Deus e, assim, ter sido alvo do julgamento divino, o ser humano continua desfrutando da manifestação da graça e da misericórdia de Deus. Após a queda, Deus continua agindo em direção ao homem: “ouviram a voz do Senhor...pela viração do dia” (Gn 3.8). Aí está Deus como o primeiro missionário, tomando a iniciativa de ir até o ser humano caído, mostrando-lhe o seu erro (desobediência), a insuficiência das tentativas humanas diante das consequências do pecado (vestes de folhas de figueira) e fazendo o primeiro anuncio do Evangelho (Gn 3.15).

1.3. Um projeto elaborado desde a eternidade.
Encontramos na Bíblia que o plano de salvação não é um projeto de última hora, para resolver um problema inesperado. Trata-se de um propósito de Deus, desde o princípio da criação (Ef 3.9), que, em Sua soberania, decidiu revelar ao homem de forma gradual. Por isso, o apóstolo Paulo chama de “mistério”. A salvação está no coração de Deus “antes da fundação do mundo” (1Pe 1.20). Após o primeiro anúncio (Gn 3.15), o plano foi revelado no decorrer da história até a vinda de Jesus Cristo, o Salvador (1Pe 1.18-20; Ap 13.8).

2. Missões em vários aspectos.
Em Seu grande projeto de redenção, o Criador fixou tempos e estações para cumpri-lo (At 1.7). É perceptível que, ao longo da história, o processo divino de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas” (Ef 1.10) vai sendo conduzido de acordo com a soberania de Deus.

2.1. O processo ascendente de Missões.
Encontramos na Bíblia que o desejo de Deus em relacionar-se com pessoas foi manifesto na criação. Por isso, fez o ser humano à Sua imagem. Vemos assim que o propósito da missão é tornar a trazer o homem distante de Deus para a comunhão com o Seu Criador. Com a entrada do pecado na vida humana inicia-se uma alienação progressiva em relação ao propósito para qual foi criada (Gn 4.11). Contudo, num contexto de degradação moral e espiritual, Deus chama um homem e promete que, por intermédio de sua descendência, abençoaria todas as famílias da terra (Gn 12.1-3).

2.2. Cristo, a figura central.
A Bíblia, a palavra de Deus revela o Senhor Jesus Cristo como o Messias prometido, a figura central em todas as dispensações. Ele é a pessoa principal de toda a pregação e ensino. Ele aparece figurado: nas vestimentas de pele com que o Senhor vestiu a Adão e Eva, sua mulher (Gn 3.21); no carneiro imolado em lugar de Isaque (Gn 22.13-14); no cordeiro pascoal sacrificado na saída dos filhos de Israel do Egito: na nuvem que guiava os israelitas de dia e na coluna de fogo que os aquecia a noite. Enfim, Jesus é o centro da Bíblia. O próprio Jesus fez questão de falar que as Escrituras testificavam dEle (Jo 5.39). E, para que não houvesse dúvidas, o Pai confirmou Seu ministério, para que todos nEle cressem (Jo 8.14-18).

2.3. Bíblia, o alicerce.
Na Bíblia encontramos a revelação de tudo quanto necessitamos e precisamos saber para a prática da obra missionária. Sem a Palavra de Deus, é impossível a evangelização do mundo. Nela encontramos que e nossa a responsabilidade da proclamação do plano divino de salvação, o poder e a capacitação para cumprirmos a missão, e a mensagem a ser anunciada. Quanto mais convictos estiverem os discípulos de Jesus Cristo acerca da autoridade da Bíblia, maior será o comprometimento com a obra missionária. O próprio registro da mensagem em formato de livros tinha um propósito missionário (Jo 20.30-32).

3. Missões e a trindade.
Um dos textos bíblicos que enfatiza o trabalho do Deus Trino na obra missionária é o que registra a ordem de Jesus Cristo: “...ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Assim, cada Pessoa da Trindade está envolvida no envio, no comissionamento, na capacitação e na promoção da ação missionária.

3.1. A participação de Deus Pai.
O conferencista em Missões, Robert E. Speer, declarou: “É no próprio ser e caráter de Deus que a base mais profunda do esforço missionário deve ser encontrada”. É importante que esta ênfase teocêntrica seja destacada em Missões, pois, como o apóstolo Paulo registrou na epístola de Efésios, somos abençoados, escolhidos, redimidos “para louvor e glória da sua graça...”; “...para louvor da sua glória...” (Ef 1.3-14). Deus Pai nos criou para que relacionássemos com Ele. Após o pecado, agiu para que ocorresse a reconciliação.

3.2. A participação de Jesus Cristo.
Em Jesus Cristo encontramos a realização plena da ação missionária de Deus Pai. Enviado pelo Pai, veio para “servir e dar a sua vida em resgate de muitos”, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Mc 10.45; Fp 2.6-8). Ele é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento desde Gênesis 3.15. Assim, Jesus Cristo é o modelo no cumprimento da missão: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Após Sua ressurreição, Ele abre o entendimento dos discípulos para compreenderem as escrituras (Lc 24.25) e mostra-lhes que já estava previsto no Antigo Testamento a Sua vinda, que padeceria, ressuscitaria e que “...em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações” (Lc 24.46-47). Ele declara: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18), antes de lançar a chamada Grande Comissão.

3.3. A participação do Espírito Santo.
O Espírito Santo atua na história desde o princípio: “o Espírito de Deus se movia” (Gn 1.2). Atuou na criação (Jó 33.4; Sl 104.30). Continua atuando até hoje. Por todo o período do Antigo testamento vemos a ação do Espírito santo na vida de tantos que foram chamados e enviados por Deus, capacitando-os para o cumprimento da missão. Logo no início do Novo testamento lá está o Espírito Santo agindo em Maria para a encarnação de jesus Cristo, enchendo Isabel, mãe de João Batista, e, depois, ungindo o próprio Messias (Lc 1.35, 42; 3.22). Pelo Espírito Santo, jesus Cristo se ofereceu como sacrifício (Hb 9.14). O próprio Jesus Cristo prometeu que o Espírito Santo estaria sempre conosco (Jo 14.16).

Conclusão.
Considerando que o Deus Trino e Uno se revela como Missionário, desde o princípio, e que, em Sua soberania, decidiu vocacionar homens nascidos de novo para cumprir a missão de tornar conhecido o plano de salvação para a humanidade, é imprescindível que a Igreja priorize tal atividade.

Questionário.

1. Quem idealizou a missão de salvar o mundo?

2. Em Seu grande projeto de redenção, o que o Criador fixou?

3. Sem a Palavra de Deus, o que é impossível?

4. Quem é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento desde Gênesis 3.15?

5. O que Jesus Cristo prometeu acerca do Espírito Santo?

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7
Missões no Antigo Testamento
13 de agosto de 2017
Texto Áureo
“Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás”. Jr 1.7
Verdade Aplicada
Missões é doutrina bíblica. Não se trata de modismo ou fruto da criatividade da Igreja.
Textos de Referência.


Isaías 6.5-8
5 Então, disse eu: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 E com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Hinos sugeridos.

84,126,186

Introdução

Enfatizaremos nesta lição, assim como os missiólogos e escritores dos séculos XX e XXI, que o Antigo Testamento é a base para a atividade missionária da Igreja entre todas as nações e povos do mundo.

1. O planejamento de Missões.

É praticamente impossível compreender a obra missionária no contexto histórico do Antigo Testamento sem o entendimento correto do plano da redenção estabelecido desde o princípio.

1.1. Conceito de Missões no Antigo Testamento.

Como temos estudado nas lições anteriores, desde o princípio, a Bíblia revela a missão de Deus (Missio Dei), por intermédio do povo separado por Deus, para alcançar todo o mundo, por causa do amor de Deus, para restaurar a Sua criação ao propósito original. Tal revelação passa pela benção e orientação ao primeiro Casal (Gn 1.27-28), pelo Criador perguntando pelo primeiro homem após a queda, a promessa feita e a providência divina (Gn 3.9, 15, 21), e por tantos que foram chamados, vocacionados e enviados pelo Senhor Deus, denunciando o pecado, anunciando o juízo divino, convocando ao arrependimento e revelando a vinda do Messias, o Salvador Jesus Cristo, para consumar o plano divino de salvação (2Pe 2.5; Jd 14; Sl 22; Is 53).

1.2. Princípios da obra missionária.

No Antigo Testamento encontra-se os princípios básicos da atividade missionária. O próprio Jesus Cristo frequentemente relacionava a Sua identidade e missão às Escrituras Sagradas do Antigo testamento. Após Sua ressurreição, Ele revela aos discípulos que tanto Seu sofrimento, Sua morte e Sua ressurreição, como atividade missionária da Igreja – “pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações” (Lc 24.46-47) -, já estavam previstos nos escritos do Antigo Testamento.

1.3. O texto bíblico usado por Pedro e Paulo.

Há a tendência de pensar sobre atividade missionária como uma tarefa estabelecida a partir da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Contudo, com base em textos bíblicos que registram as palavras dos apóstolos Pedro e Paulo, Missões é um assunto bíblico que está presente nas Sagradas Escrituras muitos séculos antes do registro do Evangelho de Mateus. A exposição de Jesus Cristo mencionada em Lucas 24.44-47 foi tão impactante que nos registros das mensagens dos apóstolos, quando estes queriam enfatizar que o plano divino de salvação era para todos os homens (não apenas os judeus), não constam as palavras da Grande Comissão, mas, sim, o chamado “verso misterioso”: Gênesis 12.3. Os apóstolos, Pedro e Paulo o citaram, respectivamente (At 3,25-26; Gl 3.8).

2. A contínua ação do Deus Missionário.

Mesmo nos períodos mais longínquos e sombrios da história, o Deus Missionário sempre teve na terra Suas testemunhas.

2.1. Revelação Geral e Revelação Especial.

Interessante que a própria natureza é uma testemunha, conforme encontramos em Atos 14.15-17 e Romanos 1.18-21. O Deus Missionário se revelou. É possível conhece-Lo. Deus testemunha, por meio da criação, Sua providência, Seu cuidado, Seu amor e da Sua própria imagem nos seres humanos. Esta revelação é identificada nos estudos teológicos como a Revelação Geral. A Revelação Especial contém os mandamentos, o plano divino de salvação, as Escrituras Sagradas, a pessoa de Jesus Cristo.

2.2. O Evangelho anunciado a Abraão.

É interessante ressaltar que o próprio Deus “anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8). A mensagem divina das boas-novas anunciava que Abraão seria abençoado e que a bênção alcançaria “todas as nações”. Aqui encontramos a continuidade da revelação do plano divino de salvação: a semente da mulher (Gn 3.15) viria por intermédio da descendência de Abraão. Mais adiante, Deus repete a promessa a Isaque (Gn 26.1-5).

2.3. A ação missionária na Terra Prometida.

Raabe, que acolheu os espias em sua casa, na cidade de Jericó, é um exemplo de pessoas que não era descendente de Abraão, mas, ao ouvir sobre os atos do poderosos de Deus, declarou: “porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo da terra” (Js 2.11). A misericórdia e o amor de Deus alcançaram ela e todos que estavam em sua casa. Ela conta na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.5), e na galeria de heróis da fé (Hb 11.31). Afinal, a promessa feita a Abraão tem alcance mundial: “todas as famílias da terra”.

3. Israel a nação missionária.
O projeto divino para Israel como nação escolhida por Deus foi que como tal pudesse exercer um papel missionário no mundo.

3.1. Israel, a nação testemunha.

Encontramos em Êxodo 19.4-6 que o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito era que o povo se aproximasse dEle e fosse povo exclusivo dEle, sacerdotal e santo. Assim seria um povo separado para adorar a Deus e, então, fazer conhecido o caminho e a salvação do Senhor entre todos os povos, para que todos louvem e temam ao Deus todo-Poderoso (Sl 67). O apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja com as mesmas características e responsabilidades atribuídas a Israel (1Pe 2.9). É preciso que cada discípulo de Jesus Cristo conheça e viva estes chamado e vocação.

3.2. Ação missionária dos profetas.

Autor da salvação e da obra missionária, Deus levantou profetas, homens que dEle recebiam diretamente uma mensagem de juízo ou despertamento para que o povo se voltasse para Sua presença (Am 3.7). Talvez a história do profeta Jonas seja um dos principais referenciais missionários do Antigo Testamento, por constar o mandato do Deus Missionário ao povo escolhido com relação a outro povo. Uma introdução à Grande Comissão entregue por Jesus Cristo à Igreja (Mt 28.18-20).

3.3. O reino de Judá disperso e exilado.

A infidelidade trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá. Os habitantes foram exilados na Babilônia e apenas os pobres dentre o povo foram deixados na terra de Judá (Jr 30.1-10). Foi nesse período que, sem a adoração no templo, os judeus fundaram sinagogas em muitos lugares, para não perderem a sua cultura e adoração. Jesus reconheceu o zelo missionário dos fariseus, mas reprovou sua hipocrisia (Mt 23.15). Foi a partir dessas sinagogas que Paulo fundou várias igrejas cristãs em vários países.

Conclusão.

O antigo Testamento está repleto de princípios bíblicos e registros de atividades missionárias. Deus já estava agindo para tornar conhecido Seu plano de salvação em toda a terra. Que cada discípulo de Cristo esteja consciente da responsabilidade de prosseguir com a obra missionária nesta geração.

Questionário.

1. Qual é o “verso misterioso”?


2. Qual era o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito?


3. Como o apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja?


4. O que trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá?


5. O que Jesus reprovou dos fariseus?

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8
Jesus o missionário excelente
20 de agosto de 2017
Texto Áureo
Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Jo 12.46
Verdade Aplicada
Para nos resgatar das trevas, Cristo se fez homem e morreu por nós, demonstrando um amor incondicional.

Textos de Referência.


João 1.1-5; 12
1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
12 Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.

Introdução

Jesus Cristo veio dos céus em obediência ao Pai e também por um imensurável amor à Sua criatura. Como Cordeiro Imaculado, Ele veio salvar o mundo dos seus pecados.

1. A excelência do missionário.

Não encontramos o título de “missionário” no Novo Testamento. Mas o escritor aos Hebreus nomeia a Cristo como “apóstolo” (Hb 3.1). Um apóstolo é um “enviado”, isto é, alguém com a missão de revelar a vontade de Deus aos que se encontram na escuridão.

1.1. Jesus, a palavra eterna.

A identidade de Jesus é revelada de duas maneiras em relação à Sua missão. Primeiro, como Verbo, o que aponta para a sua natureza divina, Ele é aquele que veio salvar o homem de seus pecados e da perdição eterna (Jo 1.10-12). Em sua essência divina, Ele é o próprio Deus em ação, atuando para que se realize na terra o que foi idealizado na eternidade, dando-se como oferta, “anulando a conta da nossa dívida” (Cl 2.14). Segundo, como homem, revelando a glória divina, mostrando aos seres humanos que Deus é amor e que enviou para mostrar à humanidade perdida o caminho de volta ao Pai (Jo 3.16).

1.2. Jesus, a vida.

João, o evangelista, registrou que através de Jesus Cristo todas as coisas vieram a existir desde a eternidade (Jo 1.3). Os céus e a terra são obras de Suas mãos. Toda autoridade humana que se nomeia veio por meio dEle e por Ele tudo subsiste (Cl 1.15-17). Apenas aquele que criou e sustenta todas as coisas é capaz de redimir do pecado e da perdição. Por isso, Ele disse acerca de si mesmo: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).

1.3. Jesus, a luz do mundo.

Por causa do pecado, da humanidade caminhava em trevas. Jesus é o sol da justiça que trouxe esperança, cura e salvação. Mesmo para aqueles que habitavam, e ainda habitam hoje, na “região da sombra da morte”, essa luz brilhou, e ainda brilha, dissipando as trevas do pecado, da opressão, das enfermidades e da possessão demoníaca (Mt 4.16-17). Luz e trevas se opõem, más não se nivelam em poder. A luz é superior. Quando alguém caminha na luz, as trevas não dominam (Jo 12.35). O Senhor Jesus veio para trazer luz à humanidade (Jo 1.9). Se vidas estão ainda em trevas, não é por causa da limitação da luz, mas porque não querem a luz (Jo 3.19-20).

2. A excelência da missão.

Jesus fez diversas declarações importantes acerca da salvação. Uma delas foi: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6b). Eis o propósito de Sua excelente missão. Todos aqueles que desejam encontrar-se com o Pai, devem primeiro conhecer o Filho, para receber a salvação.

2.1. Jesus, o Verbo que se fez carne.

Alguns sentidos da palavra “habitou”, no grego, são: “alojar-se em tenda: tabernacular”. Aquele que “estava com Deus” e “era Deus” foi enviado ao mundo para estar com a humanidade. Eis o Missionário por excelência! Deus se aproxima dos pecadores para resgatá-los. Em Jesus Cristo, encontramos a integração dos atributos divinos e humanos. Ele é o Senhor preexistente e divino, como também o ser humano encarnado em servo sofredor. Em Cristo, o Missionário por excelência, encontramos o modelo de como comunicar o Evangelho: a mensagem sempre será a mesma, mas os métodos acompanham o contexto da atividade evangelística.

2.2. A personificação do amor divino.

A vinda de Jesus entre nós vai além do que podemos imaginar ou descrever. Jesus veio a esse mundo para revelar o amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16). Essa qualidade do amor divino e tão indestrutível que não há como explicar tremenda graça. A Bíblia nos ensina que Deus provou o Seu amor para conosco enviando a Cristo para morrer por nós, mesmo sendo pecadores (Rm 5.8). Durante o Seu ministério terreno, Jesus Cristo demonstrou a compaixão de Deus pela humanidade. No grego, a palavra compaixão, entre outros sentidos, significa: “ser movido como pelas entranhas; sensibilizar-se”. Que grande exemplo deixado para nós pelo Senhor.

2.3. A restituição do que foi perdido.

“...provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 5.18). A expressão “reconciliação”, no grego, indica: restauração; mudança, no sentido de uma pessoa em relação à outra. A Bíblia registra que o ser humano não nascido de novo, vivendo em pecado, é “inimigo de Deus” (Rm 5.10); está afastado da presença de Deus (Rm 3.23). Jesus Cristo foi enviado para restituir-nos à comunhão e amizade com Deus. Fez isto pela Sua morte (Rm 5.10-11). Ele efetuou o ministério da reconciliação e, agora, a Igreja recebe a missão de tornar conhecida até os confins da terra a “palavra da reconciliação” (2Co 5.19).

3. A Excelência do propósito.

Três expressões resumem a excelência do propósito missionário de Jesus. São elas: “deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12); “O Filho unigênito, que está no seio do pai, este o fez conhecer” (Jo 1.18); “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).

3.1. O Agente Revelador.

A Igreja conhece a Deus-Pai através de Jesus (Jo 1.18). Quem através da Palavra de Deus e da ação iluminadora do Espírito Santo vê a Jesus Cristo, consequentemente, vê ao Pai por causa da Sua natureza divina e comunhão íntima (Jo 14.9; 10,30). Embora os judeus sejam herdeiros da Lei, dos concertos e promessas de Deus, nunca experimentaram um contato com o Pai tão maravilhoso igual ao que se deu através de Jesus, o Messias. Jesus nos deixou uma herança eterna. Pela fé em Sua Palavra, não nos tornamos apenas herdeiros da missão, mas também do mesmo poder que exercia em seu tempo (Jo 14.8-14).

3.2. O Cordeiro de Deus.

É impossível chegarmos ao Pai, senão pelo Cordeiro. Seu sangue tira o pecado do mundo. Jesus é o sacrifício aceitável e perfeito a Deus, e substitutivo das nossas vidas. A epístola aos Hebreus, nos capítulos 9 e 10, nos ensina que os sacrifícios oferecidos no tempo do Antigo Concerto (vide o livro de Levítico) eram tipos do sacrifício que Jesus Cristo ofereceu por nossos pecados. O Cordeiro de Deus, por Seu próprio sangue, efetuou “eterna redenção” (Hb 9,12). Não há necessidade de repetir o sacrifício, foi “um único” (Hb 10.12). O apóstolo João ouviu que o novo cântico entoando no céu menciona o Cordeiro, Sua morte, Seu sangue e o resultado de Seu sacrifício (Ap 5.9-14).

3.3. O direito de filiação divina.

Outro propósito dentro da obra missionária de Jesus é garantir a filiação divina aos que creem. Há muito se apregoa uma paz, fraternidade e amor da qual Deus não participa. Todos somos criaturas de Deus. No entanto, para no tornarmos filhos de Deus precisamos receber Jesus Cristo, crendo em Seu nome (Jo 1.12). Esta filiação ocorre por adoção através do Filho de Deus e da habilitação do Espírito Santo em nós (Rm 8.15). Tal adoção ocorre pela fé plena no Cordeiro. Sem Ele permanecemos como meras criaturas. Portanto, a missão de Jesus resulta na formação de uma grande família na terra, quando então entregará o Reino ao Pai e entraremos no perfeito estado eterno (1Co 15.24).

Conclusão.

Jesus não veio a terra por conta própria. Ele veio cumprir a vontade do nosso Pai Celestial e, nesta vontade, Ele se deleitava em fazê-la (Jo 4.34; 6.38). Ele foi um missionário excelente. Não é à toa que o escritor aos Hebreus o chamou de “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1).

Questionário.


1. Segundo a lição, o que João, o evangelista, registrou?

2. O que devemos fazer para se encontrar com o Pai?


3. Cite uma das expressões que resumem a excelência do propósito missionário de Jesus?


4. Como a Igreja conhece a Deus-Pai?


5. Como ocorre nossa filiação a Deus?


ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 9
O legado missionário da Igreja Primitiva
27 de agosto de 2017
Texto Áureo
“Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento”. Atos 26.20
Verdade Aplicada
Um dos grandes legados deixado pela Igreja Primitiva foi a perseverança em anunciar a Palavra.

Textos de Referência.

Atos 1.4-5; 7-8
4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
5 Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Hinos sugeridos.
200, 222, 431

Introdução
Os primeiros membros da Igreja, apesar da oposição, não perderam o foco da evangelização. Eles obedeceram a Jesus e ao Espírito Santo, que conduziu toda a obra, de maneira que eles alvoroçaram o mundo em sua época (At 17.6).

1. Os mandamentos missionários.
Alguns mandamentos foram dados por Jesus antes de Sua partida. Estes mandamentos foram chaves preciosas, que abriram a porta do crescimento da Igreja Primitiva e de todos os tempos.

1.1. Deu mandamentos pelo Espírito Santo.
Jesus deu mandamentos pelo Espírito Santo e isso sucedeu enquanto Ele lhes falava acerca do Reino de Deus (At 1.1-3). Esse destaque para a pessoa do Espírito Santo não foi acidental. Ele capacita e dirige a obra missionária no mundo. O próprio Jesus agiu no poder do Espírito santo (Mt 3.16; At 10.38). Mesmo após Sua ressurreição, o Senhor Jesus continuou dirigido pelo Espírito Santo. Ele já havia revelado aos Seus que o Espírito Santo viria, após Sua volta para o pai, e que ensinaria, lembraria e revelaria mais verdades espirituais (Jo 14.16; !6.13). E é o que encontramos ao longo do Novo Testamento, a partir do Livro de Atos.

1.2. Determinou-lhes que recebessem poder.
Os obreiros de Cristo não podem se lançar ao trabalho sem o poder do Espírito Santo. Para a execução da obra missionária, a partir de Jerusalém, Deus prometeu uma capacitação do alto para a Sua Igreja (At 2.33; Gl 3.14). Existe um governo organizado e pronto para impedir o avanço missionário (Ef 6.10-12). Por esse motivo, a obra missionária não pode ser feita de qualquer maneira. Essa é uma obra na qual lidamos com almas, cujos resultados são eternos.

1.3. Determinou-lhes o campo de atuação.
A missão da Igreja é a pregação do evangelho, fazendo discípulos de Jesus em todas as nações (Mt 28.18-20). A humanidade agoniza longe de Deus, sem esperança de salvação (Rm 8.22). Isso significa que o nosso campo de atuação abrange a toda a criatura que encontrarmos até os confins da terra. Assim, de acordo com a orientação de Jesus Cristo, a Igreja deve iniciar a evangelização no lugar no qual se encontra e, simultaneamente, estar comprometida com o anúncio do Evangelho em todo o mundo (indo, contribuindo e orando). Veja no livro de Atos que a Igreja se estabeleceu em Jerusalém e foi progredindo para a Samaria, Judéia, até os confins do mundo. Os missionários daquela época alvoroçaram o mundo por meio da pregação de Cristo (At 17.6; 24.5).

2. O Espírito Santo na obra missionária.
O Espírito Santo despertou nos discípulos o desejo de compartilhar o Evangelho. Em Atos, encontramos o Espírito Missionário formando uma Igreja missionária e capacitando-a para o cumprimento da tarefa. Vejamos três maneiras da atuação do Espírito Santo;

2.1. Ele desceu no dia de Pentecostes.
O Espírito Santo é o Espírito da promessa da parte do Pai (At 1.4-5). Ele desceu sobre a Igreja reunida em Jerusalém no dia de Pentecostes, que era a Festa da Colheita. Ali estavam representadas muitas nações da terra através dos judeus da diáspora. Naquela ocasião, o Espírito Santo se revelou, fazendo com que os discípulos falassem na língua de todas aquelas nações as grandezas de Deus (At 2.4-11). Convém lembrar que essa foi uma operação divina diferente da que ocorreu na torre de Babel. A partir desse dia, o Espírito Santo concedeu a Igreja vários dons para o cumprimento da missão (1Co 12.4-7).

2.2. Ele opera sinais.
Os milagres, curas e libertações são consequência direta do agir do Espírito Santo. Tais ações sobrenaturais contribuem na evangelização e proporcionam o socorro de Deus na vida dos que sofrem. Não são sinais reservados apenas aos líderes, mas a todos os que buscarem fervorosamente. No livro de Atos vemos, por exemplo, que o Espírito Santo impregnou a Pedro de tal maneira que as pessoas “transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles” (At 5.15). Por outro lado Paulo, cheio do Espírito Santo, fazia milagres extraordinários de modo que as enfermidades e os espíritos imundos fugiam das vítimas (At 19.11-12).

2.3. Ele separa e envia missionários.
O Novo Testamento aponta o Espírito Santo como a figura principal da obra de evangelização através da Igreja (At 8.29; 13.2; 15.28). Todo o Corpo de Cristo é chamado a evangelizar e a fazer missões, mas cada um fará o seu papel de acordo com o seu chamado (1Co 12.7). Alguns são vocacionados a deixarem sua cidade e igreja de origem para pregar o Evangelho em outros estados, outros são dirigidos pelo mesmo Espírito às nações. Todos são chamados a testemunhar, mas sem todos foram vocacionados a ir a um campo missionário transcultural. Todavia, os que ficam têm a incumbência de participar orando e contribuindo financeiramente para manter os que se destinam a ir. Dessa maneira, todos se envolvem no trabalho missionário.

3. Principais missionários.
Todos os discípulos diretos do Senhor Jesus, após a descida do Espírito Santo, tornaram-se comprometidos com a missão de anunciar o Evangelho da salvação. A maioria deles morreu brutalmente, cumprindo a missão fora de seu lugar de origem. Neste ponto, destacaremos os dois personagens mais notáveis do livro de Atos.

3.1. O apóstolo Pedro.
Logo após a descida do Espírito Santo no cenáculo, Pedro inicia seu poderoso ministério. Ele e os onze estão juntos, mas é Pedro quem toma a iniciativa da pregação e, naquele dia, em um só sermão, quase três mil almas manifestaram a fé em Jesus Cristo e foram batizadas (At 2.14-41). Mais adiante, vemos Pedro e João à porta do templo, mas é Pedro quem se dirige ao coxo e libera sobre ele a palavra de cura. Pedro se tornou um grande líder e todos os discípulos davam testemunho do poder de Deus (At 4.33). Na casa de Cornélio, através de Pedro, a porta da graça se abriu para os gentios. Segundo a tradição cristã, Pedro morreu crucificado em Roma de cabeça para baixo.

3.2. O apóstolo Paulo.
Saulo foi companheiro de Barnabé na primeira viagem missionária. Foi nesta missão que adotou o seu nome gentílico “Paulus” que significa: “pequeno” ou “o menor”. Depois desta viagem missionária, fez mais duas outras e uma última para Roma como presidiário, para comparecer perante César. O relato de Atos para o capítulo 28, mas sabemos que depois disso Paulo foi liberto e continuou suas viagens por três anos, provavelmente chegando até a Espanha, como planejou (Rm 15.24). A seguir, foi preso pela perseguição de Nero e conduzido a Roma, onde foi decapitado possivelmente em 67 d.C. O apóstolo Paulo é considerado o maior missionário do Novo testamento, depois de Jesus (1Co 11.1).

3.3. Outros apóstolos.
O grande legado missionário na Igreja Primitiva nos foi transmitido por Pedro e Paulo. Outros discípulos também contribuíram muito, como: Barnabé, auxiliou Paulo quando os demais não acreditaram na conversão dele; João Marcos, sobrinho ou primo de Barnabé, autor do livro de Marcos; Lucas, companheiro de Paulo e autor dos livros de Lucas e Atos dos Apóstolos (At 1.1). Não podemos deixar de mencionar outros obreiros de destaque que auxiliaram a Paulo, como: Tito, que por um tempo foi deixado em Creta, e Timóteo, que foi designado para vários lugares.

Conclusão.
O legado missionário da Igreja Primitiva foi constituído de homens que receberam uma visão celestial. Homens simples, mas com um diferencial: a presença do Espírito Santo em suas vidas. Esse poder ainda está ao alcance de todos. É necessário crer e, assim, veremos a glória de Deus (At 2.39).

Questionário.
1. Qual é a missão da Igreja?
R: A pregação do Evangelho, fazendo discípulos de Jesus em todas as nações (Mt 28.18-20).

2. O que o Espírito Santo despertou nos discípulos?
R: O desejo de compartilhar o Evangelho (Jo 15.27).

3. Quem é a figura principal da obra de evangelização através da Igreja?
R: O Espírito Santo (At 8.29; 15.28; 16.16).

4. Quais são os dois missionários principais em Atos dos Apóstolos?
R: Pedro e Paulo (At 2.14-41).

5. Depois de Jesus, quem é considerado o maior missionário do Novo Testamento?
R: Paulo (1Co 11.1).

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 10
O discípulo e o discipulado
03 de setembro de 2017
Texto Áureo
“Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.” Gálatas 4.19
Verdade Aplicada
Fazer discípulos não é uma tarefa qualquer, mas uma responsabilidade da vida espiritual.
Textos de Referência.

Mateus 28.18-20
18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.

Marcos 16.15-16
15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Introdução
Após a ressurreição, Jesus deu uma ordem aos Seus discípulos: pregar o Evangelho e fazer discípulos de todas as nações. Todo Seu ministério e ensinamentos giraram em torno dessa tarefa (Mt 28.18-20).
1. Ir e fazer discípulos de todas as nações.
A grande comissão não é um chamado para um novo plano de ação, mas o desenvolvimento do próprio método da missão vivida por Jesus aqui na terra. O discipulado cristão é um relacionamento entre mestre e aluno, baseado nos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos (Mt 10.25).

1.1. O que significa se tornar um discípulo?
Todo cristão, por definição, é um discípulo. Todavia, o discipulado não é a simples aceitação dos ensinamentos de Cristo, nem a identificação com uma igreja. Discipulado é uma específica maneira de viver (Jo 13.15). O discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e estilo de vida de seu mestre com a finalidade de ensinar a outros (2Tm 2.2). Um discípulo é alguém que se submete voluntariamente ao senhorio de Cristo, desejando converter-se em seu imitador, em pensamentos, palavras e obras (1Co 11.1).

1.2. O discípulo deve se parecer com o Mestre.
“Eu sou a luz do mundo; quem, me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12). Essas são as palavras pelas quais o Senhor Jesus nos exorta a imitar Sua vida e Suas virtudes. A vida cristã não se limita ao momento da conversão. Na verdade, a vida cristã é uma jornada, um processo. Para que este processo seja contínuo, Jesus fez algumas exigências aos que desejam seguí-Lo (Lc 14.25-33). A essência do discipulado é parecer com Jesus (Lc 6.40; Rm 8.29). Os seguidores de Cristo, nos primeiros anos da Igreja, eram identificados como discípulos (alunos, aprendiz, adepto). Mais tarde é que foram chamados de cristãos – seguidor de Cristo (At 11.26). No fim de todas as coisas, “quando ele se manifestar”, os salvos serão semelhantes a Ele (1Jo 3.2).

1.3. De discípulo a discipulador.
Fazer discípulo é uma responsabilidade da vida espiritual e uma afirmação do nosso discipulado com o Senhor Jesus Cristo. A orientação de Paulo a Timóteo foi: “Você ouve, transmite aos outros e estes outros instruem a outros” (2Tm 2.2). O princípio bíblico é que os membros do Corpo de Cristo são aperfeiçoados (preparados) para o serviço cristão (Ef 4.12). Logo, é um viver dinâmico.

2. O valor do ensino na vida do discípulo.
A principal ocupação de Jesus foi o ensino (Mt 4.23; 5.2; 7.29; Mc 4.2). Mesmo quando realizava milagres, Ele aproveitava para ensinar verdades espirituais. Ele estava preparando e ensinando um grupo para levar adiante a Sua obra (Mt 28.19-20).

2.1. Jesus Cristo e o ensino.
Em Mateus 28.19-20, encontramos duas expressões: “ensinai” e “ensinando-as”. A ênfase é o ensino. Não apenas antes, mas também após o batismo nas águas. Na verdade, precisamos de ensino durante toda a jornada cristã. Mais do que transmitir informações ou expor um assunto, ensinar é ajudar outros a aprenderem. OI próprio Deus participa ativamente do processo de ensino/aprendizagem. Jesus Cristo falava, perguntava, demonstrava, buscava a participação dos discípulos, utilizava vários métodos (Mt 16.13; 15.36; 13.3; Jo 13.2-4).

2.2. Pós-modernidade, um desafio ao ensino bíblico.
Vivemos um tempo marcado pelo imediatismo, hedonismo, relativismo, desconstrução de conceitos e outras características que têm se tornado verdadeiros desafios para a Igreja no cumprimento da missão de ensinar a outros a guardar os mandamentos transmitidos por Jesus Cristo (Mt 28.20). Infelizmente, além desses desafios, ainda há no Brasil diversas igrejas locais que não realizam Escola Bíblica Dominical e não valorizam o ensino. Com isso, até vemos crescimento no percentual dos que afirmam professar a fé evangélica. Mas, sem ensino, será que sabem o que significa ser um discípulo de Jesus Cristo?

2.3. O conteúdo do ensino.
Nada substitui a Palavra de Deus. Experiências e testemunhos pessoais são válidos para ressaltar, ratificar, despertar interesse, exemplificar doutrinas e princípios bíblicos, nunca para substituir ou serem supervalorizados. O próprio Jesus, falando com Seus discípulos sobre a necessidade de serem frutíferos, afirmou que Deus realiza a limpeza, para que continuemos saudáveis e frutíferos, por intermédio da Palavra de Deus é a base do discipulado.

3. Exemplos bíblicos de discipulado.
Analisemos agora alguns exemplos de discipulado encontrados no Novo Testamento, para contribuir na fixação de princípios bíblicos já estudados e motivação no exercício de tão nobre missão a nós entregue por Jesus.

3.1. O discipulado de Cornélio.
Cornélio era um oficial do exército romano que residia na cidade de Cesaréia. Os judeus davam bom testemunho acerca dele (At 10.22). Era um homem “piedoso e temente a Deus...fazia esmolas...orava continuamente e jejuava” (At 10.2, 30). Um certo dia, viu um anjo de Deus, que lhe diz para chamar Pedro, o qual lhe anunciara palavras de salvação. Cornélio necessitava de salvação (At 11.14). O anjo não pregou o Evangelho para Cornélio. Foi Pedro quem anunciou a mensagem de salvação em Jesus Cristo. Cornélio creu ao receber a mensagem do anjo. Ele estava em jejum e oração. Deus se revela aos que O buscam com fé e sinceridade. Há crescimento espiritual na vida dos que têm fome e sede em conhecer a vontade de Deus.

3.2. A conversão de Paulo.
Atos 9 registra a conversão e o início do discipulado de Paulo. Ele era um homem que “respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor” (At 9.1). Sua fama foi longe e muitos discípulos o temiam (At 9.13-14). Mas para Deus nada é impossível. Ele sabe como alcançar as pessoas. E usa Seus discípulos. Por isso, deu mandamentos, poder do Espírito Santo e promessa de estar conosco na missão discipular (Mt 28.18-20; At 1.8). Após ir ao encontro de Saulo no caminho de Damasco, Jesus lhe diz que entrasse na cidade “e lá te será dito o que convém fazer” (At 9.6). Em Damasco, o Senhor tinha um discípulo! No diálogo com Ananias, vemos que o Senhor conta com pessoas comuns, limitadas, mas obedientes ao chamado para fazer discípulos (At 9.10-18).

3.3. O discipulador Barnabé.
Barnabé pertence ao grupo dos primeiros discípulos, após a descida do Espírito Santo. Lucas o apresenta como um exemplo do modo cristão no uso dos bens materiais (At 4.36-37). Quando Paulo, recém-convertido, chega a Jerusalém, encontra resistência por parte dos discípulos em recebê-lo. Mas lá estava o “filho da consolação” atento aos novos convertidos (At 9.27). Como a missão do discipulado precisava de discípulos que estejam atentos para consolar, animar e acompanhar outros.

Conclusão.
Discipular é uma tarefa muito gratificante. Quando olhamos para uma vida e vemos que aquela pessoa que ajudamos no discipulado se tornou um instrumento para o Reino de Deus, somos contagiados por tão grande alegria, que isso nos inspira a fazer sempre mais.

Questionário.

1. Qual é a essência do discipulado?

2. Qual foi a principal ocupação de Jesus?

3. Quais as duas expressões que encontramos em Mateus 28.19-20?

4. O que Atos 9 registra?

5. Como Lucas apresenta Barnabé?

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 11
O processo de formação do discípulo I
10 de setembro de 2017
Texto Áureo
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. Tito 2.11
Verdade Aplicada
A vida de discípulo de Jesus começa com o novo nascimento e continua em crescimento e vitalidade espirituais até alcançar a estatura completa de Cristo.
Textos de Referência.
Tito 2.11-14
11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
12 Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente,
13 Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
14 O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.

Introdução
Como Paulo escreveu, estamos em Cristo após ouvirmos o anúncio do Evangelho, crer e passar a viver guiados pelo Espírito Santo (Ef 1,13). Ninguém se torna um discípulo sem a ação de Deus e uma resposta humana.

1. A importância dos primeiros passos.
O início da jornada cristã se dá quando a pessoa nasce de novo é a condição para ver e entrar no Reino de Deus (Jo 3.3, 5).

1.1. É preciso nascer de novo.
Quando Jesus contou a parábola do semeador, disse que muitos estavam com a mente fechada, coração endurecido, ouviam sem interesse, fechavam os olhos, pois estavam fora do Reino de Deus (Mt 13.15; Mc 4.11). Primeiro é preciso entrar, para depois compreender “os mistérios do Reino de Deus”. E a entrada se dá pelo novo nascimento. Pela grande misericórdia de Deus, Ele opera a regeneração.

1.2. A grande salvação.
O texto em Tito 2.11-14 é bastante esclarecedor. A graça de Deus se manifestou trazendo salvação (Tt 2.11). No verso seguinte, diz que esta mesma graça ensina, orienta sobre como devemos viver “neste presente século” (Tt 2.12). Porém, primeiro se manifestou para salvar. Salvação é uma palavra que reúne todos os atos de Deus para a redenção da humanidade. Vários sentidos são encontrados nesta palavra: libertação, segurança, cura, redenção, resgate. Por isso a Bíblia que é “uma tão grande salvação” (Hb 2.3).

1.3. A realidade e gravidade do pecado.
É preciso, pois, que a pessoa reconheça que é pecadora, está perdida e que a solução não se encontra em si própria. Assim, não compreender a doutrina do pecado é não compreender a doutrina da salvação. Os judeus, na época do ministério terreno Jesus, apesar de terem e examinarem as Escrituras, não compreenderam a gravidade do pecado. Achavam que, pelo fato de serem descendência de Abraão, automaticamente eram livres e já estava garantida a entrada no Reino de Deus. Interessante notar que este diálogo com Jesus se deu com os “judeus que criam nele” (Jo 8.30-31). Criam em Jesus, porém se a fé que diziam professar não os conduzissem ao reconhecimento de que eram pecadores e ao arrependimento, como Jesus lhes estava revelando, não poderiam ser Seus discípulos (Jo 8.30-37).

2. Deus tomou a iniciativa.
É uma realidade bíblica o fato de que só conhecemos a Deus porque Ele quis se revelar. Bem como só é possível ao ser humano ter comunhão com com Ele, porque primeiro Ele se aproxima de nós e nos chama (Gn 3.9; Jo 1.14).

2.1. A manifestação da Graça.
“A graça de Deus se manifestou”, E um dos aspectos desta “tão grande salvação” é a regeneração, o novo nascimento. Pois, para Deus, espiritualmente, as pessoas que ainda não nasceram de novo estão “mortas em ofensas e pecados”, pois estão “vivendo segundo o curso deste mundo”, “fazendo a vontade da carne e dos pensamentos”, “sem Cristo” (Ef 2.1-3, 12). Nesta situação, Deus amou (Jo 3.16) e enviou Seu Filho Cristo para salvar todo aquele que nEle crer. Nós, que antes estávamos espiritualmente mortos, agora, pela regeneração, somos “participantes da natureza divina” (2Pe 1.4). Esta regeneração é gerada pela Palavra de Deus (Tg 1.18 e pelo Espírito Santo (Jo 3.5). O apóstolo Paulo assim se expressou: “...se alguém está em Cristo, nova criatura é...” (2Co 5.17).

2.2. A fé que salva.
É necessário crer que jesus Cristo é o enviado de Deus para nossa salvação. Ele morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia. Agora, está à direita de Deus e intercede por nós (At 16.31; 1Co 15.1-4; Hb 4.14-16). O apóstolo Paulo escreveu que “todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26). Portanto, não se trata da “fé na fé”, ou meramente intelectual ou movida por caprichos e desejos pessoais. Mas a fé que é produzida a partir do anúncio da Palavra de Deus (Rm 10.14-17). É a fé que nos move a reconhecer a verdade do Evangelho, a Pessoa de Jesus Cristo e Sua obra. É pela fé que nos apropriamos desta verdade e confessamos a Jesus Cristo.

2.3. A obra das regeneração.
Não é bíblica a crença na bondade natural do ser humano como suficiente para produzir mudança tal que nos conduza a uma perfeição futura. Precisamos de uma intervenção divina. Sem ela não há solução para a necessidade de mudança na natureza humana. Esta mudança não se dá por reformas sociais ou pela educação. Não se dá pelo acúmulo de conhecimento, vide Nicodemos (Jo 3.10), que era mestre em Israel. Não se dá pelo batismo nas águas, vide Simão (At 8.13, 21). Mesmo após o batismo, ficar continuamente na companhia de Felipe e testemunhar os sinais e maravilhas, o seu coração não era reto diante de Deus. O batismo nas águas simboliza, mas não produz regeneração.

3. A participação humana.
Evidentemente que existe a participação do homem. O teólogo e escritor Agostinho disse: “Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. No evangelho de João 3.16. encontraremos “para que todo aquele que nele crer”.

3.1. A necessidade do arrependimento.A primeira mensagem anunciada por João Batista, registrada no evangelho de Mateus foi: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3.2). Em outro texto encontramos: “...começou Jesus a pregar e a dizer: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17). Ao término da primeira pregação, após a descida do Espírito Santo, o apóstolo Pedro disse: “Arrependei-vos...” (At 2.38). O arrependimento faz parte da resposta humana à manifestação da graça de Deus. É uma exigência que Deus faz da parte do homem. Envolve mudança leva tanto a um afastamento do pecado quanto a voltar-se para Deus.

3.2. A necessidade da submissão.
A vida do discipulado envolve valores e atitudes tão contrárias ao mundo, tão diferentes do que vive a geração incrédula e corrompida, que só é possível pelo poder do Espírito Santo em nós. Pela ação sobrenatural da Palavra de Deus em nós. Em constante e progressiva comunhão com Jesus Cristo, a videira verdadeira. É a segunda ação da graça que se manifestou, primeiro para salvar, e depois, “ensinando-nos” (Tt 2.11-12). Qual o ensino? É preciso renúncia para viver neste “presente século sóbria, e justa, e piamente”. É o viver do discípulo de Jesus Cristo enquanto estiver debaixo do sol.

3.3. A permanente batalha espiritual.
É evidente que, após o novo nascimento, a fé, o arrependimento, a libertação do poder do pecado e passarmos a viver como discípulos de Jesus, há uma constante batalha: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). Esta batalha somente encerrará quando ocorrer a glorificação, considerada, na soteriologia (estudo da salvação), como o último aspecto da salvação, a consumação da redenção do discípulo de Jesus. Após o novo nascimento, somos livres da obrigatoriedade de viver em pecado, ou seja, o pecado não é mais o nosso senhor, pois Cristo nos liberta do poder do pecado (Jo 8.34-35).

Conclusão.
Assim é o início da caminhada cristã. A pessoa ouve a mensagem do Evangelho, o Espírito Santo age e ela reconhece que Jesus Cristo é o Salvador. A partir daí se submete ao Seu senhorio. É uma nova criatura. Nascida de novo, a pessoa agora pode viver a vida do discipulado.

Questionário.
1. Qual é a condição para ver e entrar no Reino de Deus?
2. O que o batismo nas águas não produz?

3. Qual foi a primeira mensagem anunciada por João Batista?

4. Do que o arrependimento faz parte?

5. Quem nos liberta do poder do pecado?

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 12
O processo de formação do discípulo II
17 de setembro de 2017
Texto Áureo
“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Lc 9.23
Verdade Aplicada
O Senhor Jesus Cristo continua chamando e estabelecendo condições para ser Seu discípulo.
Textos de Referência.
Lucas 14.25-27; 33-35
5 Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
26 Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo.

33 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.
34 Bom é o sal, mas, se sal degenerar, com que se adubará?
35 Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no para fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Introdução
Tornar-se um discípulo de Jesus Cristo não está limitado a um culto, uma experiência espiritual isoladamente. Como disse Paul Bendor-Samuel: “Ser discípulo é um estado ativo de aprendizado e crescimento”.

1. A identidade do discípulo.
Continuando nosso estudo sobre o processo de formação do discípulo, é relevante uma profunda e sincera reflexão sobre o que significa ser um discípulo de Jesus Cristo. Como afirmou John Stott: “A razão de quase todas as nossas falhas é a facilidade que temos de esquecer nossa identidade como discípulos”.

1.1. O significado do termo “discípulo”.
Vários sentidos são encontrados nas palavras “ensinai” (Mt 28.19) e “ensinando” (Mt 28.20) na língua grega: “fazei discípulos”; “instruir”; “tornar-se um discípulo”; “ser um discipulo”; “aprendiz”; “seguidor”. É importante saber que na época era comum, como vemos em Mateus 22.16 e Mateus 9.14. Os fariseus tinham discípulos; João Batista também. Os filósofos, antes de Cristo, tinham discípulos. Assim, quando o Senhor Jesus ordenou que a Igreja fizesse discípulos de todas as nações, os apóstolos entenderam o que isso significava.

1.2. Resgatando nossa identificação como discípulo.
Tendo em vista a forte tradição religiosa católica romana no Brasil, o grande crescimento da quantidade de pessoas em nosso país que afirmam professar a fé evangélica, a multiplicação das denominações evangélicas, o forte sincretismo religioso observado, também, entre muitas igrejas evangélicas, talvez esteja na hora de resgatarmos o sentido da palavra “discípulo”, principalmente quando estivermos na prática do evangelismo e instruindo os novos convertidos.

1.3. O significado de ser um discípulo de Jesus Cristo.
Considerando o exposto anteriormente, quando Jesus chama os primeiros discípulos (Mt 4.18-22), é possível que eles não vislumbrassem, num primeiro momento, para onde Ele os conduziria e nem o tremendo impacto que causaria em suas vidas, porém sabiam bem o significado de “vinde após mim” (Mt 4.19) ou “segue-me” (Mt 9.9; Jo 1.43).

2. O que significa seguir a Jesus?
O discípulo acaba sendo identificado com a pessoa que ele está seguindo. E é preciso seguir bem de perto. Assim expressou o rabino Yose Bem Yoezer: “Deixe-se cobrir pela poeira dos pés do seu rabino”. Foi o que o próprio Jesus disse: “O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre” (Lc 6.40).

2.1. A resposta humana ao chamado de Cristo.
Ser um discípulo de Jesus Cristo é uma resposta do ser humano à manifestação da graça salvadora. Por que uma resposta? Porque a iniciativa é de Deus. Deus amou o mundo e enviou Seu Filho Unigênito (Jo 3.16); “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda, pecadores” (Rm 5.8). No caminho de Damasco, Saulo de Tarso perguntou: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6). O carcereiro de Filipos perguntou: “...que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30). Após o apóstolo Pedro terminar o primeiro anúncio da Palavra de Deus, depois da descida do Espírito Santo, aqueles que “compungiram-se em seu coração” (At 2.37), perguntaram: “Que faremos, varões irmãos?. São exemplos do ser humano respondendo positivamente ao chamado de Deus, ao Evangelho de Jesus Cristo.

2.2. A necessidade de coerência na vida do discipulo de Cristo.
Como pode uma pessoa dizer que tem Jesus, está em Jesus, segue Jesus e não ser como Ele? Como pode ser um discípulo de Jesus e não seguí-Lo? É contraditório, incoerente, engano. Não basta crer, pois os demônios também creem (Tg 2.19). Não basta profetizar, expulsar demônios e fazer maravilhas em nome de Jesus (Mt 7.22). Não basta saber quem é Jesus (Mc 5.7; Lc 4.41). Não basta apenas fazer parte de um grupo de discípulos – Judas Iscariotes também estava lá (Mt 10.1).

2.3. Identificando a verdadeira fé do discípulo de Cristo.
É preciso cuidado. É preciso pensar biblicamente. É importante refletir à luz do texto bíblico como um todo. E aí vamos entender que todo discípulo de Jesus crê. Mas nem todo que declara que crê é um discipulo (Jo 2.23-24). Uma fé que não conduz à submissão, entrega e obediência não torna uma pessoa discípulo de Jesus. Outro exemplo encontramos em João 12.42-43: “...muitos creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a gloria dos homens do que a glória de Deus”. Uma fé que não conduz à renúncia e à confissão pública não torna a pessoa um discípulo de Jesus.

3. Atitudes do discípulo de Jesus Cristo.
Como encontramos na Bíblia, a resposta humana ao chamado de Cristo se expressa não apenas em palavras, emoções, concordância ou admiração, mas em decisão e atitudes.

3.1. Amar a Cristo acima de tudo e todos.
Ir com Jesus e acompanha-lo é uma coisa. Ser discípulo de Jesus Cristo vai além. Para ser discípulo, precisa amar a Jesus Cristo mais do que a família e a si próprio (Lc 14.26; Mt 10.37), A palavra “aborrecer” tem o sentido de “amar menos”. O Senhor Jesus alertou sobre o conflito que pode surgir dentro da família caso um de seus membros decida seguí-Lo. De forma alguma, o discípulo de Jesus deixará de honrar pai e mãe; cumprir seus compromissos com a família. Deve ser um pacificador, mas sem comprometer seu dever para com o Senhor Jesus Cristo. Nenhum amor que temos nesta vida pode ser comparado ao que devemos ter por Ele.

3.2. Levar a sua cruz.
Quando Jesus falou “levar a sua cruz” (Lc 14.27), a multidão sabia que se tratava de um instrumento de pena de morte, comumente utilizado entre os romanos, para os escravos e criminosos. Num sentido figurado, significa enfrentar o sofrimento, provação, reprovação por parte da sociedade, vergonha e expor-se a morte. Um homem condenado carregava a cruz até o local onde seria executado. Ou seja, levar a cruz é crucificar o eu. Em outro texto diz: “tome cada dia a sua cruz” (Lc 9.23).

3.3. Renunciar tudo quanto tem.
Renúncia é parte do custo de viver como discípulo na terra (Lc 14.33). Alguns sentidos desta palavra no grego: “dar adeus a”; “despedir”; “abandonar”. É preciso que Jesus Cristo esteja acima de interesses e projetos pessoais. É necessário prontidão para deixar qualquer relação que não seja compatível com o caminho de Jesus Cristo. A título de exemplo, citamos a história da esposa de Ló, que, após sair da cidade de Sodoma, mesmo recebendo a ordem para não olhar para trás (Gn 19.17), não resistiu e “ficou convertida numa estátua de sal” (Gn 19.26) Ela e sua família receberam os anjos em casa, preparam-lhes um banquete e ouviram sobre o juízo de Deus sobre aquele lugar. Contudo, ela não deu adeus “a vida em Sodoma”! Não “abandonou” o que ficou em Sodoma!

Conclusão.
Em Romanos 8.29, encontramos que Deus chama pessoas “para serem conforme à imagem de Seu Filho”, parecidas com Ele, Enquanto caminhamos, observamos e ouvimos. É um processo. Temos muito a aprender, “até que todos cheguemos à medida da estatura completa de Cristo (Ef 4.13).

Questionário.

1. O que os discípulos sabiam bem?

2. Por que ser um discípulo é uma resposta do ser humano à manifestação da graça salvadora?

3. Qual o sentido da palavra “aborrecer”?

4. O que é renúncia?

5. O que a esposa de Ló não “abandonou”?
ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 13
A perseverança do discípulo de Jesus Cristo
24 de setembro de 2017
Texto Áureo
“E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança”. Lc 8.15
Verdade Aplicada
Jesus nos chamou para sermos Seus discípulos e nos deu o Seu Espírito Santo e a Sua Palavra para sermos perseverantes.


Textos de Referência.


Hebreus 12.1-3
1 Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
3 Considerai, pois, aquele, que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.


Hinos sugeridos.

126, 376, 509


Introdução

Encerrando estre trimestre, destacaremos a relevância da perseverança como atributo indispensável para alcançarmos o propósito de Deus: sermos conformes a imagem de Seu Filho para a glória de Deus.


1. A importância da perseverança.

Após estudarmos o processo de formação do discípulo de Jesus Cristo, veremos agora a importância da perseverança. Não é suficiente iniciar. É preciso ir até o fim (Dn 12.13).


1.1. O que significa ser perseverante?

São diversos textos bíblicos que enfatizam a relevância da perseverança da vida daqueles que estão em comunhão com Deus. São vários os sentidos desta palavra, no grego “Hupomenô”, dependendo do contexto no qual é utilizada: permanecer; suportar; aguentar. Em alguns textos encontramos a palavra paciência (no grego “hupomone”): tolerância; constância; resistir. É um verdadeiro desafio para esta geração. Muitos estão sofrendo com a Síndrome do Pensamento Acelerado ou Síndrome da Resposta Rápida. As pessoas estão com dificuldade de esperar.


1.2. Cultivando hábitos saudáveis.

Por que muitos não perseveram? Alguns por não terem plena consciência do que significa ser discípulo de Jesus. Outros por criarem expectativas, que, não se cumprindo, levam à frustração. Há aqueles que descuidam da vida espiritual e, quando vêm as provações e o “dia mau”, acabam não suportando, pois não cuidaram, antes, de estarem revestidos da armadura de Deus (Ef 6.13). Se cultivarmos hábitos e disciplina espirituais, estaremos contribuindo para a manutenção de nossa saúde espiritual. Se não investirmos tempo em várias práticas devocionais, estaremos indo por um caminho que nos conduzirá ao fracasso espiritual.


1.3. É necessário um novo coração.

Ao discursar sobre como as pessoas recebem a Palavra de Deus (Mt 13), Jesus Cristo citou vários tipos de terrenos que receberam a semente: pé do caminho, pedregoso, entre espinhos e boa terra. A que caiu em boa terra, “vingou, cresceu e produziu” (Mc 4.8). O registro de Lucas diz: “E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança” (Lc 8.15). Notar que o texto sagrado faz menção a um “coração honesto e bom” que conserva a Palavra de Deus. Somente é possível ter um coração assim, disposto e inclinado para a Palavra de Deus, pelo novo nascimento, como estudado em lição anterior. Há muitos que são bons, praticam caridade, são homens honestos, cumpridores de seus deveres, bons cidadãos e outras qualidades mais, contudo não valorizam a Palavra de Deus e não se submetem ao senhorio de Jesus Cristo.

2. “A carreira que nos está proposta”.
A “carreira que nos está proposta” (Hb 12.1) inicia com o novo nascimento. Somente assim o ser humano possui um “coração honesto e bom” para receber e guardar a Palavra de Deus.


2.1. A necessidade de priorizar.

Em Lucas 9.57-62, encontramos três pessoas diante do Senhor. Duas lhe disseram: “Senhor, seguir-te-ei”; e a outra, disse Jesus: “Segue-me”. Estiveram frente a frente com Jesus, foram impulsionadas a seguí-Lo. Será que o primeiro prosseguiu, após as palavras do Senhor? Ou será que, ao tomar conhecimento da possibilidade de não contar com as comodidades naturais da vida, desistiu? O segundo foi chamado pelo Senhor, contudo respondeu: “Deixa que primeiro”. O terceiro, parecido com o primeiro, se apresenta, mas verbaliza como o segundo: “deixa-me despedir primeiro”.


2.2. A pessoa de Jesus, nossa maior motivação.

Interessante notarmos a resposta de Pedro, quando Jesus interpelou aos que ficaram se eles também iriam embora: “Senhor, para quem iremos nós?” (Jo 6.68). Senhor, “Kurios”, em grego, ou seja, Aquele que é e tem a autoridade e o poder de Deus. É importante pontuar que a resposta de Pedro nos faz lembrar que a perseverança do discípulo de Jesus Cristo está fundamentada, inicialmente, na pessoa de Jesus Cristo: Senhor! Porque Ele é o Senhor. Não se fundamenta nos feitos, nas bênçãos, nos projetos pessoais concretizados, na capacidade de entender todos os caminhos de Deus, mas na Pessoa de Jesus Cristo!


2.3. A Palavra de Deus como fundamentação.

Porque Ele é o Senhor, Suas Palavras são de vida eterna. Jesus Cristo e Sua Palavra são os fundamentos que encontramos neste texto sagrado para a perseverança dos discípulos de Jesus Cristo. Numa época de tanta ênfase em conquistar, “determinar”, alcançar metas pessoais, supervalorização do sucesso financeiro, status, crescimento social e outros mais, é oportuno dar especial destaque às razões da nossa perseverança como discípulos de Jesus Cristo: Sua Pessoa e Sua Palavra!


3. Atitudes de perseverança.

A perseverança é a marca do discípulo de Jesus Cristo. Muitos abandonam a vida de discípulo, seguindo caminhos mais curtos e fáceis, que surgem a todo momento.


3.1. Perseverar na Palavra de Deus.

Aos muitos dos que declararam que criam nEle, Jesus Cristo exortou: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (Jo 8.31). Ou seja, se submete aos ensinos de Cristo e vive de acordo com a Sua Palavra. O próprio Jesus disse que assim o discípulo conhece a verdade (Jo 8.32). Então, o interesse, a disposição em ouvir, prestar atenção e conhecer a Palavra de Deus são marcantes características do discípulo perseverante (Jo 8.47).


3.2. Perseverar no amor.

Outra característica marcante do discípulo de Jesus é o amor: “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Interessante o contexto no qual Jesus proferiu estas palavras. As últimas instruções estão sendo transmitidas aos discípulos. Brevemente o Senhor Jesus encerraria Seu ministério na terra. Então, Ele prepara os Seus discípulos para um novo tempo. Judas Iscariotes já havia se retirado do meio deles. Logo eles não mais teriam a presença física de Jesus O preparo começa com o mandamento: “Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós...” (Jo 13.34).


3.3. Perseverar na frutificação.

O Senhor Jesus, ainda preparando os Seus discípulos, antes de Seu regresso ao céu, procurando informar-lhes acerca da grande obra que estariam levando adiante, disse-lhes: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muitos frutos; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8). Ainda há uma grande necessidade de que os discípulos do Senhor tenham uma espiritualmente frutífera, para o cumprimento da missão deixada por Jesus e para a glória de Deus. Principalmente, nesta nossa geração, quando muitos vivem uma fé meramente nominal, como se estivessem “acostumados” com uma vida “religiosa” de cumprimentos de normas e rotinas. Importante destacar que na parábola do semeador, registrada por Lucas, a semente que caiu entre espinhos são os que ouviram a Palavra, mas ao seguirem adiante são sufocados com as muitas Ansiedades e cuidados da vida e, assim, “não dão fruto com perfeição” (Lc 8.14), ou seja, não conseguem amadurecer, não permanecem. Que tipo de fruto está sendo produzido em nós?


Conclusão.

Somos chamados para a vida de discípulo por Jesus Cristo. Temos a Sua presença, o poder do Espírito Santo e a Palavra de Deus como nossa lâmpada. É possível vive-la: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27).

Questionário.
1. Ao discursar sobre como as pessoas recebem a Palavra de Deus, quais tipos de terrenos Jesus citou?

2. Como inicia a “carreira que nos está proposta”?

3. Qual foi a resposta de Pedro, quando Jesus interpelou aos que ficaram se eles também iriam embora?

4. O que é a perseverança?

5. Cite uma característica marcante do discípulo de Jesus.

 fonte mauricioberwald.comunidades.net