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Lições biblicas betel adoração e louvor 4 trim2016
Lições biblicas betel adoração e louvor 4 trim2016

        LIÇÕES BIBLICAS BETEL ADORAÇÃO E

                  LOUVOR 2016 4 TRIMESTRE

NOVAS LIÇÕES BETEL 4 TRIMESTRE 2016

 

Lição 01 - Entendendo o que é adoração

Lição 02 - A centralidade da adoração 

Lição 03 - A música e a adoração 

Lição 04 - O culto cristão: um ato sagrado 

Lição 05 - A pureza do louvor na adoração 

Lição 06 - O amor que adora a Deus 

Lição 07 - Levitas ontem e hoje: a crise de identidade 

Lição 08 - Corpo, alma e Espírito: instrumentos de adoração 

Lição 09 - A oração como adoração 

Lição 10 - A adoração em tempo integral 

Lição 11 - Marcas de um verdadeiro adorador 

Lição 12 - Quando a adoração perde o significado 

Lição 13 - Enfrentando o falso culto

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 1 - Revista da  Betel

Entendendo o que é adoração

02 de outubro de 2016

Texto Áureo

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4.24

 

Verdade Aplicada

Adorar em espírito e em verdade é obedecer ao padrão de Deus para a adoração.

 

                            Textos de Referência.

 

João 4.19-23

19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.

20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.

21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.

22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.

23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

 

Introdução

Em 2 Reis temos a narrativa de pessoas sendo estraçalhadas por leões pelo fato de não saberem cultuar a Deus. A solução foi chamar um sacerdote do Deus de Israel para que os ensinasse a adorar ao Senhor.

 

  1. Definindo adoração.

Toda a cadência do texto bíblico é registrada pelo compasso da adoração. A Bíblia é um livro de adoração. Para alcançarmos uma visão clara sobre a adoração, é necessário examinar cuidadosamente as Sagradas Escrituras.

 

1.1. Adorar significa render-se.

O Novo Testamento destaca 58 vezes a palavra “adorar” (proskynéo), bem como suas correspondentes dentre cinco mil termos relacionados com o culto. Originalmente significa “beijar”. Entre os gregos era um termo técnico que significava “adorar aos deuses”, dobrando os joelhos ou prostrando-se. Beijar a terra ou a imagem em sinal de adoração acompanhava o ato de prostrar-se no chão. Colocar-se nessa posição comunicava a ideia básica de submissão. O gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar seus pés quer dizer: “reconheço a minha inferioridade e a sua superioridade; coloco-me à sua inteira disposição.” (2Cr 7.3).

 

1.2. Adorar significa servir.

O culto implica em serviço (latreia), termo usado por Jesus para responder ao diabo (Mt 4.1). Esse segundo termo é empregado frequentemente na Septuaginta (90 vezes), especialmente em Êxodo. Deuteronômio, Josué e Juízes, mas apenas uma vez nos profetas. Moisés várias vezes pediu a permissão da parte de Faraó para deixar os israelitas partirem para servir a Deus. Trata-se de cultuar e oferecer atos de adoração que agradem ao Deus da aliança (Êx 4.23; 8.1; 20; 9.1).

 

1.3. Adorar requer atos de reverência.

Em terceiro lugar, o Novo Testamento utiliza o vocábulo “sebein” (reverenciar). As palavras que derivam desta raiz (seb) são muito frequentes na língua grega fora da Bíblia. Transmitem o quadro característico do grego como homem religioso devotado a seus deuses para evitar as nefastas consequências do azar (At 17). A conotação religiosa grega impediu que esses vocábulos fossem muito usados para designar o culto, na tradução do Antigo Testamento. A adoração requer uma reverente preocupação com o que agrada a Deus (2Tm 3.12). Consequentemente, devemos reconhecer que a vida de temor a Deus não pode ser isolada duma piedade (eusebeia) prática de seguir a Cristo, como não vale qualquer culto separado do sacrifício do Filho.

 

  1. Os pré-requisitos da adoração.

É necessário que aquele que se aproxima de Deus, comporte-se adequadamente, isto é, esteja imbuído pelo ato de adorar (Jo 4.23). Isto requer experiência e conhecimento. Para entrar na presença de Deus, supõe-se que o adorador saiba o que esta fazendo e tenha legitimidade para isto. Basta lembrar-se de Uzias, que entrou no templo sem legitimidade e sem competência levando sobre si a lepra como fruto da desobediência e rebeldia contra Deus (2Cr 26.16-21).

 

2.1. O novo nascimento.

A experiência pessoal do novo nascimento é requisito fundamental para os que procuram adorar (Jo 3.3). Em hipótese alguma a adoração dispensa esse encontro com o Calvário. É preciso submeter-se a uma experiência com Jesus Cristo, a quem dirigimos o louvor. A experiência não se compra, não se vende, não se negocia; experiência se vive. É isso que ocorre na vida do adorador genuíno. Ele teve uma experiência transformadora com Deus, cujo resultado foi uma mudança em toda a sua forma de ser e agir.

 

2.2. A quebra dos ídolos.

Existe um teste que pode avaliar muito bem o nosso culto: ele está projetando Deus ou o homem? Desta resposta dependerá toda a validade de nossa adoração. Esse homem pode ser qualquer personagem que esteja ocupando o lugar de Deus, ou talvez um objeto que estamos colocando acima dEle, mas esse homem pode ser ainda você próprio. Infelizmente, não são poucos os que têm caído na egolatria. São pessoas que estão a idolatrar o seu próprio ego. Além dos glutões, dos depravados e dos sensuais, que são homens “cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.” (Fp 3.19), existem aqueles que fazem de sua aparência, do seu intelecto e mesmo dos seus dotes naturais o seu próprio deus. Afinal, o que é um ídolo? Tudo que desvia nossa atenção de Deus torna-se um ídolo. Somos propensos, em razão de nossa natureza adâmica, a idolatrar até mesmo os nossos sentimentos mais nobres. Por certo, foi pensando nisto que João, o discípulo amado, exortou: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.” (1Jo 5.21). Um louvor absoluto a Deus exige a quebra dos ídolos.

 

2.3. Um coração sincero.

Na bagagem do adorador não pode faltar um coração sincero. O louvor é para os retos de coração (Sl 32.11; 119.7). O que não proceder de um coração sincero não encontrará aceitação divina. O louvor deve envolver o coração por ser ele o centro de nossas emoções e uma adoração comovida comoverá o coração de Deus muito mais facilmente. Por outro lado, somente com um coração sincero é que poderemos prestar um culto de forma lógica, equilibrada e racional.

 

  1. Elementos indispensáveis à adoração.

Adoração não é um estilo musical. É o resultado do encontro da alma com seu Criador, exposto na forma de música ou não. Muitas vezes uma oração é uma tremenda adoração (Sl 90). Outras vezes, o silêncio se transforma no lugar da adoração mais intensa.

 

3.1. Contemplação: a dádiva esquecida.

No Salmo 8.3-4, Davi diz: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?”. Numa época de tanta confusão, correrias e ansiedades, contemplar é quase loucura. Poucos ainda ousam adorar a Deus através da contemplação de Sua obra. Poucos meditam. Esquecem que o silêncio nos leva para o lado de dentro de nossa intimidade, onde habitam nossos medos e inquietações.

 

3.2. Alegria: o sorriso que não termina no final da música.

Muitos “adoradores” não conseguem fazer a conexão certa entre o domingo e a segunda-feira; entre o culto e a vida. O que exprimem no altar termina quando sentam em seus lugares. Seus sorrisos só se abrem quando soam os acordes. A adoração vai muito além de um sorriso profissionalmente fabricado. Ela invade a vida. Ela restaura a alegria que não é apenas sorriso. Ela restaura a alegria como aspecto do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).

 

3.3. Entrega: a adoração incondicional.

Incondicional significa que, ainda que no silêncio, somos chamados a adorar. Nossa adoração não pode ficar refém de alguns minutos de um culto semanal. Ela precisa ter vida em casa, na rua, na alma. Se a adoração ficar restrita ao som das bandas, fecha-se numa sufocante cela do costume. Naqueles dias onde nenhuma música consegue fluir através da angústia, a adoração consegue brotar como lágrima, como oração embargada, como abraço amigo no aflito, como olhar para a esperança.

 

Conclusão.

A adoração reconhece a majestade de Deus, engrandece-O, exteriorizando este reconhecimento através de uma rendição completa à Sua vontade, servindo-o com atitudes corretas em um viver santo, cultivando o amor, regado com reverência à Sua Pessoa.

 

Questionário. 

  1. Como Uzias entrou no templo? 
  1. Qual é o requisito fundamental para os que procuram adorar? 
  1. O que o louvor absoluto a Deus exige? 
  1. Para quem é o louvor? 
  1. O que a adoração restaura? 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2 - Revista da Betel

A Centralidade da Adoração

9 de outubro de 2016Texto Áureo

 

"Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou". Salmos 95.6

 

 

Verdade Aplicada

 A adoração deve ser a prioridade de nossa vida. 

Textos de Referência. 

 

Salmos 95.1-6 

1 VINDE, cantemos ao SENHOR; jubilemos à rocha da nossa salvação.

2 Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos.

3 Porque o SENHOR é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses.

4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.

5 Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.

6 Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou.

 

Introdução

 

Esta temática nos leva a assumir um profundo comprometimento, pois a primeira grande revelação que deve despontar nesta "centralidade" é o conhecimento daquilo que significa a verdadeira adoração.

 

  1. Deus é o centro de tudo. 

Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas. Nada é mais importante do que Ele. Se temos Deus no centro de nossas vidas, temos tudo o que necessitamos. A vida não terá uma direção correta, se Deus não estiver no centro.

 

1.1. A adoração verdadeira tem Deus como o centro.

 

Quer o Adoremos em particular ou em público; no nosso quarto, em família ou na assembleia dos santos; o centro tem que ser o próprio Deus! (João 4.24). No culto , por exemplo, Deus deve ser o centro da nossa reunião. Chegamos a Ele através de Jesus Cristo, o Seu Filho. O cristão deve adorar somente a Deus. Podemos honrar os homens (Rm 13.7, 1Pe 2.17), mas adoramos somente a Deus. Podemos reconhecer as maravilhas da criação de Deus, mas adoramos ao Criador. Não se deve adorar a nenhum homem temente a Deus, santo ou anjo (Atos 10.25,26; Ap 22.8,9). Não devemos adorar imagens, estátuas religiosas, retratos nem quadros, todos são ídolos (Êx 20.4-6). Talvez alguém pergunte: "Mas como podemos adorar a um Deus a quem não podemos ver nem tocar, e cuja voz não é audível ao ouvido humano?". A resposta é: pela fé! (Hb 11.1).

 

1.2. A verdadeira adoração é baseada na obra sacrificial de Cristo.

 

Para sermos aceitos, temos que estar no amado, conforme nos aponta Efésios 1.6. Ninguém pode vir ao Pai sem ser pela obra meritória de Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Nosso acesso é "pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne" (Hb 10.20). No versículo acima, a palavra "novo" significa "morto recentemente". Em outras palavras, para chegarmos a Deus em adoração temos que ter como base o sangue derramado e a obra sacrificial de Cristo no calvário!

 

1.3. A adoração verdadeira e a palavra de Deus

 

Não podemos saber o que envolve a verdadeira adoração, nem o que Deus requer do adorador, a menos que achemos esta verdade revelada na Bíblia. A Bíblia é o manual do cristão. Se ignorarmos este manual e tentarmos simplesmente chegar a Deus em nossos termos, com certeza seremos rejeitados, assim como Caim (Gn 4). Nossos sentimentos, opiniões, obras e palavras não têm mérito nenhum diante de Deus Todos juntos não valem nada mais do que só devoção voluntária se não dermos atenção aos ensinamentos claros da palavra de Deus.

 

  1. O objetivo da adoração

 

Tudo o que nos vem às mãos deve honrar ao Senhor. O verbo "honrar" significa "distinguir, fazer diferença". E é isto que Deus espera de nós! Muito mais do que dízimos e ofertas, Ele espera que O honremos!

 

2.1. Devemos adorar com os nossos bens

 

A vontade de Deus é suprir as necessidades materiais dos seus filhos. Há diversas promessas na Bíblia que se referem a isto (Sl 23.1; Fp 4.19). Contudo, isto não acontece de forma automática. Esta promessa é condicional, ou seja, não se cumpre por si só, mas depende de cada um de nós para que possa ser concretizada. O texto bíblico acima pode ser dividido em duas partes: o que nós devemos fazer e o que Deus fará depois que fizermos a nossa parte. Essa promessa divina diz respeito à provisão e prosperidade (não entenda como "riqueza"), e revela a vontade do próprio Deus para Seus filhos.

 

2.2. Devemos adorar com a honra que lhe tributamos

 

O conselho que Deus nos dá por meio de Salomão é o de honrarmos ao Senhor com os nossos bens (Pv 10.22). O que está em questão aqui é a manifestação da honra, e não os bens em si. O uso dos bens é só um meio de expressarmos essa honra. Deus não está interessado em nossas ofertas, e sim na atitude que nos leva a entregarmos a Ele as nossas ofertas. Um dos maiores exemplos disso está no que Deus pediu a Abraão: o sacrifício de Isaque (Gn 22.1-10). Na hora de imolar o filho, o patriarca foi impedido de fazê-lo e o Senhor deixou claro que Ele só queria a expressão da honra, e não o privar de seu filho.

 

2.3. Devemos adorá-lo com a motivação correta

 

Vemos o mesmo princípio revelado de forma inversa, quando Ananias e Safira trouxeram uma oferta de alto valor, mas com a motivação errada e recheada de mentira. O que aconteceu? Deus se agradou? De forma alguma! Lemos em Atos 5.1-5 que o Senhor os julgou pelo que fizeram. O Pai Celestial não queria o dinheiro deles, e sim uma atitude de honra.

 

  1. Tudo para a glória de Deus

 

A primeira carta de Paulo aos coríntios é certamente uma daquelas cartas que poderia se encaixar no quesito "tarefa ingrata", tamanha foi a repreensão que aquela igreja precisou receber de Paulo (1 Co 10.31).

 

3.1. Nossas obras devem ser para a glória de Deus

 

A obra não é nossa, por isso, nem a fama, a glória ou o louvor devem ser para nós, mas sim para o Senhor da seara (Rm 11.36). A nós, servos, deve bastar-nos a alegria e a benção de sermos achados fiéis para servir na mais gloriosa tarefa que há no mundo: pregar Cristo, o Salvador do homem. Por que tanta celeuma, disputa e lutas no sentido de querermos que o nosso trabalho seja mais vistoso, "mais espiritual" mais abrangente que o do nosso irmão? Deixemos essa tarefa de avaliação para o Senhor, nosso Deus. A nós, compete-nos fazer o nosso melhor. Entregar-mo-nos totalmente nas mãos de Deus para que o nosso trabalho seja o melhor, o mais excelente. Deus o avaliará e recompensará.

 

3.2. Nossa entrega a Cristo deve ser sem reservas

 

Paulo apresentou a maneira pela qual o novo homem deve viver: para a glória de Deus. Essa vida é descrita como a vida a ser desenvolvida diariamente e o caminho para ela é o caminho da consagração, da dedicação, da entrega da vida a Deus. É fácil na hora do culto glorificar a Deus. Mas como fazer isso sempre? "Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." (1 Co 10.31). É a conscientização de que tudo que envolve a nossa vida deve ser para adorar a Deus. Para isto é necessário um verdadeiro novo nascimento

(Jo 3.3).

 

3.3. Vivendo para a glória de Deus

 

Atualmente, tem sido dito que viver bem significa buscar o máximo de satisfação própria em todas as áreas da vida, ainda que essa satisfação seja alcançada quebrando-se toda a espécie de moral ou amor ao próximo. A verdade é que o "amor"que domina o mundo hoje é o amor a si próprio. As pessoas tornaram-se egoístas e vivem para si mesmas. No entanto, muito ao contrário do que a sociedade atual tem praticado, a palavra de Deus nos ensina que o homem foi criado pelo Eterno, não para que vivesse buscando seu próprio prazer, mas o prazer daquele que o criou. A vida só passa ter pleno significado quando nos damos conta desta magnífica e gloriosa verdade (1Co 10.31).

 

Conclusão

 

Centralizar nossa vida em atitudes de adoração exige, portanto, vigilância constante para que em nenhum momento nos desviemos deste exercício espiritual, pois, se porventura nos tornarmos displicentes, isso acarretará em sérios prejuízos para a nossa vida.

 

 

Questionário

 

  1. Conforme Efésios 1.6, o que precisamos fazer para sermos aceitos? 
  1. Qual conselho que Deus nos dá por meio de Salomão? 
  1. O que Deus pediu a Abraão? 
  1. O que Ananias e Safira fizeram? 
  1. Como devemos viver? 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 3 - Revista da a Betel 

A música e a adoração

16 de outubro de 2016 

 

Texto Áureo

"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo". Salmos 9.2 

Verdade Aplicada

A música é um dos canais mais utilizados na adoração, portanto, deve ser cuidadosamente observada.

 

Textos de Referência

 

Salmos 101.1-4,7.

1 Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, Senhor, cantarei.

2 Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.

3 Não porei coisa má diante dos meus olhos. Aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará.

4 Um coração perverso se apartará de mim; não conhecerei o homem mau.

7 O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos.

 

Introdução

É difícil viver sem música. Ela faz parte do humano. Alguns filósofos trabalham com a ideia de que a música é a parte sagrada, divina do homem. É sua transcendência. Aquilo que o coloca em contato com o supremo, metafísico.

 

  1. A música e sua relação com o sagrado

É inegável fato de que a música tem alguma conexão com o sagrado. O problema é quando, conscientes desse poder, usamos a música para manipular sentimentos e emoções. Ela deve ser encarada com seriedade e compromisso, pois sua aproximação com o sagrado não deve ser violada ou deturpada.

 

1.1. A presença da música no culto

Um fato indiscutível é a presença da música no culto, seja ele qual for. Em todas as religiões, os cultos são celebrados com pouca ou muita música. Desde as mais remotas épocas e culturas, até hoje, a musicalidade permeia a religiosidade. No culto cristão, a música tem grande espeço, inclusive, um espaço que vai se alargando a tal ponto de suprimir o lugar da Palavra. A presença da música no culto não deve ser a essência do cultuar, mas parte do processo. Culto sem palavra não é culto, pois só podemos cantar com vida se a Palavra em nós abrir as portas do louvor (1Co 14.26).

 

1.2. A música como testemunho

O músico cristão precisa redescobrir urgentemente essa verdade: a música como testemunho! Uma vez que estamos, como Igreja, ministrando ao mundo, somos chamados a testemunhar da graça de Deus. Uma das melhores formas de testemunhar é através da música. É importante lembrar que devemos lutar com todas as forças para destruir as prováveis contradições entre o ser canta e o que vive (Ef 5.19).

 

1.3. A música entre o sagrado e o comum

Se existe algo esplêndido na música é a sua capacidade de estar no meio, entre o sagrado e o comum. Ela é quase um ponto de equilíbrio. É incrível observar, por exemplo, alunos de alguma orquestra, nessas milhares de igrejas da periferias das grandes cidades, aprendendo a tocar músicas de Bach, Beethoven, Mozart. O comum tocando o extraordinário. É assim que tocamos a melodia da graça. Somos frágeis, pequenos, vivendo num mundo pecaminoso. Apesar dessa distância, tocamos e cantamos coisas do céu. Mesclamos, pela ação do Espírito Santo, nossa pequenez com a gloriosa majestade da fé, e o produto dessa abençoada fusão é a música capaz de tocar corações aflitos gerando salvação.

 

  1. O problema dos estilos musicais

Alguém disse que "não existe um acorde divino e outro profano; música é música!". O problema não está no acorde, mas na pessoa que existe por trás dele. O ser humano é um ser caído e, como esse ser é eminentemente social, o pecado se projeta em suas ações, em seu meio.

 

2.1. O perigo das influências

Um dos sérios problemas da musicalidade cristã reside no fato de que ela é muito mais influenciada do que influenciadora. Não são poucos os músicos cristãos que copiam os padrões mundanos da música. Quando uso o termo "mundano", estou me referindo a tudo tudo aquilo que zomba da fé, que agride a espiritualidade e rouba a nossa paz. Há grupos na igreja que chegam ao cúmulo de parodiar "sucessos" mundanos. Não precisamos copiar as manias mundanas, pois temos a criatividade e a arte que o Espírito Santo, o músico por excelência, está disposto a nos ensinar. Que nossas influências venham do alto! (1 Co 6.20).

 

2.2. O perigo da substituição da pessoa central

A adoração é, única e exclusivamente, destinada a Jesus, pessoa central do culto e da espiritualidade. Há estilos musicais onde o grupo ou o músico se tornam a essência. Estilos personalistas que conspiram contra a exaltação e a soberania de Cristo. Esses estilos são característicos pela celebração da performance, da coreografia, e não do Deus a que se propõe adoração. Há alguns lugares onde o "momento de louvor" é um verdadeiro show e o grupo é assediado a gritos frenéticos e eufóricos. Onde nossos talentos ofuscam o nome de Cristo, não pode haver adoração.

 

2.3. O perigo de se escandalizar o evangelho

Jesus afirma: "É impossível que não venham os escândalos, mas ai daquele por quem vierem" (Lc 17.1). Poucas coisas escandalizam mais do que performances musicais desvairadas. É preciso tomar todo o cuidado possível com isso. O princípio básico da fé cristã é o amor ao outro e, se amamos o outro, nossa preocupação deve caminhar também no sentido de não ferir sua alma, seus sentimentos, sua fé sincera. Se determinado estilo musical fere meu irmão, por que insistir numa ferida que poderá matá-lo?

 

  1. A beleza da harpa cristã

Não que a Harpa Cristã seja o único modelo ideal de música, mas a história que baseia aquelas músicas é digna de nota e respeito. A Harpa Cristã, para nós das Assembleias de Deus, possui grande apreço e significado. Ela é um lembrete musical das nossas origens (Pv 22.28).

 

3.1. A teologia dos hinos da Harpa

Se você tem uma harpa Cristã ao seu alcance, folheie, medite um pouco em algumas letras. O que você encontrará é a base de toda a chamada "teologia pentecostal". Os hinos vão discorrer sobre o poder do sangue de Jesus, sobre a salvação, o pecado, a graça, o chamado para o ministério, a fé, a alegria, o Espírito Santo. Não são algumas poesias melosas sem implicações práticas. Não são frases feitas sem conteúdos existenciais plenos. São hinos que fortalecem convicções. Hinos que propõem um andar com a bíblia. Quem teve o privilégio de ser criado ao som desses hinos, sabe que para cada momento da vida prática, há uma estrofe que se encaixa com perfeição.

 

3.2. Os autores dos hinos da Harpa

Talvez a grandeza maior da Harpa se deva a vida de seus autores e tradutores. Não foram homens e mulheres perfeitos e imaculados, mas foram cristãos! Homens e mulheres que deixaram um legado. Gente de Deus que escrevia com base em suas profundas experiências de vida com o Senhor. Falavam de uma realidade espiritual que conheciam na pele, e não apenas na "testemunhologia mirabolante" dos contadores de casos da atualidade. Não eram celebridades escrevendo novos "sucessos", não eram hit makers (fabricantes de sucessos), eram pastores, missionários, servos de Deus com uma história de vida digna.

 

3.3. A simplicidade cativante da Harpa

Até mesmo os músicos modernos gostam de dar novas versões aos hinos da Harpa. Alguns, ignorando a sua história, destroem a simplicidade original e, com isso, adulteram o hino. A beleza da Harpa está justamente em sua simplicidade cativante. É louvar a Deus pelos pássaros, pela chuva, pela paz. É a adoração que flui da constatação da grandeza de Deus nas pequenas coisas. Como os autores não eram celebridades, os hinos refletem o seu cotidiano humano, sua devoção a Deus. Muitos são os testemunhos de pessoas que, cativadas pela beleza e simplicidade desses hinos, converteram-se ao Senhor. Não vamos jogar fora a grandeza desses hinos!

 

CONCLUSÃO

Somos chamados para testemunhar o mistério da graça e a música é uma grande nesse abençoado processo. que não venhamos destruir as pontes que a música cria entre nós e os outros, e entre nós e Deus. Que possamos louvar ao Senhor com toda a verdade que há em nós.

 

QUESTIONÁRIO

 

  1. Por quê culto sem Palavra não é culto? 
  1. Qual é uma das melhores formas de testemunhar? 
  1. Por quê não precisamos copiar as manias mundanas? 
  1. O que Jesus afirma em Lucas 17.1? 
  1. O que é a harpa cristã?
  2. FONTE www.mauricioberwald.com

 

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 4 - Revista da Editora Betel 

O culto cristão: um ato sagrado

23 de outubro de 2016

  

Texto Áureo

“Deus deve ser em extremo tremendo na assembleia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam.” Sl 89.7

 

Verdade Aplicada

O culto é uma das mais belas e antigas formas do homem expressar sua devoção, gratidão e adoração a Deus. É o ato central de identidade cristã através da história.

 

Textos de Referência.

 

1 Coríntios 14

  1. Que farei, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
  2. E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
  3. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
  4. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
  5. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

 

Introdução

O culto é como uma gota de orvalho em busca do oceano do amor divino. É uma alma faminta diante do celeiro espiritual. É uma terra sedenta clamando por chuva. É uma ovelha no deserto, balindo em busca do Bom Pastor.

 

  1. As bases bíblicas do culto cristão.

A confissão da Igreja tem por objetivo principal a glorificação a Deus e alegrar-se nEle (Sl 122.1). Isso faz do culto o ato mais importante, mais relevante e mais glorioso na vida do homem (Sl 84.1-4).

 

1.1. Vocabulário bíblico para adoração.

Para alcançarmos uma visão correta sobre o culto cristão, é mister examinarmos alguns termos: “Latreia”, cujo significado principal é “serviço” ou “culto”. Denota o serviço prestado a Deus pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida (Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1). “Leitourgia”, palavra composta por outras duas de origem grega, que são: “povo” (laós) e “trabalho” (érgon). O termo significa “serviço do povo”. No Antigo Testamento, referia-se ao serviço oferecido a Deus pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de sacrifícios (Js 22.27; 1 Cr 23.24,28).

 

1.2. Bases teológicas do culto.

A adoração cristã se fundamenta na nova aliança (Hb8). Está franqueada ao cristão a comunhão com Deus pelo novo e vivo caminho aberto por Jesus Cristo (Hb 10.19-22). Portanto, ofereçamos sempre por Ele (Jesus Cristo) a Deus sacrifício de louvor (Hb 13.15a). Temos importantíssimas informações sobre o culto em todo o Novo Testamento. O culto é mediado por Jesus Cristo, um sumo sacerdote que se identifica com os adoradores (Hb 2.12-13, 16-18; Jo 17.24; Mt 18.20). Cristo fez de seus seguidores sacerdotes de Deus, isto é, pessoas cujo culto Deus aceita (Ap 1.5-6; 5.8-10; 1 Pe 2.9). É necessário que o adorador saiba qual é o seu dever em uma reunião cristã e conheça bem as suas bases para que se comporte eticamente durante o culto.

 

1.3. Os pré-requisitos do culto.

O cumprimento de um ritual não basta para que haja culto. É indispensável à aceitação por Deus do culto oferecido. Deus estabelece condições para aceitar a adoração de homens. A ignorância dessas condições ou mesmo sua violação transforma o ritual em exercício unilateral enervante e com sérias consequências para os participantes. Vejamos esses pré-requisitos para que alcancemos a plena comunhão com Deus: fé (Hb 10.38; 11.6); envolvimento total da vida (Rm 12.1-2; Lc 10.27); deve ser dirigido a Deus (Mt 4.10; 6.6; Hb 13.15); modelado pelo ensino bíblico (Mt 15.9; Hb 12.28) e mediado por Cristo (Hb 9.12,24-28; 10.19).

 

  1. A necessidade e essência do culto.

O tédio é um estado mental resultante do esforço para manter interesse por uma coisa pela qual não temos o mínimo de interesse. Este fato tem levado a igreja, em nossos dias, a oferecer certos atrativos ao povo no que tange ao culto.

 

2.1. A necessidade do culto.

O culto é necessário pelas seguintes razões. Primeiro, a finalidade do homem. No culto, o homem acha a razão da sua existência. Ele foi criado para a adoração. Fora da posição de adorador de Deus, o homem não encontra o sentido para vida (1 Co 10.31; Rm 11.36). Segundo, obediência. O culto foi instituído e ordenado por Jesus Cristo. Quando a Igreja se reúne para louvar, orar e pregar a palavra, ela simplesmente obedece (Mc 16.15-16; At 1.8; 20.7; 1 Co 11.24-25). Terceiro, a utilidade. O culto é suscitado e expresso pelo Espírito Santo. A salvação provoca adoração (At 10.46). O perdão restaura a capacidade de adorar, que foi anteriormente perdida por causa do pecado.

 

2.2. A essência do culto.

Em meio às múltiplas maneiras de cultuar, há um elemento imprescindível à adoração: o amor. A essência da adoração é o amor. É totalmente impossível adorar a Deus sem amá-lo. O Eterno Senhor Deus nunca se satisfaz com menos que “tudo” (Dt 6.5; Mt 22.37).

 

2.3. Amor integral da mente.

A adoração também envolve o exercício da mente. “Dianóia”, em grego, significa a capacidade de pensar e refletir religiosamente (1Jo 5.1; 2.10; Ef 4.18). Este entendimento é dádiva divina (Lc 24.25; Ef 1.17-18). Portanto, a adoração deve ocupar a mente de maneira a envolver a meditação e a consciência do homem. Em Romanos 12.2, Paulo estabelece que o culto deve ser racional: “Logiken latreia” Amar a Deus com entendimento é um desafio para o cristão (Mc 12.30), pois esse amor exige todo nosso esforço e, nesta adoração cristã, Deus exige ser amado com toda a força do adorador (Mc 12.30; Lc 10.27; Dt 6.5). O termo “força” (Ischyos), refere-se à força e poder de criaturas vivas (Hb 11.34). Exige-se que o cristão gaste todas as suas energias físicas em atos de amor a Deus (Rm 12.1). O amor a Deus expressa-se no serviço prestado por meio do coração (1Co 13.3). Portanto, amar a Deus com “toda a força” representa gastar a vida e energia unicamente com expressões de lealdade e afeição a Deus.

 

  1. A reverência no culto.

São muitas as bênçãos que podemos receber de Deus durante o culto, mas a apropriação de tais bênçãos deveria ser o objetivo de todos quantos participam do culto. Mas qual a maneira correta de participarmos do culto? Participar com espírito de reverência(Hb 12.28).

 

3.1. Razões para a reverência.

O Reino de Deus é impossível de ser abalado (Hb 12.28). Não existem sistemas, ordens ou poderes que superem esse Reino, pois o Senhor dos Senhores é o comandante. Essa é uma das razões pelo qual devemos prestar uma reverência crescente diante de sua presença. Às vezes, não prestamos à devida atenção a esses fatos e reverenciamos mais aos homens com os seus supostos poderes do que nosso próprio Deus, que se manifesta constantemente no culto que Lhe é devido.

 

3.2. Atitudes reverentes.

É necessário que durante o culto mantenhamos uma atitude consentânea com o local de adoração, uma vez que Deus está no templo (Mt 18.20). Temos a garantia da presença do Senhor em qualquer reunião em que o Seu nome seja cultuado. Uma vez que Ele se faz presente em nossas reuniões, necessário se torna que O reverenciemos. A movimentação desnecessária, o entra e sai a todo o momento, a distração ou desatenção, as leituras desnecessárias e outras modalidades de irreverências devem ser proscritas do ambiente de culto. É de suma importância que saibamos e estejamos conscientes de que o local de culto é somente para adorar a Deus. Deus valoriza o adorador sincero e reverente (Ec 5.1).

 

3.3. Um culto reverente.

Sem a verdadeira adoração a Deus não há verdadeiro culto. Se, na presença do Altíssimo, não demonstrarmos, com toda sinceridade de alma, a nossa profunda humildade reverência em face a Sua santidade absoluta (Ec 5.1); se não evidenciarmos nosso amor e dedicação a Ele; se não demonstrarmos confiança que Ele tem para conosco; se o nosso coração não estiver transbordando desses profundos sentimentos em Sua presença, não estaremos cultuando verdadeiramente ao nosso Deus.

 

Conclusão

O culto é acompanhado de uma ética cultual, isto é, exige-se que se saiba o que significa cultuar a Deus. A conscientização desse fato é primordial. Isso gera a exigência da reverência peculiar do verdadeiro adorador e, por conseguinte, descortina e rechaça a irreverência, repugnada pelo próprio Deus.

 

Questionário.

 

  1. Em que se fundamenta a adoração cristã? 
  1. Como expressamos o amor a Deus? 
  1. Qual a maneira correta de participarmos do culto? 
  1. O que é impossível para o Reino de Deus? 
  1. O que Deus valoriza? 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5 - Revista Betel 

A pureza do louvor na adoração 

30 de outubro de 2016

 

Texto Áureo

“Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.” Sl 9.1

 

Verdade Aplicada

Louvar ao Senhor não é apenas a emissão de sons, mas a entrega incondicional de tudo aquilo que somos em tributo ao Seu nome.

 

Textos de Referência.

 

Salmos 22.22-26

22 Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.

23 Vós que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.

24 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.

25 O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.

26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.

 

Introdução

A Bíblia, a Palavra de Deus é um livro de louvores e, no contexto da espiritualidade, revela ângulos magistrais da natureza relacionado Eterno Deus – o Deus das melodias perfeitas (2Cr 20.19-20).

 

  1. Louvor: expressão da alma.

É interessante notar o quanto os poetas utilizam a música para revelar o que ocorre nas sombras de sua intimidade. O salmista Davi escreve: “Sara a minha alma, porque pequei contra Ti.” (Sl 41.4). O mesmo Davi também exclama: Bendize, o minha alma, ao Senhor.” (Sl 103.1) O louvor é utilizado (seja em poesia ou em lágrimas) como expressão da profundidade da alma.

 

1.1. Alegria: presença de Deus gerando festa na alma.

Muitas pessoas associam o louvor somente à alegria. Poucos conseguem compreender o louvor que nasce da crise. Contudo, é realmente bom louvar na alegria (Tg 5.13). A alegria, que o apóstolo Paulo coloca esplendida lista do fruto do Espírito (Gl 5.22), é o ingrediente mais incentivador do louvor. É ótimo poder louvar na alegria, pela alegria, com alegria e para gerar alegria. A alegria é, na realidade, o que deve distinguir a vida cristã das outras que não conhecem a Deus.

 

1.2. Quando o louvor enfrenta a dor.

O hino 126 da Harpa Cristã, de autoria de Frida Vingren, “Bem-aventurança do crente”, tem uma frase emblemática: “Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação e do céu as lindas melodias se ouviram na escuridão”. O louvor que enfrenta a dor parece rasgar a alma. Ele vem das profundezas de uma interioridade inflamada, e, na contramão da alegria, produz salmos. Vivemos numa sociedade (e igreja) viciada em sucesso, que conspira contra a ideia da dor. Parece ser proibido sofrer, na atualidade. Contudo, são nessas crises, noites assustadoras, que o louvor se levanta como triunfo. Por isso é que o apóstolo Paulo louvou de forma tão bela: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente.” (2Co 4.17).

 

1.3. O louvor como testemunho das grandezas de Deus.

No texto bíblico de Atos 4.32, há um detalhe interessante: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam”. A mesma alma, mesmo sentimento, mesma motivação, mesma direção. Quando isso acontece, o louvor se transforma num poderoso testemunho da ação e das grandezas de Deus. Principalmente hoje, nessa sociedade do egoísmo, onde o individualismo cega e acirra o processo doentio das competições, ter a mesma alma é quebrar padrões, apregoar a verdade do Deus que nos une, mantém e sustenta em Seu amor. Uma das mais poderosas formas de louvor a Deus é a comunhão honesta, sincera, desinteressada e plena. As festas de Israel tinham esse alvo: louvar ao Deus em comunidade, gratos por Sua atuação e cuidado.

 

  1. A atualidade e a crise do louvor.

Infelizmente, a atualidade enfrenta uma séria crise no louvor. Deslizes teológicos, pobreza artística, hermenêutica frágil, ausência de vida com Deus. Louvar não é apenas misturar rimas e sons, é o produto do caráter, da autêntica vida com Deus, da verdadeira espiritualidade.

 

2.1. O perigo da sedução da grandeza.

A maioria das pessoas hoje vive um dilema: o louvor também pode acontecer no anonimato? A ideia que impera é de que o chamado “ministro de louvor” é aquele que lidera um grande “ministério”, com orquestra profissional, badalação e mídia suficiente para lotar estádios. É a adoração corporativista. Aquele irmão da congregação na periferia, com um violão inferior e uma voz pouco privilegiada, do ponto de vista dessa geração corporativista, não é um ministro de louvor. Essa sedução da grandeza é perigosa porque tira o foco de Deus dos nossos olhos.

 

2.2. Culto show?

A ideia secularizada dos templos/shoppings e dos cultos/shows tem sido altamente negativa para a espiritualidade hodierna. Muitos vão aos “cultos” em busca de entretenimento religioso e não de uma oportunidade para prestar (e não assistir) um culto ao Senhor. Ao invés de adoradores, temos consumidores, gente atrás da antiga política dos romanos (pão e circo), ao invés das grandes realidades da graça. Uma espiritualidade sacrificada no altar do sucesso está mais próxima dos ideais de um certo querubim (Ez 28.14-15), do que de um carpinteiro que pregava a humildade (Mc 6.3).

 

2.3. Celebridades ou servos.

Algumas pessoas costumam atribuir esse crescimento dos tais “ministérios de louvor” a um avivamento, contudo, não há avivamento sem três coisas fundamentais: humildade, quebrantamento e renúncia. O número de “celebridades” cristãs aumentou imensamente. Nossos “artistas” disputam espaço na mídia, convivem como iguais entre os artistas seculares, que, por sua vez, quando começam a cair no esquecimento, correm para o meio “gospel”. È questionável esse nome “artista”, Pois artista é quem produz arte, e, no meio evangélico atual, há uma pobreza artística gritante. Letras medíocres, teatro sempre procurando incutir medo ao invés de amor.

 

  1. A presença de Deus e o louvor.

Por incrível que pareça, vivemos um tempo onde a presença de Deus é pouco desejada (quando não é descartada). O louvor, seja ele na música ou na oração, celebra a presença santa do Eterno e Maravilhoso Deus.

 

3.1. Louvando sem palavras.

Quando a presença de Deus é real em nosso meio, as palavras somem. Ficamos numa dimensão sagrada, flutuando na graça, deixando o vento do Espírito nos levar. Em João 3.8, Jesus diz a Nicodemos: “o vento assopra onde quer.” Essa capacidade do Espírito de Deus de ser livre, de soprar sem pedir licença, na vida dos que estão dentro e fora dos “padrões” oficiais, alegra nossa alma e é o combustível máximo da espiritualidade. È o vento que vem para nos levar às altura, ao encontro do Pai.

 

3.2. Refletindo Deus no louvor.

Uma das dimensões mais tremendas da presença de Deus é que ela pode se manifestar através de nós. O irmão pode ver Deus em meu rosto e eu posso sentir os braços do Pai ao abraçar o irmão (Rm 8.29). Quando louvamos com sinceridade de coração refletimos Deus ao mundo, pregamos um Evangelho sem palavras, gesticulamos a graça para uma sociedade surda.

 

3.3. Uma presença que não abandona.

Outras presenças se cansam. No entanto, Deus nos garante: “todos os dias” (Mt 28.20). Não é uma presença que aparece somente no domingo ou no “louvorzão”. É uma presença que nos faz louvar na hora da agonia, da cruz. É a presença que desafia o caos. Na passagem bíblica de 2 Reis 13.20-21, há um acontecimento magistral: o profeta Eliseu foi sepultado; quando um grupo de invasores chega, alguém lança um cadáver na sepultura de Eliseu e a Palavra de Deus diz: “E, caindo nela o homem e tocando os ossos de Elizeu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.” Até mesmo na morte, na sepultura fria a presença que não abandona produz motivos de louvor.

 

Conclusão.

O louvor verdadeiro está muito além de verbalizações musicais, de danças e coreografia rasas, gritos e convites a demonstrações de poderio numérico. O louvor verdadeiro nos conduz à intimidade com Deus, a uma espiritualidade sem máscaras, face a face, louvamos ao Deus Onisciente.

 

Questionário.

 

  1. Qual é a expressão da profundidade da alma?

 

  1. Qual é o ingrediente mais incentivador do louvor? 
  1. Qual é uma das mais poderosas formas de louvor a Deus? 
  1. Qual é uma das dimensões mais tremendas da presença de Deus? 
  1. O que Deus nos garante?

  

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6 - Revista Editora Betel

O amor que adora a Deus

6 de novembro de 2016 

 

Texto Áureo

“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.” 1 Co 13.3

 

 

Verdade Aplicada

 

O amor que adora a Deus vai além do discurso e se configura em atitudes cotidianas.

 

Textos de Referência.

 

1 Coríntios 13.1-2; 4-5

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.

 4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.

5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.

 

Introdução

 

Nesta lição, descreveremos sobre a distância entre o amor teórico e o prático. Estamos inseridos num contexto de grandes discursos, grandes tratados sobre o amor, mas, ao mesmo tempo, a grande maioria está em sequidão de amor.

 

  1. O que é o amor?

 

Alguns o consideram uma emoção. Outros dizem que é um sentimento romântico, platônico, poético. Para outros, é uma atração ou um impulso passional. Hoje, com o degaste da palavra amor, essa passou a significar uma atividade sexual antes, durante e fora do casamento. Esse amor tem trazido ódio, desgraças, divisões, lares arruinados e enfermidades. O amor ágape é muito mais do que emoção. É atitude. É ação. É amar o indigno. É amar até as últimas consequências. Jesus Cristo nos amou e a Si mesmo se deu por nós. Esse é o tipo de amor que adora a Deus (Rm 12.9-10).

 

1.1. Características do amor que não adora a Deus.

 

Amor sectarista, que se configura em amor faccionado. Amor formalista, o congelamento do amor. Amor ativista, o verdadeiro desvio do amor. Amor ideologizado, uma farsa do amor. Amor secularista, a perversão do amor. Amor legalista, a antítese do amor. Essas são apenas algumas atitudes de movimentos ou indivíduos que não adoram a Deus, embora nenhum deles negue que O adore. Porém, são as atitudes que falam mais alto (1Jo 4.20).

 

1.2. O amor que adora a Deus

 

O amor é superior a todos os dons extraordinários (1Co 13). O amor é melhor do que o dom de línguas (1Co 13.1). É melhor do que o dom de profecia e conhecimento (1Co 13.2). É melhor do que o dom de milagres (1Co 13.2). As maiores ações de caridade são de nenhum valor sem amor (1Co 13.3). O amor é melhor por causa da sua excelência intrínseca e também por causa da sua perpetuidade. Todos os dons mais dramáticos e mais maravilhosos que podemos imaginar são inúteis, se não há amor. O exercício mais generoso dos dons espirituais não pode compensar a falta de amor. O apóstolo Paulo menciona cinco dons espirituais: línguas, profecia, conhecimento, fé e contribuição sacrificial (dinheiro e vida). Mas ele diz que o exercício desses dons, sem o amor, não tem nenhum valor.

 

1.3. A ausência do amor distancia a Igreja da verdadeira adoração.

 

A igreja de Corinto estava cheia de rachaduras, cisões e divisões por causa dos dons (1Co 1.12; 3.3-5; 12.12-31). O apóstolo Paulo, porém, disse que aos dons não eram para a divisão do Corpo de Cristo (1Co 12.25). Ali estava a igreja mais cheia de dons do Novo Testamento, mas também a igreja mais imatura e mais carnal, porque lhe faltava amor. A igreja de Corinto buscava os dons do Espírito, mas não o fruto do Espírito Santo.

 

  1. Declarações sobre a ausência do amor.

 

A palavra “amor” em 1 Coríntios 13 é a tradução da palavra grega “ágape”. Este é o amor que flui diretamente de Deus (Rm 5.5). É um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar Seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de Jesus por nós. Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a Sua vida por nós e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (Jo 3,16; 15.2-14).

 

2.1. Sem amor, eu ofendo os outros.

 

Em 1 Coríntios 8.1 Paulo já havia ensinado que o amor edifica. Quando os dons são exercidos em amor, eles edificam a igreja. Mas quando não são usados com amor. Magoamos as pessoas (1Co 13.1). Paulo expõe esse assunto por meio de uma referência indireta aos devotos dos cultos de mistérios gregos em Corinto, que adoravam Dionísio (deus do vinho) e Cibele (deusa dos animais selvagens). Nas ruas de Corinto, ecoavam o toque dos gongos barulhentos e dos címbalos estridentes, instrumentos que caracterizavam estes adoradores. Esse som monótono e pesado incomodava as pessoas como o latido constante de um cão. Apenas um metal que tine nas ruas, nada mais.

 

2.2. Sem amor, eu nada sou.

 

Os coríntios pensavam que os possuidores de certos dons eram pessoas extremamente importantes. Mas sem amor essas pessoas eram totalmente insignificantes (1Co 13,2). A ausência de amor faz com que o cristão perca o seu significado diante de Deus. Ele se transforma em uma nulidade, num zero. Deus não pode usar, para a Sua glória, um cristão sem amor. Igualmente desagradáveis são aqueles que usam o dom de falar em línguas, mas sem a motivação controlada pelo amor. Não importa se as línguas são humanas ou angelicais. Sem amor, tornamo-nos desagradáveis e rudes. O homem que se deixa levar pelo falar, antes que pelo fazer, vem a ser nada mais do que mero som. Sem amor, até a melhor linguagem do céu ou da terra se torna apenas barulho.

 

2.3. Sem amor, eu não ganho nada.

 

Do conhecimento e dos feitos poderosos, o apóstolo Paulo se volta para os atos de misericórdia e dedicação. Paulo agora menciona dois atos de sacrifício pessoal (contribuição sacrificial e martírio). Será que tais atos não são inerentes valiosos aos olhos de Deus? Não são meritórios. Tais atos podem ser motivados por uma teologia errada e por um propósito errado. Sem amor, todo o sacrifício se perde e nada se ganha (1Co 13.3).

 

  1. Evidências do amor que adora a Deus.

 

O maior e incomparável amor é o amor de Deus (Jo 3.16). O amor que veio até nós, resgatando-nos de nossa prisão e condenação eterna. Em Jesus Cristo temos a perfeita e completa ação do amor.

 

3.1. Exemplos práticos do amor que adora.

 

Na parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37), os religiosos passam de largo e não dão a mínima atenção ao ferido do caminho, mas aquele que respira o amor desiste de suas urgências e reserva toda a atenção a esse desconhecido que ali desfalecia. Além disso, coloca toda sua estrutura a serviço deste necessitado e encerra com recomendações e pagamento adiantado pelo tratamento. Esse “amor” adora a Deus, porque é o “amor prático”.

 

3.2. O amor de Jesus pela mulher pecadora.

 

Segundo a Lei, a mulher apanhada em adultério deveria ser apedrejada (Jo 8.1-11). Era natural o apedrejamento nessas circunstâncias e ainda com um tom de “suposta adoração”. Jesus Cristo igualou esse pecado com os pecados dos seus acusadores. Se esta deveria ser apedrejada, todos deveriam ser apedrejados. O amor de Jesus não condenou, não acusou. Ao contrário, libertou essa pobre mulher. Ela, juntamente com os acusadores, representa o mundo em que vivemos. Somente o amor prático evidencia a verdadeira libertação e consequentemente adora a Deus.

 

3.3. Davi e o seu amor prático por Mefibosete.

 

O Rei mandou trazer Mefibosete, filho de Jônatas e neto do rei Saul, de Lo-Debar (2Sm 9.1-8). Ele estava esquecido na história e sem perspectivas, mas o amor prático foi em sua busca. Davi pode dizer a Mefibosete: “Lo-Debar nunca mais!”. Mefibosete pôde confirmar isso através do tempo, mesmo tendo que suportar as mentiras de Ziba (2Sm 9.1-13); 16.1-4). Logicamente, houve diversas atitudes semelhantes a essa na vida de Davi, a tal ponto de ser conhecido como um homem segundo o coração de Deus (At 13.22).

 

Conclusão.

 

Todas as vezes que encontrarmos alguém que amou verdadeiramente com atitudes fica um legado, uma história de bênçãos e de honra ao nosso Deus. Jamais podemos abandonar esta prática, pois ela nos torna conhecidos como discípulos de Jesus Cristo (Jo 13.34-35).

 

Questionário.

 

  1. A quem o amor é superior? 
  1. Do que a igreja de Corinto estava cheia por causa dos dons?
  1. O que Paulo ensina em 1 Coríntios 8.1?
  1. Qual é o maior e incomparável amor? 
  1. Como Davi era conhecido? 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7 - Revista da Betel 

Levitas ontem e hoje: a crise de identidade

13 de novembro de 2016

 

Texto Áureo

“E lhes disse: Ouvi-me, ó levitas; santificai-vos, agora, e santificai a casa do Senhor, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia.” 2 Crônicas 29.5

 

 

Verdade Aplicada

 

A verdadeira motivação dos levitas era o serviço da casa de Deus. 

Textos de Referência. 

 

2 Crônicas 29.1-4, 11.

1 Tinha Ezequias vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abia, filha de Zacarias.

2 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Davi, seu pai.

3 Ele, no ano primeiro do seu reinado, no mês primeiro, abriu as portas da casa do Senhor e as reparou.

4 E trouxe os sacerdotes e os levitas, e os ajuntou na praça oriental,

 

11 Agora, filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dele para os servirdes, e para serdes seus ministros, e queimardes incenso.

 

Introdução

 

Na atualidade há um verdadeiro frenesi levítico. Uma proliferação exacerbada de gente se autodenominando “levita”. Nessa nova mania há um disfarçado e perigoso pluralismo – todas as formas, pouca verdade.

 

  1. Semelhanças e diferenças.

 

O que impera no desespero levítico da atualidade é uma tentativa infantil de imitação barata de algo que já teve seu tempo histórico definido. Na Palavra de Deus, levita não era quem queria ser, mas quem nascia servo!

 

1.1. O esvaziamento das palavras.

 

Muitos carregam o nome “levita”, mas a essência – adorador – se perdeu na doença do marketing e na loucura da multidão. Ser levita passou a ser símbolo de uma “espiritualidade elevada”, quase uma espécie de “guru eclesiástico embalado em mantras evangélicos”. O modo de tratar o nome de Deus também sofre impactos dessa crise. O que era reverência absoluta virou uma marca de alta rentabilidade. O nome de Deus está virando marca, moda, mania. O respeito, o temor e a reverência viraram apenas palavras esvaziadas, empoeiradas, esquecidas na banalidade imperfeita do cotidiano evangélico.

 

1.2. Semelhanças técnicas, diferenças teológicas.

 

Em nome de um certo preciosismo, perde-se a teologia da alegria. Canta-se o absurdo. A epidemia pirotécnica dos shows inverte os valores. O show foi bom se juntou uma multidão esfuziante e não se houve mudança de vida e coração. O sucesso vem antes da teologia. Essa ausência de sentido num tempo marcado por ilusões gera uma outra tribo de levitas: os levitas estrelares!

 

1.3. Semelhanças físicas, diferenças espirituais.

 

A tentação das aparências, infectada pelo vírus teatral da máscara, gera um conflito: gente que se divide em várias (uma é a que louva enquanto “está” levita, outra é a que existe fora dos horários de culto). Essa duplicidade transforma esses levitas em vítimas de sua própria crise com o espelho. Quando a verdade do que somos é amordaçada pela mentira que mostramos ser, nossa tragédia pessoal está deflagrada. O que mais necessitamos hoje não é de um grupo imenso de pessoas com roupas judaicas e a estrela de Davi na testa balbuciando termos hebraicos, mas sim, de um grupo de servos, abençoados pela grandeza da simplicidade. Gente que, sem muita invencionice, consegue tocar a majestade de Deus nas alturas.

 

  1. Levita como marca de legitimidade.

 

O século XXI é escravo das marcas. Tudo tem sua etiqueta. Nessa busca alucinada por legitimidade, muitos optam por nomes artísticos esdrúxulos, polêmicas, ou mesmo alguma atitude bizarra que lhe confira destaque. Outros, com a mesma intenção, utilizam termos bíblicos para si mesmos ou para suas práticas.

 

2.1. O problema do ego: a doença da superioridade.

 

Não são poucos os “levitas” que se julgam num patamar de espiritualidade sublime e infinitamente superior aos outros mortais. Gente infectada pelo vírus absurdo da arrogância (1Co 4.8). Essa doença luciferiana do ego é um produto de exportação que o mundo joga na Igreja – e ela abraça – com extrema facilidade. Há levitas que não aceitam ordens de ninguém: dos pais, em casa, ao pastor, ninguém pode confrontá-los. Essa enfermidade do ego é uma espécie de câncer do orgulho, provocando uma metástase que aniquila a humildade. Deus procura servos (Fp 2.3).

 

2.2. O perigo da distorção: o desrespeito à Palavra.

 

Um dos maiores erros que um cristão pode cometer é basear suas práticas em versículos isolados das Escrituras. Além de ser um grosso erro hermenêutico, é também a principal razão do surgimento de diversas seitas e heresias. Em Mateus 4, o diabo usa textos isolados para obrigar Jesus a fazer sua vontade. Muitos levitas de hoje, com esse tipo de exercício hermenêutico duvidoso, assumem para si os perigos de adulterarem o texto e o contexto bíblicos, gerando terríveis distorções e confusões.

 

2.3. A crise dos holofotes: o terrível medo do esquecimento.

 

Vivemos num tempo histórico marcado pelo esquecimento. Hoje, o novo dura pouco. Muitos agonizam por medo de não serem notados ou pior, serem descartados. Não são poucos os casos de celebridades do mundo secular que ao caírem no ostracismo, “convertem” e entram na Igreja visando reconstruir seu mundinho particular de aplausos e bajulação. Em busca de legitimidade, criam testemunhos, revelações, visões, profecias e mágicas. Chegam até mesmo a arrastar para si textos e termos bíblicos, num flagrante desrespeito ao sagrado. Essa perigosa inversão produz a tão devastadora idolatria (obra da carne), e com ela, o afastamento da glória (1Sm 4.21). Obcecados pelos holofotes, esses “levitas/artistas” esquecem que somos chamados para ser “luz” (Mt 5.14), e que, sem a verdadeira luz (Jo 8.12), todo o universo acaba em suas próprias trevas.

 

  1. Redescobrir o servir.

 

Segundo a lei mosaica, os levitas eram chamados para servir. Alguns de seus deveres eram: levar a arca (1Sm 6.15; 2Sm 15.24); realizar vários serviços no tabernáculo (Êx 38.21; Nm 1.50-53); servir Arão e seus filhos (Nm 3.9; 8.19).

 

3.1. A vida como serviço ao Senhor.

 

Ser levita não era apenas cumprir uma agenda de trabalhos do templo e voltar para casa como um trabalho braçal sem envolvimento de alma. Era saber que sua vida tinha sido escolhida pelo Deus de Israel. A tribo de Levi devia servir como um substituto de todos os primogênitos do sexo masculino em Israel (Nm 3.11-13). Como todo primogênito da terra e dos animais pertence ao Senhor, Deveriam ser sacrificados a Ele. Porém, como Deus não recebe sacrifícios humanos, Ele recebeu a tribo de Levi como substituta. Um levita em lugar de cada primogênito do sexo masculino em Israel. Os levitas sabiam que suas vidas eram valiosas para o Senhor. O que falta aos levitas de hoje é a consciência de que Deus não quer sacrifícios, mas um sacro-ofício, feito por uma vida íntegra e pura.

 

3.2. Servir por amor.

 

Servir não pode ser apenas produto de uma mecânica decorada, mas de um amor que nos direciona ao outro. Quando o Espírito do Senhor está em nós, amamos o serviço. Estar cheio do Espírito de Deus é estar cheio de amor. Sem o amor, os dons são sem valor (1Co 13). O amor requer os dons como equipamento necessário para o serviço aos outros (Ef 5.18-21).Um levita que não serve, perdeu a essência. Um levita sem amor, nunca foi levita. Um levita que não serve por amor, não pode ser servo de Cristo – o substituto maior!

 

3.3. Servindo além dos horários de culto.

 

É preciso resgatar a certeza de que o culto não é prisioneiro do calendário. Culto é uma expressão de louvor e gratidão a Deus “em todo o tempo” (Ec 9.8). Deus não está preso às nossas agendas, nossos calendários. Muita gente mantém apenas uma aparência que tem prazo de validade (apenas enquanto o culto é celebrado no templo), com isso, perde a maravilha de servir a Deus na vida. Deus não procura homens e mulheres que só funcionam de congresso em congresso, mas que sabem que foram chamados para o serviço do Mestre em qualquer tempo (2Tm 4.2).

 

Conclusão.

 

Cristo já cumpriu a Lei. Não somos levitas. Somos servos, gratos a Jesus por ter derrubado os muros das diferenças. Qualquer um pode louvar e adorar. Não há um monopólio. Não precisamos nascer numa determinada tribo para termos acesso ao louvor, só precisamos “nascer de novo” (Jo 3.1-21).

 

Questionário.

 

 

  1. Não são poucos os “levitas” que se julgam num patamar de espiritualidade sublime e infinitamente superior aos outros mortais. Como está essa “gente”?

 

  1. Segundo a lição, o que Deus procura? 
  1. Cite um dever dos levitas.
  1. Quem a tribo de Levi deveria substituir?
  1. O que são os dons sem o amor?

  

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8 Revista Betel

Corpo, alma e espírito: instrumentos de adoração

20 de novembro de 2016

 

Texto Áureo

“ E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Ts 5.23

 

 

Verdade Aplicada

O propósito principal de todo o nosso ser é adorar a Deus.

 

Textos de Referência. 

Salmos 103.1-6

1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.

2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.

3 É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades;

4 Quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia;

5 Quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia.

6 O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos.

 

Introdução

O sacrifício diário de nosso corpo requer uma conduta e esse procedimento atrela-se a uma mente renovada que nos informa e faz experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas.

 

  1. Adorando a Deus com o nosso corpo.

O clamor apostólico de Paulo é oriundo das profundezas de Deus para o Seu povo (Rm 12.1-2). O termo grego “parakaléo” tem o sentido de admoestar, encorajar e exortar. Era usado no grego clássico para exortação de tropas que estavam para ir à batalha.

 

1.1. O argumento: a compaixão de Deus.

O argumento que Paulo usa para adoração é profícuo e pertinente. “A compaixão de Deus” é “oiktirmós”, misericórdia, compaixão que se origina do estado miserável de alguém que está em necessidade. No hebraico, esta palavra é “hesed”, que em português corresponde à benignidade, amor firme, graça, fidelidade, bondade, devoção. Quanto a sua forma pode ser visto tanto como substantivo (hesed), quanto como adjetivo (hãsîd), que é derivado do substantivo (hesed) e é usado para descrever o israelita fiel.

 

1.2. O sacrifício vivo: os nossos corpos.

Para os leitores de Paulo, esse “sacrifício” leva-os ao Antigo Testamento, pois todas as vezes que se fazia um sacrifício, o animal tinha que ser morto. O apóstolo demonstra verdadeira essência da adoração neotestamentária, isto é, “sacrifício vivo”. Doravante, o sacrifício é “vivo” e isto se configura na adoração através de nosso corpo como culto consciente, racional, inteligente, deixando morrer nossa natureza pecaminosa, mas permanecer vivos e não mortos. Tal atitude leva-nos ao princípio da “renuncia”, delineado por Jesus (Nt 16.24-35; Lc 9.23).

 

1.3. O resultado final: o culto racional.

O alvo final é cultuar a Deus, adorá-Lo. Toda a força e argumento do clamor tem um único objetivo: a adoração. Essa adoração deve ser inteligente e racional, isto é, deve-se ter compreensão do que se faz. O uso de nossos corpos deve ser caracterizado pela devoção consciente, inteligente e consagrada a Deus e a Seu serviço. Dentro desse quesito, entendemos que nosso corpo foi feito para ser um instrumento de adoração a Deus. Isso envolve todas as nossas atividades, em todos os momentos de nossa vida. A conscientização desse fato nos torna casa de Deus (1Co 3.16).

 

  1. A adoração que flui de nossa alma.

A alma é nossa identidade interior, nossa razão de ser. Todos os nossos sentimentos manifestos ou reservados estão atrelados a essa capacidade da alma que está em cada um de nós. É com essa compreensão que o salmista clama para dentro de si, despertando sua alma de uma “possível sonolência” no ato de bendizer a Deus.

 

2.1. Um clamor para dentro de si.

A sensibilidade de Davi é comovente e impressionante. O seu grito para dentro de si revela uma urgência de adoração da sua alma. Vivemos em um mundo de infindos “gritos”, onde muitos casos revelam apenas ruídos de almas doentias, inclinadas aos seus individualismos e centralismos para satisfazer o imediatismo de naturezas caídas. Ainda assim, temos o prazer de ouvir um homem influente, com autoridade legítima, dar o brado dentro de si mesmo, evocando sua interioridade a bendizer ao Senhor (Sl 103.1).

 

2.2. Bendizer com gratidão.

É reconhecimento. É agradecer a Deus por tudo e reconhecer que tudo aquilo que temos e somos provém de Deus, pois sem Ele é a nossa força, proteção e refúgio, auxílio nos momentos de aflições, o nosso socorro e em quem depositamos nossa confiança e esperança. A justiça e o juízo são a base do trono de Deus e tudo isso está evidente por meio de Suas obras maravilhosas e Suas grandes vitórias. Também devemos ser sempre gratos pelas bênçãos recebidas.

 

2.3. Gratos pela salvação.

Outro motivo para sermos gratos é a nossa salvação, pois alcançamos do Senhor um favor imerecido. A diferença entre graça e compaixão, no que se refere à pessoa de Deus, é que, na graça, o Senhor nos deu o que não merecíamos (Rm 6.23). Não merecíamos avida eterna, mas pela graça de Deus a temos (Ef 2.8-9). Quanto a misericórdia ou compaixão de Deus, Ele não nos deu aquilo que merecíamos – a morte eterna. Nós merecíamos a cruz, a condenação, o inferno. Mas, no Seu infinito amor misericordioso, Ele não retribui o mal com o mal, mas com o bem (Is 54.8). Por isso, devemos agradecer a Deus, render louvores eternos ao nosso Deus pelo Seu grande amor e compaixão, pois não somos consumidos pela multidão dos nossos pecados.

 

  1. Ações adoradoras do espírito humano.

Tudo o que somos e o que podemos realizar se processa por causa do espírito que em nós habita (Jo 4.24). Ao pronunciar as bem-aventuranças, Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.3), deixando bem nítida a clareza de Sua grandeza e a nossa pequenez em relação a Ele.

 

3.1. A mulher samaritana e a espiritualidade da adoração.

Primeiramente, a mulher samaritana viu apenas um homem, depois percebeu que era um judeu e lançou seus protestos e frustrações históricas pelo fato de Jesus se dirigira uma “mulher”, ainda mais sendo ele judeu, pois tradicionalmente não havia comunicação entre ambos. As primeiras barreiras foram rompidas por Jesus, a muralha da comunicação fora derrubada e a mulher foi demonstrando a sua verdadeira sede, até que percebeu que Ele não era mais um homem comum, um judeu e O identificou como um profeta (Jo 4.9). Quando suas mazelas vieram à tona pelas palavras de Jesus, tudo mudou naquele momento. O diálogo de Jesus foi evoluindo até chegar ao espírito daquela mulher. Jesus viu nela uma pessoa carente, sofrida e com uma grande lacuna no seu espírito.

 

3.2. Atitudes que convergem para uma adoração verdadeira.

Toda essa linda história envolve atitudes. Logicamente que Deus sempre é o primeiro a tomar atitudes em relação ao homem caído. Tudo que somos atrela-se a uma atitude. Deus não se isola e nem se emudece com as nossas quedas. Jesus passa por Samaria para fazer um grande resgate. Assim como era necessário passar por aquela cidade (Jo 4.4) ainda hoje existem muitas “Samarias” precisando de um profeta.

 

3.3. Atitudes de adoração na hora certa.

Existe um pássaro chamado “bacurau”, também conhecido como “curiango”. Todas as vezes que o “bacurau” canta, entende se a expressão: “Amanhã eu vou”. Existem muitos crentes que nos lembram o canto do bacurau; estão dispostos, mas só amanhã. Jesus elimina essa possibilidade de procrastinação e diz: “Mas a hora vem, e agora é,...” (Jo 4.23). A mulher samaritana queria adorar, mas, no seu entendimento, era ainda “amanha”. Jesus tira todas as cortinas e esclarece de uma vez por todas que a adoração é para já. Nada pode aguardar. A adoração a Deus deve ser a prioridade absoluta de nossa vida.

 

Conclusão.

A nossa adoração a Deus tem que ser em espírito e em verdade, isto é, com atitudes que se manifestam nas mais diversificadas situações; ao estender as mãos para os outros abençoando, bendizendo, e acima de tudo, sendo um referencial de Deus em todos os sentidos da vida.

 

Questionário. 

  1. Qual a origem do clamor apostólico de Paulo? 
  1. O que o grito de Davi para dentro de si revela? 
  1. Qual a diferença entre graça e compaixão, no que se refere à pessoa de Deus? 
  1. Por que era necessário Jesus passar por Samaria? 
  1. O que Jesus eliminou?

 

fonte www.mauricioberwald.com

 

  ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 9 - Revista da CPAD - ADULTOS 

O Milagre Está em Sua Casa

27 de Novembro de 2016

 

 

TEXTO ÁUREO

“Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...], que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste.” Dt 10.17,18

 

VERDADE PRÁTICA

Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o extraordinário.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 4.1-7

1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.

2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

3 - Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.

4 - Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.

5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.

6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.

7 - Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

 

INTRODUÇÃO

Deus concedeu a Eliseu autoridade espiritual para que ele pudesse suceder Elias. O seu ministério foi marcado por muitos milagres. Na lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus operou por intermédio do seu servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de uma crise financeira.

 

I - UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES

 

  1. A crise das dívidas.

Não sabemos o nome da viúva nem dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu. Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.

 

  1. O risco de perder os filhos.

A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é um dos maiores da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os necessitados e aflitos.

 

  1. A viuvez.

No Antigo Testamento, a mulher trabalhava somente em casa e era sustentada por seus marido. Quando o marido morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e os órfãos.

 

II - DEUS REALIZA MILAGRES

 

  1. A fé do profeta.

O capítulo quatro do segundo livro de Reis registra quatro milagres operados por Eliseu. Estes milagres evidenciam a fé do profeta e o cuidado de Deus para com todos aqueles que creem nEle. Se quisermos ver milagres em nossas vidas precisamos crer. É preciso ter fé, pois o que duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não podemos nos esquecer que para Deus não existem impossíveis. Ele pode operar um milagre em sua vida, creia.

 

  1. A viúva procura Eliseu.

Diante da crise, a viúva decidiu procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à mulher foi: "Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa". A igreja neste tempo de crise econômica, deveria fazer à sociedade a mesma pergunta. A Igreja de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os pobres, órfãos e viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como homem de Deus, sabia que o Senhor poderia reverter a situação financeira daquela viúva. Ele não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas decidiu ajudar uma pessoa necessitada.

 

  1. Deus utiliza aquilo que temos.

O que você tem em mãos para começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus operou grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de "uma botija de azeite" que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda provisão.

 

III - PROVISÃO NA MEDIDA CERTA

 

  1. Preparação para receber o milagre.

Eliseu orientou a viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre chegará, assim como chegou para a viúva.

 

  1. Provisão abundante.

 A viúva tinha somente uma botija de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos. Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.

 

  1. Fé em ação.

A viúva e seus filhos deveriam "tomar vasos emprestados", tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém. O milagre de Deus é para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro, pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos filhos.

 

CONCLUSÃO

Muitos crentes estão vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas. Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento.

QUESTIONÁRIO

 

Quem deveria sustentar as viúvas? 

O que aconteceria se a viúva não pagasse as dívidas? 

Qual foi a primeira pergunta do profeta para a viúva? 

O que a viúva tinha em sua casa? 

O que você tem em suas mãos para ver o milagre de Deus?

fonte www.mauricioberwald.com