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Lições Gospel doutrina do Espirito Santo 2020
Lições Gospel doutrina do Espirito Santo 2020

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 1-

1 trimestre 2020 lição adultos

 Ele é o Santo Espírito

__/___/____

 

Lições Bíblicas nº 61

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Sl 139.1-14

  1. SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
  2. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
  3. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
  4. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
  5. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
  6. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
  7. Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
  8. Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
  9. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
  10. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
  11. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.

 

 

 

  1. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
  2. Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
  3. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.

TEXTO ÁUREO

"No princípio criou Deus o céu e a terra.E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.", Gn 1.1,2

 

COMENTÁRIO

 

Palavra introdutória

O discernimento que temos hoje supera em muito o conhecimento que os judeus do passado os cristãos do primeiro século tinham da pessoa do Espírito Santo, porque muitos estudiosos se lançaram no aprendizado desse assunto e desenvolveram maravilhosas reflexões e doutrinas sobre o tema.

A pneumatologia é a doutrina que investiga, formula e sistematiza todo o conhecimento a respeito do Espírito Santo.

 

 

 

Nesta lição, faremos uma introdução a essa importante discipline que interessa a todo cristão, independentemente de sua orientação teológica, doutrinária ou denominacional.

 

  1. O ESPÍRITO SANTO É REAL

 

1.1. Um integrante da Trindade

A natureza da terceira pessoa da Trindade é identificada pela palavra Espírito. Em algumas passagens das Escrituras, o Espírito Santo é chamado simplificadamente de Espírito, que pode significar sopro, ar e vento (Mc 1.10; Ef 5.18). Ele é um ser divino, participante da Trindade, juntamente com o Pai e Jesus. Os três são um só Deus, que opera de formas distintas (Ef 4.4-6).

 

1.2. O Espírito que possui características de uma pessoa

O Espírito Santo possui as características de uma pessoa, com intelecto (Rm 8.16,27), sensibilidade (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11).

 

  1. O AGENTE QUE PREENCHE, APROXIMA E CONDUZ

Podemos escolher diversas maneiras para viver, mas a melhor delas é viver de forma abundante pelo poder de Deus. E o segredo para alcançar esta bênção está na admoestação do apóstolo Paulo, feita em Efésios 5.18: E não vos embriagueis, com o vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.

É preciso muito mais do que isso para ser cheio da presença do Espírito de Deus. Não basta falar em línguas estranhas ou frequentar os cultos semanalmente. O Senhor espera mais de cada um de nós para revestir-nos com Seu poder. Ele deseja que nos tornemos semelhantes a Cristo em nossa maneira de pensar, sentir, falar e agir. Esse é um processo contínuo, um exercício diário, que visa à santificação e ao crescimento espiritual.

 

2.1. O Espírito que nos aproxima de Deus

A aproximação entre Criador e criatura é uma obra do Espírito Santo (Ef 2.18,19). Além de nos aproximar de Deus, o Espírito Santo atua na unificação do corpo da Igreja, o qual não está limitado ao sexo, idade, cor, estatura, condição financeira, enfim, não existe fator segregador.

 

2.2. O Espírito que nos conduz a Deus em oração

Uma das maneiras mais fáceis de falarmos com Deus é por meio da oração. No entanto, embora essa seja uma atitude simples, há momentos em que o Espírito Santo desempenha um papel fundamental nisso, intercedendo por nós até com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS

A palavra Espírito ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gênesis (Gn 1.1,2). Em Apocalipse 22.17, vemos a última menção a esse termo. Conhecemos essa maravilhosa pessoa da Trindade conforme Ele nos foi apresentado, aos poucos, por todo o texto bíblico, de Gênesis a Apocalipse.

 

3.1. No Antigo Testamento

Como vimos anteriormente, o Espírito Santo estava presente em toda a etapa da criação divina. No fim do processo criativo, o Senhor fez o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (Gn 2.7). Daquele momento até a queda de Adão e Eva, Criador e criatura conviveram intimamente ligados. O primeiro casal foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas essa conexão não durou muito.

Após a corrupção geral do gênero humano, houve uma clara ruptura em nosso relacionamento com Deus. Por causa disso, sobreveio-nos a morte (Gn 6.3). Não vemos profundos relatos nem extensos textos sobre o Espírito Santo, mas é certo que Sua participação, tanto na criação como no relacionamento entre Deus e o homem, foi indispensável.

 

 

 

A capacitação individual foi outro aspecto da obra do Espírito Santo no Antigo Testamento. Ele proveu aptidão para aqueles que foram chamados por Deus para o Seu serviço. Há vários exemplos de pessoas que experimentaram os efeitos da obra e da ação direta do Espírito em suas vidas. Artífices, juízes, profetas, sacerdotes, reis e outros personagens bíblicos receberam alguma capacitação especial para realizar missões e cumprir tarefas, por exemplo: um homem da tribo de Judá, Bezalel, recebeu habilidades para fazer todo tipo de trabalho artístico na construção do tabernáculo (Êx 31.3); Jefté recebeu condições para liderar Israel contra um poderoso inimigo (Jz 11.29-33); Otniel, Gideão, Sansão foram juízes dotados dessa capacitação especial (Jz 3.10; 6.34; 13.25).

No período dos reis, após o tempo dos juízes, vemos que o Espírito do Senhor se apoderou de Saul durante a guerra contra os amonitas (1 Sm 11.6). O mesmo Espírito atuou poderosamente na vida de Davi e também na vida de Salomão. Na vida e no ministério dos profetas também vemos o Espírito chamar, capacitar e orientar (Ez 2.2).

 

3.2. No Novo Testamento

É natural que o Novo Testamento apresente mais citações sobre a ação do Espírito, pois foi nesse período que Cristo o enviou. Nos relatos desse tempo, também começamos a ver Suas obras com maior clareza. Alguns escritores chamam o período da Igreja como a Dispensação do Espírito; outros autores chamam o livro de Atos dos Apóstolos como Atos do Espírito, por causa do grande impacto que o Espírito Santo passa a ter na Igreja primitiva após o Pentecostes (At 2).

Algumas passagens do Novo Testamento relatam a ação do Espírito Santo de maneira expressa. Por exemplo, os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) citam que o Espírito Santo desceu sobre a pessoa de Jesus, após o Seu batismo, e guiou o Seu ministério:

 

E viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele (Mt 3.16);

Viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele (Mc 1.10);

E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea,como uma pomba (Lc 3.22);

Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele (Jo 1.32).

 

O Espírito Santo confiou aos apóstolos a tarefa de lançar os alicerces doutrinários da Igreja, preparando-a, assim, para os séculos que viriam. No exercício de seus ministérios, o Espírito Santo os revestiu e eles continuaram a obra iniciada por Jesus (At 1.18; Mc 3.14; Lc 6.13; Gl 1.1). À medida que eles eram dirigidos pelo Espírito, o Senhor operava milagres por intermédio deles e confirmava a Palavra que pregavam (At 2.40,41; 3.1-10; 2 Co 112.12).

Recebereis a virtude do Espírito Santo: esse trecho refere-se ao poder necessário à vida piedosa, como demonstrado na vida dos homens do Antigo Testamento marcados pelo santo agir (veja os exemplos de Abraão, em Gn 22; José, em Gn 39; Moisés, em Êx 14; Daniel, em Dn 6). Essa foi a virtude ou o poder designado para a execução de uma nova tarefa: levar o evangelho até os confins da terra com a orientação e o auxílio do Espírito Santo (RADMACHER, ALLEN, HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 290).

 

CONCLUSÃO

O Espírito Santo revela-se em totalidade no Novo Testamento. Todavia, no Antigo Testamento, Sua presença é notável e Sua ação, fundamental.

Tanto na criação do mundo (Gn 1.26), quanto na capacitação de homens (Nm 11.16,17) e na revelação do futuro (Jl 2.18,19), o Espírito Santo operou poderosamente a fim de cumprir os desígnios de Deus.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

 

  1. O Espírito Santo possui características de uma pessoa?

 

  1. Cite as passagens bíblicas em que a palavra Espírito aparece pela primeira e pela última vez:

 

 

 

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 2

 

 

 

Os Atributos do Espírito Santo

__/___/____

 

Lições Bíblicas nº 61

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Tt 3.1-7

1 - Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra;

2 - Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens.

3 - Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.

4 - Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,

5 - Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,

6 - Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador;

7 - Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.

 

TEXTO ÁUREO

"E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.", At 5.32

 

COMENTÁRIO

 

Palavra introdutória

Uma das marcas distintivas do cristianismo é a sua crença no Espírito Santo como uma pessoa divina. Foi assim, como uma pessoa, que Jesus apresentou o Consolador e referiu-se a Ele.

Os escritores do Novo Testamento estabelecem, em termos claros, que o Pai do Senho Jesus Cristo é Deus (Jo 1.18; 1 Co 8.6; Fp 2.11; 1 Pe 1.2). Ninguém contesta essa verdade, observa-se, ainda, que os autores do Novo Testamento, em diversos textos sagrados, identificam Jesus Cristo como Deus, mesmo o Filho sendo distinto do Pai (Jo 1.1,18; 8.58; Rm 9.5; Tt 2.13; 2 Pe 1.1). Além disso, o Espírito Santo também é reconhecido como Deus (At 5.3,4). No batismo de Jesus, e nas bençãos apostólicas, Ele é aludido como distinto do Pai e do Filho (RADMACHER, ALLEN, HOUSE, Central Gospel, 2010a, p. xxxvii).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO É DEUS

Algumas pessoas consideram que o Espírito Santo é apenas uma força dinâmica, uma influência impessoal ou simplesmente um nome dado a Deus. No entanto, na Bíblia, há evidências, claras do caráter e da personalidade única e inquestionável do Espírito Santo. Diferentemente de uma mera força, Ele tem sentimentos, razão, vontade, autonomia e traços que uma força impessoal não tem.

 

1.1. O Espírito Santo é soberano

O Espírito Santo pensa, conhece e sabe todas as coisas (1 Co 2.9-11); Ele ensina (Jo 14.26); consola (Jo 14.16); testifica de Cristo e intercede em favor dos cristãos (Jo 15.26; Rm 8.26). Ele é soberano conjuntamente com o Pai e o Filho.

 

1.2. O Espírito Santo é cooperador

Em três ocasiões, o Antigo Testamento utiliza pronomes pessoas e verbos no plural, por meio deles podemos facilmente compreender que o Espírito Santo estava cooperando com a obra divina.

A primeira ocorrência se dá em Gênesis, na criação do primeiro ser humano: façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança (Gn 1.26).

 

 

 

A segunda, quando Deus decidiu confundir as línguas faladas pelos seres humanos, no episódio da torre de Babel: Desçamos e confundamos ali a sua linguagem (Gn 11.7).

A última referência está nos chamado de Isaías para a missão de profeta: Quem há de ir por nós? (Is 6.8). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE; Central Gospel, 2010a, xxxvi).

Essas passagens exemplificam a atuação do Espírito no cumprimento dos propósitos divinos, agindo ativamente na Criação, conduzindo os desígnios humanos e vocacionando pessoas para o serviço a Deus.

 

1.3. O Espírito é residente

No Novo Testamento, a ação colaboradora do Espírito é mais profunda no homem. O Mestre assegurou que o Espírito habita no cristão (Jo 14.17), guiando-o em toda a verdade (Jo 16.13), ensinando-lhe todas as coisas (Jo 14.26). De fato, após Seu derramamento no Pentecostes, Ele reside no interior de cada um de Seus filhos, regenerando (Jo 3.3-6), batizando (1 Co 12.12,13; Gl 3.27), revestindo (At 1.8; 2.4;4.31), dirigindo (At 13.2) e convencendo (Jo 16.8).

Como Jesus, o Espírito Santo também é uma Pessoa divina (Rm 8.9). Antes de Cristo deixar a terra para voltar ao céu, para estar com o Pai, Ele prometeu enviar um Consolador similar a Ele próprio, mas distinto de Sua pessoa. O Filho e o Pai, passaram a habitar no coração daqueles que demonstraram fé por meio do Espírito Santo (Ef 2.22).

 

 

 

Momento antes da Sua prisão, Cristo estava orando por Seus discípulos. Em Sua oração sacerdotal, em João 17, declarou que Deus habitaria nos crentes. Ele disse: Eu neles e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade (Jo 17.23).

 

  1. O ESPÍRITO E SEUS ATRIBUTOS

Um atributo pode ser definido como uma característica ou uma marca que uma pessoa possui. Neste caso, para fins didáticos, podemos classificar os atributos que Deus possui em duas categorias: os incomunicáveis e os comunicáveis.

As qualidades divinas apenas exemplificam algumas das características do Senhor. Existem muitas outras virtudes que não estão citadas aqui. Evidenciar Seus atributos foi uma das formas que Ele encontrou para revelar-se ao homem. O Senhor, em Sua plenitude, é inexplicável e inconcebível para nossa mente tão limitada, mas observando alguns de Seus atributos, conseguimos entender um pouco melhor quem Deus é.

É preciso compreender que todas as características inerentes ao Senhor também estão presentes no Espírito Santo, por isso as estamos estudando nesse momento.

 

2.1. Atributos incomunicáveis

O Espírito Santo não é simplesmente uma pessoa, Ele é como o Pai e o Filho, As Sagradas Escrituras claramente apresentam Suas características divinas. Os atributos incomunicáveis são exclusividades de Deus, apenas Ele os possui: a onipresença, a onipotência, a onisciência, a soberania e a eternidade. (At 5.3,4; Hb 9.14; Rm 15.19; At 1.8; Rm 8.11; 1 Co 2.9-11; Sl 139.7,8).

 

2.2. Atributos comunicáveis

Os atributos comunicáveis são aqueles que Deus compartilha com Sua criação, como o amor, a bondade, a misericórdia, a sabedoria e a santidade (Rm 5.5; Sl 143.10; Ef 2.4; 1 Co 2.13; 12.8; 1 Co 6.14-20; 1 Pe 1.15,16).

 

 

  1. OS ATRIBUTOS DO ESPÍRITO SANTO NA POESIA HEBRAICA

Encontramos nos livro de Salmos, pelo menos, quatro menções diretas ao termo Espírito Santo.

Então, podemos entender que Ele também era reconhecido como Deus.

 

O salmista implorou a Deus: Não me lances fora da tua presença e não retire de mim o teu Espírito Santo (Sl 51.11). Davi sabia que o Espírito de Deus podia retirar-se dele por causa do pecado, como aconteceu com Saul (1 Sm 16.14).

O salmista indagou: Para onde eu irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face (Sl 139.7)? Ele reconheceu o atributo divino da onipresença. O Salmo 139 atribuído a Davi, é um salmo de sabedoria e de louvor descritivo. Essa mistura não é incomum nos Salmos (Sl 145, 146). O poema descreve os atributos do Senhor não como características abstratas, mas como qualidades reais, por meio das quais Ele se relaciona com Seu povo  (RADMACHER; ALLEN; HOUSE; Central Gospel, 2010a, p. 938).

O salmista pediu orientação ao Espírito de Deus a fim de que Ele o livrasse de seus inimigos: Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guia-me o teu bom Espírito por terra plana (Sl 143.10).

O salmista reconhece que a glória de Deus também se manifesta na Sua criação: Envias o teu Espírito e são criados, e assim renovas a face da terra. A glória do Senhor seja para sempre! Alegra-se o Senhor em suas obras (Sl 104.30,31)!

 

CONCLUSÃO

O Espírito Santo é o revelador da verdade, é fácil concluir porque Ele é o agente que conduz o homem a Cristo. Ele convence o homem do seu pecado (Jo 16.8-11), leva-o ao arrependimento, regenera-o (Tt 3.5) e santifica-o (2 Ts 2.13).

Assim, quando alguém entende que está perdido em seus delitos e pecados, arrepende-se e volta-se para Deus, confiando no sacrifício de Jesus; o Espírito Santo, que já vinha atuando no entendimento dessa pessoa no sentido de ela perceber o plano da salvação e aceitá-lo, vem, após a conversão, fazer morada no coração do novo convertido, fazendo-o compreender as Escrituras e a vontade de Deus e gerando-o espiritualmente para uma nova vida em Cristo.

Ao contemplarmos os atributos do Espírito Santo, reconhecemos que Sua essência é a mesma do Pai. Não há distinção entre eles, embora cada uma aja com intensões autônomas.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

 

  1. Quais são os dois tipos de atributos O Espírito Santo possui devido à Sua divindade?

 

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 3

 

 

 

As Representações do Espírito Santo

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Lições Bíblicas nº 61

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Jo 7.31-39

31 - E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito?

32 - Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem.

33 - Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou.

34 - Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou, vós não podeis vir.

35 - Disseram, pois, os judeus uns para os outros: Para onde irá este, que o não acharemos? Irá porventura para os dispersos entre os gregos, e ensinará os gregos?

36 - Que palavra é esta que disse: Buscar-me-eis, e não me achareis; e: Aonde eu estou vós não podeis ir?

37 - E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.

38 - Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

39 - E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.

 

TEXTO ÁUREO

"Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.", Salmos 46.4

 

COMENTÁRIO

 

Palavra introdutória

Deus é tão imenso que o nosso vocabulário não é capaz de explicá-lo com precisão. Então, para compreender melhor quem Ele é, temos de recorrer a artifícios que possam nos ajudar a entender um pouco da grandeza de Deus. Por isso, constantemente observamos os escritores da Bíblia usando linguajem figurada para descrever seus momentos de relacionamento com o Divino.

 

  1. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

 

1.1. O Espírito Santo é um rio que está em nosso meio

O texto do Salmo 46 traz um dos mais importantes símbolos do Espírito Santo, talvez o símbolo mais rico e de variadas aplicações sobre Ele. Nessa passagem, por exemplo, conseguimos entender que há um rio cujas águas alegram a cidade de Deus (Sl 46.4), isto é, simbolicamente, podemos ver a ideia de um Deus que habita e se move em meio ao Seu povo. Da mesma forma, o Espírito Santo habita e se move em nosso meio.

 

 

 

 

1.2. O Espírito Santo é a água que sacia a nossa sede

A água, como símbolo do Espírito Santo, constitui um importante ponto de referência para os estudiosos da Bíblia, considerando que alguns aspectos fundamentais do líquido ilustram grandes verdades sobre o Espírito Santo; por exemplo: a água é indispensável à sobrevivência humana.

Durante a conversa com a mulher samaritana, o Salvador disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna (Jo 4.13,14). Essa água que jorra para a vida eterna é o Espirito Santo. Ele é o único realmente capaz de saciar a profunda sede que temos de Deus.

 

 

 

 

1.3. O Espírito Santo é a chuva que prepara nossa vida

No Antigo Testamento podemos citar o profeta Joel como exemplo de quem usou essa simbologia para falar da conexão entre as chuvas e as promessas de Deus. Em seguida, o profeta cita o futuro derramamento do Espírito Santo, que ocorreu no Pentecostes (Jl 2.23,28).

No Novo Testamento, Tiago compara a espera pelas chuvas temporã e serôdia à espera pela segunda vinda de Jesus. Ele proclama que os cristãos devem aguardar pacientemente a vinda do Senhor assim como o agricultor aguarda com paciência que seus campos recebam as chuvas (Tg 5.1-11).

 

  1. OUTROS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

 

2.1. O fogo

O fogo também é um símbolo que representa o Espírito Santo. Ambos possuem propriedades semelhantes: aquecem, queimam, purificam e iluminam o caminho. Ele simboliza a energia transformadora das poderosas ações do Espírito.

Apesar de ser um elemento poderoso, o fogo do Espírito Santo pode ser extinto na vida de quem não se abstém da aparência do mal, ou seja, podemos ter nosso vínculo com o Espírito Santo diminuído se não vigiarmos e orarmos sempre (1 Ts 5.19).

 

2.2. O vento

Depois da Sua ressurreição, Cristo apareceu aos discípulos enquanto eles estavam reunidos. Jesus revelou-se, mostrou-lhes Suas cicatrizes, assoprou sobre eles e disse-lhes: recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).

Neste exemplo podemos entender que o vento assoprado por Cristo representa a sutil obra do Espírito, pois é um mistério invisível, poderoso e penetrante. Não podemos vê-lo, mas o sentimos e sabemos que Ele é real.

 

2.3. O óleo e o azeite

O óleo e o azeite são um precioso símbolo do Espírito Santo. No Antigo Testamento, eles eram frequentemente usados em momentos solenes, como a consagração de profetas (1 Rs 19.16), sacerdotes (Êx 30.30) e reis (1 Sm 16.13).

Nos tempos bíblicos, o azeite também era uma mercadoria usada para fins comerciais e econômicos (Lc 16.6), funcionava como combustível para lâmpadas (Mt 25.3) e como tratamento medicamentoso (Mc 6.13; Tg 5.14). Contudo, ao contrário do extrato da azeitona, o Espírito Santo não pode ser comprado nem comercializado. Ele está disponível gratuitamente a todos.

 

2.4. O selo

Em sua segunda carta à igreja de Corinto, o apóstolo Paulo comunica-se com os cristãos que congregavam ali, afirmando que eles eram selados por Deus e que Ele lhes deu o penhor do Espírito Santo (2 Co 1.22). O selo garantia a procedência e a inviolabilidade de uma carta. Normalmente, derretia-se um tipo de cera no documento e usava-se um elemento em auto-relevo para marcá-lo antes do seu endurecimento.

O apóstolo usou essa simbologia para explicar que o selo do Espírito Santo autentica e assegura a quem pertencemos. O Espírito Santo sela o crente em Jesus Cristo, dando-lhe garantia, proteção e direito de propriedade. Ele personaliza o possuidor e é expressão da autoridade de Deus sobre os Seus (2 Tm 2.19; Ap 7.3).

 

CONCLUSÃO

A rica linguagem bíblica sobre os símbolos do Espírito Santo pode-nos dar uma breve dimensão de como Deus paira sobre a Sua criação, identificando-se com ele e atuando a fim de que todos sejam alcançados pela mensagem das boas novas de salvação de Cristo. Seja como a brisa suave de um vento ou como um poderoso fogo consumidor, o Espírito Santo está disponível para se relacionar conosco. Nem sempre sabemos como Ele se revelará em  nosso relacionamento, mas podemos ter a certeza de que ficaremos bem e seremos tratados com muito amor.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

 

  1. Quais símbolos do Espírito Santo você consegue identificar nessa lição?

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 4 GOSPEL

 

 

 

O Espírito Santo na Antiga Aliança

__/___/____

 

Lições Bíblicas nº 61

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Is 44.1-8

1 - Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, e tu, ó Israel, a quem escolhi.

2 - Assim diz o Senhor que te criou e te formou desde o ventre, e que te ajudará: Não temas, ó Jacó, servo meu, e tu, Jesurum, a quem escolhi.

3 - Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.

4 - E brotarão como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas.

5 - Este dirá: Eu sou do Senhor; e aquele se chamará do nome de Jacó; e aquele outro escreverá com a sua mão ao Senhor, e por sobrenome tomará o nome de Israel.

6 - Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.

7 - E quem proclamará como eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir.

8 - Não vos assombreis, nem temais; porventura desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Porventura há outro Deus fora de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.

 

TEXTO ÁUREO

"Sim, fizeram os seus corações como pedra de diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito por intermédio dos primeiros profetas; daí veio a grande ira do Senhor dos Exércitos.", Zc 7.12

 

COMENTÁRIO

 

 

 

Palavra introdutória

Vimos bem rapidamente, em lições anteriores, algumas citações e algumas referências ao Espírito Santo no Antigo Testamento. Agora, no entanto, traremos uma perspectiva mais panorâmica dentro desse tema.

Não estudaremos livro por livro do Antigo Testamento. Manteremos, para fins didáticos, as seguintes divisões: Pentateuco, Livros Históricos, Livros Poéticos e Livros Proféticos.

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NO PENTATEUCO

 

1.1. Em Gênesis

E Gênesis, lemos que o Espírito de Deus atuou principalmente na criação do universo (Gn 1.2). A fé cristã começa com a confissão de que Deus é o criador dos céus e da terra. Na perspectiva cristã, as primeiras histórias de Gênesis estabeleceram o palco para o desenrolar do drama redentor narrado na Bíblia.

 

1.2. O Êxodo

Em Êxodo, o Espírito Santo aparece como especial cooperador do propósitos divinos (Êx 31.1-11), capacitando pessoas, por exemplo, na construção do tabernáculo, que representava a maneira como Deus habitaria entre o Seu povo e como a comunhão da nação com Ele deveria ser restaurada depois do pecado.

 

1.3. Em Levítico

Não vemos expressamente escrito o termo Espírito Santo nas páginas de Levítico, contudo, sabemos que esse livro trata da santidade (Lv 19.2). Ele tem como contexto a caminhada do povo de Deus até Canaã, a Terra Prometida.

A genuína santificação não é possível sem o Espírito Santo. Ele é Deus, é parte da Trindade e estava presente, ainda que não manifestamente, ajudando aquele povo a seguir seu caminho em santidade.

 

1.4. Em Números e Deuteronômio

Números dedica seis capítulos (5-10) a instruções sobre a santificação do povo. Também nesse livro, vemos a ação colaborativa do Espírito na capacitação de homens para o ministério, como vemos no exemplo de Josué, homem em quem há o Espírito (Nm 27.18). Como em Números, Deuteronômio ratifica que Josué estava cheio do espírito de sabedoria. A tarefa era árdua e o povo tinha um coração duro. Somente o Espírito de Deus poderia ajudá-lo a cumprir os planos divinos.

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NOS LIVROS HISTÓRICOS

Os 12 livros que compõem os livros históricos do Antigo Testamento oferecem um rico tesouro de informações sobre os líderes de Israel: juízes, reis, sacerdotes e profetas. Eles também abrem uma janela para a vida cotidiana do povo.

Os temas dos livros históricos giram em torno da atividade divina de chamar, escolher, punir, redimir e usar a nação de Israel como povo da aliança para cumprir Seus propósitos globais.

Nesses livros, a obra do Espírito Santo se vincula principalmente à vida dos profetas e dos reis. Por exemplo: o Espírito agiu na vida dos profetas Elias e Eliseu (1 Rs 18.12; 2 Rs 2.9,16); o Espírito entrou em Amasai para animar o rei Davi e lhe dar forças diante das dificuldades (1 Cr 12.18); o Espírito revestiu Zacarias, filho do sacerdote Joiada, a fim de advertir o rei Joás da sua idolatria (2 Cr 24.20).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NOS LIVROS POÉTICOS

A Bíblia como conhecemos agrupa cinco livros poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. Entre os livro poéticos, lemos que Jó reconheceu a participação do Espírito na criação do homem (Jó 33.4). Em Salmos, o autor afirma que o Espírito está presente na manutenção da vida (Sl 104.30). Em Provérbios, Salomão afirma que o Espírito de sabedoria que estava nele poderia ser derramado em quem se inclinasse às suas orientações (Pv 1.23).

 

 

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NOS LIVROS PROFÉTICOS

Nossa Bíblia inclui cinco livros de profetas maiores (Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel). As mensagens deles servem-nos de lembrete de que todas as nações são responsáveis diante de Deus por seus comportamentos e suas políticas.

Sobre os profetas menores, três tem como foco o reino do norte, Israel (cuja capital era Samaria): Oseias, Amós e Jonas. Seis profetas menores têm como foco o reino do sul (cuja capital era Jerusalém): Joel, Obadias, Miqueias, Naum, Habacuque e Sofonias. Os três três últimos profetas menores (Ageu, Zacarias e Malaquias) têm como foco os exilados judeus que haviam retornado de Babilônia para reconstruir o templo e restabelecer Jerusalém.

Podemos ver a ação do Espírito em Zacarias, quando o profeta exorta o duro coração do povo, o qual sequer ouviu o que os profetas antigos disseram; em Miqueias, quando o profeta admoestou o povo por causa das injustiças que praticava (Mq 2.7); em Ezequiel, quando conduzi o profeta em sua missão (Ez 11.1).

O Espírito Santo é o grande responsável por fazer as vozes desses grandes homens reverberarem em nossos corações ainda hoje.

 

CONCLUSÃO

Não há como refutar que, ainda que discreto, ameno, modesto, ou mesmo invisível, o Espírito Santo sempre colaborou de alguma forma para os propósitos do Senhor, inclusive no Antigo Testamento.

Igualmente, nem sempre o percebemos agindo em nossa vida com Sua presença vigorosa e intensa, todavia, isso não que dizer que Ele não esteja atuando. É preciso ter fé, crendo que o Espírito está trabalhando, ainda que não o percebamos.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

 

  1. Quais foram as principais ações do Espírito Santo no Antigo Testamento?

 

 

                ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 5

 

 

 

O Espírito Santo na Nova Aliança

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Lições Bíblicas nº 61

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Atos 13.1-6,9-12

1 - E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.

2 - E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3 - Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

5 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.

6 - E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus,

9 - Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele,

10 - Disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?

11 - Eis aí, pois, agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão.

12 - Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor.

 

TEXTO ÁUREO

"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.", Lc 24.49

 

COMENTÁRIO

 

Palavra introdutória

A Bíblia Sagrada foi integralmente redigida sob a inspiração do Espírito Santo.

Vejamos, então, um pouco dessa revelação tão sublime que as Escrituras nos têm dado sobre a terceira pessoa da Trindade.

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NOS EVANGELHOS

Existe uma abundância de referências ao Espírito Santo nos Evangelhos, como: os quatro relatam que o Espírito desceu sobre Jesus após o Seu batismo (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32). Além disso, Ele atuou na vida de João Batista (Lc 1.15), gerou Jesus (Lc 1.35), ungiu o Mestre (Lc 4.18,19), guiou o Filho de Deus (Mt 4.1), conduziu o Cordeiro de Deus ao sacrifício por nós (Hb 9.14) e ressuscitou-o depois de tudo (Rm 8.11). O Espírito Santo é o prometido Consolador (Jo 14.16) profetizado pelo profeta Joel no AT (Jl 2.28), o qual foi enviado por Jesus (Jo 16.7).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NO LIVRO DE ATOS

Logo em Atos 1.2, somos informado de que Jesus deu mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos. Ele é mencionado novamente durante a escolha de um apóstolo que substituiria Judas (At 1.16). Atos 2 é um marco sublime, pois narra a descida do Espírito Santo sobre os cristãos, reunidos no cenáculo, no dia de Pentecostes. Nos relatos seguintes desse livro, temos a operação sobrenatural do Espírito Santo na vida dos apóstolos (At 2.43) e Sua capacitação aos cristãos para a expansão e a edificação da Igreja (At 6.10).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO EM ALGUMAS CARTAS PAULINAS

 

3.1. Aos Romanos

Na rica epístola aos Romanos, Paulo nos apresenta ao Espírito de santificação (Rm 1.4), o apóstolo nos informa que o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (Rm 5.5;8.2).

O Espírito que nos habita também nos identifica como pertencentes a Cristo e como filhos de Deus (Rm 8.9, 14,16) e garante a nossa futura ressurreição (Rm 8.11). Ele é intercessor (Rm 8.26,27). É vivendo no Espírito Santo que o cristão encontra justiça, paz e alegria verdadeiras (Rm 14.17).

 

3.2. Aos Gálatas

Gálatas guarda semelhança com Romanos. Em ambas as cartas, Paulo procura mostrar o contraste entre a vida no Espírito e a vida carnal (Gl 3.2,3,5). O Espírito também alcançou os gentios e permitiu que participassem das promessas de Deus a Abraão pela morte de Jesus (Gl 3.14).

 

3.3. Aos Tessalonicenses

Essa epístola é uma das cartas mais pessoais. Nela, Paulo falou que, apesar da tribulação, os tessalonicenses desfrutavam da alegria que provém do Espírito Santo (1 Ts 1.6) e ele também admoestou a Igreja a ser zelosa, a fim de que o Espírito não fosse extinto com o envolvimento em imoralidades (1 Ts 5.14-22)

 

3.4. A Timóteo e a Tito

As duas cartas a Timóteo são classificadas como pastorais. Na primeira, Paulo adverte sobre a apostasia nos últimos temos, como alertou o Espírito Santo (1 Tm 4.1). Na segunda, o apóstolo aconselha Timóteo sobre seu dom (2 Tm 1.6), o qual, sem dúvida, é a capacitação concedida pelo Espírito Santo a fim de que o jovem exercesse seu ministério.

Em Tito, o apóstolo menciona o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3.5).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO EM OUTRAS CARTAS

 

4.1. Aos Hebreus

A carta aos Hebreus afirma que o evangelho foi confirmado por Deus mediante sinais e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo (Hb 2.4; 3.7; 9.8; 10.15).

Em Hebreus 9.14, lemos que Cristo se ofereceu em sacrifício pelo Espírito eterno. Essa declaração também situa o Espírito Santo como agente executor da redenção.

 

4.2. Nas epístolas de Pedro

Em Pedro, também há referência à ação do Espírito Santo na ressurreição de Cristo (1 Pe 3.18), de cujas aflições participamos. Todavia, o sofrimento pela causa de Cristo deve ser motivo de alegria para o cristão (1 Pe 4.14).

 

4.3. Na epístola de Tiago

A carta de Tiago tem como tema a fé manifestada pelas boas obras. Para o autor, a vida espiritual tem de ser produtiva. Ao mesmo tempo, é uma vida que deve manter-se separada do mundo e antagônica ao pecado (Tg 4.4,5). A verdadeira vida no Espírito não comporta parceria com o mundo (Mt 6.24; Is 42.8).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO NO APOCALIPSE

Em Apocalipse o Espírito Santo é o responsável por proclamar a bem-aventurança acerca dos que morrem em Cristo (Ap 14.13). Com a esposa do Cordeiro, Ele faz o generoso convite: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida (Ap 22.17). A palavra Espírito aparece nove vezes em Apocalipse (2.7,11,17,29;3.6,13,22; 14.13; 22.17).

 

CONCLUSÃO

A apresentação do Espírito Santo nas páginas do Novo Testamento devem nos convencer do imenso privilégio que a Igreja possui por tê-lo atuando em sua expansão e edificação. Que saibamos valorizá-lo e que possamos caminhar ao lado dele continuamente, dispondo-nos para o Seu serviço na igreja e na evangelização do mundo.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

 

  1. Cite quatro exemplos na ação do Espírito Santo nos Evangelhos.

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 7 

 O Relacionamento com o Espírito Santo

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Lições Bíblicas nº 61

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Mateus 12.22-32

22 - Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via.

23 - E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?

24 - Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.

25 - Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.

26 - E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?

27 - E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes.

28 - Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.

29 - Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?

30 - Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.

31 - Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.

32 - E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.

 

TEXTO ÁUREO

"Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.", At 5.3,4

 

COMENTÁRIO

 

Palavra introdutória

Poucos exemplos sobre relacionamento com o Espírito Santo são tão marcantes quanto os que vemos nos relatos de Atos. São muitos os momentos em que vemos o Espírito do Senhor alcançando vidas e transformando corações: Sua descida no Pentecostes, a capacitação dos apóstolos, a expansão do evangelho de Jesus para lugares além de Jerusalém etc.

Esse mesmo poder do Espírito Santo encontra-se a nossa disposição hoje para nos tornar testemunhas mais eficazes de Cristo. Quanto melhor entendermos a forma como o Espírito operou no Pentecostes, mais capazes seremos de nos relacionar com Ele e de experimentar Seu poder. O ministério do Espírito é glorificar a Cristo na vida e no testemunho do cristão (Jo 16.14), e é isso o que importa (WIERSBE, Geográfica, 2007a, p. 526).

 

  1. O ESPÍRITO SANTO E O CRISTÃO

O Espírito Santo é a virtude derramada por Cristo sobre Seus seguidores . Ele é o responsável pela realização de prodígios e por mover o coração do crente na direção que o Senhor deseja.

 

1.1. O Espírito Santo é a única virtude

Desde o primeiro dia de seu estabelecimento, a Igreja está debaixo da administração do Espírito Santo, que cuida diuturnamente dela, abençoando os que se tornam parte do corpo de Cristo (At 11.26). A Igreja não teria sobrevivido por dois milênios sem a assistência do Espírito.

Filipe foi o primeiro a ativamente levar o evangelho para fora de Jerusalém (At 8.4-40). Por causa da perseguição que seguiu a morte de Estêvão, Filipe foi para a Samaria, onde realizava milagres e expulsava demônios. Muitos se tornaram cristãos, inclusive Simão, um mágico feiticeiro.

Em resposta à conversão dos samaritanos, Pedro e João vieram de Jerusalém, impuseram as mãos sobre os novos cristãos, e eles receberam o Espírito Santo. Quando Simão viu que o Espírito Santo era dado pelos apóstolos, ele ofereceu dinheiro para ter essa capacidade. Pedro falou duramente a Simão, dizendo-lhe da necessidade de arrepender-se de sua impiedade (At 7.18-25).

 

1.2. O mover do Espírito Santo não pode ser detido

Atos dos apóstolos começa com a transferência da responsabilidade e da autoridade para os apóstolos. Jesus os comissionou, subiu ao céu e o Espírito Santo desceu com poder para começar a salvar os judeus perdidos, primeiro, e depois trazer os gentios a salvação. A oposição rapidamente se levantou, tanto de dentro como de fora da Igreja. Contudo, o poderoso mover do Espírito Santo não podia ser detido enquanto a Palavra de Deus se espalhava e o número de discípulos crescia em Jerusalém (TOWNS, GUTIERREZ, Central Gospel, 2014, p. 94,97).

Hoje não somos mais uma igreja primitiva, como nos primórdios, mas o Espírito continua responsável por vocacionar homens e mulheres a fim de continuar a obra de Jesus no resgate dos perdidos, no acolhimento dos necessitados e na expansão do corpo de Cristo.

 

  1. PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

 

2.1. Resistir obstinadamente ao Espírito Santo

Ao longo dos séculos Israel se recusara submeter-se a Deus e a obedecer às verdades por Ele reveladas. Seus ouvidos não escutavam a verdade, seu coração não recebia a verdade e seu pescoço não se encurvava à verdade. Em decorrência disso, mataram o próprio Messias e, depois, ainda resistiram insistentemente contra o Espírito Santo.

A nação não quis aceitar a nova verdade que Deus vinha revelando ao longo das eras. Em vez de enxergar a verdade de Deus como uma semente que produz frutos e mais sementes, os líderes "embalsamavam" a verdade e se recusavam a aceitar qualquer coisa nova. Quando Jesus veio ao mundo, a verdade de Deus estava incrustada de tantas tradições que o povo não conseguiu reconhecê-la quando esta lhe foi apresentada. As tradições mortas dos homens haviam substituído a verdade viva de Deus (Mt 15.1-20).

 

2.2. Mentir ao Espírito Santo

O pecado de Ananias e Safira foi instigado por Satanás (At 5.3), uma questão extremamente séria. Se Satanás não consegue derrotar a Igreja com ataques externos, infiltra-se em seu meio e trabalha em seu interior (At 20.28-31).

O pecado do casal foi motivado pelo orgulho, algo que Deus considera particularmente abominável (Pv 8.13). Por certo, a igreja louvava ao Senhor pela oferta generosa de Barnabé quando Satanás sussurrou ao casal: "Vocês também podem desfrutar desse tipo de glória! Façam os outros pensarem que são tão espirituais quanto Barnabé!". Ao invés de resistirem às investidas de Satanás, Ananias e Safira cederam ao inimigo e planejaram uma estratégia, mas o seu fim foi trágico (WIERSBE, Geográfica, 2007a, p. 546,560).

 

2.3. Blasfemar contra o Espírito Santo

A blasfêmia contra o Filho do Homem é perdoada, mas não a blasfêmia contra o Espírito Santo? O segredo parece estar no título Filho do Homem, que descreve Jesus ou o Messias em termos humanos; Ele era um homem. Alguém pode analisar quem era Jesus e concluir que Ele não passava de um ser humano. No entanto, se o Espírito Santo convencer alguém que Jesus é mais do que um simples mortal, mas essa pessoa se recusar a aceitar o ministério do Espírito Santo, certamente não haverá perdão para ela (Mt 12.31,32).

O pecado contra o Espírito Santo é chamado de blasfêmia porque indica que uma decisão final e irrevogável foi tomada.

O pecado que não é perdoado é a rejeição obstinada da obra do Espírito Santo em convencer-nos do perdão que Cristo nos oferece. Referindo-se especificamente aos líderes de Israel, Jesus ofereceu a todos eles as provas que estavam esperando - o ministério de João, o testemunho do Pai, as profecias do Antigo Testamento, Seu próprio testemunho e a autenticação do Espírito Santo. Mas, já que eles rejeitaram todas as evidências de que Jesus era o Messias, nada mais lhes seria concedido (RADMACHER, ALLEN, HOUSE, Central Gospel, 2010, p.42).

 

2.4. Entristecer o Espírito Santo

Paulo apresenta alguns motivos pelos quais entristecemos o Espírito Santo. Em primeiro lugar, temos a amargura e a ira, elas entristecem o Espírito Santo. Ele habita dentro do cristão, e, quando o coração está cheio de amargura e de ira, o Espírito se entristece.

O Espírito Santo encontra Sua maior alegria em um ambiente de amor, alegria e paz, pois esses são o fruto do Espírito que Ele produz em nossa vida quando lhe obedecemos. O Espírito Santo não pode nos deixar, pois nos selou até o dia em que Cristo voltará para nos levar ao nosso lar.

Em segundo lugar, nosso pecado entristece nosso Mestre, que morreu por nós. Em terceiro lugar, entristece a Deus Pai, que nos perdoou quando aceitamos a Cristo. Paulo identifica, de maneira específica, a causa fundamental da atitude amargurada: nossa capacidade de perdoar. Um espírito rancoroso dá espaço ao trabalho do diabo e se torna um campo de batalha para os cristãos. Se alguém nos magoa, intencionalmente ou não, e não perdoamos essa pessoa, começamos a desenvolver uma amargura que endurece nosso coração. Devemos ter um coração terno e bondoso, mas, em vez disso, ficamos com o coração empedernido e amargurado (Ef 4.17-32).

 

CONCLUSÃO

Nessa lição, consideramos a importância do Espírito Santo como fundador da Igreja e como Seu mantenedor. Além disso, vimos que nossos pecados podem retirar nossa alegria e atrapalhar nosso relacionamento com Ele. Somos selados pelo sangue de Jesus, pela operação do Espírito Santo, e Ele tem o propósito de caminhar sempre conosco, sem nunca nos abandonar. Contudo, devemos tomar certos cuidados e evitar que a mentira, a soberba, a blasfêmia e o coração duro impeçam que a virtude do Espírito se manifeste em nós.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

 

  1. Cite alguns tipos de pecados, relatados na lição, que atentam contra a santidade do Espírito e atingem nosso relacionamento com Ele?

 

  1. Por que o pecado contra o Espírito Santo é chamado de blasfêmia?

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 9 

O poder de Jesus para transformar a família

1º de Março de 2020

 

 

Texto Áureo

"Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.", João 2.11

 

Verdade Aplicada

A presença de Jesus em nossas vidas traz segurança. Além de revelar Sua glória e propósito para nossas famílias, Ele pode transformar o que for preciso.

 

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

 

JOÃO 2

2 - E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.

3 - E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.

7 - Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.

8 - E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.

9 - E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,

10 - E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

 

Introdução

Nos tempos de Jesus, os casamentos judaicos duravam uma semana. Deixar o vinho acabar em plena celebração era motivo de escárnio e socialmente uma situação embaraçosa. Feliz o casamento que conta com a presença de Jesus.

 

  1. Água transformada em vinho

Esse relato lança luz sobre a personalidade de Jesus, e três coisas iremos destacar a respeito desse fato maravilhoso que Jesus realizou: quando, onde e por que o milagre aconteceu [Jo 2.1-2].

 

1.1. Quando o milagre aconteceu?

O milagre aconteceu em um casamento. Não era comum na Palestina um casal de recém-casados sair em viagem de lua-de-mel; eles ficavam em sua casa; e, durante uma semana, mantinham abertas as portas da casa. A festa era um momento muito importante da cerimônia matrimonial. Grande quantidade de comida e bebida era consumida. Assim, a família tinha o dever de providenciar um banquete de acordo com o nível do padrão social exigido, como comentado na Bíblia de Estudo Arqueológica. Portanto, acabar o vinha sem a festa ter terminado, era motivo de aflição, desconforto e vergonha. Esse milagre é importante porque se estende além do simples ato de suprir uma necessidade humana e de salvar uma família de uma situação vexatória. Ele mostra como Cristo pode revelar Sua glória quando é convidado a participar das atividades de nossas relações [Jo 2.11].

 

1.2. Onde o milagre aconteceu?

Jesus era apenas um convidado, mas Sua presença ali fez toda a diferença. Convidar Jesus para as nossas casas é estar seguro de que o fim das coisas será surpreendente e glorioso [Ec 7.8; Jo 2.11]. O milagre ocorreu em uma aldeia a oeste do mar da Galileia, próxima de Nazaré, em uma região humilde. A atitude de Jesus em Caná da Galiléia, demonstra o que Ele pensa de um lar. A primeira grande vitória de um casal está em convidar Jesus para participar de suas bodas. Jesus é o elemento principal da felicidade em nossos lares. Nesse casamento Ele fez a diferença, como fará em qualquer outro que esteja presente.

 

1.3. Por que o milagre aconteceu

Segundo o Pr Renan Di Melo, Jesus manifestou Seu poder para evitar a tristeza e humilhação de uma família. Atuou movido pela simpatia, pela bondade e pela compreensão para com as pessoas que ali estavam. Em Jesus vemos Deus como um ser racional. Sua atitude demonstra que Ele era uma pessoa simples, que se alegrava em compartilhar Sua presença em lugares humildes [Jo 1.14]. O Senhor de toda vida, o Rei da glória, fez uso de Seu poder para salvar um casal da humilhação e da vergonha [Mc 10.27; Jo 2.11].

 

 

 

  1. A fé coopera com as obras

O relato do milagre em Caná nos oferece lições bem aplicáveis a nós, como: falar com Jesus sobre as dificuldades, fazer o que podemos segundo as orientações do Senhor e confiar que Ele é poderoso para transformar situações humanamente impossíveis.

 

2.1. Fazei tudo quanto Ele vos disser.

Para se alcançar grandes vitórias da parte de Deus, é preciso agir com humildade, fé e obediência. Encontramos nesse relato a recomendação de Maria aos serventes: "Fazei tudo quanto ele vos disser" [Jo 2.5]. Esta recomendação é perfeitamente aplicável a todas as famílias de hoje. Feliz é o lar que procura viver segundo as diretrizes da Palavra de Deus e que mesmo nos momentos de aflição não se afasta das diretrizes divinas. Foi um milagre discreto. Somente algumas pessoas sabiam o que estava ocorrendo. Coisas extraordinárias podem acontecer em nossos lares quando agirmos em unidade, fé e confiança em nosso Senhor [Tg 2.22,26].

 

2.2. Crer acima das circunstâncias

O poder criador de Deus é tão grandioso que foge à nossa percepção. Quando tudo era caótico, Ele com apenas uma palavra colocou tudo em ordem [Gn 1.2-3]. Teria Ele mudado? Claro que não [Hb 13.8]. E o que mudou? Talvez tenha sido a nossa forma de vê-lo. A informação de Maria foi: "Não tem vinho". As palavras de Maria nos remetem a situações nas quais as pessoas avaliam como se fossem definitiva. Notemos que a questão não era que tinha "pouco vinho", mas "não tem vinho". Tinha acabado. Quantas vezes famílias vivenciam momentos que parece não ter mais jeito. Contudo, aprendemos que podemos falar com Jesus, Nele confiar e continuar a obedecê-lo, mesmo que pareça que não há mais o que fazer [Jo 11.40].

 

2.3. A fé não nos dispensa de agirmos

Encerrando este tópico, contextualizando o relato bíblico do casamento em Caná, podemos refletir sobre a importância de agirmos visando uma contínua avaliação sobre o "estoque" do vinho (alegria, carinho, entusiasmo, respeito, atenção) no casamento e a necessária ação preventiva para que não acabe. Portanto, a primeira providência talvez seja desfazer a ilusão de que o estoque em um casamento é inesgotável. A partir desta consciência, vem, então, a avaliação e as ações, como por exemplo: o casal orar juntos sobre o matrimônio; cultivar um diálogo aberto pra identificar possíveis mágoas e feridas, visando tratá-las com perdão e esclarecimentos; manter o hábito de elogios mútuos e palavras carinhosas; além de muitas outras atitudes.

 

 

 

  1. Lições para minha família

Há vários exemplos na Bília de situações difíceis envolvendo famílias. Precisamos conhecer os relatos bíblicos, identificar os princípios e aplicar a Palavra de Deus em nossos dias.

 

3.1. A realidade da vida nesta terra.

Pensemos nos preparativos das famílias envolvidas no casamento em Caná da Galileia, no investimento feito e na expectativa do grande momento. Contudo antes do término da festa, o "vinho" acabou. Nem sempre as coisas acontecem exatamente como planejamos. Quantas surpresas desagradáveis e inesperadas! É preciso enfrentar também esses momentos de forma diferente de como o mundo vivencia, pois afinal, somos discípulos de Cristo [Jo 16.3]. Infelizmente, não são poucos que se dizem cristãos agindo de forma precipitada e sem considerar os princípios bíblicos quando se defrontam com problemas familiares.

 

3.2. O poder da renovação.

O cristão crê que pode aprender e crescer no enfrentamento dos mesmos segundo as orientações bíblicas, no lugar de desanimar e achar que está tudo perdido [Rm 8.28; 10.13]. O vinho produzido por Jesus era comprovadamente melhor que o primeiro e causou admiração ao mestre-sala. Jesus sempre terá uma fase melhor para nossas vidas, não importa o que já vivemos. Devemos sempre estar com nossos odres preparados, porque Ele tem "um vinho" que ainda não provamos.

 

3.3. Estejamos atentos aos propósitos de Deus.

Os propósitos de Deus vão além do benefício imediato ou do momento que está sendo vinvenciado. Interessante notarmos João 2.11: "...manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele". Como já vimos nas primeiras lições da presente revista, família é parte do grande e perfeito plano de Deus, não a sua totalidade. O propósito do milagre em Caná estava além de prover vinho: glória e fé! Que o agir de Deus em nossa família, Seu socorro e Sua providência em nosso lar contribuam para que estejamos firmados no Senhor e no Seu propósito para cada membro da família.

 

CONCLUSÃO

Como reacender a chama do amor em nossos relacionamentos? O ponto principal é nunca deixar Jesus fora deles, pois não importa o que estiver acontecendo, Jesus sempre sabe transformar as situações mais complicadas de nossas vidas e dar-lhes novo sentido e alegria [Jo 10.10].