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Lições biblicas CPAD provisão de Deus 4 trim-2016
Lições biblicas CPAD provisão de Deus 4 trim-2016

              LIÇÕES BIBLICAS ADULTOS CPAD

       4 TRIMESTRE 2016 A PROVISÃO DE DEUS

                        LIÇÕES ADULTOS 4 TRIMESTRE

 

Lição 1 - A Sobrevivência em Tempos de Crise

Lição 2 - A Provisão de Deus em Tempos Difíceis

Lição 3 - Abraão, a Esperança do Pai da Fé

Lição 4 - A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício

Lição 5 - As Consequências das Escolhas Precipitadas

Lição 6 - Deus: O Nosso Provedor

Lição 7 - José: Fé em Meio às Injustiças

Lição 8 - Rute, Deus Trabalha pela Família

Lição 9 - O Milagres Está em Sua Casa

Lição 10 - Adorando a Deus em Meio a Calamidade

Lição 11 - O Socorro de Deus para Livrar o seu Povo

Lição 12 - Sabedoria Divina para Tomada de Decisões

Lição 13 - A Fidelidade de Deus

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

 

Lição 1: A sobrevivência em tempos de crise

Data: 2 de Outubro de 2016 

 

 

TEXTO ÁUREO 

“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

 

VERDADE PRÁTICA 

As crises podem ser superadas com sabedoria, fé e com a ajuda de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Hc 1.1,2

O questionamento e o silêncio de Deus em meio à crise 

Terça — Hc 1.3,4

Um profeta entristecido em meio à crise de violência e corrupção 

Quarta — Hc 2.2

A resposta de Deus em meio à crise

Quinta — Hc 1.13

Deus usa o ímpio, em meio à crise, como instrumento de correção 

Sexta — Hc 3.17,18

A fé na provisão de Deus em tempos de crise 

Sábado — Hc 3.19

Deus é a nossa força em tempos de crise

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Habacuque 1.1-17.

 

1 — O peso que viu o profeta Habacuque.

2 — Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?

3 — Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.

4 — Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.

5 — Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.

6 — Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas.

7 — Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza.

8 — Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais perspicazes do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; sim, os seus cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se apressam à comida.

9 — Eles todos virão com violência; o seu rosto buscará o oriente, e eles congregarão os cativos como areia.

10 — E escarnecerão dos reis e dos príncipes farão zombarias; eles se rirão de todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.

11 — Então, passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados, atribuindo este poder ao seu deus.

12 — Não és tu desde sempre, ó SENHOR, meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó SENHOR, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.

13 — Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?

14 — E farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?

15 — Ele a todos levanta com o anzol, e apanha-os com a sua rede, e os ajunta na sua rede varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.

16 — Por isso, sacrifica à sua rede e queima incenso à sua draga; porque, com elas, se engordou a sua porção, e se engrossou a sua comida.

17 — Porventura, por isso, esvaziará a sua rede e não deixaria de matar os povos continuamente?

 

HINOS SUGERIDOS 

50, 140 e 474 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Mostrar que as crises que enfrentamos em nossa nação e no mundo são resultado do mundo decaído.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Reconhecer que a crise é uma realidade do mundo atual;
  2. Mostrar que a crise é consequência do pecado;

III. Explicar o porquê das crises política, econômica e espiritual.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito das crises que nossa nação e o mundo vêm enfrentando: crise espiritual, política e econômica. O comentarista do trimestre é o pastor Elienai Cabral — escritor e conferencista da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Aproveite o tema do trimestre para mostrar aos seus alunos que o mundo está em crise, mas os céus não. Deus é Soberano e Senhor. Ele tem o suprimento para todos aqueles que nEle confiam.

 

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO

 

Neste trimestre, estudaremos as crises que o mundo decaído vem enfrentando ao longo do tempo. Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Não estamos sozinhos em meio às crises. Sabemos que o Brasil enfrenta uma séria crise política, moral e econômica sem precedentes. Já se fala em 13 milhões de desempregados. Muitas empresas estão fechando suas portas; a indústria não consegue escoar a produção, pois o comércio não tem para quem vender os produtos. E o resultado é a tão temida recessão econômica. A crise também tem afetado a área da saúde. Os que buscam os hospitais públicos sofrem nas filas de espera. Faltam médicos, remédios e leitos, e muitas pessoas morrem sem conseguir atendimento. A Educação também tem enfrentado crises. Vivemos em uma sociedade caótica, porém temos um Deus que cuida de nós. É o que veremos nesta lição.

 

 

PONTO CENTRAL 

A crise espiritual, política e econômica que o mundo enfrenta é consequência do mundo decaído. 

 

  1. A CRISE COMO UMA REALIDADE 
  1. Deus criou um mundo perfeito. Deus criou um mundo perfeito e nele colocou o homem, para cuidar da criação e com ela habitar. Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo. Por um período de tempo (não sabemos quanto tempo), Adão e Eva viveram sem crise e em harmonia, governando o mundo. Todavia, Adão e Eva caíram na tentação do Diabo, desobedecendo à ordem de Deus. Com o pecado veio o juízo divino sobre Adão, Eva e a serpente. A terra também sofreu as consequências do pecado (Gn 3.17). O pecado deformou a raça humana e fez com que o mundo viesse experimentar as diferentes crises que temos visto. A primeira crise que Adão enfrentou foi no seu relacionamento com sua esposa, Eva. Adão culpou a Deus e a mulher pelo seu erro (Gn 3.12). Em meio às crises, sejam elas de diferente ordem, temos a tendência de sempre culpar alguém.
  2. Uma sociedade em crise. Com a Queda, vieram os males e as crises, que assolam a Terra até os dias atuais. A apostasia tornou-se universal. Hoje parece não haver mais limites ao adultério, a imoralidade e a corrupção. O homem está cada dia mais distante de Deus e cometendo toda sorte de torpeza. Nossa geração assemelha-se a dos dias de Noé. Contudo, Deus está no controle. O Dia do Senhor virá e a sua justiça será feita. Vivemos em uma sociedade corrupta e perversa, mas não pertencemos a este mundo, por isso, não podemos nos conformar com a sua maneira de pensar e agir (Rm 12.2).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A crise que atinge o mundo é real e é consequência da Queda. 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Adão e Eva tentaram igualar-se a Deus e determinar seus próprios padrões de conduta (Gn 3.22). O ser humano, através da Queda, tornou-se até certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal. Neste mundo, o julgamento ou discernimento humano, imperfeito e pervertido, constantemente decide sobre o que é bom ou mau. Tal coisa nunca foi da vontade de Deus, pois Ele pretendia que conhecêssemos somente o bem, e para isso, dependendo dEle e da sua palavra. Todos quantos confessam Cristo como Senhor, retornaram ao propósito original de Deus para a humanidade. Passam a depender da Palavra de Deus para determinarem o que é bom” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.38).

 

CONHEÇA MAIS 

Habacuque

“Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605 — 597 a.C.). O livro é o único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas sim a um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: ‘Por que Deus castigaria o seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele?’. No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o requer: independentemente das circunstâncias”. Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1336.

 

  1. A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO PECADO

 

  1. A crise na sociedade antediluviana. Depois da Queda, o pecado se alastrou pela raça humana como um vírus letal (Gn 6.5). Porém, o mundo antediluviano ainda não vivia o caos. Segundo as Escrituras Sagradas não havia fome e a saúde do homem era boa, pois a expectativa de vida era bem elevada, chegando quase a mil anos (Gn 5.27). Embora houvesse provisão, saúde e expectativa de vida, o homem continuava longe de Deus e entregue a toda a sorte de torpeza. A terra encontrava-se corrompida e cheia de violência (Gn 6.11). Muitos, erroneamente, acreditam que a violência é consequência da modernidade e do capitalismo. A violência é consequência do pecado e da dureza do coração do homem, que vive longe do Criador. Dizendo isso, não estamos negando que a pobreza, o desemprego e a falta de acesso à educação contribuem para o aumento da violência.

Deus é santo e não pode tolerar o pecado, por isso, decidiu frear a maldade do homem trazendo o dilúvio (Gn 6.13). Mas Deus também é misericordioso. Em sua bondade e misericórdia, Ele determinou que Noé construísse uma arca. A arca serviria para abrigar Noé e sua família, os animais e todos aqueles que acreditassem na pregação do servo de Deus. A arca era um refúgio contra a ira de Deus. Mas aquelas pessoas não creram nas advertências de Noé e não quiseram buscar refúgio em Deus. Somente Noé e sua família foram salvos das águas do dilúvio formando uma nova civilização.

  1. Crise na sociedade pós-dilúvio. Noé repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado em seu coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio Noé. O servo do Senhor plantou uma vinha, fez vinho e se embriagou (Gn 9.20,21). Seu filho Cam, vendo o pai bêbado, expôs a sua nudez. Cam foi amaldiçoado por Noé (Gn 9.25), numa mostra clara de que o pecado traz maldição para a família e para a nação. Muitas vezes a crise é consequência do pecado.

Os homens se estabeleceram na antiga planície da Suméria e não demorou muito para iniciarem a construção de uma torre. Esse era um monumento para engrandecimento do homem. Era a busca pelo poder. Muitos, na atualidade estão construindo monumentos para si mesmo (casas, carros importados, joias, roupas de grife), mas não ajudam aqueles que estão necessitados. Deus não se agradou desse projeto arrogante e fez com que cada um falasse uma língua diferente, dificultando o ajuntamento das pessoas em um só lugar. A sociedade pós-diluviana não se tornou melhor do que a antediluviana, pos a iniquidade humana continuou a crescer.

  1. Crise nos tempos de Jesus e na Igreja Primitiva. Jesus nasceu na terra de Israel, em uma região conhecida como Palestina. O Filho de Deus veio ao mundo em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social, moral e espiritual. Mas, em meio às crises a luz raiou dissipando as trevas e trazendo esperança para a humanidade. Nos dias de Jesus, havia muitos pobres e necessitados. Por isso, o Mestre ensinava que era preciso cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías (Is 58.6,7). Não adiantava dizer que eram filhos de Abraão, caso não desfizessem o jugo do oprimido e repartissem o pão com o faminto. Isso nos faz lembrar que a fé sem as obras é morta (Tg 2.15-17).

A Igreja Primitiva enfrentou uma terrível perseguição. Havia muitos necessitados, todavia os irmãos acudiam os pobres e necessitados. Em tempos de crise, os bens eram partilhados (At 4.34,35). É em meio à crise que podemos ver o quanto as pessoas são generosas. A generosidade aliada à comunhão fazia com que muitos fossem atraídos a Jesus Cristo, contribuindo para o crescimento da igreja.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

 

A crise é uma consequência do pecado.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

“Maldade e violência

Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade é rasab, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas. Quando qualquer sociedade é marcada por situações frequentes de maldade e violência corre o risco de receber o juízo de Deus.

Noé deve ser honrado por sua constante fidelidade. Ele trabalhou durante anos na construção da arca numa planície sem água (Gn 6.3). Ele deve ter sofrido zombaria sem piedade dos seus vizinhos, nenhum dos quais respondeu às suas advertências acerca do juízo divino. Contudo, Noé não deixou de confiar em Deus. Manteve uma postura obediente. Percebemos a qualidade de nossa fé quando passamos por provações” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29). 

III. A CRISE

 

  1. A crise política. Israel enfrentou uma terrível crise política depois da morte de Salomão. Roboão, o filho sucessor, pede conselhos aos anciãos, mas ignora as orientações deles. Ele prefere seguir os conselhos de seus amigos (1Rs 12.10). Roboão buscou fazer aquilo que era melhor para si e não para o seu povo. Os resultados foram os piores possíveis. A nação foi dividida, afastando o povo de Deus. Essa divisão perdurou por muito tempo trazendo dor e sofrimento para todos. Quando homens insensatos assumem o poder, toda a nação sofre as consequências.

Atualmente, o Brasil está enfrentando uma crise política sem precedentes. Ela tem sido destaque nos principais jornais do mundo. A cada dia surge um novo escândalo. Estamos vivendo um momento muito delicado. A corrupção tem se alastrado como um câncer, atingindo todos os poderes. Como Igreja do Senhor, temos que orar em favor da nossa nação e lutar contra toda a forma de corrupção, pois temos um Deus que é santo e que abomina tal condição. Quando escolhemos, de forma errada, uma pessoa para nos representar tanto no Executivo quanto no Legislativo, a injustiça se alastra e muitos problemas surgem, como os que ocorreram em Israel (Dt 16.18-20; Is 1.23).

  1. A crise econômica. Muitos países já enfrentaram terríveis crises econômicas ao longo dos anos. Nas Escrituras Sagradas, encontramos, no livro de Gênesis, a extraordinária crise de alimentos pela qual passou toda a terra (Gn 41.55,56). Porém, a crise foi revelada a Faraó por intermédio de um sonho (Gn 41.1-8). Deus deu a José a interpretação do sonho e ele foi levantado como governador do Egito. José recebeu de Deus sabedoria para administrar em tempos de crise. A crise foi tão intensa que pessoas de todas as terras se dirigiam ao Egito para comprar alimento (Gn 41.57).

No Brasil, a crise econômica que estamos enfrentando está diretamente ligada à crise política. Segundo alguns economistas, o “Brasil não sairá da crise econômica se não resolver a crise política e ética”. Em meio à crise não podemos nos desesperar nem nos entristecer. Precisamos orar e confiar no Deus de toda provisão.

  1. A crise espiritual. No texto bíblico dessa lição, o profeta Habacuque, que viveu e ministrou em Judá, questionou a Deus a respeito da crise que seu povo estava enfrentando. O profeta estava em meio a uma sociedade agonizante, e por isso, desejava algumas respostas de Deus. Muitas vezes, como Habacuque, diante do caos também nos perguntamos: “Por que Senhor?”. O profeta ficou perturbado ao ver que os ímpios prosperavam e os justos iam mal. Deus, entretanto, ouviu os questionamentos do profeta. Ele ouve e responde nossas indagações, embora nem sempre tenhamos as respostas no momento em que queremos. O Senhor não deixou Habacuque sem resposta (Hc 2.1,2). O Senhor falou que o seu julgamento viria sobre Judá. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12).

Habacuque questiona a Deus, porém ele era um homem de fé. Suas indagações não eram resultado de dúvida ou incredulidade. Ele confiava que Deus poderia suprir as necessidades do seu povo mesmo não florescendo a figueira e não havendo fruto na vide (Hc 3.17). Mesmo que não houvesse provisão, ele continuaria confiando na fidelidade do Senhor. Confiar em Deus em tempos de abundância é relativamente fácil; difícil é continuar confiando na provisão em meio à escassez.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

A crise que a nossa nação está enfrentando é espiritual, política e econômica.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“O profeta Habacuque viveu em Judá, provavelmente durante o reinado de Josias. Todavia, apesar do verniz superficial da religião, essa sociedade foi arruinada pela injustiça.

No passado, muitos profetas já haviam identificado e condenado duramente a sociedade injusta de Judá, mas foi sobre o governo de Manassés, avô de Josias, que a sociedade hebraica comprometeu-se com a idolatria, atrelada aos males sociais. Josias, que assumira o trono aos oito anos de idade, conclamou a nação a que voltasse para Deus. Após ter encontrado um livro perdido da lei de Deus, extirpou a idolatria, restabeleceu o Culto no Templo e empenhou-se na administração da antiga lei de Deus. Muito embora, todos esses procedimentos não tenham conseguido eliminar a corrupção, profundamente enraizada entre o povo e suas instituições.

Habacuque, ao rogar a Deus por uma explicação do porquê Ele permitiria que o iníquo pecasse e o inocente sofresse, recebe a resposta. Na época, Deus estava preparando os babilônios para ingressarem no rol das potências mundiais. O Senhor usaria as forças armadas desses pagãos para que seu próprio povo fosse punido. Habacuque entendeu o plano de Deus, pois o uso de nações inimigas para disciplinar Israel e Judá era um precedente bem arquitetado. Não obstante, havia ainda um problema de ordem moral que perturbava o profeta. Como poderia Deus usar um povo menos justo para disciplinar o mais justo? Desde o início, este tema palpitante tem causado preocupação aos crentes de uma forma ou de outra. Por que permitiria Deus que o iníquio alcançasse sucesso neste mundo? Por que Ele não tomaria atitude alguma de sorte que os bons e não os ímpios prosperassem? As respostas que encontramos em Habacuque deixam evidente que o ímpio não será bem-sucedido, pois não há quem, bom ou mau, que possa evitar a mão disciplinadora do Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.560).

 

CONCLUSÃO

 

O mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é soberano e não perdeu o controle da situação. O governo está em suas mãos. O Dia do Senhor virá e os justos e ímpios terão a sua recompensa. Não desanime. Confie, pois em breve o Senhor virá em nosso socorro.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito da sobrevivência em tempos de crise, responda:

 Qual era a missão de Adão antes da crise se instalar na Terra?

Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo. 

As crises enfrentadas no mundo são consequência de quê?

São consequência da Queda. 

A sociedade pós-diluviana tornou-se melhor que a antediluviana?

Não! O homem continuou a pecar de forma deliberada contra Deus.

 

Quais eram as crises e conflitos no tempo de Jesus?

A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social, moral e espiritual.

 

Quem Deus usou para administrar a crise de alimentos no Egito?

José recebeu de Deus sabedoria para administrar a crise.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

A sobrevivência em tempos de crise

 

Estamos vivendo tempos de crise! A Palavra de Deus relata várias vezes que esses tempos não seriam uma novidade para a Igreja de Cristo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1). Seriam tempos marcados pela avareza dos homens, presunção, soberba, blasfêmia, ingratidão, profanação, desobediência aos pais, calúnia, traição, obstinação. Um tempo onde o ser humano olhará mais para si mesmo do que para o outro. Entretanto, nas palavras de Jesus, que é espírito e vida, há uma exortação para nós: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Em Cristo somos convidados a ter paz em meio à “guerra” e às demais lutas enfrentadas em nosso dia a dia. Por quê? Ora, as Escrituras Sagradas nos apresentam um Deus onisciente, isto é, que sabe de todas as coisas, que não é pego de surpresa e que em tudo conhece a nossa fragilidade e limitação.

As Escrituras também nos mostram um Deus pessoal, que apesar de ser onipotente, transcendente, soberano e todo-poderoso, se aproxima do seu povo, pois “eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem seu ouvido agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1).

A lição do presente trimestre traz uma proposta para o povo de Deus refletir a respeito de um Deus que provê. Aqui há uma excelente oportunidade de nos reencontrarmos com um tema sempre presente ao longo da teologia prática da igreja pentecostal. Nossa mensagem sempre proclamou a intervenção de Deus na história. 

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPA DADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 2: A provisão de Deus em tempos difíceis

Data: 9 de Outubro de 2016

 

TEXTO ÁUREO

 

“E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2.17).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Igreja de Jesus Cristo é o farol para um mundo em trevas e decaído.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Jo 10.10

Vida abundante em meio a um mundo em crise 

Terça — 2Co 9.8

Toda a suficiência em meio a um mundo em crise 

Quarta — Ef 3.20

O poder abundante de Deus em meio a um mundo em crise 

Quinta — Fp 4.19

Deus suprirá todas as coisas em meio a um mundo em crise 

Sexta — Sl 132.15

Deus farta de pão o necessitado em meio a um mundo em crise 

Sábado — Jo 10.11

O Bom Pastor cuida de suas ovelhas em meio a um mundo em crise

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Êxodo 16.1-15.

 

1 — E, partidos de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois que saíram da terra do Egito.

2 — E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.

3 — E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera que nós morrêssemos por mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.

4 — Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.

5 — E acontecerá, ao sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.

6 — Então, disse Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o SENHOR vos tirou da terra do Egito,

7 — e amanhã vereis a glória do SENHOR, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o SENHOR; porque quem somos nós para que murmureis contra nós?

8 — Disse mais Moisés: Isso será quando o SENHOR, à tarde, vos der carne para comer e, pela manhã, pão a fartar, porquanto o SENHOR ouviu as vossas murmurações, com que murmurais contra ele (porque quem somos nós?). As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra o SENHOR.

9 — Depois, disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos para diante do SENHOR, porque ouviu as vossas murmurações.

10 — E aconteceu que, quando falou Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram para o deserto, eis que a glória do SENHOR apareceu na nuvem.

11 — E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:

12 — Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão, e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus.

13 — E aconteceu que, à tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; e, pela manhã, jazia o orvalho ao redor do arraial.

14 — E, alçando-se o orvalho caído, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra.

15 — E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes, pois, Moisés: Este é o pão que o SENHOR vos deu para comer.

 

HINOS SUGERIDOS

 

35, 467 e 609 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL 

Mostrar que Deus tem provisão, mesmo em um mundo em crise, para aqueles que creem.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Reconhecer a provisão divina em um mundo em crise;
  2. Compreender que o mundo atual está caótico;

III. Explicar as características do mundo atual.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Prezado professor, na lição de hoje vamos estudar a respeito da crise econômica que o mundo atual enfrenta, em especial o Brasil. Segundo os especialistas a crise econômica brasileira é resultado da crise política. Mas sabemos que ela é na verdade consequência da ganância e da corrupção dos homens que não temem a Deus. É resultado da Queda. Contudo, não importa o tamanho e a extensão da crise que estamos enfrentando; Deus tem sempre a provisão para o seu povo. O Senhor supriu as necessidades dos israelitas durante quarenta anos no deserto. Supriu as necessidades do profeta Elias em Querite, enviando pão e carne. Deus não mudou. Ele continua abençoando e suprindo as necessidades dos seus filhos. Toda crise é ruim, mas em meio a elas podemos ver o agir de Deus. Em meio às crises nossa fé é fortalecida.

 

COMENTÁRIO  INTRODUÇÃO

 

Estamos vivendo em um mundo em crise. Mas o Reino de Deus não está em crise. Não podemos nos esquecer que não estamos sozinhos nesse mundo tenebroso. O Senhor Jesus prometeu estar conosco até a consumação dos séculos. Mesmo vivendo em um mundo decaído, podemos contar com a proteção, provisão e cuidado do Pai Celeste. 

PONTO CENTRAL

 

Podemos ver a provisão de Deus mesmo vivendo em um mundo em crise. 

  1. PROVISÃO DIVINA EM UM MUNDO CAÓTICO

 

  1. A provisão de Deus no deserto. Temos um Deus que supre as nossas necessidades. Durante quarenta anos o Senhor sustentou o seu povo no deserto. Todos os dias, com exceção do sábado, os israelitas recebiam o maná e cordonizes para o seu sustento (Êx 16). A provisão era diária. Não faltou água, alimento, roupa e calçado até o dia em que chegaram à Terra Prometida. Porém, no meio do povo de Deus sempre há pessoas incrédulas e murmuradoras. Os israelitas não demonstraram gratidão pela provisão divina; diante de alguma dificuldade, logo murmuravam e reclamavam de Deus. Qual tem sido sua atitude diante das crises?
  2. A provisão de Deus para Elias em Querite (1Rs 17.1-6). Certo dia, Elias profetizou para o rei Acabe dizendo que não choveria por um bom período de tempo. Acabe sabia que a falta de chuva ia mexer com a economia do seu reino. Haveria um período difícil de escassez. Então, Deus mandou que o profeta Elias se escondesse junto ao ribeiro de Querite (v.3). Elias obedeceu a Deus. A obediência nos faz experimentar a provisão de Deus. Quem está em desobediência dificilmente desfrutará da provisão divina. O servo do Senhor bebia das águas do ribeiro, e a cada manhã comia da comida que os corvos lhe traziam. Elias experimentou a provisão de Deus.
  3. A provisão de Deus para Elias em Sarepta (1Rs 17.8-16). Elias não podia aparecer publicamente, pois Acabe estava à sua procura. Depois que o riacho de Querite secou, Deus ordenou que o seu profeta se dirigisse à aldeia de Sarepta. Perto dos portões da cidade, ele encontrou uma viúva que recolhia gravetos. Como no ribeiro de Querite, a provisão de Deus veio de forma inusitada. Deus havia utilizado corvos para alimentar o profeta. Agora uma viúva deveria cuidar de Elias. Em geral, as viúvas dependiam dos seus filhos e parentes para sua sobrevivência. Ao chegar à casa da viúva, Elias lhe pede água e pão. A mulher respondeu que não tinha pão. Em sua casa, havia apenas um punhado de farinha e um pouco de azeite. Então, o profeta desafia aquela mulher a assar primeiro um pão para ele. A mulher acreditou na palavra do profeta. Para ver a provisão divina é preciso crer. A provisão de Deus veio para Elias e para viúva que o acolheu. A farinha e o azeite da mulher não se acabaram até o dia em que as chuvas voltaram a cair. 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

 

Podemos experimentar a provisão divina mesmo vivendo em um mundo caótico. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“Não há que duvidar que o tempo todo Deus sabia como alimentaria os israelitas no deserto. Quando murmuraram, o Senhor revelou seu plano de fornecer pão dos céus para colherem a porção para cada dia. Até no fornecimento de pão Deus faria uma prova: Queria ver se o povo andaria em sua lei ou não. No sexto dia, as pessoas achariam quantidade suficiente de pão para durar dois dias, em cumprimento da lei do sábado.

Deus queria que estes israelitas soubessem que aquele que os tirou do Egito ainda estava com eles. À tarde sabereis e amanhã vereis. A glória mencionada no versículo 7 diz respeito à realização da mão de Deus no suprimento do pão, ao passo que a glória referida no versículo 10 era a manifestação especial de Deus na nuvem.

Moisés repreendeu os israelitas por murmurarem contra ele e Arão, pois nada significavam — era Deus quem os conduziriam. Quando Deus lhes desse carne e pão para comer, eles saberiam que o Senhor ouviria as murmurações feitas contra ele. De certo modo, fornecer comida desta maneira era uma repreensão. Deus não forneceu comida só porque reclamaram; Ele queria que soubessem que Ele era o Senhor e que não estava contra seus servos, mas contra quem murmurava.

Os filhos de Israel seriam humilhados diante de Deus. Arão os reuniu, dizendo: Chegai-vos para diante do Senhor, porque ouviu as vossas murmurações. Quando se aproximaram e olharam para o deserto, de repente a glória do Senhor apareceu na nuvem. A prova inconfundível da presença de Deus na coluna de fogo autenticou as palavras de Moisés e preparou o povo para a glória mais encoberta de milagre que ocorreria. A glória do Senhor deu a estes fracos seguidores de Deus de ver o mal dos seus corações quando contemplassem a fidelidade de Deus para com eles. Com a realização do milagre da carne e do pão, eles saberiam que o Senhor era o seu Deus. Ele teve paciência com estes crentes fracos, cuja fé necessitava de crescimento; em outra época, depois de terem tempo para amadurecer (Nm 14.11,12), eles foram punidos por causa da permanência na incredulidade” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2005, pp.175,76).

 

CONHEÇA MAIS 

Uma grande estiagem

Baal e Aserá eram deidades da natureza, suspeitos de controlar as chuvas e a fertilidade da terra. Ao anunciar uma estiagem no nome do Senhor, Elias demonstrou conclusivamente que Iahweh, e não Baal, é supremo. Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.234.

 

  1. UM MUNDO CAÓTICO

 

  1. O mundo jaz do Maligno. João, o apóstolo de Jesus Cristo, declarou qual é a situação deste mundo: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19). Satanás é o deus deste século. Ele é o responsável pelas diferentes tragédias que assolam a humanidade. Muitos podem dizer que as tragédias e as crises são resultado apenas da ação do homem, mas não podemos nos esquecer de que Satanás usa os homens para matar, roubar e destruir (Jo 10.10).
  2. O mundo globalizado. Com certeza você já deve ter ouvido falar a respeito da globalização. Mas sabe o que significa? Existem vários conceitos para definir esse termo. Vejamos o conceito segundo o dicionário Houaiss: “Ato ou efeito de globalizar(-se). Espécie de mercado financeiro mundial criado a partir da união dos mercados de diferentes países e da quebra das fronteiras entre esses mercados”. A ideia de globalização surgiu da consolidação do sistema capitalista, e um dos seus objetivos é a padronização de ideias e valores.
  3. Tempo de mudanças. Ao longo da sua história, a humanidade experimentou diferentes transformações na área tecnológica, científica, econômica e social. Essas mudanças acabaram trazendo crises de ordem social, econômica e política.

A era moderna foi marcada pelo avanço do conhecimento científico, pelo advento da industrialização, pela predominância da luta ideológica e, especialmente, pela expansão da fé cristã, como também pela proliferação das seitas e das religiões orientais.

Na atualidade, temos experimentado o progresso cientifico e tecnológico, mas também crises econômicas e éticas sem precedentes. O apóstolo Paulo, profeticamente, falou a respeito desses tempos, referindo-se a eles como trabalhosos e difíceis. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

O mundo está caótico, estamos vivendo tempos difíceis. 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

“Novo Cenário Mundial

A unificação das duas Alemanhas; o desmantelamento do império soviético; o fim oficial da política do Apartheid na África do Sul; as disputas étnicas e territoriais em regiões como a Bósnia Ezergovina; o conflito entre judeus e árabes pelo reconhecimento de um Estado Palestino; a Guerra do Golfo, que, com o final da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, fez nascer um novo oponente para os americanos; a luta por reconhecimento por parte do povo e a democratização das antigas ditaduras latino-americanas são apenas alguns dos exemplos das mudanças que têm ocorrido no cenário mundial.

Com a formação de blocos de países, como o MCE — Mercado Comum Europeu (conhecido também como Unidade Europeia); o NAFTA — North American Free Trade Agreement, ou Acordo de Livre Comércio da América do norte e o MERCOSUL (do qual o Brasil é importante membro), entre outros, as relações entre os países deixaram de ser meramente bilaterais.

Elas passaram a fazer parte de um contexto muito maior, no qual a globalização de mercados é a principal prioridade. Em blocos, os países menos fragilizados diante de potências economicamente mais forte, e com maior poder de barganha” (AYRES, Antônio Tadeu. Reflexos da Globalização sobre a Igreja: Até que ponto as últimas tendências mundiais afetam o Corpo de Cristo? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.20). 

III. CARATERÍSTICAS DO MUNDO ATUAL

 

  1. Uma sociedade centrada no homem. Vivemos em uma sociedade em que o antropocentrismo prevalece. A palavra antropos significa “homem”, e antropocentrismo traz a ideia do homem como o centro de tudo. Certo filósofo pré-socrático declarou que “o homem é a medida de todas as coisas”. Tal ideia faz do homem o centro do Universo. Sabemos que o homem é falho e finito. Deus, o Criador, é o soberano. Deus, o Pai, tornou seu Filho Jesus, a razão e o centro de toda a criação. Paulo, escrevendo aos Colossenses afirmou: “Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17). Os humanistas, na verdade são “amantes de si mesmos” (2Tm 3.2). O humanismo deve ser repudiado pela liderança da igreja e por seus membros.
  2. Uma sociedade relativista. O relativismo ético e moral nega a existência de verdades absolutas, especialmente, os princípios e ensinos imutáveis da Palavra de Deus. O certo e o errado se confundem, pois as verdades passam a ser relativas. Aqui há a negação de qualquer lei superior para orientar a vida das pessoas. Por isso cremos que o relativismo tem causado danos aos crentes em nossos dias.
  3. Uma sociedade secularizada. Segundo o pastor Claudionor de Andrade o secularismo é a “doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos”. Essa doutrina também perverte os nossos valores cristãos. Ela corrompe as verdades bíblicas para perverter a igreja e desviá-la da fé cristã, pois o secularismo valoriza a forma em detrimento do conteúdo.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

O antropocentrismo, o relativismo e a secularização são características do mundo atual.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO

 

Professor, é importante que o conceito de antropocentrismo, relativismos e secularismo sejam bem trabalhados nesse tópico. Se desejar, copie no quadro e leia as definições para seus alunos. Leia com atenção as definições:

“Antropocentrismo — [Do gr. antropos, homem; do gr. kentron, centro + ismo]. Perspectiva teológica-filosófica que coloca o homem como centro do universo, descartando, na prática, a ideia de um Deus bom, justo e que se interessa pelos negócios humanos. O antropocentrismo leva sempre em consideração o que declarou o filósofo grego Portágoras: ‘O homem é a medida de todas as coisas’.

Relativismo — [Do lat. relativas]. Concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente certo nem absoluto, por depender de contingências e condicionamentos. Sob esta ótica, caem por terra os princípios éticos da verdade. O relativismo moral tem sido utilizado pelos ditadores para destruir os princípios da liberdade e da fé em Deus.

Secularismo — [Do lat. seculu + ismo]. Doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. O secularismo, ou materialismo, tem o homem, e somente o homem, como a medida de todas as coisas. Pode ser considerado sinônimo de humanismo” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Bíblico Teológico. 8ª Edição. RJ: CPAD, 1999, pp.45,253,261).

 

CONCLUSÃO

 

Mesmo vivendo em um mundo em crise, podemos contar com a provisão de Deus. Vivemos neste mundo, mas não podemos concordar com a sua maneira de pensar (Rm 12.2). Temos que priorizar e manter sempre o fundamento do Evangelho que recebemos.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito da provisão de Deus em tempos difíceis, responda: 

O que Deus enviou para sustento do seu povo no deserto?

Deus enviou o maná (pão) e as codornizes (carne).

 Quem todos os dias levava provisão para o profeta Elias?

Os corvos. 

Depois de Querite, Elias foi enviado para qual lugar? Quem o sustentou ali?

Elias foi para Sarepta e foi sustentado por uma viúva. 

Defina, de acordo com a lição, globalização?

Segundo o dicionário Houaiss, globalização é o “ato ou efeito de globalizar(-se). Espécie de mercado financeiro mundial criado a partir da união dos mercados de diferentes países e da quebra das fronteiras entre esses mercados”.

 

Cite três características do mundo atual.

Antropocentrismo, relativismo e secularização.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

A provisão de Deus em tempos difíceis

 

A Palavra de Deus mostra que o sistema de vida do mundo é corrupto, materialista e se encontra completamente desvirtuado da vontade de Deus, que pode ser conhecida por intermédio da vida e obra de Jesus Cristo. O apóstolo João caracteriza esse mundo como um grande sistema de vida regido pela “concupiscência da carne”; isto é, todos os desejos possíveis e impossíveis que a natureza humana e carnal impulsiona; pela “concupiscência dos olhos”, quando os olhos físicos apenas desejam aquilo que satisfaça física e materialmente o ser humano; a “soberba da vida”, quando o acúmulo de bens materiais toma-se o sentido de toda a existência (1Jo 2.16). Todas essas características confirmam a natureza caída do ser humano pecador.

Entretanto, o apóstolo afirma no versículo 17 que o mundo passa, bem como a sua concupiscência, mas quem faz a vontade do Pai permanece para sempre. Ou seja, quem tem a mente e o coração voltados para Deus, possui o Espírito de Cristo e não se deixa escravizar pela concupiscência da carne, dos olhos e da soberba da vida. Não é mais escravo da carne, mas servo disponível para fazer a vontade de Deus para sempre.

A realidade caótica desse mundo prova o quanto a Bíblia, a Palavra de Deus, tem razão em descrever a malignidade e a perversidade em que se encontra o mundo moderno. Um mundo, onde não há a valorização da vida, onde pessoas preferem defender o Meio Ambiente (que é uma defesa legítima e urgente), a crianças indefesas (liberação do aborto); onde uma sociedade esmaga a espiritualidade interior, pois seus anseios são voltados para o interesse gélido do homem moderno (uma sociedade antropocêntrica); onde tudo se relativiza, os absolutos do ponto de vista moral e éticos são ignorados em nome de uma suposta pluralidade, mesmo que esta seja perversa e maligna em sua legitimidade; onde uma sociedade é secularizada, pois obriga o homem de fé a vivê-la enclausurado em sua vida particular (tolera-se a fé enquanto ela não incomode).

Mas é nesse mundo de crise e caótico que somos desafiados a viver o Evangelho e caminhar em provisão da parte de Deus. Nosso Senhor, no Sermão do Monte, nos convida a sermos “sal da terra” e “luz do mundo”, um candeeiro que ilumina toda uma região obscurecida por densas trevas. A trilharmos um caminho onde Deus proverá tudo o que for necessário para a nossa sobrevivência tanto do ponto de vista humano quanto do ponto de vista espiritual.

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 

4º Trimestre de 2016

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 3: Abraão, a esperança do Pai da Fé

Data: 16 de Outubro de 2016

 

TEXTO ÁUREO

 

“Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hb 11.8).

 

VERDADE PRÁTICA 

A fé que Abraão tinha em Deus fez com que ele vencesse todos os obstáculos em sua caminhada.

 

LEITURA DIÁRIA

 Segunda — Gn 12.1

Deus separa e chama Abraão

Terça — Gn 12.2,3

A promessa divina na vida de Abraão 

Quarta — Gn 12.4,5

Abraão parte acreditando na promessa 

Quinta — Gn 12.7

Deus confirma a promessa na vida de Abraão 

Sexta — Gn 15.2

Abraão tem que aguardar a promessa de Deus em sua vida 

Sábado — Gn 22.1,2

A difícil prova que Abraão teve que enfrentar

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 12.1-10.

 

1 — Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.

3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

4 — Assim, partiu Abrão, como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.

5 — E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.

6 — E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam, então, os cananeus na terra.

7 — E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.

8 — E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.

9 — Depois, caminhou Abrão dali, seguindo ainda para a banda do Sul.

10 — E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra.

 

HINOS SUGERIDOS

 

49, 383 e 432 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Ressaltar que a fé de Abraão o fez vencer os obstáculos.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Mostrar como se deu a chamada de Deus na vida de Abraão;
  2. Compreender como se deu a provisão de Deus na vida de Abraão;

III. Explicar as promessas de Deus na vida de Abraão.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito da provisão de Deus na vida de Abraão. O patriarca deixou sua cidade natal e foi para uma terra que Deus o mostraria. Abraão foi conduzido pela fé. Embora demonstrasse ter uma fé viva, ele teve que enfrentar muitos impedimentos em sua jornada até a Terra Prometida. Ter fé não significa que não teremos obstáculos em nossa marcha. Mas, sem fé não conseguiríamos transpor as barreiras. Em nossa caminhada neste mundo também temos que enfrentar muitos entraves, muitas crises. Contudo, não estamos sozinhos. O Deus que guiou e abençoou Abraão está conosco. Não tema as crises e não permita que venham impedi-lo de caminhar. Veja as crises como uma oportunidade para fortalecer a sua fé e conduzi-lo a uma experiência ainda maior com o Deus de toda a provisão.

 

COMENTÁRIO  INTRODUÇÃO

 

Deus escolheu e chamou Abraão quando ele ainda vivia em Ur dos Caldeus. Abraão pertencia a uma família pagã. Porém, ele acreditou em Deus de todo o coração. Decidiu obedecê-lo, tornando-se o pai de uma importante nação, Israel. Por intermédio de Israel, todas as nações da terra seriam abençoadas e restauradas. Deus tinha um plano perfeito para a vida de Abraão e para a humanidade.

Abraão saiu da sua terra e do meio da sua parentela para um lugar que ele não conhecia. É preciso fé para obedecer a Deus e cumprir toda sua vontade. 

PONTO CENTRAL

 

A fé de Abraão fez com que ele vencesse obstáculos. 

  1. A CHAMADA DE DEUS (Gn 12.1-3)

 

  1. Um projeto divino. Deus tinha um projeto para resgatar o homem pecador. Abraão fazia parte desse projeto. Nada do que acontece na terra é surpresa para Deus. Ele tudo sabe e tudo vê. O Senhor não foi pego de surpresa quando Adão pecou. Abraão fazia parte de um projeto divino de salvação. A partir dele surgiria uma família que se tornaria um povo especial do qual, no tempo próprio, sairia o Salvador do mundo, Jesus Cristo.
  2. O desafio de acreditar no projeto divino. Abraão foi desafiado a crer e obedecer, embora não conhecesse todo o projeto que Deus tinha para sua vida. Porém, o Senhor estava à frente desse projeto. Abraão deveria apenas acreditar no plano divino e obedecer, tendo a certeza de que nada lhe faltaria em sua jornada de fé. Segundo Lawrence Richards, “o exame à vida de Abraão nos dá ideias que podem transformar a nossa própria caminhada com Deus”.
  3. Um projeto para abençoar as nações. Ao escolher Abraão, Deus não queria trazer favores e privilégio apenas a ele e sua descendência. O projeto do Senhor era imenso e alcançava todas as nações da terra (Gn 12.3). 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Deus escolheu e chamou Abraão para um grande projeto. 

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO

 

“Abraão

Abrão, cujo nome Deus mais tarde mudou para Abraão, nasceu em uma das fabulosas cidades do mundo antigo, Ur. Nos dias de Abrão, 4.100 anos passados, Ur era o centro de uma rica cultura, uma cidade localizada ao longo do rio Eufrates, que ostentava uma arquitetura monumental, enorme riqueza, moradia confortáveis, música e arte. Em sua terra natal, Abrão ‘servia a outros deuses’ (Js 24.2). No entanto, quando recebeu o chamado de Deus, Abrão deixou sua civilização e peregrinou para Canaã, onde viveu como nômade em tendas por quase cem anos. Abrão trocou a desvanecente glória deste mundo por um relacionamento pessoal com Deus — e ganhou fama imortal. Hoje ele é reverenciado por adeptos de três grandes religiões mundiais: judaísmo, islamismo e cristianismo. O Antigo Testamento o reconhece como patriarca do povo escolhido de Deus, os judeus. E o Novo Testamento o dignifica como o pai espiritual de todos que ‘andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai’ (Rm 4.12).

Qual a importância de Abraão para nós? Primeiro, não podemos entender o Antigo Testamento até que o notemos como a realização na história das promessas que Deus deu a essa figura altaneira. Segundo, quando meditamos nos relatos sobre Abraão, encontramos muitos princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento pessoal com o Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.33).

 

CONHEÇA MAIS

 

Ur dos Caldeus

“A cidade de Ur desempenha um papel pequeno na história do Antigo Testamento, porém bastante significativo. Quando Deus resolveu escolher um homem e uma família como ancestrais da nação de Israel, esse homem foi Abrão e a família foi a família de Tera. Todos eles eram semitas ocidentais (ou amorreus), embora nessa época estivessem vivendo no sul da Mesopotâmia, dentro dos limites ou nas proximidades da cidade sumeriana de Ur”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1977.

 

  1. A PROVISÃO DE DEUS

 

  1. Abraão sai da sua terra (Gn 12.4-8). Abraão saiu da sua terra, Ur dos Caldeus e foi para Harã. Ele deveria ter saído apenas com sua mulher, Sarai, mas acabou levando seu pai e seu sobrinho, Ló. Os primeiros passos de Abraão revelam tanto fraqueza pessoal, como um caráter forte e determinado. Abraão não era perfeito, assim como nós, porém confiava que Deus estaria com ele em sua caminhada. Também tinha plena certeza na provisão divina. Por isso, não hesitou em levar seu pai e seu sobrinho. Depois da morte de seu pai, Tera, em Harã, Abraão ouve a voz de Deus e vai para Siquém, na terra de Canaã. Deus reafirmou suas promessas e lhe mostrou toda a terra dos cananeus como a terra prometida para ele e seus descendentes. Nesta terra “de leite e mel” não lhe faltou oposição. As promessas de Deus não são garantia de que não enfrentaremos crises, dificuldades e oposição. Em Siquém, Deus lhe apareceu e reafirmou suas promessas. Abraão precisava de forças para prosseguir. Ele saiu de Siquém e foi para Betel (Gn 12.8). Ali, edificou um altar, mostrando a sua comunhão com Deus.
  2. Abraão enfrenta escassez em Canaã (Gn 12.9,10). Deus tinha uma promessa na vida de Abraão, mas isso não impediu que ele enfrentasse problemas e provações. A primeira provação foi ter que deixar sua terra, sua parentela e seus amigos. A segunda era a esterilidade de sua esposa e a fome na terra. O crente fiel também enfrenta crises e provações. O Senhor estava treinando seu servo. Devido à fome, Abraão tomou a decisão de ir para o Egito. A fartura que existia no Egito era semelhante a fartura do mundo, ilusória. No Egito, por pouco não perdeu sua esposa, pois, com medo, mentiu dizendo que Sara era sua irmã. Em nossa jornada também somos passíveis de cometer erros. Mas não temos mais prazer no pecado. Quando erramos só nos resta uma alternativa: arrependermos e confessarmos o nosso pecado e pedir o perdão de Deus (1Jo 1.9). Deus não desistiu de seu plano para com Abraão. O Senhor não desiste de você, ainda que tenha cometido alguns erros, como Abraão.
  3. Abraão enfrenta a esterilidade de sua esposa. Deus havia prometido que Abraão teria uma família numerosa, porém ele já estava com quase 100 anos, e não tinha herdeiros. Esperar o tempo de Deus nem sempre é fácil. As Escrituras Sagradas afirmam que a “esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida” (Pv 13.12). Quando todas as possibilidades humanas se esgotaram na vida de Abraão e Sara, Deus operou um milagre; Sara ficou grávida, e logo após Isaque nasceu. Isso nos mostra que para o nosso Deus não existe impossível. Ele é fiel.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

A provisão de Deus pode ser vista em cada fase da vida de Abraão. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Quando a fome chegou. Abraão foi para o Egito, lugar onde havia alimento. Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus havia chamado Abrão? Este foi um teste para a fé de Abrão que não questionou a liderança de Deus ao enfrentar a dificuldade e foi aprovado. Muitos crentes descobrem que, quando estão determinados a fazer a vontade de Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste assim, não tente repensar sobre a vontade de Deus. Use a inteligência que Ele deu a você e, como fez Abraão ao mudar-se temporariamente para o Egito, aguarde novas oportunidades” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2003, p.22).

 

III. AS PROMESSAS DE DEUS NA VIDA DE ABRAÃO

 

  1. “Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei”. Deus prometeu que a família de Abraão seria numerosa. Mas para que essa promessa se cumprisse, ele precisava obedecer a Deus. Obedecer a Deus pode representar um desafio a algumas pessoas, mas quem confia obedece. A obediência e a confiança em Deus nos fazem vencer as adversidades. Muitos querem as promessas do Pai, mas não querem trilhar o caminho da obediência. Mas devemos nos lembrar de que a desobediência é pecado e nos impede de recebermos as bênçãos divinas.

Abraão teve uma vida longa e também foi abençoado com riquezas (Gn 13.2). Mas, a maior bênção na vida de Abraão foi ele ter experimentado um relacionamento íntimo com Deus. Abraão conhecia ao Senhor a ponto de ter sido chamado amigo de Deus. Não há nada melhor do que uma vida de comunhão e intimidade com Deus.

  1. “Engrandecerei o teu nome”. O nome do patriarca Abraão é reverenciado no judaísmo, cristianismo e islamismo. Dele descendem dois povos: árabes e judeus. O Senhor é fiel e cumpriu com a sua promessa. Se Deus prometeu algo a você, não importa o quanto tenha que esperar, Ele vai cumprir. Vivemos em uma sociedade imediatista, onde as pessoas acham que esperar é perder tempo. Mas na vida espiritual, tudo acontece no tempo de Deus. Abraão confiou, obedeceu e foi honrado pelo Senhor.
  2. “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Jesus, o Salvador, nasceu em Belém e descendia de Abraão, pai de todos os judeus. A vinda de Jesus fora predita nessa promessa feita a Abraão. Em Jesus Cristo, todas as famílias da terra são benditas, pois seu sacrifício na cruz é suficiente para salvar tanto judeus como gentios. 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

As promessas de Deus na vida de Abraão foram muitas e o Senhor cumpriu todas elas.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“Em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.3). Esta é a segunda profecia das Escrituras sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo. O texto fala de uma bênção espiritual que virá através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta bênção se refere ao evangelho de Cristo, oferecido a todas as nações. A promessa de Deus a Abrão revela que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações com salvação. Deus está agora realizando os seus propósitos através de Jesus e seu povo fiel, que compartilha da sua vontade de salvar os perdidos, enviando pregadores para proclamar o evangelho a todas as famílias da terra” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.51). 

CONCLUSÃO

 

Abraão era um homem de fé. Ele trocou a glória passageira desse mundo para ter um relacionamento pessoal com Deus. Sua fé não impediu de enfrentar provações e crises. Todavia, ele continuou olhando para o céu, contando as estrelas e crendo no milagre de Deus e na sua provisão para todas as áreas da sua vida. A fé nos faz vencer as crises e esperar confiantes nas promessas do Pai. 

PARA REFLETIR

 

A respeito de Abraão, a esperança do pai da fé, responda:

 

Qual era a cidade natal de Abraão?

Ur dos Caldeus. 

Quem Abraão levou em sua jornada de fé?

Seu pai, sua esposa e seu sobrinho Ló. 

Qual foi a atitude errada de Abraão ao entrar no Egito?

Ele mentiu dizendo que Sara era sua irmã. 

Quais são as promessas de Deus a Abraão estudadas na lição?

“Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei”, “engrandecerei o teu nome” e “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. 

Qual era o projeto de Deus ao chamar Abraão?

Era fazer da descendência de Abraão um povo separado, e da semente dele enviar a Jesus Cristo, para salvar todas as famílias da Terra.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

Abraão, a esperança do Pai da Fé

 

Gênesis capítulo 12 narra a gênese da história da nação de Israel por intermédio da vida do patriarca Abraão. Seu pai, Tera, o chefe do clã da família de Abraão estabelecida em Ur dos Cadeus, tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair daquela terra a fim de ir à Canaã (11.31). Em Harã, uma importante cidade comercial da Síria, Tera morreu. Mas ali, Abrão recebeu uma palavra de Deus o exortando a sair de Harã e a prosseguir o caminho de seu pai para o lugar que o Senhor lhe mostraria, Canaã. Assim, o patriarca prontamente obedeceu a voz de Deus e tomou o seu sobrinho Ló, sua mulher. Sarai e todas as pessoas acrescidas à sua família em Harã e partiu para Canaã. Agora, Abraão seria um peregrino até chegar à terra que o Senhor havia prometido lhe dar.

Assumir o clã familiar por causa da morte de seu pai, reunir toda a família e tomar a decisão de continuar a jornada para uma terra completamente desconhecida, não era uma das tarefas mais fáceis. Quantas crises Abraão não enfrentou?! Inimigos vários, por exemplo. Afastamento de seu sobrinho para evitar uma crise maior entre os dois grupos; negociações políticas e comerciais para garantir a paz e o que havia conquistado mediante o seu esforço; tristeza na caminhada ao sepultar a sua amada esposa. Foi a partir desses muitos enfrentamentos com a realidade da vida que a fé de Abraão foi forjada e fortalecida. O apóstolo Paulo nos diz que “creu Abraão em Deus e isso lhe foi imputado como justiça” (Rm 4.3). A fé do patriarca foi agigantada na sua relação com o Pai e, por isso, tudo lhe ocorreu como resultado da iniciativa de o nosso pai na fé crer na promessa de Deus.

As promessas foram muitas: “Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei”; “Engrandecerei o teu nome”; “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. E todas foram poderosamente cumpridas. De Abraão, Deus formou uma grande nação e a abençoou, engrandeceu o nome dele e abençoou todas as famílias da terra, pois a salvação vem dos judeus, Jesus Cristo (Jo 4.22).

Entretanto, o escritor aos Hebreus nos lembra algo mui significativo na vida de fé de Abraão: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (11.13). Em uma sociedade tão imediatista como a nossa, faz todo sentido saber que o pai da fé Abraão não viu as principais promessas se cumprindo em sua vida peregrina pela terra.

fonte www.mauricioberwald.com

 

 

 ÕES BÍBLICAS CPAD  ADULTOS n.4

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 4: A provisão de Deus no Monte do Sacrifício

Data: 23 de Outubro de 2016 

 

TEXTO ÁUREO 

“E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos” (Gn 22.8).

 

VERDADE PRÁTICA 

A declaração de Abraão se cumpriu plenamente quando Cristo morreu na cruz para perdão dos nossos pecados.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Gn 22.3

A obediência de Abraão e a provisão no monte do sacrifício

Terça — Gn 22.6

Um altar é erguido no monte do sacrifício

Quarta — Hb 11.18

A fé do patriarca e a provisão no monte do sacrifício

Quinta — Gn 22.9

A obediência do filho e a provisão no monte do sacrifício 

Sexta — Gn 22.13,14

O cordeiro substituto no monte do sacrifício 

Sábado — Gn 22.17

A bênção de Deus no monte do sacrifício

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 

Gênesis 22.1-3.

 

Provérbios 23

1 — E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

2 — E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

3 — Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

 

HINOS SUGERIDOS 

57, 140 e 306 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL 

Ressaltar a provisão de Deus no monte do sacrifício. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. 

  1. Mostrar que é necessário ter fé para subir ao monte do sacrifício;
  2. Compreender que a fé de Abraão o fez vencer a provação no monte do sacrifício;

III. Explicar que Jesus é o Cordeiro de Deus que subiu ao monte do sacrifício por amor a nós.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Prezado professor, estudaremos a respeito da prova mais difícil enfrentada pelo patriarca Abraão. Ele durante anos enfrentou a crise da esterilidade de sua esposa e teve que esperar anos até que se cumprisse a promessa do seu herdeiro. O Deus que lhe deu de forma milagrosa um filho, seu único herdeiro, pede para que esse filho seja oferecido em sacrifício. Isso nos mostra que embora o Senhor nos ame, Ele também nos prova. Abraão foi provado e revelou o quanto amava a Deus. O Senhor era mais importante para ele do que o seu Isaque. Nunca permita que nada ocupe o lugar de Deus em seu coração.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar para a nossa salvação.

Deus estava provando a fé de Abraão, bem como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque. 

 

PONTO CENTRAL 

Pela fé Abraão pôde ver a provisão de Deus no monte do sacrifício. 

  1. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO 
  1. Abraão é provado. Abraão faz parte da galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o “pai da fé”. A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus, mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.
  2. No limite da capacidade humana. O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da sua capacidade espiritual e emocional.
  3. Um pedido difícil. O pedido de Deus parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus havia pedido, em holocausto, o seu único filho, “o filho da promessa”. Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

É necessário ter fé para subir o monte do sacrifício. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“A prova no limite da capacidade humana (1Co 10.13)

Abraão chegou ao máximo de sua capacidade emocional e intelectual para aceitar o desafio que Deus lhe fizera. Foi-lhe pedido algo impossível mediante a lógica do propósito divino para sua vida. Deus lhe pediu em holocausto ‘o filho da promessa’. Além da relação espiritual da existência desse filho, com a relação emocional familiar entre Abraão e Isaque e sua mãe, o velho Abraão não podia entender as razões de Deus. Era como se Deus estivesse pedindo devolução de algo que havia dado a Abraão. Isto se tornou um desafio a sua lógica, a sua racionalidade. Era, de fato, uma prova que superava todas as demais experimentadas pelo velho patriarca. Abraão pareceu chegar ao limiar da prova, do desânimo, da desistência. Na infinita sabedoria divina, somos conduzidos, às vezes, ao limite de nossa resistência para aprendermos a confiar no exaurível poder de sustentação de Deus. Quantas vezes confessamos nossas limitações e dizemos: ‘Não posso mais!’, ‘Não aguento mais!’, ‘Estou sem forças para reagir!’. Então Deus entra em ação e suaviza o nosso sacrifício. Ele não deixa que nossas resistências estourem sem que saibamos que Ele nos prova para que o conheçamos melhor” (CABRAL, Elienai. Abraão: As experiências de nosso pai na fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.173-74).

 

  1. PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO 
  1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. Esses três elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias, Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de operar um milagre.
  2. O clímax da prova. Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte, e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal (um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: “[...] Onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] “Deus proverá para si o cordeiro [...]” (Gn 22.8).
  3. O momento decisivo da prova. O caminho da obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha. Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Todo crente é provado pelo Senhor no monte do sacrifício.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Moriá

Este termo se aplicava à região onde Abraão ofereceu Isaque (Gn 22.2), e ao local do Templo de Salomão (2Cr 3.1). Alguns desafiaram esta identificação devido às variantes textuais em 2 Crônicas 3.1, e por causa de sua proximidade a Berseba. Entretanto, com um jumento carregado, Abraão poderia ter levado 3 dias para viajar 80 quilômetros de distância até Moriá (Gn 22.4). Não há opositores e nenhuma razão adequada para se duvidar de que o monte Moriá (Gn 22.2), a eira de Araúna, o jebuseu (2Sm 24.16), e o local do Templo de Salomão (2Cr 3.1) sejam praticamente idênticos” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1307).  

 

CONHEÇA MAIS

 

Cordeiro

“Por todo o Antigo Testamento, o cordeiro é tido como o animal preferido para o sacrifício. É o mais frequentemente especificado na lei levítica do sacrifício. Assim, é apropriado que o inocente, inofensivo cordeiro seja o principal símbolo sacrificial do Antigo Testamento. Jesus, o inocente Cordeiro de Deus, ofereceu-se como sacrifício por nós. Ele tomou nosso lugar, como o carneiro de Gênesis 22 tomou o lugar de Isaque. Através do seu sofrimento, o inocente Filho de Deus expiou nossos pecados e nos tornou limpos (Jo 1.29,36; 1Pe 1.19)”. Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.38. 

 

III. JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO 

  1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro, Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o perdão dos nossos pecados.
  2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro. O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16). Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a vida eterna.
  3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus. Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5.1). 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Jesus é o Cordeiro de Deus que foi imolado por nós no monte do sacrifício.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“Deus proverá (Gn 22.8)

‘Deus proverá’ (hb. Jeová-jiré), é uma expressão profética da providência divina de um sacrifício substituto, um carneiro (v.13). O cumprimento pleno da declaração de Abraão realiza-se quando Deus provê seu Filho Unigênito para ser o sacrifício expiador no Calvário, para a redenção da humanidade. Daí, o próprio Pai celestial fez aquilo que ele determinou que Abraão fizesse (Jo 3.16).

Isaque era um jovem nessa ocasião, perfeitamente capaz de resistir a seu pai, se assim quisesse. Mas, em total submissão a Deus e obediência ao seu pai, permitiu ser amarrado e deitado sobre o altar, assim como Jesus foi voluntariamente até à cruz.

As Escrituras dizem que Abraão ‘foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque’ (Tg 2.21). Isto é, a fé de Abraão manifestou-se em sincera obediência a Deus. O lado oculto da verdadeira fé salvadora, inevitavelmente se manifestará numa vida de obediência” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.64). 

 

CONCLUSÃO 

Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em consonância com as exigências divinas.

 

PARA REFLETIR 

A respeito da provisão de Deus no monte do sacrifício, responda: 

Deus nos dá tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.

Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13).

 

O que Deus pediu a Abraão?

Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta. 

Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?

Acredita-se que eles caminharam durante três dias. 

Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?

“Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8). 

Quem é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?

Jesus Cristo.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

A provisão de Deus no Monte do Sacrifício 

Um pai cheio de amor pelo seu filho sobe ao monte Moriá para entregá-lo a fim de obedecer a Deus. Isaque era o filho da velhice de Abraão e de Sara. Foi uma promessa feita por Deus quando eles não podiam gerar filhos. Mas num belo dia, Deus o pediu de volta. Entregá-lo a Deus significava sacrificar literalmente a vida do pequenino filho de Abraão. É claro que Deus nunca aceitou sacrifícios onde o ser humano era a vítima. É bom lembrar de que quando Deus deu a ordem a Abraão para entregar o seu filho não havia nenhum sistema de lei, nenhum código de preceitos promulgado por Moisés no livro do Êxodo. A relação de Abraão com o Eterno era face a face, ele e Deus somente. De modo que o sacrifício imposto por Deus a Abraão era para prová-lo, como Jesus Cristo foi provado na tentação do deserto. De antemão, Deus estava provendo um cordeiro para tomar o lugar de Isaque.

A história de Abraão torna-se uma metáfora em que Deus proveu o Santo Cordeiro para a humanidade inteira. O Pai entregou o seu único Filho em favor do ser humano caído. Foi a grande reconciliação entre Deus e o ser humano: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.13-16). Deus proveu o seu Filho como verdadeiro Cordeiro para nos reconciliar com Ele mesmo, sem imputar os nossos pecados e lançá-los em nosso rosto (2Co 5.19).

A maior necessidade que havia no coração humano, Deus a preencheu quando enviou o seu único Filho para morrer na Cruz em nosso lugar. A doutrina bíblica da Expiação de Cristo humilha por inteiro qualquer esforço do ser humano para salvar-se. Só Deus poderia suprir essa necessidade humana. Só o Pai poderia promover meios de não mais sermos achados perdidos, condenados e mortos para sempre. Por isso. Cristo chama todos os homens ao Arrependimento, pois a Expiação de Cristo só tem eficácia para o ser humano que se arrepende e crê no Filho de Deus.

Cristo Jesus é a maior provisão de Deus para o problema do pecado do ser humano! 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

 

 

Lição 5: As consequências das escolhas precipitadas

Data: 30 de Outubro de 2016

 

TEXTO ÁUREO

 

“O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura” (Pv 14.29).

 

VERDADE PRÁTICA 

Não sejamos precipitados em nossas escolhas, pois a precipitação gera crises e erros irreparáveis.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Pv 29.20

A precipitação é loucura e gera crise 

Terça — Gn 13.10

A escolha precipitada de Ló leva à crise 

Quarta — Gn 14.16

A escolha precipitada de Ló e o seu resgate 

Quinta — Jó 12.13

Os conselhos de Deus nos livram das crises 

Sexta — Sl 1.1-3

Meditar nos conselhos de Deus nos faz prosperar 

Sábado — Pv 16.1

A resposta certa vem de Deus e nos livra das crises

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 13.7-18. 

7 — E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os ferezeus habitavam, então, na terra.

8 — E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.

9 — Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.

10 — E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem-regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar.

11 — Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e apartaram-se um do outro.

12 — Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma.

13 — Ora, eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o SENHOR.

14 — E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;

15 — porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre.

16 — E farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada.

17 — Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei.

18 — E Abrão armou as suas tendas, e veio, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao SENHOR.

 

HINOS SUGERIDOS 

136, 151 e 440 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Mostrar que as escolhas precipitadas podem gerar crises em nossa vida.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Especificar que é necessário ter cuidado com as escolhas;
  2. Compreender que Ló foi traído por aquilo que viu;

III. Explicar porque Ló é um exemplo de prosperidade e perdas.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Você pede a orientação de Deus antes de tomar suas decisões e fazer suas escolhas? Então não terá dificuldade em trabalhar com seus alunos o tema da lição.

Uma escolha errada pode trazer prejuízos irreparáveis para a nossa vida. Ló, sobrinho de Abraão, é um exemplo bíblico dessa verdade. Ao se separar de seu tio ele escolheu um caminho que a seus olhos parecia ser o melhor. Ele não perguntou a vontade de Deus e não honrou Abraão, o chefe do clã, ao escolher primeiro as suas terras. Ló foi precipitado e seduzido pelo seu olhar. Não aja sem pensar e acima de tudo sem oração, pois Deus conhece todas as coisas. Ele sabe aquilo que é melhor.

Aproveite o tema da lição para ressaltar que as escolhas erradas podem trazer crises econômicas, espirituais e em diferentes áreas da nossa vida.

 

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO 

Deus chamou Abraão enquanto ele vivia em Ur dos Caldeus. O Senhor prometeu ao patriarca que sua descendência seria grande. Abraão pela fé partiu rumo à terra Prometida. Talvez ele devesse partir sozinho, mas levou seu pai e o seu sobrinho, Ló. Estes o acompanharam levando mulheres, filhos, servos, servas, gado e tudo quanto podiam carregar. Durante um bom tempo, Abraão e Ló caminharam juntos e unidos. Porém, as confusões e as brigas começaram a surgir entre os servos de Abraão e Ló. Na lição de hoje, veremos a discussão que levou Abraão a se separar do seu sobrinho Ló. Veremos também que o sobrinho de Abraão, Ló, em um gesto precipitado, tomou uma decisão que acabou por gerar uma crise terrível. 

 

PONTO CENTRAL 

A crise pode ser uma consequência das escolhas erradas que fazemos. 

  1. O CUIDADO COM AS ESCOLHAS 
  1. A prosperidade de Abraão. Deus fez de Abraão um homem próspero. Sua riqueza era resultado da sua obediência e confiança em Deus. Se Abraão não tivesse deixado Ur, obedecendo à voz divina, certamente não teria experimentado a provisão e a prosperidade do Senhor. A obediência a Deus nos faz prosperar. É importante ressaltar que o servo do Senhor não era um viajante solitário. Ele era o líder de um grande clã. Possuía muitos recursos e servos e servas.
  2. Abraão fez a escolha certa. Abraão deixou sua terra e sua parentela porque decidiu obedecer ao chamado de Deus. Embora não tivesse noção de para onde iria, decidiu confiar em Deus. Muitos estão enfrentando crises porque tomaram decisões sem consultar ao Senhor. Outros estão enfrentando dificuldades financeiras e familiares por desobediência a Deus. Contudo, é importante ressaltar que nem sempre as crises que enfrentamos são resultados da desobediência ou de escolhas precipitadas. Jó era um homem íntegro, obediente, porém experimentou terríveis crises em sua vida (Jó 1.1). Ele perdeu seus bens, seus filhos, sua saúde. Suas crises não foram resultado de decisões precipitadas.
  3. Abraão passa pelo Egito. Abraão também enfrentou algumas crises em sua vida. Porém, manteve sua fé em Deus. Ele não permitiu que as adversidades da vida matassem a semente da promessa que havia sido plantada em seu coração. Na vida, enfrentamos adversidades, contudo a nossa fé nos faz ter esperança e vencer os obstáculos. Abraão teve que descer ao Egito devido à fome, mas depois retornou com muitos bens (Gn 13.2). O Senhor fez Abraão prosperar mesmo estando no Egito. Ele ainda não estava na terra da promessa. Isso nos mostra que não importa o lugar em que estamos, o Senhor nos faz prosperar. A nossa prosperidade vem do Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Precisamos ter cuidado com as escolhas que fazemos. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

Professor, procure enfatizar neste tópico que “Deus disse a Abraão que deixasse a sua parentela e fosse para Canaã (Gn 12.1), mas o patriarca levou consigo seu sobrinho Ló. Entretanto, a separação de Ló foi necessária para assegurar as bênçãos materiais e espirituais prometidas por Deus a Abraão. Seus rebanhos cresceram bastante. Com isso, compartilhar pasto e água passou a gerar conflitos familiares. Logo fez-se necessária a separação entre tio e sobrinho. Deus convida Abraão a peregrinar por toda a terra e declara: ‘toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre’ (Gn 13.14-18)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.34). 

CONHEÇA MAIS

 

Sodoma, região escolhida por Ló

“A tradição localiza Sodoma na extremidade sul do Mar Morto. A desolação e a esterilidade dessa região fornecem um testemunho do julgamento pelo ‘fogo e enxofre’ sofrido por este local. Evidências geológicas nessa região de formações de sal, asfalto, enxofre e petróleo confirmam o registro bíblico. A parte oeste da região está dentro das fronteiras da moderna Israel. A cidade de Sidom funciona como um resort de saúde e um campo de repouso. Uma montanha peculiar quase exclusivamente de puro sal identifica Sodoma, e os guias locais referem-se a ela como ‘a mulher de Ló’”. Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD, p.1846. 

 

  1. LÓ É ATRAÍDO POR AQUILO QUE VÊ

 

  1. Briga entre os pastores de Abraão e Ló. Ao deixar o Egito, Abraão seguiu com sua família para o norte. Ele acampou próximo a Betel e ali encontrou o altar que havia construído para o Senhor (Gn 13.3,4). Naquele lugar, Abraão invocou o nome do Altíssimo, pois era um homem grato a Deus. A ingratidão nos impede de ver as maravilhas de Deus. Tanto Abraão como Ló haviam prosperado, possuindo servos, ovelhas e gado. Mas aquela prosperidade gerou uma crise entre o tio e o sobrinho, pois não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais, e em pouco tempo, os pastores de Abraão e Ló começaram a brigar. A contenda estava instalada na família, e era preciso tomar uma decisão.
  2. A decisão de Abraão. O patriarca logo tentou resolver a situação conflituosa. Ele não adiou o problema, mas chamou seu sobrinho para uma conversa. Abraão mostrou querer uma solução pacífica para a situação ao sugerir que cada um deveria escolher o próprio caminho.
  3. A escolha precipitada de Ló. Abraão, em um gesto de bondade e mansidão, fez a seguinte proposta ao sobrinho: “Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn 13.9). Parece que Ló não pensou muito. De forma precipitada, fez a sua escolha optando por aquilo que parecia ser melhor aos seus olhos (Gn 13.10). Ele não buscou a Deus para tomar a decisão. Também não honrou seu tio deixando que ele escolhesse primeiro. Ló foi seduzido pela aparência do lugar. Essa história nos deve servir de exemplo: Não tome decisões ou faça escolhas sem consultar ao Senhor. Não julgue as pessoas pela aparência. Parecia que Ló havia ficado com a melhor parte, mas ele não podia ver o coração perverso dos habitantes daquele lugar. O homem vê somente o exterior, mas Deus conhece o interior das pessoas.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Não seja atraído somente por aquilo que você vê. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abraão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse do círculo da família de Abraão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.

Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes seria visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pontilhados de muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do Senhor e a terra do Egito, foram as únicas expressões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa da Palestina.

Neste ponto, Ló não sabia do destino que se abateria sobre a terra que ele acabara de adotar. Mas a história recebe um clima de suspense com a observação de que Sodoma e Gomorra seriam destruídas. Sodoma é mencionada como cidade prejudicial à moral, pois eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2005, pp.59,70). 

 

III. LÓ, UM CASO DE PROSPERIDADE E PERDAS 

  1. Ló e suas riquezas. Ló também foi abençoado e se tornou um homem próspero. Certamente possuía muitos servos, servas e um grande rebanho. A separação entre Ló e Abraão era algo inevitável, porém a forma como se deu não foi das melhores. Tudo indica que Ló ficou deslumbrado com a fertilidade da terra, tomando uma decisão precipitada e não honrando seu tio. Não se deixe enganar pela beleza das coisas desse mundo passageiro. Não abra mão daquilo que é eterno.
  2. A guerra dos reis. A terra que Ló havia escolhido era boa, mas seus vizinhos não eram. Não demorou muito e Ló teve que enfrentar uma grande crise, uma guerra. Decisões precipitadas podem nos fazer viver tempos conturbados. Quatro reis decidiram atacar Sodoma e Gomorra (Gn 14.8). Ló foi levado cativo e todos os seus bens e alimentos foram tomados como espólio de guerra. Ele agora era um prisioneiro e todos os seus bens foram perdidos.
  3. Abraão socorre Ló. Quando a notícia de que Ló estava cativo chegou até Abraão, ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho. Abraão poderia ter se negado a ajudar Ló, pois ele mesmo tinha escolhido aquelas terras. Mas o amigo de Deus não tinha um coração rancoroso, vingativo. Ele reuniu seus criados, formando um pequeno exército, perseguiu o inimigo, o alcançou e o derrotou, libertando seu sobrinho e recuperando os seus bens. Tudo que pertencia a Ló foi recuperado (Gn 14.16). Embora Ló tivesse tomado uma decisão errada, o Senhor não permitiu que seus bens e sua família ficassem na mão do inimigo.

Mais tarde, a cidade de Sodoma foi destruída pelo fogo do julgamento divino, e Ló perdeu o que tinha. 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 Ló é um exemplo, para os crentes, de prosperidade e perdas.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“Levantou Ló os seus olhos (Gn 13.10)

As Escrituras declaram que ‘o SENHOR não vê como vê o homem’ (1Sm 16.7). Ló viu somente a campina bem regada de Sodoma. Deus viu os habitantes daquela cidade como ‘grandes pecadores’ que eram. Ló, ao deixar de discernir e aborrecer o mal, trouxe morte e tragédia a sua própria família.

A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma. (1) Se ele tivesse amado profundamente a retidão, isso o manteria separado dos maus caminhos e daquela geração ímpia. Ele, porém, tolerou o mal e optou por morar na cidade decaída de Sodoma. Talvez tenha raciocinado que as vantagens materiais, a cultura e os prazeres de Sodoma compensariam os perigos, e que ele tinha forças espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isso em mente, ele juntamente com sua família, ficaram expostos à imoralidade e à impiedade de Sodoma. Só, então, ele aprendeu a amarga lição de que sua família não era forte o suficiente para resistir às influências malignas de Sodoma. (2) Os pais de família devem tomar cuidado para não se envolverem de igual modo, nem a seus filhos, com nenhuma ‘Sodoma’, para não se arruinarem espiritualmente, como aconteceu à família de Ló” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.52). 

 

CONCLUSÃO 

Escolhas precipitadas, feitas somente pela aparência, podem causar muitos males. Antes de tomar qualquer decisão, ore ao Senhor. Peça o seu conselho, pois Ele conhece o coração do homem e sabe aquilo que é realmente melhor para nós.

 

PARA REFLETIR 

A respeito das consequências das escolhas precipitadas, responda: 

A prosperidade de Abraão era resultado de quê?

De sua riqueza, obediência e confiança em Deus.

 Por que Abraão teve que descer ao Egito?

Devido a uma grave crise de alimentos. 

Por que Abraão e Ló tiveram que se separar?

Porque não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais. 

Ló foi sábio em sua escolha ou ele foi precipitado?

Ló foi precipitado em sua escolha. Ele não honrou o seu tio como patriarca e não consultou ao Senhor. 

O que Abraão fez quando soube que Ló havia sido capturado e levado cativo?

Ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho. 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

As Consequências das Escolhas Precipitadas 

O livre-arbítrio é um presente de Deus ao ser humano, pois este foi criado de maneira autônoma, de modo que Deus jamais permitiria um ser humano autômato. Entretanto, aqui está a maior tensão da principal criação de Deus. Embora dotado de livre-arbítrio, um dom de Deus, o ser humano fez e continua a fazer o mau uso daquilo que deveria ser para a glória de Deus.

As Escrituras Sagradas dão testemunhos de várias personagens bíblicas que fizeram más escolhas e boas escolhas. As más escolhas geralmente foram tomadas num contexto de precipitação ou extraordinária pressão. Lembra-se da decisão equivocada de Abraão, que por influência da sua mulher, Sara, resolveu deitar-se com Agar e fez com que ela concebesse um filho chamado Ismael? Se o nosso pai da fé soubesse o problema que a decisão acarretaria à sua família, certamente não decidiria assim. Entretanto, qual era o contexto de Abraão? Um homem avançado em idade, onde sua mulher também era avançada em idade e não tinha nenhum filho herdeiro para assumir sua herança.

Quando temos a consciência de que a vida está passando e findando, naturalmente lembramo-nos dos herdeiros que deixaremos, ou de quem administrará a nossa herança. Mas Deus havia feito uma promessa de que Ele daria um filho fruto do casamento entre Abraão e Sara. Crer no improvável é uma prova, uma resistência de fé. Num primeiro momento, ambos falharam na perseverança da fé e optaram por tomar a pior decisão.

Devemos aprender com as Escrituras que qualquer decisão importante que tomarmos, não devemos fazê-la debaixo de pressão ou precipitadamente. A precipitação é um grande mal que deve ser evitado sempre. Quando nos precipitamos não raciocinamos, não prestamos atenção ao bom senso, não andamos por fé, mas apenas por vista. Quem tem a mente de Cristo deve sempre manter os pés no chão, pedir orientação a Deus e aguardar o calor dos acontecimentos passarem. Fácil?! Não, não é uma tarefa fácil, mas sem dúvida trata-se de uma atitude responsável e madura que leva em conta o fator global da circunstância e não somente parte dela, nem prioriza o fator emocional do acontecimento.

Mostrar aos nossos alunos o perigo de tomar uma decisão precipitada é o objetivo central desta lição. Para isso, use exemplo da própria vida ou outros vários que a Bíblia dispõe e enriqueça a sua aula para conscientizar o seu aluno sobre ter esse cuidado importantíssimo com a vida. Boa aula!

 

                   

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 6: Deus: o nosso Provedor

Data: 6 de Novembro de 2016 

 

TEXTO ÁUREO

 

“E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser” (Gn 26.2).

 

VERDADE PRÁTICA 

Em tempos de crises financeiras não se volte às coisas deste mundo, mas busque a suficiência do Pai Celeste.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Gn 26.3,4

A promessa de Deus em meio à crise 

Terça — Gn 26.5

Obedecendo a voz de Deus e os seus preceitos em meio à crise 

Quarta — Gn 26.19

Encontrando águas vivas em meio à crise 

Quinta — Gn 26.21

Cavando poços em meio à crise

Sexta — Gn 26.22

A bênção do Senhor em meio à crise 

Sábado — Gn 26.24

Em meio à crise não temas, confie em Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 26.1-6. 

1 — E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar.

2 — E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;

3 — peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.

4 — E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra,

5 — porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.

6 — Assim, habitou Isaque em Gerar.

 

HINOS SUGERIDOS

 

52, 385 e 427 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL

 Ressaltar a suficiência divina em tempos de crise.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Apontar o porquê de Isaque ter descido ao Egito;
  2. Ressaltar a crise que Isaque teve que enfrentar com seus vizinhos;

III. Explicar porque é preciso "cavar poços" em tempos de crise.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Na lição de hoje estudaremos a respeito da ida de Isaque para o Egito e as crises que o filho da promessa teve que enfrentar ali. Deus tinha feito uma promessa a Abraão e seus descendentes, mas isso, não significava que eles não enfrentariam obstáculos e crises. Isaque também teve que enfrentar a tensão da esterilidade de sua esposa. Enfrentou a crise da falta de alimentos e de água; além de vizinhos invejosos e perversos. Mesmo enfrentando problemas com seus vizinhos, Isaque não deixou de trabalhar, de investir e crer na provisão divina. Seus inimigos, por diversas vezes entulharam seus poços, mas ele continuou crendo. A fé fez com que ele cavasse vários poços. Em tudo Isaque pode ver a suficiência divina. Se você está atravessando uma crise, seja ela financeira, familiar, ministerial ou espiritual; não desista! Continue “cavando seus poços”, trabalhando e crendo. Pois você também verá a provisão de Deus.

 

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO 

Na lição de hoje veremos, que assim como no tempo de Abraão, a terra estava enfrentando novamente um período de escassez. Então Isaque, o filho da promessa, foi buscar pastagem no território de Abimeleque, perto da fronteira com o Egito. Porém, Deus apareceu ao seu servo e disse-lhe que não deveria descer ao Egito. O Senhor também renovou-lhe as promessas dadas a Abraão. Canaã deveria ser a casa de Isaque e não o Egito. Canaã celestial é a nossa casa, estamos indo para lá. Por isso não se deixe seduzir pelas riquezas deste mundo. 

 

PONTO CENTRAL 

Em meio às crises o crente pode ver a suficiência divina.. 

 

  1. ISAQUE VAI PARA GERAR POR CAUSA DA FOME 
  1. A intenção de Isaque. A decisão de descer ao Egito parecia ser a melhor opção. Em tempos de fome e escassez, as pessoas tendem a tomar decisões que envolvem mudança. Querem mudar de localidade, de país, de emprego, tentando escapar da crise. Não existe nada de errado em querer mudar e livrar-se das dificuldades. Porém, toda mudança deve ser feita com a orientação de Deus. Nunca tome decisões sem antes orar e consultar ao Senhor. Ouça a voz do Pai Celeste. Temos um Deus que fala e que tem prazer em nos orientar. Ele não nos quer andando de um lado para o outro sem direção.
  2. Promessas em tempos de crises. Havia fome na terra. A crise estava instalada, mas os céus não estavam e não estarão jamais em crise. O Senhor apareceu a Isaque e renovou-lhe as promessas que haviam sido feitas ao seu pai. Mesmo em tempos de escassez, o filho da promessa ouve a voz de Deus que lhe assegura: “Serei contigo e te abençoarei” (Gn 26.3). O Deus de Isaque é o nosso Deus. Ele não mudou e também deseja abençoar sua vida. Não importa se um país está em meio a uma crise política e econômica. Para Deus não existem impossíveis.
  3. A obediência de Isaque. Assim como seu pai, Isaque era obediente. Se Deus estava dizendo que não era para descer ao Egito, ele obedeceu. A obediência a Deus nos faz prosperar, mesmo em tempos de crises. As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21). Se você deseja contar com a provisão divina até chegar à Canaã Celestial, seja obediente. Não se importe com o que as pessoas dizem a seu respeito; obedeça a Deus.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Fugindo da fome, Isaque tenciona descer ao Egito, acreditando que essa era a saída para a crise, contudo não era.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“O concerto de Deus com Isaque

Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão (Gn 17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: ‘Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente’ (Gn 26.24). Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos. Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse. Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face. Isaque tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: ‘[...] confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai’ (Gn 26.3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.73).

 

CONHEÇA MAIS

 

FOME

“Uma condição de extrema escassez de comida. A história bíblica menciona vários casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn 41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2Sm 21.1), Elias (1Rs 18.2), Eliseu (2Rs 6.25) e do cerco final de Jerusalém (2Rs 25.3). Em seu sermão do monte das Oliveiras, o Senhor Jesus predisse que haverá fome durante o período de tribulação no final dos tempos (Mt 24.7), e o Apocalipse faz alusão à fome que virá sobre a Grande Babilônia (Ap 18.8)”. Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe CPAD, p.815.

 

  1. CRISE COM OS VIZINHOS 
  1. Crise em Gerar. Depois de ouvir a voz de Deus dizendo-lhe para não descer ao Egito, Isaque se estabeleceu em Gerar. Os homens daquele lugar se encantaram com a beleza de Rebeca (Gn 26.7), e perguntaram a Isaque quem era ela. Com medo de ser morto, Isaque disse que ela era sua irmã (Gn 26.7). A atitude de Isaque foi semelhante à de seu pai (Gn 12.13). Parece que a confiança que Isaque tinha em Deus falhou nesse momento. Isso nos mostra que somos humanos, imperfeitos. Estamos sujeitos a errar nos momentos de crises. Isaque errou. Abimeleque mostrou a Isaque o perigo que ele havia corrido, pois qualquer um daquele lugar poderia ter tomado Rebeca como mulher, cometendo um grande delito.
  2. Isaque semeou em Gerar. Isaque semeou em sua terra até mesmo em tempos de fome, tendo que lidar com a inveja de seus vizinhos (Gn 26.12). Semear envolve esforço, fé, e Isaque fez sua parte. Muitos querem prosperar, mas não querem semear no Reino de Deus. Pessoas que já não dão seus dízimos nem suas ofertas, mas querem colher. Mesmo em tempos de crise econômica, não deixe de semear, pois ao seu tempo você colherá. Deus abençoou as sementes de Isaque e a colheita foi farta (Gn 26.12).
  3. A inveja dos vizinhos. Os filisteus, ao verem a prosperidade de Isaque, o invejaram. Muitas pessoas não suportam ver a prosperidade alheia. A Palavra de Deus nos ensina que a inveja é a podridão dos ossos: “O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30). O crente não pode se deixa levar pela inveja e pela maldade. Isaque teve de lidar com a maldade e a inveja de seus vizinhos. Mas, em meio ao ódio e a inveja, ele sempre demonstrou uma atitude correta. Não queira vingar-se dos invejosos. Coloque tudo diante do Senhor e aja como um servo do Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Isaque teve que enfrentar uma crise com seus vizinhos.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Deus manteve sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram enciumados porque tudo que Isaque fazia parecia dar certo, e assim tentaram livrar-se dele. A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para despedaçar a mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos.

A desolada área de Gerar estava localizada na extremidade de um deserto. A água era tão preciosa quanto o ouro. Se alguém cavasse um poço, estava reivindicando aquela terra. Alguns poços possuíam trancas para que os ladrões não roubassem água. Encher o poço de água com sujeira era um ato de guerra, e também considerado um dos crimes mais sérios que poderiam existir. Isaque tinha razão em revidar quando os filisteus arruinaram seus poços, mas ele escolheu manter a paz. Ao final, os filisteus o respeitaram por sua paciência” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.26).

 

III. CAVANDO POÇOS EM TEMPOS DE CRISE

 

  1. Isaque usa os poços de Abraão. A água nessa região era escassa, por isso, tinha um grande valor, pois era essencial para a agricultura, para o rebanho e para as famílias. Ter um poço d'água era como ter um poço de petróleo ou uma mina de ouro. Isaque, a princípio, utiliza os poços que foram cavados por seu pai e que os filisteus haviam tapado (Gn 26.18). Logo os pastores daquela região contenderam com os pastores de Isaque, reivindicando aquelas águas.
  2. O poço de Eseque. Isaque não se intimida com a oposição de seus vizinhos, e cava outro poço. Porém, mais uma vez os pastores de Gerar contendem, dizendo que a água era deles. Isaque dá ao poço o nome de Eseque, que significa contenda. Isaque não queria contender com os homens de Gerar. Suas atitudes demonstram seu temperamento manso. Mansidão é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Contudo, ser manso não é ser covarde ou passivo. Ser manso é ser controlado, guiado pelo Espírito Santo.
  3. O poço de Sitna. Isaque não desiste dos seus poços. Ele cava outro poço e mais uma vez é bem-sucedido, pois Deus o estava abençoando. Quando o Senhor está conosco e decide nos abençoar, ninguém pode nos impedir. Os vizinhos de Isaque mais uma vez reivindicam aquelas águas. Então o poço foi chamado de Sitna, inimizade. A inveja gera contenda e inimizades. A Palavra de Deus nos exorta a evitar as contendas: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor” (2Tm 2.24).

Abimeleque deve ter ficado impressionado com as atitudes de Isaque e com sua força e prosperidade. Ele foi até Isaque com mais dois amigos, Ausate e Ficol, e publicamente reconhece que Deus estava com Isaque (Gn 26.26-28). Isaque, diplomaticamente, prepara um banquete para aqueles homens, selando assim um acordo de paz.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Mesmo enfrentando crises, Isaque continuou cavando seus poços.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Por três vezes Isaque e seus homens cavaram novos poços. Quando as duas primeiras disputas surgiram, Isaque partiu. Finalmente, houve espaço suficiente para todos. Ao invés de dar início a um grande conflito, Isaque comprometeu-se com a paz. Você estaria disposto a abandonar uma importante posição ou possessão valiosa para manter a paz? Peça a Deus sabedoria para saber quando se retirar e quando ficar e lutar.

Com seus inimigos tentando fazer um tratado de paz, Isaque foi rápido em responder, tomando a oportunidade uma celebração” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.27).

 

CONCLUSÃO

 

Isaque é um exemplo de homem obediente a Deus, humilde, gentil e manso. Não ter ido para o Egito foi um ato de obediência e fé. Ele mostrou confiar na provisão divina, mesmo em tempos de escassez. Isaque confiou em Deus, fez a sua parte, semeou a terra, cavou poços e experimentou a bênção e o milagre em sua vida.

 

PARA REFLETIR 

A respeito de Deus, nosso Provedor, responda: 

Para fugir da fome para onde Isaque pretendia ir?

Ele pretendia descer ao Egito. 

Segundo a lição, as escolhas erradas e a desobediência geram o que?

As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21). 

O que Isaque fez com medo dos habitantes de Gerar?

Ele mentiu dizendo que Rebeca era sua irmã. 

O que envolve o semear?

Semear envolve esforço e fé. 

Cite o nome de dois poços de Isaque e o seu significado.

Eseque (significa contenda) e Sitna (inimizade).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

Deus, o nosso Provedor 

Embora o homem tenha o livre-arbítrio, Deus é soberano. Soberania e livre-arbítrio sempre viveram inúmeras tensões no campo da teologia. Entretanto, quando levamos em conta a teologia bíblica defrontamo-nos com textos que nos mostram Deus respeitando o livre-arbítrio do ser humano, noutro momento lançando às favas o livre-arbítrio. Ora, Ele é um Deus soberano, eterno, majestoso e Senhor de todas as coisas.

Compreendendo a natureza soberana do Deus eterno, é que devemos olhar para os problemas deste mundo. No Brasil, a crise financeira está assolando todas as classes sociais. Mas uma crise como essa não acontece da noite para o dia.

Há uma série de decisões macro e microeconômicas que se tomadas equivocadamente trarão prejuízos irreparáveis a uma nação. Na esfera da economia doméstica, igualmente. Se não houver uma consciência de se a nossa despesa for maior que a nossa receita, brevemente entraremos num colapso econômico. Foi isso o que ocorreu com o nosso país e todos os dias ocorre com inúmeras famílias. Má gestão e decisões equivocadas são as razões das principais crises financeiras. Percebe como o livre-arbítrio interfere nas coisas mais comezinhas da vida? Ora, não há solução mágica.

Entretanto, é bem verdade que problemas financeiros assaltam muitas vidas de surpresa. O desemprego, ou problema de saúde. Enfim, muitos servos de Deus entram numa provação causticante onde só perceberam que entraram em crise tempos depois, pois não imaginariam de modo algum o que viria pela frente. Aqui entra a soberania de Deus. Quando não há mais solução visível, nem perspectiva de auxílios externos, Deus age em nosso favor e derrama da sua misericórdia para conosco.

Quantos testemunhos bíblicos e da história da Igreja nos mostram a ação de um Deus que prover as necessidades dos seus filhos! É o cumprimento de uma bela promessa do nosso Senhor quando ensinava o Sermão do Monte: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.31,32).

São muitas pessoas que têm provado da provisão de Deus nos momentos de angústias e tribulações. Nossa parte é priorizar o Reino de Deus e a sua justiça, e o nosso Pai Celestial agirá em nosso favor.

 fonte www.mauricioberwald.com

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 4: A provisão de Deus no Monte do Sacrifício

Data: 23 de Outubro de 2016

 

 

 

TEXTO ÁUREO

 

“E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos” (Gn 22.8).

 

VERDADE PRÁTICA 

A declaração de Abraão se cumpriu plenamente quando Cristo morreu na cruz para perdão dos nossos pecados.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Gn 22.3

A obediência de Abraão e a provisão no monte do sacrifício 

Terça — Gn 22.6

Um altar é erguido no monte do sacrifício

Quarta — Hb 11.18

A fé do patriarca e a provisão no monte do sacrifício 

Quinta — Gn 22.9

A obediência do filho e a provisão no monte do sacrifício

Sexta — Gn 22.13,14

O cordeiro substituto no monte do sacrifício 

Sábado — Gn 22.17

A bênção de Deus no monte do sacrifício

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 22.1-3. 

Provérbios 23

1 — E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

2 — E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

3 — Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

 

HINOS SUGERIDOS 

57, 140 e 306 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL 

Ressaltar a provisão de Deus no monte do sacrifício.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. 

  1. Mostrar que é necessário ter fé para subir ao monte do sacrifício;
  2. Compreender que a fé de Abraão o fez vencer a provação no monte do sacrifício;

III. Explicar que Jesus é o Cordeiro de Deus que subiu ao monte do sacrifício por amor a nós.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Prezado professor, estudaremos a respeito da prova mais difícil enfrentada pelo patriarca Abraão. Ele durante anos enfrentou a crise da esterilidade de sua esposa e teve que esperar anos até que se cumprisse a promessa do seu herdeiro. O Deus que lhe deu de forma milagrosa um filho, seu único herdeiro, pede para que esse filho seja oferecido em sacrifício. Isso nos mostra que embora o Senhor nos ame, Ele também nos prova. Abraão foi provado e revelou o quanto amava a Deus. O Senhor era mais importante para ele do que o seu Isaque. Nunca permita que nada ocupe o lugar de Deus em seu coração.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar para a nossa salvação.

Deus estava provando a fé de Abraão, bem como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque. 

 

PONTO CENTRAL

 

Pela fé Abraão pôde ver a provisão de Deus no monte do sacrifício. 

  1. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO

 

  1. Abraão é provado. Abraão faz parte da galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o “pai da fé”. A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus, mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.
  2. No limite da capacidade humana. O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da sua capacidade espiritual e emocional.
  3. Um pedido difícil. O pedido de Deus parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus havia pedido, em holocausto, o seu único filho, “o filho da promessa”. Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

É necessário ter fé para subir o monte do sacrifício.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“A prova no limite da capacidade humana (1Co 10.13)

Abraão chegou ao máximo de sua capacidade emocional e intelectual para aceitar o desafio que Deus lhe fizera. Foi-lhe pedido algo impossível mediante a lógica do propósito divino para sua vida. Deus lhe pediu em holocausto ‘o filho da promessa’. Além da relação espiritual da existência desse filho, com a relação emocional familiar entre Abraão e Isaque e sua mãe, o velho Abraão não podia entender as razões de Deus. Era como se Deus estivesse pedindo devolução de algo que havia dado a Abraão. Isto se tornou um desafio a sua lógica, a sua racionalidade. Era, de fato, uma prova que superava todas as demais experimentadas pelo velho patriarca. Abraão pareceu chegar ao limiar da prova, do desânimo, da desistência. Na infinita sabedoria divina, somos conduzidos, às vezes, ao limite de nossa resistência para aprendermos a confiar no exaurível poder de sustentação de Deus. Quantas vezes confessamos nossas limitações e dizemos: ‘Não posso mais!’, ‘Não aguento mais!’, ‘Estou sem forças para reagir!’. Então Deus entra em ação e suaviza o nosso sacrifício. Ele não deixa que nossas resistências estourem sem que saibamos que Ele nos prova para que o conheçamos melhor” (CABRAL, Elienai. Abraão: As experiências de nosso pai na fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.173-74).

 

  1. PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO 
  1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. Esses três elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias, Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de operar um milagre.
  2. O clímax da prova. Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte, e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal (um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: “[...] Onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] “Deus proverá para si o cordeiro [...]” (Gn 22.8).
  3. O momento decisivo da prova. O caminho da obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha. Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Todo crente é provado pelo Senhor no monte do sacrifício. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Moriá

Este termo se aplicava à região onde Abraão ofereceu Isaque (Gn 22.2), e ao local do Templo de Salomão (2Cr 3.1). Alguns desafiaram esta identificação devido às variantes textuais em 2 Crônicas 3.1, e por causa de sua proximidade a Berseba. Entretanto, com um jumento carregado, Abraão poderia ter levado 3 dias para viajar 80 quilômetros de distância até Moriá (Gn 22.4). Não há opositores e nenhuma razão adequada para se duvidar de que o monte Moriá (Gn 22.2), a eira de Araúna, o jebuseu (2Sm 24.16), e o local do Templo de Salomão (2Cr 3.1) sejam praticamente idênticos” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1307). 

 

CONHEÇA MAIS

Cordeiro

“Por todo o Antigo Testamento, o cordeiro é tido como o animal preferido para o sacrifício. É o mais frequentemente especificado na lei levítica do sacrifício. Assim, é apropriado que o inocente, inofensivo cordeiro seja o principal símbolo sacrificial do Antigo Testamento. Jesus, o inocente Cordeiro de Deus, ofereceu-se como sacrifício por nós. Ele tomou nosso lugar, como o carneiro de Gênesis 22 tomou o lugar de Isaque. Através do seu sofrimento, o inocente Filho de Deus expiou nossos pecados e nos tornou limpos (Jo 1.29,36; 1Pe 1.19)”. Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.38.

 

III. JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

 

  1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro, Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o perdão dos nossos pecados.
  2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro. O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16). Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a vida eterna.
  3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus. Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5.1).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Jesus é o Cordeiro de Deus que foi imolado por nós no monte do sacrifício. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“Deus proverá (Gn 22.8)

‘Deus proverá’ (hb. Jeová-jiré), é uma expressão profética da providência divina de um sacrifício substituto, um carneiro (v.13). O cumprimento pleno da declaração de Abraão realiza-se quando Deus provê seu Filho Unigênito para ser o sacrifício expiador no Calvário, para a redenção da humanidade. Daí, o próprio Pai celestial fez aquilo que ele determinou que Abraão fizesse (Jo 3.16).

Isaque era um jovem nessa ocasião, perfeitamente capaz de resistir a seu pai, se assim quisesse. Mas, em total submissão a Deus e obediência ao seu pai, permitiu ser amarrado e deitado sobre o altar, assim como Jesus foi voluntariamente até à cruz.

As Escrituras dizem que Abraão ‘foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque’ (Tg 2.21). Isto é, a fé de Abraão manifestou-se em sincera obediência a Deus. O lado oculto da verdadeira fé salvadora, inevitavelmente se manifestará numa vida de obediência” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.64).

 

CONCLUSÃO

 

Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em consonância com as exigências divinas.

 

PARA REFLETIR 

A respeito da provisão de Deus no monte do sacrifício, responda: 

Deus nos dá tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13).

 

O que Deus pediu a Abraão?

Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta. 

Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?

Acredita-se que eles caminharam durante três dias. 

Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?

“Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8). 

Quem é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?

Jesus Cristo.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

A provisão de Deus no Monte do Sacrifício

 

Um pai cheio de amor pelo seu filho sobe ao monte Moriá para entregá-lo a fim de obedecer a Deus. Isaque era o filho da velhice de Abraão e de Sara. Foi uma promessa feita por Deus quando eles não podiam gerar filhos. Mas num belo dia, Deus o pediu de volta. Entregá-lo a Deus significava sacrificar literalmente a vida do pequenino filho de Abraão. É claro que Deus nunca aceitou sacrifícios onde o ser humano era a vítima. É bom lembrar de que quando Deus deu a ordem a Abraão para entregar o seu filho não havia nenhum sistema de lei, nenhum código de preceitos promulgado por Moisés no livro do Êxodo. A relação de Abraão com o Eterno era face a face, ele e Deus somente. De modo que o sacrifício imposto por Deus a Abraão era para prová-lo, como Jesus Cristo foi provado na tentação do deserto. De antemão, Deus estava provendo um cordeiro para tomar o lugar de Isaque.

A história de Abraão torna-se uma metáfora em que Deus proveu o Santo Cordeiro para a humanidade inteira. O Pai entregou o seu único Filho em favor do ser humano caído. Foi a grande reconciliação entre Deus e o ser humano: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.13-16). Deus proveu o seu Filho como verdadeiro Cordeiro para nos reconciliar com Ele mesmo, sem imputar os nossos pecados e lançá-los em nosso rosto (2Co 5.19).

A maior necessidade que havia no coração humano, Deus a preencheu quando enviou o seu único Filho para morrer na Cruz em nosso lugar. A doutrina bíblica da Expiação de Cristo humilha por inteiro qualquer esforço do ser humano para salvar-se. Só Deus poderia suprir essa necessidade humana. Só o Pai poderia promover meios de não mais sermos achados perdidos, condenados e mortos para sempre. Por isso. Cristo chama todos os homens ao Arrependimento, pois a Expiação de Cristo só tem eficácia para o ser humano que se arrepende e crê no Filho de Deus.

Cristo Jesus é a maior provisão de Deus para o problema do pecado do ser humano!

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 5: As consequências das escolhas precipitadas

Data: 30 de Outubro de 2016 

 

 

TEXTO ÁUREO

 

“O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura” (Pv 14.29).

 

VERDADE PRÁTICA 

Não sejamos precipitados em nossas escolhas, pois a precipitação gera crises e erros irreparáveis.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Pv 29.20

A precipitação é loucura e gera crise

Terça — Gn 13.10

A escolha precipitada de Ló leva à crise 

Quarta — Gn 14.16

A escolha precipitada de Ló e o seu resgate 

Quinta — Jó 12.13

Os conselhos de Deus nos livram das crises 

Sexta — Sl 1.1-3

Meditar nos conselhos de Deus nos faz prosperar 

Sábado — Pv 16.1

A resposta certa vem de Deus e nos livra das crises

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 13.7-18.

 

7 — E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os ferezeus habitavam, então, na terra.

8 — E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.

9 — Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.

10 — E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem-regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar.

11 — Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e apartaram-se um do outro.

12 — Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma.

13 — Ora, eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o SENHOR.

14 — E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;

15 — porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre.

16 — E farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada.

17 — Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei.

18 — E Abrão armou as suas tendas, e veio, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao SENHOR.

 

HINOS SUGERIDOS

 

136, 151 e 440 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Mostrar que as escolhas precipitadas podem gerar crises em nossa vida.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Especificar que é necessário ter cuidado com as escolhas;
  2. Compreender que Ló foi traído por aquilo que viu;

III. Explicar porque Ló é um exemplo de prosperidade e perdas.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Você pede a orientação de Deus antes de tomar suas decisões e fazer suas escolhas? Então não terá dificuldade em trabalhar com seus alunos o tema da lição.

Uma escolha errada pode trazer prejuízos irreparáveis para a nossa vida. Ló, sobrinho de Abraão, é um exemplo bíblico dessa verdade. Ao se separar de seu tio ele escolheu um caminho que a seus olhos parecia ser o melhor. Ele não perguntou a vontade de Deus e não honrou Abraão, o chefe do clã, ao escolher primeiro as suas terras. Ló foi precipitado e seduzido pelo seu olhar. Não aja sem pensar e acima de tudo sem oração, pois Deus conhece todas as coisas. Ele sabe aquilo que é melhor.

Aproveite o tema da lição para ressaltar que as escolhas erradas podem trazer crises econômicas, espirituais e em diferentes áreas da nossa vida.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Deus chamou Abraão enquanto ele vivia em Ur dos Caldeus. O Senhor prometeu ao patriarca que sua descendência seria grande. Abraão pela fé partiu rumo à terra Prometida. Talvez ele devesse partir sozinho, mas levou seu pai e o seu sobrinho, Ló. Estes o acompanharam levando mulheres, filhos, servos, servas, gado e tudo quanto podiam carregar. Durante um bom tempo, Abraão e Ló caminharam juntos e unidos. Porém, as confusões e as brigas começaram a surgir entre os servos de Abraão e Ló. Na lição de hoje, veremos a discussão que levou Abraão a se separar do seu sobrinho Ló. Veremos também que o sobrinho de Abraão, Ló, em um gesto precipitado, tomou uma decisão que acabou por gerar uma crise terrível. 

 

PONTO CENTRAL 

A crise pode ser uma consequência das escolhas erradas que fazemos. 

  1. O CUIDADO COM AS ESCOLHAS

 

  1. A prosperidade de Abraão. Deus fez de Abraão um homem próspero. Sua riqueza era resultado da sua obediência e confiança em Deus. Se Abraão não tivesse deixado Ur, obedecendo à voz divina, certamente não teria experimentado a provisão e a prosperidade do Senhor. A obediência a Deus nos faz prosperar. É importante ressaltar que o servo do Senhor não era um viajante solitário. Ele era o líder de um grande clã. Possuía muitos recursos e servos e servas.
  2. Abraão fez a escolha certa. Abraão deixou sua terra e sua parentela porque decidiu obedecer ao chamado de Deus. Embora não tivesse noção de para onde iria, decidiu confiar em Deus. Muitos estão enfrentando crises porque tomaram decisões sem consultar ao Senhor. Outros estão enfrentando dificuldades financeiras e familiares por desobediência a Deus. Contudo, é importante ressaltar que nem sempre as crises que enfrentamos são resultados da desobediência ou de escolhas precipitadas. Jó era um homem íntegro, obediente, porém experimentou terríveis crises em sua vida (Jó 1.1). Ele perdeu seus bens, seus filhos, sua saúde. Suas crises não foram resultado de decisões precipitadas.
  3. Abraão passa pelo Egito. Abraão também enfrentou algumas crises em sua vida. Porém, manteve sua fé em Deus. Ele não permitiu que as adversidades da vida matassem a semente da promessa que havia sido plantada em seu coração. Na vida, enfrentamos adversidades, contudo a nossa fé nos faz ter esperança e vencer os obstáculos. Abraão teve que descer ao Egito devido à fome, mas depois retornou com muitos bens (Gn 13.2). O Senhor fez Abraão prosperar mesmo estando no Egito. Ele ainda não estava na terra da promessa. Isso nos mostra que não importa o lugar em que estamos, o Senhor nos faz prosperar. A nossa prosperidade vem do Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Precisamos ter cuidado com as escolhas que fazemos. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

Professor, procure enfatizar neste tópico que “Deus disse a Abraão que deixasse a sua parentela e fosse para Canaã (Gn 12.1), mas o patriarca levou consigo seu sobrinho Ló. Entretanto, a separação de Ló foi necessária para assegurar as bênçãos materiais e espirituais prometidas por Deus a Abraão. Seus rebanhos cresceram bastante. Com isso, compartilhar pasto e água passou a gerar conflitos familiares. Logo fez-se necessária a separação entre tio e sobrinho. Deus convida Abraão a peregrinar por toda a terra e declara: ‘toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre’ (Gn 13.14-18)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.34).

 

CONHEÇA MAIS 

Sodoma, região escolhida por Ló

“A tradição localiza Sodoma na extremidade sul do Mar Morto. A desolação e a esterilidade dessa região fornecem um testemunho do julgamento pelo ‘fogo e enxofre’ sofrido por este local. Evidências geológicas nessa região de formações de sal, asfalto, enxofre e petróleo confirmam o registro bíblico. A parte oeste da região está dentro das fronteiras da moderna Israel. A cidade de Sidom funciona como um resort de saúde e um campo de repouso. Uma montanha peculiar quase exclusivamente de puro sal identifica Sodoma, e os guias locais referem-se a ela como ‘a mulher de Ló’”. Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD, p.1846.

 

  1. LÓ É ATRAÍDO POR AQUILO QUE VÊ

 

  1. Briga entre os pastores de Abraão e Ló. Ao deixar o Egito, Abraão seguiu com sua família para o norte. Ele acampou próximo a Betel e ali encontrou o altar que havia construído para o Senhor (Gn 13.3,4). Naquele lugar, Abraão invocou o nome do Altíssimo, pois era um homem grato a Deus. A ingratidão nos impede de ver as maravilhas de Deus. Tanto Abraão como Ló haviam prosperado, possuindo servos, ovelhas e gado. Mas aquela prosperidade gerou uma crise entre o tio e o sobrinho, pois não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais, e em pouco tempo, os pastores de Abraão e Ló começaram a brigar. A contenda estava instalada na família, e era preciso tomar uma decisão.
  2. A decisão de Abraão. O patriarca logo tentou resolver a situação conflituosa. Ele não adiou o problema, mas chamou seu sobrinho para uma conversa. Abraão mostrou querer uma solução pacífica para a situação ao sugerir que cada um deveria escolher o próprio caminho.
  3. A escolha precipitada de Ló. Abraão, em um gesto de bondade e mansidão, fez a seguinte proposta ao sobrinho: “Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn 13.9). Parece que Ló não pensou muito. De forma precipitada, fez a sua escolha optando por aquilo que parecia ser melhor aos seus olhos (Gn 13.10). Ele não buscou a Deus para tomar a decisão. Também não honrou seu tio deixando que ele escolhesse primeiro. Ló foi seduzido pela aparência do lugar. Essa história nos deve servir de exemplo: Não tome decisões ou faça escolhas sem consultar ao Senhor. Não julgue as pessoas pela aparência. Parecia que Ló havia ficado com a melhor parte, mas ele não podia ver o coração perverso dos habitantes daquele lugar. O homem vê somente o exterior, mas Deus conhece o interior das pessoas.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

 Não seja atraído somente por aquilo que você vê. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abraão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse do círculo da família de Abraão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.

Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes seria visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pontilhados de muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do Senhor e a terra do Egito, foram as únicas expressões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa da Palestina.

Neste ponto, Ló não sabia do destino que se abateria sobre a terra que ele acabara de adotar. Mas a história recebe um clima de suspense com a observação de que Sodoma e Gomorra seriam destruídas. Sodoma é mencionada como cidade prejudicial à moral, pois eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2005, pp.59,70). 

 

III. LÓ, UM CASO DE PROSPERIDADE E PERDAS

 

  1. Ló e suas riquezas. Ló também foi abençoado e se tornou um homem próspero. Certamente possuía muitos servos, servas e um grande rebanho. A separação entre Ló e Abraão era algo inevitável, porém a forma como se deu não foi das melhores. Tudo indica que Ló ficou deslumbrado com a fertilidade da terra, tomando uma decisão precipitada e não honrando seu tio. Não se deixe enganar pela beleza das coisas desse mundo passageiro. Não abra mão daquilo que é eterno.
  2. A guerra dos reis. A terra que Ló havia escolhido era boa, mas seus vizinhos não eram. Não demorou muito e Ló teve que enfrentar uma grande crise, uma guerra. Decisões precipitadas podem nos fazer viver tempos conturbados. Quatro reis decidiram atacar Sodoma e Gomorra (Gn 14.8). Ló foi levado cativo e todos os seus bens e alimentos foram tomados como espólio de guerra. Ele agora era um prisioneiro e todos os seus bens foram perdidos.
  3. Abraão socorre Ló. Quando a notícia de que Ló estava cativo chegou até Abraão, ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho. Abraão poderia ter se negado a ajudar Ló, pois ele mesmo tinha escolhido aquelas terras. Mas o amigo de Deus não tinha um coração rancoroso, vingativo. Ele reuniu seus criados, formando um pequeno exército, perseguiu o inimigo, o alcançou e o derrotou, libertando seu sobrinho e recuperando os seus bens. Tudo que pertencia a Ló foi recuperado (Gn 14.16). Embora Ló tivesse tomado uma decisão errada, o Senhor não permitiu que seus bens e sua família ficassem na mão do inimigo.

Mais tarde, a cidade de Sodoma foi destruída pelo fogo do julgamento divino, e Ló perdeu o que tinha. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

Ló é um exemplo, para os crentes, de prosperidade e perdas.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“Levantou Ló os seus olhos (Gn 13.10)

As Escrituras declaram que ‘o SENHOR não vê como vê o homem’ (1Sm 16.7). Ló viu somente a campina bem regada de Sodoma. Deus viu os habitantes daquela cidade como ‘grandes pecadores’ que eram. Ló, ao deixar de discernir e aborrecer o mal, trouxe morte e tragédia a sua própria família.

A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma. (1) Se ele tivesse amado profundamente a retidão, isso o manteria separado dos maus caminhos e daquela geração ímpia. Ele, porém, tolerou o mal e optou por morar na cidade decaída de Sodoma. Talvez tenha raciocinado que as vantagens materiais, a cultura e os prazeres de Sodoma compensariam os perigos, e que ele tinha forças espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isso em mente, ele juntamente com sua família, ficaram expostos à imoralidade e à impiedade de Sodoma. Só, então, ele aprendeu a amarga lição de que sua família não era forte o suficiente para resistir às influências malignas de Sodoma. (2) Os pais de família devem tomar cuidado para não se envolverem de igual modo, nem a seus filhos, com nenhuma ‘Sodoma’, para não se arruinarem espiritualmente, como aconteceu à família de Ló” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.52). 

CONCLUSÃO 

Escolhas precipitadas, feitas somente pela aparência, podem causar muitos males. Antes de tomar qualquer decisão, ore ao Senhor. Peça o seu conselho, pois Ele conhece o coração do homem e sabe aquilo que é realmente melhor para nós.

 

PARA REFLETIR 

A respeito das consequências das escolhas precipitadas, responda:

 

A prosperidade de Abraão era resultado de quê?

De sua riqueza, obediência e confiança em Deus. 

Por que Abraão teve que descer ao Egito?

Devido a uma grave crise de alimentos. 

Por que Abraão e Ló tiveram que se separar?

Porque não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais. 

Ló foi sábio em sua escolha ou ele foi precipitado?

Ló foi precipitado em sua escolha. Ele não honrou o seu tio como patriarca e não consultou ao Senhor. 

O que Abraão fez quando soube que Ló havia sido capturado e levado cativo?

Ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

As Consequências das Escolhas Precipitadas 

O livre-arbítrio é um presente de Deus ao ser humano, pois este foi criado de maneira autônoma, de modo que Deus jamais permitiria um ser humano autômato. Entretanto, aqui está a maior tensão da principal criação de Deus. Embora dotado de livre-arbítrio, um dom de Deus, o ser humano fez e continua a fazer o mau uso daquilo que deveria ser para a glória de Deus.

As Escrituras Sagradas dão testemunhos de várias personagens bíblicas que fizeram más escolhas e boas escolhas. As más escolhas geralmente foram tomadas num contexto de precipitação ou extraordinária pressão. Lembra-se da decisão equivocada de Abraão, que por influência da sua mulher, Sara, resolveu deitar-se com Agar e fez com que ela concebesse um filho chamado Ismael? Se o nosso pai da fé soubesse o problema que a decisão acarretaria à sua família, certamente não decidiria assim. Entretanto, qual era o contexto de Abraão? Um homem avançado em idade, onde sua mulher também era avançada em idade e não tinha nenhum filho herdeiro para assumir sua herança.

Quando temos a consciência de que a vida está passando e findando, naturalmente lembramo-nos dos herdeiros que deixaremos, ou de quem administrará a nossa herança. Mas Deus havia feito uma promessa de que Ele daria um filho fruto do casamento entre Abraão e Sara. Crer no improvável é uma prova, uma resistência de fé. Num primeiro momento, ambos falharam na perseverança da fé e optaram por tomar a pior decisão.

Devemos aprender com as Escrituras que qualquer decisão importante que tomarmos, não devemos fazê-la debaixo de pressão ou precipitadamente. A precipitação é um grande mal que deve ser evitado sempre. Quando nos precipitamos não raciocinamos, não prestamos atenção ao bom senso, não andamos por fé, mas apenas por vista. Quem tem a mente de Cristo deve sempre manter os pés no chão, pedir orientação a Deus e aguardar o calor dos acontecimentos passarem. Fácil?! Não, não é uma tarefa fácil, mas sem dúvida trata-se de uma atitude responsável e madura que leva em conta o fator global da circunstância e não somente parte dela, nem prioriza o fator emocional do acontecimento.

Mostrar aos nossos alunos o perigo de tomar uma decisão precipitada é o objetivo central desta lição. Para isso, use exemplo da própria vida ou outros vários que a Bíblia dispõe e enriqueça a sua aula para conscientizar o seu aluno sobre ter esse cuidado importantíssimo com a vida. Boa aula! 

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 6: Deus: o nosso Provedor

Data: 6 de Novembro de 2016

 

TEXTO ÁUREO

 

“E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser” (Gn 26.2).

 

VERDADE PRÁTICA

 Em tempos de crises financeiras não se volte às coisas deste mundo, mas busque a suficiência do Pai Celeste.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Gn 26.3,4

A promessa de Deus em meio à crise

Terça — Gn 26.5

Obedecendo a voz de Deus e os seus preceitos em meio à crise 

Quarta — Gn 26.19

Encontrando águas vivas em meio à crise

Quinta — Gn 26.21

Cavando poços em meio à crise 

Sexta — Gn 26.22

A bênção do Senhor em meio à crise

Sábado — Gn 26.24

Em meio à crise não temas, confie em Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 26.1-6. 

1 — E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar.

2 — E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;

3 — peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.

4 — E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra,

5 — porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.

6 — Assim, habitou Isaque em Gerar.

 

HINOS SUGERIDOS

 

52, 385 e 427 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL 

Ressaltar a suficiência divina em tempos de crise.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Apontar o porquê de Isaque ter descido ao Egito;
  2. Ressaltar a crise que Isaque teve que enfrentar com seus vizinhos;

III. Explicar porque é preciso "cavar poços" em tempos de crise. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Na lição de hoje estudaremos a respeito da ida de Isaque para o Egito e as crises que o filho da promessa teve que enfrentar ali. Deus tinha feito uma promessa a Abraão e seus descendentes, mas isso, não significava que eles não enfrentariam obstáculos e crises. Isaque também teve que enfrentar a tensão da esterilidade de sua esposa. Enfrentou a crise da falta de alimentos e de água; além de vizinhos invejosos e perversos. Mesmo enfrentando problemas com seus vizinhos, Isaque não deixou de trabalhar, de investir e crer na provisão divina. Seus inimigos, por diversas vezes entulharam seus poços, mas ele continuou crendo. A fé fez com que ele cavasse vários poços. Em tudo Isaque pode ver a suficiência divina. Se você está atravessando uma crise, seja ela financeira, familiar, ministerial ou espiritual; não desista! Continue “cavando seus poços”, trabalhando e crendo. Pois você também verá a provisão de Deus.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Na lição de hoje veremos, que assim como no tempo de Abraão, a terra estava enfrentando novamente um período de escassez. Então Isaque, o filho da promessa, foi buscar pastagem no território de Abimeleque, perto da fronteira com o Egito. Porém, Deus apareceu ao seu servo e disse-lhe que não deveria descer ao Egito. O Senhor também renovou-lhe as promessas dadas a Abraão. Canaã deveria ser a casa de Isaque e não o Egito. Canaã celestial é a nossa casa, estamos indo para lá. Por isso não se deixe seduzir pelas riquezas deste mundo. 

 

PONTO CENTRAL 

Em meio às crises o crente pode ver a suficiência divina.. 

  1. ISAQUE VAI PARA GERAR POR CAUSA DA FOME

 

  1. A intenção de Isaque. A decisão de descer ao Egito parecia ser a melhor opção. Em tempos de fome e escassez, as pessoas tendem a tomar decisões que envolvem mudança. Querem mudar de localidade, de país, de emprego, tentando escapar da crise. Não existe nada de errado em querer mudar e livrar-se das dificuldades. Porém, toda mudança deve ser feita com a orientação de Deus. Nunca tome decisões sem antes orar e consultar ao Senhor. Ouça a voz do Pai Celeste. Temos um Deus que fala e que tem prazer em nos orientar. Ele não nos quer andando de um lado para o outro sem direção.
  2. Promessas em tempos de crises. Havia fome na terra. A crise estava instalada, mas os céus não estavam e não estarão jamais em crise. O Senhor apareceu a Isaque e renovou-lhe as promessas que haviam sido feitas ao seu pai. Mesmo em tempos de escassez, o filho da promessa ouve a voz de Deus que lhe assegura: “Serei contigo e te abençoarei” (Gn 26.3). O Deus de Isaque é o nosso Deus. Ele não mudou e também deseja abençoar sua vida. Não importa se um país está em meio a uma crise política e econômica. Para Deus não existem impossíveis.
  3. A obediência de Isaque. Assim como seu pai, Isaque era obediente. Se Deus estava dizendo que não era para descer ao Egito, ele obedeceu. A obediência a Deus nos faz prosperar, mesmo em tempos de crises. As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21). Se você deseja contar com a provisão divina até chegar à Canaã Celestial, seja obediente. Não se importe com o que as pessoas dizem a seu respeito; obedeça a Deus.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Fugindo da fome, Isaque tenciona descer ao Egito, acreditando que essa era a saída para a crise, contudo não era. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“O concerto de Deus com Isaque

Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão (Gn 17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: ‘Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente’ (Gn 26.24). Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos. Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse. Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face. Isaque tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: ‘[...] confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai’ (Gn 26.3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.73).

 

CONHEÇA MAIS

FOME

“Uma condição de extrema escassez de comida. A história bíblica menciona vários casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn 41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2Sm 21.1), Elias (1Rs 18.2), Eliseu (2Rs 6.25) e do cerco final de Jerusalém (2Rs 25.3). Em seu sermão do monte das Oliveiras, o Senhor Jesus predisse que haverá fome durante o período de tribulação no final dos tempos (Mt 24.7), e o Apocalipse faz alusão à fome que virá sobre a Grande Babilônia (Ap 18.8)”. Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe CPAD, p.815.

 

  1. CRISE COM OS VIZINHOS

 

  1. Crise em Gerar. Depois de ouvir a voz de Deus dizendo-lhe para não descer ao Egito, Isaque se estabeleceu em Gerar. Os homens daquele lugar se encantaram com a beleza de Rebeca (Gn 26.7), e perguntaram a Isaque quem era ela. Com medo de ser morto, Isaque disse que ela era sua irmã (Gn 26.7). A atitude de Isaque foi semelhante à de seu pai (Gn 12.13). Parece que a confiança que Isaque tinha em Deus falhou nesse momento. Isso nos mostra que somos humanos, imperfeitos. Estamos sujeitos a errar nos momentos de crises. Isaque errou. Abimeleque mostrou a Isaque o perigo que ele havia corrido, pois qualquer um daquele lugar poderia ter tomado Rebeca como mulher, cometendo um grande delito.
  2. Isaque semeou em Gerar. Isaque semeou em sua terra até mesmo em tempos de fome, tendo que lidar com a inveja de seus vizinhos (Gn 26.12). Semear envolve esforço, fé, e Isaque fez sua parte. Muitos querem prosperar, mas não querem semear no Reino de Deus. Pessoas que já não dão seus dízimos nem suas ofertas, mas querem colher. Mesmo em tempos de crise econômica, não deixe de semear, pois ao seu tempo você colherá. Deus abençoou as sementes de Isaque e a colheita foi farta (Gn 26.12).
  3. A inveja dos vizinhos. Os filisteus, ao verem a prosperidade de Isaque, o invejaram. Muitas pessoas não suportam ver a prosperidade alheia. A Palavra de Deus nos ensina que a inveja é a podridão dos ossos: “O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30). O crente não pode se deixa levar pela inveja e pela maldade. Isaque teve de lidar com a maldade e a inveja de seus vizinhos. Mas, em meio ao ódio e a inveja, ele sempre demonstrou uma atitude correta. Não queira vingar-se dos invejosos. Coloque tudo diante do Senhor e aja como um servo do Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Isaque teve que enfrentar uma crise com seus vizinhos. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Deus manteve sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram enciumados porque tudo que Isaque fazia parecia dar certo, e assim tentaram livrar-se dele. A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para despedaçar a mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos.

A desolada área de Gerar estava localizada na extremidade de um deserto. A água era tão preciosa quanto o ouro. Se alguém cavasse um poço, estava reivindicando aquela terra. Alguns poços possuíam trancas para que os ladrões não roubassem água. Encher o poço de água com sujeira era um ato de guerra, e também considerado um dos crimes mais sérios que poderiam existir. Isaque tinha razão em revidar quando os filisteus arruinaram seus poços, mas ele escolheu manter a paz. Ao final, os filisteus o respeitaram por sua paciência” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.26).

 

III. CAVANDO POÇOS EM TEMPOS DE CRISE

 

  1. Isaque usa os poços de Abraão. A água nessa região era escassa, por isso, tinha um grande valor, pois era essencial para a agricultura, para o rebanho e para as famílias. Ter um poço d'água era como ter um poço de petróleo ou uma mina de ouro. Isaque, a princípio, utiliza os poços que foram cavados por seu pai e que os filisteus haviam tapado (Gn 26.18). Logo os pastores daquela região contenderam com os pastores de Isaque, reivindicando aquelas águas.
  2. O poço de Eseque. Isaque não se intimida com a oposição de seus vizinhos, e cava outro poço. Porém, mais uma vez os pastores de Gerar contendem, dizendo que a água era deles. Isaque dá ao poço o nome de Eseque, que significa contenda. Isaque não queria contender com os homens de Gerar. Suas atitudes demonstram seu temperamento manso. Mansidão é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Contudo, ser manso não é ser covarde ou passivo. Ser manso é ser controlado, guiado pelo Espírito Santo.
  3. O poço de Sitna. Isaque não desiste dos seus poços. Ele cava outro poço e mais uma vez é bem-sucedido, pois Deus o estava abençoando. Quando o Senhor está conosco e decide nos abençoar, ninguém pode nos impedir. Os vizinhos de Isaque mais uma vez reivindicam aquelas águas. Então o poço foi chamado de Sitna, inimizade. A inveja gera contenda e inimizades. A Palavra de Deus nos exorta a evitar as contendas: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor” (2Tm 2.24).

Abimeleque deve ter ficado impressionado com as atitudes de Isaque e com sua força e prosperidade. Ele foi até Isaque com mais dois amigos, Ausate e Ficol, e publicamente reconhece que Deus estava com Isaque (Gn 26.26-28). Isaque, diplomaticamente, prepara um banquete para aqueles homens, selando assim um acordo de paz.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Mesmo enfrentando crises, Isaque continuou cavando seus poços. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Por três vezes Isaque e seus homens cavaram novos poços. Quando as duas primeiras disputas surgiram, Isaque partiu. Finalmente, houve espaço suficiente para todos. Ao invés de dar início a um grande conflito, Isaque comprometeu-se com a paz. Você estaria disposto a abandonar uma importante posição ou possessão valiosa para manter a paz? Peça a Deus sabedoria para saber quando se retirar e quando ficar e lutar.

Com seus inimigos tentando fazer um tratado de paz, Isaque foi rápido em responder, tomando a oportunidade uma celebração” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.27).

 

CONCLUSÃO

 

Isaque é um exemplo de homem obediente a Deus, humilde, gentil e manso. Não ter ido para o Egito foi um ato de obediência e fé. Ele mostrou confiar na provisão divina, mesmo em tempos de escassez. Isaque confiou em Deus, fez a sua parte, semeou a terra, cavou poços e experimentou a bênção e o milagre em sua vida.

 

PARA REFLETIR 

A respeito de Deus, nosso Provedor, responda: 

Para fugir da fome para onde Isaque pretendia ir?

Ele pretendia descer ao Egito. 

Segundo a lição, as escolhas erradas e a desobediência geram o que?

As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21). 

O que Isaque fez com medo dos habitantes de Gerar?

Ele mentiu dizendo que Rebeca era sua irmã. 

O que envolve o semear?

Semear envolve esforço e fé. 

Cite o nome de dois poços de Isaque e o seu significado.

Eseque (significa contenda) e Sitna (inimizade).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

Deus, o nosso Provedor

 

Embora o homem tenha o livre-arbítrio, Deus é soberano. Soberania e livre-arbítrio sempre viveram inúmeras tensões no campo da teologia. Entretanto, quando levamos em conta a teologia bíblica defrontamo-nos com textos que nos mostram Deus respeitando o livre-arbítrio do ser humano, noutro momento lançando às favas o livre-arbítrio. Ora, Ele é um Deus soberano, eterno, majestoso e Senhor de todas as coisas.

Compreendendo a natureza soberana do Deus eterno, é que devemos olhar para os problemas deste mundo. No Brasil, a crise financeira está assolando todas as classes sociais. Mas uma crise como essa não acontece da noite para o dia.

Há uma série de decisões macro e microeconômicas que se tomadas equivocadamente trarão prejuízos irreparáveis a uma nação. Na esfera da economia doméstica, igualmente. Se não houver uma consciência de se a nossa despesa for maior que a nossa receita, brevemente entraremos num colapso econômico. Foi isso o que ocorreu com o nosso país e todos os dias ocorre com inúmeras famílias. Má gestão e decisões equivocadas são as razões das principais crises financeiras. Percebe como o livre-arbítrio interfere nas coisas mais comezinhas da vida? Ora, não há solução mágica.

Entretanto, é bem verdade que problemas financeiros assaltam muitas vidas de surpresa. O desemprego, ou problema de saúde. Enfim, muitos servos de Deus entram numa provação causticante onde só perceberam que entraram em crise tempos depois, pois não imaginariam de modo algum o que viria pela frente. Aqui entra a soberania de Deus. Quando não há mais solução visível, nem perspectiva de auxílios externos, Deus age em nosso favor e derrama da sua misericórdia para conosco.

Quantos testemunhos bíblicos e da história da Igreja nos mostram a ação de um Deus que prover as necessidades dos seus filhos! É o cumprimento de uma bela promessa do nosso Senhor quando ensinava o Sermão do Monte: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.31,32).

São muitas pessoas que têm provado da provisão de Deus nos momentos de angústias e tribulações. Nossa parte é priorizar o Reino de Deus e a sua justiça, e o nosso Pai Celestial agirá em nosso favor. 

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 7: José: fé em meio às injustiças

Data: 13 de Novembro de 2016

 

TEXTO ÁUREO

 

“E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]” (Gn 39.2).

 

VERDADE PRÁTICA

 

No enfrentamento de uma crise, a sabedoria divina é indispensável.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Gn 37.3,4

Uma túnica colorida e a crise de inveja 

Terça — Gn 37.6-8

Um sonho e o início de várias crises

Quarta — Gn 37.22

Um plano perverso e a crise da cova 

Quinta — Gn 37.28

Da crise da cova para a crise da escravidão 

Sexta — Gn 39.20

Da crise da escravidão para a crise do cárcere 

Sábado — Gn 39.21

A bênção de Deus e a sua benignidade em tempos de crise

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 37.1-11.

 

1 — E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.

2 — Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.

3 — E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.

4 — Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.

5 — Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.

6 — E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:

7 — Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho.

8 — Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.

9 — E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.

10 — E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?

11 — Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.

 

HINOS SUGERIDOS

 

46, 186 e 609 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. 

  1. Apontar os sonhos de José e as crises que ele teve que enfrentar;
  2. Ressaltar a crise da cova e da escravidão na vida de José;

III. Enfatizar a sabedoria de José para administrar as crises.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento errado. Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria colocar José em uma posição de destaque na família. José tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se você está enfrentando algumas crises, assim como José, não desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu caráter e o preparando para algo especial?

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

A história de José é uma das mais belas registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que mostra o amor de um pai, a rejeição e a inveja dos irmãos e a beleza dos sonhos de um jovem. São 13 capítulos que revelam os desígnios de Deus na história de Israel. Nesta lição, estudaremos a respeito das crises enfrentadas por José e a sua atitude diante de cada uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis situações. As adversidades na vida de José contribuíram para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem fielmente (Gn 13). 

 

PONTO CENTRAL 

Deus concedeu a José sabedoria para administrar crises. 

  1. DOIS SONHOS E MUITAS CRISES

 

  1. A família de José. Jacó era o pai de José, e sua família era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamim (Gn 30.22-24; 35.16-18). Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa e Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma túnica colorida. Essa túnica de várias cores revelava uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo de Jacó por José gerou algumas crises na família. Uma família dividida não pode resistir às crises. Por isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e igualitário, evitando qualquer tipo de preferência.
  2. A inveja dos irmãos de José. O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões principais. A primeira está no fato de José denunciar ao pai as más ações cometidas por seus irmãos. Certamente os irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava no fato de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José aparecia em uma posição de honra. É importante ressaltar que, embora a família de Jacó estivesse enfrentando a crise do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande povo. Deus não pensa como nós e não julga segundo os critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios são perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.
  3. Os sonhos de José (Gn 37.7,9). Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço precipitadamente contou seu sonho a seus irmãos. Nem sempre podemos partilhar todos os nossos sonhos. Alguns devem ser guardados no coração até que se cumpram integralmente. José tornou a sonhar e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai. Os sonhos de José foram dados pelo Senhor, e um dia se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado a você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde, pois no tempo do Senhor se cumprirá. 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

 

José revelou seus dois sonhos a sua família e logo teve que enfrentar algumas crises. 

SUBSÍDIO DIDÁTICO 

Professor, inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: “Quem sabe os nomes de todos os filhos de Jacó?”. Incentive a participação de todos e ouça as respostas com atenção. Em seguida reproduza o esquema abaixo no quadro. Mostre aos alunos a família de Jacó e ressalte que as promessas que Deus fez a Abraão foram passadas a Jacó e seus descendentes, por isso, Deus usou José para preservar sua família da fome e da morte. Da semente de Abraão nasceria aquEle que abençoaria todas as famílias da Terra, Jesus Cristo.

 

CONHEÇA MAIS

FOME NO EGITO

“Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica”. Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46.

 

  1. A CRISE DA COVA E DA ESCRAVIDÃO

 

  1. José é vendido como escravo (Gn 37.27,28). Certo dia, os irmãos de José levaram os rebanhos até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava bem. Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido a Dotã. Quando os irmãos de José viram que ele vinha se aproximando, decidiram matá-lo. O plano era matar José e, depois, dizer ao pai que um animal selvagem o havia matado. Os irmãos de José tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não aceitou tal ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em uma cova. Rúben planejava resgatar o irmão. Porém, Judá também teve uma ideia: “Vendê-lo como escravo”. Assim, os irmãos tiraram José da cova e o venderam como escravo aos mercadores por vinte moedas de prata. Os irmãos de José tomaram sua túnica e a mancharam com o sangue de um animal. O objetivo era enganar a Jacó. Eles fizeram seu pai chorar e sofrer muito. O ciúme e a inveja sempre produzem tristeza e dor na família.
  2. José na casa de Potifar. José foi comprado pelos mercadores e levado ao Egito. Chegando ali os mercadores o venderam a Potifar, um dos oficiais de Faraó. No entanto, Deus estava com José na cova e também no Egito. O Senhor não nos abandona diante das situações adversas. José alcançou graça e favor aos olhos de Potifar e este o colocou sobre tudo que possuía.
  3. José prosperou na casa de Potifar. José foi elevado à função de mordomo, gerindo todos os negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a tristeza lhe dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é um exemplo de superação em meio às crises, pois não permitiu que a sua fé em Deus fosse abalada diante das circunstâncias adversas.

Deus estava com José, mas a crise mais uma vez o alcança. A mulher de Potifar, que não tinha escrúpulos nem decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao seu patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva, armou-lhe uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18). Potifar ouviu a acusação mentirosa de sua esposa contra José e o mandou para a prisão, onde estavam os oficiais de Faraó. José venceu a tentação, mas foi para a prisão.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

José teve que enfrentar a crise da cova e da escravidão, mas Deus estava com ele.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar

Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante os juízes (cf. Is 53.7; 1Pe 2.23).

O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José” (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, pp.45,46).

 

III. SABEDORIA PARA ADMINISTRAR A CRISE

 

  1. José é abençoado por Deus na prisão (Gn 39.21-23). José foi injustamente lançado na prisão, porém Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já havia sido revelado em seus sonhos. Ele sabia que, de algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão. Ali, José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de Deus estava estendida para abençoá-lo. Por isso, por onde ele passava era bem-sucedido.
  2. José e os dois oficiais de Faraó. José foi sustentado na prisão pela benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho. Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este interpretou o sonho deles. Ao copeiro-mor José disse que dentro de três dias ele seria chamado para servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse que, dentro de três dias, seria executado. Tudo aconteceu do jeito que José havia dito.
  3. Da prisão ao palácio de Faraó (Gn 41.1-8). Faraó também teve dois sonhos que o perturbaram muito. Os egípcios acreditavam que os sonhos eram presságios de situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e astrólogos para que os interpretassem, mas nenhum deles conseguiu convencê-lo com suas interpretações (Gn 41.8). Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a Faraó a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor. Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por um período de sete anos de grande fartura e depois um período de sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito.

Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte dos desígnios de Deus. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Deus é a fonte de toda sabedoria. Ele nos concede sabedoria para administrar as crises.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate-Paneia, que quer dizer ‘abundância de vida ou o deus fala e vive’. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por ele.

[...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado Manassés, ‘que esquece’, como testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi chamado Efraim, ‘dupla fertilidade’, como testemunho das providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição.

Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar alimentos” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2005, pp.114,115). 

 

CONCLUSÃO 

Todas as dificuldades pelas quais passamos, quando estamos no plano divino, são para nos ensinar. Deus preparou o espírito de José para as crises que enfrentaria e para que pudesse desfrutar de uma posição privilegiada no Egito. José não se esqueceu de que Deus estava com ele, não só nas humilhações, mas também quando exaltado diante dos homens.

 

PARA REFLETIR 

A respeito de José, fé em meio às injustiças, responda: 

Quem era o pai de José?

Jacó, neto de Abraão. 

Qual o presente que Jacó deu a José e que demonstrava seu favoritismo?

Uma capa colorida. 

O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja?

A revelação dos sonhos de José. 

Quanto os ismaelitas pagaram por José?

O venderam por vinte moedas de prata. 

Faraó nomeou José para que cargo?

Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

José: Fé em Meio às Injustiças 

José era o décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho da mulher a qual seu pai mais amava: Raquel. Conhecendo o contexto da família em que José nasceu não é difícil compreender o porquê de o futuro maioral do Egito enfrentar tantas crises familiares. Além das crises internacionais, quando José era o maioral do Egito, ou antes, de chegar a ser uma autoridade respeitada na terra do rio Nilo, a crise doméstica do filho amado por Jacó revelava muito do seu caráter. Com José aprendemos que antes de Deus nos levar a enfrentar crises complexas, Ele nos instrui com as pequenas lutas familiares. No seio da família somos forjados para a luta e o encontro com a vida.

A irmã de Raquel, Leia, já havia dado seis filhos e uma filha para Jacó. A relação entre Raquel e Leia era muito difícil, pois enquanto a irmã mais velha havia dado sete filhos a Jacó, Raquel era estéril e, consequentemente, não havia dado nenhum filho para seu amado marido. Não dar à luz na época dos patriarcas era motivo de vergonha e de humilhação. Certamente, a partir de cada encontro entre Raquel e Leia a dor de não ser mãe desaguava na mente e coração da amada de Jacó. Embora o tempo seja outro, qualquer mulher sente a dor incomensurável de quando deseja ser mãe e não consegue. A dor de Raquel é a dor de muitas mulheres do século XXI!

O contexto de desentendimento e de dor entre Leia e Raquel alimentou o ódio dos filhos de Leia para com José, o filho de Raquel. O ódio regado dentro da própria casa quase foi finalizado com uma tragédia. Esta, porém, foi impedida pelo primogênito de Jacó, Rúben. Entretanto, a sua atitude de poupar José não foi suficiente para impedir seus irmãos de vendê-lo para uma caravana de compradores de escravos.

A marca da trajetória do filho amado de Jacó é que mesmo em meio a tanto desprezo e desconsideração, José não permitiu que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente, seria justo José devolver na mesma moeda quando teve a primeira oportunidade de fazê-lo. Mas não o fez. Preferiu compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais preparando o caminho para conservar a sua família num contexto de fome e miséria mundial.

A vida de José nos ensina que devemos guardar o nosso coração do ódio, da vingança e da ação maligna. Saber gerenciar as crises com o olhar e a sabedoria de Jesus é o nosso grande desafio hoje. Sob os cuidados e a orientação do mestre divino isso é possível!

 

                   

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 8: Rute: Deus trabalha pela família

Data: 20 de Novembro de 2016

 

 

 

TEXTO ÁUREO 

“[...] Bendito seja o SENHOR, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel” (Rt 4.14).

 

VERDADE PRÁTICA 

Deus abençoa o trabalho, a fé e a persistência da família que o serve.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Rt 1.1

A fome leva uma família a deixar Belém

Terça — Rt 1.3

Noemi enfrenta a morte em sua família

Quarta — Rt 1.6,7

O triste regresso de Noemi em meio à crise 

Quinta — Rt 2.1,2

O trabalho de Rute em meio à crise 

Sexta — Rt 2.8,9

Provisão divina e cuidado em meio à crise 

Sábado — Rt 4.13

A bênção do casamento em meio à crise

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Rute 1.1-14. 

1 — E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.

2 — E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali.

3 — E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,

4 — os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

5 — E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.

6 — Então, se levantou ela com as suas noras e voltou dos campos de Moabe, porquanto, na terra de Moabe, ouviu que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão.

7 — Pelo que saiu do lugar onde estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando, para voltarem para a terra de Judá,

8 — disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo.

9 — O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a sua voz, e choraram,

10 — e disseram-lhe: Certamente, voltaremos contigo ao teu povo.

11 — Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos?

12 — Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,

13 — esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do SENHOR se descarregou contra mim.

14 — Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.

 

HINOS SUGERIDOS 

58, 83 e 400 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL 

Ressaltar que Deus abençoa o trabalho, a fé e a persistência da família que o serve.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Apontar a crise econômica pela qual Belém estava passando;
  2. Mostrar como Noemi e Rute superaram as crises;

III. Enfatizar que a fé e o trabalho nos ajudam a superar as crises.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

A família de Elimeleque teve que deixar Belém devido a uma grave crise econômica. Era tempo de escassez. A crise era resultado da desobediência dos israelitas para com o Senhor no tempo dos juízes. Um tempo difícil, onde cada um fazia aquilo que parecia ser bom aos seus próprios olhos. A falta de temor e observância da lei trouxe sérios prejuízos espirituais e financeiros para Israel. A família de Elimeleque muda-se para Moabe na esperança de ter dias melhores. Mas, ali Elimeque morre e é enterrado. Seus dois filhos também vieram a falecer em Moabe. Noemi, a esposa de Elimeleque teve que enfrentar a perda do marido e dos filhos. Mas crises ainda piores estavam por vir. Todavia, Deus lhe concedeu um escape; uma nora que a amou e a acolheu em tempos de amargura. Noemi e Rute voltam para Belém, trabalham, mantém a fé em Deus e são grandemente abençoadas. Todos nós enfrentamos momentos de dor e aflição. Mas a nossa fé nos faz avançar, trabalhar e ver o impossível sendo realizado. Diante das adversidades, não desanime, não pare.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, estudaremos a história de uma família que enfrentou a crise da fome, do luto e da desesperança. É a história de três viúvas: Noemi, Orfa e Rute. Elas enfrentaram momentos terríveis. Porém, duas delas não se deixaram abater pelas dificuldades. Com fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança, venceram dificuldades. É uma história de trabalho, provisão e resgate. 

 

PONTO CENTRAL 

Deus trabalha em favor da família. 

 

  1. A CRISE ECONÔMICA 
  1. Fome na “casa do pão”. Belém de Judá estava enfrentando uma terrível crise econômica. A fome tomou uma proporção gigantesca, obrigando as pessoas a deixarem a região. A escassez era resultado do mau governo dos últimos juízes de Israel. Estes haviam abandonado ao Senhor. Belém, que significa “casa de pão”, estava com fome. A cidade deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez. Neste caso, a fome era resultado da disciplina divina (Lv 26.18-20). Israel afastou-se da comunhão com Deus, adorando ídolos pagãos. Nem todos agiam de modo pecaminoso, mas a disciplina era para todos.
  2. A crise alcança uma família (Rt 1.1,2). Elimeleque, Noemi e seus filhos, Malom e Quiliom são atingidos pela crise. A escassez obrigou Elimeleque a deixar, juntamente com a família, a sua terra. Naquele momento de crise, eles fizeram o que parecia ser o melhor para toda a família, ou seja, seguiram para Moabe. Ao chegarem a Moabe, ao invés de encontrar pão, encontraram a doença e a morte. Elimeleque e seus dois filhos morreram em Moabe. Noemi ficou sozinha com suas duas noras. Naquele tempo não havia previdência social. As viúvas eram sustentadas pelos filhos, em especial o primogênito. Logo, perder o marido e os filhos era uma situação terrível.
  3. Três viúvas. Essas mulheres, desprotegidas, sofreram enormes dificuldades para sobreviver. Mas Deus não abandona seus filhos nem os desampara. O Senhor já tinha um plano de redenção e bênção preparado para Noemi e Rute. Em momentos de crises, muitas vezes achamos que Deus está silencioso e distante. Parece não haver saída, mas Ele está trabalhando em nosso favor. Por isso, não tenha medo. Deus não vai desamparar você. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

A crise econômica em Belém fez Elimeleque e sua família buscarem melhores condições de vida em Moabe. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias, havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra.

Embora Noemi fosse uma fiel seguidora do Senhor, experimentou grande adversidade. (1) Ela e a sua família sofreram os efeitos da fome, e tiveram que abandonar sua própria casa. Além disso, ela perdeu seu marido e seus dois filhos. Parecia que o Senhor a abandonara e até mesmo se voltara contra ela. (2) A história de Rute, no entanto, revela que Deus continuava cuidando dela, inclusive agindo através de terceiros, para socorrê-la em suas necessidades. Como no caso de Noemi, o crente fiel e leal a Cristo pode experimentar grandes adversidades na sua vida. Tal fato não significa que Deus o abandonou ou que está castigando. As Escrituras frisam, repetidas vezes, que Deus continua, com todo o amor, a fazer todas as coisas cooperarem para o nosso bem em tempos de aflição” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.422).

 

CONHEÇA MAIS 

NOS DIAS DOS JUÍZES

“A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias, havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra”. Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.422.

 

  1. SUPERANDO AS CRISES

 

  1. Noemi enfrenta a crise. Noemi tornou-se uma mulher amarga, triste e sem esperança. Parecia não existir solução para a crise que estava vivendo. As dificuldades podem embaçar a nossa visão e tirar toda a nossa expectativa. Se você está enfrentando uma situação que não parece ter solução, não se desespere. Tenha fé no Deus de toda a provisão. Noemi foi dominada pela amargura e dor. Seus sentimentos tornaram-se amargos. Ela não esperava mais nada da vida, senão a morte.
  2. O retorno para sua terra. Noemi tomou a decisão de retornar para Belém, a sua terra natal. Porém, antes ela decidiu liberar suas noras, Orfa e Rute, para que voltassem às suas famílias. Orfa aceitou a liberação de sua sogra e retornou para sua família. Mas Rute não quis abandonar a sogra. Talvez, Noemi estivesse pensando que Deus a estava castigando com todos aqueles sofrimentos. Ela não podia imaginar o plano de Deus em todas aquelas adversidades. Aprendemos com a Palavra de Deus que “[...] todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus [...]” (Rm 8.28).
  3. Rute e o Deus de Israel. Rute declarou: “[...] O teu Deus é o meu Deus” (Rt 1.16). Sua sogra, embora atravessando um momento difícil, deu um excelente testemunho. A convivência com Noemi levou Rute a ter uma experiência pessoal com Deus. Rute se apegou à sua sogra. Tal gesto de amor e generosidade nos mostra que é possível o bom relacionamento entre noras e sogras.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Noemi e Rute com fé e trabalho superaram as crises.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

“A declaração de Rute (1.16,17)

A famosa expressão de compromisso de Rute à sua sogra não somente demonstra lealdade a uma amiga, mas também esclarece um aspecto teológico. Rute disse ‘seu povo será o meu povo’ antes de dizer ‘e seu Deus será o meu Deus’. Nos tempos do Antigo Testamento, Deus tinha um relacionamento de aliança somente com Israel. Ao identificar-se com o povo da aliança, Rute qualificou-se ao proclamar o Deus de Israel.

Em lugar de fazer Noemi feliz, os envolvimentos familiares e velhos amigos tornaram a aflição de Noemi mais intensa. Podemos entender porquê. Voltar para casa depois da morte de um ente querido é igualmente fazer-nos sentir nossa perda. Nosso lar parece vazio, o silêncio é escurecedor. De repente somos esmagados pela aflição, pela ausência. Nossos queridos é que fazem de nossa casa o ‘lar’. Aos olhos de Noemi, que deixara Belém com um marido e dois filhos, o retorno trouxe-lhe à consciência a brutal extensão de sua perda” (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, p.175). 

III. FÉ E TRABALHO 

  1. Noemi e Rute chegam à terra do pão. A chegada de duas mulheres viúvas à cidade deve ter chamado a atenção das pessoas, especialmente daquelas que haviam conhecido Noemi antes de sua partida. Noemi agora se encontrava com a alma amargurada. Por isso, pede para ser chamada não mais de Noemi, que significa “agradável”, mas “Mara”, isto é, “amarga”. Noemi retornou à sua cidade sem marido, sem filhos e sem bens. Ela acreditava que todo aquele sofrimento vinha de Deus, como uma forma de punição (Rt 1.21).
  2. Rute ajuda Noemi. Elas chegaram a Belém no “princípio da sega das cevadas” (Rt 1.22), ou seja, quando a colheita estava começando. Se em Moabe a situação era precária, agora em Belém, havia esperança, pois havia trabalho na colheita da cevada. Vencemos as crises com a ajuda de Deus e com muito trabalho. O trabalho é bênção de Deus, pois é do nosso salário que tiramos a provisão para nossas famílias.
  3. Rute trabalha apanhando espigas. Rute vai para um campo de cevada que pertencia a um parente de Elimeleque. Ali, ajunta as espigas que os segadores deixavam para trás. Essa prática era permitida pela Lei Mosaica para ajudar os necessitados (Dt 24.19-21). Nosso país vive um momento de crise econômica, e a falta de emprego é uma realidade que tem atingido milhões de pessoas. Muitos que perderam seus empregos buscam qualquer serviço que lhes dê condições de sobrevivência. Siga o exemplo de Rute, não fique de braços cruzados. Ela trabalhou todo o dia no campo até ajuntar cevada suficiente para si e sua sogra. Sua diligência no trabalho chamou a atenção do dono do campo, Boaz. O trabalho dignifica o trabalhador, e Rute demonstrou sua lealdade e beneficência para com sua sogra.

Ao dispor-se a trabalhar no campo, Rute descobriu que Boaz era parente de Elimeleque e, por lei ele poderia se casar com ela e redimi-la. Boaz fez tudo conforme orientava a lei. Ele é um tipo de Cristo, o nosso Redentor, que sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas (2Co 8.9). Boaz casa com Rute e ela dá à luz a um filho, o qual recebeu o nome de Obede. Mais tarde Obede se tornou o avô de Davi. Deus honrou a decisão, a atitude e o trabalho de Rute.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Fé em Deus e trabalho são fundamentais para vencer as crises. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Uma reputação merecida

Em uma pequena comunidade, a história de Rute e Noemi seria de domínio público, o alvo das atenções. Agora, os eventos mostravam Rute trabalhando arduamente (Rt 2.7): reverenciosa (Rt 2.10), recatada, bem-agraciada (Rt 2.13). A reputação que construímos abre, ou fecha, portas para a oportunidade.

A declaração de Boaz abençoando Rute pode ser considerada uma oração (Rt 2.12). ‘Recompensa’ aqui é maskoret, uma palavra com sentido de ‘salários’. Boaz credita a Rute o melhor, por sua piedade e escolha do Deus de Israel, e está convencido de que um Deus justo providenciar-lhe-á a justa recompensa. Disse tudo isso saber que seria ele próprio o instrumento para esta resposta. Deus, frequentemente, usa como seu agente aquele que ora para responder tal oração” (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, p.176). 

 

CONCLUSÃO 

Rute teve algumas perdas em sua vida; perdeu o sogro, o cunhado e o marido. Além dessas perdas, teve que cuidar de uma sogra triste e desamparada. Mas o Deus da provisão não desamparou Rute nem Noemi. Temos um Deus que nos ajuda e abençoa-nos com o trabalho e a sua provisão. Confie!

 

PARA REFLETIR 

A respeito de Rute, Deus trabalha pela família, responda: 

A escassez em Belém era resultado de quê?

A escassez era resultado do mau governo dos últimos juízes de Israel. Estes haviam abandonado ao Senhor. 

Para onde Elimeleque e sua família foram para escapar da fome?

Eles foram para Moabe. 

No tempo de Noemi quem deveria sustentar uma viúva?

Os filhos e parentes mais próximos. 

Qual o significado dos nomes Noemi e Mara?

Noemi significa agradável, mas Mara, amarga. 

Boaz é um tipo de quem?

Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas (2Co 8.9).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

Rute, Deus trabalha pela família 

Rute era uma moabita que casou com dois homens judeus. O primeiro, que posteriormente faleceu, Malom, filho de Noemi (Rt 1.2). O segundo, Boaz, um parente do marido de Noemi (4.3). Na lei, mais especificamente em Deuteronômio 23.3,4, havia uma proibição expressa de os judeus aceitarem moabitas em sua comunidade: “Nenhum amonita ou moabita entrará na congregação do SENHOR; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do SENHOR, eternamente. Porquanto não saíram com pão e água a receber-vos no caminho, quando saíeis do Egito; e porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia, para te amaldiçoar”. É possível que a geração de Noemi desconhecesse essa lei, pois se tratando do período dos juízes, uma característica dessa geração era desconhecer a Lei de Deus.

Entretanto, a opção de Rute chama atenção de qualquer estudioso ou leitor do livro. Num contexto em que se achava sua sogra, um momento difícil sob o ponto de vista político e econômico, seria natural que Rute tomasse a mesma decisão que a da sua irmã, Orfa. Sem marido, sem herança e na pobreza, por que não voltar para sua terra natal e estabelecer uma nova família de dentro do seu povo original?!

Mas Rute renunciou o seu próprio povo para ficar com outro estranho para ela. Isso significou trocar a cultura do seu povo pela do outro povo, deixar o deus da sua casa e reconhecer o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. O resultado da devoção de Rute a Deus e a sua consideração por Noemi, sua sogra, foi a providência de um remidor, Boaz, que a remiu e assumiu toda a responsabilidade marital com Rute. O que significava naquele tempo sobrevivência pessoal e da descendência da família.

No Evangelho de Mateus, Rute, a moabita, é mencionada na genealogia de Jesus (1.5). É muito interessante, que além de Raabe, uma ex-prostituta de Jericó, apareça a moabita Rute oriunda de uma cultura pagã e idólatra. É a prova de que Cristo Jesus veio como o salvador de qualquer ser humano e que a sua graça é capaz de alcançar o mais vil pecador.

A história de Rute nos mostra o quanto Deus guia os passos dos que desejam servi-Lo com verdade. Embora vivendo um contexto de escassez e fome, Deus trouxe provisão à necessidade de Rute. A história dessa grande mulher nos estimula a vivermos uma vida de devoção sincera a Deus, sabendo que o Pai é grande o bastante para abençoar o esforço das nossas mãos e a sinceridade da nossa fé.

fonte www.mauricioberwald.com

 

 

            Lição 9 - O Milagres Está em Sua Casa  

           27 de novembro de 2016 4 trimestre 

 

TEXTO ÁUREO

 

“Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...], que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste.”(Dt 10.17,18)

 

 VERDADE PRÁTICA

 

Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o extraordinário.

 

                          LEITURA DIÁRIA 

 

Segunda - 2 Rs 2.8: Eliseu divide as águas do Jordão

Terça - 2 Rs 4.1-7: Eliseu multiplica o azeite da viúva de um dos filhos dos profetas

Quarta - 2 Rs 4.19-35: Eliseu ressuscita o filho de uma sunamita

Quinta - 2 Rs 4.42-44: Eliseu multiplicou os pães para cem homens

Sexta - 2 Rs 5.9-14: Eliseu indicou a cura da lepra de Naamã

Sábado - 2 Rs 6.6,7: Eliseu fez o machado flutuar

 

                 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

2 Reis 4.1-7

1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.

2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

3 - Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.

4 - Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.

5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.

6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.

7 - Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

 

OBJETIVO GERAL

 

Ressaltar que em tempos de crise Deus opera o impossível.

 

HINOS SUGERIDOS: 28, 58, 262 da Harpa Cristã

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

  1. Apontar a crise financeira pela qual a viúva que procurou Eliseu passava;
  2. Mostrar que Deus realiza milagres;

III. Enfatizar que Deus dá a provisão na medida certa.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Na lição de hoje estudaremos a respeito do milagre da multiplicação do azeite realizado pelo profeta Eliseu. O milagre da multiplicação do azeite nos mostra que para Deus não existem impossíveis. Não importa a crise que o nosso país esteja enfrentando, o Senhor pode realizar o impossível para nos abençoar financeiramente.  A viúva endividada, no momento de crise foi até a pessoa certa, um profeta e homem de Deus. É preciso ter cuidado, pois muitos estão buscando o milagre divino no lugar errado e com a pessoa errada. Em tempos de crises não faltam falsos profetas que prometem  soluções milagrosas. Estes pseudosprofetas  "vendem a bênção" do Senhor, ganhando com a dor e a miséria alheia. Precisamos estar atentos, pois Deus não negocia milagres.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Deus concedeu a Eliseu autoridade espiritual para que ele pudesse suceder Elias. O seu ministério foi marcado por muitos milagres. Na lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus operou por intermédio do seu servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de uma crise financeira.

 

PONTO CENTRAL

 

Em tempos de crises, Deus realiza milagres.

 

I - UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES

 

  1. A crise das dívidas.

 

Não sabemos o nome da viúva nem dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu. Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.

 

  1. O risco de perder os filhos.

 

A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias estão vivendo em absoluta pobreza.

O número de desempregados é um dos maiores da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os necessitados e aflitos.

 

  1. A viuvez.

 

No Antigo Testamento, a mulher trabalhava somente em casa e era sustentada por seus marido. Quando o marido morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e os órfãos.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

 

A família da viúva que foi procurar a ajuda de Eliseu estava correndo sérios riscos.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

A viuvez no Antigo Testamento

 

No Antigo Testamento, a questão da viuvez já era tratada com muita atenção. Inclusive, Deus advertira fortemente ao povo de  Israel para que tratasse bem aos órfãos e as viúvas, caso contrário, Ele castigaria contundentemente aqueles que os oprimissem (Êx 22.22-24; Sl 68.5; Ml 3.5).

 

Um detalhe interessante a ser notado é que as passagens tanto  do Antigo quanto do Novo Testamento, que tratam da questão da viuvez, não falam do cuidado com os viúvos, mas, sim, em relação às viúvas, uma vez que, no modelo de  organização familiar daqueles tempos, a morte da esposa não mudava a posição social e econômica do marido, mas o contrário, sim. Lembremo-nos que, nos tempos antigos, ou seja, no período bíblico e também durante muitos séculos depois, não havia pensão alimentícia nem seguro social, e as mulheres também não tinham tantas alternativas de emprego em nossos dias. Já para o homem, que normalmente sustentava a família sozinho, havia muitas opções, além de ser privilegiado na questão das heranças. Por esse motivo as viúvas passavam geralmente grandes necessidades.

 

No período bíblico, perder o marido significava para a mulher perder de forma dramática a sua posição social e econômica, e, conforme lembram-nos os teólogos Merril F. Unger e William White Jr,   'a gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse filhos' (Dicionário Vine, p. 33). No caso de não ter gerado filhos, a viúva voltava para a casa dos pais (Gn 28.1) e ficava sujeita à lei do levirato, que já era praticada antes de Moisés, mas foi estabelecida como lei, de fato, somente com ele (Dt 25.5,6)" (COLEHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 43,44).

 

CONHEÇA MAIS

 

Escravos

 

Nos tempos do Antigo Testamento, uma família de uma pessoa podia ser tomada e vendida para escravidão temporária para pagar uma dívida devida pelo pai. O ato de Eliseu demonstrou a preocupação de Deus pela viúva e pelo órfão que simbolizam o afligido  pela pobreza e pela fraqueza no AT.

Óleo de oliva refinado era usado em cozimento, cosméticos e queimado como combustível na iluminação e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Podia ter sido facilmente vendido pela viúva, a dívida paga e, assim, as necessidades da própria família seriam atendidas." Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.245.

 

II - DEUS REALIZA MILAGRES

  1. A fé do profeta.

 

O capítulo quatro do segundo livro de Reis registra quatro milagres operados por Eliseu. Estes milagres evidenciam a fé do profeta e o cuidado de Deus para com todos aqueles que creem nEle. Se quisermos ver milagres em nossas vidas precisamos crer. É preciso ter fé, pois o que duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não podemos nos esquecer que para Deus não existem impossíveis. Ele pode operar um milagre em sua vida, creia.

 

  1. A viúva procura Eliseu.

 

Diante da crise, a viúva decidiu procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à mulher foi: "Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa". A igreja neste tempo de crise econômica, deveria fazer à sociedade a mesma pergunta. A Igreja de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os pobres, órfãos e viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como homem de Deus, sabia que o Senhor poderia reverter a situação financeira daquela viúva. Ele não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas decidiu ajudar uma pessoa necessitada.

 

  1. Deus utiliza aquilo que temos.

 

O que você tem em mãos para começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus operou grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de "uma botija de azeite" que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda provisão.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

 

Deus não mudou. Ele continua a realizar milagres.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

A solução dentro de casa

 

O problema da dívida daquela família precisava ser resolvido. Eliseu não pensou em buscar um empréstimo para saldar aquela pendência financeira. Ele perguntou o que a que mulher tinha em sua casa. Curiosa essa pergunta, pois se a mulher veio até o profeta pedir ajuda para não ter seus filhos levados como escravos por causa de uma dívida, é plausível entender que ela não tinha bens de valor material em casa que fossem suficientes para a quitação do débito.

 

A mulher respondeu ao profeta: 'Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite' (2 Rs 4.2). Em que um vaso de azeite seria útil em uma casa com falta de provisão? Lawrence O. Richards fala que 'óleo de oliva refinado no cozimento, cosmético e queimado como combustível na iluminação, e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa do mais pobre dos hebreus' (Guia do Leitor da Bíblia, p. 245). É possível entender; dessa nota, que o azeite era um produto de pouco valor agregado, de baixo custo, mas essencial à vida de todos. A ordem de Eliseu à mulher foi que conseguisse muitos vasos emprestados, vazios, e que fechasse a porta de sua casa, e derramasse o pouco de azeite que tinha naqueles vasos. Obedecendo à palavra do profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou  multiplicando o pouco que ela possuía. Não havendo mais recipientes onde estocar o azeite, cessou o milagre.

 

Aquela mulher tinha então uma grande quantidade de azeite em casa, mas parece que não sabia o que fazer com ele. Indo mais uma vez ao profeta, contou-lhe o ocorrido e ouviu dele que vendesse o azeite, pagasse a dívida e vivesse do restante. É preciso saber trabalhar com o que se tem em mãos.

A ordem era clara. Aquele milagre não aconteceu para que ela gastasse o dinheiro com coisas desnecessárias, mas sim para que pagasse a dívida adquirida por seu falecido esposo. Como servos de Deus, precisamos entender que Deus dá o necessário para as necessidades, e não para as vaidades" (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 53-54).

 

III - PROVISÃO NA MEDIDA CERTA

 

  1. Preparação para receber o milagre.

 

Eliseu orientou a viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre chegará, assim como chegou para a viúva.

 

  1. Provisão abundante.

 

A viúva tinha somente uma botija de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos.  Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.

 

  1. Fé em ação.

 

A viúva e seus filhos deveriam "tomar vasos emprestados", tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém.

O milagre de Deus é para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro, pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos filhos.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Deus nos concede a sua provisão na medida certa.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

 

Deus espera que ajamos com sabedoria em todos os momentos  de nossa existência, sobretudo nas adversidades. O pouco que aquela mulher tinha em casa foi feito  em muito, mas ela precisava ser sábia no tocante ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Ter recursos em abundância não é suficiente para que solucionemos problemas de escassez. É preciso que saibamos utilizar o que Deus nos deu.

A orientação de Eliseu foi que a mulher vendesse o azeite e  pagasse a dívida que destruiria sua família que já estava desfalcada. A mulher já tinha visto o milagre sendo operado. Agora, deveria angariar os fundos necessários com a utilização correta do milagre de Deus. Lembre-se disso: Na hora em que a despensa está vazia, não adianta ter muitos recursos se você não sabe como aproveitá-los em prol de sua subsistência e de sua família" (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 54).

 

CONCLUSÃO

 

Muitos crentes estão vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas. Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito do milagre está em sua casa, responda:

  • Quem deveria sustentar as viúvas?

As viúvas eram sustentadas pelos filhos e parentes mais próximos.

  • O que aconteceria se a viúva não pagasse as dívidas?

A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida.

  • Qual foi a primeira pergunta do profeta para a viúva?

A primeira pergunta foi: O que você tem?

  • O que a viúva tinha em sua casa?

Uma botija de azeite.

  • O que você tem em suas mãos para ver o milagre de Deus?

Resposta pessoal.

fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

4º Trimestre de 2016

 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 10: Adorando a Deus em meio à calamidade

Data: 4 de Dezembro de 2016

 

TEXTO ÁUREO

 

“Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre” (Sl 136.1).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A nossa fé em Deus leva-nos a adorá-lo em meio às crises e dificuldades.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — 2Cr 20.3

O medo diante da crise

Terça — 2Cr 20.4

Um pedido de socorro em meio à crise

Quarta — 2Cr 20.9

Clamor e angústia em meio à crise

Quinta — 2Cr 20.12

Mantendo os olhos em Deus em meio à crise

Sexta — 2Cr 20.15

O socorro de Deus em meio à crise 

Sábado — 2Cr 20.17

Deus se faz presente em meio às crises

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 

2 Crônicas 20.1-12. 

1 — E sucedeu que, depois disso, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns outros dos amonitas vieram à peleja contra Josafá.

2 — Então, vieram alguns que deram aviso a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.

3 — Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.

4 — E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá vieram para buscarem o SENHOR.

5 — E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio novo.

6 — E disse: Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te possa resistir.

7 — Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não a deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre?

8 — E habitaram nela e edificaram nela um santuário ao teu nome, dizendo:

9 — Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti; pois teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.

10 — Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste que passasse Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não o destruíram,

11 — eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da herança que nos fizeste herdar.

12 — Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.

 

HINOS SUGERIDOS 

478, 524 e 581 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Ressalvar que a nossa fé nos faz adorar a Deus em meio às crises.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Apresentar um panorama do reino do Norte e do Sul;
  2. Mostrar quem foi o rei Josafá;

III. Enfatizar a trajetória do rei Josafá e seus inimigos.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Na lição de hoje estudaremos a respeito da crise política que o rei Josafá teve que enfrentar. Nações inimigas se levantaram para atacar Judá e diante da força delas, Josafá não teria como escapar. Então, ele decide buscar o Senhor em oração e jejum. Deus é o nosso socorro. Em tempos de crise, faça como o rei, busque ao Todo-Poderoso. O Senhor ouviu e respondeu a oração de Josafá enviando o seu socorro. Não tente resolver as situações difíceis sozinho, ore, busque a Deus e você verá o livramento do Senhor. Diante da vitória contra os seus inimigos, Josafá exalta e adora ao Senhor. Seu coração foi afligido pelo temor, mas o tempo de cantar chegou. Assim, como Deus deu o livramento a Judá, Ele dará o livramento a você, confie.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Na lição de hoje, estudaremos a respeito da pior crise que o rei Josafá teve que enfrentar. Com a história de Josafá, aprendemos que, em meio às crises, devemos orar e buscar o socorro de Deus. Veremos que o rei jejuou, orou e confessou sua incapacidade para resolver tal situação. Josafá teve fé. Por isso, recebeu a vitória. Em um gesto de gratidão, ele louva e adora ao Senhor.

 

PONTO CENTRAL

A nossa fé nos faz adorar a Deus em tempos de crises.  

  1. REINO DO NORTE E DO SUL

 

  1. A divisão do reino de Israel. Os livros dos Reis e das Crônicas apresentam a história da divisão entre as tribos do Norte e do Sul em Israel. O reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria. O reino do Sul era formado por duas tribos, Judá e Benjamim, e a capital era Jerusalém. No dias de Roboão, filho de Salomão e Naamá, mulher amonita, o reino enfraqueceu. Com o enfraquecimento econômico do reino de Israel, Roboão resolve aumentar a carga tributária, que já era pesada desde os tempos de Salomão. Por causa desse encargo que Roboão não quis aliviar, as tribos do Norte de Israel romperam com as tribos do Sul (2Cr 10.1-15).
  2. O Reino do Norte. O Reino do Norte conseguiu sobreviver por aproximadamente 200 anos. Foi governado por diferentes reis. Na sua grande maioria, os monarcas são identificados pela seguinte expressão: “era mau” aos olhos de Deus. A maldade dos governantes levou o povo de Deus a experimentar diferentes crises: políticas, sociais e religiosas.
  3. O Reino do Sul. Segundo o Guia do Leitor da Bíblia, este reino foi regido por 19 reis que pertenciam à família de Davi. Judá também enfrentou muitas crises e teve que lutar com os mesmos inimigos do Reino do Norte. Ambos os reinos sofreram crises ameaçadoras e graves. 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

O Reino do Norte e do Sul enfrentaram várias crises espirituais e políticas. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

”A invasão dos moabitas

Os moabitas e os amonitas começaram a se levantar contra Judá desde os dias de Davi. Ao invés de amonitas a Septuaginta traz o termo Meunim, um povo de Seir. A invasão veio do leste ou do sudeste. Dalém do mar é uma referência ao mar Morto. Josafá conclamou o povo à oração e ao jejum em todo o território de Judá, a fim de buscar a ajuda e a direção de Deus.

Em momentos de crise, a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias em que fomos ajudados por Deus. O rei invocou o Deus de seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado, diante do pátio novo. Este seria o pátio externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde os dias de Salomão. Sob a sombra do Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de seu tataravô, na ocasião em que o local santificado havia sido dedicado (2Cr 6.28-31). O rei e seu povo se depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais de uma vez na vida; e não sabemos nós o que faremos. Mas ele, também tinha o recurso para a solução do problema. Este meio está à disposição de todo o verdadeiro servo de Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma liderança temente e obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças) permaneceram perante o Senhor com os seus maridos e com o seu rei” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.461).

 

CONHEÇA MAIS 

JOSAFÁ

“Com 35 de idade ele se tornou co-regente com seu pai Asa, até a morte deste em 870, e governou por 25 anos (1Rs 22.42). Sua mãe era Azuba, filha de Sili. Ele foi contemporâneo de Acabe, e Jeorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom rei”.

Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1089. 

  1. O REI JOSAFÁ

 

  1. Quem era Josafá (1Rs 22.41-43). Ele foi o quarto rei de Judá. Com 35 anos de idade, foi co-regente com seu pai, Asa, por três anos (1Rs 22.41-50). Certamente ele teve como referencial de governo a espiritualidade do seu pai. Seu governo foi próspero. As Escrituras Sagradas afirmam que Deus era com ele, pois “andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai” (2Cr 17.3). Josafá desfez os altares aos deuses que foram erguidos nos montes. Infelizmente, o Reino de Judá tomou o caminho da idolatria, seguindo o mau exemplo do rei Acabe e da rainha Jezabel.
  2. O cuidado de Josafá em instruir o povo (2Cr 17.1-19). No terceiro ano de seu reinado, Josafá ordenou aos levitas e sacerdotes que fossem às cidades de Judá e ensinassem o “livro da Lei do Senhor”. De cidade em cidade, esses homens reuniam o povo nas praças, uma vez que não havia sinagogas nem templos fora de Jerusalém, e ali ensinavam as pessoas.
  3. A instrução e temor. Os príncipes, os levitas e sacerdotes ensinavam ao povo a Lei de Deus (2Cr 17.7,8). O ensino promoveu um grande temor no coração de todos (2Cr 17.10). O temor a Deus é o princípio da sabedoria. Um povo que teme a Deus se tornará próspero.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Diante da ameaça do inimigo, o rei Josafá buscou ao Senhor com oração e jejum. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Josafá

Ele foi contemporâneo de Acabe, Acazias, e Jorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom rei.

No terceiro ano do seu reinado, ele conduziu algumas reformas para melhorar a situação religiosa, instruindo pessoalmente o seu povo e enviando levitas com os livros da lei para ensinar nas cidades de Judá (2Cr 17.7-9). Os filisteus e os árabes lhe pagavam tributos (vv.10,11), e ele mais tarde fortificou as cidades de seu reino.

Durante os últimos cinco anos de seu reinado, Josafá teve seu filho Jeorão reinando junto a si (2Rs 8.16 com 1.17). Josafá morreu com sessenta anos de idade, e foi sepultado na cidade de Davi (1Rs 22.50)” (Dicionário Bíblico Wycliff. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.1088-1089).

III. JOSAFÁ E SEUS INIMIGOS

 

  1. A perigosa aliança feita com Acabe (2Cr 18.1-3). Josafá tornou-se rico e próspero, mas deixou de buscar ao Senhor e passou a agir por si mesmo, confiando apenas na sua capacidade e nos seus bens. Ele fez uma aliança com Acabe, um rei perverso que, juntamente com sua esposa, estabeleceu o culto a Baal no Reino do Norte. A aliança, selada por meio do casamento com uma das filhas de Acabe, lhe traria derrota moral, física e espiritual. Deus usou Jeú para repreendê-lo. O profeta mostrou ao rei Josafá o quanto a aliança que ele havia feito com Acabe aborrecera ao Senhor (2Cr 19.2). Alianças feitas sem a orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos.
  2. Josafá enfrenta a ameaça dos inimigos (2Cr 20.1-12). Os amonitas, os edomitas e os moabitas uniram forças para invadir Judá, cruzando o mar em direção a En-Gedi. Eles formaram um exército com muitos soldados, cavalos e armas. Então, Josafá temeu os seus inimigos. O seu medo o levou a buscar a Deus com jejum. Infelizmente, muitos só se lembram de buscar a Deus quando estão cercados pelas dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente nos tempos de crise; busque-o sempre.
  3. A ação de Josafá. Ele precisou agir rápido, pois um grande exército formado por vários inimigos vinha em sua direção. No momento de aflição e desespero, Josafá invocou o nome do Senhor, e apregoou um jejum (2Cr 20.3). A oração e o jejum nos ajudam a vencer as crises. Era uma nação inteira buscando a Deus. Nenhum crente deve duvidar do poder da oração. O povo se humilhou diante de Deus, mostrando sua total dependência do Senhor. O objetivo era buscar o socorro e a misericórdia de Deus diante do iminente ataque do inimigo. Não há crise que não possa ser vencida quando oramos, jejuamos e confiamos no Senhor. Davi, em um dos seus cânticos, declarou: “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20.7). É tempo de invocarmos o nome do Senhor em favor da nossa nação. Precisamos orar e jejuar a fim de que a crise política e econômica seja solucionada. Jesus declarou que determinadas castas de demônios só podem ser expelidas pela “oração e pelo jejum” (Mt 17.21).

Deus mandou o profeta dizer ao povo que eles não precisariam lutar nem temer, pois Ele mesmo sairia e pelejaria em favor deles (2Cr 20.17). Josafá e seus súditos creram na Palavra de Deus e adoraram e louvaram ao Senhor (2Cr 20.18,19). Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor daria ao seu povo. Quando os exércitos inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, dizem as Escrituras Sagradas que eles caíram em emboscadas e se destruíram uns aos outros, sem que ninguém do povo precisasse fazer qualquer coisa. Os exércitos inimigos foram desbaratados porque Deus os confundiu (2Cr 20.24). Aprendemos que o inimigo não pode resistir ao povo de Deus quando há oração, jejum e verdadeira adoração.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

Josafá tinha muitos inimigos e teve que enfrentar muitas crises. Mas, todas as vezes que buscou a Deus, Ele enviou o socorro.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Em 853 a.C., Acabe o persuadiu a se ajuntar a Israel em uma tentativa de desarraigar Ramote-Gileade da Síria. Acabe foi mortalmente ferido, mas Josafá sobreviveu (1Rs 22.1-38). Ele foi severamente reprovado pelo profeta Jeú por ter se associado ao rei Acabe (2Cr 19.1,2). Judá ocupou uma clara posição subordinada, mas a aliança foi, temporamente, a fonte da força de ambos os reinos. Em seu retorno, Josafá novamente encorajou a adoração ao Senhor Jeová (1Cr 19.4).

Ele havia previamente fortalecido as defesas de Judá e trazido Edom ao seu controle. Isto lhe deu o comando das rotas de caravanas da Arábia e lhe trouxe uma riqueza adicional (2Cr 17.5; 18.1). Josafá tentou construir uma frota de navios em Eziom-Geber com a cooperação de Acazias, rei de Israel, mas os navios foram destruídos. Josafá recusou quaisquer novas parcerias, provavelmente com medo da invasão de seu território e pelo fato de ter sido repreendido por se unir a Acazias (1Rs 22.48,49)” (Dicionário Bíblico Wycliff. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1089). 

CONCLUSÃO

 

A história de Josafá é uma história de proezas. Ele buscou ao Senhor em jejum, oração e adoração e Deus lhe concedeu a vitória em tempos de crise. Se você está enfrentando, como o rei Josafá, uma terrível crise, não desanime. Não se renda diante das ameaças do inimigo. Ore, jejue, adore e veja o livramento do Senhor.

 

PARA REFLETIR 

A respeito de adorando a Deus em meio a calamidade, responda: 

O reino do Norte era formado por quantas tribos e qual era a sua capital?

O reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria.

 

Quem foi o pai de Josafá?

Josafá era filho de Asa. 

Josafá foi um bom rei?

Sim, embora tenha feito aliança com Acabe. 

Qual foi a atitude de Josafá diante do iminente ataque do inimigo?

No momento de aflição e desespero, Josafá invoca o nome do Senhor (2Cr 20.4). Ele apregoou um jejum e oração. 

Josafá fez uma aliança errada com qual rei?

Com Acabe. 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Adorando a Deus em meio a calamidade 

O que fazer quando uma nação se divide? Quando a aliança que outrora a unia se faz quebrada? Foi o que aconteceu com o Israel do período posterior ao reino do rei Salomão. Mediante a decisão do rei Roboão, filho de Salomão, em aumentar mais vezes o imposto que já era pesado, houve uma rixa inevitável entre as dez tribos do Norte e as duas do Sul. O reino se dividiu, por consequência, a religião também. Agora não haveria somente Judá e Jerusalém, haveria Israel e Samaria.

A divisão foi tão aguda que persistiria até a época de Jesus: “Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos” (Mt 10.5). Samaritanos e judeus não se davam, pois devido ao acúmulo de rixas e de desentendimentos irreparáveis em relação à Lei, ambos os grupos optaram pela divisão. Os samaritanos passaram aceitar como escritos inspirados o Pentateuco, e os profetas foram por eles rejeitados por causa da sua origem do sul. Os samaritanos também não aceitavam que o verdadeiro templo ficava em Jerusalém nem que o monte verdadeiro chamava-se Sião. Para eles, Samaria era a capital sagrada e o Monte Gerezim, o monte do único templo. Claro que para chegar a esse ponto foi necessário um trabalho complexo de aculturação religiosa. Jeroboão foi a pessoa fundamental para construir a religião dos samaritanos (1Rs 12.26-33).

Nesse contexto de lutas e desentendimentos étnicos, surge o rei Josafá de Judá. Podemos classificar o reino do rei Josafá como um dos instrumentos importantíssimo para um reavivamento espiritual para a nação de Israel. A característica desse reinado ressalta isso. O cuidado com a instrução do povo em relação à Lei de Deus, ordenando os levitas e sacerdotes que ensinassem publicamente a Palavra da Lei. O resultado foi o temor do Senhor sobre a nação e sobre os reinos ao redor de Judá (2Cr 17.7-10).

Assim como as Escrituras mostram que num contexto de idolatria e imoralidade Deus pode reavivar o seu povo, a História da Igreja também mostra que em momentos difíceis da Igreja, Deus restabeleceu seus “púlpitos”, a Palavra teve primazia e um desejo incomensurável de buscar a Deus em oração devorava os corações dos irmãos. Isso aconteceu na Inglaterra, na Grã-Bretanha, na América, na África, na China, na Manchúria, na Coreia, na índia e em muitos outros lugares. É possível um grande avivamento em meio à crise!

 

 

   LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016

 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 11: O socorro de Deus para livrar o seu povo

Data: 11 de Dezembro de 2016 

TEXTO ÁUREO

 

“Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias” (Sl 34.17).

 

VERDADE PRÁTICA 

Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Et 1.1-8

Um banquete rico e glorioso 

Terça — Et 1.9

O banquete oferecido por uma rainha 

Quarta — Et 1.10,11

Um rei bêbado e uma crise

Quinta — Et 1.12

A rainha recusa a ordem do rei 

Sexta — Et 2.19

Uma nova rainha deve ser escolhida 

Sábado — Et 3.11,13

Uma crise para exterminar os judeus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 

Ester 5.1-6.

 

1 — Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.

2 — E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.

3 — Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.

4 — E disse Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho preparado para o rei.

5 — Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,

6 — disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino.

 

HINOS SUGERIDOS

369, 606 e 607 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Ressalvar que Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Apontar a providência de Deus na história;
  2. Mostrar como Ester foi colocada no palácio real;

III. Explicar a crise sofrida pelo povo de Deus no livro de Ester.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Mediante o estudo da vida da rainha Ester, podemos ver o quanto Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele guardou o seu povo, livrando-o da morte. O Senhor colocou Ester no palácio, tornando-a rainha para que intercedesse por seu povo. Com isso, aprendemos que nada em nossas vidas acontece por acaso. Todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).

O povo judeu corria o risco de ser exterminado; se assim fosse, a promessa que Deus fez a Abraão não poderia se cumprir. Mas, o Senhor é fiel. Se Deus tem promessas em sua vida, creia que Ele cumprirá. Não deixe que os “Hamãs” da vida venham impedir sua trajetória e amedrontá-lo.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

O nome de Deus não aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem. 

PONTO CENTRAL

 

Deus livra o seu povo das crises.

 

  1. A PROVIDÊNCIA DE DEUS 
  1. A providência divina na história de Ester. A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava ciente de todos os incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso.
  2. A festa do rei. Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza a todos os súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou muitos dias, onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e sete províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os convidados.
  3. A destituição da rainha. Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não podemos nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente para uma rainha. Então, ela contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição, mas pagou caro por isso.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Podemos ver a providência de Deus na história da rainha Ester.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Rebeldia de Vasti (Et 1.10-22)

A recusa de Vasti em obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um precedente para as mulheres de todo o império. Xerxes divorciou-se de Vasti e emitiu um decreto; as mulheres deveriam obedecer a seus maridos. O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa. Somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantêm. O desafio de Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.324).

 

CONHEÇA MAIS

Hamã

“Hamã é chamado de agagita. A tradição judaica identifica-o como um descendente do rei amalequita cujo povo Saul deixou de destruir (cf. Êx 17.8-14; 1Sm 15.7-33). Mordecai era da tribo de Saul (cf. 2.5). Assim comentaristas rabínicos veem esse conflito como a luta histórica do povo judeu com os inimigos gentios, cujo ódio irracional persiste por milhares de anos”.

Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.325.

 

  1. ESTER NO PALÁCIO DE ASSUERO

 

  1. A busca de uma jovem para o lugar de Vasti. Passado algum tempo da destituição de Vasti, alguns servos de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas para que uma delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et 2.9). Ester não estava somente participando de um concurso. O Senhor estava direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!
  2. Mardoqueu e Ester. Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo. Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et 4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos judeus.
  3. Ester é escolhida para o lugar de Vasti. Chegou a vez de Ester apresentar-se diante do rei. Ela superou todas as moças que até então haviam sido apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester para que ela não contasse a ninguém que era judia.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Deus colocou a rainha Ester no palácio do rei Assuero com um propósito específico. 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

A rainha

“O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1). Ester tinha agora condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas das pessoas envolvidas, para proteger o seu povo (Et 4.4).

Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa, não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e do poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos de seu tio, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como sempre fizera antes” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.758). 

III. A CRISE CHEGA PARA O POVO DE DEUS

 

  1. A trama de Hamã. Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir todos os judeus. Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte dos judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que todos os judeus fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise havia chegado para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se de saco e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6).
  2. Ester toma conhecimento da trama contra seu povo. Mardoqueu informou Ester acerca do decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só lhe era permitido entrar na presença do rei caso fosse convidada. Então, Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para aquele momento. Ele deixou claro que se ela não quisesse ajudar, Deus levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu povo. Ela pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por ela. Nos momentos de crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar, jejuar e buscar a face do Pai até que Ele envie o seu socorro.
  3. A estratégia sábia de Ester. Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester colocou suas vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la, o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza da rainha, perguntou-lhe: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até a metade do reino se te dará” (Et 5.3). Ester convida o rei e Hamã para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na forca que tinha preparado para Mardoqueu. O povo judeu foi salvo graças ao livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e carentes que estão também em perigo, como o povo judeu.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

A crise chegou até os israelitas. Eles corriam sério risco de serem exterminados, mas o Senhor é fiel e livrou o seu povo da morte. 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de Deus, porém o decreto do rei, no sentido de destruir os judeus, continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei poderia anular o decreto oficial. Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito um segundo decreto concedendo aos judeus o direito de resistência armada e de defesa, no dia decretado para sua destruição. Em geral, Deus não operou o livramento do seu povo, sem a fiel participação deste; porém, Ele está sempre com o seu povo para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de Deus, com a cooperação de crentes fiéis.

Deus não somente capacitou os judeus a se defenderem, como também fez os habitantes das terras temerem dos judeus (cf. Et 9.2). Noutras palavras, o povo de Deus tornou-se mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, pp.763,764). 

CONCLUSÃO

 

Aprendemos, por intermédio da história da rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida com um objetivo: abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu a sua missão. Então, deixe que os propósitos divinos cumpram-se em sua vida. 

PARA REFLETIR

 

A respeito do socorro de Deus para livrar seu povo, responda: 

Segundo a lição, qual o significado da palavra providência?

A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. 

Por que Vasti se recusou comparecer ao banquete do rei?

Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Aquele não era o ambiente para uma rainha. 

Quem havia criado Ester e a levado até a fortaleza de Susã?

Seu primo Mardoqueu. 

Qual a posição que Hamã possuía no reino de Assuero?

Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino. 

Qual a atitude de Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?

Ela jejuou e orou ao Senhor. 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

O Socorro de Deus para livrar o seu povo

 

A história da rainha Ester é uma das mais belas histórias do livramento de Deus para com a nação de Israel. Uma exilada judia que viveu no período do reinado de Assuero, o Xerxes, 486-465 a.C., na Pérsia. Seu nome, Ester, era gentílico, derivado do persa stara, que significa “estrela”, e tinha a ver com o paganismo babilônico (pois o nome Ishtar também deriva Ester, de uma deusa babilônica). Entretanto, o nome de origem da jovem judia era o hebraico Hadassa, que significa “murta”. Órfã desde muito cedo, Hadassa foi criada por seu primo Mardoqueu (ela era filha do tio de Mardoqueu cf. Et 2.7). A jovem era bela de aparência e formosa à vista. Por isso foi contada entre as virgens do rei e levada a reinar no lugar de Vasti, a antiga rainha que perdera o trono.

Assim, Hadassa foi escolhida por Assuero como a nova rainha do palácio de Susã. Era agora a rainha Ester.

Embora num primeiro momento a rainha temesse e se mostrasse apática, sendo preciso Mardoqueu lhe chamar a atenção para a gravidade dos acontecimentos: “Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.13-14); posteriormente, a rainha se mostrou absolutamente decidida e focada em proteger e a interceder pelo seu povo (4.15-17). A jovem rainha, ao longo do reinado, mostrara-se uma mulher sábia, corajosa e leal ao seu povo. Ela ficou no centro de uma conspiração covarde para aniquilar o seu próprio povo.

A rainha Ester arriscou a própria vida entrando na presença do rei, revelando que era judia e suplicando que o rei Assuero fizesse um novo decreto, cancelado o de Hamã e dando o direito aos judeus de se defenderem no reino da Pérsia. Assim, Deus livrou o seu povo de ser aniquilado numa época distante.

Tudo isso foi pensado e colocado estrategicamente em pauta por intermédio de jejum, oração e ação diante de Deus. No momento mais angustioso da história do povo judeu, a nação se voltou ao Pai por meio de jejuns e muitas súplicas. Deus deu o livramento ao seu povo!

Portanto, nos momentos de crises e de muitas tribulações devemos nos inclinar aos pés do Senhor com jejuns, orações e ação sob a orientação do Espírito Santo. Deus nos dará o escape!   

 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

4º Trimestre de 2016

 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral 

Lição 12: Sabedoria Divina para a tomada de decisões

Data: 18 de Dezembro de 2016 

 

TEXTO ÁUREO

 

“Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento” (Pv 2.6).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises mais difíceis e inesperadas.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — 1Rs 1.1,5

A velhice de Davi e a crise no reino com a sedição de Adonias

Terça — 1Rs 1.11,15-17

A ação de Bate-Seba em meio à crise

Quarta — 1Rs 1.39

Salomão é ungido rei em meio à crise 

Quinta — 1Rs 2.1-4

Conselhos de um pai para evitar a crise no futuro 

Sexta — 1Rs 3.9

O pedido de Salomão para evitar as crises 

Sábado — 1Rs 3.28

A sabedoria de Deus para fazer justiça e evitar as crises

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Reis 4.29-34. 

29 — E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.

30 — E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.

31 — E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.

32 — E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.

33 — Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes.

34 — E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.

 

HINOS SUGERIDOS 

30, 305 e 396 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL 

Mostrar que Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 Apontar a crise familiar no reino davídico;

  1. Mostrar que Salomão buscou sabedoria para reinar;

III. Ressaltar a sabedoria de Salomão empregada na construção do Templo.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Professor, Deus é a fonte de todo conhecimento e sabedoria. O saber do homem será sempre relativo. Por isso, Ele deseja nos dar sabedoria para vivermos de modo que o seu nome seja glorificado em nossas vidas e ministérios. Salomão, escolhido para suceder Davi, era um jovem inteligente, mas diante da responsabilidade de governar seu povo, ele pediu a Deus sabedoria. Salomão não solicitou a Deus bens materiais ou a morte de seus inimigos. Ele pediu bom senso para guiar o seu povo de modo justo e inteligente. Precisamos de sabedoria vinda do alto para realizarmos a obra do Senhor. Peça a Deus sabedoria para preparar sua aulas e para o seu ministério de ensino. Ele vai orientá-lo, concedendo-lhe uma metodologia adequada a cada tema e os melhores recursos didáticos.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Na lição de hoje estudaremos os últimos dias do reinado de Davi e a escolha de seu sucessor. Veremos que, embora houvesse uma crise familiar e política, Deus estava no controle daquele processo e não permitiria que um usurpador assumisse o reinado. Salomão ascendeu ao trono em um tempo de crise, mas Deus o abençoou, concedendo-lhe sabedoria para reinar com justiça e equidade. Seu reino foi um dos mais prósperos e abençoados de Israel.

 

PONTO CENTRAL

 

Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas. 

  1. CRISE FAMILIAR NO REINO DAVÍDICO

 

  1. A velhice do rei (1Rs 1.1-4). Davi já estava com uma idade bem avançada e ainda não havia escolhido o seu sucessor. A demora em passar o reinado gerou uma crise entre seus filhos e no reino. A hora de encerrar uma carreira é tão importante quanto o seu começo, é preciso saber escolher e formar sucessores. Diante da fragilidade de Davi, Adonias, intitulou-se rei (1Rs 1.5). Ao que tudo indica, ele era o primogênito e o primeiro na linha sucessória. Mas Deus escolhe quem Ele quer. Davi também não era o primogênito, mas foi escolhido pelo Senhor para substituir Saul. O texto bíblico diz que Adonias nunca tinha sido contrariado por seu pai (1Rs 1.6). Parece que ele não foi disciplinado, por isso, passou por cima de todos para conseguir aquilo que desejava. A falta de disciplina causa sérias crises no relacionamento familiar. Portanto, discipline seus filhos com amor e sabedoria.
  2. Adonias e os valentes de Davi. O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando o rei publicamente e usurpando o trono. A crise familiar e política estava instalada no reino. Natã, como profeta, não poderia se calar diante de tal situação. O profeta de Deus precisa ter compromisso com a verdade e a justiça e não compactuar com o erro, mesmo que isso lhe traga prejuízos. Natã foi até a mãe de Salomão, e contou-lhe o que estava acontecendo. Isso nos mostra que Davi, em algum momento, já teria mencionado aos seus valentes que Salomão seria o seu sucessor.
  3. A atitude de uma mãe em meio à crise. Bate-Seba teve um papel importante na sucessão do reino. Ela tomou a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão foi até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo. Ao ouvir as notícias, Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei. A tentativa de golpe de Adonias fracassou. Ele, com medo de que Salomão mandasse matá-lo, agarrou-se às pontas do altar. Por que segurar as extremidades do altar? Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “as pontas do altar simbolizavam a misericórdia, o perdão e a proteção de Deus”. Salomão não era um homem sanguinário, por isso ordenou que tirassem Adonias do altar e o trouxessem a sua presença, e Adonias teve que se prostrar diante de Salomão. Então o novo rei ordenou: “Vai para tua casa”.

Antes de sua morte, Davi deu sábios e importantes conselhos ao seu filho Salomão (1Rs 2.2-4). Certamente não queria que este cometesse os mesmos erros que ele. Depois de aconselhar o rei, Davi partiu a estar com o Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

A sucessão ao trono de Israel, fez com que uma grave crise familiar se instalasse na família de Davi. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Adonias, o quarto filho de Davi, rebelou-se contra o seu pai e proclamou-se rei de Israel, embora Deus e também Davi tivessem designado Salomão como o próximo rei (5.17,30; 2.15). (1) Até à sua morte, Davi teve problemas com seus filhos. Apesar do seu conceito de bom governante, foi um grande fracasso como pai, negligenciando ou deixando de ensinar, guiar e ‘contrariar’ seus filhos de modo correto, segundo os preceitos de Deuteronômio 6.1-9. Como resultado, Davi em sua vida sofreu muitas mágoas e tristezas. Seu primeiro filho, Amnom, violentou sua meio-irmã Tamar, e a seguir foi morto pelo seu meio-irmão Absalão (2Sm 13.1-33). O terceiro filho de Davi, Absalão, rebelou-se contra o pai e intentou matá-lo. Agora, seu quarto filho rebelou-se e posteriormente foi executado por Salomão (1Rs 2.23-25). Por Davi não executar a vontade de Deus no tocante à família, experimentou uma série de tristezas no decurso de sua vida. O fruto do discipulado mais importante na nossa vida é o nosso empenho para, de todo o coração, sermos sempre fiéis ao nosso cônjuge e a nossos filhos, e conduzi-los num viver segundo a vontade de Deus, mediante o ensino e o exemplo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.518).

 

CONHEÇA MAIS

 

Adonias

“Quarto filho de Davi com Hagite (2Sm 3.4). Quando Davi estava às portas da morte. Adonias desejou sucedê-lo no trono, pois naquele tempo ele era o filho mais velho. Reunindo carruagens, cavaleiros e 50 homens, Adonias recrutou a ajuda de Joabe, comandante do exército e de Abiatar, o sumo sacerdote. Entretanto, outros generais, sacerdotes, o profeta Natã e os guarda-costas de Davi se recusaram a segui-lo”.

Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.30.

 

  1. SALOMÃO BUSCA SABEDORIA PARA REINAR

 

  1. O novo rei. Salomão amava ao Senhor. Por isso, procurou obedecer aos estatutos de seu pai e a lei de Moisés (1Rs 3.3). Depois de ser coroado, subiu até Gibeão e ali ofereceu a Deus o seu sacrifício. Esse era um gesto de gratidão e adoração ao Senhor. Salomão demonstrou não estar preocupado em obter poder, riquezas ou fama. Ele buscou, antes de tudo, a presença de Deus. Procurou também adquirir sabedoria para governar o seu povo com equidade e justiça. Em Gibeão, Salomão teve uma experiência marcante com o Deus de seu pai.
  2. Salomão pede sabedoria a Deus. Ali em Gibeão, o Senhor apareceu a Salomão em sonhos e disse: “[...] Pede o que quiseres que te dê” (1Rs 3.5). Em tempos de crise econômica o que você teria pedido? Salomão sentiu o peso da responsabilidade de governar um povo. Por esse motivo, não pediu riqueza ou outra coisa que lhe trouxesse vantagens pessoais. Ele pediu sabedoria para governar com justiça. De que adianta ter bens materiais e ser um tolo? O melhor bem que podemos receber de Deus é a sabedoria. Ela ajuda-nos a enfrentar todas as crises de forma correta. Peça a Deus sabedoria para liderar sua família, seus bens e a obra do Senhor.
  3. O desejo de construir um Templo para Deus. Davi desejou reunir o povo de Israel em um só lugar para adorar a Deus. Ele desejou e se esforçou para isso, ajuntando materiais que seriam necessários à construção da Casa de Deus. Mas o Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas batalhas. Todo o material, o projeto, bem como toda a liturgia da vida religiosa foram providenciados por Davi e entregues a Salomão. Construir uma casa para Deus era uma necessidade e iria contribuir para a união das famílias e o fortalecimento do reino de Israel. Deus deu a Salomão sabedoria e todos os bens necessários para a construção do Templo. Estamos vivendo uma das piores crises econômicas do país, mas o Senhor não deixará faltar a provisão para a sua Casa. Não se preocupe, confie.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Salomão buscou, em Deus, sabedoria para reinar. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO 

“Promessas de Deus (1Rs 3.10-14)

Salomão pediu verdadeira sabedoria, não simplesmente inteligência. O conceito hebraico de sabedoria sempre envolve a habilidade para ‘distinguir entre o certo e o errado’.

Deus respondeu com três promessas incondicionais e uma condicional. Foi garantido a Salomão sabedoria, riqueza e honra. Foi-lhe prometido vida longa ‘se andar nos meus caminhos’. Promessas incondicionais também são dadas a nós. Ainda que algumas bênçãos permaneçam condicionadas à nossa obediência” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, p.223).

 

III. SABEDORIA PARA EDIFICAR O TEMPLO

 

  1. Salomão faz aliança com Hirão (1Rs 5.1-6). Em vez de fazer guerras com as nações vizinhas, para aumentar o espaço geográfico e as riquezas, Salomão usou de sabedoria para com Hirão, rei de Tiro, na Fenícia, que lhe forneceu toda a madeira para a construção do Templo. O cedro do Líbano era uma madeira nobre e de grande valor comercial. Essa cooperação mostrou que Deus estava abençoando Salomão e fornecendo o que era necessário para o Templo. Deus concedeu a Salomão sabedoria para fazer alianças. O Senhor também quer dar a você sabedoria para administrar, mesmo em tempos de crise financeira.
  2. A construção do Templo. Muito do ouro e prata acumulados pelo rei Davi foram destinados à construção do Templo. A prata, o ouro e as pedras preciosas eram despojos de guerras. Antes de morrer e passar o trono a Salomão, Davi também entregou-lhe toda essa riqueza. Ele também contou com a contribuição voluntária dos príncipes das tribos e dos capitães (1Cr 29.6). Davi passou para o seu filho as plantas do Templo conforme o Senhor lhe dera (1Cr 28.11-19). Os trabalhadores e todo o Israel se dispuseram a fazer o melhor porque estavam felizes com o reino de Salomão.
  3. A Arca da Aliança. Salomão trouxe a Arca da Aliança que estava no Tabernáculo antigo para o local onde ela haveria de ficar. Ele sabia que a Arca representava a presença de Deus entre o seu povo. Agora ela haveria de ficar entre o povo e não mais em um lugar provisório. Atualmente não precisamos de uma Arca, ou algo parecido, para sinalizar a presença de Deus. O Senhor se faz presente pelo seu Espírito Santo, que habita o seu povo.

No dia da inauguração do Templo, depois que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor (1Rs 8.10). Os sacerdotes não puderam ficar de pé, tamanha era a glória de Deus naquele lugar. Então, Salomão louvou e orou diante do altar, abençoando todo o povo.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Deus concedeu a Salomão sabedoria para a edificação do Templo.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Salomão fortalece as relações com Tiro e faz contratos para materiais com os quais construirá o templo que Davi havia sonhado erguer (1Rs 5.1-12). Salomão convocou milhares de trabalhadores israelitas e, no quarto ano de seu reinado, começou a construção. A estrutura é magnífica, do melhor mármore e madeira de cedro, ricamente adornado com cobertura de ouro e mobiliado com utensílios de ouro. O projeto toma sete anos e, afinal, a construção é concluída.

A planta do Templo e seus utensílios são modelados a partir do modelo que Deus deu a Moisés para um centro de adoração móvel. Os utensílios do Templo, ainda que numa escala muito maior, tinham o mesmo significado espiritual que cada item correspondente no Tabernáculo” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, pp.224-225). 

CONCLUSÃO 

Aprendemos, com a lição de hoje, que Deus abençoou e prosperou Davi e o seu reino, embora ele tenha enfrentado muitas crises. Mas Salomão recebeu a dádiva da sabedoria, e o seu reino foi ainda maior e mais próspero. Ele teve o privilégio de usar sua sabedoria para construir a Casa de Deus, um lugar de adoração ao Senhor que contribuiu também para fortalecer a unidade nacional. O Pai Celeste também deseja dar a você sabedoria para viver uma vida santa e vencer as crises que surgirem em sua caminhada.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito da sabedoria divina para a tomada de decisões, responda:

 

O que Adonias fez diante da fragilidade do rei?

Diante da fragilidade de Davi, Adonias intitulou-se rei. 

Quais as autoridades no reino que não apoiaram Adonias?

O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando, publicamente, o rei e usurpando o trono. 

O que Bate-Seba fez depois de ouvir o profeta Natã?

Ela toma a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão vai até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo. 

Por que Deus não permitiu que Davi construísse o Templo?

O Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas batalhas. 

O que Salomão pediu a Deus em Gibeão?

Ele pediu a Deus sabedoria para reinar com justiça e equidade.

 SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

Sabedoria Divina para Tomada de Decisões

 

No livro de Provérbios 7.4 está escrito: “Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta”. Podemos dizer que o livro dos Provérbios é a obra da sabedoria do povo de Deus da Antiga Aliança. É um livro tão importante para o dia a dia da vida que lê-lo uma vez por mês torna-se imperioso, pois um capítulo por mês de Provérbios é o convite para passar o ano todo refletindo sobre a sabedoria do povo de Deus e, direcionado pelo Espírito Santo, viver a verdade da Palavra nos momentos mais críticos da existência.

No momento de crise não adianta pensar em fazer grandes e novas experiências para livrar-se dela. O mais inteligente é olhar para trás e aprender com os antigos aquilo que eles fizeram e aprendermos com eles para resolvermos a crise de uma vez e, posteriormente, aperfeiçoarmos o que precisa ser aperfeiçoado e desenvolvido.

O livro de Provérbios está nesse contexto, ele nos ensina um conselho que pode e deve ser aplicado ao longo da vida, seja em qualquer época ou em qualquer circunstância: “O temor do SENHOR é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (1.7). Ora, quem despreza a sabedoria ou o bom conselho ou a boa instrução, a Bíblia o chama de louco. Sim, é louco por que como pode uma pessoa não tomar algumas ações com o sucesso mais do que comprovado a pretexto de parecer antiquado?

Não. Sabedoria não é conhecimento. É possível ser uma pessoa profundamente culta, cheias de graduações, mestrados, doutorados e ser completamente tola, displicente e imatura. O contrário também é verdadeiro: é possível uma pessoa analfabeta ser essencialmente sábia, prudente e madura para toda boa obra. Porque a sabedoria não é uma virtude teórica a ser provada num laboratório de ciência, mas uma virtude que acontece e se constrói na prática da vida diária.

Nesses dias difíceis precisamos mais da sabedoria do alto. A epístola de Tiago nos convida a pedir ao Senhor: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5). Tiago ainda nos lembra que essa sabedoria se demonstra nas seguintes atitudes: bom tratamento, obras em mansidão de sabedoria, pureza, pacifismo, moderação, sentimento de misericórdia, bons frutos, imparcialidade e transparência. Peçamos a Deus que nos preencha com a sabedoria do alto neste tempo de crise. 

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS 

4º Trimestre de 2016

 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 13: A fidelidade de Deus

Data: 25 de Dezembro de 2016 

 

TEXTO ÁUREO

 

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13).

 

VERDADE PRÁTICA 

Em Jesus Cristo podemos superar todas as crises, e andar de triunfo em triunfo.

 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda — Fp 4.11

Aprendendo a se contentar com o que tem 

Terça — Fp 4.12

Aprendendo a ser bem-sucedido em todas as circunstâncias

Quarta — Fp 4.19

Aprendendo a esperar no Deus que supre as nossas necessidades

Quinta — Fp 1.21

Aprendendo que para o crente tudo é ganho 

Sexta — 2Co 1.3,4

Aprendendo com o Deus de misericórdia e de toda a consolação

Sábado — 2Co 1.8-10

Aprendendo a confiar em Deus em tempos de crise

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Filipenses 4.10-20. 

10 — Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.

11 — Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.

12 — Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.

13 — Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

14 — Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

15 — E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.

16 — Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.

17 — Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.

18 — Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.

19 — O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

20 — Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!

 

HINOS SUGERIDOS 

30, 305 e 396 da Harpa Cristã. 

OBJETIVO GERAL

 

Mostrar que Deus deseja nos ensinar a enfrentar as crises.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  1. Ressaltar a fidelidade de Paulo em meio às crises;
  2. Mostrar a abnegação de Paulo ante o sofrimento;

III. Compreender como podemos vencer as crises.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Chegamos ao final de mais um trimestre. Com certeza, nossa fé no Deus de toda a provisão foi fortalecida mediante o estudo de cada lição. Aprendemos que embora sejamos filhos(as) de Deus estamos sujeitos a enfrentar algumas crises em nossa caminhada. Contudo, as crises não são para nos destruir, castigar, desanimar, mas o Pai as permite para que possamos confiar mais nEle, em sua fidelidade. Veja as crises como oportunidade de crescimento espiritual, de transformação. O Deus que sustentou o povo no deserto durante os anos, que sustentou Abraão e seus descendentes é o Deus que vai sustentá-lo e ajudá-lo a enfrentar as dificuldades da vida. Não importa se o Brasil e o mundo estão em crise; o céu não está. Deus está no controle. Confie na provisão do Pai para sua vida e seu ministério.

 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 

Na lição de hoje estudaremos a respeito das adversidades enfrentadas pelo apóstolo Paulo em seu ministério. Veremos que ele aprendeu, com a ajuda do Senhor, a lidar com cada uma e a vencê-las. Apesar das dificuldades Paulo pregou a Palavra de Deus, fundou igrejas e escreveu várias cartas. Algumas de suas epístolas foram escritas enquanto ele estava na prisão. A vida de Paulo é um exemplo de como podemos vencer as crises e permanecer fiéis ao Senhor. 

PONTO CENTRAL 

Deus deseja nos ensinar a enfrentar e vencer as crises da vida.

  1. A FIDELIDADE DE PAULO EM MEIO ÀS CRISES

 

  1. Destemor e ousadia. Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como “embaixador em cadeias” (Ef 6.20). Ele tinha consciência de sua missão, especialmente, no mundo gentio; sabia que o Evangelho de Cristo não poderia ficar restrito aos judeus. Por isso, o seu afã missionário o levou a Ásia Menor, Macedônia e Europa. Pregou a Palavra de Deus com zelo, fidelidade e não se deixou abater pelas dificuldades. Embora tenha se tornado um prisioneiro por amor a Cristo, seu espírito era livre. Mesmo preso, não deixou de se preocupar com as igrejas, particularmente com Eféso e Filipos. Os verdadeiros crentes em Cristo não se intimidam diante das perseguições, tribulações e crises.
  2. Alegria em meio às crises. Paulo demonstrou alegria pelo bom testemunho e fidelidade dos filipenses. Os crentes de Filipos não temiam defender e confirmar aqueles que haviam recebido Cristo por Senhor e Salvador. Mesmo estando prisioneiro, não se deixou abater, antes se regozijava porque os filipenses participavam da sua vida de modo especial, sofrendo com ele. Atualmente muitos não admitem mais que os crentes sofram. Contudo, o Senhor Jesus nos alertou que, no mundo teríamos aflições. Podemos ver também que embora Paulo fosse um crente fiel, enfrentou açoites, naufrágio e apedrejamento. As crises que ele enfrentou não roubaram a sua alegria e não fizeram dele um homem amargurado. Não permita que as crises enfraqueçam a sua fé e roubem a sua alegria.
  3. Servindo a Deus em meio às crises. Paulo estava preso em Roma, mas as cadeias não o impediram de proclamar o Evangelho e de cuidar das igrejas. O evangelho que Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e grilhões. As crises não iriam impedi-lo de servir ao Senhor, pois o testemunho das suas prisões produziram ânimo, coragem e ousadia nos crentes. Paulo rejeitou a autopiedade. Não queria que ninguém sentisse pena dele e perdesse o ardor pela obra de Deus. Seu alvo era glorificar a Jesus Cristo mediante o seu trabalho. 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) 

Paulo enfrentou muitas crises em sua vida pessoal e ministerial, mas em tudo ele foi fiel ao Senhor.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO 

Professor, relacione no quadro alguns dos sofrimentos enfrentados pelo apóstolo Paulo que estão listados no quadro abaixo. Peça que um aluno leia Efésios 11.16-25. Em seguida faça a seguinte indagação: “Como você reage diante das adversidades da vida?”. Ouça os alunos e enfatize que embora Paulo tenha sofrido várias crises, ele permaneceu servindo ao Senhor com inteireza de coração.

1 — “‘Muitas tribulações’ enfrentadas ao servir a Deus (At 14.22).

2 — Sua aflição no ‘espírito’, por causa do pecado dominante na sociedade (At 17.16).

3 — Servir ao Senhor com ‘lágrimas’ (Ef 2.4).

4 — Sua grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13).

5 — A ‘grande tristeza e contínua dor’ no seu coração, por causa da recusa dos seus ‘patrícios’ em aceitarem o evangelho de Cristo (Rm 9.2,3).

6 — As muitas provações e aflições que lhes advieram por causa do seu trabalho para Cristo (2Co 4.8-12).

7 — Seu pesar e angústia de espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja (2Co 2.1-3).

8 — Seu gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (2Co 5.1-4).

9 — Suas tribulações por fora e por dentro, por causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (2Co 7.5).

10 — O ‘cuidado’ que o oprimia cada dia, por causa do seu zelo por ‘todas as igrejas’ (2Co 11.28)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1785).

 

CONHEÇA MAIS 

Aprendi a contentar-me

“O segredo do contentamento, da satisfação, é conhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância, tudo quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo. Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo que flui em nós e através de nós. Isso não ocorre de modo natural; precisamos aprender na dependência de Cristo”.Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1829. 

  1. ABNEGAÇÃO ANTE O SOFRIMENTO

 

  1. A disposição de Paulo em sofrer pelos cristãos de Filipos (Fp 2.17,18). Paulo fez uma declaração de fé e serviço a Deus quando escreveu aos filipenses: “E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós” (Fp 2.17). Ele usou a figura dos sacrifícios do Antigo Testamento, especialmente as ofertas de animais. A libação acompanhava o holocausto e a oferta pacífica (Nm 15.1-10). Nessa libação, era usado vinho que era derramado no santuário. Paulo se utiliza de uma metáfora para mostrar que ele estava disposto a oferecer sua vida e seu sangue como oferta perante o Senhor. Atualmente muitos têm feito da obra do Senhor um meio mercantilista, mas temos visto também que muitos crentes estão dispostos a dar a sua vida pelo Senhor.
  2. A disposição de Epafrodito (Fp 2.25-30). Epafrodito era como um irmão para Paulo e um cooperador nos combates. Ele é um modelo de crente servidor. Muitos são como Epafrodito, pois embora enfrentando diversos tipos de crises, estão sempre prontos a servir. Ele foi portador de uma oferta da igreja de Filipos para Paulo. O apóstolo deixa claro que esse companheiro sabia confortá-lo nas horas tristes de sua solidão.
  3. Paulo e os judaizantes (Fp 3.1-8). Na igreja de Filipos, havia um grupo de judeus que se diziam convertidos, mas negavam o Evangelho que Paulo pregava. Eram falsos mestres que se apresentavam como apóstolos. Esse grupo queria impor os costumes e ritos judaicos para os cristãos, como por exemplo, a circuncisão e a guarda do sábado para a obtenção da salvação. Paulo teve que enfrentar algumas crises dentro da Igreja do Senhor por causa daqueles que rejeitavam seu ensino e não acreditavam no seu apostolado. Mas, em Jesus Cristo, venceu todas elas.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) 

Mesmo diante do sofrimento, Paulo foi um abnegado servo de Deus. 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“O amor e a solicitude de Paulo pelos filipenses era tão grande, que ele estava disposto a dar a sua vida por eles, como se fosse uma oferenda a Deus. (1) Paulo não lastimaria; antes se regozijaria como a vítima do sacrificio, se assim os filipenses passassem a ter mais fé em Cristo e mais amor a Ele. (2) Já que Paulo tinha tamanho amor sacrificial pelos seus filhos espirituais na fé, que sacrifícios e sofrimentos devemos estar dispostos a enfrentar em prol da fé dos nossos próprios filhos? Para que nossos filhos tenham uma vida dedicada ao Senhor, se necessário for, devemos dar até a nossa vida como oferta ao Senhor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1827). 

III. APRENDENDO A VENCER AS CRISES

 

  1. A crise da falta de firmeza espiritual (Fp 4.1). No capitulo 4 da Epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos acerca de algumas distorções que estavam produzindo dissensões entre os irmãos. Eram problemas de ordem social e também doutrinária. Paulo exorta aos crentes para que permaneçam firmes no Senhor.
  2. A crise da desarmonia (Fp 4.2,3). Em Filipos, havia duas irmãs que muito fizeram pela igreja, mas que, naqueles dias, estavam em desarmonia. Tudo indica que elas tinham uma grande importância na Igreja. É provável que elas tenham tido uma desavença e não conseguiam ter um mesmo parecer. Sem dúvida, permitiram que a força da carne predominasse dividindo a igreja. Paulo roga às duas mulheres que mudassem de atitude, pois estavam promovendo divisão e quebrando a autoridade apostólica. Assim, Paulo pedia que elas tivessem o mesmo sentimento no Senhor.
  3. Vencendo as crises. Paulo declara que já aprendera, com o Senhor, a contentar-se em quaisquer circunstâncias: na abundância, na fome e na fartura. Tendo tudo ou não tendo nada, ele sabia superar as dificuldades porque Cristo o fortalecia. Aos coríntios, declarou a respeito do seu aprendizado na obra do ministério: “Até esta presente hora, sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e sofremos; somos blasfemados e rogamos; até ao presente, temos chegado a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos” (1Co 4.11-13). Na verdade, tudo o que Paulo desejava era mostrar a sua alegria em toda e qualquer circunstância. Sua alegria e contentamento resultavam da comunhão do apóstolo com o Senhor.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) 

Deus deseja nos ensinar a enfrentar e vencer as crises da vida.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Como ovelhas para o matadouro (Rm 8.36)

As adversidades alistadas pelo apóstolo nos versículos 35 e 36 de Romanos 8, têm sido experimentadas pelo povo de Deus através dos tempos. Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar. Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e do consolo de Deus (2Co 1.4,5). Paulo nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1714).

 

CONCLUSÃO

 

O contentamento de Paulo diante das crises era resultado da sua comunhão com Deus. Ele aprendera com o Senhor a se contentar em toda e qualquer circunstância. Que possamos seguir o exemplo de Paulo e aprender com o Senhor a ter paz e contentamento mesmo enfrentando uma crise.

 

PARA REFLETIR

 A respeito da fidelidade de Deus, responda: 

Como Paulo se apresenta na Carta aos Efésios?

Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como “embaixador em cadeias” (Ef 6.20). 

As cadeias impediram Paulo de proclamar o Evangelho? As crises têm impedido você de servir ao Senhor?

Não, pois o evangelho que Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e grilhões. As crises não iriam impedi-lo de servir ao Senhor. 

Cite o nome de um cooperador de Paulo.

Epafrodito. 

Qual o nome das irmãs que estavam brigadas, promovendo a desarmonia?

Evódia e Síntique. 

Quem ensinou Paulo a vencer as crises e a se contentar em toda e qualquer situação?

O Senhor Jesus Cristo. 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

A fidelidade de Deus 

Quem dentre nós não está passando por alguma crise? Se não for de caráter individual, no mínimo coletivo. O país está quebrado, os estados federativos em profunda crise, as prefeituras não têm como garantir o atendimento básico necessário para a população: Saúde, Educação e Segurança (embora majoritariamente seja de responsabilidade do Governo do Estado). E as enfermidades que assolam a família?!

As palavras de Jesus nos despertam para uma tamanha realidade que o divino mestre chamou atenção: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). A expressão “Tenho-vos dito isso” refere-se ao seu processo de martírio e posterior ressurreição. Haveria um momento em que, com a morte do Senhor, os discípulos seriam dispersos. Medo, angústia e covardia seriam os sentimentos mais naturais. Mas o divino mestre diz que ao conhecer toda a realidade que o próprio Filho de Deus estava revelando para eles, os discípulos deveriam ter paz para resistir a aflição sem perder o ânimo sempre olhando para o exemplo de resistência do nosso Senhor na Cruz do Calvário.

O nosso desafio hoje é aprendermos a enfrentar as crises sem perder a paz e o ânimo. Um bom começo é obedecendo ao ensino de Jesus em João 16 e ampliando essa reflexão à carta do apóstolo Paulo aos Efésios, quando ele escreve: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (5.18-20). Ora, a expressão “não vos embriagueis com vinho, em que há contendas” representa tudo que do ponto de vista humano e material traz confusão, briga e falta completa de sobriedade e discernimento do tempo em que estamos vivendo. Por isso, o apóstolo nos convida a “enchei-vos do Espírito”, alimentando sempre a nossa alma como cânticos espirituais, com hinos, com salmos e testemunhos, isto é, tudo aquilo que nos aproxima de Deus e do seu Santo Espírito.

Assim, com a mente voltada para Cristo Jesus e com a disposição de não perder a paz nem o discernimento, somos convidados a viver uma vida suficientemente em Cristo a fim de superar toda e qualquer crise que tente nos abater. Não perder o ânimo e a paz é o nosso grande desafio! Que o Espírito nos ajude!

fonte www.mauricioberwald.com